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Anjos e demônios desempenham um grande papel em muitas religiões.

No mundo, o que mais


existem são religiões diferentes. Apesar de contarem com simbolismos próprios e formas de
celebrações distintas, basicamente elas são voltadas ao culto de um ser superior de grande
bondade.

Mesmo assim, não são raros em suas escrituras as criaturas boas, que habitam locais sagrados
e as malignas, que habitam as profundezas da Terra e que vivem para atormentar os humanos
que não seguem as leis pregadas em suas diretrizes religiosas. No cristianismo, por exemplo,
o ser que recebe essa função é conhecido como Satanás, um anjo que acabou sendo expulso
do céu.

Apesar de ser, suficientemente, uma história de dar arrepios, os anjos e demônios de outras
religiões têm suas próprias sinas e funções. Conheça como são retratadas essas criaturas
pelas religiões ao redor do mundo:

Belial (Judaísmo)

Seu nome deriva do hebraico bellhharar, que significa "inútil". É considerado o demônio da
arrogância e da loucura por uns e o patrocinador da sodomia por outros. Há quem o veja como
a besta do Apocalipse, marcada com o número 666.

Munkar e Nakir

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-DEMONOLOGIA-
SPIRITUAL
Demonologia é o estudo sistemático dos demônios . Quando envolve os estudo de textos bíblicos , é
considerada um ramo da Teologia . Por geralmente se...

Alà um demônio ou deus?


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By SERVIDOR666

Alá : um dos ídolos árabes (um demônio) não é o Deus verdadeiro. Mais um caso de falsa
religião?

5 Evidências de que Alá não é o Deus da Bíblia

Apesar de nós, Cristãos, podermos ver através da charada uma vez que temos
"denunciante" (a Autoritária, Inerrante e Inspirada Palavra de Deus), um terço da
população mundial foi totalmente enganada pelo maometanismo (islão). Eles foram
ensinados falsidades em torno da Santidade de Deus, da natureza do homem. do pecado,
do Senhor Jesus Cristo, e assim por diante. Obviamente que eles dirão o mesmo em
relação a nós Cristãos, portanto, urge perguntar: qual é a diferença? Porque é que
devemos acreditar no conceito Cristão de Deus e não no islâmico? Eu acho que há pelo
menos cinco razões para vermos que Alá não é o Deus Verdadeiro.

1 - Misericórdia e Justiça

Os maometanos concordam que Deus é Justo e Misericordioso, mas o problema é que na


teologia islâmica, estas duas características contradizem-se. Imaginemos que Deus tem
um pecador culpado perante Ele, e perdoa-lhe os pecados (tem misericórdia dele). Isto
faria de Deus algo parecido a um juiz corrupto. Mas imaginemos que Deus dá a esta pessoa
o castigo adequado (é Justo), desta forma Deus não seria Misericordioso. Ao afirmar que
Deus é Misericordioso, Ele é, desde logo, Injusto. Ao afirmar que Ele é Justo com os
pecadores, Ele não é Misericordioso. Mas Ele não pode ser ambos, apesar do Alcorão
ensinar isso mesmo.

A Palavra de Deus - A Bíblia - ensina que Deus é ao mesmo tempo Justo e Misericordioso
visto que na Cruz do Senhor Jesus Cristo, a justiça e a misericórdia uniram-se. Quando
Deus descarregou a sua raiva sobre o Seu Filho, Ele foi Justo - visto que o Senhor Jesus
Cristo absorveu o castigo que nós merecíamos - e Misericordioso - porque, agora, os
pecadores culpados podem ver os seus pecados perdoados mal eles se comprometam a
seguir a Cristo todos os minutos da sua vida, até ao final da sua vida.

Com isto em mente, podemos dizer que a concepção Cristã de Deus não se depara com
este enigma, tal como acontece com a concepção (errada) de Deus que o Alcorão "revela".
Na teologia islâmica, Deus ou é sem misericórdia ou injusto. Mas Ele não pode ser ao
mesmo tempo ambas (Justo e Misericordioso). Logo, o "Deus" revelado no Alcorão não é
ser mais perfeito que se pode conceber. Logo, o Deus revelado no Alcorão não existe.

2 - Amor
O Senhor Jesus disse, "Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu
inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei
bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem" (Mateus 5:43-
44). De modo consistente, por todo o Alcorão é afirmando que Alá não alcança o padrão
que o Senhor Jesus estabeleceu. Alá falha neste ponto e desde logo falha em ser o maior
ser que se pode conceber (porque é melhor ser amoroso do que sem amor). Tal como
afirmou o estudioso islâmico Darood Akbar, no seu livro "The God of Justice", "Amor
Divino sem reservas pela humanidade é uma ideia completamente alienígena para o
Alcorão. Em parte alguma encontramos a ideia de que Alá ama a humanidade. O amor de
Alá é condicional."

Vez após vez, o Alcorão afirma que Alá não ama o pecador (2:99, 2:99,277 277; 3:33,58;
4:37; 5:88; 6:142; 8:59) e que o seu "amor" é parcial, condicional e tem que ser subornado.
Só quando alguém expressa o seu amor por Alá é que ele o ama de volta. Logo, não parece
que Alá ultrapasse a marca dos cobradores de impostos e dos pagãos que só saúdam os
seus.

Imaginem o quão horrível seria um pai forçar a sua filha a conquistar o seu amor, em vez
de a amar apenas e só pelo facto de ser sua filha. Algumas pessoas tiveram experiências
com pais assim, e não é possível acreditar que esta é forma correcta de agir para o
Altíssimo visto que se Ele fosse assim, Ele não seria o Altíssimo. Existem homens que
amam os seus inimigos, até quando os seus inimigos os odeiam, e neste ponto, eles são
mais morais que Alá, o deus do Alcorão.

3 - Alá não é o Deus da Bíblia Hebraica.

Alá disse que ele era o Deus de Israel, mas existem várias inconsistências entre Alá e o
Santo de Israel. Na Bíblia Hebraica, por exemplo, Deus diz que tem Um Filho (Salmo 2.7),
mas o Alcorão diz de forma inequívoca que Alá não tem filhos (Alcorão 10:68). Para além
disso, e isto é algo importante, na Teologia Judaico-Cristã, o Filho de Deus é uma Figura
Divina; Ele é a Versão Humana do Deus Invisível - Ele é o Próprio Deus. Logo, o Deus
revelado na Bíblia Hebraica é TriUno (Trindade).

A Trindade encontra-se por toda a Bíblia Hebraica (embora os Judeus não a conhecessem
devido ao facto deles não terem a ampla Revelação que nós hoje temos). Desde o início da
criação que pronomes plurais e verbos são usados e aplicados a Deus (Génesis 1:27, 3:2,
11:7, Isaías 6:8). Até a própria palavra "Elohim" (traduzida para "Senhor" cerca de 4,000
vezes), é a forma plural da palavra "Senhor". indicando mais do que Uma Pessoa. Logo, o
Deus assim revelado pela Bíblia Hebraica é Uma Trindade, e Alá não é uma trindade. Logo,
o Deus da Bíblia Hebraica não é o Alá do Alcorão.

[ed: Embora o conceito da Trindade não estivesse tão entendido na altura, os Judeus já
tinham uma ideia da Pluralidade Pessoal dentro da Essência Divina:

"O Ancião dos Dias tem três cabeças. Ele revela-Se através de três arquétipos, todos eles
formando Um só. Ele é, portanto, simbolizado pelo número Três. Eles revelam-Se Um no
Outro. [Estes são] primeiro, a "Sabedoria", secreta, oculta. Acima vem o Santo Ancião;
acima Dele, o Incognoscível. Ninguém sabe o que Ele contém; Ele está acima de todas as
concepções." (Zohar, iii. 288b).]
Para além disso, o Santo de Israel revelou-Se a Moisés sob o Nome de YAHWEH, e este é o
Nome pelo Qual Ele será conhecido pelas gerações (Êxodo 3:14-15). Mas o nome pessoal
do deus do Alcorão não é YAHWEH mas Alá. (...) Logo, Alá não é o Santo de Israel, tal como
afirma o Alcorão, e consequentemente, o Alcorão não foi revelado pelo Deus que Revelou
a Bíblia Hebraica.

4 - Alá deriva da mitologia pagá.

Alá era a divindade principal das 360 divindades adoradas pelos árabes pagãos antes do
advento do islamismo. Ele era também adorado na área onde viviam os pais de Maomé.
De facto, o nome literal de Maomé em arábico era "Abd Allah" [escravo/servo de Alá]. O
nome do seu tio era "Obred Allah". A influência pagã dentro da família de Maomé fazia-se
sentir não só no nome da divindade, mas também em muitas tradições islâmicas que são,
literalmente, cópias das tradições pagãs!

A família de Maomé, tal como a maior parte da Arábia pré-islâmica, curvava-se em


direcção a Meca cinco vezes por dia. Isto era feito em sinal de reverência ao deus lunar
adorada na Kaaba. Eles também jejuavam, iniciando na lua crescente e durante um mês,
práctica literalmente indistinguível da tradição conhecida como Ramadão. Até o símbolo
islâmico colocado no topo de todas as mesquitas e em todas as bandeiras - a lua crescente
- deriva directamente do símbolo que o ramo de paganismo existente na Arábia usava. Isto
é uma evidencia muito forte de que esta práctica mais não é do que uma práctica pagá
reciclada.

É por isso que o deus que os maometanos adoram e seguem chama-se Alá (o deus maior
da tribo de Maomé), e é também por isso que a maior parte da tradições muçulmanas são
tradições practicadas pela tribo de Maomé. Estas prácticas islâmicas são evoluções
culturais, mas qualquer significado mais profundo tem que ser atribuído aos aderentes
originais do sistema, nomeadamente, os pagãos.

5 - Alá não pode ser Deus porque o Senhor Jesus é Deus.

Durante as últimas décadas os historiadores têm tentado desenvolver um retrato histórico


acertado à cerca de Jesus de Nazaré. Na sua tentativa de o fazer, eles confirmaram muitas
alegações Bíblicas. Os historiadores chegaram a um consenso em torno destas 5 alegações
Bíblicas:
A crucificação
O túmulo de José de Arimateia
A descrição Bíblica do túmulo vazio.
A experiência de vários grupos de que Ele os apareceu com vida depois da Sua morte
Os discípulos acreditavam fortemente na Sua ressurreição e estavam dispostos a morrer
por esta crença.
Alguns destes factos, tais como a narrativa da crucificação, contradizem de forma clara os
ensinamentos do Alcorão, mas a explicação mais lógica é a de que Deus ressuscitou o
Senhor Jesus dos mortos, confirmando a Mensagem Cristã..

“Ya! Zat I Shaitan! – “Salve! Oh Essência de Satan!”

“Disse (Ash-Shaitan): Por Teu poder, que os seduzirei a todos.”


Recentemente, os olhos do mundo tem se voltado cada vez mais para as crises ocorrentes no
Oriente Médio, em especial naquele choque cultural ocorrendo entre oriente e ocidente.
Ambos dotados de ethos¹ diferentes a ponto de não serem compreendidos, bem como dogmas
morais (ou completa ausência deles) intoleráveis uns aos outros. E como era de se esperar, ao
invés de diálogo, tal choque resulta em conflitos e chacinas violentas, que tendem a alterar as
correntes Aeonicas² de todo o globo, sendo decisivas para a ‘próxima etapa’ humana. Como
não deixo de fazer meu dever de casa e achei que seria legal aqui pro blog, resolvi pesquisar
sobre a Manifestação do Chaos pelos lados de lá, revendo inclusive alguns velhos materiais de
Djinns (que falarei no próximo post) e resolvi elaborar algo sobre a figura de Ha-Shatan
manifesta dentro da cultura Islâmica. Mas, comecemos pelo início.

O que é o Islamismo?

O Islamismo é nada menos que uma das três religiões abraâmicas e uma das mais
pesadamente influentes no mundo, sendo as outras duas o Judaísmo e o Cristianismo. Ela foi
fundada no século VII na Arábia, e seus seguidores são popularmente conhecidos como
‘muçulmanos’. A palavra ‘Islam’ em si significa “Submissão”, referindo-se a sua total entrega
a vontade divina. A religião teve sua raiz no antigo patriarca Abraão, descendendo de seu
filho Ishmael (os Judeus e Cristãos derivam de Maomé, descendente de Isaac).

Ao contrário do que a mídia atualmente propaga, nem todos os Muçulmanos são ‘terroristas
em potencial’. Sua fé propaga, em geral, a paz. Salvo, os casos onde o radicalismo religioso
envolve a imposição da Sharia (a lei islâmica) aos “infiéis e idólatras”, incluindo entre estes
‘hereges’ seus próprios irmãos mais brandos. Daí, ocorrem os conflitos e atrocidades. O Deus
dos Islâmicos, ‘Alá’ é o mesmo Deus dos Judeus e cristãos, a mesma questão monoteísta,
variando apenas em culto e profeta, por questões logicamente culturais. Estas questões morais
e culturais que nos causam estranheza, como o uso dos véus pelas mulheres. Dá uma longe
discussão e não é o foco aqui, então sigamos adiante. O Quran ou Alcorão

É o livro central do Islamismo, sendo a própria palavra de Alá revelada ao profeta


Muhammed (Maomé – Sallallahu Alaihi Wasallam) em um período de vinte e três anos, tendo
início na ‘Lailatul-Qdl’ (“noite de poder”) na caverna de Hira. O livro possui 114 capítulos
chamados de ‘Suras’, que se subdividem em várias partes e versículos. A tradução do nome
do livro remete ao verbo “recitar”, sendo assim uma recitação sagrada.

Por que ele é importante aqui? Porque ele é a principal fonte de relatos de Satan pelo Oriente
Médio.
Íblis / Ash-Shatan

No islamismo, Shatan manifesta-se sob estas duas nomenclaturas. Sua lenda aproxima-se
muito da de ‘Melek Taus’ e da Epopeia de Lúcifer descrita por John Milton em seu Paraíso
Perdido. Segundo o Alcorão, Iblis era um ser celestial, criado a partir do Fogo pelo próprio
Alá. Ele é retratado como um ser rebelde, que durante a criação do mundo, recusou-se a se
curvar diante do Homem de Barro, recém criado – em sua mente, o Fogo do qual ele é
constituído é superior ao Barro por poder destruí-lo. Pela sua prepotência e desobediência, foi
expulso do Éden.

“Criamo-vos e vos demos configuração, então dissemos aos anjos: Prostrais-vos ante Adão!
E todos se prostraram, menos Iblis, que se recusou a ser dos prostrados. 12. Perguntou-lhe
(Deus): Que foi que te impediu de prostrar-te, embora to tivéssemos ordenado? Respondeu:
Sou superior a ele; a mim criaste do fogo, e a ele do barro. 13. Disse-lhe: Desce daqui (do
Paraíso), porque aqui não é permitido te ensoberbeceres. Vai-te daqui, porque és um dos
abjetos!”

-Al-Quran, Sura 7

Após sua expulsão, Íblis roga a Alá que lhe conceda Imortalidade até o dia do Juízo final,
tornando-se “Ash-Shatan”, Inimigo da humanidade, prometendo tentá-la até o dia final. Os
diálogos entre Alá e Iblis no Quran demonstram que ele passa da classe celestial a classe de
“Djinn”, um espírito de fogo que, embora não exerça poder sobre a humanidade, exerce
influência sobre a mesma. Tal influência limita-se aos homens que se desviam das leis de Alá,
os fiéis de coração sendo incorruptíveis.

Iblis é retratado o tempo todo como um ser arrogante, que decaiu através de seu orgulho.
Entretanto, alguns filósofos considerados hereges o consideram como o único e verdadeiro
monoteísta, já que recusou-se a curvar diante de qualquer um que não fosse o próprio Alá.
Mas dentro da tradição islâmica (hadith) essa recusa não foi um ato de amor, mas de pura
soberba. Iblis provoca a queda do Homem, que é expulso do Éden.

Possuindo livre arbítrio, o homem é avisado para não misturar-se com Ash-Shatan através de
seus atos, como heresias, idolatria, quebra das leis humanas e divinas (Haraam – ‘Pecados’) e
a feitiçaria. O Quran deixa claro que o objetivo de Íblis é desviar o homem do caminho de
Alá, do ‘Caminho Direito’; pervertendo-os a seus próprios caminhos. Possuindo o homem
livre arbítrio a única escolha nessa dualidade é dele mesmo, escolher Alá ou Íblis como seu
protetor.
“Deus amaldiçoou. Ele (Ash-Shatan) disse: Juro que me apoderarei de uma parte
determinada dos Teus servos, 119. A qual desviarei, fazendo-lhes falsas promessas. Ordenar-
lhes-ei cercear as orelhas do gado e os incitarei a desfigurar a criação de Deus! Porém,
quem tomar Satanás por protetor, em vez de Deus, Ter-se-á perdido manifestamente! “ -Al-
Quran, Sura 4

Dentro dessa luta de influências, embora tido nas escrituras sagradas como ‘perdedor nato’,
Íblis conseguiu algum prestígio sobre a Terra. Existiram e ainda existem tribos de nômades e
civilizações isoladas espalhadas pelo oriente médio que cultuam a Ash-Shatan ao invés de
Alá.

“Porém, Iblis sussurrou-lhe, dizendo: Ó Adão, queres que te indique a árvore da


prosperidade e do reino eterno? 156 121. E ambos comeram (os frutos) da árvore, e suas
vergonhas foram-lhes manifestadas, e puseram-se a cobrir os seus corpos com folhas de
plantas do Paraíso. Adão desobedeceu ao seu Senhor e foi seduzido. 122. Mas logo o seu
Senhor o elegeu, absolvendo-o e encaminhando-o. 123. Disse: Descei ambos do Paraíso!
Sereis inimigos uns dos outros. Porém, logo vos chegará a Minha orientação e quem seguir a
Minha orientação, jamais se desviará, nem será desventurado.” -Al-Quran, Sura 20

Assim como nos outros mitos, Íblis também concede o conhecimento ao homem, associando-
se desta forma com o mito prometeico. Da mesma forma que outras escrituras sagradas, o
Islam também possui uma manifestação do Caos, exilada pela “mão direita”, pelos seguidores
de Deus (Alá) e uma ‘mão esquerda’, fora das leis humanas e divinas. Entretanto, o
radicalismo islâmico fez com que tais grupos de adoradores se isolassem, vivendo nas
sombras e nas margens da sociedade, se tornando ainda mais envoltos em mistérios, a mesmo
molde dos Yézidis vítimas de violências por “idolatrarem satã”.

Bom pessoal, meu foco de estudos ultimamente tem sido direcionado para os Zoroastras e
para os Yézidis. Este texto foi fruto de uma árdua pesquisa, que envolveu especialmente este
site e trechos traduzidos do próprio “Al-Quran online”. Não sendo uma fonte 100% exata, o
texto acabou ficando mais superficial que eu gostaria, embora meu desejo de adentrar em
aspectos mais profundos desse aspecto caótico.

Caso alguns dos leitores saiba de alguma informação extra, fique muito bem vindo a
contribuir, só deixar a informação aqui pelos comentários. A propósito, fiquem com este belo
download de uma tradução da GTO (Grupo de Traduções Ocultas) sobre este tema fascinante:

a.luz.negra
*apêndice: ¹ethos: É a “fonte primordial da moral de um povo”, o aspecto semi-divino
presente no ‘humanum’.

² sobre os preceitos de “Aeon” ler “Introdução a Magicka Aeonica”

Os Fundamentos da Crença Islâmica –


Imâm al-Ghazzâli
Prefácio pelo Prof. Hasan El Fatih, Decano da Universidade Islâmica Umm Durman. Esse livro foi
escrito em árabe pelo Imâm Abu Hâmid al-Ghazzâli, ou Algazel como era conhecido na Europa
medieval (falecido em 505 h./1111 d.C.).

Suas obras numerosas são bem conhecidas, respeitadas e citadas não só no Oriente Médio mas
também nas grandes universidades do ocidente. Suas contribuições para a teologia e filosofia
provaram ser as maiores pedras angulares de recursos através dos séculos.

Durante a restauração da filosofia grega na Idade Média, muitos cristãos foram atraídos e
balançados pela persuasão da lógica grega. Num esforço para proteger o cristianismo, teólogos
cristãos fiaram-se nos argumentos profundos de al-Ghazzâli para derrotar os aderentes da
filosofia grega e assim protegeram sua religião.

As obras de al-Ghazzâli foram traduzidas e impressas em muitas línguas. Estudos comparativos


mostraram que Jean Jacques Rousseau, conhecido no ocidente como o pioneiro da educação
infantil, baseou suas ideias e métodos sobre a obra de al-Ghazzâli.

A Enciclopédia Curta do Islã fala sobre al-Ghazzâli:

“Ele foi o pensador mais original que o Islã produziu e seu mais grandioso teólogo.”

A.J. Arberry, professor e diretor do Centro do Oriente Médio da Universidade de Cambridge,


Inglaterra, referiu-se a ele assim:

“Ele foi um dos mais grandiosos teólogos místicos do Islã e de fato de toda a humanidade.”

Oro para que os leitores se beneficiem do raciocínio genuíno no qual estão prestes a embarcar e
que possa abrir canais de pensamento orientadores que darão prazer nessa vida e no Além.

Hasan El Fatih, Umm Durman, Sudão, 1992

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PREFÁCIO

A primeira tradução para o inglês foi pelo Professor Nabih Amîn al-Fâris, Universidade Americana,
Beirute, 31 de outubro de 1962 com a exame do Dr. John H. Patton, Professor de Religião, Park
College, Parksville, MO, EUA.

A razão para esse trabalho ser realizado novamente é pela necessidade de atualizar essa obra e
também para retificar os usos linguísticos do inglês e adaptá-los para o computador com a adição
de um índice.

Se o leitor encontrar dificuldade em entender algumas partes do livro, recomendamos visitar o


grande filósofo e sufi do Islã, Prof. Hasan El Fatih, na Mesquita Shaikh Muhammad El Fatih, Umm
Durman, Sudão.
É interessante notar que nas versões inglesas da Bíblia encontramos que o nome próprio do
Criador referido como “Deus” enquanto achamos na edição árabe da Bíblia o nome próprio
mudado para “Allah”, que é o mesmo nome próprio mencionado no Alcorão Sagrado.

Em Nome do Compassivo, o Misericordioso Allah,


Este é o Livro dos Fundamentos da Crença Islâmica.

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Capítulo 1
A Crença dos Sunitas, o caminho do Profeta
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A Exposição da Crença dos Sunitas, o caminho do Profeta, é condensada em duas frases de


testemunho (Shahâda) que formam um dos Pilares do Islã.

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(A) O significado da primeira frase de testemunho:


Dizemos – nosso sucesso vem de Allah – louvado seja Allah o Criador, o Restaurador, Ele que faz
o que quer que deseje. Ele Cujo Trono é glorioso e Cuja Potência é Poderosa; que guia os seletos
dentre seus adoradores para o caminho reto. Ele que lhes outorga benefícios uma vez que
afirmem Sua Unicidade guardando os artigos da crença longe das trevas da dúvida e hesitação.
Ele que os conduz para seguir o caminho do Seu escolhido Profeta Muhammad – louvor e paz
sobre ele – e para seguir o exemplo de seus Companheiros, os mais honrados, dirigindo seus
passos ao caminho da verdade. Ele que revela a Si Mesmo para eles em Sua Essência e em Suas
Obras por Seus atributos refinados que ninguém percebe, exceto aquele que inclina seu ouvido
em contemplação. Ele que faz com que saibam que Ele é Um em Sua Essência sem nenhum
sócio, Singular sem qualquer igual, Eterno sem um semelhante.

Nada O precede, Ele é sem qualquer começo. Ele é Eterno com ninguém depois d’Ele,
Permanente sem qualquer fim, subsistente sem cessação, duradouro sem término. Ele não
cessou e Ele não cessará de ser descrito pelos epítetos de Majestade. No fim dos tempos Ele não
estará sujeito à dissolução e à decadência, mas será o Primeiro e o Último, o Oculto e Aparente,
e Ele sabe de tudo.

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i. Transcendência (Exaltação)
Allah não é um corpo possuindo forma, nem uma substância restrita e limitada: Ele não se
parece com outros corpos seja em limitação ou aceitando divisão.

Ele não é uma substância e substâncias não residem n’Ele; Ele não é uma qualidade de
substância, nem uma qualidade de substância ocorre n’Ele.

Em vez disso, Ele se parece com nada existente e nada existente se parece com Ele. Nada é
como Ele e Ele é como nada. Medidas não O prendem e fronteiras não O contêm. Direções não O
rodeiam nem a terra e os Céus estão de lados diferentes d’Ele.

Verdadeiramente, Ele está controlando o Trono da maneira que Ele disse e no sentido que Ele
quis – num estado de transcendência que isento de paralelo e toque, residência, fixidade de
localização, estabilidade, envolvimento e movimento.

O Trono não O sustenta mas o Trono e aqueles que o carregam são sustentados pela Sutileza de
Seu Poder e são restringidos por Sua Firmeza. Ele está acima do Trono e Céus e sobre tudo até
os confins da terra com uma acimidade que não O traz mais para perto do Trono e dos Céus,
assim como não O deixa mais longe da terra.
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Em vez disso, Ele é Altamente Exaltado sobre o Trono e os Céus, tal como Ele é Altamente
Exaltado sobre a terra. Apesar disso, Ele está perto de toda entidade e está “mais perto do
adorados que sua veia jugular” e Ele testemunha tudo já que Sua proximidade não lembra a
proximidade dos corpos, tal como Sua Essência não lembra a essência dos corpos.

Ele não existe em nada, assim como nada existe n’Ele: Exaltado seja Ele de que um lugar possa
contê-Lo, tão santificado é Ele que nenhum tempo pode limitá-Lo.

Pois Ele era como antes de ter criado o tempo e o espaço, e assim como Ele era, Ele é agora. Ele
é distinto de Suas criaturas através de Seus atributos. Não há em Sua Essência qualquer outro
que não Ele, nem Sua Essência existe em qualquer outro senão n’Ele.

Ele é Exaltado longe de mudanças e movimento. Substância não reside n’Ele e a qualidade da
substância não cai sobre Ele. Em vez disso, Ele está nos atributos de Sua Majestade sem cessar.
E Ele está nos atributos de Sua Perfeição. Ele não precisa melhorar Sua perfeição. Em Sua
Essência, Sua Existência é conhecida pela razão (nesta vida).

Na Vida Duradoura, Sua Essência é vista pelos olhos dos justos como um favor d’Ele através da
contemplação de Sua Face Graciosa.

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ii. Vida e Poder


Ele é Vivente, Capaz, o Conquistador e Todo-Subjugador.

Inadequação e fraqueza não caem sobre Ele; a sonolência não O alcança nem o sono;
aniquilação não prevalece sobre Ele, nem a morte. Ele é o Senhor do Reino visível e invisível e da
Potência e Poder. Seu são o domínio, a subjugação, criação e comando; os Céus são enrolados
em Seus Direito e coisas criadas são subjugadas na Sua Firmeza.

Ele é Singular na criação e invenção. Ele é Sozinho em trazer à existência e em inovar. Ele criou
todas as criaturas e seus feitos, e decretou seu sustento e seu tempo de vida; nada decretado
escapa da Sua Firmeza e as mutações dos assuntos não escorregam fora de Seu Poder.

O que quer que Ele decrete não pode ser numerado nem Seu Conhecimento acaba.

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iii. Conhecimento
Ele é Bem Informado de todo o conhecido, abarcando tudo que acontece nas profundezas da
terra aos mais altos céus. Ele é Bem Informado de modo que não há sequer um átomo que
escape de Seu Conhecimento no céu e na terra.

Em vez disso, Ele sabe dos passos de uma formiga preta sobre uma pedra sólida na noite mais
escura. Ele percebe o movimento duma partícula de poeira no ar. Ele conhece os segredos e o
que é mais oculto.

Ele é o Vigilante dos sussurros do ego e do fluxo dos pensamentos, e do mais profundo
esconderijo dos egos.

Com um conhecimento que é antigo, vindo da eternidade e pelo qual Ele não cessou de ser
descrito pelas eras.

Nem por um conhecimento que é sujeito a atualizações ocorrendo e circulando em Sua Essência.

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iv. Vontade
Ele é o Desejoso de toda a existência e o Planejador de todas as coisas contingentes. Não há
nada que ocorra em Seu mundo visível ou invisível exceto por Seu planejamento prévio e Sua
execução, seja esta pouca ou muita, pequena ou grande, boa ou má, benefício ou dano, crença
ou descrença, gratidão ou ingratidão, prosperidade ou perda, aumento ou diminuição, obediência
ou desobediência, tudo de acordo com Sua Sabedoria e Vontade; o que ele deseja ocorre e o que
Ele não deseja não ocorre. Não há um olhar ou pensamento perdido que não seja sujeito à Sua
Vontade.

Ele é o Criador antes de tudo, o Restaurador, o Feitor do que quer que Ele deseje. Não há
ninguém que rescinda Sua ordem e ninguém que suplemente Seus decretos, e não há
escapatória para um adorador para desobedecê-Lo, exceto por Sua Ajuda e Misericórdia, e
ninguém tem poder para obedecê-Lo exceto por Sua Vontade. Até mesmo se a humanidade,
gênios, anjos e demônios se unam para tentar mover o peso de um átomo no mundo ou torná-lo
imóvel, sem Sua Vontade eles falhariam.

Sua Vontade subsiste em Sua Essência dentre Seus Atributos. Ele não cessou de ser descrito por
eles desde a eternidade, desejando – em Sua Infinitude – a existência das coisas em seu tempo
prefixado que Ele decretou. Então elas vêm à existência em seus tempos prefixados como Ele
desejou em Sua Infinitude sem adiantamento ou atraso. Elas se passam de acordo com Seu
Conhecimento e Sua Vontade sem variação ou mudança.

Ele dirige os assuntos não através de ordenar os pensamentos ou esperar a passagem do tempo,
e então nenhum assunto O ocupa de outro assunto.

_______________________________

v. Ouvir e Ver
Ele – o Altíssimo – é o Ouvinte, o Vidente. Ele ouve e vê.

Recomendado para você: Eu, um grande muçulmano?

Nada audível, o quão fraco seja, escapa de Sua Audição, e nada visível, o quão diminuto seja,
está oculto de Sua Visão.
Distância não impede Sua Audição e treva não obstrui Sua Visão. Ele vê sem uma pupila e
pálpebra, e ouve sem o meato e ouvidos, e Ele percebe sem um coração, e pega sem membros,
e cria sem um instrumento, já que Seus atributos não se parecem com os atributos da criação e
Sua Essência não se parece com a essência da criação.

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vi. Fala
Ele – o Altíssimo – fala, ordenando, proibindo, prometendo e ameaçando, com uma fala vinda da
eternidade, antiga e autoexistente.

Diferente da fala da criação, não é um som que é causado pela passagem de ar ou a fricção de
corpos, nem é uma letra que é enunciada pela abertura e fechamento dos lábios e o movimento
da língua.

E que o Alcorão, a Torá original, O Evangelho original de Jesus e os Salmos originais são Seus
Livros descidos sobre Seus Mensageiros, a paz esteja com eles.

O Alcorão é lido por línguas, escrito em livros e lembrado no coração, ainda assim é, no entanto,
antigo, subsistente na Essência de Allah, não sujeito à divisão ou separação através da sua
transmissão ao coração e papel [com isso ele quis dizer que o movimento da língua do recitador
e a administração do fluxo de ar na sua boca e orelha etc., ou a inscrição do escritor sobre o
papel, todos dos quais são criados. Enquanto a lógica de al-Ghazzâli se endereça ao que está
além da qualidade humana e dimensão de tempo e físico. Assim ele se refere ao Alcorão antes
do movimento da língua ou da transcrição para o papel. A maior parte dos erros vieram de
nossas dimensões humanas e de nós tentarmos descrever os atributos divinos através dos
nossos atributos humanos limitados – Darwîsh]. Moisés – que Allah o louve e lhe dè a paz –
ouviu a Fala de Allah sem som e sem letra, assim como o justo vê a Essência de Allah – o
Altíssimo – no Além, sem substância nem sua qualidade.

E já que Ele tem essas qualidades, Ele é Vivente, Sapiente, Desejoso, Ouvinte, Vidente e Falante
com vida, poder, conhecimento, vontade, audição, visão e fala, não somente através da Sua
Essência.

_______________________________

vii. Atos
Ele, o Exaltado, o Elevado, não há existência exceto Ele, fora que ocorra por Sua ação e proceda
de Sua Justiça, das melhores, mais perfeitas, completas e justas maneiras.

Ele é Sábio em Seus vereditos. Sua justiça não pode ser comparada com a dos adoradores,
porque é concebível ue o adorador seja injusto quando lida com propriedades outras que não a
sua própria. Mas dano não é concebível de Allah – o Altíssimo – porque Ele não encontra
qualquer propriedade que não seja d’Ele mesmo, para que Seu lidar seja descrito como danoso.

Tudo exceto Ele, filhos de Adão e gênios, anjos e demônios, céu e terra, animais, plantas e
inanimados, substância e sua qualidade, assim como coisas percebidas e coisas sentidas, são
todas coisas originadas que Ele criou por Seu Poder e antes elas não eram nada, já que Ele
existia na Eternidade sozinho e não havia ninguém que seja com Ele.

Assim Ele originou a criação a partir daí como uma manifestação de Seu Poder e a realização do
que foi precedido por Sua Vontade e a realização de Sua Palavra na eternidade, não porque Ele
tivesse qualquer necessidade disso.

Ele é magnânimo em criar e inventar e em impor obrigações, não o fazendo por necessidade.

Ele é Gracioso em beneficência e reforma, embora não através de qualquer necessidade.


Munificência e Gentileza, Beneficência e Graça são Suas, já que Ele é capaz de trazer sobre Suas
criaturas todo tipo de tortura e de tentá-los com todo tipo de dor e aflição. Mesmo se Ele o
fizesse, seria justiça d’Ele, não seria vil, não seria tirano.

Ele – o Poderoso, o Glorificado – recompensa Seus adoradores crentes por seus atos de
obediência de acordo com a generosidade e encorajamento em vez de por seu mérito e
obrigação. Pois não há obrigação sobre Ele em nenhuma ação para ninguém e tirania é
inconcebível para Ele. Pois não há direito sobre Ele quanto a ninguém.

Quanto ao Seu direito de ser obedecido é obrigatório e compulsório sobre todas as criaturas
porque Ele o fez obrigatório sobre eles através das línguas de Seus profetas e não pela razão.
Mas Ele enviou Seus profetas e mostrou sua confiabilidade através de milagres explícitos, e eles
transmitiram Suas ordens e proibições assim como Suas promessas e ameaças. Assim se torna
obrigatório sobre todas as criaturas crer neles e no que eles trouxeram.

_______________________________

(B) O significado da segunda frase de testemunho que é o testemunho dos mensageiros e das
suas mensagens.
Allah enviou o iletrado, de Quraish, Profeta Muhammad – louvores e paz sobre ele – com Sua
Mensagem tanto para árabes quanto para não árabes, para os gênios e para a humanidade.
Assim Allah suplantou as outras religiões pela Religião do Profeta Muhammad – louvor e paz
sobre ele – exceto pelo que Ele confirmou entre eles.
Recomendado para você: Por que o Islam é tão violento?

Ele favoreceu o Profeta Muhammad sobre todos os outros profetas e o fez o mestre da
humanidade, e declarou incompleto qualquer profissão de fé que ateste a Unicidade, que é “não
deus exceto Allah”, a não ser que seja seguida pelo testemunho sobre o Mensageiro, que é seu
dito: “Muhammad é o Mensageiro de Allah”. Ele obrigou todas as nações a crer em tudo que ele
informou dos assuntos daqui e do Além.

Allah não aceitará a crença de qualquer um (adorador) até que ele creia no que o Profeta
informou dos assuntos que ocorreram depois da morte, o primeiro dos quais é a questão dos
anjos Munkar e Nakîr. Esses dois formidáveis e terríficos seres que farão o falecido se sentar no
túmulo, tanto alma quanto corpo; perguntarão sobre a Unicidade de Allah e sobre a Mensagem,
perguntando: “Quem é seu Senhor, e qual é sua Religião, e quem é seu profeta?” Eles também
são conhecidos como os dois examinadores do túmulo e suas questões são consideradas o
julgamento final depois da morte.

De novo, deve-se crer no castigo do túmulo, e que é real e que Seu Julgamento é bem sobre
tanto o corpo quanto a alma de acordo com Sua Vontade.

E dever-se-ia crer na Balança com os dois pratos com seu indicador – a magnitude do qual é
como o espaço entre os Céus e a terra – nele, os atos são pesados pelo Poder de Allah, e seus
pesos ou medidas são a semente de mostarda e o átomo, para se estabelecer a justiça exata.

Os registros dos bons atos serão substituídos por uma imagem refinada na balança de luz, e
então a balança estará pesada de acordo com seu grau com Allah, por Sua Virtude.

Os registros dos maus atos serão lançados numa imagem maligna na balança das trevas, e
haverá luz na balança através da Justiça de Allah.

Deve-se crer também que a Ponte. é real; é uma Ponte estendida sobre o Inferno, mais afiada
que o fio da espada e mais fina que um fio de cabelo. Os pés dos descrentes escorregam sobre
ela, de acordo com o decreto de Allah – o Exaltado – e eles cairão no Fogo; mas os pés dos
crentes estão firmes sobre ela, pela Graça de Allah, e então eles serão conduzidos para a
residência Permanente.

E deve-se crer no tanque frequentado, o Tanque do Profeta Muhammad – Allah seja louvado e
lhe dê paz. Do qual os crentes beberão antes de entrarem no Paraíso e depois de cruzarem a
Ponte. Quem quer que beba que seja um gole dele nunca mais sentirá sede. Sua largura é a
distância da jornada de um mês; suas águas são mais brancas que o leite e mais doces que o
mel. Em volta dele há jarros em número como as estrelas do céu, nele flui duas nascentes de al-
Kauthar.

E deve-se crer no Julgamento e nas distinções entre aqueles ali, que alguns serão questionados
bem restritamente, que alguns serão tratados com perdão e que outros entrarão no Paraíso sem
questionamento – esses são os mais próximos.

Allah perguntará a quem Ele quiser dos profetas sobre a difusão da Mensagem, e a quem Ele
quiser dos descrentes sobre a rejeição dos Mensageiros; e Ele perguntará aos inovadores sobre o
caminho do Profeta (sunna) e aos muçulmanos sobre seus atos.

Deve-se crer que o crente na Unicidade de Allah (se ele entrar no Inferno por conta dos seus
pecados) será liberado do fogo do Inferno depois que for castigado, então que não permanecerá
no Inferno um único crente sequer.

Deve-se crer na intercessão dos profetas, dos eruditos e dos mártires, então do resto dos crentes
– cada um de acordo com sua influência e grau com Allah.
Quem quer que permaneça dos crente e não tenha intercessor será liberado pela Graça de Allah,
o Poderoso, o Glorificado.

Logo nem um crente sequer permanecerá no Inferno para sempre; quem quer que tenha em seu
coração o peso de um átomo de crença será trazido para fora dali.

Deve-se crer nas virtudes dos Companheiros – que Allah esteja satisfeito com eles – e seus graus
diferentes, e que o mais excelente da humanidade, depois do Profeta – Allah seja louvado e lhe
dê a paz – é Abu Bakr, e então `Umar, e então `Uthmân, e então `Ali – que Allah esteja
satisfeito com eles – e deve-se pensar bem de todos os Companheiros e os elogiar, assim como
Allah – o Poderoso, o Glorificado – e Seu Profeta elogiou a todos – Allah tem louvado o Profeta e
lhe dado a paz -. Tudo isso foi relatado nos ahâdîth e tradições testemunhadas (do Profeta).
Logo quem quer que creia em tudo isso e creia nisso sem duvidar estará entre o povo da
verdade e a congregação do Caminho do Profeta (sunna), e sem dúvida separou a si mesmo dos
seguidores do erro e do partido da inovação.

Assim pedimos a Allah que aperfeiçoe nossa fé e nos faça devotos na Religião por nós e por
todos os muçulmanos através da Sua Misericórdia. Verdadeiramente Ele é o Mais Misericordioso.
E que o louvor de Allah esteja sobre nosso Mestre Muhammad e sobre todo adorador escolhido.

Fonte: http://masud.co.uk/the-foundations-of-the-islamic-belief/


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História

Versos anti-satânicos
 Nem só de preces vive o Alcorão, livro sagrado do islã. Os seus versículos já foram
usados para exorcizar demônios e outros entes malignos. Conheça a história dos exorcistas de
Alá

 Por Da Redação
31 out 2016, 18h34 - Publicado em 30 jun 2008, 22h00

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Texto Álvaro Oppermann

Por Alá, saia deste corpo e não retorne a ele jamais!”

A frase foi dita em tom imperioso. Era noite. No aposento de entrada de uma casa de chão
batido e paredes de barro cozido, um sujeito se debatia, gemia e gritava. Suas feições estavam
crispadas. À sua volta, muçulmanos rezavam. Os mais velhos, de olhos semicerrados. Os mais
jovens, temerosos, não conseguiam parar de fitar o corpo do homem ao chão, com olhos
arregalados: era um possesso. Os presentes entoavam, como numa ladainha monocórdia, os
versículos da Surata al-Baqara – “o capítulo da Vaca” – o 2º e mais longo capítulo do
Alcorão, o livro sagrado do islã. Ao centro, um homem de barba bem afeitada empunhava o
livro sagrado. Seu nome era Mohamed Taher Abdul Muhsin. Sua profissão, exorcista.

“Em nome de Alá, o clemente e misericordioso, saia deste corpo!”, gritou de novo. Ao ouvir
novamente o nome de Alá, o possesso estremeceu. Fez-se silêncio, e o homem no chão abriu
os olhos. Com voz gutural, disse: “Por Alá, eu prometo sair deste homem e nunca mais
voltar”. De súbito, as feições do possuído serenaram e ele recuperou a lucidez. Estava curado
da possessão, obra de um espírito maligno, conhecido na tradição islâmica como jinn. “Allahu
Akbar!”, gritaram em torno – uma exclamação de louvor a Deus. Abdul Muhsin beijou o
Alcorão, depositou-o sobre uma almofada e ajudou o homem recém-curado a se levantar.

Essa cena ocorreu num subúrbio da cidade do Cairo, no Egito, em 1988. Ela consta do livro
The Exorcist Tradition in Islaam (“A Tradição do Exorcismo no Islã”, de 1997), do
antropólogo jamaicano – convertido muçulmano – Abu Amina Bilal Philips. O exorcismo é
um dos capítulos menos conhecidos, e mais polêmicos, da religião muçulmana. Entre
islâmicos, a prática sempre foi vista com reticência, pois para o crente dessa religião o
autêntico milagre do islã é o Alcorão, com sua beleza poética e profundidade. Tudo o mais
sempre mereceu reserva, ou até desconfiança – e nisso, claro, se incluem os casos de
possuídos. “Não existe uma posição oficial sobre o exorcismo na lei canônica islâmica”, diz
Bilal Philips. O estranho é que o primeiro exorcista da história muçulmana pode ter sido
justamente Maomé, como demonstra o historiador Abdelmumin Aya em El Secreto de
Muhammad: La Experiencia Chamanica del Profeta del Islam (“O Segredo de Maomé: A
Experiência Xamânica do Profeta do Islã”), livro de 2007. Na biografia do profeta, as curas de
possessão podem ser contadas às dezenas, inclusive uma que envolve o próprio Maomé,
enfeitiçado por um inimigo. Aya também ressalta que o primeiro manual de exorcismo do islã
foi… o Alcorão.

Quando foi revelado – segundo a crença islâmica, por meio de aparições do anjo Gabriel a
Maomé, no século 7 – o Alcorão logo chamou a atenção dos crentes por um detalhe. Parecia
haver, por trás do seu sentido literal, um significado cifrado e oculto. Místicos muçulmanos
tomaram esse suposto poder como a presença direta de Deus no livro. Por isso, os versículos
da obra teriam poder de curar enfermidades ou expulsar demônios. E mais. O profeta os
recomendava para os mais variados problemas, do mau-olhado à picada de escorpião.
Amuletos de proteção eram confeccionados com a inscrição de versículos do livro sagrado em
pedaços de tecido. “O efeito do mau-olhado é real”, dizia Maomé.

O leitor de hoje pode sorrir diante desses relatos. No entanto, essa atitude é pra lá de
compreensível quando contextualizamos o surgimento do Alcorão e do islã. Bruxos e
superstições faziam parte do cotidiano de Meca nos tempos de Maomé. Para conquistar
adeptos, a nova religião teve de dar uma resposta às questões de ordem sobrenatural – como
os enfeitiçamentos – e traduzir as velhas crenças pagãs na forma islâmica. Para essa tarefa,
Maomé se valeu do Alcorão, chamado por ele de “refúgio dos crentes”. É verdade que o
Alcorão não dedicou nenhum capítulo especialmente ao exorcismo, tratando-o de modo
oblíquo. Mas os muçulmanos aprenderam os trechos alcorânicos certos para cada tipo de
exorcismo com o profeta, que os tinha aprendido por inspiração do arcanjo Gabriel, ou
diretamente de Deus, segundo a tradição islâmica.

Demônios e jinns: os possessores

As possessões, dizia o profeta, podiam ser obra de duas classes de espíritos: demônios ou
jinns. A descrição que o Alcorão dava para os demônios era a mesma da Bíblia: eram anjos,
criaturas feitas de luz, que teriam decaído pela soberba, quando se recusaram a se prostrar
diante de Adão, o primeiro homem. O chefe dos demônios era Satanás, ou Shaitan. Já os jinns
(palavra que no Ocidente foi traduzida por “gênio”, como na lenda de Ali Babá) seriam,
segundo a cosmologia islâmica, habitantes de um mundo intermediário, entre o material dos
humanos e o imaterial dos anjos e demônios. Alguns gênios seriam bonzinhos; outros,
malvados. Mas ambos teriam acesso, sem escalas, ao mundo humano, nos ajudando ou
atazanando, de acordo com a sua predisposição. Eles também conseguiriam tomar formas
corpóreas, ou controlar objetos inanimados, causando, por exemplo, incêndios ao derrubar
lâmpadas a óleo. Segundo o exorcista Abdul Muhsin, no depoimento ao autor Bilal Philips, as
mulheres seriam mais afetadas do que os homens por possessão de jinns. Os gênios – nada
bobos – apreciariam a sua beleza e manteriam, inclusive, relações sexuais com elas. Nos casos
de possessão demoníaca, o profeta recomendava a leitura do versículo 82 do capítulo 17 do
livro sagrado, tiro e queda para afugentar demônios, relata Philips. Porém, em casos de
demônios e gênios renitentes, que se recusam a deixar o corpo, o espancamento do possesso
era recomendado, segundo Ibn Qayim al-Jawziya. Ele conta que seu mestre, Ibn Taymiya,
partiu para a agressão física frente ao descaso de um gênio aos versos do Alcorão. Com uma
vara, bateu no pescoço do possesso até seu braço ficar cansado. Por fim, o gênio, moído de
tanta pancada, concordou em ir embora. Quando o possuído voltou a si, ficou espantado com
os vergões: não sentira os golpes.

Em árabe, várias palavras são usadas como sinônimo de “exorcismo”. A principal delas é
ruqaa. Literalmente, “a cura de um feitiço”. Segundo Abdul Muhsin, os sinais de possessão
mais comuns são o desconforto, o hábito do possesso de se levantar e sentar repetidas vezes e
falar de maneira incongruente ou incompreensível. Várias ações humanas facilitam o trabalho
dos espíritos malévolos, como andar nu pela casa, não fazer a oração matinal, entrar no toalete
– local predileto dos jinns mal-intencionados – sem pedir proteção a Deus, jogar água quente
ou urinar inadvertidamente num gênio (o que o irrita profundamente) e freqüentar locais de
seu agrado, como o cume das montanhas e aterros de lixo. Não se deve bobear com eles. Para
combater gênios e demônios, o exorcista deve preencher 3 requisitos: 1) Utilizar apenas
palavras do próprio Alcorão. 2) Recitá-las de forma inteligível em árabe. 3) Ter ciência de que
é Deus quem expulsa os entes malignos, e não o exorcista.

O caso de possessão mais comum no islã é o de gênios que agem a mando de um feiticeiro. É
o equivalente muçulmano do vodu haitiano. Um caso notório, diz o autor de El Secreto de
Muhammad, foi o do próprio profeta, enfeitiçado por um mago da cidade de Medina. A
bruxaria foi feita a partir de cachos de cabelo de Maomé, amarrados em nós e jogados num
poço abandonado. Com o feitiço, o profeta passou a sofrer lapsos de memória. No entanto, o
anjo Gabriel revelou o sortilégio ao profeta e aproveitou para lhe passar duas suratas curtas –
Al-Falaq (“A Alvorada”) e An-Nass (“Os Humanos”) – que encerram o Alcorão. Maomé
pediu ao seu genro, Ali, que fosse até o poço e encontrasse os cachos. Depois, pediu-lhe que
desatasse os nós, um a um, com a concomitante recitação das duas suratas. Isso libertou o
profeta do encantamento. Com o tempo, os capítulos viraram uma das principais armas dos
exorcistas.

Hoje em dia o exorcismo é visto com ceticismo nos meios islâmicos, principalmente no
ambiente cosmopolita das grandes metrópoles, como Damasco ou Argel. “Deve ser
reconhecido que em muitos casos a origem desses problemas é puramente biológica”, diz o
psiquiatra Ali Muhammad Mutaawi, da Universidade do Cairo. Aquilo que já foi categorizado
de possessão é hoje diagnosticado como doenças mentais pela ciência moderna, como
neurose, esquizofrenia ou outras síndromes psíquicas. Porém, como mostra o autor Bilal
Philips, a mística do Alcorão está longe de morrer, em pleno século 21. Enquanto o mundo
ainda tiver tendas dos milagres, se ouvirá, no meio da noite, recitais alcorânicos como o dos
companheiros do exorcista Abdul Muhsin, engalfinhados na luta contra os seres do além.
Acredite-se neles ou não.

O capeta muçulmano
O Alcorão conta como nasce um demônio

Chamá-lo de “príncipe das trevas”, “maldito“ e “tinhoso”, entre outros insultos, não é exclusividade
bíblica. Esses e outros adjetivos são usados no Alcorão para definir Satã, ou Shaitan, no idioma árabe,
palavra que significa “o adversário”. Adversário da humanidade, obviamente. Assim como no cristianismo,
a figura do Diabo está presente no islã. Tão presente, aliás, que diversos místicos, como Ibn Attallah e
Shibli (ambos do século 10) garantiram que “quem não acredita no Diabo não acredita em Deus”. A
história de Satanás é descrita no Alcorão e segue de perto a narrativa do Livro do Gênese, na Bíblia.
Quando Deus criou Adão, feito de argila, ordenou que os anjos e gênios, feitos de luz e de fogo,
respectivamente, se inclinassem diante dele. Diversos se recusaram a fazê-lo e foram amaldiçoados por
Alá. Um desses seria Iblis, que é chamado de Lúcifer, na Bíblia.Chefe de uma legião de seres imateriais,
ele afastou-se de Deus amaldiçoando Adão, como consta dos capítulos 4 e 34 do Alcorão: “Juro que me
apoderarei de uma parte dos teus servos [os homens]. E os desviarei com falsas promessas”. Como bom
vilão, Iblis assumiu outra identidade. Nascia o Shaitan. E com esse nome passou à história. À nossa
história.

Quem é esse anjo de quem os


mulçumanos falam?
– Quem é esse anjo de quem os mulçumanos falam? (S.)

Caríssimo S.,

Pax Domini!

“A fé [islâmica] consiste em crer em Deus (=Allah), nos seus anjos, nos seus
livros, nos seus enviados e no juízo final, assim como na predestinação, que
acarreta o bem e o mal” (Sunna).

Como pode ver, os muçulmanos, assim como os judeus e os cristãos, estão


obrigados a crer nos anjos, os quais, segundo a fé islâmica, têm funções pré-
determinadas. Por isso, a sua pergunta, extremamente aberta e sem identificar o
nome do anjo a que quer se referir, comportaria de nossa parte uma resposta
imensa… No entanto, tentaremos oferecer a você uma resposta breve sobre os
anjos em geral, segundo crença islâmica e, então, a partir dos diversos anjos
possíveis, trataremos de um em especial: aquele que, em tese, teria sido o
“responsável” pela revelação que daria origem a essa religião (e que, muito
provavelmente, talvez seja o anjo sobre quem você está querendo saber).

Muito bem. Embora o Islamismo seja uma religião rigorosamente monoteísta – a


ponto de repudiar peremptoriamente a Santíssima Trindade – e apesar da grande
simplicidade temática do Corão (livro sagrado dos muçulmanos), os seus
seguidores creem na existência de alguns seres espirituais, a saber:

– Gênios (=djin): seres inteligentes e intermediários entre anjos e demônios, são


organizados em comunidades e podem assumir diversos aspectos visíveis, agindo
em favor ou contrário aos homens. Maomé teria tido um encontro com estes seres –
a quem também teria sido enviado -, após sua viagem a Taif, a fim de obter a
adesão dos nômades para a sua causa. Note-se que, muito embora Avicena, antigo
doutor muçulmano, tenha afirmado que os gênios não existem, o povo em geral
acredita neles e, por essa razão disso, fazem uso de talismãs e praticam magias com
o intuito de se protegerem desses seres.

– Anjos: segundo o Corão, “setenta mil anjos entram ou rezam na populosa casa no
céu todos os dias”. Criados antes da criação do homem, são seres invisíveis,
podendo no entanto Allah permitir que sejam vistos. Os anjos citados pelo Corão
são Gibrail (=Gabriel), revelador do texto sagrado, também chamado “espírito
santo”; Mikhail (=Miguel), vigilante do mundo, comanda a chuva e o crescimento
das plantas; Azrail, o anjo da morte, que tira a alma das pessoas quando estas vêm a
falecer; e Israfil, que tocará a trombeta no Juízo Final, quando também ocorrerá a
ressurreição. Há ainda anjos caídos (demônios), entre eles Shaytan (=Satanás) ou
Iblis (=o Diabo), que se rebelou contra Allah quando este ordenou aos seus anjos
que obedecessem ao homem (pela recusa, Allah teria amaldiçoado Shaytan,
permitindo, porém, que permanecesse tentando os homens até o Juízo Final). Além
dos anjos bons e maus, cada homem teria do seu lado 2 anjos da guarda, um para
anotar suas boas ações e outro para as más ações (por isso, o muçulmano faz uma
saudação à sua direita e à sua esquerda no fim de cada oração ritual); e ainda dois
anjos que questionam os mortos acerca do seu Senhor, da sua religião e do seu
profeta.

Quando ao anjo Gabriel em específico, reveste-se de especialíssima importância


para os fiéis muçulmanos em geral, já que teria sido ele quem revelou o Corão, na
montanha de Hira, conforme registrado pelo primeiro biógrafo de Maomé,
Muhammad Ibn Ishaq. Segundo ele, Maomé passava algum tempo sozinho na
montanha quando ocorreu o seguinte fato:

– “[Declarou Maomé estas palavras:] Eu estava dormindo quando um anjo se


aproximou de mim com um pedaço de tecido e disse-me: ‘Lê isto!’ Respondi: ‘Não
sei ler!’ Ele apertou o tecido contra mim com tanta força que pensei que ia morrer.
Depois largou-me e voltou a dizer: ‘Lê isto!’ Nervoso, respondi: ‘O que queres que
eu leia?’ O anjo respondeu: ‘Lê em nome do teu Senhor, aquele que criou e fez o
homem a partir de um embrião. Lê, pois o teu Senhor é misericordioso como mais
ninguém sobre a Terra; ele que instruiu o homem pela pena, que lhe ensinou o que
o homem não sabia’. Acordei do meu sonho e era como se aquelas palavras
estivessem escritas no meu coração. Saí da gruta e fiquei de pé na vertente da
montanha. A seguir, ouvi uma voz que me chamava do céu: ‘Maomé: és o
mensageiro de Deus e eu sou Gabriel’. Levantei os olhos e o vi de encontro à linha
do céu. Não me mexi. Quando tentei olhar para o outro lado, continuei a vê-lo”.

Segundo Bukhari e Muslim, o anjo Gabriel teria “aparecido ao Profeta [Maomé],


quando ele estava entre os seus companheiros, sob a forma de um homem
desconhecido, que não demonstrava qualquer vestígio de uma longa viagem, com
roupa muito branca e cabelos negros. Ele sentou-se em frente ao Profeta, os seus
joelhos encostados aos joelhos do Profeta, pousou as palmas nas suas pernas e
conversou com o Profeta. O Profeta mais tarde disse aos seus companheiros que o
homem que viram era o anjo Gabriel”; outra característica física de Gabriel é que
ele teria “seiscentas asas que abrangiam o horizonte”.
Com efeito, o anjo Gabriel recebe todo o crédito pela revelação integral dos textos
sagrados islâmicos a Maomé, apesar destes terem sido revelados de maneira
fragmentária (ao que Maomé respondia que o Corão existia completo no céu [cf.
Sura 25,32]) e, segundo a tradição muçulmana, os muitos fragmentos só terem sido
reunidos após sua morte (em 632 d.C.), por expressa ordem do primeiro califa, Abu
Bakr, ao antigo secretário de Maomé, Zaid, que contou ainda com a cooperação de
outras pessoas (o texto final foi revisto no tempo do califa Otman [644-656], que
determinou que todos os textos corâmicos mais antigos – escritos em folhas de
palmeira, ossos de camelo, pedras, etc. – fossem destruídos; deste modo, o “texto
autorizado” por Otman é o padrão usado por todos os muçulmanos do mundo,
incluindo aí as diversas seitas, muito embora alguns destes grupos afirmem possuir
outros ditos autênticos de Maomé não encontrados no Corão, os “hadith”
[=tradição]).

Não obstante tudo isso, recorde-se também que os muçulmanos reconhecem que o
mesmo Gabriel, tido por “espírito santo”, anunciou o nascimento de Jesus – tido
por mero Profeta e Taumaturgo, de quem procede a Palavra e o Espírito de Deus –
à Virgem Maria (a única mulher chamada pelo nome no Corão, aparece 34 vezes):

– “Diz o anjo Gabriel a Maria: ‘Sou mensageiro do teu Senhor. E teu Senhor disse
que te dar um filho sem relacionar-te com homem é facílimo para Ele, que diz:
‘Faremos dele (=do menino) um sinal e uma graça divina”. Assim encerrou-se o
diálogo entre o espírito santo e a Virgem Maria. Os anjos disseram: ‘Ó Maria,
Deus elegeu-te, purificou-te e elevou-te sobre as mulheres do mundo. Ó Maria
consagra-te ao teu Senhor: inclina-te e prostra-te com os orantes'” (3,42-43).

Eis, então, os porquês de o anjo Gabriel ser muitíssimo popular entre os


muçulmanos…
Na tradição islâmica, quando uma pessoa morre, ela é imediatamente interrogada por dois
anjos chamados de Munkar e Nakir. Embora eles não sejam especificamente mencionados no
Alcorão, muitos estudiosos muçulmanos sustentam a idéia de que eles estão implícitos no seu
livro sagrado, embora praticamente todos os detalhes sobre os anjos estejam fora do alcorão.
Os dois anjos vêm até o cadáver fresco e questionam o falecido sobre seus pontos de vista
sobre Maomé.

Mastema (Judaísmo)
Mastema é considerado o chefe de um grupo de espíritos que surgiram graças ao cruzamento
de anjos com mulheres humanas . Derivado da palavra hebraica para "animosidade", ele
aparece com destaque no livro de Jubileus, uma obra considerada apócrifa por alguns, e é lá
onde ele é descrito como o Anjo da adversidade.

Jofiel (Judaísmo e Cristianismo)


Jofiel é um anjo representado nas religiões judaica e Cristã Ortodoxa. Também é conhecido
como Iophiel, Iofiel, Jofiel, Yofiel, Zofiel, Youfiel e Zophiel. Seu nome significa "Minha
rocha é Deus".

Algumas fontes acreditam que ele foi o anjo que retirou Adão e Eva do Jardim de Éden, o que
o faria ser o primeiro anjo a aparecer na Bíblia. Se esse for o caso, ele também deveria ser o
anjo guardião da Árvore da Vida com uma espada flamejante para impedir o retorno da
humanidade ao Jardim.

Maalik (Islamismo)

O anjo encarregado de guardar o Inferno no Islamismo é Maalik. O anjo é comandado por


Allah. Seu trabalho para vigiar os pecadores que rejeitaram a mensagem de Muhammad.

Acompanhado por 19 guardas angelicais sem nome, Maalik também é encarregado da tortura
sofrida por aqueles que estão presos no inferno. Ele explica para aqueles que tentam escapar
do sofrimento que esta é a sua punição para as vidas que levaram.

Rafael (Judaísmo/Cristianismo)
Este Arcanjo tem como sua principal característica ajudar na cura dos doentes. Ele é o
guardião da saúde. Ele age principalmente nas instituições sociais, nos hospitais e até mesmo
em casas que estejam precisando de sua ajuda.

Além de influenciar na saúde física dos seres humanos, este arcanjo também age sobre a
saúde do espírito, e está sempre procurando confortar as pessoas nas horas de desespero e
acalmar os sofrimentos interiores.

Metatron (Judaísmo/ Cristianismo)


O anjo Metatron, príncipe dos Serafins, governa globalmente todas as forças da criação em
benefício dos habitantes da Terra. Representa o poder da abundância e a supremacia. Ele é
cultuado em tradições judaicas e cristãs.

Mara (Budismo)
Para o Budismo, Mara é o oposto de Buda, ou seja, uma vez que Buda representa a
iluminação, Mara é a escuridão. Ele é um que teria tentado impedir Siddhartha Gautama de
alcançar a iluminação e também vive no interior de cada pessoa tentando mantê-la
adormecida na ilusão do mundo.

Dumah (Judaísmo)

Ele é uma figura popular na mitologia judaica mas ausente nas escrituras sagradas. O anjo
Dumah é responsável pelas almas dos mortos . Além disso, os pecadores são colocados sob
sua guarda e ele garante que eles sejam punidos todos os dias da semana, exceto para o
sábado, quando lhes é dado um indulto.

Raqib e Atid
Também conhecidos como o Kiraman e Katibin, Raqib e Atid são dois anjos da fé islâmica
encarregados de uma tarefa muito específica: eles registram as ações e pensamentos de cada
ser humano na Terra. Raqib registra todas as boas ações de uma pessoa, e ele se senta no
ombro direito. Por outro lado, Atid registra pecados e senta-se à esquerda.

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Rafael Miranda
Criando forças para segurar o forninho de cada dia. Instagram: @rafaelmiranda17
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