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MARAT/SADE

A proposta era assistir ao filme do Peter Brook, MARAT/SADE e discutir sobre assuntos propostos
em aula sobre as teorias de Brecht e Artaud.

A loucura e sua representação é o tema do filme. A perseguição e o assassinato de Jean Paul Marat
pelo grupo teatral do hospício sob a direção do Marquês de Sade.

A temática aborda o encontro entre dois importantes e revolucionários personagens da história Marat
e Sade. Ambos são internos no asilo para doentes mentais em Paris.

Percebemos que o diretor do filme se utiliza de diferentes princípios brechtianos, como por exemplo a
música para reforçar as questões aparentes do texto, além das críticas e consequentes reflexões; o
texto oferece o elemento do distanciamento por ter narração por ex. na apresentação de personagens,
relatos de fatos típicos do épico encontrado em Brecht, além dos cartazes que são utilizados pelo coro
em especial e alguns outros personagens.

Observo também como uma característica da cena épica, a quebra da quarta parede, pois
constantemente os atores/personagens falam diretamente ao espectador através das câmeras que os
filmam.

A Utilização de três câmeras amplia sensação de ruptura com o espaço convencional lançando os
atores em uma experiência limite até a catarse final e a destruição do cenário,
Onde percebemos nitidamente que o caos foi instalado, e isso me fez pensar sobre o teatro e a peste da
teoria de Artaud, pq eles atingem esse estágio para recomeçarem do zero, chegam ao limite, à morte,
para que surja o novo. Acredito eu que os atores devem ter sido submetidos a um treinamento
exaustivo também para a composição dos personagens e aí poderia ter sido utilizada as técnicas do
teatro da crueldade de Artaud, pois os atores parecem estar incorporados pelos personagens de forma
crua, primitiva sem qualquer “aparência” de representação e sim mesmo de estarem vivenciando
aquela cena.

Observei também a utilização de pantomimas e principalmente do grotesco que foi discutido em aula
a respeito da cena épica.
Me pareceu que o diretor Peter Brook acabou utilizando durante a sua filmagem elementos práticos e
teóricos tanto de Brecht quanto de Artaud na filmagem desse filme e ficam claras as duas inspirações,
mas a mim pareceu mais evidenciado elementos do teatro épico brechtiano.

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