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Terse um comentário com base no podcast mabeme, Bertold Brecht, o Teatro épico e
os verbetes Coro) Coralidade e épico presente no lexido
Bertold Brecht, um dramaturgo e poeta alemão, era marxista e todas as suas obras
teatrais são influenciadas por esses ideais em lutas de classes que buscavam
conscientizar a classe trabalhadora sobre sua condição por meio do teatro épico.
Brecht produz sua forma de teatro em um contextos de muita ascensão, na Alemanha
ocorria o partido nacional socialista, agarrada a cultura racista e eugênica. Os meios de
produção capitalistas já mostravam grande desigualdade e situação de trabalho
insalubre.
De grosso modo pode-se dizer que o teatro épico serve para incomodar e deixar
sempre os telespectadores (lá, a classe trabalhadora) atentos, observando e
analisando criticamente.
Para se fazer um teatro épico ele quebra com todas as normas do teatro dramático
Aristotélico, nesse tipo de teatro o tempo, espaço e ação são uma só, o presente é
valorizado e consequentemente tudo deve acontecer partindo dele, sem intervenções
de espaço e tempo ou ações que mudem o contexto do drama. E para se fazer um
teatro épico, ele usa alguns recursos, o distanciamento total dessa realidade era um
deles, colocando o tempo da cena em lugares aleatórios, em cenários e iluminação
grotesca que possibilita a falta de conexão do espectador e personagem. A também
uma quebra do personagens como narrador, essa quebra da quarta parede ela pode
ser feita por um ator-narrador que sempre está em conflito com o que acontece, é esse
personagem que está distante daquela realidade e até pode ser feito por um coro, um
grupo que geralmente vai narrar e expressar opiniões, e que fornecem informações ao
público, ajudando a contextualizar o espetáculo e estimular o senso-crítico.
Atualmente ainda é possível ser criado um teatro épico usando o mesmo contexto
social que na época de Brecht, a desigualdade social ainda existe, não só ela como a
de gênero e racial, a corrupção e a volta crescente da ideologia fascista de eleições
passadas, também são fragmentos que ainda podem ser acionados para provocar
diálogos, reflexões e analises com o teatro épico.
Referências:
MAMBEMBE PODCAST, o Teatro Épico Dialético de Bertolt Brecht.
coro/coralidade, LÉXICO DO DRAMA MODERNO E CONTEMPORÂNEO, de Jean
Pierre Sarrazac
Brecht e o nosso tempo- tempero drag https://youtu.be/bMyD499IQpQ