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Essa diferença entre um deus e sua imagem é por que o antigo Israel poderia
destruir ídolos e acabar com a adoração de ídolos, mas a erradicação da
adoração de ídolos nunca destruiu seu falso deus. Muitas vezes, depois de
destruir os ídolos, outra geração em Israel os restauraria e novamente
adoraria a imagem destes falsos deuses. Os deuses transcenderam suas
imagens. As imagens não eram o próprio deus, mas o ponto de contato.
Tanto Satanás como Deus encherão a Terra com uma manifestação física de
si mesmos durante o fim dos tempos. No entanto, há uma profunda diferença
em como eles serão incorporados:
“Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada
autoridade para julgar. Vi ainda as almas dos que foram decapitados por
terem dado testemunho de Jesus e proclamado a palavra de Deus. Estes são
os que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam a sua marca
na testa e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.”
(Apocalipse 20: 4, NAA)
A igreja superará a besta e sua imagem e isso indica a prevalência e o poder
da imagem. Será o teste primário para a vasta maioria da humanidade e a
principal forma como o dragão é incorporado nas nações.
Jesus descreveu essa realidade para seus discípulos. Sempre que nos
reunimos, Ele está em nosso meio. Ele se manifesta através de sua igreja:
“Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu
entre eles. ”(Mateus 18:20, NAA)
Esta é uma diferença profunda entre o reino de Satanás e a igreja no final dos
tempos. Satanás se manifesta através de uma imagem. Deus manifesta a Sua
presença através do Seu povo.
“Não peço somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em
mim, por meio da palavra que eles falarem, a fim de que todos sejam um. E
como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti, também eles estejam em nós, para
que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17: 20–21, NAA)
Jesus orou para que nós habitássemos em Deus de tal maneira que isso se
tornasse uma evidência para a Terra de que Ele foi enviado por Deus. A lógica
de Jesus foi bastante direta. O mistério de Sua identidade é que Ele é um
homem e ainda Deus. Ele não é apenas um homem enviado por Deus, Ele é
enviado de Deus de uma maneira única porque Ele é Deus. O conceito que
Deus pode expressar plenamente – manifestar-se em um ser humano – é
impossível para nós entendermos mentalmente. Contudo, Jesus orou para
que o Pai desse ao mundo a evidência física da identidade de Jesus como um
ser humano em quem habita a plenitude de Deus. A igreja é essa evidência.
A resposta à oração de Jesus é uma igreja que habita em Deus de maneira tão
substancial que torna a ideia de plenitude de Deus habitando no homem algo
completamente razoável. A igreja do tempo do fim será um povo que é uma
testemunha e uma evidência para as nações que a plenitude de Deus está em
um humano – a saber, Jesus. Essa evidência aparecerá à medida em que essas
pessoas habitam em Deus. Deus se manifestará tão profundamente, apesar de
seu povo, que a plena manifestação de sua natureza em Jesus será uma ideia
realista.
Embora Deus seja apenas plenamente incorporado em Seu Filho, Ele tomará
corpo na Terra em Seu povo. Da mesma forma, Satanás será totalmente
incorporado no Anticristo e, ainda assim, globalmente corporificado na
imagem.
A diferença no modo como Deus e Satanás escolhem se incorporar no final da
era dá uma tremenda percepção de sua natureza e caráter. Satanás não se
compartilha. Ele deseja a adoração que somente se exalta. Ele se recusa a
compartilhar sua “glória” com seu povo. Ele só quer obediência suja. Ele só
quer ser celebrado, temido e servido.
Precisamos de uma nova visão para esta glória na igreja. É para isso que
somos chamados e precisamos entender a grande diferença entre o modo
como Satanás e Deus se personificarão no final dos tempos.
Samuel Whitefield