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MATERIAL
COMPLEMENTAR
Melhoramento
Genético Animal
Epmuras �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 21
Encerramento ������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 22
Referências ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 23
Introdução
Com o objetivo de complementar o conteúdo da Unidade Curricular Melhoramento
Genético Animal, apresentaremos como são organizados os programas de melhora-
mento e quais são as exigências básicas para o seu sucesso.
Além disso, vamos nos aprofundar sobre os controles leiteiros e como são medidas as
características utilizadas nas avaliações lineares em bovinos leiteiros e o visual de
tipo em bovinos de corte (EPMURAS).
Boa leitura!
Como você já viu na apostila, para o alcance do melhoramento genético são conside-
rados fatores de hereditariedade (parâmetros genéticos) e as relações dos animais
com o ambiente (ambiência). Além disso, para que o processo ocorra de forma coesa
e eficiente, é necessário preparar um programa de melhoramento genético. Para que
você tenha uma visão geral dessa tarefa, organizamos sete pontos fundamentais des-
tinados à realização do programa.
3) Coleta de informações
Atenção
Para saber quais desses animais conseguem transmitir esses
genes, é primordial termos o conhecimento da genealogia deles
(no mínimo pai e mãe). Com isso, iniciamos um programa de
melhoramento genético.
Este fator está relacionado à intensidade de seleção: quanto maior for a intensida-
de, maior será o ganho genético. Caso a intenção seja utilizar apenas os 5% melhores
reprodutores em um programa de inseminação artificial, esperar uma nova geração é
melhor do que utilizar 25% dos melhores reprodutores.
0,5
0,4
0,3
DEP
0,2
0,1
0
0/2018 1/2019 2/2020 3/2021 4/2022 5/2023
Geração
Fonte: Shutterstock.
Um erro comum é o de digitação, por exemplo: a produção de leite diária, que seria
de 35 kg/dia, foi digitada como sendo 85 kg/dia. Esse é um erro grosseiro e mais fa-
cilmente visualizado; nesse caso, o registro será eliminado na análise de consistência
dos dados.
No entanto, erros menores, que não são detectados na análise de consistência podem
influenciar a classificação dos animais. Vamos imaginar o exemplo em tourinhos
filhos de um mesmo touro, da mesma idade, no mesmo grupo de contemporâneo,
tendo de diferente apenas a mãe.
Atenção
O elevado grau de exigência para esse quesito decorre das más
práticas realizadas, em que muitas vezes um animal morre e,
para reaproveitar os brincos ou botons, ou até mesmo para
manter a sequência da numeração permanente (tatuagem), o
produtor repete a identificação em outro animal. Isso causa um
problema no cruzamento das informações e pode causar erros
no momento de registrar a genealogia. Em resumo, se hou-
ver problema na identificação dos animais do programa, haverá
problema em todo o programa de melhoramento genético.
Dica
Quanto maior for o controle do momento dos nascimentos, mais
seguras serão as informações, evitando que eventuais proble-
mas de registro e/ou digitação não sejam percebidos na análise
de consistência dos dados.
O conhecimento da exata data do nascimento permite o cálculo da idade, que pode ser
considerado como um efeito a ser ajustado nas avaliações genéticas. Para entender
melhor, vejamos o exemplo a seguir.
Comentários do autor
É fundamental relembrar que os grupos de manejo são caracte-
rizados por um conjunto de indivíduos manejados nas mesmas
oportunidades, tanto nutricionais e sanitárias quanto de ambi-
ência etc. Em outras palavras, os animais pertencentes a um
mesmo grupo devem ser manejados em conjunto, entrando
e saindo de um determinado pasto/potreiro no mesmo dia.
O tamanho ideal dos grupos de manejo é o maior possível, pois quanto maior ele for,
maior será o grupo de contemporâneo.
Atenção
Grupo de contemporâneo se refere a um grupo de animais do
mesmo sexo e pertencentes a um mesmo grupo de mane-
jo. O número mínimo de animais de um grupo de contemporâ-
neo é cinco, filhos de mais de um reprodutor.
GC2
GC1 GC3
Rep C
Rep B
Rep A
Quanto maior for o número de animais, maior será a amostragem por reprodutor
nesse ambiente e mais acertada será a quantificação da influência no desempenho
dos animais. Assim, quanto maior for o tamanho do grupo, maior será a acurácia das
predições das DEPs e/ou PTAs. Portanto, com mais informações de qualidade, maior é
confiabilidade das avaliações genéticas e, consequentemente, maior será o progresso
genético do programa.
Por fim, dependendo do programa, há necessidade da visita técnica para a coleta dos
fenótipos. Nos próximos tópicos serão mostradas informações sobre o controle leiteiro
para a raça Girolando e o sistema de avaliação linear para a raça Holandesa, em que
há necessidade de um técnico treinado e credenciado para tais serviços.
O controle leiteiro é uma prática para mensurar a produção de leite das vacas leitei-
ras dentro de 24 horas. Os procedimentos são padrões, tendo como finalidade aplicar
a metodologia de forma que se possa estimar por lactação a produção leiteira, bem
como os componentes físico-químicos, com fins de comparação entre indivíduos.
O objetivo do controle
leiteiro, dentro do âmbito
do melhoramento genético, é
identificar os animais com maiores
produções. Assim, é possível
selecionar os indivíduos que
serão pais da próxima geração.
Fonte: Shutterstock.
Vamos entender como são avaliadas as características de True Type, utilizando o ma-
terial publicado no Manual de Classificação Morfológica editado pela Associação
Portuguesa de Criadores de Raça Frísia (APCRF).
Nota 1 2 3 4 5 6 7 8 9
cm ≤ 130 133 136 139 142 145 148 151 ≥154
1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 5 9
Nota 1 2 3 4 5 6 7 8 9
cm ≤13 15 17 19 21 23 25 27 ≥ 29
Nota 1 2 3 4 5 6 7 8 9
cm ≤10 12 14 16 18 20 22 24 ≥26
Nota 1 2 3 4 5 6 7 8 9
cm ≤4 2 0 2 4 6 8 10 ≥12
Retos Curvos
1 5 9
h) Aprumo dos membros posteriores (vista de trás): avalia-se via escore o po-
sicionamento dos membros posteriores.
Fechados Abertos
1 5 9
fechado aberto
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Nota 1 2 3 4 5 6 7 8 9
cm ≤3 0 3 6 9 12 15 18 21
débil forte
1 5 9
baixo alto
Nota 1 2 3 4 5 6 7 8 9
cm ≥ 35 33 31 29 27 25 23 21 ≤19
Nota 1 2 3 4 5 6 7 8 9
cm -1 2 6
(convexidade)
curtos longos
Nota 1 2 3 4 5 6 7 8 9
cm ≤1 2 3 4 5 6 7 8 ≥9
separados juntos
1 5 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Para entender melhor como funciona essa avaliação em bovinos de corte, veja o es-
quema de medições a seguir.
E P
E
M
P
Encerramento
Chegamos ao fim desse material complementar, onde apresentamos a forma como
um programa de melhoramento deve estar organizado e a importância das coletas de
dados. Além disso, você conheceu mais detalhes sobre o controle leiteiro, bem como
foi apresentado às características de classificação linear.
Seu aprendizado não se encerra por aqui! Utilize todas as ferramentas que disponibili-
zamos e mantenha seu processo de formação continuada.
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