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hierarquias de Anjos e as dispusestes numa ordem admirável acima dos Céus, que
dispusestes com tanta beleza as partes do universo, Vós, a Quem chamamos a
verdadeira Fonte de Luz e de Sabedoria, e o Princípio supereminente, dignai-Vos
derramar sobre as trevas da minha inteligência um raio de vossa clareza.
Afastai para longe de mim a dupla obscuridade na qual nasci: o pecado e a ignorância.
Vós, que tornais eloquente a língua das criancinhas, modelai a minha palavra e derramai
nos meus lábios a graça de vossa bênção.
Fortificai o meu estudo, dirigi o seu curso, aperfeiçoai o seu fim, Vós que sois verdadeiro
Deus e verdadeiro homem, e que viveis nos séculos dos séculos.
Amém.
“A Cruz Sagrada seja a minha luz, não seja o dragão o meu guia. Retira-te,
satanás! Nunca me aconselhes coisas vãs. É mau o que tu me ofereces, bebe
Introdução
Quando um protestante afirma, está escrito que não devemos adorar imagens, o que
fazer se não concordar com ele?
Afinal, imagens não podem ocupar o lugar de Deus, e sim eles tem toda razão ao
afirmar que quem acredita que uma imagem é uma divindade comete um pecado grave.
Sem dúvidas não devemos adorar imagens, aliás, não devemos adorar criatura
alguma, pois somente Deus deve ser amado sobre todas as coisas, com todas as nossas
forças, com todo nosso ser, por tudo e por todos. Está escrito:
"Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair do Egito, da casa da servidão. Não
terás outros deuses diante de minha face. Não farás para ti escultura, nem
figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou
nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes
prestarás culto." Êxodo, 20 - Bíblia Católica Online
"Não vos volteis para os ídolos, e não façais para vós deuses de metal
fundido. Eu sou o Senhor, vosso Deus." Levítico, 19 - Bíblia Católica Online
"“Não fareis ídolos. Não levantareis estátuas nem estelas. Não poreis em
vossa terra pedra alguma adornada de figuras, para vos prostrardes diante
dela, porque eu sou o Senhor, vosso Deus." Levítico, 26 - Bíblia Católica
Online
"Se, pois, somos da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade é
semelhante ao ouro, à prata ou à pedra lavrada por arte e gênio dos homens.
Deus, porém, não levando em conta os tempos da ignorância, convida agora a
todos os homens de todos os lugares a se arrependerem." Atos dos
Apóstolos, 17 - Bíblia Católica Online
Para o povo hebreu, nada havia de mais santo, senão Deus, do que a Arca da
Aliança, cujo projeto foi dado por Deus a Moisés e cujo os artesãos ficaram cheios do
Espírito Santo para assim, inspirado por ele, pudessem esculpi-la. Nesta mesma arca,
sobre ela, havia a imagem de dois Serafins.
“As imagens dos Serafins não foram aí postas para receberem culto, o que era
proibido pelo primeiro preceito da lei, mas como sinal de ministério” [suma
secunda pars q 102 art 4]
Não devemos nos esquecer também, como o rei Davi se humilhou diante da arca da
aliança, como também está escrito, antes de introduzi-la em sua casa e antes disso, o que
aconteceu com o hebreu que tocou na arca sem querer e sem poder, e por isso, caiu morto,
sendo essa a razão do pavor de Davi.
Temos ainda o templo de Salomão no qual também havia a imagem de dois
querubins.
Por fim, nos evangelhos, nosso senhor Jesus Cristo, em todos os seus
ensinamentos, apenas duas vezes tratou de imagens,o que por si só já demonstra que o
tema não é tão relevante assim, já que , se isso fosse causar tanto problema para a
salvação dos cristãos, não tenho dúvidas que, ao invés de no alertar da importância de nos
guardar do fermento dos fariseus, nosso senhor Jesus teria nos alertado para o risco
relacionado a confecção e posse de imagens, mas ao invés disso, nas duas únicas vezes
em que Jesus menciona a palavra imagem, em uma disse: dai a cezar o que é de cezar e
na outra para se comparar a uma dizendo: assim como Moisés levantou a serpente no
deserto assim também o filho do homem deverá ser levantado para que todo que a ele ver e
nele crer seja salvo.
a sua imagem, «venera nela a pessoa nela representada» (120).[CIC nº476:477]
Capítulo III- Os primeiro cristãos
No primeiro livro das constituintes, Calvino afirmou que os cristão viveram por 5
séculos sem necessidade das imagens. Essa é apenas uma das muitas mentiras que ele
contou.
Nas catacumbas encontram-se dezenas de imagens pintadas pelos primeiros
cristãos, aqueles que viviam a fé em meio a grandes perseguições, nelas temos pinturas da
Mãe de Deus e até de Nosso Senhor Jesus, porque após a encarnação, o que era
impossível, atribuir uma forma para Deus - se não figurada, como a serpente de bronze -
agora era possível, por ter Deus assumido a natureza humana.
Uma vez que o Verbo Se fez carne, assumindo uma verdadeira natureza humana, o
corpo de Cristo era circunscrito (116). Portanto, o rosto humano de Jesus pode ser
«pintado» (117). No VII Concílio ecuménico (118), a Igreja reconheceu como legítimo
que ele fosse representado em santas imagens. 477. Ao mesmo tempo, a Igreja
sempre reconheceu que, no corpo de Jesus, «Deus que, por sua natureza, era
invisível, tornou-Se visível aos nossos olhos» (119). Com efeito, às particularidades
individuais do corpo de Cristo exprimem a pessoa divina do Filho de Deus. Este fez
seus os traços do seu corpo humano, de tal modo que, pintados numa imagem
sagrada, podem ser venerados porque o crente que venera. CIC
As imagens eram uma realidade para os primeiros cristãos, e isso nada tem a haver
com o paganismo, tem relação com o fato de que existem coisas que só podem ser
expressas pela arte. O cristianismo não veio para destruir a beleza, nem impossibilitou a
arte, mas a elevou a quinta essência;
Não podemos pensar nos corpos senão por imagens. [patrística vol 9.1, sermão ao
povo, salmo 37; santo agostinho]
Entender que a imagem que guardamos tem relação mas não é a coisa é muito
importante, platão mesmo acreditava exatamente no contrário e abandonava o objeto real
para estudar o que considerava ideal e que habita o mundo das ideias, aí está às raízes do
erro do idealismo:
Como a imagem que guardamos na memória não substitui a coisa, nem mesmo é a
coisa em um estado mais perfeito como dizia Platão, mas representa a coisa, assim
também às imagens sacras.
“As imagens não existem para estarem no lugar de Deus, elas existem para
nos levarem até Deus, para nos mostrarem o caminho d’Ele. Como a imagem
sagrada da serpente, lá no deserto, foi um sinal da cura de Deus, a imagem
dos santos, a imagem da Virgem Maria são para nós a indicação do caminho
do Céu.” [Padre Roger Araújo Sacerdote da Comunidade Canção Nova,
Homilia do dia 12/12/2020]
Essa imagem da serpente é muito interessante com relação ao assunto, pois, como
vemos, o povo de Israel, quando a esculpiu por ordem de Deus, e foi curado do veneno da
serpente através dela, não cometeu pecado algum, mas algumas gerações a frente, ela se
torna enfim, objeto de adoração e por isso acaba sendo destruída e, mesmo assim, Jesus
não exita em usá la como figura de si mesmo.
A partir destas passagens podemos afirmar que a Igreja, que é santa e pecadora,
Santa por ser o corpo místico de Jesus, pecadora porque é formada por pessoas como eu,
e, sendo imaculada, por ter sido purificada pelo Sangue do Cordeiro e guiada pelo Espírito
Santo, é sim acusada injustamente quando afirmam que é idólatra e adoradora de imagens.
“As imagens sagradas não ocupam o lugar de Deus, pelo contrário, elas nos levam
para o colo de Deus, para a proximidade d’Ele e resgatam em nós a imagem
sagrada de que nós mesmos somos de Deus.” [Padre Roger Araújo Sacerdote da
Comunidade Canção Nova, Homilia do dia 12/12/2020]
Capítulo V- Um paradoxo a ser resolvido
Se todas as imagens são proibidas, temos um grande problema, pois o mesmo Deus
que às proibiu também ordenou que imagens fossem feitas pelos mesmos homens aos
quais havia proibido e esses homens obedeceram sem pestanejar e com razão.
Por acaso seria Deus, que nunca muda, capaz de ordenar aos homens fazer aquilo
que ele mesmo havia proibido?
O povo de Israel pecou ao obedecê-lo?
Pecou Davi ao se humilhar diante da arca?
Pecou salomão ao construir um templo para Deus repleto de imagens?
E Jesus? Teria ele pecado ao se comparar com uma imagem?
Claro que não, O Senhor nunca erra, Ele, e somente Ele, sabe o que faz. O povo de
Israel sabia disso pois não eram analfabetos funcionais como a grande maioria dos que
leem a bíblia nos dias de hoje.
Eles sabiam que as imagens proibidas eram aquelas que eram construídas para fins
de adoração. Que o pecado não estava em construir uma imagem ou em possuí-la, mesmo
que seja por amor ou veneração a uma pessoa, principalmente se essa imagem é
venerada pela relação de amizade que a pessoa ou anjo cujo a imagem se refere, tem com
Deus.
Eles sabiam que idolatrar é acreditar que criaturas são deuses e colocar essas
imagens em um lugar que somente Deus deve ocupar, como fizeram os israelitas ao
adorarem um Bezerro de ouro, dizendo que esse bezerro era o deus que vos havia libertado
do Egito.
“Os preceitos sobre os sacrifícios não foram dados ao povo judeu, senão
depois que caiu na idolatria, adorando um bezerro de metal fundido. Sendo
assim, esses sacrifícios foram instituídos, para que o povo, pronto a sacrificar,
os oferecesse antes a Deus que aos ídolos. [suma q102 art 3]
Deus instituiu o sacrifício a ser oferecido na antiga aliança pelo povo de Deus, mas
era um sacrifício figurativo, ele era a profecia do que se realizaria alguns milênios a frente,
quando o Messias viria e Ele mesmo, o Sacerdote Eterno e ao mesmo tempo a Vitima
Perfeita, executaria o Sacrifício definitivo, eternizado na Santa Missa, como tratamos na
obra anterior.
A igreja oferece esse sacrifício pela remissão dos pecados, e nunca em hipótese
alguma, pensou em oferecê-lo aos anjos, aos santos, às virgens, aos apóstolos, aos
mártires, nem mesmo a Imaculada Virgem Maria.
“Algusn não católicos afirmam que todos esses dogmas marianos fazem de
Maria uma adoração idolátrica, pura e simples. Como um jovem evangélico, até
desenvolvi traços identificando Maria como a deusa babilônica ishtar, cujo
culto é descrito pelo profeta Jeremias(7,8; 44, 15-17). A devoção mariana, eu
acreditava, não era nada mais do que a adoração de uma deusa trazida para o
cristianismo pelos pagãos havia muito tempo ao fingirem sua conversão. Eu
estava errado, é claro, de que os católicos adoram Maria. Na verdade, a Igreja
presta a ela a honra e veneração como a maior dentre todos os santos,
reservando a adoração e o culto para Deus, apenas."[salva, santa rainha, scott
Hahn]
Maria, a mais venerada entre os santos e sem dúvida a que tem mais imagens no
mundo todo, Ela não é deusa, Ela é simplesmente a mais sublime das criaturas e se a
veneramos sobre todas as demais criaturas é por ser Ela a Obra-Prima de Deus e,
principalmente, por ser a Mãe de Jesus, e assim também, em diferentes graus aos demais
santos de Deus ,segundo a relação com o Divino.
Tudo começa com um erro do que seja a adoração, os protestantes confundem os
meios com o fim, assim quando veem se realizar algo que serve de meio para a adoração,
acreditam ser necessariamente o fim, consequentemente, por não se adequar aquele
determinado fim, imediatamente acusam de pecado.
Até nessa explicação de Scott vemos que existe um pouco dessa confusão, a
adoração é o oferecimento do sacrifício. O oferecimento ainda é o meio, uma forma de
demonstrar nosso amor e a nossa fé, o fim é mais elevado e só pode ser compreendido
pela lei do amor que sim ensina amar deus com todas as nossas forças, mas que não exclui
o amor ao próximo, que nada mais é que a Veneração.
Nós homens somos movidos pelos sentidos e raciocinamos a partir dos fantasmas,
que são imagens que guardamos em nossas memórias. Sem essas imagens o
conhecimento profundo seria praticamente impossível, às imagens sacras nos ajudam a
adquirir os fantasmas daquilo que o evangelho nos narra e que os santos testemunharam
com suas vidas. Veja o que nos ensina santa Teresa D'ávila:
“ Tinha tão pouca habilidade para representar coisas com o entendimento que,
se não era o que via, não me aproveitava nada da minha imaginação, como
fazem outras pessoas que se podem servir dela a fim de se recolherem. Eu só
podia pensar em Cristo como homem; assim, jamais O pude representar em
mim por mais que lesse da Sua formosura e visse imagens. Era eu como quem
está cego ou às escuras que, embora falando com uma pessoa e sentindo que
está com ela -porque sabe de certeza que está ali, digo que percebe e crê que
está ali - não a vê. Desta maneira me acontecia a mim quando pensava em
Nosso Senhor. Por esta razão, era eu tão amiga de imagens. Desventurados os
que, por sua culpa, perdem este bem! Até parece que não amam o Senhor,
porque, se O amassem, folgariam de ver Seu retrato, tal como nos dá
contentamento ver o de uma pessoa a quem se quer bem. [O livro da vida;
Santa Tereza d’Avilla cap 9; nm 6]
A igreja sempre soube disso, é por isso que ao longo dos séculos soube bem
direcionar o uso das imagens, condenando os abusos, sem com isso abrir mão de seu valor
didático.
Vejam a Cruz, todo o sentimento que Ela desperta e também tudo que Ela nos
mostra. Basta ver a Cruz diante de nossos olhos, para percebermos o amor de Deus, que
se manifesta no Calvário, e assim como está descrito na Bíblia, está representado na
imagem.
A Cruz é o sinal do cristão, porque ela sintetiza todo o evangelho, n’Ela entende-se a
razão da Encarnação, por Ela chegamos à Ressurreição. N’Ela podemos entender a vida e
suas mazelas, o pecado e a necessidade de reparação do mal. Veja o depoimento de Scott
em um retiro, quando ainda era protestante:
Os sinais não são as coisas, se fosse assim, bastaria a placa de Pare e ninguém
mais furaria uma preferencial, o sinal representa a coisa e nos leva a coisa, assim, estando
a placa visível, sabendo eu que aquela placa hexagonal na cor vermelha é um sinal de que
devo parar antes de atravessar, se não parar a culpa é minha de qualquer eventual acidente
que vier a ocorrer. Os sinais sagrados, às imagens sacras, são ainda mais importantes por
nos revelar a eternidade, sem esses sinais haveria dificuldade na comunicação entre o
eterno e o passageiro e até mesmo entre os homens.
Imagens criadas para estigmatizar os santos e até mesmo Cristo, como homens
afeminados, taxando o homem religioso como menos másculo que os demais, são imagens
ruins e devem ser destruídas.
Quebrem às imagens dos santos que não são representados como homens, porque
para seguir Cristo é necessário uma incrível masculinidade, por isso Santa Catarina
bradava contra o Papa e os homens de sua época: - sejam homens , porque as mulheres
da Toscana são mais viris do que vós.
Não existe nada mais másculo do que um homem santo. Não existe demonstração
de virilidade maior do que a de Jesus pregado na Cruz.
Capítulo XI- As melhores imagens
Se a imagem não narra o evangelho, se a imagem não traz em si o conteúdo da
revelação, não tem utilidade, por um ícone tem que transcender-se. Veja o caso das
imagens marianas: as melhores imagens de Maria são aquelas nas quais nela podemos ler
o evangelho.
Como explicou certa vez o Padre Paulo Ricardo, às melhores imagens de Maria são,
ou aquelas em que o menino Jesus está em seu colo, ou às que Maria aparece grávida,
como nos conta o evangelho.
Os demais santos em suas imagens nos mostram como é possível viver segundo os
ensinamentos de Jesus. Às imagens de São Francisco mesmo, nos fala da pobreza de
coração, de como é possível sim viver sem duas túnicas, sem preocupação demasiada com
a comida e as vestimentas, porque até os passarinhos do céu Deus dá um jeito de alimentar
e até os lírios Deus veste com trajes de rei.
O que são às veneráveis imagens de igreja senão uma representação clara do
evangelho de nosso Senhor Jesus?
Numa sociedade onde a maioria das pessoas acham que sabem ler, fica fácil
desprezar as imagens, mas para as pessoas que não sabiam ler a leitura do evangelho e
dos demais livros da sagrada escritura era feita através delas.
Condenar todas as imagens e os que a veneram simplesmente porque se tornou
incapaz de fazer às abstrações necessárias para bem interpretar a bíblia, ou pior, apenas
para ter na sua seita mais seguidores, sempre passando por cima dos versículos nos quais
as imagens aparecem, sem uma condenação e sem relação com o pecado de idolatria; isso
é mentir, e o pai da mentira é o Diabo, é ele que usa versículos fora do contexto para
afastar as pessoas de Deus, até mesmo fingindo ser para o agrado de Deus, como fez na
segunda tentação a nosso Senhor Jesus.
Chesterton falou disso uma vez, de como às imagens e quadros das igrejas
medievais cumpriam isso e de como às imagens da renascença falharam exatamente nesse
quesito. Ninguém sente o impulso natural da oração ao ver um quadro de Rafael ou de
Michelangelo.
É interessante uma discussão que Scott teve com sua esposa:
E concluiu:
A questão decisiva não é se as imagens devem existir ou não, uma vez que o Antigo
Testamento, pouco depois de enumerar os Dez Mandamentos, dá instruções
específicas acerca das imagens que se devem fazer como parte do Santo dos
Santos – do jardim do Éden, e o querubim sobre o propiciatório, por exemplo. Deus
até ordenou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze sobre uma haste, que o
povo devia olhar para ser curado da praga. Ou Deus deu mandamentos
contraditórios, ou a ideia do mandamento não é tanto não ter imagens, mas
sobretudo não adorá-las (como fizeram os judeus no Monte Sinai com o bezerro de
ouro).[Todos os caminhos levam a Roma; Scott Huns]
O primeiro mandamento da lei de Deus é: Amar a Deus sobre todas as coisas. Amar
a Deus com todas as nossas forças, com todo nosso entendimento, amar com todo nosso
ser, eis aí a melhor definição do que seja adorar. Adorar é o amor maior que se deve
somente a Deus.
Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama
seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. (Mt 10,37)
Quando uma pessoa gosta de mais de uma coisa, inconvenientemente ela diz: eu
adoro isso. No fim o que ela quer dizer é que, de todas coisas que ela ama, essa é a que
ela mais ama, ou entre às coisas do mesmo gênero, essa é a que mais lhe agrada.
Adorar a Deus é amá-lo acima de tudo e o culto de latria é um culto que se deve
prestar somente a Ele.
O problema não está nos fantasmas, como nos mostrou Smith, mas na confusão da
imagem com a realidade.
Todas as vezes que colocamos uma criatura antes de Deus estamos caindo no
pecado de idolatria mesmo que não nos ajoelhemos diante dela.
A idolatria não diz respeito apenas aos falsos cultos do paganismo. Continua a ser
uma tentação constante para a fé. Ela consiste em divinizar o que não é Deus.
Há idolatria desde o momento em que o homem honra e reverencia uma criatura
em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou de demónios (por exemplo, o
satanismo), do poder, do prazer, da raça, dos antepassados, do Estado, do
dinheiro, etc., «Vós não podereis servir a Deus e ao dinheiro», diz Jesus (Mt 6,
24). Muitos mártires foram mortos por não adorarem «a Besta», recusando-se
mesmo a simularem-lhe o culto. A idolatria recusa o senhorio único de Deus; é,
pois, incompatível com a comunhão divina. [CIC nº 2113]
Venerar é isso: amar às outras pessoas como Jesus amou, e Jesus amou e ama
Maria como mãe, amou os apóstolos como amigo e a todos os santos como irmãos.
Nessa terra, amamos muito os nossos pais. Se meu pai tem um amigo que muito
lhe deseja o bem e que faz tudo para o ajudar, como não irei amar essa pessoa. Mas
amá-la não significa que estou querendo trocar de pai, ou que desejo ter dois pais,
simplesmente significa que, por amor a meu pai, amo tudo que é para o seu bem e um
amigo de verdade é um bem muito desejado para as pessoas que amamos.
Dessa forma, fica claro que: o culto de veneração dos santos prestado pela Santa
Igreja Católica não se encaixa no pecado de idolatria, pois é por muito terem amado e
servido a Deus que muito amamos aos santos e anjos e é por saber que Deus muito os
ama e os considera que rogamos por vossa intercessão junto ao nosso Senhor Jesus
Cristo.
Livro VI
I- introdução.
Nós, católicos, não sabemos rezar, pelo menos é isso que dizem os protestantes,
porque está escrito que Nosso Senhor Jesus disse:
“não useis de vãs repetições, como os gentios, porque imaginam que é pelo
palavreado excessivo que serão ouvidos.
Por conta do grande número de orações repetidas, tanto no culto público como na
vida de oração privada, fica difícil, partindo única e exclusivamente do versículo acima, não
assumir esse erro que eles fazem questão de esfregar na nossa cara, porque se a oração
não for com as próprias palavras, ou como preferem, não vir do coração, não tem valor
algum perante Deus.
“Os não católicos, às vezes, procuram diminuir o valor do rosario dizendo ser uma
oração estupidamente monótona, mediante fórmulas mecânicas de recitações.
Alguns chegam mesmo a condenar a prática, citando a rejeição de Jesus às orações
de “vã repetição”(Mt 6,7). No entanto nada pode estar mais distante da
realidade."[Salve Santa Rainha, Scott Hahn]
Quando os nossos próprios filhos pequenos dizem uma e outra vez durante o dia:
“Eu te amo, mamãe”, nunca lhes respondemos: “Querido, isso é só uma repetição
inútil”. Do mesmo modo, nós, como crianças pequenas, dizemos a Maria, por meio
do terço: “Mamãe, eu te amo; reze por mim”. Embora seja repetitivo, só se tornaria
vão se disséssemos as palavras sem lhes dar sentido. [Todos os caminhos levam a
Roma; scott Huns]
A prova de sua maternidade viria para mim somente quando tomei a decisão de me
deixar ser seu Filho. Apesar de todos os poderosos escrúpulos da minha formação
portestante, lembre-se, havia poucos anos, eu desfazia a às contas do terço de
minha avó. Eu mesmo um dia peguei o terço e comecei a rezar. Rezei numa
intenção bem específica, praticamente impossível de ser atendida. No dia seguinte,
peguei o terço e rezei de novo, e no outro dia também, e no outro, e no outro. Meses
passaram quando eu percebi que minha intenção, uma situação impossível, tinha
sido revertida desde o primeiro dia em que peguei o rosário e comecei a rezar. O
meu pedido tinha sido atendido. [Scott Hahn, Salva santa Rainha]
“Jesus condenou, sim, a vã repetição, mas nem toda repetição é vã” [scot husn,
salve santa rainha]
Quando rezamos: “Ave Maria cheia de graça o senhor é convosco” não usamos
palavra vãs, mas repetimos o que o Anjo Gabriel disse a Maria quando foi enviado por
Deus, para que assim fosse realizado o mistério da Encarnação. Quando dizemos: Bendita
sois Vós entre as mulheres e Bendito é o Fruto do vosso ventre Jesus, repetimos o que
Santa Isabel, cheia do Espírito Santo, disse, e não há quem, cheio do Espírito Santo, diga
palavras vãs, que não deva ser repetidas muitas vezes.
Nem toda repetição é vã: também os não católicos sabem disso e não os
ouvimos dizer: amém!, aleluia,aleluia!, glória a Deus! e louvado seja o senhor! [salve
santa rainha, Scott Hahn] muitas vezes?
Depois do Pai Nosso, não existe oração mais perfeita do que a Ave Maria. Nem
uma orquestra dos 100 maiores poetas da existência - regida por Shakespeare - seria
capaz de compor versos tão bonitos e perfeitos. Pobre de nós que mal conseguimos
expressar o que pensamos, mas o céu veio a nosso socorro e disse: Ave cheia de graça!
Pelo catecismo, como visto nos números citados acima,vê-se que recitar a ave
maria é tão somente recitar às escrituras, porque a ave maria é totalmente inspirada no
evangelho de Jesus, e Jesus é o centro de tudo e de todas as orações marianas e católicas.
Como dizer que orações tão divinamente inspiradas sejam repetições vãs? Tudo que
vem de Deus é perfeito e às principais orações católicas são divinamente inspiradas:
“O pai nosso que aprendemos dos próprios lábios de Jesus, A ave maria que vem
das palavras do anjo gabriel e de isabel no evangelho de são lucas. E quem poderia
argumentar contra às palavras do glória, se não apenas uma forma de prestar louvor
à Trindade eterna e santa?”salve santa rainha, scot huns]
Pela sua Palavra, Deus fala ao homem. É nas palavras, mentais ou vocais, que a
nossa oração toma corpo. Mas o mais importante é a presença do coração Àquele
a Quem falamos na oração. «Que a nossa oração seja atendida não depende da
quantidade de palavras, mas do fervor das nossas almas». A oração vocal é
um elemento indispensável da vida cristã. Aos discípulos, atraídos pela oração
silenciosa do seu mestre, este ensina-lhes uma oração vocal: o «Pai-nosso».[CIC
n° 2700.2701.
Absurdo dos absurdos, nem mesmo o Pai Nosso eles querem rezar em suas
orações, porque presumem que as orações que compõem em seu coração seja mais
agradável a Deus do que aquela que o próprio Senhor nos ensinou quando pedimos,
através do discípulo: Senhor, ensine-nos a rezar.
Esquecem-se que também está escrito:
"Eis como deveis rezar: PAI NOSSO, que estais no céu, santificado seja o
vosso nome;venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na
terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as
nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam;* e não
nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal." São Mateus, 6 - Bíblia
Católica Online
Não seria presunção nossa desprezar a oração que Jesus nos ensinou? Me diz:
onde está escrito que, após Jesus ter lhes ensinado o Pai nosso, os discípulos tenham
respondido: apesar da oração ensinada pelo mestre, cada um continua com suas próprias
orações, porque elas lhe vinham do coração? E quem disse que o que vem do nosso
coração supera o que vem do céu, ainda mais com o pecado que nos faz fazer o mal que
não queremos. isso quando não queremos?
“Martinho Lutero, na noite que antecedeu a sua morte, deixou-se vencer por sua
habitual intemperança, e com tanto excesso, que fomos obrigados a carregá-lo
totalmente embriagado e deitá-lo em seu leito... No dia seguinte retornamos ao
dormitório de nosso patrão para ajudá-lo a vestir-se, como de costume. Vimos então,
ó dor, nosso patrão Martinho pendurado sobre seu leito e miseramente
estrangulado. Logo anunciamos aos príncipes, seus convivas da véspera, o
execrável fim de Lutero. Estes, tomados de terror como nós, nos encorajaram por
mil promessas e pelas mais solenes súplicas, a guardar sobre aquele
acontecimento, um profundo e eterno silêncio, a fim de que nada fosse divulgado;
em seguida nos pediram para colocar o horrível cadáver de Lutero em seu leito e
dizer ao povo que nosso patrão havia subitamente deixado este mundo”.
Em sua obra sobre a oração cristã, Lutero faz muitas petições a Deus, vindas de seu
coração, mas as petições desse livro realizaram-se exatamente ao contrário do que foi
pedido.
O que é um culto protestante se não isso, uma verdadeira torre de babel, falo aqui
principalmente das seitas pentecostais, existe algumas onde pelo menos um mínimo de
ordem prevalece, mas quando a essas, às pentecostais, são uma verdadeira bagunça.
A ignorância dos pastores transcende a dos sacerdotes de baal, pois o que se diz
cristão tem que saber que Deus sabe o que precisamos antes mesmo de pedir e que
portanto não precisamos fazê-lo aos berros num microfone.
O Pai Nosso, a Ave Maria e às demais orações ensinadas e praticadas pela Igreja,
não limita nossas intenções, mas sim, às direciona ao que realmente importa. A glória de
Deus que deve ser santificado perante os demais homens pelas obras realizadas através da
graça, pois Seu Nome é Santo e Seu Reino se estende a tudo e a todos. A confiança n’Ele,
seja para o pão, seja para vitória na tentação, seja para a vitória definitiva contra o mal.
Ainda posso, mental ou vocalmente, dizer a Deus o que penso, o que sinto e pedir o que
acho que preciso. A oração não fica limitada às palavras que a igreja ensina, mas essas
palavras são um norte que nos mostra a direção, que nos impede de cair em uma série de
erros que estão ligadas a concepções nada cristãs que contaminam a oração de muitos
cristãos.
Deve-se rezar para adquirir a humildade, deve-se orar para entender que somos
criaturas e não super homens, e nada faz uma oração ser mais perfeita do que um
conhecimento profundo de nossa atual miséria.
Se tem uma coisa que mostra a falta que faz um bom exame de consciência, é essa
acusação boboca dos evangélicos, porque no versículo está um testemunho contrário a
eles não a nós que rezamos como Jesus ensinou, como o Espírito Santo inspirou e como o
anjo enviado por Deus fez.
Nossas repetições não são vãs, e se ainda assim, continuam a interpretar essas
palavras de Jesus como uma proibição da repetição de orações, façam-me o favor de
explicar então, porque, na bíblia, várias vezes as mesmas orações são repetidas, porque
também está escrito:
"Deixou-os e foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras." São
Mateus, 26 - Bíblia Católica Online
"“Senhor, Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, saibam todos hoje que sois o
Deus de Israel, que eu sou vosso servo e que por vossa ordem fiz todas estas
coisas. Ouvi-me, Senhor, ouvi-me, para que este povo reconheça que vós,
Senhor, sois Deus e que sois vós que converteis os seus corações!”." I Reis,
18 - Bíblia Católica Online
Caso ainda reste alguma dúvida, nossos irmãos podem dar uma olhadinha no
Apocalipse. Ali eles verão como os santos e anjos não se cansam de repetir, como fazemos
no final de cada dezena do rosário e na Santa Missa O glória ! E louvam o Cordeiro de
Deus como fazemos incessantemente, com eles, na missa, como já foi demonstrado em
outro lugar.
Parte II- Onde está escrito: QUE A
IGREJA CATÓLICA É O CORPO DE
CRISTO
Introdução
Igreja é tudo igual. o importante é você seguir alguma religião, afinal, existe um
único Deus, e se ambos adoramos esse mesmo Deus, tanto faz que seja aqui ou seja lá.
Todas as afirmações acima, por mais bonitas que pareçam aos olhos dos que se
deixam levar pelo politicamente correto como se fosse a lei de Deus, são falsas e
enganadoras, porque como está escrito na bíblia: professo uma fé uma igreja e um batismo.
Apesar de ser assim, não é difícil o protestante que, baseada nessas sentenças
relativistas, afirmam que igrejas são todas iguais, e ai de quem ousa dizer que não, por ser
a Igreja Católica é o Corpo Místico de Jesus, saem logo gritando que é mentira, ou
perguntam: onde está escrito isso?
Como a maioria não conhece as escrituras, não sabe responder e assim faz parecer
que não está escrito, como se a ignorância da existência de algo fosse o suficiente para
provar sua inexistência, mas só no Brasil a ignorância adquire o status de autoridade.
Se a Igreja Católica estava equivocada, era no mínimo diabólica. Se, pelo contrário,
estava na verdade, então tinha que ter sido fundada e preservada divinamente.
[Todos os caminhos levam a roma; Scott Huns]
Mas lembra da fala do fariseu, quando a Igreja em seus primordios, já atravez dos
apostolos, começava a relaizar maravilhas igausi a que o senhor realizou? Ele disse, não se
preocupem, porque se eles não representam deus, como aqueles lá que falamvam a
mesma coisa, mas que no fim desapareceram, em pouco temo perderão a força, mas se
forem de deus ningúem poderá apra-los
Dois mil anos depois, contra às grandes perseguições, contra os grandes cisama,
vencendo todas às heresisa, superando às ideologias autoritarias, está aí, essa igreja que
parece esta sempre para desmoronar, mas governos, caem, nações desaparcem, heresias
e cimas sãosuperado e ela avança rumo ao ultimo dia
VII- O pentecostes: o nascimento a verdadeira
igreja
Em qual dessas tantas igrejas esse auxilio lhe esteve disponivel desde o principio d
o cristianismo, ou mesmo desde o pentecoste, se ão a igreja catolica?
Lutero surgiu 1500 anos depois, seria a sua igreja de 500 anos ou às sua filhas mais
novas que os renegaram dizendo-se elas às verdadeiras enquanto a sua raiz geratriz é
falsa?
Jesus disse:
Eu rogarei ao pai e ele vos dará um outro advogado, para que fique
eternamente convosco. é o espírito da verdade, que o mundo não pode
receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conhecereis, porque,
permanecerá convosco e esra em vos” (jo 14, 16,17)
Teria essas palavras eternas necessidade de espera 500 anos para sua plena
realização em um monge revltado por ter sua escola, a gostiniana, perdido o lugar da
destaqeupara uma outra escola, a dos tomistas?
Afirmar que a Igreja caiu no paganismo, que a igreja se perverteu ao longo dos
seculos, que a igreja se tornou objeto de idolatria, que a igreja caiu no obscurantismo, ou
qualquer coisa nesse sentido, e que somente no século XVI apareceu um iluminado para
cumprir com as promessas que Jesus fez a Igreja é testemunhar contra às palavras de
verdade que eles juram defender e que estão até mesmo em suas bíblias adulteradas.
IX- O Espírito Santo e a Igreja
Somente pelo espírito conseguimos adentrar no mistério da verdadeira igreja:
A proteção e presença doe Espirito Santo é a maior prova de que a Igreja Catolica é
a verdadeira igraja e que às demais, olhando pelo misterio do nascimento do alto, são uma
extenção desse corpo mistico de Jesus.
Muitas vezes Jesus se comparou a videira, ou os apostlo compararam a Igreja com
uma arvore. Eles diziam, se o galho permanece unido a arvore ele permanece vivo, ou dizia
nosso senhor, eusoua videira, quem permanece em mim permanece unido
Jesus sabia que uma familia de orfão os filhos disperssam, por isso não nos deixou
orfans, nos deu uma mãe que nos ecita a rezar: pai nosso.
Sao cipriano, bispo de Cartago, falecido em 258 dizia“ ninguém pode ter Deus
por pai, se não tiver a Igreja por Mãe...o mesmo são Cipriano garante, A
Esposa de Cristo não pode adulterar, é fiel e casta. Aquele que se separa d’Ela
saiba que se junta com uma adúltera, e que às promessas feitas a Igreja já não
o alcança. Aquele que abandona a Igreja não espere que Jesus Cristo o
recompense, é um estranho, um proscrito, um inimigo.[ sede santos, professor
felie aquino]
“Sem ela não existe o batismo que nos faz filhos de deus, no filho unico,
herdeiros do céu, participantes da vida eterna. sem a igreja não existe o
sacerdote ministerial que perdoa os pecados em nome de cristo e consagra o
corpo e o sangue do senhor, na eucaristia, oferecendo -o ao pia. sem a igreja
temos o matrimonio crsitão que tranforma marido e mulher numa só carne,
nesta união que sinaliza e representa na terra o amor de crito pela igreja. Sem
a igreja não temos o sacramento da crisma, esta unção maravilhosa do
espirito santo que faz o jovem um soldado de cristo, preparado para o bom
combate da fé. sem a igreja não temos a unção dos enfermos que cura o corpo
e a alma, e perdoa os pecados, , tranquiliza o espirito,, e no ultimo instante nos
torna serenos diante da morte, sem medo. A igreja é na terra o inicio e o germe
do reino de deus(lg 3 e 6) que o senhor a pedro e aos apostolos: Não temas,
pequeno rebanho, porque fo do agrado de vosso pai dar vos o reno(lc 12 ,32[
sede santos, professor felie aquino]
Pelo conceito de Aliança plenamente desenvolvido pela A igreja, por Scott e descrito
nas obras anteriores da série regra de ouro, tudo se aclara, somos filhos de uma grande
família.
Cada Aliança instituída por Deus representava o modo como Ele foi formando a sua
família ao longo dos tempos. A Aliança com Adão assumiu a forma de um
matrimônio; a Aliança com Noé tomou a forma de um lar; com Abraão tomou a forma
de uma tribo; a Aliança com Moisés transformou as doze tribos numa família
nacional; a Aliança com David estabeleceu Israel como um reino familiar nacional;
em contrapartida, Cristo instituíra a Nova Aliança como a família mundial, ou
“católica” (do grego katholikòs), de Deus, de modo a compreender todas as nações
e todos os homens, tanto judeus como gentios.[Todos os caminhos levam a Roma;
Scott Hahn]
Essa igreja não é apenas uma estrutura física, aliás, pode-se mudar a forma de
organização da estrutura física sem que isso afete em nada a organização estabelecida por
Deus, porque, por hora, até a plena realização, a Igreja é composta de três grandes partes,
a triunfante, a padecente e a que vemos, a chamada igreja militante. Na missa, às três
partes se faz uma como será depois do último dia, em torno do pão eucarístico, escutando
as palavras de vida às barreiras que separam são vencidas.
Esta é a única Igreja de Cristo, que no Credo confessamos ser una, santa,
católica e apostólica». Estes quatro atributos, inseparavelmente ligados entre si
indicam traços essenciais da Igreja e da sua missão. A Igreja não os confere a si
mesma; é Cristo que, pelo Espírito Santo, concede à sua Igreja que seja una,
santa, católica e apostólica, e é ainda Ele que a chama a realizar cada uma
destas qualidades. [CIC nº 811]
A Igreja é una, graças à sua fonte: «O supremo modelo e princípio deste mistério
é a unidade na Trindade das pessoas, dum só Deus, Pai e Filho no Espírito
Santo». A Igreja é una graças ao seu fundador: «O próprio Filho encarnado [...]
reconciliou todos os homens com Deus pela sua Cruz, restabelecendo a unidade
de todos num só povo e num só Corpo». A Igreja é una graças à sua «alma»:
«O Espírito Santo que habita nos crentes e que enche e rege toda a Igreja,
realiza esta admirável comunhão dos fiéis e une-os todos [CIC nº 813]
Por estas razões, penso de tal modo que me declaro imperfeito e perfeito! [Patrística
vol 9.1; sermão ao povo; salmo 38; santo agostinho]
Sou imperfeito porque carrego uma lei que me arrasta, faço o mal ainda, e meus
irmãos sofrem com isso.
Muita gente fala: - do que adianta ir na igreja e ser assim?
Perderam de vista que a Igreja é caminho de santificação, não a parada dos que já
são santos.
Se quer ser santo para depois ir à Igreja, nunca entrará, porque somente pelo
caminho da Igreja somos santificados.
Sou imperfeito, disse eu antes - replicando Agostinho - mas como ele mesmo disse:
sou perfeito também.
A perfeição do cristão não nasce do esforço próprio, é graça recebida,
primeiramente pelo batismo, e depois acrescida pelos demais sacramentos, foi cristo que
nos santificou pela cruz.
Em cada membro dessa igreja militante, transpassa uma linha. Em mim muita coisa
já está conforme a Igreja, mas tem coisas que são contrárias a Ela, e essa é uma batalha
que precisa ser travada.
O homem é um campo de batalha. Eu sou meu maior inimigo, travo uma luta
sangrenta contra mim e um dos meus "eus" terá que ser subjugado.
Militante é isso, soldados que lutam, mas num exército, não sozinho.
Quantas vezes estive a ver a morte e meus irmãos vieram em meu socorro com
remédio para me curar as feridas e com auxílio no meio da luta?
Foi só de Simão, a quem deu o nome de Pedro, que o Senhor fez a pedra da sua
Igreja. Confiou-lhe as chaves desta (405) e instituiu-o pastor de todo o rebanho
(406). «Mas o múnus de ligar e desligar, que foi dado a Pedro, também foi dado,
sem dúvida alguma, ao colégio dos Apóstolos unidos ao seu chefe» (407). Este
múnus pastoral de Pedro e dos outros apóstolos pertence aos fundamentos da
Igreja e é continuado pelos bispos sob o primado do Papa [Cic 881.]
Cristo é o verdadeiro dono do rebanho, ele é o bom pastor, e como bom pastor que
é nos deixou seu representante, um representante faz a vez de quem ele representa, assim
o papa é o vigário de cristo;
O que já está feito nos garante o que resta por fazer. Disse o Senhor: tenho ainda
outras ovelhas que não pertencem a este redil; é preciso que também essas eu
conduza, para que não haja senão um rebanho e um pastor [Vida dos santos; 27 de
fevereiro, são leandro; Padre Rohrbacher]
A unidade sempre foi um fator dominante nos ensinamentos do nosso senhor e foi
em nome dessa unidade que o papado foi estabelecido.
Uma leitura atenta ao Apocalipse demonstra que sim, o mal tenta a todo custo
plagiar o bem. Assim vemos que a narração do culto verdadeiro oferecido a Deus sendo
erroneamente copiado por um culto oferecido para a besta.
O sinal recebido recebido na testa para os filhos de Deus, vem plagiado pela marca
do 666; contra o verdadeiro profeta, temos o falso profeta; a esposa do cordeiro é
confrontada pela prostituta da babilônia; os 144 mil que não se contaminaram com mulheres
tem o seu opositor no falso profeta; a Mulher é confrontado pelo dragão, a antiga serpente;
e o cordeiro ferido que ressuscita tem a sua versão chinesa na besta ferida que se levanta
é curada pelo poder da outra besta. O clímax dessa contraposição é o anticristo que se
opõe a Cristo.
Essa realidade nos mostra algo que pode ser entendido à luz da parábola do trigo e
do joio. O joio é uma falsa religião que coexiste com a verdadeira.
Se olharmos para a igreja católica apenas cassando os defeitos e as provas da
influência do demônio, encontraremos tantos sinais de joio que acreditaremos que sim, ela
é a babilônia do Apocalipse. Assim também, se deixarmos de lado os sinais que mostram
que o papa é o vigário de cristo, para procurarmos os defeitos e falhas nos papas,
acreditaremos ser ele o anticristo, mas lembre se, o joio cresce com o trigo, isso acontece
na igreja, isso acontece no interior de cada pessoa, mas não cabe a nós fazer a colheita e
separar o joio do trigo.
“Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que
te revelaram isto, e sim o meu Pai que está nos céus. Também eu te digo que tu és
Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca
prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus e o que ligares na
terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus.”. Mt
16, 17-19:
No texto acima vemos em primeiro lugar a afirmação da infalibilidade papal: - não foi
carne ou sangue e sim o meu Pai, pois em catedra, quando o papa proclama uma verdade
de fé, ele é infalível.
Isso não significa que o Papa nunca erra, nem que ninguém possa discordar de
alguma opinião pessoal do papa.
Vejam bem: o dogma católico diz que os Papas são inspirados pelo Espírito
Santo, mas só naquilo que sentenciam em matéria de doutrina teológica e
moral — não nas suas decisões políticas e diplomáticas, é claro; naquela parte
que se incorpora à sabedoria da Igreja como um legado permanente, não
naquela que passa à História como o relato de um jogo de cartas. [Jardim das
Aflições; Olavo de Carvalho]
Um papa pode até ser criticado, foi um papa que disse isso. Isso também não
significa que devemos sair por aí, como filhos rebeldes, prontos a questionar tudo que o
papa fala, mas a submissão segue uma hierarquia, convém antes obedecer a Deus, e isso
não exclui a obediência humilde a seu vigário, mas não é uma obediência cega.
Na proclamação da infalibilidade de Pedro, vemos que a ela está ligada a
infalibilidade da igreja, cujas portas do inferno jamais prevalecerão.
Por fim temos a entrega da chave do reino a Pedro com o poder de ligar e desligar.
É o próprio Rei, o que governa os eleitos que lhe confere este poder, cujo
entendimento da profundidade e do alcance se torna mais claro, quando entendido à luz da
cultura Judaica antiga.
Eliacim (Cf. 2Re 18, 37) é o mordomo ou vizir do reino de Israel e Judá. Como
de costume naquele tempo, todos os reinos possuíam um cargo administrativo
análogo ao de primeiro-ministro que conhecemos hoje. Basta recordar
também outra passagem do Antigo Testamento onde o Faraó constitui José
administrador de todo Egito (Cf. Gn 41-47) e lhe confere todo poder exceto o
seu próprio trono. No reino de Israel não era diferente. Aquele que exercia este
cargo levava como símbolo as chaves do reino, que representavam o poder do
rei delegado a este funcionário real. No caso do Egito, o símbolo era um anel.
[https://www.veritatis.com.br/o-fundamento-biblico-da-primazia-de-pedro/?__cf
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A entrega das chaves é algo que não pode ser negligenciado, como explicou o
convertido:
Às vezes o defeito de um papa, seus pecados, suas falhas pessoais, são usadas
para desacreditar a instituição do papa, mas olhemos para Pedro, ele negou Cristo três
vezes e é a ele que por três vezes Jesus diz: - apascenta minhas ovelhas.
O Papa, o homem que ocupa o trono de Roma, pode ser um santo, como foi
Pedro, e exercerá então a autoridade espiritual de pleno direito, por força do
Espírito que dirige seus atos e pensamentos e o preserva do pecado; mas
pode não ser santo nenhum, pode ser um idiota pretensioso, um covardão
como Benedito XI que não hesita em lançar a mancha da suspeita sobre a
reputação de seu amigo e antecessor para fazer as pazes com um monarca frio
e desumano; pode ser um ladrão, um assassino, um farsante, um ateu. Neste
caso, o Espírito não estará presente senão em símbolo, na autoridade do
cargo, bem como disseminado no mundo como Providência. Ora, se dupla é a
forma da autoridade espiritual, dupla é também a obediência: não é o mesmo
obedecer a um homem inspirado e obedecer a um cargo simbólico. [Jardim
das Aflições, Olavo de Carvalho]
Somente Jesus é o nosso Salvador, mas não o façamos em pedaços como se fosse
preciso esquartejá-lo para escolher a melhor parte, em Cristo reina a unidade.
Cristo total, Cabeça e Corpo, um só, formado de muitos [...]. Quer seja a
Cabeça que fale, quer sejam os membros, é Cristo que fala: fala
desempenhando o papel de Cabeça (ex persona capitis), ou, então,
desempenhando o papel do Corpo (ex persona corporis). Conforme ao que
está escrito: «Serão os dois uma só carne. É esse um grande mistério; [cic;
796]
Essa é a nova forma de paganismo que habita no mundo, não mais muitos deuses,
não mais Zeus, Hera, Poseidon, Atena, Ares, Deméter, Apolo, Ártemis, Hefesto, Afrodite,
Hermes e Dionísio. Mas os muitos jesuses, um para cada gosto, o que me faz lembrar de
um personagem de uma novela da rede globo, um pilantra, que falou algo sobre um suposto
temor a Jesus, o que na cena causou espanto em um de seus comparsa, que nunca o
imaginava religioso e exclamou su surpresa ao dizer: - eu não sabia que você acreditava
em Jesus, e após a indagação faz a proclamação da sua fé, Sim eu creio, mas o Jesus que
eu creio é aquele que ,para que a festa não acabe cedo, tratou logo de transformar a água
em vinho.
Essa é a nova idolatria do cristo de muitas caras, uma para cada gosto, e que abre
um universo de possibilidades de cristos, que poder ser criados como se criam universos
paralelos, caso os vendidos no mercado não seja do agrado de alguém, basta imaginar um
cristo novo, feito à imagem e semelhança desse fiel exigente, e uma nova igreja surge em
um piscar de olhos, criando uma fissura no espaço tempo, e uma nova linha temporal que
jura ser a verdadeira.
É contra isso que esse livro brada, foi para evitar isso que o apóstolo professou a fé
una, o batismo irrevogável e a Igreja única. Foi em vista disso que Jesus nos deu os sinais
que serviriam para distinguir a única das múltiplas.
Só ela foi fundada pelo Cristo. Só ela atravessou todos os séculos. Só ela conserva
integralmente o ensino da bíblia. Só ela possui milhares e milhares de santos. Só ela
produz virtude e santidade. Só ela está espalhada no mundo inteiro. Só ela tem as
promessas de vida eterna.[ Objeções aos erros protestantes]
eu neles e tu em mim,
para que assim eles cheguem à unidade perfeita
e o mundo reconheça que tu me enviaste
e os amaste, como me amaste a mim.
João 17,20-23
Terceira parte- coisas que nem
mesmo estão escritas mas ainda
assim eles falam - que religião não se
discute
I- Introdução
Todo bom protestante tem um tezão especial em discutir religião com os católicos.
Eles começam dizendo: somente a fé salva e citam Paulo, defendem que a criança não tem
fé e que portanto não deveria ser batizada, gritam no meio da discussão: - Jesus é o nosso
único intercessor, e terminam necessariamente afirmando que o papa é o anticristo, que a
Igreja Católica é a babilônia e, por fim, que os católicos são um bando de idólatras safado.
A falta de conhecimento da fé, somada à ignorância total das escrituras, faz com que
muitas vezes eles vençam o debate. Assim, aos olhos e ouvidos de quem acompanha a
discussão, parece que eles têm razão, que nós não passamos de um bando de malucos
supersticiosos.
Porém algumas vezes eles se deparam com pessoas que sabem e conhecem a fé
da igreja e às escrituras de forma aprofundada. Quando isso acontece, quando não partem
pra ignorância com xingamentos e agressões, erro que muitos vezes nós católicos também
cometemos - eu mesmo já fiz, por não ter argumentos - usam uma frase de efeito que os
faz parecer, aos olhos de quem acompanha a briga, pessoas tolerantes e razoáveis, ao
passo que o católico intolerante que ousou defender sua fé, fica com o papel de um fanatico
maluco.
Eles agem assim por astúcia. Não querendo e receando que tratemos de sua causa,
introduzem questões que desviem nossa atenção dela, de sorte que, enquanto
cuidamos de nos justificar, calemos o que pode convencê-los.[Patrística vol 9.1,
sermão II salmo 36, santo agostinho]
E paulo não fazia isso uma ou duas vezes, fazia sempre que era necessário:
Paulo foi então à sinagoga e, durante três meses, falava com toda convicção,
discutindo e procurando convencer os ouvintes sobre o Reino de Deus.19,-8
Nunca deixei de anunciar aquilo que pudesse ser de proveito para vós, nem
de vos ensinar publicamente e também de casa em casa. Insisti, com judeus
e gregos, para que se convertessem a Deus e acreditassem em Jesus nosso
Senhor. [Atos dos Apóstolos 20,17-27]