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2022.1
Profa. Elza de Andrade e Prof.Leidson Ferraz.
Por fim, nos palcos e na vida, urgem a releitura crítica da história e das
identidades, o combate aos discursos hegemônicos, à marginalização, ao
genocídio negro, à violência policial, ao desemprego e à pobreza, a busca por
melhores condições de vida, em geral, e para o devido reconhecimento da
população negra no país e a afirmação de seu importante papel histórico,
cultural e social, além da recuperação da memória e a valorização das raízes
africanas e indígenas.
O curso deu uma visão clara sobre a importância do negro do teatro brasileiro,
apesar de todas as adversidades advindas do racismo estrutural vigente no
país, e que na época era ainda mais latente. Hoje podemos contar com gente
da qualidade de um Rodrigo França, ator, diretor, escritor e produtor que
encabeça movimentos que buscam mostrar o protagonismo positivo negro e
que produz na arte, produções a cerca da figura do negro em destaque,
mostrando a potência do nosso povo que pode com certeza através das
ferramentas do teatro, e em especifico do teatro negro, ajudar a construir uma
sociedade mais justa, mais harmônica, com mais oportunidades ao povo negro.
O teatro negro é uma ferramenta antirracista e muito necessária e fiquei bem
entusiasmado que o assunto fizesse parte do currículo do curso de Formação
de Teatro Brasileiro, uma vez que vejo que a maior parte dos assuntos trazidos
nas mais diversas matérias relacionados ao teatro são de conteúdo
eurocêntrico.
Bibliografia:
MENDES, Miriam Garcia, A personagem negra no teatro brasileiro. São Paulo: Ática, 1982.
SANTOS, Joel Rufino dos. A História do Negro no Teatro Brasileiro. Rio de Janeiro: Novas
Direções, 2014.
SOBRAL, Cristiane, Teatros negros. Estéticas na cena teatral brasileira. São Paulo: 2018: Mi
Pariô Revolução, v. 1, Coleção Quadro Negro.