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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC

DENISE DE JESUS SANTOS


LIZANDRA COSTA MURTA ARAÚJO DOS SANTOS

RELATÓRIO CRÍTICO-REFLEXIVO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO I

ILHÉUS-BA
2022

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DENISE DE JESUS SANTOS
LIZANDRA COSTA MURTA ARAÚJO DOS SANTOS

RELATÓRIO CRÍTICO-REFLEXIVO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO I

Relatório entregue ao professor Humberto


para obtenção de nota na disciplina de
Estágio Supervisionado
em Geografia – Ensino Médio I.

ILHÉUS-BA
2022

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RELATÓRIO CRÍTICO-REFLEXIVO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GEOGRAFIA –
ENSINO MÉDIO I

RESUMO

Estagiar no ensino médio é se desafiar todos os dias. É buscar ter um olhar humano
para com os alunos. É tentar passar por cima das dificuldades buscando um amanhã diferente,
de igualdade e união. Ensinar geografia tem muitos impasses, desde a questão metodológica
até o ser professor da disciplina, pois, ao longo do tempo, criou-se uma valorização a temas
voltados à Geografia Física, vendo a geografia apenas de uma forma natural e esquecendo da
parte crítica. Como professores de geografia, devemos buscar formar cidadãos críticos, que
possam olhar para a realidade à sua frente e pensar o que podemos fazer para mudar aquilo
que não nos agrada. Yves Lacoste (2010), afirmou que a função social da geografia é ajudar o
cidadão a “saber pensar o espaço” através da relação entre as práticas espaciais e as distintas
representações do espaço. É necessário elencar os aspectos físicos e geográficos juntamente
com os aspectos sociais. Portanto, o professor tem uma grande tarefa, que não é fácil ser
cumprida, visto a falta de interesse de boa parte dos alunos com a disciplina e a falta de
valorização do professor no mercado de trabalho. Em consideração a estas questões, o
presente relatório crítico-reflexivo traz análises e observações quanto à prática de ensino de
geografia atualmente e na escola pública.

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SUMÁRIO

1. Agradecimentos...................................................................................................5
2. Introdução............................................................................................................6
3. A Importância da Geografia no Ensino Médio...................................................7
4. Relato de experiência do Estágio Supervisionado na Escola..............................11
5. Conclusão............................................................................................................16
6. Bibliografia.........................................................................................................17
7. Anexos e Apêndices...........................................................................................18

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos à Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Agradecemos ao


professor Humberto por todo aprendizado nesta disciplina.
A todos os professores e colegas de classe por toda a troca de conhecimentos. Ao
professor Elder Pedreira por toda a ajuda e orientação.

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INTRODUÇÃO

A prática do estágio possui uma grande importância no que diz respeito à formação
dos estudantes das licenciaturas. É o momento em que os discentes podem pôr em prática os
conhecimentos adquiridos na Universidade e desenvolver inúmeras aprendizagens com os
professores que dedicaram tantos anos ao ensino. Uma vez inserido no ambiente escolar, o
licenciando tem a oportunidade de reconhecer como se dá o funcionamento da escola, como
se relacionar com funcionários e alunos, e, principalmente, analisar de que forma o ensino
está sendo pautado na prática.
Essas experiencias são fundamentais para conectar os licenciandos com a realidade,
com as problemáticas enfrentadas no dia a dia pelos professores. Isso possibilita reconhecer as
dificuldades a serem enfrentadas futuramente como professores de geografia, mas,
certamente, também possibilita a valorização do nosso enorme papel de responsabilidade que
vem da nossa futura profissão. Enxergamos, assim, o potencial de transformação que
podemos possibilitar na vida dos alunos, se optarmos por consolidar todo o aprendizado tão
significativo que tivemos na universidade ao longo de todos esses anos na sala de aula, de
forma crítica e transformadora.
No primeiro momento, o nosso relatório de estágio busca trazer uma breve perspectiva
a respeito das questões relacionadas ao ensino da geografia na atualidade e de como o ensino
de geografia pode ser trabalhado de forma a estimular a aprendizagem significativa dos
alunos; posteriormente, buscamos trazer a questão da desvalorização da geografia que vem
ocorrendo nos últimos anos, motivada por uma série de reformulações educacionais, como a
reforma no ensino médio. Reiteramos a importância da geografia como possibilitadora da
formação da cidadania dos estudantes, e como o conhecimento geográfico possibilita que as
pessoas se enxerguem como agentes transformadores da sociedade. Por fim, realizamos um
breve relato acerca de algumas percepções observadas por nós, durante o tempo em
realizamos o estágio no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães de Canavieiras (BA).

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A IMPORTÂNCIA DA GEOGRAFIA NO ENSINO MÉDIO

Atualmente, o ensino de geografia, no Brasil, passa por um cenário de incertezas. Por


um lado, tem-se discutido cada vez mais, entre estudiosos e professores, alternativas que
visam uma reformulação no ensino de Geografia, com o objetivo de torná-lo mais ajustado às
realidades, mais dinâmico e crítico. Por outro lado, as reformas educacionais ocorridas nos
últimos anos vêm promovendo um apagamento da geografia nas salas de aulas.
A geografia, assim como as demais ciências humanas, vêm tendo seu espaço
diminuído dos currículos escolares e sendo realocada à categoria de desimportante. Diante
desse cenário, cabe a nós, como futuros professores, refletir a respeito dos objetivos ocultos
que permeiam essas reformulações educacionais, bem como, cabe a nós reafirmarmos a
importância da geografia para a formação dos indivíduos e seu papel transformador da
sociedade.
Podemos afirmar que o ensino de geografia tem sido cada vez mais questionado por
parte dos estudantes, pais, e segmentos políticos da sociedade. Com relação aos estudantes, é
bastante comum escutá-los descrevendo a geografia como "monótona", " conteudista" e até
mesmo afirmar que o ensino de geografia não possui um objetivo claro o suficiente para
provocar interesse. Esse desinteresse advindo dos alunos deixa claro que é preciso promover
mudanças significativas no ensino da geografia, buscando novas possibilidades para tornar a
disciplina mais atrativa por meio de novos recursos metodológicos.
Para Marino (2018), falta à geografia ensinada nas salas de aula se adaptar aos novos
tempos. O autor reitera o caráter transdisciplinar da geografia, a qual abarca grandes
possibilidades para construir uma aprendizagem significativa, mas que essa aprendizagem não
tem se dado de forma satisfatória, pois a educação geográfica ainda é pautada em um saber
compartimentado, fragmentado e pouco articulado. Uma das possíveis soluções apontadas
para solucionar essa questão seria buscar construir uma aprendizagem que leve em
consideração a complexidade do mundo atual e que seja capaz de reduzir o distanciamento
entre os saberes.
Marino (2018) apresenta algumas abordagens que podem ser desenvolvidas para
auxiliar no ensino de Geografia: em primeiro lugar, a adoção de uma abordagem multiescalar
para educação geográfica, ou seja, realizar a articulação entre diferentes

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escalas, o local e o global devem ser estudados de forma integrada, o que possibilita ao aluno
entender fenômenos e problemáticas em sua totalidade. O autor observa que se faz necessário
instrumentalizar os jovens para a leitura espacial:

é preciso garantir que os estudantes adquiram a habilidade de leitura gráfica. Mas é


igualmente importante, que jovens adquiram a capacidade de interpretar as
subjetividades e intencionalidades presentes em tais representantes. (MARINO,
2018, p.16)

Por fim, o autor considera necessário construir uma geografia escolar apoiada em uma
aprendizagem que seja significativa, que seja capaz de dar sentido e relevância para os
indivíduos, e levar em consideração os conhecimentos previamente adquiridos.
É perceptível que essas abordagens colocadas por Marino, assim como por diversos
estudiosos do ensino de geografia, buscam promover uma maior autonomia para os
estudantes, e faz-nos constatar que a geografia está fortemente atrelada a uma visão
transformadora, que possibilita aos alunos não apenas a condição de meros observadores, mas
os situa como agentes que têm a capacidade de promover significativas mudanças. Quando
refletimos a respeito do ensino de geografia no ensino médio, isso se torna ainda mais
potencializado, uma vez que, nessa fase da vida, os jovens estão atravessando um momento
extremamente complexo, de redescobrimento e busca por seu lugar no mundo. Diante disso, o
ensino de geografia deve oferecer possibilidades para que os estudantes se tornem cidadãos
que possam fazer a leitura da realidade em que vivem de forma crítica.
A professora Helena Callai reflete a respeito do papel da geografia no ensino médio e
salienta a sua importância na formação da cidadania dos estudantes. Segundo ela, "a
geografia, por meio do conteúdo que trabalha é, dentro das humanidades uma disciplina que
tem todas as condições para colocar aos alunos as ferramentas para tal" (CALLAI, 2012,
p.61).
Para Callai o objetivo da educação geográfica é:

ensinar para vida, para saber e entender que o que acontece nos lugares em que ele
vive é parte de um mundo globalizado, da mesma forma que as guerras, as lutas, os
embates que acontecem mundo afora, mesmo que sejam distantes. (CALLAI, 2012,
p. 74)

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A geografia assume um papel de grande importância para o desenvolvimento da
consciência política e social dos estudantes, possibilitando expandir a compreensão do seu
próprio lugar de vivência, mas também do mundo. Diante disso, cabe o questionamento
acerca do porquê os conhecimentos geográficos têm sido tão questionados por alguns grupos
políticos e porque estes buscam cada vez mais anular o espaço da geografia de dentro das
salas de aula. Segundo Luz Neto, "há em curso um ataque à ciência e aos conhecimentos
científicos, entre eles, os conhecimentos geográficos, os quais são relevantes para a
transformação social" (LUZ NETO, 2021, p. 386).
Este autor considera que tanto a reforma do ensino médio quanto a BNCC têm por
objetivo minar o potencial que pode vir a ser a mobilização do pensamento geográfico para o
desenvolvimento dos estudantes, uma vez que os conceitos e princípios lógicos geográficos
seriam instrumentos intelectuais potentes para a interpretação e construção de práticas
espaciais de forma crítico reflexiva. Luz Neto (2021) também questiona o caráter técnico das
mudanças promovidas pela nova proposta para o ensino médio, a qual ele afirma ser um "
dualismo perverso" (p. 375) em razão de as escolas particulares continuarem a fornecer aos
seus estudantes o acesso a todos os conhecidos escolares, para que sejam aprovados nas
universidades e concursos, ao mesmo tempo que, na escola pública, o foco é apenas o
mercado de trabalho, impossibilitando o acesso aos conhecimentos científicos a esses
estudantes.
Essa questão colocada por Luz Neto (2021) é bastante significativa, pois expõe uma
realidade bastante complexa com relação ao ensino no Brasil: a desigualdade no acesso à
educação. Tem-se um grupo que tem acesso a uma educação pensada e construída para dar
acesso a inúmeras oportunidades, enquanto uma grande parcela da sociedade tem uma
educação restritiva que os direciona unicamente ao mercado de trabalho.
Com as mudanças já estabelecidas, cabe a nós, como futuros professores, buscar
alternativas para ensinar uma geografia que seja capaz de romper com esse paradigma, em
meio a tantas dificuldades educacionais e estruturais presentes nas escolas. O caminho
perpassa o entendimento que temos da profissão professor, pois é fundamental analisar e
questionar esses processos, e buscar, em meio a isso, novas

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alternativas que, apesar de todas as problemáticas, não resultem na promoção de uma
educação conformista. É preciso ensinar a geografia de forma crítica.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA

O estágio supervisionado em Geografia – Ensino médio I foi realizado no Colégio


Luís Eduardo Magalhães, em Canavieiras (BA). A seguir, vamos discutir, brevemente, a
respeito de alguns aspectos relacionados à infraestrutura e a organização da organização da
unidade escolar.
O Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães conta com uma equipe formada por um
diretor e dois vice-diretores em regime de dedicação exclusiva, uma secretária escolar em
regime de tempo integral e uma coordenadora pedagógica. Conta com uma equipe formada
por 18 funcionários, número considerado insuficiente para a manutenção física da escola, que
possui uma boa estrutura. O corpo docente é formado por 35 professores de diversas áreas. A
instituição atende alunos do Ensino Médio regular e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Já o quadro de alunos é constituído por estudantes concluintes do Ensino Fundamental II e da
Educação de Jovens e Adultos, vindos de escolas públicas, municipais, estaduais e
particulares.
A grande maioria dos estudantes do Colégio Modelo é oriunda da zona urbana da
cidade de Canavieiras; não há estimativas a respeito da quantidade total, mas a escola também
recebe alunos vindos das localidades rurais do município. Funciona nos turnos matutino,
vespertino e noturno, e possui: 12 salas de aula, 01 Biblioteca, 01 auditório, 01 laboratório de
ciências, 03 salas de TV e vídeo, 01 sala de artes, 02 salas de língua estrangeira, 01 copa, 03
depósitos, 01 cantina com despensa, 01 almoxarifado, 01 sala de professores, 03 salas de
coordenação pedagógica, 01 sala para direção, 01 sala de vice direção, 01 sala de
coordenação, 01 pátio coberto e quadra poliesportiva, 01 guarita, 01 garagem e uma grande
área verde um pouco arborizada.
Iniciamos o Estágio supervisionado em Geografia – Ensino Médio I no dia 11 de
outubro de 2022. Fomos recebidas de forma bastante positiva por toda a equipe e professores
do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, os quais, durante todo o período de
convivência, se mostraram dispostos a nos auxiliar nas dúvidas que eventualmente surgiram,
bem como, nos ajudaram na realização das atividades que foram desenvolvidas fora da sala de
aula.

Durante a observação em sala de aula, os alunos se mostraram inicialmente tímidos e


até um pouco intimidados com a nossa presença em sala, mas ao longo do

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estágio a situação foi se normalizando; o professor Elder Pedreira também se mostrou
disposto a ajudar-nos, realizando uma interação bastante proveitosa, e expondo algumas
experiências a respeito dos seus anos como professor de geografia. A seguir vamos relatar a
respeito de alguns pontos que foram relevantes durante o nosso período de observação.
Convém destacar que a unidade escolar possui um Projeto Político-Pedagógico (PPP),
o qual não apresenta especificidades com relação ao ensino de geografia. Segundo consta no
PPP, sua organização foi realizada visando seguir os princípios de igualdade, liberdade,
gestão democrática e valorização do magistério. O professor de geografia não possui
planejamento anual para o curso.

Com relação ao planejamento das aulas:

O professor Elder, durante todas as aulas que ministrou e que tivemos a oportunidade
de acompanhar, não apresentou um planejamento detalhado a respeito das aulas e das
atividades desenvolvidas; não apresentou nenhum plano de aula da disciplina. No entanto,
especificou que realiza um planejamento levando em consideração o andamento das
atividades propostas e o desenvolvimento dos alunos em relação às mesmas. Esse
planejamento ocorre de forma mais informal por meio de consultas aos estudantes via grupos
de WhatsApp.

Relação Professor Aluno:

Durante o estágio, pudemos observar que o professor conseguia estabelecer uma boa
comunicação com os alunos. Antes de iniciar a aula, o professor sempre buscava questioná-
los a respeito de como estavam, se apresentavam alguma dificuldade das aulas anteriores,
sempre sendo bastante aberto a ouvi-los. Nós pudemos observar que o professor conseguia
estabelecer um diálogo com todos os estudantes, dos mais comunicativos aos mais tímidos,
sempre buscando incitar a participação dos mesmos durante as aulas.

Relação Aluno – Aluno

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Em todas as turmas que tivemos a oportunidade de realizar a observação, notamos que
os alunos mantinham boas relações entre si. Nunca vivenciamos, em todo o período do
estágio, situações de conflito existentes entre os alunos. Todos mantinham cooperação entre
os grupos pré-definidos por afinidade, mas também estabeleciam comunicação entre os
demais, auxiliando em dúvidas em relação às atividades propostas pelo professor, sendo
respeitosos quando um ou outro colega compartilhava alguma opinião a respeito de algum
questionamento proposto pelo docente.

Conteúdos

Os conteúdos trabalhados pelo professor tinham o enfoque principalmente nas


questões relacionadas a problemas socioeconômicos no Brasil e no mundo. A exemplo disso,
foram trabalhadas: a questão do racismo no Brasil, os direitos das minorias, os problemas
relacionados à emigração, desigualdades sociais etc. Os alunos tinham acesso a um livro da
disciplina de Sociologia e a textos que foram disponibilizados a eles, pelo professor, por meio
de grupos de WhatsApp.
Durante a discussão que o professor realizava em sala de aula, havia questionamento
de sua parte em relação aos conhecimentos dos alunos sobre os conteúdos apresentados. Ficou
bastante perceptível que o professor buscava instigar a participação dos alunos, mas raramente
algum deles emitia alguma opinião a respeito. Foi possível observar também que, de certa
forma, o professor buscava realizar a articulação dos conhecimentos propostos com a
realidade dos estudantes, principalmente por possuir um grande conhecimento a respeito de
questões socioeconômicas e políticas do município de Canavieiras, o que, de certo modo,
despertava a curiosidade dos alunos.

Procedimentos Metodológicos

Podemos afirmar que a metodologia adotada pelo professor não comtempla atividades
interdisciplinares, mas que a mediação desenvolvida ao longo das aulas permite que haja uma
boa aprendizagem. O professor desenvolveu, em razão de seus muitos anos no ensino de
geografia, a capacidade de dominar os assuntos com

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bastante propriedade. Além disso, observamos que o professor se mostrava bastante
atualizado a respeito de questões políticas e sociais e conseguia transmitir aos estudantes uma
visão ampla dos problemas enfrentados na atualidade.
De forma geral, os conteúdos foram introduzidos levando em consideração a realidade
dos estudantes. Consideramos, porém, que apesar disso, faltou uma diversidade em relação ao
uso de recursos didáticos na realização das aulas, que em sua maioria foram expositivas e
dialogadas. Em alguns momentos a prática pedagógica adotada pelo professor se mostrou
estimulante, quando buscou realizar atividades mais dinâmicas em sala de aula, propondo uma
aula em formato de debate em que os estudantes tinham papeis pré-estabelecidos de defesa e
contrariedade de ideias, com alguns temas complexos e muito discutidos na atualidade.
Nesses momentos, foi bastante perceptível que os alunos queriam se expressar e emitir suas
opiniões. As atividades, em sua maioria, se deram de forma coletiva, atividades em grupo,
com a realização de trabalhos escritos e a apresentação por meio de slides e cartazes.

Avaliação

Podemos caracterizar, de acordo com a observação em sala de aula, que o professor


utiliza o mecanismo de avaliação formativa levando em consideração o desempenho dos
alunos nas atividades propostas, nos trabalhos desenvolvidos e nas provas realizadas ao fim
da unidade. Durante o acompanhamento, nós observamos que o professor realizou um diálogo
a respeito dos instrumentos e critérios realizados para a avalição com os alunos.

Parecer Final

Durante o período da realização do estágio de observação, tivemos a oportunidade de


realizar as atividades propostas em sala de aula, mas também desenvolvemos atividades com
o acompanhamento da equipe de gestão do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães.
Explanamos, de forma breve, acerca de como se deu a realização dessas atividades e, em
seguida, finalizamos discorrendo um pouco a respeito de algumas impressões que fizemos da
observação em sala de aula.

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As atividades realizadas com a equipe de gestão consistiram, primeiro, na análise do
Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola, solicitado por nós ao diretor Silvan Avelino, que
nos disponibilizou com bastante disposição. Consideramos para o cumprimento da carga
horaria fora da sala de aula, realizar o acompanhamento das atividades realizadas pela equipe
de gestão, assim, realizamos o monitoramento de como se dava a organização de ambientes na
escola, qual função cada profissional ocupava, como eram realizados os trabalhos, como se
dava a relação dos funcionários com os estudantes. A equipe de gestão se mostrou bastante
participativa e disposta a nos auxiliar durante toda essa etapa. Por fim, nós participamos do
projeto do Dia da Consciência Negra, realizado todos os anos pelo Colégio Modelo Luís
Eduardo Magalhães, com palestras com professores e convidados, além de apresentações
realizadas pelos estudantes.
Consideramos o estágio de observação bastante proveitoso para a nossa formação
acadêmica; tivemos a oportunidade de adentrar o ambiente escolar e visualizar várias
problemáticas que só conhecíamos por meio de artigos e das aulas ministradas pelos
professores na Universidade. Pudemos enxergar as problemáticas a respeito do ensino de
geografia na escola, bem como o desinteresse dos estudantes pela disciplina e a dificuldade
que existe na prática para implementar um ensino de geografia mais dinâmico e mais crítico,
que possibilite resgatar o interesse dos estudantes e propiciar a estes uma formação como
cidadãos mais críticos perante suas realidades. Vivenciamos, também, pela primeira como a
geografia foi impactada pelas reformulações educacionais e como, perante a isso, temos que
buscar alternativas para que a geografia continue a resistir nos currículos escolares
preservando seus princípios de auxílio na construção de uma sociedade mais justa e
igualitária.

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CONCLUSÃO

Ao longo do relatório, realizamos uma breve exposição a respeito das atividades que
empreendemos durante o Estágio Supervisionado em Geografia – Ensino médio I, no Colégio
Modelo Luís Eduardo Magalhães. Durante esse período, tivemos a oportunidade de conviver
com os alunos, adquirir conhecimentos com o professor, e entender vários aspectos do
funcionamento da sala de aula. Por fim, gostaríamos de salientar o quanto o estágio de ensino
médio I foi fundamental para que nós, licenciandas do curso de Geografia, nos enxergássemos
como futuras professoras e valorizássemos ainda mais essa profissão.

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BIBLIOGRAFIA
CALLAI, H.C. Educação geográfica: ensinar e aprender geografia. In: MUNHOZ, G.;
CASTELLAR, S.V. (Org.). Conhecimentos Escolares e Caminhos Metodológicos.
1.ed. São Paulo: Xamã, 2012. p.73.
LUZ NETO, D.R.S. Afinal, para onde caminha o ensino de geografia no contexto da
reforma do ensino médio e a implementação da BNCC? Terra Livre, v,n.
56.p370/397,jan-jun/2021
LACOSTE, Yves. A Geografia – Isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. São
Paulo: Papirus Ed, 2010.

MARINO, L.F. Derrubando Muros e Cercas: Novas Abordagens para o ensino de


geografia no século XXI. Revista e- Mosaicos. Rio de Janeiro,v.7,n.15,ago.2018.
p.157-179.

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ANEXOS E APÊNDICES

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