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CAPACITAÇÃO EM
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO:
Políticas, Teorias e Práticas Educacionais
Governador
Jorginho dos Santos Mello
Vice-Governadora
Marilisa Boehm
Secretário de Educação
Aristides Cimadon
Elaboração
Ananda Ludwig Burin
Vânia Pires Franz de Matos
Colaboração
Equipe do NAAH/S-SC
ESTADO DE SANTA CATARINA
FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
DIRETORIA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
GERÊNCIA DE PESQUISA E CONHECIMENTOS APLICADOS
NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO
Sumário
2. POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS ALTAS HABILIDADES/SUPERDIOTAÇÃO 26
2.1. Contextualizando as AH/SD nas Políticas Públicas 27
2.2. NAAH/S 34
2.3. O NAAH/S de Santa Catarina 35
2.3.1. Ingresso no NAAH/S-SC 36
2.3.2. A avaliação no NAAH/S-SC 37
2.3.3. O Atendimento aos alunos no NAAH/S-SC 38
2.4. Aceleração escolar 40
2.5. Expansão dos serviços 41
2.6. Referências 44
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Apesar dos esforços que vêm sendo feitos há algumas décadas para que alunos com
AH/SD recebam atendimento educacional especializado nas escolas de ensino regular da
Educação Básica e Centros Especializados de Atendimento, as políticas públicas nacionais
apresentam uma grande descontinuidade e fragmentação de suas ações.
Segundo Delou (2001), alunos com AH/SD podem ser reconhecidos pelo alto
desempenho escolar, mas não são incluídos nas práticas pedagógicas escolares de alto nível
conforme preconiza a legislação. Eles, também, não têm “acesso aos níveis mais elevados do
ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo as capacidades de cada um”, como previsto
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996).
Para que alunos com AH/SD sejam incluídos é preciso mais. É preciso professores
especializados para as salas de aulas regulares e para o atendimento educacional em salas de
recursos ou em programas de enriquecimento ou de aprofundamento.
2
Informação disponível em: http://fha.mg.gov.br/pagina/memorial/helena-antipoff .
3
Fonte: https://cdpha.pro.br/wp-content/uploads/2020/09/HelenaAntipoff.jpg
4
Fonte:https://pgl.gal/wp-content/uploads/2015/09/HELENA-ANTIPOFF-Aluno-na-oficina-de-cer%C3%A2mic
a-da-Fazenda-Rosario-1960.jpg
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Entre as muitas ideias inovadoras que trouxe para o Brasil, Antipoff salientou a da
educação dos “excepcionais”. Fundadora da Sociedade Pestalozzi de Belo Horizonte, em
1938, identificou oito crianças super-normaes. Segundo Novaes (1979), em 1945, Antipoff
reuniu nessa sociedade, alunos bem-dotados que, em pequenos grupos, desenvolveram
estudos em literatura, teatro e música. Foram os primórdios do que hoje se conhece como
atendimento especializado para alunos com AH/SD. Sua influência foi fundamental para a
educação dos alunos com AH/SD.
Em âmbito nacional, surge em 1961 a Lei 4.024 (BRASIL, 1961), que fixou as
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB e dedicou os Art. 88 e 89 a educação dos
excepcionais que, segundo Antipoff referia-se ao tratamento especial, no sistema geral de
ensino, aos deficientes mentais, aos que tinham problema de conduta e aos superdotados
(DELOU, 2012). Porém apenas em 1967, o Ministério de Educação e Cultura criou uma
comissão para estabelecer critérios de identificação e atendimento a estes alunos que eram
chamados de superdotados (NOVAES, 1979; DELOU, 2012).
Em Santa Catarina, por intermédio do Decreto nº 692 de 1963 (SANTA CATARINA,
1963), o governo determinou, em parceria com a iniciativa privada, o funcionamento dos
serviços de educação especial nos quais proveria os serviços e a cedência de professores.
Tendo em vista a expansão desse serviço surgiu a necessidade da estruturação de uma
instituição pública que tivesse como propósito “definir as diretrizes de funcionamento de
educação especial em âmbito estadual e promover a capacitação de recursos humanos e a
realização de estudos e pesquisas ligadas à prevenção, assistência e integração da pessoa com
deficiência” (SANTA CATARINA, 2009), criando assim, em maio de 1968 a estrutura hoje
denominada Fundação Catarinense de Educação Especial – FCEE, que tem como missão
“Definir e coordenar a política de educação especial do Estado de Santa Catarina,
fomentando, produzindo e disseminando o conhecimento científico e tecnológico desta área”5.
Em agosto de 1971, a LDB tem sua segunda edição publicada através da Lei nº 5692,
que previa, explicitamente, que os alunos que apresentassem deficiências físicas ou mentais,
os que encontrassem atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os
superdotados deveriam receber tratamento especial, de acordo com as normas fixadas pelos
5
Disponível em http://www.fcee.sc.gov.br/index.php/institucional/sobre-a-fcee/missao .
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Conselhos de Educação (BRASIL, 1971). E em 1976 surge a definição que utilizamos até os
dias atuais, considerando crianças superdotadas e talentosas as que
[...] apresentassem notável desempenho e/ou elevada potencialidade em
qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade
intelectual geral; aptidão acadêmica específica; pensamento criador ou
produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes visuais,
dramáticas e musicais; capacidade psicomotora (BRASIL, 1976, p. 2).
6
Informação disponível em: http://www.altashabilidades.com.br/cgi-bin/home.asp# .
7
Informação disponível em: http://conbrasd.org/wp/ .
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termos ainda está presente entre os estudiosos brasileiros. Variações conceituais como
superdotados, bem dotados, altas habilidades, altas habilidades/superdotação, superdotação,
mais capazes, capazes e talentosos estão sendo utilizados (DELOU, 2007. FREITAS; PÉRES,
2014). Hoje existe uma orientação do Conselho Brasileiro para Superdotação que o termo
correto a ser utilizado é pessoas com altas habilidades/superdotação.
Em seu Art. 59, a nova LDB estabelece que os sistemas de ensino assegurem aos
educandos com necessidades especiais “currículos, métodos, recursos educativos e
organizações específicos, para atender às suas necessidades”. Ela prevê também “Acesso
igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo
nível de ensino regular”. Em relação a educação superior, define que “os alunos que tenham
extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros
instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter
abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino”
(BRASIL, 1996).
Em 2001, tornando as legislações referentes às AH/SD mais claras, é apresentado o
Plano Nacional de Educação – PNE que, além de reconhecer o baixo número de alunos
identificados, define como um de seus objetivos:
26 – Implantar gradativamente, a partir do primeiro ano deste plano,
programas de atendimento aos alunos com altas habilidades nas áreas
artísticas, intelectual ou psicomotora (BRASIL, 2001b).
Quanto ao tipo de atendimento que os alunos com AH/SD devem receber, surgem no
mesmo ano, o Parecer nº 17/2001 que trata da “elaboração de normas, pelos sistemas de
ensino e educação, para o atendimento da significativa população que apresenta necessidades
educacionais especiais” (BRASIL, 2001c, p.2) e a Resolução nº 2/2001 que institui as
Diretrizes Nacionais para a educação de alunos que apresentem necessidades educacionais
especiais, na Educação Básica, em todas as suas etapas e modalidades. Esta Resolução
descreve em seu Artigo 8º As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na
organização de suas classes comuns:
IX–atividades que favoreçam, ao aluno que apresente altas
habilidades/superdotação, o aprofundamento e enriquecimento de aspectos
curriculares, mediante desafios suplementares nas classes comuns, em sala
de recursos ou em outros espaços definidos pelos sistemas de ensino,
inclusive para conclusão, em menor tempo, da série ou etapa escolar, nos
termos do Artigo 24, V, “c”, da Lei 9.394/96. (BRASIL, 2001a, p.3).
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Foi nessa mesma resolução que o termo Altas Habilidades/Superdotação foi adotado
pela primeira vez no Brasil.
O Decreto 6.571/08 (BRASIL, 2008), reforça a política destinando aos alunos com
necessidades educacionais especiais, o dobro dos recursos do FUNDEB repassados às escolas
que ofereçam AEE, o Parecer CNE/CEB Nº 13/2009 (BRASIL, 2009) dá subsídios com vistas
à elaboração de diretrizes operacionais regulamentando o atendimento educacional
especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial, a Resolução CNE/CEB
4/2010 (BRASIL, 2010) define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação
Básica apontando como, quando, onde e quem ofertará esse serviço de AEE.
Ressalta-se que para os alunos com AH/SD, são indicadas adaptações curriculares
que ofereçam programas de enriquecimento escolar e de aprofundamento de estudos, cuja
finalidade é de ajustar o ensino ao nível do desenvolvimento real dos alunos. Estas propostas
podem ser realizadas tanto nas salas de aulas regulares como nas salas de atendimento
educacional especializado ou salas de recursos, por áreas de talento ou de interesse. Logo são
de competência da escola.
O Decreto 6.571 de 2008 é substituído pelo Decreto 7.611 de 2011 que “dispõe sobre
a Educação Especial, o atendimento educacional e dá outras providências” (BRASIL, 2011).
Nele é garantido ao aluno com AH/SD o Atendimento Educacional Especializado – AEE
gratuito, que deve ser oferecido de forma transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
preferencialmente na rede regular de ensino. De acordo com o INEP8, o decreto define ainda
que o AEE
[...] compreende um conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e
pedagógicos, organizados institucional e continuamente, prestados de forma
complementar à formação de estudantes com deficiência e transtornos
globais do desenvolvimento; e suplementar à formação de estudantes com
altas habilidades/superdotação (BRASIL, 2011).
8
http://portal.inep.gov.br/web/educacenso/duvidas-educacao-especial
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educação infantil e estender-se-á ao longo da vida (BRASIL, 2018). Essa alteração tem
significativa importância para os alunos da Educação Especial, pois garante a eles o
atendimento especializado desde os primeiros anos de vida, até sua formação profissional
(BURIN, 2019).
As legislações mais atuais em relação à Educação Especial, em Santa Catarina, é a
Resolução nº 100/2016 do CEE/SC, que define Educação Especial como “a modalidade de
educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para o atendimento
das necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtorno do espectro
autista, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e altas habilidades/superdotação”
(SANTA CATARINA, 2016b, p. 1), estabelece o Serviço de Estimulação Essencial a alunos
de zero a seis anos, o AEE dos seis aos dezessete anos e a Educação Profissional dos 14 aos
17 anos, e define o público-alvo da Educação Especial no estado como sendo:
Alunos com deficiência são aqueles que têm impedimentos de longo prazo
de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com
diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. I. Alunos com
deficiência auditiva [...] II. Alunos com deficiência visual [...] III. Alunos
com deficiência física [...] IV. Alunos com deficiência múltipla [...] V.
Alunos com surdocegueira [...] VI. Alunos com deficiência intelectual [...].
Alunos com transtorno do espectro autista [...].
Alunos com transtorno do déficit de atenção/hiperatividade [...].
Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado
em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual,
acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande
criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas
de seu interesse (SANTA CATARINA, 2016b. p. 2-3).
Hoje, sabe-se que, apesar das políticas públicas serem bem claras a respeito dos
alunos com AH/SD, estes escondem suas capacidades e potencialidades em inúmeras histórias
de fracasso escolar, a fim de não serem excluídos do convívio social por serem inteligentes ou
por serem capazes de desempenho escolar bem-sucedido (DELOU, 2001).
2.2. NAAH/S
Hoje o Núcleo está estruturado de forma que o ingresso dos alunos pode ocorrer por
três meios conforme apresentado na Tabela 1.
9
As Atividades do Tipo I, II, III e IV fazem parte do Modelo Triádico de Enriquecimento de Renzulli (2014).
10
O agendamento pode ser feito através dos telefones: 3664-4897 ou 3664-4896.
11
O conceito de comportamento de superdotação será apresentado no capítulo 5- Teoria de Renzulli para as
AH/SD.
12
Informação disponível em: http://naahssc.blogspot.com/2013/08/naahs-sc-lanca-o-i-concurso-de-desenho.html
.
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Diversas são as formas de indicação de alunos13, porém indica-se que o contato para
agendar uma avaliação inicial ao aluno no NAAH/S-SC seja feito pelo responsável deste
indivíduo, pois além de ser parte fundamental do processo avaliativo, é ele que transporta o
educando até o Núcleo (BURIN, 2019).
13
Serão apresentadas em capítulo posterior.
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para a busca de outros indicadores e/ou para a verificação da consistência dos mesmos.
Concomitante a isso, a equipe pedagógica e psicológica do Núcleo investigam a vida escolar
do aluno em busca de informações pertinentes as AH/SD.
Se, durante este processo, for identificado comportamento de superdotação14 no
aluno, esse sujeito continua em atendimento no NAAH/S-SC na(s) Oficina(s) que
representa(m) áreas de seu interesse, e caso não apresente, ele será desligado do serviço.
14
Segundo Teoria de Renzulli e Reis (1986).
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Oficinas Extras: Música e Teatro. Estas oficinas surgem conforme a demanda dos estudantes
e visam avaliar e desenvolver as habilidades dos sujeitos que possuem interesse na área.
FONTE: Adaptado de BURIN, 2019, p. 49-50.
“A progressão deve ser suave e contínua de forma a não gerar lacunas sérias na formação
global da criança” (SABATELLA; CUPERTINO, 2007).
15
Este documento faz parte das Diretrizes para o atendimento educacional especializado (AEE) na rede regular
de ensino de Santa Catarina e encontra-se disponível em:
https://www.fcee.sc.gov.br/downloads/biblioteca-virtual/educacao-especial/temas-gerais/1400-diretrizes-para-o-a
tendimento-educacional-especializado-aee-na-rede-regular-de-ensino-de-santa-catarina
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Conforme exposto ao longo deste capítulo, fica claro que a legislação que ampara os
alunos com necessidade educacionais especiais prevê o atendimento especializado do aluno
com AH/SD. Por este motivo, o aluno com AH/SD precisa ser identificado na escola, espaço
esse primordial que deve oferecer atendimento a esses alunos, cidadãos como os demais e que
têm direito à educação de qualidade e de alto nível. Além disso, recomenda-se, às escolas de
Educação Básica, o estabelecimento de parcerias com instituições de Ensino Superior a fim de
não só identificar os alunos que apresentem AH/SD, como também, encaminhá-los a espaços
onde a pesquisa científica os estimula a pensar, a investigar e a descobrir, transformando,
assim, a sociedade onde vivem.
Neste capítulo você conheceu a legislação que ampara o sujeito com AH/SD. As
teorias, características e modelos educacionais que permeiam nossa prática de trabalho com
esses alunos serão abordados em capítulos posteriores.
Espero que estejam gostando do curso até o momento.
Bons estudos!
2.6. Referências
BRASIL. Lei nº 13.632, de 6 de marco de 2018. altera a lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (lei
de diretrizes e bases da educação nacional), para dispor sobre educação e aprendizagem ao longo da
vida. Diário Oficial da União, Poder Executivo Brasília, DF, 2018.
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o plano nacional de educação (PNE) e dá
outras providencias. Diário Oficial da União, Poder Executivo Brasília, DF, v. 26, 2014.
BRASIL. Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001b. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras
providências. Brasília, DF, 9 jan. 2001b. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm>. Acesso em: 14 out. 2019.
BRASIL. Constituição da república federativa do brasil. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico,
1988.
BRASIL. Educação Especial: superdotados- manual. Rio de Janeiro: Centro Nacional de Educação
Especial, 1976.
BRASIL. Lei no 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa diretrizes e bases para o ensino de 1o e 2o
graus, e dá outras providencias. Diário Oficial da União, 1971.
BRASIL. Lei no 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as diretrizes e bases da educação nacional.
Diário Oficial da União, 1961.
BURIN, Ananda Ludwig. Alunos Matematicamente Habilidosos: uma proposta de atividades para
potencializar sua identificação. 2019. 232 f. Tese (Mestrado) - Departamento de Matemática,
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2019. Disponível em:
https://sca.profmat-sbm.org.br/sca_v2/get_tcc3.php?id=170660341. Acesso em: 04 ago. 2020.
CUPERTINO, C. M. B. Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos. São Paulo: FDE,
2008.
FREITAS, S.N.; PÉRES, S.G.P.B. Políticas públicas para as Altas Habilidades/ Superdotação: incluir
ainda é preciso. Revista de Educação Especial, V. 27. nº 50. p. 627-640. set/dez, 2014.
MATOS, Brenda Cavalcante; MACIEL, Carina Elisabeth. Políticas Educacionais do Brasil e Estados
Unidos para o Atendimento de Alunos com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD). Revista
Brasileira de Educação Especial, [s.l.], v. 22, n. 2, p.175-188, jun. 2016. FapUNIFESP (SciELO).
Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382016000200175&lng=pt&tlng=
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PINTO, E. O problema da educação dos bem dotados. São Paulo: Companhia Melhoramentos de São
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RENZULLI, Joseph S.. Modelo de enriquecimento para toda a escola: um plano abrangente para o
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http://dx.doi.org/10.5902/1984686x14285. Disponível em:
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