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A Igreja Católica Apostólica Romana sempre ensinou com base Bíblica:

“Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás” (Dt 6,13). Não


adoramos nem devemos adorar qualquer coisa ou pessoa além do único
e Supremo Deus Trino.
Se um médico erra, não podemos culpar a medicina por seu erro. Da
mesma forma que, se um advogado erra, não é culpa da lei. Assim, se
infelizmente muitos católicos, por ignorância, exageram no respeito às
imagens a culpa não é da doutrina católica, que lembra que desde o
Antigo Testamento o próprio Deus ordenou ou permitiu a instituição das
imagens que conduziriam a salvação através do Verbo Encarnado, Jesus
Cristo, como por exemplo a serpente de bronze (Nm 21,4-9; Sb 16,5-14;
Jo 3,14-15), a arca da Aliança e os querubins (Ex 25,10-22; 1Rs 6,23-
28).

As imagens são sinais


Os católicos sabem que imagens são simplesmente imagens, não tem
poder em si mesmas, pois são somente sinais. Seria uma bobeira ao ir
para praia ficar em frente à placa que diz “Praia a 10 km” como se
tivesse chegado ao lugar desejado. Sabemos que semelhante a uma
placa, as imagens somente indicam a verdadeira pessoa digna de
admiração e louvor. Isto não quer dizer que as placas são
desnecessárias, porque apontam para o lugar certo.

Semelhante a isso, é pegarmos uma foto de um ente querido e acharmos


que essa foto é o próprio ente querido. Se eu destruir a foto,
evidentemente, não destruo a pessoa da foto. Se eu pisar na foto,
evidentemente não piso na pessoa representada na foto. Mas como você
se sentiria se pegassem uma foto de um ente querido seu e, na sua
frente, cuspissem nela, destruíssem-na ou pisassem nela? Certamente,
não ficaria muito felizes, porque, embora a foto não seja a pessoa, o
gesto de destruí-la fere gravemente a sua dignidade.
Ora, a mesma escritura, que em Deuteronômio capítulo 4 proíbe
imagens, é a mesma escritura que mostra que Moisés, Salomão e outros
cunharam ou talharam imagens. Teria Deus enlouquecido? Poderia a
Bíblia contradizer-se?

Quando o povo no deserto foi picado por serpentes, Deus mandou


Moisés cunhar um cajado de bronze (portanto, uma imagem) com uma
serpente e todo o que olhasse para este cajado seria curado. Ora, foi o
cajado que curou as pessoas? Não, o cajado de serpente representava
ao Senhor Jesus Cristo elevado na cruz. É Ele quem cura as pessoas e
não a imagem da serpente.
“Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se
alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de
bronze, conservava a vida” (Nm 21,9).
Tanto é que o povo começa a adorar a imagem como se ela fosse a
responsável pela cura e o Senhor manda Moisés destruí-la: “Destruiu os
lugares altos, quebrou as estelas e cortou os ídolos de pau asserás.
Despedaçou a serpente de bronze que Moisés tinha feito, porque os
israelitas tinham até então queimado incenso diante dela. (Chamavam-na
Nehustã)” (2 Rs 18,4).

Onde está o verdadeiro erro?


Vemos então que o errado é a idolatria e não as imagens. Ou seja, o
errado é o ato de idolatrar imagens e não as fabricar!

“Guardai-vos, pois, de fabricar alguma imagem esculpida representando


o que quer que seja, figura de homem ou de mulher, representação de
algum animal que vive na terra ou de um pássaro que voa nos céus, ou
de um réptil que se arrasta sobre a terra, ou de um peixe que vive nas
águas, debaixo da terra. Quando levantares os olhos para o céu, e vires
o sol, a lua, as estrelas, e todo o exército dos céus, guarda-te de te
prostrar diante deles e de render um culto a esses astros, que o Senhor,
teu Deus, deu como partilha a todos os povos que vivem debaixo do céu”
(Dt 4,16-20).

Não esqueçamos que, na época, havia o politeísmo, ou seja, a crença


em vários deuses. A proibição de Deus se refere ao culto de adoração a
alguma imagem que fosse tratada como o próprio Deus. Como, por
exemplo, o povo que faz um bezerro de ouro para adorá-lo no deserto
como se fosse o próprio Deus.
“Tiraram todos os brincos de ouro que tinham nas orelhas e trouxeram-
nos a Aarão, o qual, tomando-os em suas mãos, pôs o ouro em um
molde e fez dele um bezerro de metal fundido. Então exclamaram: ‘Eis, ó
Israel, o teu Deus que te tirou do Egito'” (Ex 32,3-4).

Veja que Salomão, o homem mais sábio que já existiu e existirá segundo


o próprio Deus, também fez imagens de madeira: “Fez no santuário dois
querubins de pau de oliveira, que tinham dez côvados de altura. Cada
uma das asas dos querubins tinha cinco côvados, o que fazia dez
côvados da extremidade de uma asa à extremidade da outra. Revestiu
também de ouro os querubins. Mandou esculpir em relevo em todas as
paredes da casa, ao redor, no santuário como no templo, querubins,
palmas e flores abertas. Nos dois batentes de pau de oliveira, mandou
esculpir querubins, palmas e flores desabrochadas, e cobriu-as de ouro;
cobriu de ouro tanto os querubins como as palmas” (1 Rs 6,23-32).
Algumas coisas que a Igreja ensina sobre imagens:
“A imagem sacra representa principalmente Cristo. Ela não pode
representar o Deus invisível e incompreensível; é a encarnação do Filho
de Deus que inaugurou uma nova economia das imagens: ‘Antigamente,
Deus, que não tem corpo nem aparência, não podia em absoluto ser
representado por uma imagem. Mas agora, que se mostrou na carne e
viveu com os homens, posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus
(…) Com o rosto descoberto, contemplados a glória do Senhor'”. (São
João Damasceno)

“O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento


que proíbe ídolos. De fato ‘a honra prestada a uma imagem é prestada
na verdade a pessoa a ela representada'” (São Basílio).
“O culto da religião não se dirige às imagens em si mesmas como
realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que
nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à
imagem, enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da
qual é a imagem.” (Santo Tomás de Aquino)

Significado da imagem de um santo

A imagem de um santo tem um significado profundo. Quando se olha para ela,


a imagem nos lembra que a pessoa, ali representada, é santa, viveu conforme
a vontade de Deus, então, é um “modelo de vida” para todos.
O que é Venerar:

Venerar é um verbo transitivo, com origem do latim “venerari”, que significa a


ação de reverenciar,de ter uma grande admiração pelo outro, é conferir honras
a alguém. Para algumas vertentes do cristianismo, a veneração está
relacionada à devoção aos santos, anjos e imagens.

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