Você está na página 1de 57

Criador inefável, que, no meio dos tesouros da vossa Sabedoria, elegestes três

hierarquias de Anjos e as dispusestes numa ordem admirável acima dos Céus, que
dispusestes com tanta beleza as partes do universo, Vós, a Quem chamamos a
verdadeira Fonte de Luz e de Sabedoria, e o Princípio supereminente, dignai-Vos
derramar sobre as trevas da minha inteligência um raio de vossa clareza.

Afastai para longe de mim a dupla obscuridade na qual nasci: o pecado e a ignorância.

Vós, que tornais eloquente a língua das criancinhas, modelai a minha palavra e derramai
nos meus lábios a graça de vossa bênção.

Dai-me a penetração da inteligência, a faculdade de lembrar-me, o método e a facilidade


do estudo,a profundidade na interpretação e uma graça abundante de expressão.

Fortificai o meu estudo, dirigi o seu curso, aperfeiçoai o seu fim, Vós que sois verdadeiro
Deus e verdadeiro homem, e que viveis nos séculos dos séculos.

Amém.

“A Cruz Sagrada seja a minha luz, não seja o dragão o meu guia. Retira-te,
satanás! Nunca me aconselhes coisas vãs. É mau o que tu me ofereces, bebe

tu mesmo os teus venenos! amém


Livro V - está escrito, também está
escrito

Não adorarás Imagens

Introdução
Quando um protestante afirma, está escrito que não devemos adorar imagens, o que
fazer se não concordar com ele?
Afinal, imagens não podem ocupar o lugar de Deus, e sim eles tem toda razão ao
afirmar que quem acredita que uma imagem é uma divindade comete um pecado grave.
Sem dúvidas não devemos adorar imagens, aliás, não devemos adorar criatura
alguma, pois somente Deus deve ser amado sobre todas as coisas, com todas as nossas
forças, com todo nosso ser, por tudo e por todos. Está escrito:

"Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair do Egito, da casa da servidão. Não
terás outros deuses diante de minha face. Não farás para ti escultura, nem
figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou
nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes
prestarás culto." Êxodo, 20 - Bíblia Católica Online

"Filhinhos, guardai-vos dos ídolos!" I São João, 5 - Bíblia Católica Online

"Não vos volteis para os ídolos, e não façais para vós deuses de metal
fundido. Eu sou o Senhor, vosso Deus." Levítico, 19 - Bíblia Católica Online

"Pretendendo-se sábios, tornaram-se estultos. Mudaram a majestade de Deus


incorruptível em representações e figuras de homem corruptível, de aves,
quadrú­pedes e répteis." Romanos, 1 - Bíblia Católica Online

"Maldito o homem que fabrica ídolo de madeira ou metal (abominação para o


Senhor, obra de mãos de artesão), e o erige mesmo que seja em lugar
escondido! – E todo o povo responderá: ‘Amém!’.”" Deuteronômio, 27 - Bíblia
Católica Online

"“Não fareis ídolos. Não levanta­reis estátuas nem estelas. Não poreis em
vossa terra pedra alguma ador­nada de figuras, para vos prostrardes dian­te
dela, porque eu sou o Senhor, vosso Deus." Levítico, 26 - Bíblia Católica
Online

"Se, pois, somos da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade é
semelhante ao ouro, à prata ou à pedra lavrada por arte e gênio dos homens.
Deus, porém, não levando em conta os tempos da ignorância, convida agora a
todos os homens de todos os lugares a se arrependerem." Atos dos
Apóstolos, 17 - Bíblia Católica Online

Capítulo I- A igreja católica também ensina


Em primeiro lugar temos que lembrar nossos irmãos protestantes, que isso não é um
ensinamento novo, ou um preceito esquecido que eles redescobriram, essa verdade
absoluta, a de que não devemos adorar os ídolos, sempre foi ensinada e defendida pela
Santa Igreja Católica.
No Catecismo romano encontramos assim: Comprovam esta verdade, muitas
passagens dos Livros Sagrados . Está escrito : " Ouve , Israel, o Senhor nosso Deus
é um só Deus". Além disso, há um preceito do Senhor: "Não tereis deuses estranhos
em Minha presença " E pela boca do Profeta diz [Deus] com insistência: "Eu sou o
Primeiro, e Eu sou o Último. Fora de Mim, não há outro Deus". O Apóstolo também o
atesta sem ambigüidade : "Um só Senhor, uma só fé , um só Batismo.
O número de vezes em que às escrituras trata da idolatria de imagens é tão
gigantesco, que às citadas anteriormente são apenas uma pequena amostra de como Deus
condena essa falta, e se fosse para citar todas, o livro teria que tratar apenas desse
assunto, portanto, a título de exemplo, é o suficiente para demonstrar que, Deus condena a
confecção de imagens para fins de idolatria, conforme está escrito nas escrituras.
Agora, temos que responder questões que muitos protestantes nunca pensaram
sequer em levantar.
A primeira delas é: o que é adorar? Porque não dá para falar de algo que não
sabemos, e pode acontecer de as definições diferirem e quando discutimos objetos
diferente acreditando que falamos da mesma coisa, é briga certa.
Imagine uma pessoa que odeie os cachorros e outro que defende, o primeiro odeia
às pessoas que se recebem esse nome carinhoso por se comportarem deforma irracional e
irresponsável no tratamento das outras pessoas, mas não tem nada contra os animais em
si, o segundo taxa o outro como um inimigo dos animais, mas claramente eles estão
tratando de objetos diferentes. No caso citado, os dois chegariam rápido a um acordo com
uma simples explicação. Assim também poderá haver compreensão se chegarmos a uma
definição comum, ou pel menos entender que às definições diferem.
A segunda questão é: a Igreja católica realmente adora imagens? É grande o
número de imagens dentro dos templos católicos, nós católicos estamos idolatrando-às?
Capítulo II- Também está escrito
Antes de responder essas questões, devemos primeiro verificar aquilo que também
está escrito na bíblia sobre as imagens. Devemos levar em consideração as passagens
bíblicas nas quais as imagens são citadas sem que estejam relacionadas com o pecado de
idolatria.
No antigo testamento temos a passagem em que Deus ordena ao povo de Israel que
façam uma escultura de uma serpente de bronze e ordena a Moisés que a levante para que
todos os que haviam sido picados pelas serpentes, pudessem se ver curados do veneno.
Temos também outras passagens em que imagens são incluidas para servirem no culto:

“Fazer imagem de escultura, ou semelhança, não é proibido senão para que


não seja adorada como Deus, pois, no tabernáculo, Deus mandou fazer a
imagem de um serafim, como se lê na Escritura (Ex 25, 18), por isso,
Agostinho, mais convenientemente, considera um só preceito — Não terás
deuses estrangeiros — e — Não farás imagem de escultura.” [ suma secunda
pars q100 art 4]

Para o povo hebreu, nada havia de mais santo, senão Deus, do que a Arca da
Aliança, cujo projeto foi dado por Deus a Moisés e cujo os artesãos ficaram cheios do
Espírito Santo para assim, inspirado por ele, pudessem esculpi-la. Nesta mesma arca,
sobre ela, havia a imagem de dois Serafins.

“As imagens dos Serafins não foram aí postas para receberem culto, o que era
proibido pelo primeiro preceito da lei, mas como sinal de ministério” [suma
secunda pars q 102 art 4]

Não devemos nos esquecer também, como o rei Davi se humilhou diante da arca da
aliança, como também está escrito, antes de introduzi-la em sua casa e antes disso, o que
aconteceu com o hebreu que tocou na arca sem querer e sem poder, e por isso, caiu morto,
sendo essa a razão do pavor de Davi.
Temos ainda o templo de Salomão no qual também havia a imagem de dois
querubins.
Por fim, nos evangelhos, nosso senhor Jesus Cristo, em todos os seus
ensinamentos, apenas duas vezes tratou de imagens,o que por si só já demonstra que o
tema não é tão relevante assim, já que , se isso fosse causar tanto problema para a
salvação dos cristãos, não tenho dúvidas que, ao invés de no alertar da importância de nos
guardar do fermento dos fariseus, nosso senhor Jesus teria nos alertado para o risco
relacionado a confecção e posse de imagens, mas ao invés disso, nas duas únicas vezes
em que Jesus menciona a palavra imagem, em uma disse: dai a cezar o que é de cezar e
na outra para se comparar a uma dizendo: assim como Moisés levantou a serpente no
deserto assim também o filho do homem deverá ser levantado para que todo que a ele ver e
nele crer seja salvo.
a sua imagem, «venera nela a pessoa nela representada» (120).[CIC nº476:477]
Capítulo III- Os primeiro cristãos
No primeiro livro das constituintes, Calvino afirmou que os cristão viveram por 5
séculos sem necessidade das imagens. Essa é apenas uma das muitas mentiras que ele
contou.
Nas catacumbas encontram-se dezenas de imagens pintadas pelos primeiros
cristãos, aqueles que viviam a fé em meio a grandes perseguições, nelas temos pinturas da
Mãe de Deus e até de Nosso Senhor Jesus, porque após a encarnação, o que era
impossível, atribuir uma forma para Deus - se não figurada, como a serpente de bronze -
agora era possível, por ter Deus assumido a natureza humana.

Uma vez que o Verbo Se fez carne, assumindo uma verdadeira natureza humana, o
corpo de Cristo era circunscrito (116). Portanto, o rosto humano de Jesus pode ser
«pintado» (117). No VII Concílio ecuménico (118), a Igreja reconheceu como legítimo
que ele fosse representado em santas imagens. 477. Ao mesmo tempo, a Igreja
sempre reconheceu que, no corpo de Jesus, «Deus que, por sua natureza, era
invisível, tornou-Se visível aos nossos olhos» (119). Com efeito, às particularidades
individuais do corpo de Cristo exprimem a pessoa divina do Filho de Deus. Este fez
seus os traços do seu corpo humano, de tal modo que, pintados numa imagem
sagrada, podem ser venerados porque o crente que venera. CIC

As imagens eram uma realidade para os primeiros cristãos, e isso nada tem a haver
com o paganismo, tem relação com o fato de que existem coisas que só podem ser
expressas pela arte. O cristianismo não veio para destruir a beleza, nem impossibilitou a
arte, mas a elevou a quinta essência;

Os primeiros cristãos gostavam de representar Jesus Cristo sob a forma de pastor.


Vê-se, em Tertuliano, que havia desde então essas imagens sobre os cálices. E,
ainda hoje, encontra-se inumeráveis desse gênero nas antigas catacumbas dos
mártires. O bocado de uma doçura maravilhosa, aquelas mãos unidas para
recebê-lo, aquêle amém solene dos assistentes, tudo aquilo indicava bastante
claramente a eucaristia, que se tinha o costume de dar aos mártires, a fim de
prepará-los para o combate.[Vida dos santos vol. 4, santa perpetua e seus
companheiros, martires, Padre Rohrbacher]

Capítulo IV - para que servem às imagens?


Faz parte da natureza humana inteligir a partir dos sentidos, ao ver o objeto cria-se
uma conexão entre objeto e observador e a apreensão é instantânea, adquirimos de
imediato um conhecimento da coisa em sua universalidade e particularidade. Ao ver um
cavalo pela primeira vez, toda vez que se vê um outro cavalo, mesmo que tenha feições
diferentes, sabe-se que é um cavalo, porque tem as características da cavalidade, mas que
não é o mesmo. O processo de racionalização pode ser posterior, pois a razão é mais lenta
que a potência inteligível, por ser mais detalhista, para isso ela usa a imagem guardada na
memória.

Não podemos pensar nos corpos senão por imagens. [patrística vol 9.1, sermão ao
povo, salmo 37; santo agostinho]

Entender que a imagem que guardamos tem relação mas não é a coisa é muito
importante, platão mesmo acreditava exatamente no contrário e abandonava o objeto real
para estudar o que considerava ideal e que habita o mundo das ideias, aí está às raízes do
erro do idealismo:

A imagem é um signo, um sinal de algo que não é ela, disparando um movimento da


alma em direção a algo que está fora. No caso da intelecção, a mesma coisa: o que
inteligimos não é a espécie cavalo, mas o próprio cavalo – apesar de ser por meio
da espécie, claro. Daí, a partir deste ponto privilegiado, podemos apreciar o
“espanto” com o qual Aristóteles diz começar todo o conhecimento, espanto esse
que, segundo Smith, “prova ser, em essência, um reconhecimento, conquanto
obscuro, da imanência impenetrável de Deus nas coisas deste mundo”
[ciência e mito]

Como a imagem que guardamos na memória não substitui a coisa, nem mesmo é a
coisa em um estado mais perfeito como dizia Platão, mas representa a coisa, assim
também às imagens sacras.

“As imagens não existem para estarem no lugar de Deus, elas existem para
nos levarem até Deus, para nos mostrarem o caminho d’Ele. Como a imagem
sagrada da serpente, lá no deserto, foi um sinal da cura de Deus, a imagem
dos santos, a imagem da Virgem Maria são para nós a indicação do caminho
do Céu.” [Padre Roger Araújo Sacerdote da Comunidade Canção Nova,
Homilia do dia 12/12/2020]

Essa imagem da serpente é muito interessante com relação ao assunto, pois, como
vemos, o povo de Israel, quando a esculpiu por ordem de Deus, e foi curado do veneno da
serpente através dela, não cometeu pecado algum, mas algumas gerações a frente, ela se
torna enfim, objeto de adoração e por isso acaba sendo destruída e, mesmo assim, Jesus
não exita em usá la como figura de si mesmo.
A partir destas passagens podemos afirmar que a Igreja, que é santa e pecadora,
Santa por ser o corpo místico de Jesus, pecadora porque é formada por pessoas como eu,
e, sendo imaculada, por ter sido purificada pelo Sangue do Cordeiro e guiada pelo Espírito
Santo, é sim acusada injustamente quando afirmam que é idólatra e adoradora de imagens.

“As imagens sagradas não ocupam o lugar de Deus, pelo contrário, elas nos levam
para o colo de Deus, para a proximidade d’Ele e resgatam em nós a imagem
sagrada de que nós mesmos somos de Deus.” [Padre Roger Araújo Sacerdote da
Comunidade Canção Nova, Homilia do dia 12/12/2020]
Capítulo V- Um paradoxo a ser resolvido
Se todas as imagens são proibidas, temos um grande problema, pois o mesmo Deus
que às proibiu também ordenou que imagens fossem feitas pelos mesmos homens aos
quais havia proibido e esses homens obedeceram sem pestanejar e com razão.
Por acaso seria Deus, que nunca muda, capaz de ordenar aos homens fazer aquilo
que ele mesmo havia proibido?
O povo de Israel pecou ao obedecê-lo?
Pecou Davi ao se humilhar diante da arca?
Pecou salomão ao construir um templo para Deus repleto de imagens?
E Jesus? Teria ele pecado ao se comparar com uma imagem?
Claro que não, O Senhor nunca erra, Ele, e somente Ele, sabe o que faz. O povo de
Israel sabia disso pois não eram analfabetos funcionais como a grande maioria dos que
leem a bíblia nos dias de hoje.
Eles sabiam que as imagens proibidas eram aquelas que eram construídas para fins
de adoração. Que o pecado não estava em construir uma imagem ou em possuí-la, mesmo
que seja por amor ou veneração a uma pessoa, principalmente se essa imagem é
venerada pela relação de amizade que a pessoa ou anjo cujo a imagem se refere, tem com
Deus.
Eles sabiam que idolatrar é acreditar que criaturas são deuses e colocar essas
imagens em um lugar que somente Deus deve ocupar, como fizeram os israelitas ao
adorarem um Bezerro de ouro, dizendo que esse bezerro era o deus que vos havia libertado
do Egito.

Capítulo VI- Os sacrifícios


Esse é um ponto essencial, os sacrifícios sempre fizeram parte do culto divino e é
uma necessidade para sanar o pecado e a ofensa a Deus.

“Os preceitos sobre os sacrifícios não foram dados ao povo judeu, senão
depois que caiu na idolatria, adorando um bezerro de metal fundido. Sendo
assim, esses sacrifícios foram instituídos, para que o povo, pronto a sacrificar,
os oferecesse antes a Deus que aos ídolos. [suma q102 art 3]

O primeiro a oferecer um sacrifício agradável a Deus foi o justo, Abel. O primeiro a


oferecer um sacrilégio ao invés de um sacrifício foi o assassino Caim. Mas decaído da
justiça não tardou para que não só o homem oferecesse mal, mas oferecesse para criaturas
o que só se deve a Deus.
O povo de Israel mesmo, que presenciou maravilhas realizadas por Deus através de
Moisés, na primeira dificuldade tratou logo de inventar um deus e sacrificar em seu nome
honrando-o por tê-lo libertado.
“Ora, os homens eram inclinados à idolatria, por causa do costume geral das
nações.”[ Suma secunda; pars Q100; art 7]

Deus instituiu o sacrifício a ser oferecido na antiga aliança pelo povo de Deus, mas
era um sacrifício figurativo, ele era a profecia do que se realizaria alguns milênios a frente,
quando o Messias viria e Ele mesmo, o Sacerdote Eterno e ao mesmo tempo a Vitima
Perfeita, executaria o Sacrifício definitivo, eternizado na Santa Missa, como tratamos na
obra anterior.
A igreja oferece esse sacrifício pela remissão dos pecados, e nunca em hipótese
alguma, pensou em oferecê-lo aos anjos, aos santos, às virgens, aos apóstolos, aos
mártires, nem mesmo a Imaculada Virgem Maria.

Capítulo VII- Maria a campeã em imagrens


Poucos sabem, mas o que me levou a escrever foi um vídeo no youtube, que
acusava nós, católicos, de desonrarmos Maria ao atribuir a ela o título de Rainha do céu.
Até aí eu nunca tinha pensado em minha vida que eu me tornaria um escritor. A coisa era
tão ridícula,mas foi recebida por muitos que viram o vídeo como uma verdade absoluta,
senti a necessidade de responder, tentei fazer um vídeo para postar no Youtube, mas a
coisa ficou ridícula, em parte porque eu não tinha aprofundado o tema suficientemente, em
parte porque realmente não me dou bem com câmeras. A falha das tentativas de gravar
vídeos que pudessem servir de resposta me fez escrever, o que era para ser uma matéria
virou 5, depois seis e quando vi era um livro.
Por ser Maria a mais venerada de todos os santos, consequentemente é a que mais
possui imagens mundo afora, o que os faz acreditar ser esse o indício mais forte da idolatria
católica de cunho mariano. Para dar mais credibilidade às suas maledicências, gostam de
citar Jeremias, que fala de uma rainha do céu pagã, sem lembrar que o Apocalipse narra
uma Rainha do Céu Cristã. Tanto o professor Afonso fez uso desse artifício no seu canal,
quanto o próprio Scott, antes de se converter.

“Algusn não católicos afirmam que todos esses dogmas marianos fazem de
Maria uma adoração idolátrica, pura e simples. Como um jovem evangélico, até
desenvolvi traços identificando Maria como a deusa babilônica ishtar, cujo
culto é descrito pelo profeta Jeremias(7,8; 44, 15-17). A devoção mariana, eu
acreditava, não era nada mais do que a adoração de uma deusa trazida para o
cristianismo pelos pagãos havia muito tempo ao fingirem sua conversão. Eu
estava errado, é claro, de que os católicos adoram Maria. Na verdade, a Igreja
presta a ela a honra e veneração como a maior dentre todos os santos,
reservando a adoração e o culto para Deus, apenas."[salva, santa rainha, scott
Hahn]

Maria, a mais venerada entre os santos e sem dúvida a que tem mais imagens no
mundo todo, Ela não é deusa, Ela é simplesmente a mais sublime das criaturas e se a
veneramos sobre todas as demais criaturas é por ser Ela a Obra-Prima de Deus e,
principalmente, por ser a Mãe de Jesus, e assim também, em diferentes graus aos demais
santos de Deus ,segundo a relação com o Divino.
Tudo começa com um erro do que seja a adoração, os protestantes confundem os
meios com o fim, assim quando veem se realizar algo que serve de meio para a adoração,
acreditam ser necessariamente o fim, consequentemente, por não se adequar aquele
determinado fim, imediatamente acusam de pecado.

A questão está no que se considera adoração. Os protestantes definem a


adoração em termos de cantos, louvores e pregações. Assim, quando os
católicos cantam a Maria, lhe dirigem súplicas através da oração e pregam
sobre ela, os protestantes interpretam que está sendo adorada. [Todos os
caminhos levam a Roma; Scott Huns]

Não à toa existe o gênero musical evangélico. Se a música é, não um meio de


adorar a Deus, mas a adoração em si, toda música que não tenha esse fim é pecaminosa,
como insinua o puritanismo, portanto, é necessário um genero de musica que se destine
para esse publico de predestinados, que está proibido pela sua consciência de ouvir ou
cantar qualquer música que não seja para Deus, assim os sentimento humanos que não
podem ser expresso, se não pela poesia, fica limitado para que a não haja ofensa ao divino.

Os católicos definem a adoração como o sacrifício do corpo e do sangue de


Jesus, e nunca ofereceriam um sacrifício de Maria ou a Maria sobre o altar.
Estas reflexões foram um benéfico alimento para a minha alma.[Todos os
caminhos levam a Roma; Scott Huns]

Até nessa explicação de Scott vemos que existe um pouco dessa confusão, a
adoração é o oferecimento do sacrifício. O oferecimento ainda é o meio, uma forma de
demonstrar nosso amor e a nossa fé, o fim é mais elevado e só pode ser compreendido
pela lei do amor que sim ensina amar deus com todas as nossas forças, mas que não exclui
o amor ao próximo, que nada mais é que a Veneração.

Capítulo VIII- Imagens: objetos inanimados


Também não acreditamos que as imagens estejam vivas, como eles costuma
insinuar, nem mesmo que sejam elas os santos que veneramos. Dizer isso é tolice, pois se
ao cair ao chão quebrasse-lhes a cabeça o santo que vive na eternidade morreria. Quem
em são juízo acreditaria em tamanho absurdo?
A veneração das imagens está totalmente fundamentada no mistério da encarnação
do Verbo, o mesmo que é o fundamento da realeza de Maria:

Com base no mistério do Verbo encarnado, o sétimo Concílio ecuménico, de


Niceia (ano de 787) justificou, contra os iconoclastas, o culto dos ícones: dos de
Cristo, e também dos da Mãe de Deus, dos anjos e de todos os santos.
Encarnando, o Filho de Deus inaugurou uma nova «economia» das imagens. O
culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe os
ídolos. Com efeito, «a honra prestada a uma imagem remonta ao modelo
original» e «quem venera uma imagem venera nela a pessoa representada». A
honra prestada às santas imagens é uma «veneração respeitosa», e não uma
adoração, que só a Deus se deve [Cic nº: 2131:2132]

A guerra contra as imagens travada pelos protestantes é um retorno a um erro, há


muito superado na igreja, mas, quando se perde o contato com a Tradição, tropeça-se nas
mesmas pedras, andando para trás, sem saber que se perdeu, acreditando cegamente
avançar rumo à terra prometida.

Capítulo IX- As imagens como meio pedagógico


Às figuras, os símbolos, às imagens sacras, não são obstáculos para o
entendimento, mas um meio necessário para alcançar esse fim:

“Assim como as criações poéticas não são compreendidas pela razão


humana, por causa da deficiência de verdade que encerram, assim também a
razão humana não pode compreender perfeitamente as coisas divinas, por
encerrarem verdades que a excedem. Por isso, em um e outro caso, é
necessária a representação por meio de figuras sensíveis.” [Suma Teológica,
Secunda pars, q101, art 2; santo Tomás de Aquino]

Nós homens somos movidos pelos sentidos e raciocinamos a partir dos fantasmas,
que são imagens que guardamos em nossas memórias. Sem essas imagens o
conhecimento profundo seria praticamente impossível, às imagens sacras nos ajudam a
adquirir os fantasmas daquilo que o evangelho nos narra e que os santos testemunharam
com suas vidas. Veja o que nos ensina santa Teresa D'ávila:

“ Tinha tão pouca habilidade para representar coisas com o entendimento que,
se não era o que via, não me aproveitava nada da minha imaginação, como
fazem outras pessoas que se podem servir dela a fim de se recolherem. Eu só
podia pensar em Cristo como homem; assim, jamais O pude representar em
mim por mais que lesse da Sua formosura e visse imagens. Era eu como quem
está cego ou às escuras que, embora falando com uma pessoa e sentindo que
está com ela -porque sabe de certeza que está ali, digo que percebe e crê que
está ali - não a vê. Desta maneira me acontecia a mim quando pensava em
Nosso Senhor. Por esta razão, era eu tão amiga de imagens. Desventurados os
que, por sua culpa, perdem este bem! Até parece que não amam o Senhor,
porque, se O amassem, folgariam de ver Seu retrato, tal como nos dá
contentamento ver o de uma pessoa a quem se quer bem. [O livro da vida;
Santa Tereza d’Avilla cap 9; nm 6]
A igreja sempre soube disso, é por isso que ao longo dos séculos soube bem
direcionar o uso das imagens, condenando os abusos, sem com isso abrir mão de seu valor
didático.
Vejam a Cruz, todo o sentimento que Ela desperta e também tudo que Ela nos
mostra. Basta ver a Cruz diante de nossos olhos, para percebermos o amor de Deus, que
se manifesta no Calvário, e assim como está descrito na Bíblia, está representado na
imagem.

De um lado, a profundidade interior da consciência individual, o recinto secreto da


intimidade do homem consigo mesmo; de outro, a infinitude, a eternidade, para além
do tempo e do cosmos. A dimensão vertical da alma e de Deus, superposta ao
confronto horizontal da sociedade e do cosmos, é precisamente um dos sentidos do
simbolismo da cruz. [jardim das aflições; Olavo de carvalho]

A Cruz é o sinal do cristão, porque ela sintetiza todo o evangelho, n’Ela entende-se a
razão da Encarnação, por Ela chegamos à Ressurreição. N’Ela podemos entender a vida e
suas mazelas, o pecado e a necessidade de reparação do mal. Veja o depoimento de Scott
em um retiro, quando ainda era protestante:

O pregador do retiro apresentou o Evangelho de um modo simples, mas ao mesmo


tempo motivador. Na primeira noite disse-nos: “Repare na Cruz. E se tiver a tentação
de não levar a sério os seus pecados, lance um olhar intenso e demorado para ela”.
Fez-me dar conta, pela primeira vez, de que foram os meus pecados que cravaram
realmente Jesus na Cruz.[Todos os caminhos levam a Roma; Scott Hahn]

Os sinais não são as coisas, se fosse assim, bastaria a placa de Pare e ninguém
mais furaria uma preferencial, o sinal representa a coisa e nos leva a coisa, assim, estando
a placa visível, sabendo eu que aquela placa hexagonal na cor vermelha é um sinal de que
devo parar antes de atravessar, se não parar a culpa é minha de qualquer eventual acidente
que vier a ocorrer. Os sinais sagrados, às imagens sacras, são ainda mais importantes por
nos revelar a eternidade, sem esses sinais haveria dificuldade na comunicação entre o
eterno e o passageiro e até mesmo entre os homens.

Sinais do mundo dos homens. Os sinais e os símbolos ocupam um lugar


importante na vida humana. Sendo o homem um ser ao mesmo tempo corporal
e espiritual, exprime e percebe as realidades espirituais através de sinais e
símbolos materiais. Como ser social, o homem tem necessidade de sinais e de
símbolos para se comunicar com o seu semelhante através da linguagem dos
gestos e de ações. O mesmo acontece nas suas relações com Deus. Deus fala
ao homem através da criação visível. O cosmos material apresenta-se à
inteligência do homem para que leia nele os traços do seu Criador. A luz e a
noite, o vento e o fogo, a água e a terra, a árvore e os frutos, tudo fala de Deus
e simboliza, ao mesmo tempo, a sua grandeza e a sua proximidade. [CIC, n°
1146:1147]
Capítulo X : Um apoio aos iconoclastas
Existem imagens ruins de santos e até mesmo do Nosso Senhor Jesus. Contra
essas imagens afirmo o meu apoio e reafirmo a minha perseguição. Que sejam quebradas,
que sejam expulsas de nossas igrejas porque não trazem uma imagem fiel dos santos, nem
do Cristo, e nada falam Evangelho, porque o Jesus do evangelho pouco tem haver com
esse homem de cabeleira lisa e gestos afeminado:

Em vez de examinar livros e quadros sobre o Novo Testamento, examinei o próprio


Novo Testamento. Ali descobri um relato que absolutamente não mostrava uma
pessoa de cabeleira partida ao meio ou de mãos entrelaçadas num gesto de súplica,
mas mostrava um ser extraordinário com lábios de trovão e atos terrivelmente
decididos, que derrubava mesas, expulsava demônios, passava com o bravio sigilo
do vento do isolamento da montanha para uma espécie de medonha demagogia; um
ser que muitas vezes agia como um deus irado — e sempre como um Deus
[Ortodoxia G. K. Chesterton]

E a imagem do evangelho impressiona ainda mais por sua terrível humanidade


unida à Divindade:

A compaixão dele era natural, quase casual. Os estoicos, antigos e modernos,


orgulhavam-se de ocultar as próprias lágrimas. Ele nunca ocultou às suas;
mostrou-as claramente no rosto aberto ante qualquer visão do dia a dia, como a
visão distante de sua cidade natal. No entanto, alguma coisa ele ocultou. Solenes
super-homens e diplomatas imperiais orgulham-se de conter a própria ira. Ele nunca
a conteve. Arremessou móveis pela escadaria frontal do Templo e perguntou aos
homens como eles esperavam escapar da danação do inferno. No entanto, alguma
coisa ele ocultou. Digo-o com reverência; havia naquela chocante personalidade um
fio que deve ser chamado de timidez. Havia algo que ele encobria constantemente
por meio de um abrupto silêncio ou um súbito isolamento. Havia uma certa coisa que
era demasiado grande para Deus nos mostrar quando ele pisou sobre esta nossa
terra. Às vezes imagino que era a sua alegria. [Ortodoxia G. K. Chesterton]

Imagens criadas para estigmatizar os santos e até mesmo Cristo, como homens
afeminados, taxando o homem religioso como menos másculo que os demais, são imagens
ruins e devem ser destruídas.
Quebrem às imagens dos santos que não são representados como homens, porque
para seguir Cristo é necessário uma incrível masculinidade, por isso Santa Catarina
bradava contra o Papa e os homens de sua época: - sejam homens , porque as mulheres
da Toscana são mais viris do que vós.
Não existe nada mais másculo do que um homem santo. Não existe demonstração
de virilidade maior do que a de Jesus pregado na Cruz.
Capítulo XI- As melhores imagens
Se a imagem não narra o evangelho, se a imagem não traz em si o conteúdo da
revelação, não tem utilidade, por um ícone tem que transcender-se. Veja o caso das
imagens marianas: as melhores imagens de Maria são aquelas nas quais nela podemos ler
o evangelho.
Como explicou certa vez o Padre Paulo Ricardo, às melhores imagens de Maria são,
ou aquelas em que o menino Jesus está em seu colo, ou às que Maria aparece grávida,
como nos conta o evangelho.
Os demais santos em suas imagens nos mostram como é possível viver segundo os
ensinamentos de Jesus. Às imagens de São Francisco mesmo, nos fala da pobreza de
coração, de como é possível sim viver sem duas túnicas, sem preocupação demasiada com
a comida e as vestimentas, porque até os passarinhos do céu Deus dá um jeito de alimentar
e até os lírios Deus veste com trajes de rei.
O que são às veneráveis imagens de igreja senão uma representação clara do
evangelho de nosso Senhor Jesus?
Numa sociedade onde a maioria das pessoas acham que sabem ler, fica fácil
desprezar as imagens, mas para as pessoas que não sabiam ler a leitura do evangelho e
dos demais livros da sagrada escritura era feita através delas.
Condenar todas as imagens e os que a veneram simplesmente porque se tornou
incapaz de fazer às abstrações necessárias para bem interpretar a bíblia, ou pior, apenas
para ter na sua seita mais seguidores, sempre passando por cima dos versículos nos quais
as imagens aparecem, sem uma condenação e sem relação com o pecado de idolatria; isso
é mentir, e o pai da mentira é o Diabo, é ele que usa versículos fora do contexto para
afastar as pessoas de Deus, até mesmo fingindo ser para o agrado de Deus, como fez na
segunda tentação a nosso Senhor Jesus.

Capítulo XII- Simplificação


A fonte desse erro está: ou na malícia, ou na ignorância total sobre o que seja
adorar.
Se perguntássemos à maioria dos protestantes o que é adorar, não tenho dúvidas
que muitos deles responderiam que é se ajoelhar diante de imagens, ou de criaturas, ou
qualquer coisa desse gênero.
Simplifica-se aquilo que não entende para assim fazer parecer que entendeu alguma
coisa.
Por um acaso estaria idolatrando uma moeda - ou qualquer objeto que caiu embaixo
de uma cama - a pessoa na qual se ajoelha para resgatar esse objeto?
E o homem que se põe de joelho diante de uma dama para lhe pedir em casamento,
estaria transformando essa mulher em deusa?
E se um ladrão aponta-lhe uma arma na cabeça e diz: - ajoelha ou eu te mato, seria
você acusado justamente de idolatria, se assim o fizesse?
Responder sim a qualquer uma dessas perguntas seria estultice, porque a adoração
não é o ato de se ajoelhar, vai muito além, o ato de ajoelhar por si só não possui significado
algum é um meio para muitas coisas.

Capítulo XIII- Memórias eternas


As fotografias ajudam-nos a lembrar das pessoas maravilhosas que amamos e
dos momentos marcantes vividos juntos: pais, irmãos, esposa, filhos, amigos…
São tantos os meios que nos ajudam a acessar uma memória!
A tão rotineira chuva, por exemplo, em contato com nossos sentidos; o som
agudo que chega ao ouvido, acompanhado do som grave de um trovão; a imagem de
um dia cinzento… esses são exemplos de coisas que ajudam a lembrar, de uma tarde
específica, talvez, embaixo das cobertas. Aquela chuva fria caindo no rosto, que revive
um diálogo travado, ao caminhar por uma determinada rua.
Uma foto faz imediatamente todas essas coisas, que só seriam possíveis em
situações específicas. Ela ajuda a aliviar a saudade, fazendo sentir perto a pessoa que
se ama - sempre no presente, porque o amor verdadeiro é eterno, ele supera as
barreiras temporais e espaciais - mesmo que esteja distante e queira vê-la, mas não
possa.
O tempo, a distância, destinos diferentes, a morte… são tantas as coisas que
separam por algum tempo nessa vida passageira. Porém, por uma foto, uma memória
que não se apaga nunca, somos lembrados de que o que é vivido continua existindo.
Isso tudo nos mostra o valor de uma imagem. Elas são um lembrete de que: o
que se vive já não está no tempo, pois tudo que vem a ser, nunca mais deixa de existir:
já faz parte da eternidade.
Quando fui para Aparecida do norte, ao entrar na Basílica nova, com toda sua
beleza, com toda a sua liturgia, vi que as imagens e os símbolos são essenciais no
processo da fé. Como conter a alegria de estar diante da imagem peregrina? Mas
parecia que na basílica faltava alguma coisa. Ao entrar na Basílica Histórica o que
aparentemente havia se perdido ali estava.
É como se tivesse sido transportado para um passado remoto ao mesmo tempo
em que vivia um futuro distante, tudo isso num presente eterno.
A arte barroca traz esse vestígio de eternidade. A arte sacra só tem valor se nos
levar a isso. Quando se olha para uma imagem, somos lembrados de que no céu anjos
e santos adoram a Deus incessantemente:

A adoração é a primeira atitude do homem que se reconhece criatura diante do


seu Criador. Exalta a grandeza do Senhor que nos criou e a onipotência do
Salvador que nos liberta do mal. É a prostração do espírito perante o «Rei da
glória» e o silêncio respeitoso face ao Deus «sempre maior» [CIC; nº 628]

Chesterton falou disso uma vez, de como às imagens e quadros das igrejas
medievais cumpriam isso e de como às imagens da renascença falharam exatamente nesse
quesito. Ninguém sente o impulso natural da oração ao ver um quadro de Rafael ou de
Michelangelo.
É interessante uma discussão que Scott teve com sua esposa:

– Kimberly, o que é que você ama, as fotografias ou as pessoas que representam?


– Claro que as pessoas.
– Pois essa é a função das imagens e dos quadros: elas nos recordam esses
maravilhosos irmãos e irmãs que partiram antes de nós. Nós os amamos e damos
graças a Deus por eles.

E concluiu:

A questão decisiva não é se as imagens devem existir ou não, uma vez que o Antigo
Testamento, pouco depois de enumerar os Dez Mandamentos, dá instruções
específicas acerca das imagens que se devem fazer como parte do Santo dos
Santos – do jardim do Éden, e o querubim sobre o propiciatório, por exemplo. Deus
até ordenou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze sobre uma haste, que o
povo devia olhar para ser curado da praga. Ou Deus deu mandamentos
contraditórios, ou a ideia do mandamento não é tanto não ter imagens, mas
sobretudo não adorá-las (como fizeram os judeus no Monte Sinai com o bezerro de
ouro).[Todos os caminhos levam a Roma; Scott Huns]

Cápitulo XIV- Amar a Deus sobre todas as coisas


No antigo testamento ficou vedado ao homem construir qualquer tipo de imagem de
Deus. Deus é invisível e por isso não pode ser representado, mas ao assumir a natureza
humana, por conta da união hipostática, algo em Deus passou a ser visível aos olhos
humanos.

A imagem sagrada, o «ícone» litúrgico, representa principalmente Cristo. Não


pode representar o Deus invisível e incompreensível: foi a Encarnação do Filho de
Deus que inaugurou uma nova «economia» das imagens: «Outrora Deus, que não
tem nem corpo nem figura, não podia de modo algum, ser representado por
uma imagem. Mas agora, que Ele se fez ver na carne e viveu no meio dos
homens, eu posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus [...] Contemplamos
a glória do Senhor com o rosto descoberto» . [CIC; n° 1159]

O primeiro mandamento da lei de Deus é: Amar a Deus sobre todas as coisas. Amar
a Deus com todas as nossas forças, com todo nosso entendimento, amar com todo nosso
ser, eis aí a melhor definição do que seja adorar. Adorar é o amor maior que se deve
somente a Deus.

Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama
seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. (Mt 10,37)
Quando uma pessoa gosta de mais de uma coisa, inconvenientemente ela diz: eu
adoro isso. No fim o que ela quer dizer é que, de todas coisas que ela ama, essa é a que
ela mais ama, ou entre às coisas do mesmo gênero, essa é a que mais lhe agrada.
Adorar a Deus é amá-lo acima de tudo e o culto de latria é um culto que se deve
prestar somente a Ele.

A adoração é o primeiro acto da virtude da religião. Adorar a Deus é


reconhecê-Lo como tal, Criador e Salvador, Senhor e Dono de tudo quanto
existe, Amor infinito e misericordioso. «Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele
prestarás culto» (Lc 4, 8) – diz Jesus, citando o Deuteronómio (Dt 6, 13). 2097.
Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o «nada da
criatura», que só por Deus existe. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat,
louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que Ele fez grandes
coisas e que o seu Nome é santo (10). A adoração do Deus único liberta o
homem de se fechar sobre si próprio, da escravidão do pecado e da idolatria do
mundo. [CIC; n° 2096]

Capítulo XV- a verdadeira idolatria


Cometeríamos idolatria sim, se nos ajoelhar se-mos diante de alguma imagem
acreditando ser ela uma divindade e disposto a oferece para ela esse culto de amor, assim
como também comete idolatria a pessoa que ama mais o dinheiro que a Deus, que ama
mais o seu filho que a Deus, que ame mais o prazer que a Deus, que busque a sua glória
antes que a gLória de Deus ou qualquer coisa desse gênero.

A piedade produz em nós o amor a Deus acima de tudo, afastando-nos de toda


forma de idolatria ( prazeres, amor ao dinheiro, status, fama, vanglória, poder,
superstições, etc) para adorar e servir somente a Deus.”[Sede santos,
professor Felipe Aquino]

O problema não está nos fantasmas, como nos mostrou Smith, mas na confusão da
imagem com a realidade.

Quando os “fantasmatas” são erroneamente tomados como a realidade, começa a


fantasia. Mas, para dizer a verdade, essa linha é tão facilmente cruzada que seria
mais realista falarmos, não de conhecimento puro versus completa fantasia, mas de
gradações. A distinção lógica, porém, entre um emprego ‘simbolista’ ou um emprego
‘concreto’ dos “fantasmata” retém validade plena e razão de ser, em que pese a
fraqueza humana. o enigma quântico wofvang Smith

Todas as vezes que colocamos uma criatura antes de Deus estamos caindo no
pecado de idolatria mesmo que não nos ajoelhemos diante dela.

A idolatria não diz respeito apenas aos falsos cultos do paganismo. Continua a ser
uma tentação constante para a fé. Ela consiste em divinizar o que não é Deus.
Há idolatria desde o momento em que o homem honra e reverencia uma criatura
em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou de demónios (por exemplo, o
satanismo), do poder, do prazer, da raça, dos antepassados, do Estado, do
dinheiro, etc., «Vós não podereis servir a Deus e ao dinheiro», diz Jesus (Mt 6,
24). Muitos mártires foram mortos por não adorarem «a Besta», recusando-se
mesmo a simularem-lhe o culto. A idolatria recusa o senhorio único de Deus; é,
pois, incompatível com a comunhão divina. [CIC nº 2113]

Capitulo XVI - Conclusão: o segundo


mandamento, amor ao próximo
O culto de veneração que prestamos para os santos através de suas imagens está
relacionado com o segundo mandamento que nos diz: amai o próximo como a si mesmo, ou
de forma mais perfeita, com o novo mandamento de Jesus que nos foi dado na última ceia
quando nos disse: amai vos uns aos outros assim como eu vos amei.

Seguindo a doutrina divinamente inspirada dos nossos santos Padres e a


tradição da Igreja Católica, que nós sabemos ser a tradição do Espírito Santo que
nela habita, definimos com toda a certeza e cuidado que as veneráveis e santas
imagens, bem como as representações da Cruz preciosa e vivificante, pintadas,
representadas em mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser
colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre as alfaias e vestes sagradas, nos
muros e em quadros, nas casas e nos caminhos: e tanto a imagem de nosso
Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de nossa Senhora, a puríssima e
santa Mãe de Deus, a dos santos anjos e de todos os santos e justos» (36). «A
beleza e a cor das imagens estimulam a minha oração. É uma festa para os
meus olhos, e, tal como o espectáculo do campo, impele o meu coração a dar
glória a Deus». A contemplação dos sagrados ícones, unida à meditação da
Palavra de Deus e ao canto dos hinos litúrgicos, entra na harmonia dos sinais da
celebração, para que o mistério celebrado se imprima na memória do coração e
se exprima depois na vida nova dos fiéis. [CIC; n° 1161:1162

Venerar é isso: amar às outras pessoas como Jesus amou, e Jesus amou e ama
Maria como mãe, amou os apóstolos como amigo e a todos os santos como irmãos.
Nessa terra, amamos muito os nossos pais. Se meu pai tem um amigo que muito
lhe deseja o bem e que faz tudo para o ajudar, como não irei amar essa pessoa. Mas
amá-la não significa que estou querendo trocar de pai, ou que desejo ter dois pais,
simplesmente significa que, por amor a meu pai, amo tudo que é para o seu bem e um
amigo de verdade é um bem muito desejado para as pessoas que amamos.
Dessa forma, fica claro que: o culto de veneração dos santos prestado pela Santa
Igreja Católica não se encaixa no pecado de idolatria, pois é por muito terem amado e
servido a Deus que muito amamos aos santos e anjos e é por saber que Deus muito os
ama e os considera que rogamos por vossa intercessão junto ao nosso Senhor Jesus
Cristo.
Livro VI

Primeira parte- Está escrito mas


eles não falam: A oração e o Pai
nosso
Entrei num seminário católico, de rito bizantino, para assistir à liturgia das
Vésperas. Não era uma Missa; era apenas um ofício de oração, com todas as
reverências, incenso e ícones, odores e sinos. Ao terminar, um seminarista me
perguntou:
– O que é que você achou?
Só consegui murmurar:
– Agora já sei para que é que Deus me deu um corpo: para adorar o Senhor com
o seu Povo na liturgia.

[Todos os caminhos levama Roma; Scott Huns

I- introdução.
Nós, católicos, não sabemos rezar, pelo menos é isso que dizem os protestantes,
porque está escrito que Nosso Senhor Jesus disse:

"Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos


que julgam que serão ouvidos à força de palavras."

E em outra tradução encontramos da seguinte forma:

“não useis de vãs repetições, como os gentios, porque imaginam que é pelo
palavreado excessivo que serão ouvidos.

Por conta do grande número de orações repetidas, tanto no culto público como na
vida de oração privada, fica difícil, partindo única e exclusivamente do versículo acima, não
assumir esse erro que eles fazem questão de esfregar na nossa cara, porque se a oração
não for com as próprias palavras, ou como preferem, não vir do coração, não tem valor
algum perante Deus.

II- Orações repetitivas


Na segunda tradução citada anteriormente fica mais fácil de entender a acusação
acima.
Os protestantes nos acusam de ficar repetindo sempre as mesmas orações, ajuntam
a isso a acusação de paganismo por rezarmos muitas ave-marias .
Dizem que a oração bem feita é aquela que brota do íntimo do nosso coração e
deve ser - pode-se dizer assim - uma composição própria, “no entanto Jesus não nos
ensinou assim . Ao contrário, Ele mesmo usou várias orações formais do antigo
israel ( ver Mc 12,29; 15,34; Jo 7 10-14)
Uma das orações mais injustamente atacada é a do Santo Rosário:

“Os não católicos, às vezes, procuram diminuir o valor do rosario dizendo ser uma
oração estupidamente monótona, mediante fórmulas mecânicas de recitações.
Alguns chegam mesmo a condenar a prática, citando a rejeição de Jesus às orações
de “vã repetição”(Mt 6,7). No entanto nada pode estar mais distante da
realidade."[Salve Santa Rainha, Scott Hahn]

Na oração do rosário rezamos 200 aves marias, 20 pai nosso, 20 glórias


acompanhadas da jaculatória “Óh Meu Bom Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do
inferno, levai as almas todas para o céu e principalmente as que mais precisarem de vossa
misericórdia”; o que faz parecer que seus argumentos são razoáveis, por não entenderem
o que é uma oração.
A oração é uma frase de amor e quem ama gosta de dizer eu te amo muitas vezes,
e quem não se sente feliz quando a pessoa amada responde com um “eu também te amo”?

Quando os nossos próprios filhos pequenos dizem uma e outra vez durante o dia:
“Eu te amo, mamãe”, nunca lhes respondemos: “Querido, isso é só uma repetição
inútil”. Do mesmo modo, nós, como crianças pequenas, dizemos a Maria, por meio
do terço: “Mamãe, eu te amo; reze por mim”. Embora seja repetitivo, só se tornaria
vão se disséssemos as palavras sem lhes dar sentido. [Todos os caminhos levam a
Roma; scott Huns]

III- Palavras vãs?


Às vezes o que falta para os protestantes verem que a oração católica não são
repetições vãs, é um pouco menos de preconceito e um pouco mais de prática.
Existem exemplos claros de protestantes que , ao deixarem de lado esse
preconceito, deram de cara com o que a oração oferece, a graça.
Bernardo Kuster mesmo, sempre conta como através da novena de Santa Terezinha
do Menino Jesus, fez essa experiência e alcançou uma graça que parecia impossível.
Recebeu primeiro uma rosa, que é o sinal de que a graça será alcançada e pouco tempo
depois algo que parecia improvável estava resolvido e não teve mais duvidas sobre o
caminho que deveria seguir, se convertendo enfim ao catolicismo.
O próprio Scott Hahn, que recebeu de herança de sua avó um terço, e que o
quebrou como quem acreditava quebrar uma maldição, relatou como algum tempo depois,
cedendo a experiência, viu o que é a oração católica e a importancia de Maria, já que temos
uma mãe no céu:

A prova de sua maternidade viria para mim somente quando tomei a decisão de me
deixar ser seu Filho. Apesar de todos os poderosos escrúpulos da minha formação
portestante, lembre-se, havia poucos anos, eu desfazia a às contas do terço de
minha avó. Eu mesmo um dia peguei o terço e comecei a rezar. Rezei numa
intenção bem específica, praticamente impossível de ser atendida. No dia seguinte,
peguei o terço e rezei de novo, e no outro dia também, e no outro, e no outro. Meses
passaram quando eu percebi que minha intenção, uma situação impossível, tinha
sido revertida desde o primeiro dia em que peguei o rosário e comecei a rezar. O
meu pedido tinha sido atendido. [Scott Hahn, Salva santa Rainha]

No livro “O poder da esperança”, os autores dizem que “ a oração, mais que a


repetição de frases, consiste em falar com Deus como a um amigo e conselheiro [o poder
da esperança- julian melgosa, michelson borges]. Às orações que a Igreja nos ensina
em nada atrapalha isso, alias, ajuda e muito, porque Deus é amigo e companheiro, mas
antes de tudo é Deus, não dá para chegar dando tapinhas nas costas.
Não precisamos nem mesmo apelar para “o que também está escrito", para derrubar
essa acusação absurda, pois no próprio versículo usado para nos acusar está escrito, como
na segunda tradução,: não useis palavras vãs.

“Jesus condenou, sim, a vã repetição, mas nem toda repetição é vã” [scot husn,
salve santa rainha]

Quando rezamos: “Ave Maria cheia de graça o senhor é convosco” não usamos
palavra vãs, mas repetimos o que o Anjo Gabriel disse a Maria quando foi enviado por
Deus, para que assim fosse realizado o mistério da Encarnação. Quando dizemos: Bendita
sois Vós entre as mulheres e Bendito é o Fruto do vosso ventre Jesus, repetimos o que
Santa Isabel, cheia do Espírito Santo, disse, e não há quem, cheio do Espírito Santo, diga
palavras vãs, que não deva ser repetidas muitas vezes.
Nem toda repetição é vã: também os não católicos sabem disso e não os
ouvimos dizer: amém!, aleluia,aleluia!, glória a Deus! e louvado seja o senhor! [salve
santa rainha, Scott Hahn] muitas vezes?

Lucas 1, 48 diz: “De agora em diante, todas as gerações me chamarão


bem-aventurada”. É isso que faz o terço, cumprir a Escritura.[Todos os
Caminhos levam a Roma; Scott Huns]

Depois do Pai Nosso, não existe oração mais perfeita do que a Ave Maria. Nem
uma orquestra dos 100 maiores poetas da existência - regida por Shakespeare - seria
capaz de compor versos tão bonitos e perfeitos. Pobre de nós que mal conseguimos
expressar o que pensamos, mas o céu veio a nosso socorro e disse: Ave cheia de graça!

«Ave, Maria (alegrai-vos, Maria)». A saudação do anjo Gabriel abre esta


oração. É o próprio Deus que, por intermédio do seu anjo, saúda Maria. A
nossa oração ousa retomar a saudação a Maria com o olhar que Deus pôs
na sua humilde serva, alegrando-nos com a alegria que Ele n'Ela encontra .
«Cheia de graça, o Senhor é convosco». As duas palavras da saudação do
anjo esclarecem-se mutuamente. Maria é cheia de graça, porque o Senhor
está com Ela. A graça de que Ela é cumulada é a presença d'Aquele que é
a fonte de toda a graça. «Solta brados de alegria [...] filha de Jerusalém [...];
o Senhor teu Deus está no meio de ti» (Sf 3, 14. 17a). Maria, em quem o
próprio Senhor vem habitar, é em pessoa a filha de Sião, a arca da aliança,
o lugar onde reside a glória do Senhor: é «a morada de Deus com os
homens» (Ap 21, 3). «Cheia de graça», Ela dá-se toda Aquele que n'Ela vem
habitar e que Ela vai dar ao mundo. «Bendita sois vós entre as mulheres e
bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus». Depois da saudação do anjo,
fazemos nossa a de Isabel. «Cheia [...] do Espírito Santo» (Lc 1, 41), Isabel é
a primeira, na longa sequência das gerações, a declarar Maria
bem-aventurada: «Feliz d'Aquela que acreditou...» (Lc 1, 45); Maria é
«bendita entre as mulheres», porque acreditou no cumprimento da Palavra do
Senhor. Abraão, pela sua fé, tornou-se uma bênção «para todas as nações
da terra» (Gn 12, 3). Pela sua fé, Maria tornou-se a mãe dos crentes, graças
a quem todas as nações da terra recebem Aquele que é a própria bênção de
Deus: Jesus, «fruto bendito do vosso ventre». «Santa Maria, Mãe de Deus,
rogai por nós...». Com Isabel, também nós ficamos maravilhados: «E de
onde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1, 43).
Porque nos dá Jesus, seu Filho, Maria é Mãe de Deus e nossa Mãe;
podemos confiar-lhe todas as nossas preocupações e pedidos: Ela ora por
nós como orou por si própria: «Faça-se em Mim segundo a tua palavra» (Lc
1, 38). Confiando-nos à sua oração, abandonamo-nos com Ela à vontade de
Deus: «Seja feita a vossa vontade». «Rogai por nós, pecadores, agora e na
hora da nossa morte». Pedindo a Maria que rogue por nós, reconhecemo-nos
pobres pecadores e recorremos à «Mãe de misericórdia», à «Santíssima».
Confiamo-nos a Ela «agora», no hoje das nossas vidas. E a nossa confiança
alarga-se para lhe confiar, desde agora, «a hora da nossa morte». Que Ela
esteja então presente como na morte do seu Filho na cruz e que, na hora do
nosso passamento, Ela nos acolha como nossa Mãe, para nos levar ao seu
Filho Jesus, no Paraíso. [CIC; nº 2676:2677]

Pelo catecismo, como visto nos números citados acima,vê-se que recitar a ave
maria é tão somente recitar às escrituras, porque a ave maria é totalmente inspirada no
evangelho de Jesus, e Jesus é o centro de tudo e de todas as orações marianas e católicas.

O nome de Jesus está no centro da oração cristã. Todas as orações litúrgicas


se concluem com a fórmula «per Dominum nostrum Jesum Christum – por
nosso Senhor Jesus Cristo». A Ave-Maria culmina nas palavras «e bendito é o
fruto do vosso ventre, Jesus». A oração do coração dos Orientais, chamada
«oração a Jesus», diz: «Jesus Cristo, Filho de Deus, Senhor, tem piedade de
mim, pecador». E muitos cristãos morrem, como Santa Joana d'Arc, tendo nos
lábios apenas uma palavra: «Jesus» (24). [CIC nº435]
Se a oração feita para Maria não nos levasse a pedir Jesus, seria pecaminosa, mas
Maria é o Meio, Jesus é o último fim, desprezar o meio em nome do fim é não sair do lugar
que se começa.

A oração de Maria é-nos revelada na aurora da plenitude dos tempos.


Antes da encarnação do Filho de Deus e da efusão do Espírito Santo, a sua
oração coopera de um modo único com o desígnio benevolente do Pai,
aquando da Anunciação para a concepção de Cristo e aquando do
Pentecostes para a formação da Igreja, corpo de Cristo. Na fé da sua
humilde serva, o Dom de Deus encontra o acolhimento que Ele esperava
desde o princípio dos tempos. Aquela que o Todo-Poderoso fez «cheia de
graça» responde pelo oferecimento de todo o seu ser: «Eis a serva do
Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». «Faça-se» é a oração
cristã: ser todo para Ele, já que Ele é todo para nós. [CIC, nº 2617]

Como dizer que orações tão divinamente inspiradas sejam repetições vãs? Tudo que
vem de Deus é perfeito e às principais orações católicas são divinamente inspiradas:

“O pai nosso que aprendemos dos próprios lábios de Jesus, A ave maria que vem
das palavras do anjo gabriel e de isabel no evangelho de são lucas. E quem poderia
argumentar contra às palavras do glória, se não apenas uma forma de prestar louvor
à Trindade eterna e santa?”salve santa rainha, scot huns]

IV- O Pai Nosso


Como escrevi na obra anterior, e como todos os catecismos que tive contato
demonstraram, a doutrina cristã não é de difícil assimilação, dividida em quatro partes, uma
delas é a oração, que tem como base a oração a que o Senhor nos ensinou.

Pela sua Palavra, Deus fala ao homem. É nas palavras, mentais ou vocais, que a
nossa oração toma corpo. Mas o mais importante é a presença do coração Àquele
a Quem falamos na oração. «Que a nossa oração seja atendida não depende da
quantidade de palavras, mas do fervor das nossas almas». A oração vocal é
um elemento indispensável da vida cristã. Aos discípulos, atraídos pela oração
silenciosa do seu mestre, este ensina-lhes uma oração vocal: o «Pai-nosso».[CIC
n° 2700.2701.

Absurdo dos absurdos, nem mesmo o Pai Nosso eles querem rezar em suas
orações, porque presumem que as orações que compõem em seu coração seja mais
agradável a Deus do que aquela que o próprio Senhor nos ensinou quando pedimos,
através do discípulo: Senhor, ensine-nos a rezar.
Esquecem-se que também está escrito:
"Eis como deveis rezar: PAI NOS­SO, que estais no céu, santificado seja o
vosso nome;venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na
terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as
nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam;* e não
nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal." São Mateus, 6 - Bíblia
Católica Online

Não seria presunção nossa desprezar a oração que Jesus nos ensinou? Me diz:
onde está escrito que, após Jesus ter lhes ensinado o Pai nosso, os discípulos tenham
respondido: apesar da oração ensinada pelo mestre, cada um continua com suas próprias
orações, porque elas lhe vinham do coração? E quem disse que o que vem do nosso
coração supera o que vem do céu, ainda mais com o pecado que nos faz fazer o mal que
não queremos. isso quando não queremos?

«Estando um dia Jesus em oração em certo lugar, quando acabou


disse-Lhe um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar» (Lc 11, 1). Não
é, porventura, ao contemplar primeiro o seu Mestre em oração, que o
discípulo de Cristo sente o desejo de orar? Pode então aprendê-la com o
mestre da oração. É contemplando e escutando o Filho que os filhos
aprendem a orar ao Pai. [Cic 2601]

De nada adianta conhecer os mandamentos, de nada adianta saber discorrer sobre


às 12 verdades de fé, pouco valor se tem possuir os sacramentos, se não vive uma vida de
oração, pois é pela oração que a graça recebida nos sacramentos é atualizada, é pela
oração que Deus nos fortalece para que possamos viver o mandamento do amor, a oração
é o alimento da fé que professamos, e por isso os apóstolos fizeram questão de nos legar a
transcrição das parábolas que tratam desse alimento da alma:

São Lucas transmite-nos três parábolas principais sobre a oração. A primeira,


a do «amigo importuno», convida-nos a uma oração persistente: «Batei, e a
porta abrir-se-vos-á». Aquele que assim ora, o Pai celeste «dará tudo
quanto necessitar» e dará, sobretudo, o Espírito Santo, que encerra todos
os dons. A segunda, a da «viúva importuna», está centrada numa das
qualidades da oração: é preciso orar sem se cansar, com a paciência da fé.
«Mas o Filho do Homem, quando voltar, achará porventura fé sobre a terra?».
A terceira, a do «fariseu e do publicano», diz respeito à humildade do
coração orante. «Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador». A
Igreja não cessa de fazer sua esta oração: «Kyrie, eleison!». [Cic 2613]
Ao pronunciar o Pai Nosso muitas vezes, assumimos a postura do amigo importuno,
ao repeti-lo incansavelmente, adquirimos a perseverança da viúva, ao rezá lo, não como o
fariseu que se exaltava, mas como o publicano, pedindo perdão pelas nossas ofensas,
somos justificados.

V- Quem nos ensinou a rezar?


O fato é que os protestantes abandonaram a oração ensinadas por Deus para
comporem a sua própria, mas essas orações não saíram somente de seus próprios
corações, mas também de um coração de um monge revoltado.
Quem vos ensinou a rezar? Lutero? O pastor? Um coração, que por falta de exame
de consciência não reconhece o fundo mal que habita no interior de si?
Basta alguns minutos nas redes sociais para ver como essa postura faz às pessoas
inflarem em seu orgulho. Postagens ( para não dizer bostagens) do tipo: como eu sou
maravilhoso, como sou compreensivo, como sou superior; ou na fala do fariseu: como eu
não sou como esse aí ó, que faz tudo errado.
Com tantas qualidades, quando se é contrariado e chega a hora de mostrar toda
essa superioridade arrogada, o ego fala mais alto, e de imediato começa-se a sapatear, se
jogar no chão, espernear, fazer birra, faz até biquinho … tudo porque, toda essa suposta
superioridade, não passa de ranhetice de crianças mimadas.
Quem ensinou os católicos a rezar?
Nós, católicos, rezamos como senhor nos ensinou.
Então quer dizer que somos todos humildes?
Claro que não, mas não é uma deficiência na oração, como no caso deles, porque a
oração do pai nosso nos excita a humildade, é uma falha em nosso caráter, porque não
rezamos como deveríamos. Mesmo tendo como mandamento da igreja confessar ao menos
uma vez ao ano, e como conselho fazer o exame de consciência todas as noites antes de
dormir, acabamos nos deixando guiar pela ideia de que somos auto suficiente, rezamos e
repetimos sem tomar consciência do que pedimos.
Se somos orgulhosos não é por causa da nossa oração e sim apesar dela, já neles
isso é o resultado para não dizer uma deficiência de uma oração orgulhosa.

VII- A ineficácia da oração de Lutero


Se os protestantes tivessem um conhecimento básico dos livros de Lutero, que são
a base das suas orações, abraçariam o rosário com amor e devoção, pois seguindo o
ensinamento que nosso Senhor Jesus Cristo nos deu, o que para sabermos se uma árvore
é boa ou ruim basta conhecer os frutos; ao analisar os frutos da reforma, rezarim como uma
velha corolla.
Quando seguimos o trajeto da história do santo rosário, encontramos um rastro de
belos frutos: conversões milagres e prodígios diversos. Como são doces os frutos dessa
árvore?
Porém, na contra mão, o primeiro fruto da árvore dos protestantes, essa forma de
oração ensinada por lutero, foi o suicidio, o pior dos pecados, pois ataca-se não a um
homem, mas a humanidade inteira, não somente a humanidade, mas o direito sobre as vida
que somente o próprio Deus tem. A nenhum homem é lícito tirar a vida, menos ainda a
própria.
Quantos filósofos modernos mortos pelas próprias mãos? Lutero marca o início da
modernidade, e a modernidade ataca a própria vida.
O homem ao qual foi dedicada a obra de lutero sobre a oração, se matou e o próprio
Lutero, segundo dizem, não resistiu a tentação do desespero que o fez se sentir senhor
sobre sua vida. Eis a exposição de sua morte, feita por seu criado, Kudtfeld, narrativa
publicada pelo sensato Sedúlius, em 1606:

“Martinho Lutero, na noite que antecedeu a sua morte, deixou-se vencer por sua
habitual intemperança, e com tanto excesso, que fomos obrigados a carregá-lo
totalmente embriagado e deitá-lo em seu leito... No dia seguinte retornamos ao
dormitório de nosso patrão para ajudá-lo a vestir-se, como de costume. Vimos então,
ó dor, nosso patrão Martinho pendurado sobre seu leito e miseramente
estrangulado. Logo anunciamos aos príncipes, seus convivas da véspera, o
execrável fim de Lutero. Estes, tomados de terror como nós, nos encorajaram por
mil promessas e pelas mais solenes súplicas, a guardar sobre aquele
acontecimento, um profundo e eterno silêncio, a fim de que nada fosse divulgado;
em seguida nos pediram para colocar o horrível cadáver de Lutero em seu leito e
dizer ao povo que nosso patrão havia subitamente deixado este mundo”.

Em sua obra sobre a oração cristã, Lutero faz muitas petições a Deus, vindas de seu
coração, mas as petições desse livro realizaram-se exatamente ao contrário do que foi
pedido.

VIII- A predestinação de Calvino e a oração do


fariseu
A oração deveria de imediato levar-nos a uma postura humilde. Às mãos que se
juntam, os joelhos que se dobram, os lábios que se movem, os pensamentos que cada um
medita. Nada disso deveria, em momento algum, nos fazer sentir superiores uns aos outros,
mas, ciente da total dependência de Deus e de nossa insignificância e fragilidade sem Ele,
deveria de imediato nos levar a clamar: - “Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!” -
Mas a natureza decaída ainda ressoa a dissonância das malditas palavras: -“sereis como
Deus!” - E o eco dessas palavras aparece na oração, cujo modelo é o fariseu, que diz: -
“Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e
adúlteros; nem como o publicano que está ali. Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo
de todos os meus lucros”.
A predestinação de Calvino é um nome novo para essa maldade que brotou no
Éden, fruto da desobediência, e a oração dos predestinado é sempre uma oração
arrogante, porque quem é predestinado nunca rezará: - perdoai-me e livrai-me do fogo do
inferno.
É o fariseu que se exalta, é o Pedro que nega, é o Judas que trai, é Eva cedendo a
tentação, é o homem que dá ouvidos a mulher e se esquece que foi Deus quem disse: no
dia em que dela comer morrerá.
Na predestinação calvinista o pecador, o réprobo, a oração dos desesperados; é
inútil é desnecessária, porque se é réprobo, para que incomodar Deus, que já decidiu antes
de todos os séculos te criar para a desesperança eterna?
Não é nisso que a Igreja crê, duas possibilidades, não duas espécies de homens. E
ao se pôr de joelho, de forma humilde, confiante na misericórdia de Deus, escolhe-se o céu.
Não tire a esperança dos que sofrem por causa do pecado:

Deixa-o rezar, deixa-o implorar a ajuda do Médico todo-poderoso. Porque


contradizê-lo? Por que importuná-lo? Por que querem proibir ao miserável implorar a
misericórdia de Cristo? E isso o fazem homens cristãos? Caminhavam também com
Cristo os que proibiam ao cego que pedia a recuperação da vista com grandes
gritos. Mas Jesus ouviu seu clamor em meio ao tumulto dos manifestantes. Por isso
recebeu a resposta: Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo Senhor nosso.
[Patrística vol 12; A Graça; A graça e a natureza; santo agostinho]

IX- Santa Tereza d"Avila x o nada santo lutero


Quem leu os livros de santa Tereza d'Ávila com seus ensinamentos profundos sobre
a vida de oração, se os comparar com os ensinamentos de lutero verá que existe um
verdadeiro abismo entre os dois. De uma lado o Espírito Santo que guia, do outro, o espírito
da rebeldia.
O contraste mais nítido se percebe nos frutos de ambos, como frutificaram às
reformas empregadas pela santa, enquanto o luteranismo permaneceu estéril.
O mais excepcional em tudo isso é que, passados mais de meio milênio, hoje a
igreja luterano é uma igreja com expressão meramente local, enquanto os carmelos
ocupam a terra inteira. Não tem como comparar nenhuma das seitas protestantes nem
mesmo com essa, das muitas ordens católicas.
A construção luterana e seu fracasso, me faz lembrar de uma construção mais
antiga
X- Torre de babel
Na ânsia de cada um orar segundo seu coração, quando passamos em frente a uma
igreja evangélica em horário de culto, vemos uma gritaria que em nada nos faz lembrar a
Jerusalém Celeste, descrita no Apocalipse, ou do entendimento da pregação dos apóstolos
após o pentecostes.

Quando os apóstolos falam em línguas, naturalmente, nós nos lembramos da


história da torre de babel(gn 11) e da passagem de isaias (28,11), quando Deus
novamente confundiu a fala das pessoas. O que fez com que em pentecostes Ele
invertesse este processo. [salve santa rainha, scot huns]

Ao contrário da Santa Missa onde nos unimos em um só coração, ou seja, uma só


vontade: a vontade de Deus - é isso que dizemos juntos ao falar a célebre sentença: -
nosso coração está em deus - no culto protestante cada um deles dizem uma coisa, cada
um pede uma coisa, sem unidade alguma, o que me faz lembrar de uma outra coisa que
está escrito:

"Vamos: desçamos para lhes confundir a linguagem, de sorte que já não se


compreendam um ao outro.”" Gênesis, 11 - Bíblia Católica Online

O que é um culto protestante se não isso, uma verdadeira torre de babel, falo aqui
principalmente das seitas pentecostais, existe algumas onde pelo menos um mínimo de
ordem prevalece, mas quando a essas, às pentecostais, são uma verdadeira bagunça.

XI- A força das palavras


Quando criança tive a infelicidade de ter sido levado em um desses cultos por
alguns amigos, e fui tomado de pavor.
Via de um lado pessoas alegres gritando e dançando, do outro chorando e gritando
desesperado e não dava para entender nada.
Nem mesmo os gritos descontrolados do pastor que fazia justamente o que Jesus
proibiu, o uso da força das palavras, tudo para forçar sentimentos exacerbados nas pessoa.
Todos gritavam , como se Deus fosse surdo.
Está aí uma coisa que eu nunca vou entender, você tem uma sala pequena, 20
caixas de som com auto falantes pesados, às vezes até com cornetas que são usadas para
mandar o som para longe, e um microfone em mãos. Então para que ficar gritando feito um
louco estérico? Assim nos fazem lembrar daquilo que também está escrito no livro dos reis:

"Eles tomaram o novilho que lhes foi dado e fizeram-no em pedaços. Em


seguida, puseram-se a invocar o nome de Baal desde a manhã até o meio-dia,
gritando: “Baal, responde-nos!”. Mas não houve voz, nem resposta. E
dançavam ao redor do altar que tinham levantado. Sendo já meio-dia, Elias
escarnecia-os, dizendo: “Gritai com mais força, pois (seguramente!) ele é
deus; mas estará entretido em alguma conversa, ou ocupado, ou em viagem,
ou estará dormindo... e isso o acordará”." I Reis, 18 - Bíblia Católica Online

A ignorância dos pastores transcende a dos sacerdotes de baal, pois o que se diz
cristão tem que saber que Deus sabe o que precisamos antes mesmo de pedir e que
portanto não precisamos fazê-lo aos berros num microfone.

XII- a oração do céu, também está escrito


Se trocassem toda essa bagunça por um simples Pai Nosso, que maravilha seria,
nada mais belo poderia sair de nossas bocas do que a oração que o Senhor nos ensinou:

A expressão tradicional «oração dominical» (isto é, «oração do Senhor») significa


que a prece dirigida ao nosso Pai nos foi ensinada e legada pelo Senhor Jesus.
Tal oração, que nos vem de Jesus, é verdadeiramente única: é «do Senhor».
Efectivamente, por um lado, nas palavras desta oração o Filho Único dá-nos as
palavras que o Pai Lhe deu (13): Ele é o mestre da nossa oração. Por outro lado,
sendo o Verbo encarnado, Ele conhece no seu coração de homem as
necessidades dos seus irmãos e irmãs humanos e revela-no-las: Ele é o modelo
da nossa oração. Mas Jesus não nos deixa uma fórmula para ser repetida
maquinalmente (14). Como em toda a oração vocal, é pela Palavra de Deus que
o Espírito Santo ensina os filhos de Deus a orar ao seu Pai. Jesus dá-nos, não
somente as palavras da nossa oração filial, mas também, ao mesmo tempo, o
Espírito pelo qual elas se tornam em nós «espírito e vida» (Jo 6, 63). Mais ainda:
a prova e a possibilidade da nossa oração filial é que o Pai «enviou aos nossos
corações o Espírito do seu Filho que clama: "Abbá! ó Pai!"» (Gl 4, 6). Uma vez
que a nossa oração traduz os nossos desejos diante do Pai, é ainda «Aquele que
sonda os corações», o Pai, que «conhece o desejo do Espírito, porque é de
acordo com Deus que o Espírito intercede pelos santos» (Rm 8, 27). A oração ao
nosso Pai insere-se na missão misteriosa do Filho e do Espírito. [CIC, nº 2765.2766]

O Pai Nosso, a Ave Maria e às demais orações ensinadas e praticadas pela Igreja,
não limita nossas intenções, mas sim, às direciona ao que realmente importa. A glória de
Deus que deve ser santificado perante os demais homens pelas obras realizadas através da
graça, pois Seu Nome é Santo e Seu Reino se estende a tudo e a todos. A confiança n’Ele,
seja para o pão, seja para vitória na tentação, seja para a vitória definitiva contra o mal.
Ainda posso, mental ou vocalmente, dizer a Deus o que penso, o que sinto e pedir o que
acho que preciso. A oração não fica limitada às palavras que a igreja ensina, mas essas
palavras são um norte que nos mostra a direção, que nos impede de cair em uma série de
erros que estão ligadas a concepções nada cristãs que contaminam a oração de muitos
cristãos.

No combate da oração, temos de enfrentar, em nós e à nossa volta, concepções


erróneas da oração. Alguns vêem nela uma simples operação psicológica; outros,
um esforço de concentração para chegar ao vazio mental; outros ainda,
reduzem-na a atitudes e palavras rituais. No inconsciente de muitos cristãos, rezar
é uma ocupação incompatível com tudo o que têm de fazer: não têm tempo.
Os que procuram a Deus na oração desanimam depressa, porque não sabem
que a oração também vem do Espírito Santo e não somente de si próprios.
Temos de enfrentar também certas mentalidades «deste mundo» que nos
invadem, se só é verdadeiro o que se pode verificar pela razão e pela ciência
(mas orar é um mistério que ultrapassa a nossa consciência e o nosso
inconsciente); os valores são a produção e o rendimento (mas a oração é
improdutiva, logo inútil); o sensualismo e o conforto são os critérios do verdadeiro,
do bem e do belo (mas a oração, «amor da beleza» – philocália – deixa-se
encantar pela glória do Deus vivo e verdadeiro); em reacção ao activismo, temos
a oração apresentada como fuga do mundo (mas a oração cristã não é uma
saída da história nem um divórcio da vida). Finalmente, o nosso combate tem de
enfrentar aquilo que sentimos como sendo os nossos fracassos na oração:
desânimo na aridez, tristeza por não dar tudo ao Senhor, porque temos «muitos
bens» decepção por não sermos atendidos segundo a nossa própria vontade, o
nosso orgulho ferido que se endurece perante a nossa indignidade de pecadores,
alergia à gratuitidade da oração, etc... A conclusão é sempre a mesma: de que
serve orar? Para vencer tais obstáculos, é preciso combater com humildade,
confiança e perseverança.[CIC; nº 2726: 2728]

Deve-se rezar para adquirir a humildade, deve-se orar para entender que somos
criaturas e não super homens, e nada faz uma oração ser mais perfeita do que um
conhecimento profundo de nossa atual miséria.
Se tem uma coisa que mostra a falta que faz um bom exame de consciência, é essa
acusação boboca dos evangélicos, porque no versículo está um testemunho contrário a
eles não a nós que rezamos como Jesus ensinou, como o Espírito Santo inspirou e como o
anjo enviado por Deus fez.
Nossas repetições não são vãs, e se ainda assim, continuam a interpretar essas
palavras de Jesus como uma proibição da repetição de orações, façam-me o favor de
explicar então, porque, na bíblia, várias vezes as mesmas orações são repetidas, porque
também está escrito:

"Deixou-os e foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras." São
Mateus, 26 - Bíblia Católica Online

"“Senhor, Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, saibam todos hoje que sois o
Deus de Israel, que eu sou vosso servo e que por vossa ordem fiz todas estas
coisas. Ouvi-me, Senhor, ouvi-me, para que este povo reconheça que vós,
Senhor, sois Deus e que sois vós que converteis os seus corações!”." I Reis,
18 - Bíblia Católica Online

Caso ainda reste alguma dúvida, nossos irmãos podem dar uma olhadinha no
Apocalipse. Ali eles verão como os santos e anjos não se cansam de repetir, como fazemos
no final de cada dezena do rosário e na Santa Missa O glória ! E louvam o Cordeiro de
Deus como fazemos incessantemente, com eles, na missa, como já foi demonstrado em
outro lugar.
Parte II- Onde está escrito: QUE A
IGREJA CATÓLICA É O CORPO DE
CRISTO

Introdução
Igreja é tudo igual. o importante é você seguir alguma religião, afinal, existe um
único Deus, e se ambos adoramos esse mesmo Deus, tanto faz que seja aqui ou seja lá.
Todas as afirmações acima, por mais bonitas que pareçam aos olhos dos que se
deixam levar pelo politicamente correto como se fosse a lei de Deus, são falsas e
enganadoras, porque como está escrito na bíblia: professo uma fé uma igreja e um batismo.
Apesar de ser assim, não é difícil o protestante que, baseada nessas sentenças
relativistas, afirmam que igrejas são todas iguais, e ai de quem ousa dizer que não, por ser
a Igreja Católica é o Corpo Místico de Jesus, saem logo gritando que é mentira, ou
perguntam: onde está escrito isso?
Como a maioria não conhece as escrituras, não sabe responder e assim faz parecer
que não está escrito, como se a ignorância da existência de algo fosse o suficiente para
provar sua inexistência, mas só no Brasil a ignorância adquire o status de autoridade.

II- A unica X às Múltiplas


O fato é que é verdade de fé, e quem é catolico, para continuar sendo católico, tem
de professar que só existe uma única igreja e esse é um ponto que diferencia a verdadeir
das demais:

Nenhuma Igreja protestante sobre a terra tinha as extraordinárias e ofensivas


pretensões que a Igreja Católica reivindicava como próprias. Por exemplo, os
Metodistas nunca mantiveram que a sua fosse a única e verdadeira Igreja fundada
por Jesus; nem os Luteranos afirmavam ter como cabeça um Papa que era o vigário
infalível de Cristo sobre a terra; nem os responsáveis da Assembleia de Deus
afirmavam possuir uma ininterrupta linha de sucessão que remontava ao próprio
Pedro.[Todos os caminhos levam a Roma; Scott Hahn]
III- Uma Hidra invertida
Na mitologia grega temos o mito da Hidra, que serviu de instpiração pela marvel
para criação do que seria a Kgb nos cinemas.
Corte uma cabeça e outras duas nascerão no lugar.
É fato que qualquer animal com mais do que uma cabeça é uma monstruosidade da
natureza, mas pare para pensar um minuto, uma cabeça com varios corpos seria uma
mostruosidade maior até do que uma cabeça no corpo errado, como vemos no casos do
mito de minotauror ou dos centauros, ou no multiplicação dos meborscmo no mito da Chiva.
Jesus cristo é a cabeça da igreja, portanto, como em Deus tudo respira sabedoria,
só pode haver um corpor, e esses crpos que se multiplicam não estão conectados a esse
corpo mistico de jesus

IV- Como saber qual é a verdadeira?


Foi paulo quem afirmou em uma de suas cartas: uma só fé, uma só igreja e um só
batismo.
Essa afirmação do evangelho deixa claro que: se existem mais do que uma igreja,
podemos até afirmar que todas são falsas, mas nunca que todas sejam verdadeira, a
verdadeira é uma só.
Na busca pela verdadeira igreja, devemos nos perguntar: qual entre todas as
denominações, cumpre com às promessas que nosso senhor Jesus fez a sua igreja?

Depois fez trazer Paulo e colocou-o diante deles.


23,6
Sabendo que uma parte dos presentes eram saduceus
e a outra parte eram fariseus,
Paulo exclamou no conselho dos anciãos:
"Irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus.
Estou sendo julgado
por causa da nossa esperança
na ressurreição dos mortos".
7
Apenas falou isso,
armou-se um conflito entre fariseus e saduceus
e a assembleia se dividiu. Com efeito, os saduceus dizem que não há
ressurreição,
nem anjo, nem espírito,
enquanto os fariseus sustentam uma coisa e outra.
9
Houve, então, uma enorme gritaria.
Alguns doutores da Lei, do partido dos fariseus,
levantaram-se e começaram a protestar, dizendo:
"Não encontramos nenhum mal neste homem.
E se um espírito ou anjo tivesse falado com ele?"
10
E o conflito crescia cada vez mais.
Atos dos Apóstolos
23,6-10

V- Às promessas de Jesus. Está escrito!


Jesus prometeu: pedro sobre ti edificarei minha igreja. Disse: às portas do inferno
jamais prevalecerão contra ela. Foi nosso senhor que profetizou que a assistência do
espirito santo jamais lhe faltaria e que portanto jesus estaria com ela até o fim dos tempos.
Então façamos às perguntas: qual Igreja perseverou e vem perseverando ao longo
dos milenios, contra tudo e contra todos, avançando rumo ao fim dos tempos?
Qual igreja tem como fundamento pedro, a pedra sobre qual o senhor edificou a
Igreja?

VI- E as promessas do espírito santo?


Talvez algúem pergunte, como saber se a igreja tem realmente a proteção do
espirtito santo ou se é movida por um espirito diaboloco como isinuam muitos protestantes/

Se a Igreja Católica estava equivocada, era no mínimo diabólica. Se, pelo contrário,
estava na verdade, então tinha que ter sido fundada e preservada divinamente.
[Todos os caminhos levam a roma; Scott Huns]

Mas lembra da fala do fariseu, quando a Igreja em seus primordios, já atravez dos
apostolos, começava a relaizar maravilhas igausi a que o senhor realizou? Ele disse, não se
preocupem, porque se eles não representam deus, como aqueles lá que falamvam a
mesma coisa, mas que no fim desapareceram, em pouco temo perderão a força, mas se
forem de deus ningúem poderá apra-los
Dois mil anos depois, contra às grandes perseguições, contra os grandes cisama,
vencendo todas às heresisa, superando às ideologias autoritarias, está aí, essa igreja que
parece esta sempre para desmoronar, mas governos, caem, nações desaparcem, heresias
e cimas sãosuperado e ela avança rumo ao ultimo dia
VII- O pentecostes: o nascimento a verdadeira
igreja
Em qual dessas tantas igrejas esse auxilio lhe esteve disponivel desde o principio d
o cristianismo, ou mesmo desde o pentecoste, se ão a igreja catolica?
Lutero surgiu 1500 anos depois, seria a sua igreja de 500 anos ou às sua filhas mais
novas que os renegaram dizendo-se elas às verdadeiras enquanto a sua raiz geratriz é
falsa?
Jesus disse:

Eu rogarei ao pai e ele vos dará um outro advogado, para que fique
eternamente convosco. é o espírito da verdade, que o mundo não pode
receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conhecereis, porque,
permanecerá convosco e esra em vos” (jo 14, 16,17)

Teria essas palavras eternas necessidade de espera 500 anos para sua plena
realização em um monge revltado por ter sua escola, a gostiniana, perdido o lugar da
destaqeupara uma outra escola, a dos tomistas?

VIII- Uma contradição a ser resolvida


Certa vez ouvi alguém fazer a seguinte a fim ção, não lembro quem nem quem essa
pessoa estava citando, mas a animação ressoa em meus ouvidos até os dias de hoje. É um
paradoxo, das duas uma: ou Jesus é o messias e temos que sermos cristãos, ou não é e
nesse caso façamos-nos todos Judeus, protestante nunca.
Não é difícil entender a afirmação anterior. O fato é que como já foi dito
anteriormente, Jesus fez promessas para sua igreja. Se a igreja católica não perseverou, se
às portas do inferno prevaleceram, Jesus não passa de um farsante.

“Para aceitar que a igreja “perdeu o caminho da verdade”, como quiseram os


reformadores do século XVI (lutero, calvino, etc) seria preciso admitir que essa
promessa do Senhor não se cumpriu; mas isto, jamais. Aceitar as propostas
dos reformadores, seria mesmo que aceitar que Jesus, qual um impostor, que
nos teria mentido e enganado; mas isto, jamais...[ Sede santos, professor
felipe aquino]

Afirmar que a Igreja caiu no paganismo, que a igreja se perverteu ao longo dos
seculos, que a igreja se tornou objeto de idolatria, que a igreja caiu no obscurantismo, ou
qualquer coisa nesse sentido, e que somente no século XVI apareceu um iluminado para
cumprir com as promessas que Jesus fez a Igreja é testemunhar contra às palavras de
verdade que eles juram defender e que estão até mesmo em suas bíblias adulteradas.
IX- O Espírito Santo e a Igreja
Somente pelo espírito conseguimos adentrar no mistério da verdadeira igreja:

Certa vez o patriarca de constantinopla, Atenágoras I, falecido em 1972 disse


essas palavras: Sem o Espírito Santo: Deus fica distante da gente; cristo
perdido na história, o Evangelho é letra morta; a Igreja, apenas agremiação
religiosa; a autoridade, poder que se evita; a pregação, propaganda da igreja; a
oração tarefa a cumprir; a liturgia, ritual do passado; e a moral , repressão.
Com o Espíritos Santo: Deus entra na vida do mundo onde inicia o seu reino;
Cristo o Filho de Deus, se faz um de nós; o Evangelho é o novo estilo de vida;
A igreja, é gente unida como às Três Pessoas da Santíssima Trindade; a
autoridade, apoio e serviço; a pregação, anúncio da novidade do Reino; a
oração, experiência de contato com Deus; a liturgia, memorial que antecipa o
futuro; e a moral ação que liberta.”[ Sede santos, professor Felipe Aquino]

A proteção e presença doe Espirito Santo é a maior prova de que a Igreja Catolica é
a verdadeira igraja e que às demais, olhando pelo misterio do nascimento do alto, são uma
extenção desse corpo mistico de Jesus.
Muitas vezes Jesus se comparou a videira, ou os apostlo compararam a Igreja com
uma arvore. Eles diziam, se o galho permanece unido a arvore ele permanece vivo, ou dizia
nosso senhor, eusoua videira, quem permanece em mim permanece unido

“Entre os seres vivos, quando a alma e o corpo são um e permanecem unidos,


podemos falar em seres vivos; mas, quando essa unidade se desagrega
devido à decomposição, é claro que esse ser morre e deixa de ser um ser vivo.
Acontece o mesmo com o corpo: enquanto ele preserva o mesmo aspecto
graças à união entre as partes que o constituem, vêmo-lo como uma pessoa
humana, mas, se as partes do corpo se dividem, dividem e destroem sua
unidade, e o corpo desaparece e deixa de ser o que era. Da mesma forma, se
examinarmos todas as outras áreas, veremos claramente que, enquanto uma
coisa é una, subsiste, mas, assim que deixa de sê-lo, perece.”[A consolação
da filosofia_Boécio_III21]

Na revolta protestante um galho se soltou da arvore, ramos foram amparados da


videira, mas como saber qual era a videira e qual era o galho?
O galho era tão grande que parecia ser a arvore, mas obser, onde houve
decomposição.
A igreja catolica continou sendo a Igreja católica, apostolica e romana, mas o que
era luteranismo e em outro lugar passou a ser anglicanismo, ou calvinismo e nem vou fica
perdendo tempo falando dessa multiplicidade que não é simmbolo da multiplicação
milagrosa dos pães e sim de uma decomposição, como às folhas secas que rebentam do
galho que esta fadadeo a morrer.
X- A igreja, nossa mãe

Jesus sabia que uma familia de orfão os filhos disperssam, por isso não nos deixou
orfans, nos deu uma mãe que nos ecita a rezar: pai nosso.

Sao cipriano, bispo de Cartago, falecido em 258 dizia“ ninguém pode ter Deus
por pai, se não tiver a Igreja por Mãe...o mesmo são Cipriano garante, A
Esposa de Cristo não pode adulterar, é fiel e casta. Aquele que se separa d’Ela
saiba que se junta com uma adúltera, e que às promessas feitas a Igreja já não
o alcança. Aquele que abandona a Igreja não espere que Jesus Cristo o
recompense, é um estranho, um proscrito, um inimigo.[ sede santos, professor
felie aquino]

Vimos no livro anterior como sem os sacramentos ficamos desamparados da graça,


sem a igreja não temos os sacramentos.

“Sem ela não existe o batismo que nos faz filhos de deus, no filho unico,
herdeiros do céu, participantes da vida eterna. sem a igreja não existe o
sacerdote ministerial que perdoa os pecados em nome de cristo e consagra o
corpo e o sangue do senhor, na eucaristia, oferecendo -o ao pia. sem a igreja
temos o matrimonio crsitão que tranforma marido e mulher numa só carne,
nesta união que sinaliza e representa na terra o amor de crito pela igreja. Sem
a igreja não temos o sacramento da crisma, esta unção maravilhosa do
espirito santo que faz o jovem um soldado de cristo, preparado para o bom
combate da fé. sem a igreja não temos a unção dos enfermos que cura o corpo
e a alma, e perdoa os pecados, , tranquiliza o espirito,, e no ultimo instante nos
torna serenos diante da morte, sem medo. A igreja é na terra o inicio e o germe
do reino de deus(lg 3 e 6) que o senhor a pedro e aos apostolos: Não temas,
pequeno rebanho, porque fo do agrado de vosso pai dar vos o reno(lc 12 ,32[
sede santos, professor felie aquino]

XII- Uma visão mais ampla


Mas talvez a confusão toda gire em torno de um mal entendido. Não é dificil ouvir, o
que salva não é placa nem denominação, quem sal é Cristo.
Si, verdade, mas cirsto inteiro, cristo cabe.ça e cristo corpo.
Não podemos confundir igreja com empresa.
Às placas e denominações servem apenas como estrutra empresarial diante das
organizações e governos humanos, não vejo como diferencia isso de um club, mas a igreja
não é um club, como insinuou um piscicologo conhecido meu, a igeja é muito mais.
Temos que aprender a olhar os sinais, às portas do inferno não prevalecerão contra
ela, signifca que sim, às portas do inferno tentatão vencela, em alguns instantes de maior
provação até parecerá que consegui´ra , mas no fim, pela proteção do espirito, pela
presença de cristo, aigrea sempre supera o poderio dos portais infernais
“ foi sempre privile´gio da Igreja, vencer quando é ferida, progredir quando e
abandonada, crescer em ci~encia quando é atacada( Santo hilário de poitiers,
300-367) [sede santos, professorfelipe aquino]

XIII- A nova aliança


Quando olhamos os sinais e tomamos consciência de que a igreja é o que um filme
de alienígenas fala sobre os homens, mais do que os olhos podem ver, essa abertura da
mente nos une nessa maravilha que é o Corpo Místico de Jesus, porque estamos unidos na
aliança do amor, como os Judeus estavam unidos na da lei.

A Aliança é o princípio central ou a ideia-chave da fé católica. Explica Maria


como nossa Mãe, o Papa como nosso pai, os santos como nossos irmãos e
irmãs, e as celebrações e dias de festa como festas de aniversário.[Todos os
caminhos levam a Roma, Scott Hahn]

Pelo conceito de Aliança plenamente desenvolvido pela A igreja, por Scott e descrito
nas obras anteriores da série regra de ouro, tudo se aclara, somos filhos de uma grande
família.

Cada Aliança instituída por Deus representava o modo como Ele foi formando a sua
família ao longo dos tempos. A Aliança com Adão assumiu a forma de um
matrimônio; a Aliança com Noé tomou a forma de um lar; com Abraão tomou a forma
de uma tribo; a Aliança com Moisés transformou as doze tribos numa família
nacional; a Aliança com David estabeleceu Israel como um reino familiar nacional;
em contrapartida, Cristo instituíra a Nova Aliança como a família mundial, ou
“católica” (do grego katholikòs), de Deus, de modo a compreender todas as nações
e todos os homens, tanto judeus como gentios.[Todos os caminhos levam a Roma;
Scott Hahn]

Essa igreja não é apenas uma estrutura física, aliás, pode-se mudar a forma de
organização da estrutura física sem que isso afete em nada a organização estabelecida por
Deus, porque, por hora, até a plena realização, a Igreja é composta de três grandes partes,
a triunfante, a padecente e a que vemos, a chamada igreja militante. Na missa, às três
partes se faz uma como será depois do último dia, em torno do pão eucarístico, escutando
as palavras de vida às barreiras que separam são vencidas.

Por um lado, a maior parte da cerimônia fascinou-me: houve muitas leituras da


Escritura que narravam as diversas Alianças estabelecidas por Deus no Antigo
Testamento, até chegar a Cristo. (Eu não imaginava que os católicos lessem tanto
a Bíblia!) Muitos elementos da liturgia recordavam-me o culto judeu do Antigo
Testamento, com o incenso, as reverências, o altar e o sacrifício. E a alegria das
pessoas era muito grande (como se acreditassem mesmo em tudo o que estavam
fazendo e dizendo).[Todos os caminhos levam a Roma; Scott Hahn]

Essa união vai além, porque se às várias manifestações se fazem uma em um só


corpo, esse corpo tem uma Cabeça e se expressa unida a Ela:

Em Cristo fala a Igreja, e na Igreja fala Cristo; o corpo na Cabeça e a Cabeça no


corpo. Ouve como o Apóstolo exprime a mesma coisa, com maior clareza: “Com
efeito, o corpo é um e, não obstante, tem muitos membros, mas todos os membros
do corpo, apesar de serem muitos, formam um só corpo. Assim também acontece
com Cristo” (1Cor 12,12). Tratando dos membros de Cristo, isto é, dos fiéis, não
disse: assim também os membros de Cristo; mas chamou de Cristo ao todo a que se
referiu. O corpo é, por conseguinte, um só e tem muitos membros; e os membros
todos, sendo embora muitos, constituem um só corpo. Assim também Cristo: muitos
membros, um só corpo. Todos nós, portanto, simultaneamente estamos com Cristo,
nossa Cabeça; sem ela nada podemos. Por quê? Porque nós com nossa Cabeça
assemelhamo-nos à videira. Sem a Cabeça, que tal não aconteça, parecemo-nos
com sarmentos cortados, inúteis para qualquer obra agrícola, destinados apenas
para o fogo. Por isso, Cristo também disse no evangelho: “Eu sou a videira e vós os
ramos. Meu Pai é o agricultor. Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15,5.1). Senhor,
nada sem ti, contigo tudo. De fato, tudo o que ele faz por nosso intermédio, parece
que somos nós que fazemos. Ele pode muito e tudo sem nós; e nós, sem ele,
nada.[[Patristica vol 9.1, sermaão ao povo salmo 30, santo agostinho]

XVI- Igreja triunfante


Já escrevi muitas vezes, o amor é que nos une, por isso o mistério da Igreja está
intimamente ligado ao Espírito Santo, Ele que procede do Amor entre o Pai e o filho:

Quais são os vínculos da unidade? «Acima de tudo, a caridade, que é o vínculo


da perfeição» (Cl 3, 14). Mas a unidade da Igreja peregrina é assegurada também
por laços visíveis de comunhão:– a profissão duma só fé, recebida dos
Apóstolos;– a celebração comum do culto divino, sobretudo dos sacramentos;– a
sucessão apostólica pelo sacramento da Ordem, que mantém a concórdia fraterna
da família de Deus (272).Cic 815.
Maravilha das maravilhas, no purgatório a igreja padecente é socorrida pela igreja
militante, mas a igreja militante também padece os seus sofrimentos, e vem a nós o vosso
reino, vem os santos e santas do céu, eles que oferecem incenso e perfume no altar do
senhor.

XV- Igreja Padecente


Ainda não chegamos a plenitude do tempo, sofremos às mazelas temporais, mas o
batismo já nos une, tanto a Igreja padecente, que paga suas dívidas com o ouro tirado do
tesouro que acumulamos no céu, quanto a igreja triunfante que leva os perfumes até o altar
do Senhor.

Esta é a única Igreja de Cristo, que no Credo confessamos ser una, santa,
católica e apostólica». Estes quatro atributos, inseparavelmente ligados entre si
indicam traços essenciais da Igreja e da sua missão. A Igreja não os confere a si
mesma; é Cristo que, pelo Espírito Santo, concede à sua Igreja que seja una,
santa, católica e apostólica, e é ainda Ele que a chama a realizar cada uma
destas qualidades. [CIC nº 811]

A Unidade quem confere é o próprio Jesus e a Trindade Santíssima:

A Igreja é una, graças à sua fonte: «O supremo modelo e princípio deste mistério
é a unidade na Trindade das pessoas, dum só Deus, Pai e Filho no Espírito
Santo». A Igreja é una graças ao seu fundador: «O próprio Filho encarnado [...]
reconciliou todos os homens com Deus pela sua Cruz, restabelecendo a unidade
de todos num só povo e num só Corpo». A Igreja é una graças à sua «alma»:
«O Espírito Santo que habita nos crentes e que enche e rege toda a Igreja,
realiza esta admirável comunhão dos fiéis e une-os todos [CIC nº 813]

No livro dois dessa série, tratei dos novíssimos e da necessidade do purgatório.


Muitas vezes chega-se ao fim da vida, escolhe-se o bem, arrepende-se do pecado, tem o
desejo de repará-lo, mas não se tem mais tempo.
A Divina Misericórdia vem em nosso socorro e a vontade de ser bom seguida do
arrependimento faz nascer a possibilidade de purificação em um século futuro como, dizia
nosso Senhor, ou nas palavras de Paulo, passando pelo fogo.
O tempo das boas obras é agora, depois que morremos atingimos o nosso estágio
final, se perfeito, alcançasse o céu e hoje mesmo no paraíso como o ladrão crucificado ao
lado do Servo sofredor, se imperfeito, seguido da rejeição do que é bom e da escolha
definitiva pelo mal, por deficiência própria, não da Misericórdia Divina, fugindo da face de
Deus, por não suportar aquilo que odiou ao longo da vida, o inferno.
Mas muitos, digo a grande maioria, não rejeita a Deus, mas não consegue alcançar
a perfeição, não ficam largados mas passam por um processo onde podem enfim adquirir a
forma final, e isso exige tempo e dor.
Nessa situação às obras próprias já não adquirem valor, mas somos membros de
um corpo e estamos unidos a uma cabeça.
Nessa hora, a igreja militante reza, faz suplícios e oferece às suas obras pelos
membros que sofrem.
Sacrifício de Jesus É o que É oferecido no altar da missa e os que sofrem são
aliviados em seus sofrimentos, a boca toma o remédio, o estômagos digere e envia para as
vias sanguíneas, e o pé ferido e infeccionado é restabelecido, a ferida cicatriza.

XVI- Igreja militante


Quando se escuta a frase: - a Igreja é santa e pecadora - parece que se escuta uma
contradição, mas é apenas mais um daqueles paradoxos que faz parte da realidade.
Como não poderia ser santa se está unida a Cabeça, Jesus? Como não seria
pecadora, se eu, com todos os meus defeitos, sou um dos seus membros, e mesmo que
talvez não seja um dos piores, longe estou de ser um bom catolico?

Por estas razões, penso de tal modo que me declaro imperfeito e perfeito! [Patrística
vol 9.1; sermão ao povo; salmo 38; santo agostinho]

Sou imperfeito porque carrego uma lei que me arrasta, faço o mal ainda, e meus
irmãos sofrem com isso.
Muita gente fala: - do que adianta ir na igreja e ser assim?
Perderam de vista que a Igreja é caminho de santificação, não a parada dos que já
são santos.
Se quer ser santo para depois ir à Igreja, nunca entrará, porque somente pelo
caminho da Igreja somos santificados.
Sou imperfeito, disse eu antes - replicando Agostinho - mas como ele mesmo disse:
sou perfeito também.
A perfeição do cristão não nasce do esforço próprio, é graça recebida,
primeiramente pelo batismo, e depois acrescida pelos demais sacramentos, foi cristo que
nos santificou pela cruz.
Em cada membro dessa igreja militante, transpassa uma linha. Em mim muita coisa
já está conforme a Igreja, mas tem coisas que são contrárias a Ela, e essa é uma batalha
que precisa ser travada.
O homem é um campo de batalha. Eu sou meu maior inimigo, travo uma luta
sangrenta contra mim e um dos meus "eus" terá que ser subjugado.
Militante é isso, soldados que lutam, mas num exército, não sozinho.
Quantas vezes estive a ver a morte e meus irmãos vieram em meu socorro com
remédio para me curar as feridas e com auxílio no meio da luta?

Habita: a assembleia dos que se reúnem em nome de Cristo é uma assembléia de


homens que conhecem profundamente a solidão de seus corações, e que
precisamente por isto podem se reunir em Cristo e não em mera tagarelice. De outro
lado, esse hiato também corresponde a uma certa separação que o cristianismo
estabelece entre consciência e corpo, através de uma disciplina moral dolorosa, é
certo, mas tão necessária ao florescimento da autoconsciência quanto o isolamento
social. [jardim das aflições, olavo de carvalho]

XVII- A Igreja Visível e invisível


Também podemos pensar na igreja, não como três partes, mas duas, a igreja visível
e a igreja invisivel.
Não confundamos a estrutura física e jurídica. A igreja não é o templo, a igreja não é
um cnpj, a igreja é formada por tijolos vivos.
É de pessoas que o reino de Deus é formado. E apesar de termos a necessidade da
estrutura para que haja um mínimo de organização, ela não é a coisa, mas um acidente.
Às partes não cria duas coisas, mas por conta da união estabelecida pela cabeça
jesus, A Igreja visível e a invisível se unem em um só corpo, desde já usufruímos de uma
união que será perfeita após o último dia.

XVIII- O vigário de cristo


A própria igreja visível é de uma certa forma fragmentada, sem que isso afete a
unidade, e para que essa unidade não ficasse fundamentada apenas ao que não vemos,
por conta da fraqueza humana que depende dos sentidos para alcançar o inteligível, Cristo
estabeleceu o posto de pedro, pedra sobre qual ele edifica a Igreja.

Foi só de Simão, a quem deu o nome de Pedro, que o Senhor fez a pedra da sua
Igreja. Confiou-lhe as chaves desta (405) e instituiu-o pastor de todo o rebanho
(406). «Mas o múnus de ligar e desligar, que foi dado a Pedro, também foi dado,
sem dúvida alguma, ao colégio dos Apóstolos unidos ao seu chefe» (407). Este
múnus pastoral de Pedro e dos outros apóstolos pertence aos fundamentos da
Igreja e é continuado pelos bispos sob o primado do Papa [Cic 881.]

A unidade está fundamentada no apostolado e alcança a sua perfeição na pessoa


do papa, que recebe das mãos do senhor a chave e o poder de ligar e desligar do céu.

As palavras ligar e desligar significam: aquele que vós excluirdes da vossa


comunhão, ficará também excluído da comunhão com Deus; aquele que de novo
receberdes na vossa comunhão, também Deus o acolherá na sua. A reconciliação
com a Igreja é inseparável da reconciliação com Deus. [Cic 1445. ]

Cristo é o verdadeiro dono do rebanho, ele é o bom pastor, e como bom pastor que
é nos deixou seu representante, um representante faz a vez de quem ele representa, assim
o papa é o vigário de cristo;

O que já está feito nos garante o que resta por fazer. Disse o Senhor: tenho ainda
outras ovelhas que não pertencem a este redil; é preciso que também essas eu
conduza, para que não haja senão um rebanho e um pastor [Vida dos santos; 27 de
fevereiro, são leandro; Padre Rohrbacher]

A unidade sempre foi um fator dominante nos ensinamentos do nosso senhor e foi
em nome dessa unidade que o papado foi estabelecido.

XIX- O anticristo e a babilônia


Atacar o papado é um hábito que os protestantes adquiriram desde o início de sua
heresia, mesmo a bíblia dando testemunho da proeminência de Pedro, eles a negam e
chegam ao extremo de ofenderem ao papa atribuindo a ele o título de anticristo,
consequentemente a Igreja católica seria a Babilônia.

Embora os protestantes – Lutero, Calvino, Zwingli, Knox e outros – tivessem muitas


diferenças entre si, todos eram unânimes na convicção de que o Papa era o
Anticristo e que a Igreja de Roma era a prostituta da Babilônia. [Todos os caminhos
levam a Roma; Scott Huns]

Uma leitura atenta ao Apocalipse demonstra que sim, o mal tenta a todo custo
plagiar o bem. Assim vemos que a narração do culto verdadeiro oferecido a Deus sendo
erroneamente copiado por um culto oferecido para a besta.
O sinal recebido recebido na testa para os filhos de Deus, vem plagiado pela marca
do 666; contra o verdadeiro profeta, temos o falso profeta; a esposa do cordeiro é
confrontada pela prostituta da babilônia; os 144 mil que não se contaminaram com mulheres
tem o seu opositor no falso profeta; a Mulher é confrontado pelo dragão, a antiga serpente;
e o cordeiro ferido que ressuscita tem a sua versão chinesa na besta ferida que se levanta
é curada pelo poder da outra besta. O clímax dessa contraposição é o anticristo que se
opõe a Cristo.
Essa realidade nos mostra algo que pode ser entendido à luz da parábola do trigo e
do joio. O joio é uma falsa religião que coexiste com a verdadeira.
Se olharmos para a igreja católica apenas cassando os defeitos e as provas da
influência do demônio, encontraremos tantos sinais de joio que acreditaremos que sim, ela
é a babilônia do Apocalipse. Assim também, se deixarmos de lado os sinais que mostram
que o papa é o vigário de cristo, para procurarmos os defeitos e falhas nos papas,
acreditaremos ser ele o anticristo, mas lembre se, o joio cresce com o trigo, isso acontece
na igreja, isso acontece no interior de cada pessoa, mas não cabe a nós fazer a colheita e
separar o joio do trigo.

XX- Os satanistas de Boston


Desde que a Igreja existe, algo de errado sempre a acompanhou, sem se confundir
com a verdadeira Igreja. É o joio que cresce com o trigo, é as portas do inferno tentando
prevalecer, sem nunca conseguir.
Só tinha uma forma dessa maldade sobreviver quando o cristianismo era o poder
dominante, ela tinha que se disfarçar de critianismo. O culto da besta, o falso profeta, a
marca da besta, todas essas coisas, em cada dia dos fins dos tempos, inaugurados pós
ressurreição, sempre estiveram presentes de alguma forma.
Vivemos em um tempo diferente, hoje a Igreja tem sua força política abalada e
aquilo que sobrevivia em germe tornou-se um fenômeno, assim o culto demoníaco já não é
realizado na calada da noite, mas anunciado a quatro ventos pelas redes sociais.
De 28 a 30 de Abril de 2023 foi realizado no hotel Boston Marriott Copley Place, o
que é considerado como o "maior evento satânico da história", inclusive com todos os
ingressos esgotados.
[https://www.vidaefecatolica.com.br/l/em-boston-acontece-o-maior-encontro-satanico-da-hist
oria-e-catolicos-pedem-oracoes/]
O tema deste congresso seria um trabalho missionário mais intenso no Brasil para
que o satanismo venha a difundir-se mais em nossa nação, causando indignação por parte
dos católicos e demais cristãos, não sem motivo.
A ideia de que todas as religiões são iguais perante a lei só poderia terminar nesse
tipo de coisa, se todas são iguais, porque não permitir o satanismo? E lá na frente, porque
não aceitar manifestações mais extremas desse mal, como o sacrifício humano? Se bem
que isso é o que está por trás do movimento abortista, o que mostra que esse lá na frente
não é tão lá na frente assim.

XXI- Os mandamentos do satanismo e às


postagens nas redes sociais
O pároco da minha igreja tratando desse assunto, alertou sobre o fato de que,
sempre quando esse tipo de erro tenta ser introduzido, ele vem acompanhado da ideia de
moderação.
Uma propaganda atenuante que diz que não, o satanismo não é uma coisa ruim,
não tem nada haver, e falou sobre os 10 mandamentos do satanismo, em que fala de amor
às crianças, aos animais…
Pesso perdão a Deus por introduzi-los nesse livro, mas é importante ressaltar que o
burro vestido em pele de leão imita o verdadeiro Aslan, não podendo ser em justiça, que o
seja em numeros.
Assim os satanistas também tem os seus dez mandamentos, e se olharmos para as
postagens que são publicadas todos os dias nas redes sociais, veremos que elas estão de
acordo, não com a lei de Deus, mas com esses mandamentos demôniocos, que são uma
versão atenuada da maldade do verdadeiro satanismo, o que nem por isso esconde os
vícios e maldades que o sustentam, como o orgulho, o egoísmo e a vaidade.
Assim o primeiro mandamento deles aconselha amar e odiar com a mesma
intensidade e é complementado no mandamento seguinte com um incentivo ao amor
próprio acima de tudo, e assim o ego se torna o objeto de adoração .
O terceiro mandamento aconselha a amar o próximo da forma como ele te ama,
assim os que te amam são amados muito, mas aos inimigos, aqueles que Jesus ensinou
que, devemos também o nosso amor, esses serão odiados da forma que manda o primeiro
mandamento.
O quarto mandamento fala de um conhecimento próprio, o que parece bom, mas
não existe forma melhor de se conhecer do que a luz de um bom exame de consciência,
pelos mandamentos da verdadeira Lei, o Decálogo. Mas na lei do satanismo o amarás a si
mesmo acima de tudo te fará necessariamente se colocar no centro de suas meditações,
sendo a unidade de medida para tudo, e esse egocentrismo não é mais do que a auto
afetação, que fará necessariamente a pessoa se acreditar melhor do que todos os outros.
O quinto mandamento aconselha a uma melhoria constante na vida material e
espiritual. É a ideia do pacto, venda sua alma e terá tudo que quiser nesta vida.
O sexto fala para não usar o nome de Satanás de forma indevida (isso está aqui
porque, se na lei de Deus o amor segue um caminho, Deus ama primeiro. Porque ele me
ama, eu também devo me amar. Deus também ama o meu irmão e portanto eu também
devo ama-lo, mesmo que seja meu inimigo é meu irmão e Deus o ama. No satanismo o
princípio é o egoísmo e o orgulho, portanto eu devo me amar acima de tudo e o demais à
medida em que me favoreçam).
Assim, no sétimo vem a pegadinha, a que está sendo usada para fins de
propaganda - respeitar e proteger às crianças e os animai -, como eles são bonzinhos -
principalmente os animais né? Como vemos nas muitas postagens que defendem os
animais enquanto esculacham os homens. Quanto a proteção às crianças, sabemos bem
qual eles desejam oferecer, é aquela que, sobre a desculpa de lhes evitar os sofrimentos de
uma vida dura e difícil, oferece a solução de sacrificá- las no ventre de suas mãe, sem
contar para os que às oferecem, que isso faz parte do culto ao seu ídolo, o anjo decaído.
Por fim os mandamentos não menos significativos, o oitavo que diz para viver cada
segundo como se fosse o último, ou seja, não para aproveitar o tempo que temos para fazer
o bem em vista da vida futura, mas no sentido de que devemos buscar a satisfação pessoal,
e de que a vida que temos é essa, fazendo a pessoa perder de vista o senso de eternidade.
O nono que aconselha a viver do seu modo e a respeitar o caminho do outro - respeitar aqui
nada mais é do que não se importar, mesmo que o outro esteja vivendo um vida
desgraçada e sem sentido, que viva como quiser, porque não nas drogas, na prostituição,
no crime?
O Último diz: * darás o teu melhor em tudo que fizer.
Olhe para o que encontra naquelas postagens com aparência de sabedoria.
Análises-às a luz dos mandamentos satanistas e verá que, o que inspira às pessoas nos
dias de hoje já não são os mandamentos divinos, mas essa lei infernal.
É sempre assim, primeiro as pessoas aceitam os valores sem saber de onde vem
nem para onde as levará. Aceitando os valores como se fossem de inspiração divina,
quando aquilo se torna simplesmente a maneira de pensar normal das pessoas, está tudo
pronto, e aceitar-se-á a instituição que difundiu esses valores e que s apresentar-se-a como
a defensora dessa nova moral.
Foi assim em tudo de mal que a modernidade construiu,falou-se em liberdade e em
saude sexual, e quando todos aceitaram esse ideal o matrimonio estava no chão e o
assassinado intituido como direito, a vida foi relativada e o aborto se tronou uma realidade.
A bebida e o cigarro criminalizadas, as drogas se tornaram a prova, sinal infalível que você
diferencia uma pessoa descolada de um careta. O capitalismo marginalizado, tornou real o
comunismo como uma formas corriqueira de opressão,
É pelas redes sociais que os satanistas de Boston percebem que é chegada a hora,
o brasileiro já aceitou os valores, recebeu de braços abertos a essência dos seus 10
mandamentos e estariam prontos para entrarem numa igreja satânica como se fosse em um
museu para celebrarem uma missa negra.
Que Deus tenha misericórdia e nos livre desse mal.

XXII- Igreja sinodal e o curso de boston


A igreja católica não é a babilônia, como o papa não é o anticristo.
Na bíblia nosso Senhor Jesus Cristo nos revela muito sobre Pedro, e nesta
revelação está fundamentado o papado, por isso, os protestantes distorcem o que está
escrito, ou evitam a leitura integral, para que seus fiéis não reconheçam a autoridade
conferida pelo Senhor a Pedro e a todos os seus sucessores.
Contudo não vem dos protestantes os piores ataques contra a primazia de Pedro.
Aquilo que a maçonaria se esforçou tanto para conseguir no século XIX e que foi freado
pelo grandioso Pio IX, agora está prestes a ser levado a cabo por bispos católicos, na tão
aclamada ideia de Igreja sinodal.
Tratamos acima dos mandamentos satanistas, de como isso tem influenciado às
redes sociais, mas muito antes das redes sociais se tornarem uma realidade, isso já estava
na igreja em um treco chamado cristianismo Progressista, que hoje é mais conhecido por
teologia da libertação.
Analise, apenas a título de exercício, o texto base do Sínodo da Amazônia, e verá
que ali a inspiração não é do Espírito Santo. Graças a Deus e ao seu vigário, o papa
Francisco, as ideologias ali defendidas foram rejeitadas.
Já tratei no livro anterior do curso oferecido pela universidade de Boston sobre igreja
sinodal, de como uma das autoras desqualificava o papado a partir de livros apócrifos de
inspiração gnóstica.
A única diferença que vemos nesse curso, que está na teologia da libertação e em
todo a ideologia progressista, é que nesse versão satanista o individualismo é substituído
pelo coletivismo.
É assim mesmo, a mentira tem muitas caras, portanto um extremo ou outro, ambos
servem ao propósito, que é enganar.
No sínodo, sobre a perspectiva de uma participação maior nas decisões da igreja
por parte de todos os fiéis, pretende-se dar um poder maior para os sínodos locais.
Claro que essa decisão deve ainda estar sobre a observância da aprovação do
papa, e lendo assim, o sínodo deve para resultar em algo realmente bom dando uma
participação mais ativa por parte dos leigos, mas existe também essa perspectiva perigosa,
colocada grupos que tentam a todo custo promover a autoridade dos sínodos acima da
papa, ou ao menos com igual poder do papas, sobre a perspectiva de uma verdadeira
infalibilidade, e isso é perigoso.
Na última vez em que algo assim foi levado a cabo, foi quando os imperadores e reis
tentaram se igualar em direito ao papa, na disputa entre o poder religion e o poder regio, e o
resultado desse conflito foi o racha da Europa e a sua desintegração em várias nações, com
o surgimento de igrejas nacionais na revolta protestante.
Essa é apenas uma nova forma de luta entre o estado e a Igreja.
XX- Infalibilidade papal e às chaves do reino
Está escrito:

“Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que
te revelaram isto, e sim o meu Pai que está nos céus. Também eu te digo que tu és
Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca
prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus e o que ligares na
terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus.”. Mt
16, 17-19:

No texto acima vemos em primeiro lugar a afirmação da infalibilidade papal: - não foi
carne ou sangue e sim o meu Pai, pois em catedra, quando o papa proclama uma verdade
de fé, ele é infalível.
Isso não significa que o Papa nunca erra, nem que ninguém possa discordar de
alguma opinião pessoal do papa.

Vejam bem: o dogma católico diz que os Papas são inspirados pelo Espírito
Santo, mas só naquilo que sentenciam em matéria de doutrina teológica e
moral — não nas suas decisões políticas e diplomáticas, é claro; naquela parte
que se incorpora à sabedoria da Igreja como um legado permanente, não
naquela que passa à História como o relato de um jogo de cartas. [Jardim das
Aflições; Olavo de Carvalho]

Um papa pode até ser criticado, foi um papa que disse isso. Isso também não
significa que devemos sair por aí, como filhos rebeldes, prontos a questionar tudo que o
papa fala, mas a submissão segue uma hierarquia, convém antes obedecer a Deus, e isso
não exclui a obediência humilde a seu vigário, mas não é uma obediência cega.
Na proclamação da infalibilidade de Pedro, vemos que a ela está ligada a
infalibilidade da igreja, cujas portas do inferno jamais prevalecerão.
Por fim temos a entrega da chave do reino a Pedro com o poder de ligar e desligar.
É o próprio Rei, o que governa os eleitos que lhe confere este poder, cujo
entendimento da profundidade e do alcance se torna mais claro, quando entendido à luz da
cultura Judaica antiga.

Eliacim (Cf. 2Re 18, 37) é o mordomo ou vizir do reino de Israel e Judá. Como
de costume naquele tempo, todos os reinos possuíam um cargo administrativo
análogo ao de primeiro-ministro que conhecemos hoje. Basta recordar
também outra passagem do Antigo Testamento onde o Faraó constitui José
administrador de todo Egito (Cf. Gn 41-47) e lhe confere todo poder exceto o
seu próprio trono. No reino de Israel não era diferente. Aquele que exercia este
cargo levava como símbolo as chaves do reino, que representavam o poder do
rei delegado a este funcionário real. No caso do Egito, o símbolo era um anel.
[https://www.veritatis.com.br/o-fundamento-biblico-da-primazia-de-pedro/?__cf
_chl_jschl_tk__=f441df9232122e95a52a5e4abfb08761ea23ce6d-1608977326-0-A
SRMBN_NDbinypBXYbJBQXGMuOogsdsIsh1Vru42ksRlB0RNH1YTj-5ZqzQBUn
MgLrJVGg5qVGmdZX3CaRYK9cswlkpYNn6O8Po9L7rvSCy4inS6mJ04FkV57rq
Z6V0uADw77vfmqsF1d4p2m7CBYzWlkmT_5ovnhCdKVu6PbPhnQ8-VUWVw3jg
ar_O4fu5ioyyMidFT7gRhyIsQMJ6tw4GMqf5b4Fgf2lDh3aihGsB9PKwi05h0iyd15
uZXSKe5VgPeQGFYQ3GVpDy_EmvVX9KdaF3yOxoi8W6VlGwPrAmL3xISUFnes
_MDQ58VhaUOnalcSAtpHIIFq6oAspuyWTfCQz5f3QWH060pRKOUUWO8]

A entrega das chaves é algo que não pode ser negligenciado, como explicou o
convertido:

O Evangelho de Mateus enfatiza o papel de Jesus como Filho de Davi e Rei de


Israel, enviado pelo Pai para inaugurar o Reino dos céus? Creio que Mateus
16, 17-19 nos mostra como Jesus estabeleceu esse Reino. Deu a Simão três
coisas: primeiro, um novo nome, Pedro (ou Pedra); segundo, o seu
compromisso de edificar a sua Igreja sobre Pedro; e, terceiro, as chaves do
Reino dos Céus. É este terceiro aspecto que me parece mais interessante.

A luz do antigo testamento, às chaves adquirem o significado que os protestantes


perderam de vista, por conta da sua leitura fragmentada das escrituras, toda essa obra é
um esforço para mostrar lhes que existe uma unidade nas escrituras que não pode ser
perdida de vista, a palavra de Deus é uma só, assim, quando ouvimos,Eu te darei as
chaves do Reino dos céus, como não lembrar de Ezequias?

Quando Jesus fala das “chaves do Reino” está se referindo a um importante


texto do Antigo Testamento, Isaías 22, 20-22, onde Ezequias, o herdeiro do
trono real de Davi e rei de Israel nos tempos de Isaías, substitui o seu velho
primeiro ministro, Chebna, por um novo, chamado Eliacim. Qualquer pessoa
podia dizer qual dos membros do gabinete real era o novo primeiro ministro,
pois tinham lhe sido entregues as chaves do Reino. Ao confiar a Pedro “as
chaves do Reino”, Jesus estabelece o cargo de primeiro-ministro para
administrar a Igreja como o seu Reino na terra. Portanto, as “chaves” são um
símbolo da missão e do primado de Pedro, para ser transmitido ao seu
sucessor; assim foi sendo transmitido ao longo das épocas.[Todos os
caminhos levam a Roma; Scott Hahn]

O catecismo explica da seguinte forma:

Jesus confiou a Pedro uma autoridade específica: «Dar-te-ei as chaves do


Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que
desligares na terra será desligado nos céus» (Mt 16, 19). O «poder das
chaves» designa a autoridade para governar a Casa de Deus, que é a Igreja.
Jesus, o «bom Pastor» (Jo 10, 11), confirmou este cargo depois da sua
ressurreição: «Apascenta as minhas ovelhas» (Jo 21, 15-17). O poder de
«ligar e desligar» significa a autoridade para absolver os pecados,
pronunciar juízos doutrinais e tomar decisões disciplinares na Igreja [Cic 553]

Às vezes o defeito de um papa, seus pecados, suas falhas pessoais, são usadas
para desacreditar a instituição do papa, mas olhemos para Pedro, ele negou Cristo três
vezes e é a ele que por três vezes Jesus diz: - apascenta minhas ovelhas.

O Papa, o homem que ocupa o trono de Roma, pode ser um santo, como foi
Pedro, e exercerá então a autoridade espiritual de pleno direito, por força do
Espírito que dirige seus atos e pensamentos e o preserva do pecado; mas
pode não ser santo nenhum, pode ser um idiota pretensioso, um covardão
como Benedito XI que não hesita em lançar a mancha da suspeita sobre a
reputação de seu amigo e antecessor para fazer as pazes com um monarca frio
e desumano; pode ser um ladrão, um assassino, um farsante, um ateu. Neste
caso, o Espírito não estará presente senão em símbolo, na autoridade do
cargo, bem como disseminado no mundo como Providência. Ora, se dupla é a
forma da autoridade espiritual, dupla é também a obediência: não é o mesmo
obedecer a um homem inspirado e obedecer a um cargo simbólico. [Jardim
das Aflições, Olavo de Carvalho]

Uma fé, uma igreja e um batismo


Como a fé é uma só, como foi demonstrado no primeiro volume, como o Batismo
imprime caráter irrevogável, como o leitor encontrará amplamente desenvolvido no segundo
volume, assim também, a Igreja, como nos ensinou o Apóstolo é uma só, por isso
proclamamos em um ato fé: - creio na santa igreja Católica.

«A única Igreja de Cristo [...] é aquela que o nosso Salvador, depois da


ressurreição, entregou a Pedro, com o encargo de a apascentar, confiando também
a ele e aos outros apóstolos a sua difusão e governo [...] [Cic 816]

Somente Jesus é o nosso Salvador, mas não o façamos em pedaços como se fosse
preciso esquartejá-lo para escolher a melhor parte, em Cristo reina a unidade.

Cristo total, Cabeça e Corpo, um só, formado de muitos [...]. Quer seja a
Cabeça que fale, quer sejam os membros, é Cristo que fala: fala
desempenhando o papel de Cabeça (ex persona capitis), ou, então,
desempenhando o papel do Corpo (ex persona corporis). Conforme ao que
está escrito: «Serão os dois uma só carne. É esse um grande mistério; [cic;
796]

E eis a importância da fala de Paulo em favor da unidade:

São paulo pede para os cristãos um mesmo pensamento, porque há um um só


senhor, uma fé e um batismo( efe, IV 5) Ora o protestantismo não forma um rebanho
nem um só pastor, forma 886 rebanhos( Hoje são mais 10 mil). Evangelistas,
presbiterianos, batistas, anibatistas….[ objeções aos erros protestantes]

Essa é a nova forma de paganismo que habita no mundo, não mais muitos deuses,
não mais Zeus, Hera, Poseidon, Atena, Ares, Deméter, Apolo, Ártemis, Hefesto, Afrodite,
Hermes e Dionísio. Mas os muitos jesuses, um para cada gosto, o que me faz lembrar de
um personagem de uma novela da rede globo, um pilantra, que falou algo sobre um suposto
temor a Jesus, o que na cena causou espanto em um de seus comparsa, que nunca o
imaginava religioso e exclamou su surpresa ao dizer: - eu não sabia que você acreditava
em Jesus, e após a indagação faz a proclamação da sua fé, Sim eu creio, mas o Jesus que
eu creio é aquele que ,para que a festa não acabe cedo, tratou logo de transformar a água
em vinho.
Essa é a nova idolatria do cristo de muitas caras, uma para cada gosto, e que abre
um universo de possibilidades de cristos, que poder ser criados como se criam universos
paralelos, caso os vendidos no mercado não seja do agrado de alguém, basta imaginar um
cristo novo, feito à imagem e semelhança desse fiel exigente, e uma nova igreja surge em
um piscar de olhos, criando uma fissura no espaço tempo, e uma nova linha temporal que
jura ser a verdadeira.
É contra isso que esse livro brada, foi para evitar isso que o apóstolo professou a fé
una, o batismo irrevogável e a Igreja única. Foi em vista disso que Jesus nos deu os sinais
que serviriam para distinguir a única das múltiplas.

Só ela foi fundada pelo Cristo. Só ela atravessou todos os séculos. Só ela conserva
integralmente o ensino da bíblia. Só ela possui milhares e milhares de santos. Só ela
produz virtude e santidade. Só ela está espalhada no mundo inteiro. Só ela tem as
promessas de vida eterna.[ Objeções aos erros protestantes]

“Pai santo, eu não te rogo somente por eles,


mas também por aqueles
que vão crer em mim pela sua palavra;
21

para que todos sejam um


como tu, Pai, estás em mim e eu em ti,
e para que eles estejam em nós,
a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.
Eu dei-lhes a glória que tu me deste,
para que eles sejam um, como nós somos um:
23

eu neles e tu em mim,
para que assim eles cheguem à unidade perfeita
e o mundo reconheça que tu me enviaste
e os amaste, como me amaste a mim.

João 17,20-23
Terceira parte- coisas que nem
mesmo estão escritas mas ainda
assim eles falam - que religião não se
discute

I- Introdução
Todo bom protestante tem um tezão especial em discutir religião com os católicos.
Eles começam dizendo: somente a fé salva e citam Paulo, defendem que a criança não tem
fé e que portanto não deveria ser batizada, gritam no meio da discussão: - Jesus é o nosso
único intercessor, e terminam necessariamente afirmando que o papa é o anticristo, que a
Igreja Católica é a babilônia e, por fim, que os católicos são um bando de idólatras safado.
A falta de conhecimento da fé, somada à ignorância total das escrituras, faz com que
muitas vezes eles vençam o debate. Assim, aos olhos e ouvidos de quem acompanha a
discussão, parece que eles têm razão, que nós não passamos de um bando de malucos
supersticiosos.
Porém algumas vezes eles se deparam com pessoas que sabem e conhecem a fé
da igreja e às escrituras de forma aprofundada. Quando isso acontece, quando não partem
pra ignorância com xingamentos e agressões, erro que muitos vezes nós católicos também
cometemos - eu mesmo já fiz, por não ter argumentos - usam uma frase de efeito que os
faz parecer, aos olhos de quem acompanha a briga, pessoas tolerantes e razoáveis, ao
passo que o católico intolerante que ousou defender sua fé, fica com o papel de um fanatico
maluco.

II- Religião não se discute?


Vencido nos argumentos, derrotado no conhecimento, vem a frase que serve de
muleta para os que não admitem que são coxos no conhecimento, eles falam: religião não
se discute.
Em primeiro lugar temos que atentar para o fato de que essa frase às vezes também
é usada por católicos, numa tentativa desesperada de acabar com a discussão, ou para não
precisar refutar.
Apesar de ser assim, a origem dessa frase está na filosofia protestante, mesclada
com ideais iluministas.
Ao defender a liberdade religiosa, algo que a Igreja também defende, mas sobre
uma perspectiva diferente, os iluministas através da maçonaria nada faz senão reduzir o
cristinainsmo a mais uma seita, somada a ideia de que cada uma tem a sua fé, que faz da
fé algo subjetivo, que vai da cabeça de cada um, fica a conclusão de que o bem e o mal, o
certo e o errado, o verdadeiro e o falso, isso tudo não existe absolutamente falando, porque
o que é bom, certo e verdadeiro para um, pode não ser assim na cabeça de uma outra
pessoa.
Assim, ao falar de religião, defende-se a ideia de que todas as religiões são iguais, e
que portanto, perante a lei, todas devem desfrutar dos mesmos direitos.
Assim, sendo catolico ou protestante, hinduísta ou budista, umbanda ou satanistas,
aos olhos da lei todos têm o mesmo direito, o que coloca o estado como juiz sobre todas as
religiões, incluindo a revelada e o cristianismo é sempre subjugado e reduzido nessa
situação.
Assim, numa inversão do caminho comum, em que o costume cria uma tradição, a
defesa da tradição gera uma lei, a lei impõe um costume, o de que todas as religiões são
iguais, portanto, tanto fez ou tanto faz, então para que discutir?

III- O politicamente correto


Já tratei em outros lugares sobre o politicamente correto, essa moral de um estado
que se colocou acima, não só da igreja, mas também de Deus, e que tem sua lei
considerada divina aos próprios olhos na qual ninguém deve ousar desobedecer.
Ao gritar religião não se discute, o protestante não está fazendo nada mais nada
menos do que apelar para essa lei, deixando de lado às escrituras e os verdadeiros
Mandamentos.
Como veremos mais à frente, a bíblia mostra não só apóstolos, profetas e patriarcas
que discutem religião quando a justiça e a caridade mandam, mas também o próprio Jesus
em debates acalorados
Nisto fica claro a visão ambígua fatal na qual os evangélicos estarão sempre ligados,
por conta da relativização da fé, pois não havendo dogma definido em que se apoiar, acaba
relativizando-se tudo e mudar o argumento no meio da discussão conforme a conveniência,
sem compromisso algum com a verdade, passa a ser a regra.

Eles agem assim por astúcia. Não querendo e receando que tratemos de sua causa,
introduzem questões que desviem nossa atenção dela, de sorte que, enquanto
cuidamos de nos justificar, calemos o que pode convencê-los.[Patrística vol 9.1,
sermão II salmo 36, santo agostinho]

IV- Guerra assimétrica


Muitas vezes nos deparamos com protestantes que não tem grande conhecimento,
mas que, ainda assim, querem ensinar. São esses, que quando estão diante de alguém que
é capaz de argumentar e derrubar sua frágil opinião, apelam para o dogma politicamente
correto de que religião não se discute, sendo que na Bíblia isso não aparece nunca.
É importante ressaltar aqui, que o politicamente correto não é como a lei de Deus,
ou seja, uma moral aplicada a todos de forma igualitária.
Em primeiro lugar temos a questão da praxe, que faz o revolucionário acreditar que
o certo e o errado é apenas uma questão de como cada ideia favorece ou não a causa ou o
partido.
Assim na aplicação da moral do estado, existe uma hierarquia que vai desde
aqueles que têm razão sempre, e portanto desfrutam sempre do direito, até os que estão
sempre errados e, consequentemente, sempre sobrecarregados de obrigações.
Para isso existe um conceito e ao mesmo tempo uma estratégia que é amplamente
aplicada: o da guerra assimétrica.
Nesse sistema de combate os direitos são reservados todos para o lado deles,
enquanto para nós ficam apenas os deveres. Assim, quando é para atacar o cristianismo,
calar a igreja católica, destruir às tradições, impedir a pregação e às missões de
evangelização, ninguém grita ou pensa na regra moral que diz que religião não se discute
ou no direito à liberdade de religião, nem clama: - deixa ele ser cristão pois é um direito
dele, ou deixa ele se expressar porque a liberdade de expressão é um direito previsto na
constituição - tão logo um cristão abre a boca para defender o cristianismo ao se levantar
em defesa da igreja católica - pelo seu direito de ensinar, de pregar e de evangelizar -
aparece pessoas até de um “zóio só” para gritar que religião não se discute, e como é triste
quando entre esse pessoal se encontram alguns católicos.
O politicamente correto é isso, uma espécies de censura unilateral, que dá voz para
um lado e cala o outro, assim se um gnostico ataca um protestantee, isso é um direito dele
que tem sua liberdade opinião e religião defendida pelo estado, mas ái do protestante que
ousar defender o cristinianismo frente a um gnóstico, ou ateu, ou satanista, ou umbandista,
afinal, religião não se discute. Mas a eles ainda sobra o direito de estar acima dos católicos
perante a lei divina e discriminatória do todo poderoso estado.
A principal censurada nessa guerra é a santa igreja católica e seus fiéis, que aos
olhos do estado deve ser tratada a exemplo do macaco do meme: boca fechada, olhos
fechados e ouvidos fechados, já que não pode falar da revelação, não tem direito de
mostrar a verdade e não pode se expressar livremente para que os outros não a ouçam,
sem que gritem a frase que os protestantes ainda insistem em pronunciar para sua própria
perdição.
Se não existisse mais a catolico - como se isso fosse possível - o macaco passaria a
ser todas as seitas protestantes com seus seguidores.

V- Está escrito: Patriarcas, profetas e Apóstolos


ponderadores
Agora olhemos para as escrituras, para o que está escrito com relação aos
patriarcas, profetas e apóstolos e a partir daí veremos o que eles achavam sobre a questão
da discussão religiosa.
Em primeiro lugar, sim, encontramos na bíblia pessoas que não gostavam da
discussão religiosa e os seus atos estão descritos no evangelho e nos demais livros.
Os que perseguiram e crucificaram Jesus, diziam: religião não se discute. Os que
apedrejaram estevão, os que açoitaram paulo e o decapitaram, os que crucificaram pedro
de cabeça para baixo, fizeram tudo isso porque eles insistiam em discutir. Temos também,
lá atrás, os que mataram todos os sacerdotes, os que venderam José, os magos do faraó e
se formos indo até a origem, encontraremos caim.
Mas para não esticar demais esta parte do livro podemos nos ater ao vaso de
eleição. No ato dos apóstolos temos os relatos de como paulo discutia abortamento com os
judeus e os gregos:

todos os sábados, Paulo discutia na sinagoga, procurando convencer judeus


e gregos.18,4

E paulo não fazia isso uma ou duas vezes, fazia sempre que era necessário:

Paulo foi então à sinagoga e, durante três meses, falava com toda convicção,
discutindo e procurando convencer os ouvintes sobre o Reino de Deus.19,-8

E nessa questão Paulo era sempre perseverante e testemunhava sua


insistência ao pregar a verdade, mesmo diante de quem deseja calar-lhe.

Nunca deixei de anunciar aquilo que pudesse ser de proveito para vós, nem
de vos ensinar publicamente e também de casa em casa. Insisti, com judeus
e gregos, para que se convertessem a Deus e acreditassem em Jesus nosso
Senhor. [Atos dos Apóstolos 20,17-27]

VI- Também está escrito: O Jesus discutidor


Nosso senhor Jesus disse para sacudir a poeira dos pés contra os que não ouvem
os que ele envia, para os que não os recebem em sua casa. Isso muitas vezes é distorcido
como se ele tivesse dizendo para nem tentar falar, nem ir aos que estão afastados de Deus.
Sem dúvidas esse não é o sentido.
Jesus envia os apóstolos e sim, os ensina a sacudir a poeira dos quilômetros
andadas em esforço ´para que a palavra de Deus pudesse ser anunciada, sem proveito, por
conta do fechamento do coração, mas em nenhum instante disse a apóstolo algum, que
eles deveriam evitar o esforço para não causar confusão e onde eles chegavam era um
verdadeiro alvoroço, a exemplo do próprio Mestre.
Em todo o evangelho o que vemos é o Nosso Senhor Jesus, discutindo duramente
com fariseus e escribas, sobre a verdadeira fé e as verdade de Deus na qual Ele próprio É.
E muitos se irritavam com suas pregações e ensinamentos tentando calá-lo, usando
a lei de pedra, quando não pedras mesmo, que eram atiradas contra a Lei que eles juravam
proteger, mas que não souberam reconhecer, quando essa se apresentou diante deles,
gravada no coração do Homem.
Jesus não se intimidava e continua a fazer aquilo para que o Pai lhe enviou, porque
como ele nos ensinou ao discutir com os fariseus e escribas, religião se discute sim, o que
não devemos fazer é partir para a ignorância, mas devemos estar prontos a ser até mesmo
agredidos e preferir isso a calar a verdade quando essa exige ser defendida.
Aqui porém cabe uma ressalva. O dever de pregar não pode ser entendido como é
por muitos protestantes e até por alguns católicos, como o dever de obrigar. Na pregação
deve-se deixar espaço para o livre arbítrio.
Se o sujeito diz: - não quero ouvir - bata a poeira do pé contra ele e deixe-o em paz,
vai rezar por ele ao invés de ficar chateando-o. A oração é sempre o caminho mais eficaz.

VII- Preparação para o debate


A verdade é sempre complexa, e se podemos afirmar com absoluta certeza que
religião se discute, podemos também dizer que religião não se discute, sem que, pelo
menos, se tenha o mínimo de conhecimento necessário.
Hoje temos o problema da polarização que o professor Olavo tanto criticava. Todos
se veem na obrigação de tomar partido, de escolher um lado, e o fazem sem sequer se dar
ao trabalho de entender a situação, de se aprofundar no problema.
Quando escuta: - Idade Média! - Logo a sociedade contemporânea com sua suposta
superioridade, empina o nariz sujo e ranhento, ao invés de baixar a cabeça para esconder a
nojeira, e ir logo limpar a caca que enoja e envergonha. Mas às discussões acaloradas
travadas nas grandes escolas dessa época, não eram simplórias como às questões
discutidas nas universidades de hoje. Ninguém desse período da História ousaria se
apresentar em público para defender um ponto de vista, sem antes tê-lo esgotado em
pesquisas e estudos.
Então sim, religião não se discute, sem conhecimento. Se você não sabe do que
está falando, ou não sabe expressar a verdade que crê, os argumentos necessariamente
serão confusos e resultarão em grandes confusões.
A maior parte das brigas, não apenas religiosas, mas em todas as áreas da vida,
nasce da falta de capacidade de expressar o que é dito, seguida da falta de compreensão
de quem diz. Assim um diz uma coisa quando na verdade queria dizer outra coisa, o
segundo entende uma outra coisa que não tem nada haver com o que o outro queria dizer,
nem mesmo com o que foi dito, e a briga é sempre feia, porque nenhum tenta entender
realmente o que outro queria dizer, nem o que o outro entendeu, e não é raro essas duas
cabeças estarem de acordo e brigando a toa.

VIII- Conclusão: A razão da nossa esperança


Entender para depois expressar. Nisso consiste a frase do apóstolo que nos diz que
devemos estar sempre prontos para expressar a razão da nossa esperança.
A razão da nossa esperança é Jesus que ressuscitou dos mortos, não podemos
calar essa verdade. Se isso irrita, lembre-se, é também o que salva.
Muitas vezes ouvimos o que não nos agrada, mas que é verdade que precisa ser
ouvida.
A verdade liberta e salva, mas quem disse que isso acontecerá sem sofrimento.
Jesus sofreu e ressuscitou. Os apóstolos sofreram e alcançaram a glória. Mártires,
virgens e confessores, são tantos os exemplos? Vamos nós, calar a verdade, ou fechar o
ouvido para ela, sobre o pobre pretexto de que palavras machucam?
A pessoa fica chateada, porque não é fácil quando nossas verdades caem por terra,
e quando essas falsidades são caras para nós, mais difícil é aceitar, mas o incômodo já é
sinal de que alguma coisa está errada.
Num primeiro instante a gente se irrita com a verdade incomoda. Mas tem um
segundo momento, aquele em que a cabeça esfria e a pessoa começa a pensar. Vem a
indagação, e se eu estiver errado e o outro certo?
Depois disso é escolha, a partir daí é livre arbítrio. è o espírito santo que infunde
esses primeiro pensamentos, e pode o fazes às vezes através de uma briga, porque não? O
espírito sopra onde quer e como quer. Mas tem um espaço que ele deixa para que
possamos aderir a verdade por escolha própria, ou simplesmente fechar os olhos e ouvidos,
continuando nos enganando e fingindo que está tudo bem.
O estudo é essencial para quem deseja agir como instrumento do espírito, não à toa
o grandioso doutor angélico, fazia uma oração especial na qual ele pedia: a Deus um raio
de clareza, o afastamento do pecado e da ignorância, uma lingua eloquente, a modelação e
a graça das bençãos sobre às palavras, a penetração da inteligência, a faculdade de
lembrar, o método e a facilidade do estudo,a profundidade na interpretação e uma graça
abundante de expressão. Além da força e a direção para alcançar o fim que é a verdade
revelada na encarnação e redenção.
Isso é o mínimo que temos de ter para que possamos demonstrar que a nossa
esperança é uma esperança racional e não apenas um tipo de superstição boba e sem
sentido.

Você também pode gostar