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Rosa Brı́gida Almeida de Quadros Fernandes

EXERCÍCIOS DE MATEMÁTICA

PRIMEIRO ANO DE CURSO TÉCNICO SUPERIOR PROFISSIONAL DA


ESCOLA DE TECNOLOGIA DE TOMAR

Unidade departamental de Matemática e Fı́sica do


Instituto Politécnico de Tomar

Tomar

2022
1. REVISÕES
Sempre que se aprende um novo assunto tenta-se estabelecer pontes (ou ligações) entre o que se
vai aprender e o que já se conhece. É muito importante que essas ligações fiquem bem percebidas
para que o estudante consiga aprender o novo assunto apoiado pelo que já conhece bem. Por esse
motivo, e ao longo desta primeira parte da disciplina, aparecerão exercı́cios em que se solicita ao
estudante que faça a ponte entre a linguagem matemática e a linguagem comum (ou habitual) do
nosso dia a dia e vice versa. Pretendemos assim minimizar situações em que o aluno afirma não
ter percebido a questão, embora a tivesse sabido responder.
No prosseguimento das aprendizagens em matemática é necessário verificar quais os assuntos
que ficaram com deficiências de compreensão como, é o caso, da aplicação de regras em situações
em que as regras não podem ser aplicadas.
Os erros mais frequentes nos exercı́cios efetuados pelos estudantes são:
• a utilização da regra dos sinais nas operações de soma e subtração. Por exemplo, a soma
de dois números negativos tem de ser igual a um número ainda mais negativo. Para somar
dois números negativos podemos pôr em evidência o sinal menos que está em comum nas
duas parcelas, pela propriedade distributiva da multiplicação em relação à soma:

−2+(−3) = −(2 + 3) = −5. (1.1)

A afirmação: ”menos com menos dá mais”, da regra dos sinais, apenas é válida quando a
operação é uma multiplicação ou divisão, neste exemplo temos uma adição.

• o uso de regras da multiplicação ou divisão de potências nas expressões que contêm ape-
nas somas e subtrações de potências. Por exemplo, quanto é um milhão menos cem? Te-
remos primeiro de fatorizar o aditivo e o subtrativo de modo a que obtenhamos um fator
comum às duas parcelas e depois por em evidência o fator comum, aplicando a propriedade
distributiva da multiplicação em relação à subtração:

106 − 102 = 104 × 102 − 1 × 102 = (104 − 1) × 102 = 9999 × 102 = 999900 (1.2)

Um milhão menos cem é novecentos e noventa e nove mil e novecentos. Mas alguns alunos
responderiam erradamente: um milhão menos cem é dez mil. Estariam erradamente a
aplicar a regra do produto de potências com a mesma base num exemplo em que temos
uma subtração de potências.

• a aplicação da regra três-simples a todos os problemas, incluindo aqueles em que não existe
proporcionalidade direta.

• a simplificação de fatores comuns em somas ou em multiplicações cujas parcelas ou fatores


contenham termos comuns. Por exemplo dois segundos mais sete segundos são nove segun-
dos, pela propriedade distributiva da × em relação à +, pondo em evidência o fator comum
na soma que neste caso é a unidade, o segundo:

2 s + 7 s = (2 + 7) s = 9 s. (1.3)

Alguns alunos responderiam dois segundos mais sete segundos são nove. Então e a unidade?
Cortou? Com o quê? Só porque era fator comum nas duas parcelas?
O que então poderá justificar as simplificações nos cálculos?

2
• as regras se o aluno perceber como se derivam e em que situações elas podem ser aplicadas

• as propriedades das operações aplicam-se sempre

Por esse motivo será sempre solicitado a justificação das simplificações nos exercı́cios resolvidos
pelo estudante. As simplificações e as aplicações das propriedades das operações deverão ser
explicitamente explicadas, para que o estudante vá progressivamente aprendendo matemática.

1.1 Revisões de nomenclatura das operações


Nas quatro operações aritméticas básicas, são utilizados os seguintes termos:

• ADIÇÃO, Exemplo: 2 + 5 = 7; 2 ou 1ª parcela; 5 ou 2ª parcela; 7 ou soma;

• SUBTRAÇÃO, Exemplo: 7 − 3 = 4; 7 ou aditivo; 3 ou subtrativo; 4 ou diferença;

• MULTIPLICAÇÃO, Exemplo: 4x2 = 8; 4 ou 1ª fator; 2 ou 2ª fator; 8 ou produto;

• DIVISÃO, Exemplo: 6 : 3 = 2; 6 ou dividendo ou numerador; 3 ou divisor ou denominador;


2 ou quociente);

• POTÊNCIA, Exemplo: 23 = 8; 2 ou base; 3 ou expoente; 8 ou potência



• RADICIAÇÃO, Exemplo: 3 8 = 2; 8 ou radicando, 3 ou ı́ndice da raiz; 2 ou raiz e o sı́mbolo

é o radical

• MÓDULO, Exemplos: | − 3| = 3 o módulo de um real é igual à distância desse real à origem,


valor sempre postivo, |t − 4| = 7 representa os reais cuja distância ao número 4 é 7, isto é, t
representa os reais 4 + 7 = 11 e 4 − 7 = −3.

• FUNÇÃO, Exemplo: f (ator) = primeiro filme em que o ator participou, f é o nome da função,
ator é o nome da variável independente da função, primeiro filme em que o ator participou
é o nome da variável dependente

• EXPRESSÃO ALGÉBRICA, Exemplo: metade da terça parte de um número real, x ∈ R, é:


(x/3)/2

• EQUAÇÃO DO 1º GRAU, Exemplo: o triplo do número que queremos determinar adicio-


nado a um meio é três meios: 3 × y + 1/2 = 3/2.

• EQUAÇÃO DO 2º GRAU, Exemplo: O quadrado do número que queremos determinar adi-


cionado ao seu dobro é igual a menos um: z2 + 2 × z = −1.

1.2 Sinais de multiplicação e divisão


Antes de considerarmos as propriedades das operações vamos rever todos os sı́mbolos matemáticos
utilizados para a multiplicação e divisão de números, unidades e variáveis:

3×2 = 3∗2 (calculadoras, livros antigos) = 3·2 (ponto a meia altura), 3 x( espaço entre variáveis)
(1.4)

3
e os sı́mbolos matemáticos para a divisão:
3 1
3 ÷ 2 = 3/2 = = 3× (1.5)
2 2

Especial cuidado deve ter-se com os sinais da adição e subtração que deverão ter um tamanho su-
ficientemente grande para que não possam ser confundido com um ponto ou com o sinal habitual
da multiplicação.

1.3 Propriedades das operações


A manipulação de expressões algébricas pode ser facilmente simplificada se fizermos uso das
propriedades das operações. Vamos então fazer uma breve revisão destes tópicos.
Relembre as propriedades da adição:

• comutativa, a troca de parcelas não altera o resultado, como exemplo:


3 3
0, 01 + + 0, 99 = + 0, 01 + 0, 99 (1.6)
7 7

• associativa, a ordem de associação das parcelas é arbitrária, como exemplo:


3 3 3
 
+ 0, 01 + 0, 99 = + (0, 01 + 0, 99) = + 0, 01 + 0, 99 (1.7)
7 7 7

• elemento neutro, a adição pelo número zero não altera o resultado, como exemplo:
3 3 3
+0 = 0+ = (1.8)
7 7 7

• elemento simétrico, a adição com o simétrico dá zero, como exemplo:


3 3 3 3
 
+ − = − = 0, (1.9)
7 7 7 7
a
em que se usou o fato de que o elemento simétrico da fração b é igual ao produto de −1 pela
própria fração:
a a a
simétrico de = (−1) × = − (1.10)
b b b
Note ainda que o simétrico de um número negativo é um número positivo e vice-versa, por
exemplo:

simétrico de (−1) = (−1) × (−1) = +1 = 1 (1.11)

4
e as propriedades da multiplicação:
• comutativa, a troca de fatores não altera o resultado, como exemplo:
3 3
0, 01 × × 100 = × 0, 01 × 100 (1.12)
7 7

• associativa, a ordem de associação dos fatores é arbitrária, como exemplo:


3 3 3
× 0, 01 × 100 = × (0, 01 × 100) = × 1 (1.13)
7 7 7

• elemento neutro, a multiplicação pelo número um não altera o resultado, como exemplo:
3 3 3
×1 = 1× = (1.14)
7 7 7

• elemento inverso, a multiplicação pelo inverso dá um, como exemplo:


 −1
3 3 3 7 3 × 7 21
× = × = = = 1, (1.15)
7 7 7 3 7 × 3 21
em que se usou o fato de que o elemento inverso de uma fração ba é
 −1
a a b
inverso de = = (1.16)
b b a
e a igualdade de multiplicação de frações, atendendo às propriedades da multiplicação:
a c 1 1 1 1 a×c
× = a × × c × = a × c × × = (a × c) × (b−1 × d −1 ) = (a × c) × (b × d)−1 = (1.17)
b d b d b d b×d

• distributiva da multiplicação em relação à adição, como exemplo: se a três milhões (3×106 )


subtrairmos duzentos mil (0, 2 × 106 ) obtemos dois vı́rgula oito milhões, basta por o fator
comum nesta soma, o milhão (106 ), em evidência usando a propriedade distributiva em
relação à adição:
3 × 106 − 0, 2 × 106 = 3 × 106 + (−0, 2 × 106 ) = (3 + (−0, 2)) × 106 = 2, 8 × 106 . (1.18)
Embora não nos apercebamos, quando somamos duas quantidades na mesma unidade de
medida estamos a usar a propriedade distributiva da multiplicação em relação à soma,
pondo em evidência a unidade comum, por exemplo, três centı́metros mais meio centı́metro
são três centı́metros e meio:
3 cm + 0, 5 cm = 3 × cm + 0, 5 × cm = (3 + 0, 5) × cm = 3, 5 cm (1.19)

• elemento absorvente, a multiplicação por zero dá zero, como exemplo:


3 √
× 0 = 0 = 7 × 0 = · × 0. (1.20)
7
Note-se que se um produto de dois ou mais fatores der zero, um dos fatores terá obrigato-
riamente de ser zero, embora todos possam ser zero:
x × y = 0 ⇔ x = 0 ∨ y = 0, (1.21)
esta é a designada Lei do anulamento do produto.

5
1.4 Significado da subtração e da divisão
SUBTRAIR É SOMAR O SIMÉTRICO DO SUBTRATIVO

· − · = · + (−·) (1.22)

Note que subtrair, no conjunto dos números reais, equivale a somar com o elemento oposto (ou
simétrico)do subtrativo:

x − y = x + (−y), −y é o simétrico de y

Por exemplo, se quisermos referir-nos a um pastor que tinha 2 ovelhas, perdeu 3 ao jogo, tendo
ficado a dever uma ovelha, poderemos sumariar esta história com a seguinte subtração:

2 ovelhas − 3 ovelhas = -1 ovelha ou se não incluirmos as unidades: 2 − 3 = 2 + (−3) = −1.

As propriedades da operação de adição obtêm-se por generalização a partir das propriedades de


adição de números naturais.
Se a subtração corresponde à soma com o elemento simétrico, então, por exemplo, o resultado
de 3 menos 0, 2 é igual à soma de 3 com o simétrico de 0, 2:

3 − 0, 2 = 3 + (−0, 2) = 2, 8 (1.23)

em que o elemento simétrico é obtido multiplicando o elemento por −1, por exemplo: o elemento
simétrico de −3 é 3:

simétrico de − 3 = −1 × (−3) = 3 (1.24)

DIVIDIR É MULTIPLICAR PELO INVERSO DO DENOMINADOR OU DIVISOR

numerador ÷ denominador = numerador × (denominador)−1 (1.25)

Dividir, no conjunto dos números reais, equivale a multiplicar pelo elemento inverso:

z 1 1
= z × = z × y −1 , y −1 = é o inverso de y
y y y

Por exemplo, se quisermos calcular metade de um bolo tanto podemos dividir o bolo por dois
como multiplicar o bolo por 0, 5 que é o inverso de 2:

1 bolo 1 1
metade do bolo = = × bolo = 0, 5 × bolo, 0, 5 = é o inverso de 2
2 2 2
Se a divisão corresponde à multiplicação pelo inverso do denominador, então, por exemplo, o
resultado de 3 a dividir por 2 é a multiplicação de 3 pelo inverso de 2 = 12 , (inverso da fração 21 =
1
2 ):

3 1
3÷2 = = 3 × (inverso de 2) = 3 × (2)−1 = 3 × , (1.26)
7 2

6
ou ainda, o resultado de três a dividir por um meio (metade de um) é a multiplicação de três pelo
elemento inverso de um meio:
 −1
1 3 1 1 2
 
3 ÷ = 1 = 3 × inverso de = 3× = 3 × = 3 × 2 = 6. (1.27)
2 2 2 2 1

Dividir por 1 é o mesmo que multiplicar pelo inverso de 1 (o inverso de 1 é 1), isto é, o resultado
fica igual ao numerador da fração:
 −1)
x −1 1 1
= x×1 = x× = x × = x × 1 = x. (1.28)
1 1 1

Este resultado é útil para reescrever qualquer número ou variável algébrica na forma de uma
fração de denominador igual a um:
x
x= . (1.29)
1

Uma consequência da existência do elemento inverso da multiplicação é que qualquer número ou


variável ou unidade ou produto destes dividida por ela própria é igual a 1:
3498, 78 1m 100 cm 1h 3600 s
=1= =1= =1= =1= (1.30)
3498, 78 100 cm 1m 3600 s 1h

Note que uma vez que 1 m é igual a 100 cm, se dividirmos estas duas quantidades iguais o re-
sultado é igual a um. Assim ficamos com um processo de converter uma qualquer igualdade no
elemento neutro da multiplicação, sob a forma de fração. Ao elemento neutro da multiplicação
escrito na forma de fração envolvendo diferentes unidades ou expressões designa-se por fator de
conversão. Ele é muito útil quando se pretende mudar de uma quantidade para outra igual mas
com outra forma, bastando para isso multiplicar a quantidade pelo respetivo fator de conversão.
Por exemplo, se quisermos determinar uma massa em libras a partir do respetivo valor em gra-
mas, m = 200 g, apenas necessitamos de conhecer a igualdade que exprime a relação entre gramas
e libras: 1 lb = 453.6 g para construir o respetivo fator de conversão. Este fator deverá conter no
denominador a unidade que se pretende alterar e no numerador a nova unidade:

1 lb
fator de conversão de gramas (denominador) para libras (numerador) = = 1. (1.31)
453.6 g

Depois de obtida a expressão do fator de conversão multiplica-se a massa dada pelo fator de
conversão e após efetuada a multiplicação de frações obtém-se o solicitado:

200 g 1 lb 200 g × 1 lb 200 g × lb 200 lb g 200 lb g 200 1000


m= × = = = = × × = lb = lb.
1 453.6 g 1 × 453.6 g 453, 6 × g 453.6 g 453, 6 1 g 453, 6 2268
(1.32)

Na multiplicação (ou divisão) de expressões algébricas, com diferentes sinais, deverá ter em
conta a seguinte REGRA DOS SINAIS. O produto (ou razão) resultado da multiplicação (ou
divisão) de expressões

7
• com o mesmo sinal, ambas positivas ou ambas negativas, virá afeto de um sinal mais;

• com sinais contrários, uma afeta do sinal mais e a outra afeta do sinal menos, virá afeto de
um sinal menos.

Note que a regra dos sinais não se aplica às operações de adição e subtração. Obviamente que
se somarem dois números negativos o resultado dará negativo e se se somarem dois números
positivos o resultado dará positivo. Basta pensar no sinal mais como um crédito e no sinal menos
como um débito para que o resultado anterior seja intuitivamente óbvio. O resultado final na
subtração terá o sinal do número de maior valor absoluto. Para efeitos práticos e para o ajudar a
deduzir o resultado de 10−15 ou +10−15 idealize uma situação com um elevador em que ao mais
associa uma subida e ao menos uma descida. Se subisse dez andares para cima e seguidamente
quinze andares para baixo onde ficaria no final? Obviamente que estaria cinco andares abaixo do
piso de onde tinha partido antes de começar a subir:

10 − 15 = +10 − 15 → subo 10 e desço 15 → cinco andares abaixo → −5. (1.33)

A figura 1.2 sistematiza a regra dos sinais na multiplicação e divisão e foi retirada de: March 5,
2020 by Anne Helmenstine (updated on August 24, 2022).

Figura 1.1: Multiplicação e divisão de números positivos e negativos

1.5 O que é multiplicar, potenciar, logaritmar e calcular o módulo?


MULTIPLICAR POR UM INTEIRO É EFETUAR UMA SOMA REPETIDA, COM O NÚMERO
INTEIRO DE PARCELAS

a×b = a + ··· + a , se b ∈ N e b > 1 (1.34)


| {z }
b parcelas iguais

ou

a×b = b + ··· + b , se a ∈ N e a > 1 (1.35)


| {z }
a parcelas iguais

As propriedades da operação de multiplicação obtêm-se por generalização a partir das proprie-


dades de produto de números naturais.

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POTENCIAR, COM EXPOENTE INTEIRO, É MULTIPLICAR A BASE DA POTÊNCIA TANTAS
VEZES QUANTAS O EXPOENTE INDICAR

an = a × · · · × a , se n ∈ N e n > 1 (1.36)
| {z }
n fatores iguais

A potencia, de base a elevado ao expoente n, de notação: an , envolve a base a e o expoente


n. No caso particular em que n é um número natural maior do que 1, a potência an indica a
multiplicação da base a por ela mesma tantas vezes quanto indicar o expoente n. No caso do
expoente ser igual a um, a potência é igual à base:

x1 = x, x ∈ R. (1.37)

Se a base, a, for diferente de zero, esta também pode ser elevada a expoentes negativos. Quando
a base a é um real positivo, é possı́vel definir an para todo o n real e complexo. As funções
trigonométricas podem ser representadas por exponenciais complexas. As seguintes potências
simbolizam indeterminações:

00 , 0n , n < 0 , ∞0 , 1∞ . (1.38)

As propriedades da operação de potenciação por um expoente racional obtêm-se por generalização


a partir das propriedades de potenciação de expoente natural maior do que um.
A raiz quadrada de um número real positivo é um exemplo de uma relação binária de conjunto de
+ +
partida: R√0 e conjunto de chegada R, que a cada x ∈ R0 associa y√∈ R.√Se y for uma raiz quadrada
2
de x (y = x), então o quadrado de y é igual a x: y = y × y = x × x = x. Para x diferente de
zero, existem sempre duas raı́zes quadradas de um qualquer real positivo, a raiz positiva e a raiz
negativa:

y = ± x ⇔ y 2 = x.
Dado, por exemplo, o número real positivo quatro, existem dois reais (dois e menos dois) que ele-
vados ao quadrado são iguais a quatro. Estes dois reais, 2 e -2, são designadas as raı́zes quadradas
de 4:

± 4 = ±2.

LOGARITMAR É DETERMINAR O EXPOENTE

loga (b) = x ⇔ ax = b, com a ∈ R+ {1} (1.39)

O logaritmo, base a, de b é o expoente da potência de base a tal que a elevado ao expoente é igual
a b, designado por logaritmando.
CALCULAR O MÓDULO É POSITIVAR


−x,

 x<0
|x| =  (1.40)
+x,
 x≥0

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Por exemplo, o valor absoluto (ou o módulo) do número positivo 3,5 é 3,5:

|+3, 5| = +3, 5 = 3, 5

mas o valor absoluto do número negativo -10 é +10:

|−10| = +10 = 10

1.6 Regras de prioridade das operações


Na avaliação ou simplificação ou interpretação de uma qualquer expressão matemática, começa-
se sempre no sentido da esquerda para direita, na ordem em que as operações aparecerem, tendo
em conta as regras de prioridade das operações. É necessário realizar cada uma das operações
incluı́da na expressão, respeitando a prioridade entre elas. Começa-se sempre por resolver as
operações:

i entre parênteses;

ii a potenciação e radiciação têm prioridade sobre todas as restantes operações, a multiplicação


e divisão têm sempre prioridade sobre a adição e subtração;

iii no caso de as operações serem só adições ou, exclusivamente, só multiplicações e como estas
operações são associativas e têm igual prioridade estas podem ser resolvidas ou não pela
ordem em que aparecem.

iv na adição ou subtração de frações de diferentes denominadores é necessário reduzir ao


mesmo denominador antes de se poderem subtrair ou somar os numeradores das respetivas
frações.

A figura 1.2 foi retirada do site: obaricentrodamente.com.

Figura 1.2: Ordem das operações

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Tabela 1.1: Propriedades das operações, regra dos sinais e de prioridade
propriedades + e × exemplo para a adição exemplo para a multiplicação
comutativa 2+3 = 3+2 4×5 = 5×4
associativa 2 + 3 + 1 = 2 + (3 + 1) = (2 + 3) + 1 2 × 3 × 4 = 2 × (3 × 4) = (2 × 3) × 4
elemento neutro 2+0 = 2 2×1 = 2
elemento simétrico / inverso 2 + (−2) = 0 2 × 21 = 1
distributiva da × rel. à + 2 × (3 + 4) = (2 × 3) + (2 × 4) a + não é distributiva relat. à ×
propriedades potência exemplo para a potenciação
com expoente inteiro 42 = 4 × 4
potência de potência (42 )3 = (4 × 4)3 = (4 × 4) × (4 × 4) × (4 × 4) = 4(2×3) = 46
×, com o mesmo expoente 24 × 34 = (2 × 2 × 2 × 2) × (3 × 3 × 3 × 3) = (2 × 3)4
×, com a mesma base 24 × 23 = (2 × 2 × 2 × 2) × (2 × 2 × 2) = 2(4+3) = 27
expoente um 21 = 2
expoente zero 20 = 1
elemento inverso 2−1 = 21
3 3
expoente negativo 2(−3) = 2(−1) = ( 12 )3 = 213
5 √
7
expoente racional 75 2( 7 ) = 25
base e e exp. imag. puro eix = cos x + i sin x
propriedades logaritmo exemplo para o logaritmo
√ 1
significado (expoente?) log4 (2) = log4 ( 4) = log4 (4 2 ) = 21
da potência log4 (52 ) = 2 × log4 (5)
do produto log4 (5 × 6) = log4 (5) + log4 (6)
da razão log4 ( 56 ) = log4 (5) − log4 (6)
de um log4 (1) = 0
de zero log4 (0) = −∞
noutra base log16 (64) = log4 (64)/ log4 (16)
Propriedades da relação de maior ou igual (≥), menor ou igual (≤) ; ∀x, y, z ∈ R ∧ ∀a, b, c, d ∈ R+
exemplo particular exemplo geral
ordem 2≤3⇔3≥2 x≤y⇔y≥x
2 ≤ 3 ⇔ −2 ≥ −3 x ≤ y ⇔ −x ≥ −y
transitiva 2≤3≤5⇔2≤5 x≤y≤z⇔x≤z
antisimetria 2 ≤ 2∧2 ≥ 2 ⇒ 2 = 2 x ≤ y ∧x ≥ y ⇒ x = y
transitividade 2 ≤ 3 ⇒ 67 + 2 ≤ 67 + 3 x ≤ y ⇒ a+x ≤ a+y
2 ≤ 3 ⇒ 5×2 ≤ 5×3 x ≤ y ⇒ a·x ≤ a·y
100 ≥ 50 ∧ 3 ≥ 2 ⇒ 3 × 100 ≥ 50 × 2 a ≤ b ∧ c ≤ d ⇒ a × c ≤ b × d
5 ≥ 2 ⇔ 1/5 ≤ 1/2 a ≤ b ⇔ 1/a ≥ 1/b
Regra dos sinais para o produto e quociente
exemplo particular exemplo geral
produto nrs. + 100 × 3/4 = 75 (+) × (+) = (+)
quociente nrs. + 100 ÷ 1/4 = 400 (+) ÷ (+) = (+)
produto nrs. − −100 × (−3/4) = 75 (−) × (−) = (+)
quociente nrs. − −100 ÷ (−1/4) = 400 (−) ÷ (−) = (+)
produto nrs. + e − −100 × 1/2 = −50 (−) × (+) = (−) ou (+) × (−) = (−)
quociente nrs. + e − −100 ÷ 1/2 = −200 (−) ÷ (+) = (−) ou (+) ÷ (−) = (−)
Atenção às regras de prioridade no cálculo de expressões com funções, várias operações e ()

11
1.7 Exercı́cios resolvidos com justificação passo a passo
1.7.1 Avaliação de expressões numéricas e algébricas
Antes de começar a praticar a manipulação de expressões algébricas certifique-se que percebe o
significado das operações básicas de:

• adição, +;

• subtração, −, soma com o simétrico do subtrativo;

• multiplicação, ×, soma repetida, no conjunto dos números inteiros;

• divisão, ÷, multiplicação com o inverso do denominador;

• potência, , multiplicação repetida, se o expoente no conjunto dos números inteiros maiores


que um;

As operações −, ×, ÷ e são definidas com base na noção de soma. Se entende estas operações sabe
avaliar, sem cometer erros ou ter dúvidas nas seguintes expressões numéricas:

1. 17 = 2 + 5 ∗ 3 = 2 + (5 + 5 + 5) = 2 + (3 + 3 + 3 + 3 + 3) , 21 = (2 + 5) × 3;

2. −49 = 1 − 50 = 1 + (−50) = −50 + 1 , 49 = 50 − 1;

3. (1 ÷ 6) = (1 ÷ 2) ÷ 3 = (1 ÷ 2) × 3−1 = (1 ÷ 2) × (1 ÷ 3) , (3 ÷ 2) = (1 ÷ 2) × 3;

4. 16 = 42 = 4 × 4 , 8 = 4 × 2.

5.

Recomenda-se a seguinte metodologia de boas práticas na avaliação ou simplificação de expressões


numéricas e algébricas:

• Leia o enunciado do problema, sublinhando os dados e o que é solicitado;

• reescreva o enunciado e o(s) dado(s) em notação simbólica;

• partindo do(s) dado(s) e utilizando o sinal de igual reescreva-o(s) utilizando a(s) propri-
edades e definições da(s) operações adequadas, fatorizando as parcelas da expressão de
modo a explicitar fatores comuns que possam ser evidenciados ou simplificados;

• numa coluna separada das manipulações vá explicitando, passo a passo, a(s) propriedade(s)
que utiliza;

• repita o procedimento anterior começando por reescrever o sinal de igual;

• verifique se a solução que encontrou corresponde ao solicitado e se tem significado no


contexto do exercı́cio.

• elabore um resumo das propriedades aplicadas na resolução

• conclua.

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1.7.2 Resolução de equações do primeiro grau
Uma equação a uma incógnita, em linguagem do dia a dia, é uma pergunta sobre um número
desconhecido. Para representar o número desconhecido usa-se uma letra, x em geral, ou conjunto
de letras sem espaços entre elas, por exemplo vel. A equação é uma igualdade que traduz uma
afirmação verdadeira acerca desse número desconhecido. Um exemplo de fácil entendimento
seria um balança que num dos pratos tem uma massa desconhecida e uma massa de meio qui-
lograma que se encontra nivelada com uma massa padrão de 6,3 kg no outro prato. Poderı́amos
agora perguntar, em linguagem regular, qual é a massa desconhecida, m atendendo a que sabemos
que essa massa juntamente com a massa de meio quilograma pesam, no total, 6,3 quilogramas?
Em linguagem simbólica terı́amos a seguinte equação:

m + 0, 5 kg = 6, 3 kg.

Todas as equações, quaisquer que seja o seu tipo (polinomiais de 1º grau, de 2º grau, equações
racionais e irracionais, exponenciais, logaritmicas, etc) têm quatro aspetos em comum, no que diz
respeito à sua forma geral:
• um membro esquerdo ou 1º membro;

• um membro direito ou 2º membro;

• um sinal de igual;

• uma incógnita, ou mais, que queremos conhecer a partir da condição que traduz o que
sabemos sobre a incógnita.
Uma equação linear ou do 1º grau ou polinomial do 1º grau admite uma e uma só solução. Mas
pode haver equações lineares impossı́veis, isto é, sem solução no conjunto dos números reais,
como é o caso de:
z × 0 + 0 = 3, z ∈ R.
Numa equação linear os termos em x são potências de expoente igual a um ou zero, por exemplo:
4 0
3 · x1 −· x = 9 · x0 .
3
Exemplos de equações não lineares seriam, por exemplo:

sin2 (x) = sin(x)


ou
log 1 (x) + 2 = 1.
3

Na resolução de uma qualquer equação relembre que:

uma equação é comparável a uma balança nivelada,

contendo geralmente, em ambos os pratos, uma mistura de massas desconhecidas (múltiplos da


incógnita) e conhecidas (várias constantes) que no total totalizam a mesma massa.
Para se determinar a incógnita (massa desconhecida), numa equação do 1º grau, ter-se-à que ir
subtraindo em ambos os membros da equação iguais quantidades de constantes. Tem também
de se ir retirando, em ambos os membros, iguais múltiplos da incógnita até se obter uma equação
equivalente à fornecida inicialmente mas com um múltiplo da incógnita num dos membros e uma
constante conhecida no outro membro. O passo seguinte será multiplicar, ambos os membros da

13
equação, pelo inverso do múltiplo da incógnita. A solução da equação é o produto do inverso do
múltiplo da incógnita que restou num dos membros pela constante conhecida restante do outro
membro.
As equações intermédias que se vão obtendo, bem como a equação final são equivalentes à
equação fornecida se e só se for cumprida a regra de se ir efetuando a mesma operação em ambos
os membros da equação. Duas equações do 1º grau são equivalentes se e só se admitirem a
mesma solução.

1.7.3 Exercı́cios Resolvidos


Exercı́cio 1.7.1 Utilizando as propriedades das operações e a definição de potência (multiplicação
repetida ....), mostre que o seguinte produto de frações: 1a × 1b × 1c × d1 é igual à fração: b×d
a×c
. Indique as
propriedades utilizadas à medida que as for usando.

Resolução:

Resolução Justificação

a
1 × 1b × 1c × d1 = a × 1−1 × 1 × b−1 × c × 1−1 × 1 × d −1 ÷ é × pelo inverso denominador

a × 1−1 × 1 × b−1 × c × 1−1 × 1 × d −1 = a × b−1 × c × d −1 1−1 = 1 = elemento neutro da ×

a × b−1 × c × d −1 = a × c × b−1 × d −1 trocando fatores, p. comut. da×


 
a × c × b−1 × d −1 = (a × c) × b−1 × d −1 p. associativa ×
 
(a × c) × b−1 × d −1 = (a × c) × (b × d)−1 (·)−1 × (·)−1 = (· × ·)−1

(a × c) × (b × d)−1 = (a × c) ÷ (b × d) = a×c
b×d × pelo inverso é ÷ pelo elemento

a
1 × 1b × 1c × d1 = a×c
b×d como querı́amos demonstrar

Em conclusão, partimos da expressão inicial de multiplicação de quatro frações, 1a × 1b × 1c × d1 ,


mostramos que podemos reduzir este produto a uma única fração cujo numerador é o produto
dos numeradores das frações e cujo denominador é o produto dos denominadores:
a 1 c 1 a×c
× × × = .
1 b 1 d b×d
Exercı́cio 1.7.2 Escreva, em linguagem simbólica, as seguintes expressões algébricas:
a) A terça parte de metade de y milhões. Note que y milhões se escreve multiplicando y por um milhão.

b) O quádruplo da terça parte do quadrado da diferença de aditivo z e subtrativo dois.

c) O quadrado de oitenta e nove é igual ao quadrado da diferença de aditivo noventa e subtrativo 1.

d) Se a três milhões de euros adicionarmos vinte mil euros negativos obtemos 2 milhões, novecentos e
oitenta mil euros.

Resolução:

14
  y×106
a) R: terça parte de metade de y milhões = (y × 106 ÷ 2) ÷ 3 = 31 × 1
2 × (y × 106 ) = 3
2

b) R:
(z − 2)2
!
 
2
  4
4× (z − 2) ÷ 3 = 4× = 4× (z − 2)2 × 3−1 = 4×(z−2)2 ×3−1 = 4×3−1 ×(z−2)2 = ×(z−2)2
3 3

c) R: 892 = (90 − 1)2 = (90 − 1) × (90 − 1)


 
d) R: 3 × 106 + (−20 × 103 ) ? = 2, 98 × 106 ? ou 3.000.000 ? + (−20.000) ? = 2.980.000 ? ou ...
Em conclusão, podemos verificar olhando para as soluções de cada alı́nea, que há várias maneiras
corretas de escrever simbolicamente uma expressão algébrica.
Exercı́cio 1.7.3 Determine, sem usar calculadora, qual das frações: 25 ou 38 representa uma maior
quantidade. Explique a sua resposta usando apenas as propriedades da multiplicação.
Resolução:
Método 1: Reduzindo ao mesmo denominador ambas as frações obtém-se:

2
5 = 52 × 88 = 16
40 e 3
8 = 38 × 55 = 15
40 P. el. inverso e neutro

16 15
40 > 40 isto é, 16 partes em 40 é mais do que 15 partes em 40

2 3
5 > 8 em conclusão.
Método 2: Reduzindo ambas as frações ao mesmo numerador obtém-se:

2
5 = 25 × 33 = 6
15 e 3
8 = 38 × 22 = 6
16 multiplicando a primeira fração por 3 e a segunda por 2

6 6
15 > 16 isto é, 6 partes em 15 é mais do que 6 partes em 16

2 3
5 > 8 em conclusão.
Método 3: Efetuando uma representação gráfica rigorosa das frações 25 e 38 seria possı́vel verificar
visualmente que a primeira fração representa uma maior porção. Na figura 1.7.3, representamos
a unidade usando dois retângulos brancos alinhados, um por cima do outro, e cada fração por um
retângulo a cheio a preto cuja área é proporcional ao valor da fração. Por comparação das áreas a
preto é possı́vel observar que 25 é maior que 38 .
Exercı́cio 1.7.4 Reduza a seguinte fração a uma fração irredutı́vel. Não use calculadora e explique os
passos efetuados.
Resolução:

21 7×3 7
49 = 7×7 = 7× 37 fatorizando 21 e 49
= 1 × 37 P. el. inverso
= 73 1 é elemento neutro da ×
Sugestão: Um modo de poder confirmar que as frações 21 3
49 e 7 são iguais usando a calculadora é
21 3
determinar a diferença: 49 − 7 . Esta diferença deverá ser igual a zero se as frações forem realmente
iguais.

15
2
5

3
8

2 3
Figura 1.3: Frações 5 e 8

Exercı́cio 1.7.5 Simplifique a seguinte multiplicação de frações, indicando, em cada passo, as proprie-
dades usadas.

Resolução:

2 × 35 × 1 × 5 = 2 × 35 × 5 1 é elemento neutro da ×
 
= 2 × 3 × 15 × 5 dividir por 5 é multiplicar pelo inverso de 5
 
1
= 2×3× 5 ×5 a multiplicação é associativa, podemos mudar os parêntesis

= 2×3×1 1/5 é elemento inverso de 5, o 5 corta!

= 2×3 1 é elemento neutro da ×

=6

Exercı́cio 1.7.6 Considere a seguinte divisão de frações:


3 2
   
÷ − .
4 5
Determine a fração irredutı́vel única que representa esta divisão. Sugestão: use apenas a propriedade do
elemento inverso e a propriedade comutativa da multiplicação

Resolução:
 
3  −1
3 2 3 2 3 5 3×5 15
     
4
÷ − = = × − = × − =− =−
4 5 − 52 4 5 4 2 4×2 8

Exercı́cio 1.7.7 Considere a seguinte fração:


3 5
 
× − .
4 2
Determine o produto de potências de base inteira que a representa usando apenas as propriedades co-
mutativa e do elemento inverso.

16
Resolução:

3 5 1 1
 
× − = 3 × × (−5) × = −3 × 4−1 × 5 × 2−1 = −3 × 5 × 4−1 × 2−1 = −3 × 5 × (4 × 2)−1 = −15 × (8)−1
4 2 4 2
Exercı́cio 1.7.8 Simplifique a seguinte adição de frações indicando, em cada passo, as propriedades
usadas.

Resolução:

4 182
5 + 61 × 1 −1 = 45 + 16 × 182 × 81
1
÷ é × pelo inverso do denominador
( 81 )

= 54 + 18×18
6×81 efetuando o produto de frações e fatorizando ...

(3×3)×(2×3×3) 182
= 54 + 23 × 2×3×3×3×3 desdobrando conveniente/ a fração 6×81

= 54 + 23 × 1 reduzindo ao mesmo denominador

= 54 × 33 + 23 × 55 efetuando a soma de frações

22
= 15 esta fração é irreditı́vel

Exercı́cio 1.7.9 Simplifique o seguinte quociente de potencias fraçcionárias e reescreva o resultado na


forma de uma fração irredutı́vel.

Resolução:

( 71 × 21
9 )
2 ( 17 × 7×3
3×3 )
2 ( 13 )2 1
9 1 5 2 5×5 25 ∗
= = = = ×( ) = = efetuado o produto de
(1 − 15 × 3)2 (1 − 51 × 31 )2 (1 − 53 )2 ( 55 − 35 )2 9 2 9 × 2 × 2 36 ∗

Exercı́cio 1.7.10 Reescreva o produto de potências na forma de um múltiplo de uma potência de base
7.

Resolução:

74 ×493 = 74 ×(7×7)3 = 7 × 7 × 7 × 7 × (7 × 7) × (7 × 7) × (7 × 7) = 7 × 7 × 7 × 7 × 7 × 7 × 7 × 7 × 7 × 7 = 710


| {z } | {z } | {z } | {z }
4 fatores iguais 3 fatores iguais 4 fatores iguais 6 fatores iguais

Exercı́cio 1.7.11 Simplifique o seguinte quociente de potencias fracionarias e reescreva o resultado na


forma de uma fração irredutı́vel.

Resolução:
(5− 43 −4+ 12 )4 ×25 (5−4− 34 + 12 )4 ×25 (1− 34 + 42 )4 ×25 ( 44 − 14 )4 ×25 ( 34 )4 ×52 34 ×52
= = = = = ( 34 )4 × 52 × ( 54 )3 = = 81
( 73 − 13
12 )
3 28 13 3
( 12 − 12 ) ( 15
12 )
3 ( 3×5
3×4 )
3 ( 54 )3 4×53 20

Exercı́cio 1.7.12 Obtenha a regra de multiplicação de potências com a mesma base a partir da definição
de potência de expoente natural. Como exemplo mostre que se as bases forem iguais então o produto é
uma potência com a mesma base e o expoente é a soma dos expoentes Sugestão: Multiplique duas
potências com base 2 e diferentes expoentes

17
Resolução:

23 × 24 = (2 × 2 × 2) × (2 × 2 × 2 × 2) = 2 × 2 × 2 × 2 × 2 × 2 × 2 = 2(3+4) = 27
.

Exercı́cio 1.7.13 Obtenha a regra de multiplicação de potências com o mesmo expoente a partir da
definição de potência de expoente natural. Como exemplo mostre que se os expoentes forem iguais
então o produto é uma potência com o mesmo expoente e a base é o produto das bases Sugestão:
Multiplique duas potências com expoente 3 e diferentes bases:

Resolução:

43 × 53 = (4 × 4 × 4) × (5 × 5 × 5) = · · · = (4 × 5 × 4 × 5 × 4 × 5) = (4 × 5)3

Exercı́cio 1.7.14 Obtenha a regra da potência de uma potência a partir do desenvolvimento da definição
de potência de expoente natural. Mostre que a potência resultante tem a mesma base e um expoente
igual ao produto dos expoentes. Sugestão:comece com:

(43 )2 = (4 × 4 × 4)2 = (4 × 4 × 4) × (4 × 4 × 4) = 4 × 4 × 4 × 4 × 4 × 4 = 46 = 43×2

Exercı́cio 1.7.15 Determine, sem usar calculadora, o quadrado da diferença de aditivo noventa e
subtrativo 1. Sugestão: use a propriedade distributiva da multiplicação em relação à subtração.

Resolução Justificação

892 = (90 − 1)2 = (90 − 1) × (90 − 1) 89 = 90 − 1 e x2 = x × x

(90 + (−1)) × (90 + (−1))) = 902 + 90 × (−1) + (−1) × 90 + (−1)2 P. distributiva da × em relação à +

902 + 90 × (−1) + (−1) × 90 + (−1)2 = (9 × 10)2 − 90 − 90 + 1 90 = 9 × 10

(9 × 10)2 − 90 − 90 + 1 = 9 × 10 × 9 × 10 − 180 + 1 x2 = x · x e − 90 − 90 = −180

9 × 10 × 9 × 10 − 180 + 1 = 9 × 9 × 10 × 10 − 179 P. comutativa da × e − 180 + 1 = −179

9 × 9 × 10 × 10 − 179 = (9 × 9) × (10 × 10) − 179 P. associativa da ×

(9 × 9) × (10 × 10) − 179 = 8100 − 179 9 × 9 = 81 e 81 × 102 = 8100

8100 − 179 = 7921 efetuando a subtração sem calculadora

Em conclusão podemos verificar que calcular o quadrado de um número que se pode reescrever
como a soma ou diferença de dois inteiros simples (múltiplos de dez e inteiros de 1 a nove) ajuda a
calcular rapidamente o quadrado desse número sem necessidade de efetuar muitos cálculos. Para
isso é necessário ter presente as propriedades da multiplicação, a noção de potência, a tabuada
dos números inteiros até nove e a soma de números reais positivos e negativos.

18
Exercı́cio 1.7.16 Utilizando as propriedades das operações e as regras para operar potências,
mostre que a terça parte de metade de um número real, t, é igual à sexta parte desse mesmo número
t. Mencione as propriedades utilizadas à medida que as for usando.

Resolução Justificação

a terça parte de metade de t = 31 × 12 × t a i-ésima parte de x = 1i × x

1
3 × 21 × t = 1 × 3−1 × 1 × 2−1 × t ÷ é × pelo inverso denominador

1 × 3−1 × 1 × 2−1 × t = 3−1 × 2−1 × t 1 é o elemento neutro da ×

3−1 × 2−1 × t = (3 × 2)−1 × t (·)−1 × (·)−1 = (· × ·)−1

(3 × 2)−1 × t = t × 6−1 3 × 2 = 6 e p. comutativa ×

t
t × 6−1 = 6 × pelo inverso é ÷ pelo elemento

t
a terça parte de metade de t = 6 conclusão

Conclusão: A partir das propriedades das operações e das regras para operar potências mostra-
mos que a terça parte de metade de um número real é igual à sexta parte desse mesmo número.

Exercı́cio 1.7.17 Utilizando a regra deduzida no exercı́cio ?? determine o número inteiro y ∈ N tal que
a sua 21-ésima parte é representada pela fração 1 ÷ 3.

Resolução Justificação
y 1
21 = 3 Qual é o nr. y tal que a sua 21-ésima parte é a terça parte da unidade?

−1
y × 21−1 = 1
3 ÷()˙ = ×()˙

y × 21−1 × 21 = 13 × 21 multiplicando ambos os membros por 21

y × 1 = 31 × 21
1 P. elemento inverso e 21 = 21
1

1×21
y= 3×1 P. elemento neutro e × de frações

21 21
y= 3 =7 P. elemento neutro e 3 =7
y 1
21 = 3 ⇔y=7 conclusão

Conclusão: A partir das propriedades das operações e das regras para operar potências mostra-
mos que a terça parte de metade de um número real é igual à sexta parte desse mesmo número.

Exercı́cio 1.7.18 Considere o sistema de eixos cartesiano, XOY , da figura 1.4. O ponto L, no eixo
X, tem coordenadas (xL ; yL ) = (0; 1). A unidade é representada por 42 quadrı́culas (1 unidade ⇔

19
42 quadrı́culas) no eixo X e 3 quadrı́culas no eixo Y. Justifique todos os passos da sua resposta mencio-
nando as propriedades das operações usadas.

Figura 1.4: Sistema de eixos cartesiano de origem no ponto O, de coordenadas(0;0)

1
a) Qual dos pontos, de A até L representa o ponto de abcissa x = 2 e ordenada y = 0?

b) Determine, sob a forma de uma fração irredutı́vel: xA , xB , xC , xD e xG .

Resolução:

a) Se a ordenada do ponto é zero, y = 0, isso significa que o ponto está no eixo dos XX. Para
determinar quantas quadrı́culas usamos para representar metade da unidade, 21 = 12 × 1, ou
uma parte em duas,
1 1 parte
= ,
2 2 partes
podemos usar dois processos diferentes.
1º processo
1
Reduzindo a fração 2 a um denominador igual a 42 temos 42 = 2 × 21, assim:

1 1 21 1 × 21 21 21 partes
= × = = =
2 2 21 2 × 21 42 42 partes
.
Repare que podemos multiplicar o numerador e o denominador de uma determinada fração
pelo mesmo número sem alterar o valor da fração. Para isso usando as propriedades do emento
inverso e neutro da multiplicação e o fato de · ÷ denominador = · × denominador−1 :

1 1 1 1 21
= × 1 = × 21 × 21−1 = ×
2 2 2 2 21
Em conclusão, na escala adotada são necessárias 21 quadrı́culas para representar o número
0, 5 = 12 . O ponto que está a 21 quadrı́culas da origem é o ponto F, pois xF = 21 .
2º processo

20
Resolução Justificação
q 1
42 = 2 quantas quadrı́culas q, em 42, representam o mesmo que 1 em 2?

42 q 42
1 × 42 = 1 × 12 multiplicando ambos os membros por 21 = 42
1

42
42 × q × 42−1 = 2 ÷(·) = ×(·)−1

42 × 42−1 × q = 21 P. comutativa da ×

1 × q = 21 El. inverso da ×

q = 21 El. neutro da ×

1
b) Abcissa do ponto A, a 1 quadrı́cula de distância da origem do sistema de eixos: xA = 42 .
Abcissa do ponto B, a 4 quadrı́culas de distância da origem do sistema de eixos:

4 2×2 2 2 2
xA = = = × = .
42 2 × 21 2 21 21

Abcissa do ponto C, a 10 quadrı́culas de distância da origem do sistema de eixos:

10 2×5 2 5 5
xC = = = × = .
42 2 × 21 2 21 21

Abcissa do ponto D, a 15 quadrı́culas de distância da origem do sistema de eixos:

15 3×5 3 5 5
xD = = = × = .
42 3 × 7 × 2 3 14 14

Abcissa do ponto G, a 27 quadrı́culas de distância da origem do sistema de eixos:

27 3×9 3 9 9
xD = = = × = .
42 3 × 7 × 2 3 14 14

Conclusão: Para representar um número num gráfico é preciso ter em atenção a escala usada
nesse gráfico e tem de se determinar como o número que se quer representar se escreve na escala
fornecida.

Exercı́cio 1.7.19 Determine o resultado da seguinte adição de potências: 493 + 76 sob a forma de um
múltiplo de uma potência de base sete: ? × 7? . Detalhe as propriedades das operações que usou.
Sugestão: Reescreva as duas potências, 493 e 76 na forma de um produto de fatores todos iguais a sete
e encontre a maior potência comum às duas. Ponha em evidência o fator comum, pela propriedade
distributiva da multiplicação em relação à adição, e adicione os fatores que não são comuns.

21
Resolução Justificação

493 + 76 = (7 × 7)3 + 76 49 = 7 × 7 e 76 é o produto da base, 7, repetido 6 vezes

(7 × 7)3 + 76 = (7 × 7) × (7 × 7) × (7 × 7) + 76 (7 × 7)3 é o produto da base , 7 × 7, repetido três vezes

(7 × 7) × (7 × 7) × (7 × 7) + 76 = 76 + 76 concluimos que 493 = 76

76 + 76 = 1 × 76 + 1 × 76 1 é o elemento neutro da multiplicação

1 × 76 + 1 × 76 = (1 + 1) × 76 pondo em evidência o fator comum 76

(1 + 1) × 76 = 2 × 76 operando entre parêntesis

493 + 76 = 2 × 76 conclusão

Exercı́cio 1.7.20 Considere a seguinte equação (i): x ∈ N : x × 106 + 4 × 105 = −104 .

a) Traduza a equação (i) em linguagem corrente ou linguagem do dia a dia, sem utilizar a palavra
multiplicar ou qualquer outro sinónimo.

b) Determine a equação (ii) = (i) − 4 × 105 . Opere os termos semelhantes de (ii) usando as propriedades
das operações. Note que: uma equação é semelhante a uma balança de pratos nivelada,a massa
no prato esquerdo é igual à massa no prato direito. Todas as operações que se fazem no membro
esquerdo têm de ser repetidas no membro direito para que os dois membros se mantenham iguais.
Note que subtrair 4 × 105 à equação (i) implica subtrair 4 × 105 ao membro esquerdo e ao membro
direito da equação.
 −1
c) Determine a equação (iii) = (ii) × 106 . Opere os termos semelhantes de (iii) usando as proprie-
dades das operações.

Resolução:

a) R: Qual o número natural, x, tal que x milhões adicionados a quatrocentos mil dão dez mil
negativos?

b) R:Subtrair 4 × 105 à equação (i) implica subtrair 4 × 105 ao membro esquerdo e ao membro
direito da equação:

22
Resolução Justificação
x × 106 + 4 × 105 = −104 Equação (i)
   
x × 106 + 4 × 105 − 4 × 105 = −104 − 4 × 105 (i) − 4 × 105
   
x × 106 + 4 × 105 − 4 × 105 = −104 − 4 × 105 P. associativa da + e + as constantes

x × 106 + 0 = −1 × 104 − 4 × 10 × 104 El. simétrico da + e 4 × 105 = 4 × 10 × 104

x × 106 = (−1 − 40) × 104 El. neutro da + e p. distributiva da × ...

x × 106 = −41 × 104 Equação (ii)

 −1  −1
c) R:Multiplicar 106 à equação (ii) implica multiplicar 106 ao membro esquerdo e ao
membro direito da equação:

Resolução Justificação

x × 106 = −41 × 104 Equação (ii)


   −1    −1  −1
x × 106 × 106 = −41 × 104 × 106 (ii) × 106
     −1
x × 106 × 10−6 = −41 × 104 × 10−6 10−6 = 106
   
x × 106 × 10−6 = −41 × 104 × 10−6 P. associativa da ×

x × 1 = −41 × 10−2 El. inverso e × potências com a mesma base

x = −41 × 10−2 1 é el. neutro da ×

Exercı́cio 1.7.21 Determine sob a forma de uma fração irredutı́vel, indicando todas as propriedades
das operações utilizadas:
76 −78 1
1 24×75 2
− × 21
−4× .
2 2
4

R:

23
Resolução Justificação
 
76 −78
24×75 ( 12 ) 6 8 
21 −1

− 12 × 21 −4× 4 = − 12 × 24×7
7 −7
5 × 2 − 4 × 21 × 4−1 (·) ÷ denom. = (·) × denom.−1
( )2

6 2 6 21 −1 (1−72 )×76 21 −1
   
− 12 × 1×724×7
−7 ×7
5 × 2 − 4 × 21 × 4−1 = − 12 × 24×75
2
× 21 − 4 × 4−1 × 21 P. comut. e dist. × e 2 = 2
21

(1−72 )×76 2 6
− 12 × 24×75
2
× 21 − 4 × 4−1 × 12 = − 12 × 1−7 7 2 1
24 × 75 × 7×3 − 1 × 2 P. assoc. × e 4 × 4−1 = 1

2 6 h  i h  i
− 21 × 1−7 7 2 1
24 × 75 × 7×3 − 1 × 2 = −
1
2 × − 48
24 × 7 × 1
7 × 2
3 −2
1
P. assoc. × e el. neutro da ×
h  i h  i  
1
− 2 × − 48 1 2 1 1 2 1
24 × 7 × 7 × 3 − 2 = − 2 × (−2) × 1 × 3 − 2 P. com. e inverso (−1) × (−1) = 1
 
1
− 2 × (−2) × 1 × 23 − 12 = −(−1) × 23 − 12 = 23 × 22 − 21 × 33 = 46 − 36 = 1
6 P. el. neutro da × e 1
2 ×2 = 1

76 −78 1
− 12 × 24×75
21 −4× 2
4 = 1
6 conclusão
2

Exercı́cio 1.7.22 Considere:


21
• os pontos A e B, de coordenadas (xA = − 53 ; yA = 1) e (xB = 69 ; yB = − 86 ), respetivamente;

• o sistema de eixos cartesiano XOY , em que o eixo das abcissas, X, é horizontal e dirigido para a
direita e o eixo das ordenadas, Y , é vertical e dirigido para cima;

• a escala adotada no eixo X: 6 quadrı́culas = 1 unidade e no eixo Y : 12 quadrı́culas = 1 unidade.

Responda às seguintes questões:

a) Represente os pontos A e B no sistema XOY utilizando a escala adotada;


yB −yA yA −yB
b) determine o declive da reta que passa pelos pontos A e B: m = xB −xA = xA −xB ;

c) Determine a equação da reta que passa pelos pontos A e B, na forma:

y(x) = declive · x + ordenada na origem = m · x + b

Note que como não conhece m e b tem duas incógnitas a determinar;


d[f(x)]
d) Determine a derivada da função y(x) em função de x: y ′ (x) = dx ;
R xB
e) Determine o integral definido da função y(x), em ordem a x, no intervalo x ∈ [xA ; xB ]: xA
y(x) dx;
R1
f) Determine o integral definido da função y(x), em ordem a x, no intervalo x ∈ [−1; 1]: −1
y(x) dx

Resolução:

24
6 quadrados
a) Multiplicando as abcissas e ordenadas pelos respetivos fatores de escala do eixo XX, unidade
12 quadrados
e do eixo Y Y , unidade obtém-se:
5 21 5 6 quadrados 12 quadrados
A (xA = − ; yA = ) = (− × ; 2× ) = (10 quad. esq.; 24 quad. cima)
3 1 3 unidade unidade
e
9 8 9 6 quadrados 8 12 quadrados
B(xB = ; yB = − ) = ( × ;− × ) = (9 quad. dir.; 16 quad. baixo)
6 6 6 unidade 6 unidade

Figura 1.5: Representação gráfica dos pontos A e B e da reta que passa por estes

b) Atendendo à definição de declive:


∆x yB − yA − 8 − 2 × 66 − 8 − 12 − 20 20
m= = = 6  = 96 106 = 196 = −
∆y xB − xA 9 − − 5 × 2 6+ 6 6
19
6 3 2

Como não poderia deixar de ser o declive deu negativo, pois a reta é decrescente. Podemos
interpretar o declive da reta, sob a forma de fração, como a variação na vertical: ∆y = −20
quando nos deslocamos entre dois pontos da reta afastados horizontalmente de ∆x = 19.
c) A equação reduzida da reta é y(x) = − 20
19 · x + b, em que b é a ordenada na origem e é um valor
desconhecido (incógnita). Para determinar esta incógnita precisamos de uma equação, usando
um dado conhecido sobre a reta. Com efeito sabemos, por exemplo, que o ponto A pertence
à mesma reta. Como tal, a ordenada do ponto A é função da abcissa deste ponto e a função é
dada pela equação da reta. Substituindo os valores das coordenadas do ponto A obtém-se uma
equação que nos permitirá calcular b. Assim:
20 5 100 100 100 100 114 − 100
   
yA = y(xA ) ⇔ 2 = − × − +b ⇔ 2 = +b ⇔ (2)− = +b − ⇔+ =b
19 3 57 57 57 57 57
Logo y(x) = − 20 14
19 · x + 57

25
d) O ponto da reta, P , no eixo XX tem de ter a ordenada igual a zero, isto é: yP = 0. Como o ponto
pertence à reta a ordenada deste ponto é função da sua abcissa, xP , e essa função é dada pela
equação da reta. Assim:

20 14 14 19 7
yP = 0 ⇔ 0 = − · xP + ⇔ xP = × =
19 57 19 × 3 20 30

e) A derivada de uma função, em ordem à variável independente quantifica o crescimento da


d[f(x)] 14 ′
 
′ 20
função: y (x) = dx = − 19 · x + 57 = crescimento da reta = m = − 20
19

f)
R xB R xB  
20 14
xA
y(x) dx = x
− 19 · x + 57 dx = soma da área de dois triângulos
A

= A1 (base=|xA | + xP e altura=yA ) + A2 (base=xB − xP e altura=yB )

7
= A1 (base= 53 + 30 e altura=2) + A2 (base= 96 − 30
7
e altura= − 86 = − 34 )
       
= 12 × 5 7
3 (10) + 30 × 2 + 21 × 9 7
6 (10) − 30 (2) × − 43 = 57
30 − 90−14 2
60 × 3 =
19
10 − 4×19 2
4×15 × 3 =
1 2
2 (9) − 9 (2) × 19
5 =
19
18
(1.41)

g)
R1 R1  
20 14
−1
y(x) dx = −1
− 19 · x + 57 dx = soma da área de dois triângulos

= A3 (base=| − 1| + xP e altura=y(−1)) + A4 (base=1 − xP e altura=y(1))


(1.42)
7 20 14 7 20 14
= A3 (base=1 + 30 e altura= − 19 × (−1) + 57 ) + A4 (base=1 − 30 e altura= − 19 × (1) + 57 )

372 −232 )
    
= 21 × 37
30
74
× 57 + 12 × 30
23
× − 46
57 = 30×57 = 4×7×30
30×57 = 28
57

Exercı́cio 1.7.23 Considere a reta r, com a seguinte equação reduzida: y(x) = 2 · x − 3.

a) Represente a reta usando um sistema de eixos cartesiano XOY , em que o eixo das abcissas, X, é
horizontal e para a direita e o eixo das ordenadas, Y , é vertical e para cima;

b) explique o significado geométrico do declive da reta r e da ordenada na origem

c) determine a abcissa do ponto da reta, Q, que se encontra no eixo XX;

d) determine a derivada da função y(x), em ordem a x, nos pontos de abcissas x = 0; x = −2; e x = +2:
d y(x)
i
dx = y ′ (0), y ′ (−2) e y ′ (+2);
x=0
R 1,5
e) determine o integral da função y(x), em ordem a x, no intervalo x ∈ [0; 1, 5]: 0
y(x) dx

f) determine as coordenadas do ponto P sabendo que este ponto pertence às retas y(x) = 2 · x − 3 e
y2 (x) = − 34 · x + 5.

Resolução

26
a) Representação gráfica de y1 (x) = 2 · x − 3

Figura 1.6: Recta de declive +2 e ordenada na origem -3

b) significado de m = 2 e b = −3?
R: Uma forma de quantificar o crescimento ou decrescimento de uma reta é indicar de quanto
variará a coordenada vertical para uma variação fixa de uma unidade positiva na direção
do eixo XX. Esta reta tem declive igual a 2, isso significa que estando num ponto qualquer da
reta e deslocando-nos uma unidade na direção XX: ∆x = +1 teremos de subir 2 unidades na
direção vertical do eixo Y Y para encontrar outro ponto da reta: ∆y = +2:

∆y +2
m= =2= .
∆x +1
Alternativamente poderı́amos deslocar-nos 2 unidades segundo a direção XX: ∆x = +2 e 4
∆y
unidades na direção Y Y para encontrar outro ponto da reta: ∆y = +4 pois m = ∆x = +4 +2 = 2 ou
então 3 unidades na direção negativa de Y Y : ∆y = −3 e 1,5 unidades na direção negativa de
∆y −3
XX, ∆x = −1, 5, para encontrar outro ponto da reta pois m = ∆x = −1,5 = +2 ou etc...
Um declive positivo significa que a reta é crescente, isto é, quando olhamos para a reta da
esquerda para a direita verificamos que os pontos da reta estão cada vez mais altos. Por outro
lado, um declive negativo indica que a reta é decrescente. E, por último, um declive nulo
apenas acontece nas retas horizontais que nem crecem nem decrescem:

+ ⇒ reta crescente
sinal de m 0 ⇒ reta horizontal
− ⇒ reta decrescente

A altura do ponto onde a reta cruza o eixo Y Y é designada por ordenada na origem, ou b. O
valor b = −3 indica-nos que a reta cruza o eixo Y Y na sua parte negativa do eixo, 3 unidades
abaixo da origem do sistema de eixos:

27
b = −3 ⇒ reta cruza o eixo vertical 3 unidades abaixo da origem

Figura 1.7: Interpretação de declive e ordenada na origem

c) Q está no eixo dos XX, xQ =?


R: Se o ponto Q se encontra no eixo XX então a sua ordenada é zero: yQ = 0. Mas como o
ponto Q pertence à reta: y(x) = 2 · x − 3, a sua ordenada nula, yQ = 0, é função da sua abcissa,
de acordo com a equação da reta:

3
yQ = 2 · xQ − 3 ⇔ 0 = 2 · xQ − 3 ⇔ xQ = .
2
d) y1′ (0) =?, y1′ (−2) =? e y1′ (+2) =? R: A derivada de uma função num ponto quantifica o cresci-
mento de uma função nesse ponto. No caso de uma reta o seu crescimento não varia de ponto
para ponto, isto é, a derivada de uma reta é constante e igual ao declive da reta:

para a reta y ′ (x) = m para qualquer ponto, logo: y ′ (0) = y ′ (−2) = y ′ (+2) = m = +2
R 1,5
e) 0
y1 (x) dx =? R: O integral da reta no intervalo dado é igual à área compreendida entre a
reta, o eixo dos XX e as retas verticais que definem os limites de integração: x = 0 e x = 1, 5.
Assim, neste caso o integral é igual à área do triângulo de base = ∆x = 1, 5 e altura = ∆y = +3:
Z 1,5
1, 5 × 3
y1 (x) dx = Atriângulo (base = ∆x = 1, 5; altura = ∆y = +3) = = 2, 25
0 2

28
f) P (xP ; yP ) =? : P ∈ r : y(x) = 2 · x − 3 e ∈ r2 : y2 (x) = − 34 · x + 5. R: Se o ponto P pertence às
duas retas, r e r2 , a sua ordenada yP é função da sua abcissa, xP e pode ser calculada usando a
equação da reta r ou da reta r2 :

yP = 2 · xP − 3 = − 43 · xP + 5 ⇔ 2 · xP − 3 = − 34 · xP + 5 ⇔ (2 · xP − 3) + 3 = (− 34 · xP + 5) + 3
   
⇔ 34 · xP + (2 · xP ) = 43 · xP + − 34 · xP + 8 ⇔ 43 + 2(3) · xP = 8 ⇔ 10
3
3
· xP = 8 ⇔ xP = 8 × 10 = 2, 4

Exercı́cio 1.7.24 Considere a reta da figura e responda às seguintes questões:

Figura 1.8: Os pontos P1(x1; y1) e P2(x2; y2) pertencem à reta

a) determine as coordenadas dos pontos P1 e P2 atendendo à escala adotada no sistema de eixos cartesi-
ano XOY ;

b) determine o declive da reta da figura;

c) Escreva a equação reduzida da reta e explique o significado de todas as variáveis;

d) determine a ordenada do ponto da reta que se encontra no eixo Y Y ;


   ′
d
e) determine dx − 54 · x + 23 = − 45 · x + 23
R 0,5
f) determine o integral da função y(x) = − 54 · x1 + 23 , em ordem a x, no intervalo x ∈ [0; 12 ]: 0
y(x) dx

Resolução:

a) coordenadas dos pontos P1 e P2 ?


R:
Atendendo ao número de divisões que contém a unidade nos eixos XX e Y Y :

1 1
1 divisão no eixo XX = unidade e 1 divisão no eixoY Y = unidade
6 6

29
as coordenadas dos pontos P1 e P2 são:

2 2 5
   
P1 ; e P2 ; 0
6 5 6
b) declive da reta?
R:

∆y y2 − y1 0 − 52 2 1 2 4
m= = = 5 2 = − ÷ = − ×2 = −
∆x x2 − x1 6 − 6 5 2 5 5

c) Equação reduzida da reta?


R:

4 2
y(x) = m · x + b = − · x + ,
5 3
em que o declive ou crescimento da reta é m = − 45 ; x é a variável independente, e é a abcissa de
um ponto qualquer da reta; y é a variável dependente, e é a ordenada de um ponto qualquer
da reta, y depende do valor de x, isto é y(x);

d) b?
R: À ordenada no eixo Y Y designa-se por ordenada na origem, b. Para a determinar a incógnita
b precisamos de uma equação. A equação é uma igualdade que estabelece um facto conhe-
cido que precisamos de usar para encontrar o valor da incógnita b. Se usarmos o facto de
P1 (x1 = 26 = 13 ; y1 = 25 ) pertencer à reta de declive − 45 , teremos: y1 = − 45 · x1 + b, em que conhe-
cemos as coordenadas do ponto P1 . Substituindo as coordenadas de P1 na igualdade anterior
obtemos a equação que precisávamos, na incógnita b:

4 2 4 1 2 4 10 2
y1 = − · x1 + b ⇔ = − × + b ⇔ b = + = =
5 5 5 3 5 (3) 15 15 (÷5) 3
 
d
e) dx − 45 · x + 23 =?,
R:

d 4 2 4 2 ′ 4
   
− ·x+ = − ·x+ =− ,
dx 5 3 5 3 5
pois quando derivamos uma função estamos a calcular o crescimento dessa função. Como já
tı́nhamos referido, o declive da reta, m, dá o crescimento da reta, que é sempre o mesmoqual-
 ′
quer que seja o ponto da reta escolhido para o cálculo da derivada. Assim: − 45 · x + 23 =
x=0
 ′   ′ 
− 45 · x + 23 = − 45 · x + 23 = − 54
x=−10 x=+20
R 0,5
f) 0
y(x) dx =?
R:
O integral da função no intervalo dado é igual à área compreendida entre a reta, o eixo XX
e as retas verticais que estabelecem os limites de integração: x = 0 e x = 12 . Essa área é igual

30
à área do polı́gono de base 12 , altura maior 2
3 e altura menor y( 12 ) = − 45 × 21 + 23 = − 10
4
(÷2)
+ 23 =
− 25 (3) + 23 (5) = 4
15 .
Assim tem-se que:
4
Z 0,5
altura menor + altura maior 1 15 + 23 (5) 7
y(x) dx = base × = × =
0 2 2 2 30

31
1.8 Exercı́cios Propostos
1. Responda indicando todas as propriedades das operações usadas e sem utilizar calcula-
dora:
(a) determine o elemento inverso de um: 1−1
1h
(b) atendendo a que 1 h = 3600 s determine 3600 s sob a forma de um número inteiro;
(c) determine o quociente da seguinte divisão 459, 3 ÷ 1;
 −1
(d) determine 50 km
h sob a forma de produto de duas frações irredutı́veis;
(e) escreva o elemento neutro da multiplicação sob a forma de duas frações diferentes a
partir da seguinte igualdade: 1 lb = 450 g;
2. Responda indicando todas as propriedades das operações usadas e sem utilizar calcula-
dora:
(a) escreva o elemento neutro da multiplicação sob a forma de duas frações diferentes a
partir da seguinte igualdade: 1 h = 3600 s;
(b) determine o produto: 0 × x, em que x é um número real desconhecido;
(c) Considere que y e z dois números reais desconhecidos (y, z ∈ R). O que podemos con-
cluir sobre eles se soubermos que o produto dos dois é zero: y × z = 0?
(d) determine o real x tal o produto de seis com metade da diferença de x com três é zero:
x−3
2 × 6 = 0, sugestão: utilize a lei do anulamento do produto);

3. Responda indicando todas as propriedades das operações usadas e sem utilizar calcula-
dora:
(a) determine a seguinte diferença: o aditivo é um milhão (1×106 ), o subtrativo é duzentos
mil (2 × 105 );
(b) determine a seguinte soma: a primeira parcela é dois centı́metros, a segunda parcela é
meio centı́metro;
(c) três centı́metros vezes meio centı́metro;
2 x−0,5 x
(d) simplifique a seguinte expressão algébrica: 3 , em que x é um qualquer número
real (x ∈ R).
4. Determine em libras, lb, a massa m = 920 g. Atenda a que 1 lb ≃ 450 g. Faça o cálculo usando
o fator de conversão de grama para libra.
5. Determine a rapidez 20 ms em quilómetros por hora. Atenda a que 1 km = 1000 m e que
1 h = 3600 s.
6. Determine, sob a forma de fração irredutı́vel, indicando todas as propriedades das operações
70 g 1 lb 1 lb
usadas: 1 × 450 g , em que 450 g = 1 é o fator de conversão de gramas para libras.

km h m
7. Determine, sob a forma de fração irredutı́vel: h s km .

8. Determine, sob a forma de fração irredutı́vel, indicando todas as propriedades das operações
usadas: 301km 1h 1000 m 1h
h × 3600 s × 1 km , em que 3600 s = 1 é o fator de conversão de horas (no deno-
1 km
minador da velocidade) para segundos e 1000 m = 1 é o fator de conversão de metros (no
numerador) para quilómetros.

32
9. Traduza o texto, em linguagem comum, para notação simbólica matemática e determine a(s)
resposta(s):

(a) um exemplo de um número real cujo dobro é menor que o próprio número;
(b) o quadrado da diferença do número um com o número três;
(c) o dobro da soma do número menos um com o número dois;
(d) o(s) número(s) real que multiplicado por ele próprio(s) é igual a vinte e cinco;
(e) a multiplicação, repetida três vezes, do número dois é igual à potência de base dois e
expoente três;
(f) a diferença do dobro de um número com o triplo desse mesmo número;

10. Escreve em notação matemática a expressão numérica que traduz a seguinte afirmação:

(a) a soma de menos três com sete


(b) O número três é inferior ao número Pi, π
(c) A área do pedaço de papel retangular, A, é três centı́metros vezes cinco centı́metros, ou
seja, quinze centı́metros quadrados, atendendo à propriedade comutativa da multiplicação
(d) A velocidade média do carro, vm , no intervalo de tempo entre zero minutos e quinze
minutos é vinte e cinco quilómetros a dividir por um quarto de hora, ou seja, cem
quilómetros por hora
(e) O custo de dois quilogramas de carne de vaca, C, a sete euros por quilograma, é de dois
quilogramas vezes sete euros por quilograma, ou seja, catorze euros.
(f) A grandeza G mede cinco unidades e duas décimas da unidade e mais metade de um
décimo da unidade:

11. Escreve em notação matemática a expressão numérica que traduz a seguinte afirmação:

(a) o dobro do número cinco é igual a dez


(b) um terço de seis é dois
(c) um terço de seis é o mesmo que seis a dividir por três
(d) um pastor tinha duas ovelhas mas perdeu três ovelhas no jogo, logo, perdeu as que
tinha e ainda ficou a dever uma ovelha
(e) o elemento neutro da adição de números reais.
(f) o elemento neutro da multiplicação de números reais.

12. Escreve em notação matemática a expressão numérica que traduz a seguinte afirmação:

(a) para calcular metade de um bolo tanto podemos dividir o bolo por dois como podemos
multiplicar o bolo por zero vı́rgula cinco, atendendo a que zero vı́rgula cinco é o inverso
de 2
(b) o resultado da soma do número dois com o número menos três não depende da ordem
pela qual estes números são somados, atendendo à propriedade comutativa da adição
(c) o resultado da multiplicação do número dois com o número zero vı́rgula cinco não de-
pende da ordem pela qual estes números são multiplicados, , atendendo à propriedade
comutativa da multiplicação

33
(d) o resultado da soma de dois mais três mais quatro não depende da ordem pela qual
somamos os três números, isto é, podemos somar dois com três e depois ao resultado
desta soma somamos quatro, ou então, somamos dois com o resultado da soma de três
com quatro.
(e) o resultado da multiplicação de dois vezes três vezes quatro não depende da ordem
pela qual multiplicamos os três números, isto é, podemos multiplicar dois por três e
depois o resultado deste produto por quatro, ou então, multiplicar dois pelo resultado
do produto de três com quatro

13. Escreve em, notação matemática, a expressão algébrica que traduz a afirmação:

(a) a variável x representa um qualquer número real


(b) As variáveis x e y representam dois quaisquer números reais
(c) Existe um e um só número real, z que é solução do problema: o quádruplo de um deter-
minado número é 16
(d) A função f = primeiro filme faz corresponder a qualquer ator de filme o primeiro filme
em que participou.

14. Escreve em, notação matemática, a expressão algébrica que traduz a afirmação:

(a) a soma de um número real com sete


(b) um terço de um número real
(c) o dobro de um número inteiro
(d) a multiplicação repetido do número real (-3) quatro vezes é igual a (-3) elevado à quarta
potência

15. Escreve em, notação matemática, a expressão algébrica que representa uma propriedade
da soma ou multiplicação de números reais:

(a) o número simétrico de um número qualquer y


(b) a soma de um número qualquer com o seu número simétrico é zero
(c) o número simétrico (ou simétrico) de um número real z
(d) o número inverso de um número real y

16. Escreve em, notação matemática, a expressão algébrica que representa uma propriedade
da soma ou multiplicação de números reais:

(a) a multiplicação de um número qualquer com o seu inverso é um


(b) a diferença ou subtração de dois números reais equivale à soma do primeiro termo com
o elemento simétrico do segundo termo
(c) a soma de zero com um qualquer real dá esse mesmo real
(d) a multiplicação do número um por um qualquer real dá esse mesmo real

17. Escreve em, notação matemática, a expressão algébrica que representa uma propriedade
da soma ou multiplicação de números reais:

(a) a divisão ou razão de dois números reais, ∀x, y ∈ R, equivale à multiplicação do nume-
rador com o elemento inverso do denominador.

34
(b) o resultado da soma de dois quaisquer números reais, ∀z, y ∈ R, não depende da ordem
pela qual estes são somados, isto é, a adição de números reais é comutativa.
(c) o resultado da multiplicação de dois quaisquer números reais, ∀z, y ∈ R, não depende
da ordem pela qual estes são multiplicados, isto é, a multiplicação de números reais é
comutativa.
(d) para três quaisquer números reais, ∀x, y, z ∈ R, a adição de reais é associativa, isto é, o
resultado da soma de três reais não depende da ordem pela qual os adicionamos, isto
é, podemos somar o primeiro termo com o segundo termo e depois o resultado desta
soma com o terceiro termo, ou então, somar o primeiro termo com o resultado da soma
do segundo termo com o terceiro termo.

18. Escreve em, notação matemática, a expressão algébrica que representa uma propriedade
da soma ou multiplicação de números reais:

(a) para três quaisquer números reais, ∀u, y, z ∈ R, a multiplicação de reais é associativa,
isto é, o resultado da multiplicação de três reais não depende da ordem pela qual os
multiplicamos, isto é, podemos multiplicar os primeiros dois fatores e, em seguida,
efetuar o produto pelo terceiro fator, ou então, multiplicar o primeiro fator apenas
após ter efetuado o produto do segundo pelo terceiro fator.
(b) para três quaisquer números reais, ∀x, y, z ∈ R, exprima a propriedade distributiva da
× relativamente à +(−) em termos gerais.

19. Determine o valor lógico (verdadeiro ou falso) das seguintes afirmações:

(a) menos dois é inferior a menos 11.


(b) 1 m × 1001cm = 1m
100 cm = 1.
(c) Como a operação de subtração é a adição com o simétrico, x − y = x + (−y), quando se
fala na operação de adição está-se a incluir a subtração.
y
(d) A operação de divisão não é a multiplicação pelo inverso, z , y × 1z , logo, quando se fala
na operação de multiplicação não se estáa incluir a divisão.
(e) O resultado da adição de dois reais depende da ordem pela qual os termos são somados,
isto é: x + y , y + x.

20. Determine o valor lógico (verdadeiro ou falso) das seguintes afirmações:

(a) 5 x , x 5
(b) O resultado da multiplicação de dois reais não depende da ordem pela qual os termos
são multiplicados, isto é: x × y = y × x.
(c) O resultado da multiplicação de três reais depende da ordem pela qual os multipli-
camos, isto é o resultado da multiplicação do primeiro factor pelo segundo factor e
depois o resultado deste produto pelo terceiro factor não é igual ao resultado de mul-
tiplicar o primeiro fator pelo resultado do produto do segundo pelo terceiro fator:
(x × y) × z , x × (y × z)
(d) Para escrever a seguinte expressão: (x × 2) × x de forma mais condensada basta usar
a propriedade associativa da multiplicação (eliminando todos os parêntesis): (x × 2) ×
x = x × 2 × x, usar a propriedade comutativa da multiplicação (trocando a ordem dos
primeiro e segundo fatores) 2 × x × x) e depois usar a definição de quadrado de um
número (número multiplicado por ele próprio): 2 × x × x = 2 x2 .

35
(e) 2 × 2 × 2 × 2 × 2 é cinco ao quadrado: 2 × 2 × 2 × 2 × 2 = 52 .

21. Determine o valor lógico (verdadeiro ou falso) das seguintes afirmações:

(a) 23 = 8.
(b) x + 2 x = 1 x + 2 x = (1 + 2) x = 3 x, usando o elemento neutro da adição e a propriedade
distributiva da multiplicação em relação à adição.

(c) A raı́z quadrada de 18 é 9, isto é, 18 = 9.

(d) A raı́z cúbica de 8 é 2, isto é, 3 8 = 8.

22. Determine o valor lógico (verdadeiro ou falso) das seguintes afirmações:

(a) Existem dois reais (dois e menos dois) que elevados ao quadrado são √ iguais a quatro.
Estes dois reais, 2 e -2, são designadas as raı́zes quadradas de 4, isto é, 4 = ±2.
(b) Se o produto (ou multiplicação) de dois números reais diferentes for zero então ou o
primeiro fator é zero ou o segundo fator é zero, isto é, y × z = 0 ⇔ y = 0 ∨ z = 0.
(c) (y + 3) × z = 0 ⇔ y = 3 ∨ z = 0.
(d) −(3 x − 32 ) é o elemento simétrico de 3 x + 32 .

23. Calcule, simplifique ou desenvolva a seguinte expressão numérica, sem utilizar calcula-
dora):

(a) 23 − (2 × (−4) + 4)
(b) trinta e três ao quadrado, 332 , sugestão: escreva 33 como uma soma de 30 com 3 , a
definição de quadrado e a propriedade distributiva da multiplicação relativamente à
adição
x y
(c) 7 +7

24. Calcule, simplifique ou desenvolva a seguinte expressão numérica, sem utilizar calcula-
dora):

(a) oitenta e nove ao quadrado, 892 , sugestão: escreva 89 como a subtração de 90 com 1 ,
a definição de quadrado e a propriedade distributiva da multiplicação relativamente à
subtração
(b) 2 × 71 × y − y
(c) O ângulo teta (θ = 80°) em radianos obtém-se multiplicando oitenta graus pelo fator
de conversão de graus para radianos

25. Simplifique ou desenvolva a seguinte expressão algébrica:

(a) −3 y + y 3, usando a propriedade comutativa da multiplicação de y com 3 (troca dos


fatores y com 3) e a propriedade do elemento simétrico de 3 y (tem o sinal trocado).
(b) −3 x−3 x, usando a propriedade distributiva da multiplicação de x em relação à subtração
de -3 com 3 (ou ponha o termo comum, x, em evidência): .
(c) −3 x − 3 y, usando a propriedade distributiva da multiplicação de -3 em relação à soma
de x com y (ou ponha o termo comum, -3, em evidência): .

26. Simplifique ou desenvolva a seguinte expressão algébrica:

36
(a) −(3 x − 32 ), usando a propriedade do elemento simétrico de 3 x − 32 .
(b) −3 (x + y) + 5 x, usando a propriedade distributiva da multiplicação de -3 em relação à
soma de x com y, a propriedade comutativa da soma dos termos −3 y e 5 x (troca dos
termos −3 y e 5 x) e novamente a propriedade distributiva da multiplicação de x em
relação à soma de -3 com 5 (x em evidência).
(c) (x − 3)2 = (x − 3) × (x − 3), usando a definição de quadrado e a propriedade distributiva
da multiplicação em relação à subtração: (x − 3)2 .

27. Reduza as seguintes expressões numéricas a um número racional:

(a) 2 − 3 × 4
(b) 9 × {2 × [2 − 10 ÷ (5 − 3)] − 1} ÷ 24 × (1 ÷ (1 ÷ 2))
p
(c) (2 + 1)2 × 20 ÷ (5 − 3)2 − 1
(d) 25 ÷ 5 × (2 + 3)
(e) −2 − 3 × 4
(f) 3 × {2 × [2 + 4 ÷ (−5 + 3)] − 1}
p
(g) (−2 + 1)2 × −20 ÷ (−5 + 3)2 + 1

28. Simplifique as seguintes expressões numéricas na forma de uma fração irredutı́vel


 
76 −78
24×75 ( 12 )
(a) − 12 × 21 −4× 4 .
( )2
   
36 5
3  252  22
(b) 43
× 30 −1× 2 .
57 −56
 
36
( 51 )  252 
( 162 )
(c) 31 × 720 − 24 .
59 −56
 
8
1  644 
( 162 )
(d) 24 × 2 − 4 .
89 −87
 
86 −88
1 36×85 ( 43 )
(e) 2 × 5 −2× 10 .
( )3
 
36
3  252 
( 165 )
(f) 43
× 50 −3× 24 .
59 −56
 
115 −113
( 11 ) 36×1212 ( 43 )
(g) 5 × 5 −2× 5 .
( )
33

29. Considere os pontos representados no gráfico e responda às seguintes questões:

37
Figura 1.9: Pontos no sistema de eixos XOY

(a) Determine, sob a forma de uma fração irredutı́vel, as coordenadas de cada um dos
pontos representados;
(b) Determine a equação da reta que passa pelos pontos A, F;
(c) Determine o declive da reta que passa pelos pontos A, K;
(d) As coordenadas do ponto de interseção da reta que passa A, K com o eixo dos XX.

30. Determine a equação da reta na forma reduzida, y(x) = m × x + b, que passa pelos pontos de
coordenadas:
1 2
(a) A(− 53 ; 21 ) e B( 36 ; − √8 );
36

(b) A( 13 ; 12 ) e B( 45 ; − 83 );
√  −1
2 25 −(−1)−1
(c) A(− 253 ; 21 ) e B( 23 ; 2 );

(d) A( 31 ; − √1 ) e B( 54 ; 13 );
9
2  −1
(e) A( 23 ; − √1 ) e B( − 272 ; 21 );
16
(f) A(− 5 ; − 212 )
2
e B( √5 ; 12 );
16

(g) A( 12 ; − 31 ) e B( √ ; 23 ).
4
16

31. Para as retas que calculou no exercı́cio anterior determine:

(a) a interseção com o eixo dos XX;


(b) a interseção com a reta s, de equação y(x) = 44 · x + 23 ;
h d y(x) i
(c) a derivada da função linear, y(x), em ordem a x, no ponto x = 0: dx = y ′ (0);
x=0
R1
(d) o integral da função linear, y(x), em ordem a x, no intervalo x ∈ [−1; 1] : −1 y(x) dx

32. Considere o gráfico da velocidade instantânea de um carro, v, em quilómetros por hora,


em função do tempo, t, em minutos. Determine de forma exata, sem usar aproximações,

38
justificando os seus cálculos passo a passo: Notas importantes: equação reduzida R da reta:

b
y(x) = m · x + b; valor médio de uma função, f (x), no intervalo [a; b] é: fm (a; b) = a f (x)dx ÷
(b − a).

Figura 1.10: Multiplicação e divisão de números positivos e negativos

a) as expressões de v1 (t), v2 (t) e v3 (t);


b) as seguintes derivadas nos instantes: v1′ (2 min), v2′ (12 min) e v3′ (35 min);
c) as seguintes velocidades médias: v1m (0 min; 5 min), v2m (5 min; 30 min), v3m (30 min; 40 min)
e vm (0 min; 40 min).

33. Considere o gráfico da potencia elétrica instantânea, P , em quilowatt, gerada por um painel
fotovoltaico num dia com 12 horas de luz. Determine de forma exata, sem usar aproximações,
justificando os seus cálculos passo a passo:

Figura 1.11: Multiplicação e divisão de números positivos e negativos

a) as expressões de P1 (t) e P2 (t);


b) as seguintes derivadas nos instantes: P1′ (2 h), P2′ (10 h);

39
R 12 h
c) a energia total produzida pelo painel nesse dia: E(0 h; 12 h) = 0h
P (t)dt.

34. Interprete em linguagem usual as seguintes expressões:

a) x ∈ R : |x| = 4 ⇐ |x − 0| = 4
b) x ∈ R : |x + 3| ≤ 5 ⇐ |x − (−3)| ≤ 5
c) y ∈ R : |y − 73| ≥ 2

35. Considere a seguinte função real de variável real: f1 (x) = | 3x − 34 |

a) Determine f1 (−1), f1 ( 49 ), f1 (3), f1 (−∞) e f1 (+∞)


b) Determine o mı́nimo da função f1 (x)
c) Represente graficamente a função f1 (x), atendendo a que f1 (x) = 3x − 34 , se 3x − 43 ≥ 0 e − 3x +
3 x 3
4 , se 3 − 4 < 0
d) Determine f1′ (−1) e f1′ (+3)
R3
e) Determine −1 f1 (x)dx
q
36. Considere a seguinte função real de variável real: f1 (x) = x2 − x − 43

a) Determine f1 (−1), f1 (2), f1 (−∞) e f1 (+∞)


b) Determine o domı́nio da função f1 (x) atendendo a que a raı́z quadrada de um número
real não é um número real.
c) Represente graficamente a função f2 (x) = x2 − x − 34 , atendendo a que um polinómio de
grau dois é representado por uma parábola.
p
d) Represente graficamente a função f1 (x) = f2 (x)
e) Determine graficamente e analiticamente f1′ (−1) e f1′ (+2)
R0
f) Determine graficamente e de forma aproximada −1 f1 (x)dx

3 x− 12
37. Considere a seguinte função real de variável real: f1 (x) = 3 x
4−3

9− 9+
   
a) Determine f1 4 , f1 4 , f1 (0), f1 (−∞) e f1 (+∞)
b) Determine o domı́nio da função f1 (x) atendendo a que a uma fração de denominador
zero não está definida no conjunto dos números reais.
c) Determine a função inversa, f1−1 (x), da função f1 (x) atendendo a que f1 (f1−1 (x)

40
1.9 Soluções dos exercı́cios
1. (a) R: O inverso de um é um porque multiplicando um pelo seu inverso o resultado terá
de ser um: 1 × 1−1 = 1.
1h 3600 s
(b) R: 3600 s = 3600 s = 1 o quociente é um porque o numerador é igual ao denominador.
459,3 −1 = 459, 3 × 1 = 459, 3 porque dividir é multiplicar pelo inverso
(c) R: 1 = 459, 3 × (1) do
denominador e porque o inverso de um é um.
 −1  −1  −1
(d) R: 50 km
h = 50
1 × km
h
1
= 50 h
× km .
1 lb 450 g
(e) R: 450 g =1e 1 lb = 1.
1h 3600 s
2. (a) R: 3600 s =1e 1h = 1.
(b) R: 0×x = 0, qualquer que seja x, porque zero é o elemento absorvente da multiplicação.
(c) R: Podemos concluir que um deles terá de ser zero obrigatoriamente embora possam
ser os dois zero se eles forem iguais: y × z = 0 ⇔ y = 0 ∨ z = 0.
(d) R: x−3 x−3 x−3
2 × 6 = 0 ⇔ 2 = 0 ∨ 6 = 0 (impossı́vel) ⇔ 2 = 0 ⇔ (x − 3) × 2
−1 = 0 ⇔ x − 3 =

0 ∨ 2−1 = 0 (impossı́vel) ⇔ x − 3 = 0 ⇔ x = 3, pela lei do anulamento do produto temos


que se o produto é zero então um dos fatores, ou os dois, é zero, se tivermos a certeza
que um dos fatores é diferente de zero então de certeza que o fator restante é zero.

3. (a) R: 1 × 106 − 2 × 105 = 10 × 105 − 2 × 105 = (10 − 2) × 105 = 8 × 105 = oitocentos mil, pela
propriedade distributiva da multiplicação em relação à subtração.
(b) R: 2 cm−0.5 cm = (2−0, 5)×cm = 1, 5×cm = 1.5 cm, pondo em evidência o fator comum,
o centı́metro, pela propriedade distributiva da multiplicação em relação à subtração.
(c) R: 3 cm × 0.5 cm = 3 × 0, 5 × cm × cm = 1, 5 × cm2 , trocando o segundo e terceiro fatores,
pela propriedade comutativa da multiplicação.
3
(2−0,5) x
(d) R: 2 x−0,5
3
x
= 3 = 1,5 x
3 = 1,5
3 x = 2
3 x= 3
2 × 3−1 x = 3
2 × 13 x = 3×1
2×3 x = 3×1
3×2 x = 3
3 × 12 x =
1 x
2 x = 2.

4. R: m = 920 g = 920 g × 1 = 920 g × fator de conversão g → lb =...

5. R: v = 20 ms = 20 ms × 1 × 1 = 20 ms × fator de conversão m → km × fator de conversão s → h =...


70 g 1 lb 70 g×1 lb 70 g
6. R: 1 × 450 g = 1×450 g = 450 × g × lb
1 =
7
45 lb.

km h m km h m km
7. R: h s km = km h s = km × hh × ms .
30 km 1h 1000 m 30 km×1 h×1000 m 30×1×1000
8. R: 1h × 3600 s × 1 km = 1 h×3600 s×1 km = 1×3600×1 × km hm
h s km =
30×10
36 × km hm
km h s =
5×10
6 × km h
km h ×
m
s =....

9. (a) R: Menos um é solução, porque −1 > 2 × (−1). Todos os reais negativos são solução da
inequação: x > 2 x
(b) R: (1 − 3)2
(c) R: 2 × (−1 + 2)

(d) R: ± 25 = ±5

41
(e) R: 2 × 2 × 2 = 23
(f) R: 2 y − 3 y

10. (a) R: −3 + 7.
(b) R: 3 < π.
(c) R: A = 3 cm × 5 cm = 15 cm2 .
25 km
(d) R: vm = 0.25 h = 100 /h.
km

(e) R: C = 7 euros/kg × 2 kg = 14 euros


1
1
(f) R: G = 5 u + 2 × 10 u+ 10
2 = 5 u × 20 2×1 2 1
20 + 10 × 2 u + 20 u =
100+4+1
20 u = 105
20 u.

11. (a) R: 2 × 5 = 10 ou 2 . 5 = 10 ou 2 5 = 10 ou (2) 5 = 10 ou 2 (5) = 10.


1
(b) R: 3 × 6 = 2 ou 6 × 13 = 2.
1
(c) R: 3 × 6 = 63 .
(d) R: 2 ovelhas − 3 ovelhas = -1 ovelha ou se não quisermos incluir as unidades 2 − 3 =
2 + (−3) = −1.
(e) R: 0.
(f) R: 1.
1 bolo
12. (a) R: metade do bolo = 2 = 12 × bolo = 0, 5 × bolo.
(b) R: 2 + (−3) = −3 + 2.
(c) R: 2 × 0, 5 = 0, 5 × 2.
(d) R: 2 + 3 + 4 = (2 + 3) + 4 = 2 + (3 + 4).
(e) R: 2 × 3 × 4 = (2 × 3) × 4 = 2 × (3 × 4).

13. (a) R: x ∈ R.
(b) R: ∀x, y ∈ R.
(c) R: ∃1 z ∈ R : 4 × z = 16.
(d) R: ∀ator de filme, ∃1 primeiro filme : f (actor de filme) = primeiro filme.

14. (a) R: x + 7, x ∈ R.
1 y
(b) R: 3 × y, y ∈ R ou 13 y, y ∈ R ou 31 .y, y ∈ R ou 3 , y ∈ R.
(c) R: 2 × y, y ∈ Z ou 2 y, y ∈ Z ou 2.y, y ∈ R.
(d) R: (−3) × (−3) × (−3) × (−3)× = (−3)4

15. (a) R: −y.


(b) R: y + (−y) = 0 ou y − y = 0.
(c) R: −z.
(d) R: y −1 = y1 .

16. (a) R: y × y −1 = 1 ou y × y1 = 1.
(b) R: x − y = x + (−y) ou, de forma simplificada: − = +(−)
(c) R: 0 + x = x, x ∈ R ou x + 0 = x, x ∈ R.

42
(d) R: 1 × x = x, x ∈ R.
x
17. (a) R: x : y = y = x × y −1 ou, de forma simplificada: : = × ()−1 .
(b) R: z + y = y + z, z, y ∈ R
(c) R: z × y = y × z, z, y ∈ R
(d) R: x + y + z = (x + y) + z = x + (y + z).

18. (a) R: u × y × z = (u × y) × z = u × (y × z).


(b) R: u × (y ± z) = u × y ± u × z. ou a × b ± a × c = a × (b ± c) =

19. (a) R: Falsa


(b) R: Verdadeira
(c) R: Verdadeira
(d) R: Falsa
(e) R: Falsa

20. (a) R: Falsa


(b) R: Verdadeira
(c) R: Falsa
(d) R: Verdadeira
(e) R: Falsa

21. (a) R: Verdadeira


(b) R: Verdadeira
(c) R: Falsa
(d) R: Verdadeira

22. (a) R: Verdadeira


(b) R: Verdadeira
(c) R: Falsa
(d) R: Falsa

23. (a) R: 23 − (2 × (−4) + 4) = 2 × 2 × 2 − (−8 + 4) = 8 − (−4) = 8 + 4 = 12


(b) R: 332 = (30 + 3)2 = (30 + 3) × (30 + 3) = 302 + 2 × 3 × 30 + 32 = 900 + 180 + 9 = 1089.
x y x+7
(c) 7 +7= 7

24. (a) R: 892 = (90 − 1)2 = (90 − 1) × (90 − 1) = 902 + 2 × 1 × 90 + 12 = 8100 + 180 + 1 = 8280.
1 5y
(b) 7 × y × 2 − y = ( 27 − 1) × y = − 7
80
(c) R: θ = 80° = 80° × πrad
180° = 180 × π rad = 94 π rad

25. Simplifique ou desenvolva a seguinte expressão algébrica, indicando a propriedade da


operação que usou em cada passo:

43
(a) R: −3 y + y 3 = −3 y + 3 y = 0. Na segunda igualdade usou-se a propriedade comutativa
da multiplicação (troca de ordem dos fatores y com 3). Na terceira igualdade usou-se
o facto de −3 y ser o elemento simétrico de 3 y, logo, a sua soma é zero.
(b) R: −3 x − 3 x = (−3 − 3) x = (−3 + (−3)) x = −6 x. Na segunda igualdade usou-se a propri-
edade distributiva da multiplicação do fator x em relação à subtração de -3 com 3. Na
terceira igualdade realizou-se a operação entre parêntesis, com prioridade.
(c) R: −3 x − 3 y = −3 (x + y). Na segunda igualdade usou-se a propriedade distributiva da
multiplicação do fator −3 em relação à soma de x com y.

26. (a) R: O elemento simétrico obtém-se trocando os sinais de todos os termos: −(3 x − 32 ) =
−3 x + 32 . A soma de um elemento com o seu simétrico tem de ser sero, isto é: (3 x −
32 ) + (−3 x + 32 ) = 0.
(b) R: −3 (x + y) + 5 x = −3 x − 3 y + 5 x = −3 x + 5 x − 3 y = (−3 + 5) x − 3 y = 2 x − 3 y. Na segunda
igualdade usou-se a propriedade distributiva da multiplicação do fator −3 em relação
à soma de x com y. Na terceira igualdade usou-se a propriedade comutativa da adição
(troca de ordem dos termos −3 y com 5 x). Na quarta igualdade usou-se a propriedade
distributiva da multiplicação do fator x em relação à soma de −3 com 5. Na quinta
igualdade avaliou-se a soma de −3 com 5 entre parêntesis.
(c) R: Usando a definição de quadrado de (x − 3)2 = (x − 3) × (x − 3). Usando a propriedade
distributiva da multiplicação do fator (x − 3) em relação à subtração de x com 3: (x −
3) × (x − 3) = (x − 3) × x − (x − 3) × 3. Aplicando novamente a propriedade distributiva da
multiplicação do fator x em relação à subtração de x com 3 e a propriedade distributiva
da multiplicação do fator 3 em relação à subtração de x com 3: (x − 3) × x − (x − 3) × 3 =
x x−3 x−(x 3−3 3). Usando a definição de quadrado de x, quadrado de 3 e a propriedade
comutativa da multiplicação: x x − 3 x − (x 3 − 3 3) = x2 − 3 x − (3 x − 32 ). Atendendo a
que o simétrico de (3 x − 32 ) é −(3 x − 32 ) = −3 x + 32 e que −3 x − 3 x = −6x obtém-se:
x2 − 3 x − 3 x + 32 = x2 − 6 x + 32 .

27. (a) R: -10


(b) R: − 21
4
(c) R: 18
(d) R: 25
(e) R: -12
(f) R: -3
(g) R: imp.

28. (a) R: 61 .
523
(b) R: 5 .
2
(c) R: 3.
(d) R: − 11
16 .
(e) R: − 57
2 .
(f) R: − 67
15 .
2
(g) R: − 15 .

44
             
29. (a) R: A 86 = 34 ; 89 ; B 83 ; 83 ; C 88 = 1; 0 ; D − 58 ; 96 ; E − 38 ; 19 ; F − 13
8 9; 2
; G − 4
8 = − 1
2 ; − 3
9 = − 1
3 ;
       
H − 11 9 2 1 2 5 5
8 ; − 9 = −1 ; I 8 = 4 ; − 9 ; J 8 ; − 9 ; K 0; − 9
7

16
(b) R: y(x) = 57 · x + 116
171
20
(c) R: 9
7
(d) R: x = 20 y =0
20
30. (a) R: y(x) = − 19 · x + 14
57
95
(b) R: y(x) = − 14 · x + 58
21
(c) R: y(x) = − 85 · x + 13
10 17
(d) R: y(x) = 7 · x − 21
63 391
(e) R: y(x) = − 104 · x − 1456
5 3
(f) R: y(x) = 11 · x − 44
(g) R: y(x) = 21 · x − 34 = 2 · x − 43
7 116 15 17 391 3 2
31. (a) R: x = 30 , x = 285 , x = 8 , x = 30 , x = − 882 , x = 20 , x = 3
11 8 53 1087
(b) R: P1 (− 18 ; 9 ); P2 ( 327 ; 654 ); P3 ( 15 27 97 62 2575 466 23 11 17 13
26 ; 13 ); P4 ( 18 ; 9 ); P5 ( 2338 ; 1169 ); P6 (− 8 ; − 8 ); P7 ( 6 ; 3 )
14 ′ ′ (0) = − 95 · x + 58 ′ ′ (0) = − 8 · x + 3 ′
     
(c) R: y ′ (0) = − 20 · x + = − 20
; y = − 95
; y 1 x=0 =
 19 57 x=0
′ 19 14 21 x=0
′ 14
5
3 ′
 
− 85 ; y ′ (0) = 10 17 10 ′ 63 391 63 ′
7 · x − 21 x=0 = 7 ; y (0) = − 104 · x − 1456 x=0 = − 104 ; y (0) = 11 · x − 44 x=0 =
5

′ (0) = 2 · x − 4 ′
 
5 2
11 ; y 3 x=0 = 1 = 2
R1   R1   R1   R1  
20 14 28 95 58 116 4 3 10 17
(d) R: −
−1R 19
· x + 57 dx = ; − · x + dx = ; − · x + dx = 6; · x − 21 dx =
1  57 −1 14R 1  21  21 −1 5R 1  1  −1 7
− 34 63 391 391 5 3 3
21 ; −1 − 104 · x − 1456 dx = − 728 ; −1 11 · x − 44 dx = − 22 ; −1 2 · x − 3 dx = − 3
4 8

32. (a) R: v1 (t) = 100 km 100


h + 5
km
h·min × t, v2 (t) = 200 km km 20 km
h , v3 (t) = 800 h − h·min × t
(b) R: A derivada de uma função, num ponto, é o declive da reta tangente à função nesse
ponto. No caso de a função ser uma reta a tangente é a própria reta e o declive é
constante: v1′ (2 min) = 100 km ′
5 h·min , porque 2 min ∈ [0 min; 5 min] v2 (12 min) = 0, porque
12 min ∈ [5 min; 30 min] e v3′ (35 min) = − 100 km
5 h·min , porque 35 min ∈ [30 min; 40 min].
R 5 min R 30 min
v1 (t)dt km v2 (t)dt
(c) 0 min
R: v1m (0 min; 5 min) = 5 min−0 min = 150 h , v2m (5 min; 30 min) = 30 5 min
min−5 min = 200 km
h ,
R 40 min R 40 min
min 3
v (t)dt km v(t)dt 675 km
v3m (30 min; 40 min) = 4030min−30 0 min
min = 100 h e vm (0 min; 40 min) = 40 min−0 min = 4 h .
0.7 kW
33. (a) R: P1 (t) = h × t e P2 (t) = 8.4 kW − 0.7hkW × t
(b) R: P1′ (2 h) = 0.7hkW porque 2 h ∈ [(0 h; (6 h] e P2′ (10 h) = − 0.7hkW porque 10 h ∈ [(6 h; (12 h]
R 12 h
(c) R: E(0 h; 12 h) = 0 h P (t)dt = 12 h×0.422
kW
= 25.2 kWh.

34. a) R:como o valor absoluto da diferença entre x e 0 dá a distância entre x e 0, x ∈ R : |x−0| = 4
lê-se: ”Quais são os reais, x, cuja distância ao número zero, 0, é igual a quatro, 4?”
b) R: x ∈ R : |x + 3| ≤ 5 lê-se: ”Quais são os reais, x, cuja distância ao número menos três, −3,
é menor ou igual a cinco, 5?”

45
c) R: y ∈ N : |y − 73| ≥ 2 lê-se: ”Quais são os números naturais, y, cuja distância ao número
menos setenta e três, 73, é maior ou igual a dois, 2?”

35. f1 (x) = | 3x − 34 |
13 9 1
a) R: f1 (−1) = 12 ], f1 ( 4 ) = 0, f1 (3) = 4 , f1 (+∞) = +∞ e f1 (−∞) = +∞
b) R: f1,min (xm ) = 0 ⇔ xm = 94
c) R:

Figura 1.12: Multiplicação e divisão de números positivos e negativos

d) R: f1′ (−1) = − 31 porque −1 ∈] − inf ty; 94 [ e f1′ (+3) = + 3x porque +3 ∈] 94 y; +inf t[


R3
e) R: −1 f1 (x)dx = área do trapésio de base 2, alt. maior f1 (−1) e altura menor f1 (1)

Figura 1.13: Multiplicação e divisão de números positivos e negativos


R3 f1 (−1)+f1 (1) 3
f (x)dx
−1 1
= base × 2 = 2

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