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FIT460 - olericultura
Mário Puiatti
FALTAS
P 2
T 0
Aula teórica 2:
Conceituação:
Olericultura = cultivo de hortaliças (são espécies essencialmente herbáceas utilizadas na
alimentação humana).
Grandes culturas
Silvicultura
Forragicultura
Fitotecnia .
. Olericultura
. Fruticultura
Horticultura Floricultura
Cogumelos comestíveis…
Problemas:
I. Volume grande comparado à sementes.
II. Custo elevado.
III. Volume bastante “suculento” gera problemas no armazenamento.
IV. Se possui problemas de armazenamento, a obtenção do mesmo é difícil.
V. Por ser de difícil obtenção, o planejamento é dificultado. Muitas vezes não se encontra
na época desejada, é necessário encomendar, atrapalhando o planejamento.
VI. Falta de equipamento para plantio.
VII.Sanidade pois muitas vezes é necessária a compra da parte vegetativa de outros
produtores, sem a garantia da sanidade da mesma; pode acabar introduzindo um
patógeno.
Vantagens:
I. Tamanho grande das estruturas —> plantio manual
Cuidados:
I. Aquisição: origem do material, sanidade, variedade.
II. Produtor: seleção de talhão e/ou plantas sadias e vigorosas.
III. Classificar as estruturas e escolha da(s) classe(s) a plantar.
Produtividade
90
Custo do material propagativo
É necessário encontrar
67,5
um meio termo entre a
produtividade e o custo
45 do material vegetativo em
relação ao tamanho da
estrutura do material
22,5 vegetativo.
0
Tamanho da estrutura de material vegetativo
BATATA:
Propaga pelos tubérculos —> “batata semente” (BS).
Categorias de BS (MAPA).
Genética (melhorista/empresa) —> básica —> G0, G1, G2, G3 —> C1, C2 (certificada) —>
vendida para plantio visando BC (batata para consumo) —> BC, BC, BC —> aumenta a
degenerescência (perda do potencial produtivo) pois em campo a possibilidade de
contaminação e multiplicação de patógenos aumenta a cada geração.
Superação da dormência:
ABA/ citocininas e giberilinas.
- Activol (GA3) —> imersão
- Inversão térmica —> BS em CF (2-4ºC)/2 a 3 semanas.
Plantio:
Mecanizado.
Adubação:
Adubação tem que ser feita com base na análise de solo.
50 kg 8-16-28
15 kg SS
500g borar Adubação feita em aula prática.
500g ZnSO4
15g MgSO4
Aula teórica 3:
Tipos de exploração de olerícolas são caracterizadas por:
- Número de espécies por área
- Área cultivada
- Nível de tecnologia
- Destino ou finalidade da produção
1. Exploração diversificada: grande número de espécies; pequena área física (< 5 ha);
hortaliças mais perecíveis; próximo ao centro de consumo (cinturões verdes) pois são
mais perecíveis; comercialização = feiras livres, mercadinhos ou entregas diretas
(poucos casos vão para CEASAS). Ex: folhosas.
2. Exploração especializada: pequeno número de espécies (normalmente 1 a 3 espécies);
grande área (200 a 400 ha); elevado nível de tecnologia; comum arrendamento de área;
comercialização em atacado (CEASAS). Ex: bataticultura, cenouricultura, alhicultura,
tomaticultora, cebolicultura, etc.
3. Exploração industrial: semelhante ao anterior, difere quanto ao destino da produção
(agroindústria de alimentos). Contrato prévio com a agroindústria. Economia de escala
Temperatura
40 Colheita
30
Plantio
20
10
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Julh Ago Set Out Nov Dez
Variedades:
- Ciclo curto: 4 meses (20-50 bulbilhos)
- Ciclo médio: 5 meses (8-30 bulbilhos)
- Ciclo longo: > 6 meses (7-20 bulbilhos)
Colheita:
Plantas maduras (pelo menos 75%).
“Cura” - perda natural do excesso de água.
• Cura de campo ou ao sol ± 2 dias.
• Cura de galpão ± 30 dias.
Clima e as hortaliças:
Genótipo (espécie, variedade, cultivar) + ambiente (local, época) —> fenótipo (produto de interesse).
• AMBIENTE = fator restritivo (temperatura e luz).
• GENÓTIPO = melhoramento.
Variação da temperatura:
• Ao longo das estações —> termoperiodicidade estacional.
• Ao longo do dia —> termoperiodicidade diária.
Cultivar: variedade cultivável. RNC (registro nacional de cultivares). Pode ser registrada
como uma cultivar quando for DHE (distinguível, homogênea e estável). “Variedade de
qualquer gênero ou espécie vegetal superior que seja claramente distinguível de outras
cultivares conhecidas por margem mínima de descritores, por sua denominação própria,
que seja homogênea e estável quanto aos descritores através de gerações sucessivas e seja
de espécie passível de uso pelo complexo agroflorestal, descrita em publicação
especializada disponível e acessível ao público, bem como a linhagem componente de
híbridos”. (Lei Nº 9456, de 1997).
Formas de obtenção das cultivares: clones (ex. batata, alho, batata-doce, mandioca),
linhagem (uma população de plantas que se deriva de outras e possuem todos os lóculos
homozigóticos. Baixa quantidade de genes de resistência. Ex. tomate santa-clara),
polinização aberta com equilíbrio de Hardy-Weiberg logo, são estáveis e podem ser
registradas (não fica nas mãos das multinacionais pois você não precisa comprar as
sementes sempre que precisar da tecnologia daquele cultivar. ex: nantes - cenoura inverno)
e híbridos (cruzamento entra linhagens, expressa característica superiores aos pais,
resistentes à situações adversas e alto custo das sementes. Produtores ficam presos à
empresa produtora de sementes. Condições em que se recomenda híbridos = baixa adoção
de tecnologias. Ex: tomate longa vida com genes que retardam o amadurecimento mas com
pouco sabor, logo, não houve boa aceitação dos consumidores).
Clima:
ETc = ETo . Kc . Ks . KL
KL = 0,1√P
PAM = AM/AP . 100
AM = área molhada
P = porcentagem de área AP = área da planta
molhada (PAM) ou porcentagem
de área sombreada (PAS). PAS = AS/AP . 100
Inicialmente, é considerada a AS = área sombreada
área molhada; quando a planta AP = área da planta ET = evapotranspiração.
se desenvolve e suas folhas se Kc = coeficiente de cultura.
desenvolvem, sombreando o solo, Utilizamos o que der maior porcentagem
usamos PAS. Ks = coeficiente de estresse.
pois a maior área exposta vai acarretar
KL = coeficiente de localização.
numa maior perda de água.
Alguns exemplos de desvantagens ao utilizar o clima para manejo da irrigação são possibilidade de
estação climatológica antiga e com mal funcionamento, a estimativa da equação pode ter alguns
erros. As vantagens é manejar muitas culturas ao mesmo tempo, mais barato.
Solo:
Tensiômetro utilizado para medir a tensão do solo. Quanto maior a tensão do solo, menor a umidade.
% Umidade
90 Fórmulas LL: lâmina líquida.
LB: lâmina bruta.
Ei: eficiência de irrigação.
67,5 Déficit: [(CC.Vt)/10] . Z. Ds
CUC: coeficiente de
uniformidade christionsen.
LL: déficit = mm
CUD: coeficiente de
45 LL = ∑ETc = ETc1 + Etc2 + ETc3 … uniformidade de distribuição.
LB = LL/Ei Ti: tempo de irrigação.
Ei = CUC ou CUD Ia: intensidade de aplicação.
22,5 CUC = {1-[( ∑|q - q|)/(n.q)]}.100
CUD = (q25% / q) . 100
Ti = LB/Ia = hora
0 Ia = q/(Egot . ELL)
10 100 500 1000 1500
Tensão superficial do solo
I. Conceito: uma planta daninha é definida pelas seguintes características: ciclo reprodutivo com
grande número de propágulos (sementes), propagação por via seminífera e via assexuada
(trepadeira, tiririca), rápida germinação de sementes, eficiência na resposta no desenvolvimento
em ambientes “estressantes” e em condições de aporte adequado de recursos produtivos,
dormência em condições desfavoráveis (favorece a formação de bancos de sementes),
autofecundação e fecundação cruzada (altas taxas), dispersão eficiente de propágulos, etc. Todas
essas características tornam essas plantas mais hábeis em competir com outras, por isso são
classificadas como plantas daninhas.
II. Interferência: direta ou indireta. Qualquer alteração causada por aquela população considerada
infestante na população de interesse, é considerado interferência. Vai ser direta quando a
competição for pelos mesmos recursos (ex: água, luz, nutrientes, espaço, etc) e produção de
substância alelopáticas (alelopatia é definida como o efeito inibitório ou benéfico, direto ou
indireto, de uma planta sobre a outra, via produção de compostos químicos que são liberados no
ambiente). Indireto quando a daninha é hospedeira de pragas, criação de microclima para
beneficiamento de patógenos.
Introdução:
Porque o manejo das PD’s em hortaliças se diferencia do manejo em grandes culturas? Não existem
muitos agrotóxicos específicos para as culturas pois são áreas pequenas e pequena quantidade de
agrotóxicos utilizados, não é vantajoso para as empresas; também normalmente as plantas daninhas
são muito parecidas com a cultura principal logo, muito difícil controlar uma sem prejudicar a outra;
Importância: reciclagem e nutrientes; hospedeira de inimigos naturais de pragas e doenças;
formação de cobertura morta do solo; incorporação de matéria orgânica ao solo e controle de erosão.
Objetivos do MIP: reduzir as perdas causadas pelas plantas daninhas, reduzir o custo do controle e
os gastos com energia. Assegurar o suprimento de alimento com qualidade e a segurança para o
homem e o meio ambiente.
Prejuízos causados pela PD’s: competição, alelopatia, menor rendimento, pior qualidade e menor
preço.
Medidas preventivas: sementes de elevada pureza, limpeza de implementos, mudas vigorosas e
uniformes e esterco com procedência segura.
A escolha dos métodos de controle, depende: espécie da daninha e cultura principal, condições
climáticas, tipo de solo, tratos culturais, rotação de culturas e disponibilidade de herbicidas
seletivos.
30
Produtividade
PAI
20
PTPI
10
PCPI
0
0 14 20 36 40 60 80 100
DAS
PAI: período anterior a interferência
PTPI: período total de prevenção à interferência
PCPI: período crítico de prevenção à interferência
Se for numa densidade de 60 plantas por metro quadrado, o que acontecerá com o PCPI? Diminui
pois o PAI aumenta, a planta principal fica mais competitiva e fecha rapidamente a área cultivada. O
PTPI continua o mesmo pois é a soma do PCPI + PAI.
I. Medidas preventivas:
a) Histórico da área.
b) Material propagativo sadio (conhecer idoneidade do produtor de mudas e sementes).
c) Limpeza de máquinas e implementos.
d) Procedência do adubo orgânico.
II. Medidas culturais:
a) Plantio direto ou cultivo mínimo.
b) Densidade de plantio.
c) Tipo de cultivo (semeadura direta ou transplantio de muda).
d) Irrigação localizada vs irrigação por aspersão.
e) Adubação equilibrada.
f) Época de plantio.
g) Ciclo da cultura (plantas mais precoces + vantajoso).
h) Rotação de cultura (Solanáceas - maria pretinha e joá).
III.Medidas mecânicas:
a) Arranquio.
b) Enxada rotativa (porém dissemina muitos propágulos).
IV. Medidas químicas:
a) Cuidado para não selecionar indivíduos resistentes.
b) Resíduos nas hortaliças.
c) Utilizar produtos certificados para a cultura.
Fruto de tomate:
100g = 90g de água + 9g de C,H e O + 1g de químicos.
Introdução:
I. 2000 - Tutoramento Tradicional = 67 T/ha.
II. 2016 - Sistema Viçosa Adensado = 225 T/ha (mesma irrigação e adubação do tutoramento
tradicional; a diferença é o número de plantas por ha).
III. Equação de produção = genótipo + água + nutrientes + agrotóxicos.
IV. Equação do Eng. agrônomo = genótipo + H2O + nutriente + luz + [CO2] + T + UR + Solo + Vento.
V. Produção primária = produção de fotoassimilados (via fotossíntese) - respiração.
a) Fator importante na fotossíntese = índice de área foliar (IAF) e índice de
interceptação de luz (IIL).
b) IAF = (Área foliar)/(Área de solo). Ex: tomate IAF = 3.
VI. Produção comercial:
a) Índice de colheita = (MS comercial)/(área de solo).
1/3 Superior 23 73 64
1/3 Médio 37 23 28
1/3 Inferior 34 4 8
• 05:00-10:00 = Luz, menor temperatura, maior UR, pressão de vapor menor, estômatos abertos e
maior eficiência fotossintética e alta concentração de CO2. Irrigação? Não pois é o horário que tem
mais polinizadores, a não ser que seja gotejamento que é irrigação localizada e também há o custo
energético que antes das 05:00 é reduzido.
Características: Ambiente protegido é qualquer estrutura que visa reduzir o contato da planta com
o meio ambiente.
• Formas: mouching, túnel baixo, túnel alto, arco e capela.
• Mesológicas:
• Temperatura (filme agrícola = polietileno + aditivo; transmissividade 80%);
• Umidade relativa (tudo o que se faz para a temperatura, se faz ao contrário para UR. ex:
ambiente protegido mais aquecido, UR menor).
30 75
20 50
10 25
0 0
5:00 8:00 12:00 15:00 18:00 21:00 00:00 5:00 8:00 12:00 15:00 18:00 21:00 00:00
Umidade Relativa (%UR) Temperatura
05:00 - 10:00 = Luz, temperatura aumentando, UR diminuindo, elevada [CO2] que sobe o dossel
foliar, maior fluidez da água, solo se aquece, horário de máxima eficiência fotossintética e maior
atividade de polinizadores. NÃO é o horário de fazer pulverizações pois poderíamos matar uma série
de polinizadores e IN. Irrigar as 4:00-4:30 (energia elétrica mais barata) pois o solo ainda estará
frio, perderá menos água por evaporação, a água da irrigação penetrará os poros do solo e quando a
partir das 05:00 a planta começar a exigir maior volume de água no horário de máxima eficiência,
ela terá a água necessária disponível. Pulverização? NÃO.
11:00 - 13:00 = mais luz, maior temperatura, solo aquecido, menor UR, água da anterior irrigação,
CO2 já evoluiu e as plantas já estão expostas a uma concentração de CO2 normal. Estômatos
começando a fechar, eficiência fotossintética menor mas ainda positiva devido aos fatores de menor
UR, maior temperatura e menor concentração de CO2. Se necessário, pode haver irrigação.
13:00 - 15:00 = muita luz, altíssima temperatura, baixa UR = estômatos fechados, nesse período
haverá mais estímulo para a respiração do que para a fotossíntese. Eficiência fotossintética = zero ou
negativa. Irrigação? NÃO. Aplicação de nutrientes via foliar? NÃO.
15:00 - 17:00 = ainda tem luz e temperatura suficiente, UR começa a aumentar, [CO2] normal,
frequência de polinizadores e IN porém em menor número do que na parte da manhã. Irrigação?
estômatos voltam a abrir e eficiência fotossintética volta a ficar positiva. Pulverização? NÃO. Só se
forem alternativas seletivas para pragas.