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LITE R AT UR A
AT IV IDA D ES PA R A SA LA
04 Sim, pois, por meio das intervenções realizadas pelas esti-
listas, a arte assumiu um novo significado, podendo ser
vestida e não apenas contemplada. A manipulação e a 01 E
associação com o espectador possibilitaram a concepção O poema cita o nome cláudio, uma referência ao poeta
de um novo propósito para as obras de arte. árcade Cláudio Manoel da Costa. A forma semiconcretista
do poema sugere um ambiente de muitas opressões, por-
que, mesmo quando parece haver uma saída para o eu lírico
05 A proposta de transposição e desenvolvimento de novas
linguagens e a ressignificação das obras de arte e de seu (um sótão, um canto etc.), sempre há algo depois do “&”.
papel perante o espectador remetem a uma ação de rup-
tura de ideais formais, da “arte pela arte” e do aspecto 02 A
puramente contemplativo e estético das primeiras van- No poema, os sinais gráficos como “&” e as próprias letras
guardas do século, assumindo, assim, uma posição pró- adquirem novos significados por meio de uma disposição
xima aos interesses das neovanguardas, das gerações diferente e também pela inserção de “explicações” sobre
posteriores do Modernismo e de movimentos como a
eles, ganhando expressividade.
Concept Art e o Tropicalismo – este último que viria a sur-
gir em seguida.
03 C
O poema utiliza termos de outras línguas agregados ao
Agora é com você – Pág. 7 português, como she e he, do inglês, e serpens e homo,
do latim. Além disso, faz uso do espaço em branco da
01 a) Primeiro, o poema chama a atenção por, visualmente, página, tendo-se o vocábulo She no meio e as colunas
fugir da estrutura em versos tradicionais, pois, embora
explicativas na direita e na esquerda.
seja possível distinguir quatro estrofes, a linearidade
dos versos é rompida, assim como a expectativa do
rigor da métrica e da rima. Em segundo lugar, visual- 04 D
mente é possível reconhecer que as estrofes remetem Apenas a afirmativa IV está incorreta, porque não há
à figura de um ovo, pelo formato oval, e de um novelo, esquema de rimas fixo; a forma é livre, e os versos são
em que os versos parecem suas linhas. brancos.
02 A 09 C
O recurso à valorização dos elementos tipográficos dos poe- A questão relaciona a crítica do poema à vida urbana, mar-
mas, com a valorização dos espaços em branco e a topogra- cada pelo materialismo, à concepção de fugere urbem, cara
fia das palavras, que sofrem transformações e se fragmen- aos árcades e presente nos versos de Cláudio Manuel da
tam, é uma das principais características da poesia concreta. Costa.
03 D 10 A
Os anagramas reproduzidos à exaustão e de modo apa- O eu lírico fala como poeta, indicando ser uma pessoa
rentemente arbitrário remonta à ideia central do poema, comum, como o leitor. Ao fazer isso, ele demonstra que não
ou seja, o acaso. é melhor do que ninguém, mas convida o leitor a juntar for-
ças com ele para que, juntos, milhões de homens comuns
possam fazer algo para mudar a ordem social vigente.
04 C
O ideal de “arte pela arte” é uma concepção esteticista,
cara aos parnasianos, que cultuavam as formas fixas, como o
soneto. Para os concretistas, as estruturas tradicionais bele-
tristas deveriam ser superadas em favor de estruturas novas
e experimentalismos múltiplos com as “palavras-objeto”.
05 D
A afirmação III está errada, pois a vanguarda neoconcreta
deixou uma marca indelével na poesia brasileira e tam-
bém se projetou para o mundo, antecipando tendências
contemporâneas. Os poemas compostos por Haroldo de
Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari são estu-
dados ainda hoje, e seu pioneirismo é salvaguardado pela
crítica.
06 E
Todas as afirmações estão corretas: o poema de Pignatari
de fato consiste em uma obra do Concretismo, neovan-
guarda que primava pela descoberta e redescoberta da
materialidade dos signos e da composição imbuída da
linguagem das novas mídias, entre elas a publicidade.
Entre as características dessa linguagem está o uso do
imperativo, recurso que o poema explora, além da alite-
ração, para subverter o sentido original da publicidade,