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Bertolt Brecht

 Bertolt Brecht (1898-1956) foi um dramaturgo e poeta alemão,


criador do teatro épico anti-aristotélico. A sua obra fugia dos
interesses da elite dominante e visava esclarecer as questões sociais
da época. Brecht nasceu em Augsburg na Alemanha, no dia 10 de
fevereiro de 1898. Começou a escrever ainda jovem e publicou o
seu primeiro texto num jornal em 1914.Interrompeu os estudos de
Medicina, em Munique, para servir como enfermeiro da guerra num
Quem foi hospital durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).De volta à
Munique iniciou a sua carreira teatral e literária. A paixão pelo
Bertolt Brecht? teatro impulsionou a vida de Brecht.A obra poética de Bertolt
Brecht é menos conhecida que a obra teatral, mas não menos
importante. Brecht escreveu poemas líricos de forte ironia e
subtileza emocional em que ele mesmo, o indivíduo Bertolt Brecht,
ocupa o lugar principal. O mais famoso poema de Brecht é o
autobiográfico “Do Pobre B.B”.Bertolt Brecht faleceu em Berlim,
Alemanha, de ataque cardíaco, no dia 15 de agosto de 1956.
Como utilizou o teatro como meio político?
 Após o estabelecimento do primeiro Reich, Brecht fugiu da Alemanha
e foi para Nova Iorque nos EUA. Nessa época, a Broadway estava em
altas, influenciando-o na sua terceira fase no teatro : os musicais. As a
uas peças musicais são a junção das culturas européia e norte-
americana, onde trabalhava o didatismo político junto com o
entretenimento musical. Nessa época escreveu por exemplo ‘Mãe
Coragem e seus filhos’, que mostra uma mulher que lucra com a

Brecht em guerra, discutindo as causas e consequências disso, e trazendo músicas


que refletem sobre a narrativa. Uma curiosidade, O Fórum Brecht foi

Nova York um centro educacional e cultural marxista independente no Brooklyn,


Nova York, em homenagem ao escritor alemão Bertolt Brecht. Ao
longo dos anos, o Fórum ofereceu uma ampla programação de aulas,
palestras e seminários públicos, exposições de arte, performances,
oficinas de educação popular e aulas de idiomas.O Fórum Brecht mais
tarde foi encerrado em 2014. Muitos dos professores e ativistas do
Fórum continuaram a oferecer aulas e discussões por meio do Projeto
de Educação Marxista, fundado após o fechamento do Fórum.
 Género teatral teorizado por Bertold Brecht que contrasta com o teatro Aristotélico da mesma
forma que epopeia e drama se opõem como narração e acção.É um teatro de cunho narrativo,
que recusa a ilusão através da utilização de efeitos de distanciação. O que faz com que se
preserve uma atitude crítica por parte do espectador forma a preservar uma atitude crítica por
parte do espectador. A partir de 1926, Brecht deixa o «drama épico» e passa a referir-se a teatro
épico, uma vez que o cunho narrativo apenas se completa em palco. Nesse mesmo ano, ao
escrever Homem é um Homem, peça que tem como tema a «despersonalização do indivíduo»,
Brecht acaba por encontrar o verdadeiro caminhi condutor para o teatro épico. No entender de
Brecht, a forma épica é a única capaz de aprender processos que constituem para o dramaturgo
a matéria para uma alastrada concepção do mundo.As principais ideias do teatro épico é manter
a separação, ou seja, criar o chamada «efeito de distanciamento» entre o palco e o público,

O teatro épico fazendo com que as palavras, as imagens e a música não a representem nem mostrem a
realidade. Perante toda esta situação o espectador vai reagir de uma forma critica e não
emocional. Brecht usou muitos processos para obter este distanciamento, como por exemplo
substituição da representação pela narração, o recurso a temas e ambientes insólitos, o emprego
de máscaras e letreiros, a inclusão da música (fez com que o drama ficasse menos pesado).
Brecht recorre à utilização de recursos literários como a a ironia, a paródia. Quanto aos
recursos cénicos apresenta títulos, cartazes e projecção de textos, os quais comentam
epicamente a acção e demonstram um pano de fundo social.O teatro épico é um teatro oposto
pela natureza do texto e da interpretação, a que Brecht deu o nome de «teatro de ilusão»
designação que engloba igualmente «os clássicos» e os «românticos». Porque, como disse
Brecht, trata-se, não de ver, mas de «suscitar uma crítica social no espectador». Porque «o
essencial é que o teatro implique uma mutação orgânica».
Mãe Coragem
Uma história sobre virtudes, guerra e a paradoxal mente
humana

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