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A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

Conhecer esta história e a importância do aparato contábil para o mercado, faz


toda a diferença para os empresários.

Isto por que eles garantiram a real necessidade de investir em um profissional


contábil para o seu negócio.

Para os contadores, reconhecer o papel de sua profissão na história e o


desenvolvimento da mesma, faz com que muitas vezes ganhem força no
caminho.

O surgimento de práticas contábeis é muito mais antigo do que a grande maioria


possa pensar.

Já no Mundo Antigo, com os homens das Cavernas em seus desenhos


rupestres, via-se técnicas de contagem e controle de alimentos e materiais para
construções.

Ao longo da história da humanidade, vão surgindo povos que desenvolvem


técnicas e práticas contábeis.

Contudo, somente na Idade Média com a publicação de estudos referentes à


contabilidade que a mesma é elevada a categoria de ciência.

Hoje, a Contabilidade tem papel fundamental no desenvolvimento do comércio


e no controle empresarial.

Mundo Antigo e resquícios contábeis

Os homens das Cavernas já expressavam, a milhares de anos, em seus


desenhos rudimentares práticas de contagem de animais.

Povos sumérios, babilônicos e assírios faziam suas anotações em argilas,


controlando o número de animais, por meio de gravuras.

Na cidade de Ur da Caldeia, foram encontrados registros de uso de mão de obra


e materiais para construções.
Com o tempo, as gravuras foram dando lugar para documentos onde se
registravam informações de bens, uso de materiais e contagem de animais.

No Egito, vemos pela primeira vez o surgimento do Registro de Bens


propriamente dito, e a atuação do Fisco Real.

Existia neste período um inventário para a contagem do Boi, animal sagrado que
marcava o início do calendário, além disto, foram encontrados registros de bens
móveis e imóveis.

O controle de vendas e de escravos também foi um ponto de grande importância


nas práticas egípcias.

Além dos egípcios, outros povos desenvolveram técnicas que posteriormente


tornaram-se importantes para o desenvolvimento da ciência contábil.

Os gregos aperfeiçoaram o modelo egípcio ao realizar a escrituração de contas


de custos e receitas, com a procedência anual de confronto entre as contas.

Essa escrituração estendeu-se para além de bens pessoais e do campo, para


atingir a administração pública, privada e bancária.

Até mesmo na Bíblia vemos relatos de práticas de contabilidade, para controle


de propriedade e de bens.

Vemos isto em histórias como José do Egito, no Livro de Jó e o controle das


riquezas do Rei Salomão.

E mesmo no tempo de Jesus, ele conta algumas parábolas sobre os homens


ricos e o controle de seus bens e propriedades.

Período Medieval e o desenvolvimento da economia

Na época medieval vemos um desenvolvimento econômico e da propriedade,


isto fez com que fosse necessário técnicas de controle e apuração de bens.

Foi na Itália que houve o desenvolvimento da Contabilidade, por conta do


aumento da produção e a mudança das relações de trabalho.
Além disto houve o aumento do Capital o que fez com que os registros e
controles se tornassem mais complexos.

A partir do século X surgem as primeiras grandes corporações que fortalecem


ainda mais a sociedade burguesa e a propriedade privada.

Houve uma proliferação de novas técnicas de mineração e metalurgia, que fez


com que o serviço artesanal se expandisse.

Veneza torna-se o centro do comércio externo, o que impulsiona o surgimento


dos primeiros Livros Caixa, que registravam os recebimentos e pagamentos em
dinheiro.

Nos séculos que se seguem vão surgindo novos termos, como: Capital e método
de Partidas Dobradas.

No início do século XIV surgem registros de custos comerciais e industriais nas


diversas fases de desenvolvimento.

Mundo Moderno e desenvolvimento científico da contabilidade

Três acontecimentos da transição do mundo medieval para o mundo moderno


são importantes para o desenvolvimento cientifico da contabilidade.

Em 1453 os turcos tomam Constantinopla, o que insurge na migração de


diversos sábios bizantinos para Itália.

A descoberta da América e posteriormente do Brasil, faz com que a Europa tenha


um acúmulo de riquezas, como o ouro.

E em 1517, com a Reforma Protestante leva a perseguição dos protestantes que


fogem para a América com suas riquezas.

Com todo este panorama a Contabilidade torna-se uma necessidade para


administrar a economia em pleno desenvolvimento.

Além da economia em pleno desenvolvimento, o controle das riquezas do Novo


Mundo impulsiona ainda mais o desenvolvimento contábil.

A partir disto, vê-se a inserção de técnicas contábeis nos negócios privados.


Em 1494, o Frei Luca Pacioli lança o Tratado da Contabilidade por Partidas
Dobradas, que o torna pai da Contabilidade, ao explanar a técnica usada na
Toscana desde o século XIV.

Sua obra dá um peso importante e torna-se um marco no desenvolvimento


científico da Contabilidade.

No tratado é mostrado técnicas para um bom comerciante, conceituação e


explicação para um bom inventário, livros mercantis, registros de operações e
contas em geral.

A principal contribuição se dá no controle de Lucros e Perdas, que na época era


tratado como Pro e Dano.

Frei Luca explana a técnica de Partidas Dobradas onde ele explica as


terminologias: PER = Devedor e A= Credor.

Além disto ele diz que o Devedor deve vir à frente do Credor, ideia que perdura
até os dias de hoje.

Na Itália surge as primeiras restrições à serviços contábeis por uma única


pessoa, onde só uma pessoa qualificada poderia exercer a Contabilidade.

Modernidade e desenvolvimento das escolas Contábeis

A Modernidade marca o desenvolvimento de centros de estudos das práticas


contábeis.

Tudo começa com o predomínio das escolas europeias, no início a prática


contábil se chocava com a Administração.

Foi no século XVII que o ensino da Contabilidade passa a ser administrada nas
universidades europeias.

A escola europeia desenvolveu grandes teorias sobre a administração e controle


de patrimônios, contudo não houve muita prática na área.

Foi assim, que por meados de 1920 começa a ter predomínio a escola norte
americana de práticas contábeis.
As ideias norte americanas se preocupam em ir além de somente oferecer
teorias, colocam-nas em prática.

O surgimento de grandes corporações, fez com que emergisse mais ainda a


prática contábil, e impulsionou a criação de associações contábeis.

Hoje, a Contabilidade é parte indispensável das administrações empresarias,


sendo que a tecnologia tem auxiliado e muito nos processos e serviços.

Além disto a regulação de impostos e emissão de documentos fiscais para


garantir segurança nos processos comerciais reforça esta necessidade.

Práticas como Consultoria Contábil têm facilitado e expandido os horizontes do


profissional da área e mantendo a prática atualizada com o mercado.

A Contabilidade no Brasil

Com a vinda da família Real para o Brasil, viu-se o aumento do tesouro da


república e fortalecimento da renda dos estados o que aumentou a necessidade
do aparato fiscal.

Foi criado também o Tesouro Nacional e Público e em 1808 o Banco Central do


Brasil, todo este panorama propiciou o desenvolvimento de práticas contábeis.

Na época existiam as tesourarias da Fazenda, onde eram colocados um


procurador fiscal, um contador e um inspetor.

Estas pessoas eram os responsáveis por todo o processo de arrecadação e


administração fiscal, tributária e financeira das fazendas.

Hoje, o Brasil é um dos países com maior carga tributária e fiscal do mundo, o
que demanda dos empreendedores cuidado e conhecimento para não ter
problemas com o Governo.

A emissão de documentos como a Nota Fiscal Eletrônica NFe, por exemplo


ainda é uma grande dificuldade para muitos empresários.

Isto tudo é facilitado com o auxílio de um profissional contábil que além de


conhecimento da área pode simplificar o processo de administração financeira e
fiscal dos empreendimentos.
O QUE É CONTABILIDADE

A Contabilidade é a ciência que estuda, interpreta e registra os fenômenos que


afetam o patrimônio de uma entidade. Ela alcança sua finalidade através do
registro e análise de todos os fatos relacionados com a formação, a
movimentação e as variações do patrimônio administrativo, vinculado à entidade,
com o fim de assegurar seu controle e fornecer a seus administradores as
informações necessárias à ação administrativa, bem como a seus proprietários
e demais pessoas relacionadas, as informações sobre o estado patrimonial e o
resultado das atividades desenvolvidas pela entidade para alcançar os seus fins.

Diversas técnicas são usadas pela contabilidade para que seus objetivos sejam
atingidos:

- A escrituração é uma forma própria desta ciência de registrar as ocorrências


patrimoniais;

- As demonstrações contábeis são demonstrações expositivas para reunir os


fatos de maneira a obter maiores informações; e

- A análise de balanços é uma técnica que permite decompor, comparar e


interpretar o conteúdo das demonstrações contábeis, fornecendo informações
analíticas para o processo de tomada de decisão financeira.

A Contabilidade adquire cada vez maior importância no contexto atual, dado o


crescimento das corporações, entidades e empresas, que exige grande eficácia
dos profissionais contábeis, para que sejam capazes de trabalhar a infinita gama
de informações que são necessárias ao estudo e controle do patrimônio das
entidades.

Espera-se cada vez mais um Contador capaz de atuar globalmente sem, no


entanto, deixar de possuir os conhecimentos profissionais necessários para sua
atuação local, além de conhecimentos e habilidades no uso de métodos
quantitativos que contribuam com o desenvolvimento de soluções e alternativas
de decisão.
A contabilidade é uma ciência humana (não exata como alguns acreditam) que
tem a finalidade de controlar o patrimônio (bens, direitos e obrigações) das
pessoas jurídicas (empresas), por meio das contas contábeis, que é daí que
surge o nome de Contabilidade. Essas contas são definidas por um Plano de
Contas, na qual tem uma estrutura definida para que se possa verificar o que
representam tais contas.

As operações financeiras da empresa são registradas neste plano de contas que


por sua vez, formam um relatório para análise financeira da empresa, para saber
toda sua vida financeira, se está dando lucro, quanto é a soma das obrigações
(contas a pagar) da empresa, o que a pessoa possui (carros, imóveis,
computadores, dinheiro em caixa, em banco, etc.), e para que os
administradores possam planejar o futuro da empresa.

A PROFISSÃO CONTÁBIL

A profissão contadora é conhecida por ser o responsável pela área financeira de


uma empresa, pelo patrimônio de determinado investimento.

A grosso modo, as tarefas relacionadas às questões econômicas, tributárias,


financeiras e patrimoniais de pessoas físicas e jurídicas ficam a cargo desse
profissional.

Algumas ações conhecidas que ele executa são:

• Elaboração de planejamento tributário, como uma das medidas para


aprimorar as operações financeiras de redução de custos;
• Elaboração de documentos, como declarações fiscais, para pagamento
de tributos;
• Organização e registro das ações administrativas e financeiras;
• Acompanhamento de alterações na política tributária.
No entanto, ele ainda pode contribuir com planos de recursos humanos e de
investimentos.

Dentre as áreas exclusivas de atuação, estão a auditoria e as perícias contábeis,


por meio das quais investigam fraudes e desvios, identificando se existe alguma
atividade ilegal na empresa.

Atualmente, está em alta a chamada Contabilidade Consultiva. Nela, a profissão


contadora ultrapassa a função com os números e assume uma responsabilidade
estratégica no desenvolvimento de uma organização. É a atuação do contador
como um verdadeiro parceiro de negócios.

No Brasil, existem contadores com formação técnica e superior. Quem deseja


ter uma carreira mais sólida, deve se dedicar à graduação em Ciências
Contábeis, que permite o registro profissional no Conselho Regional de
Contabilidade (CRC). Esse registro é exclusivo aos bacharéis.

Porém, esse não é um requisito de atuação da profissão contador.

Em qualquer tipo de formação, a atuação no mercado depende de aprovação no


Exame de Suficiência, promovido a cada dois anos. Esse é mais um ponto que
motiva o interessado a se formar em um curso de qualidade.

Existe uma discussão em torno das consequências futuras da transformação


digital na contabilidade. Como demonstraremos adiante, é possível que o curso
de Ciências Contábeis, na forma como é estruturado atualmente, acabe.

A tecnologia poderá fazer toda a parte burocrática realizada na profissão


contador, que é apontada como uma das possíveis profissões a serem extintas.

No entanto, vamos nos ater ao que acontece hoje. E fato é que o mercado exige
que a profissão contadora tenha algumas competências.

Além do conhecimento técnico apurado e da atualização constante, necessária


diante da alta frequência com que a legislação brasileira é alterada, a profissão
contadora demanda outras competências.

A primeira delas é ter um conhecimento que vai além de saber utilizar e


interpretar planilhas de dados. Um profissional muito requisitado no mercado é
o “cientista de dados contábeis”.
Ele não precisa entender de programação, mas deve compreender as
entrelinhas dos dados contábeis para uma atuação estratégica.

O domínio do inglês pode ser fundamental para lidar com as novas tecnologias
e é algo pouco praticado pelos profissionais atuais, já que, historicamente, as
vagas em contabilidade não exigiam tal competência.

Outra habilidade interessante para o contador atual é o relacionamento


interpessoal. Um contador moderno, que atua dentro da contabilidade consultiva,
deve ter capacidade de se comunicar com diferentes departamentos de uma
empresa, porque deve conhecer a fundo o negócio de seu cliente.

Por fim, com as inovações legislativas e tecnológicas, o mercado vem


valorizando profissionais que tenham pós-graduação, mestrado ou MBA em
áreas de estudo mais aplicadas, como business intelligence, compliance e
gestão.

Mas mesmo o profissional que une todas as competências desejáveis passará


por alguns desafios.

O primeiro desafio da profissão contador é como ele é visto pelos clientes.

O profissional envia documentos para os empresários, mas certo é que ninguém


gosta de receber contas pra pagar. Por isso, ele é visto como um “portador de
más notícias”, apesar de ser um “mal necessário”.

Em suma, ainda que tenha muita responsabilidade nas costas, carrega a imagem
de ser um profissional atrasado, retrógrado e chato. Mudar essa imagem é
possível com a contabilidade consultiva, mas falaremos dela adiante.

Outros desafios dizem respeito a competitividade, atualização frente às


mudanças na legislação brasileira, e inovações tecnológicas.

Competitividade no mercado contábil


Ainda que o mercado de trabalho para o contador seja grande, ele é muito
competitivo. São milhares de escritórios de contabilidade espalhados por todo o
país.

Para enfrentar esse desafio da profissão contador, é preciso se destacar, se


adaptando às inovações tecnológicas e desenvolvendo habilidades e
competências para se tornar um profissional de contabilidade consultiva.

Cabe destacar que as empresas têm dificuldade em encontrar profissionais de


contabilidade qualificados. Por isso, vale a pena investir em capacitação para
vencer a competitividade.

Atualização frente às mudanças na legislação

O Brasil possui uma legislação tributária e financeira vasta, que pode ser
modificada com certa facilidade.

Especialmente diante dos crescentes problemas causados por crimes


financeiros e a necessidade de compliance corporativo, pode ocorrer um
enrijecimento nas leis. Além disso, os avanços legais também podem ocorrer
devido às inovações tecnológicas.

Cada mudança pode acarretar diferentes modos de operação no controle de


custos e despesas dos clientes dos contadores. E esse é um grande desafio
para a profissão contador: manter-se atualizado frente a tanta mudança.

Inovações tecnológicas

Adequar-se às inovações tecnológicas é um desafio recente que o contador deve


superar.

Se antes a contabilidade era um serviço tradicional, realizado exclusivamente


por mão de obra humana, a tecnologia veio para automatizar muitos processos
burocráticos, aumentando a produtividade e economizando tempo. O próprio
governo se utiliza de plataformas online para otimizar o trabalho.
Mesmo assim, muitos profissionais ainda têm dificuldade – e medo – de
lidaremos com softwares e ferramentas tecnológicas. Mas isso deve ser
superado o quanto antes para ele se tornar um contador de destaque, que
assume papéis estratégicos.

CONCEITOS CONTÁBEIS – CUSTO

A contabilidade de custos é um dos temas mais relevantes quando se trata de


uma boa organização da gestão financeira de uma empresa. Por isso, é preciso
entender como ela funciona e como esse processo pode ser útil para o
crescimento dos seus negócios.

E para entender o que é contabilidade de custos e quais são os principais


objetivos. É preciso saber que o gestor deve ter uma visão clara de todos os
elementos de saída que compõem o custo dos seus produtos ou serviços
prestados e comparar com as entradas para, assim, administrar melhor a saúde
financeira da empresa.

Podemos dizer que a contabilidade de custos, portanto, serve para avaliar


minuciosamente todas as possibilidades de uma empresa a partir da sua
operação e garantir que as tomadas de decisão sejam sempre voltadas para o
crescimento e melhores práticas.

Imagine o seguinte cenário: um cliente pede um desconto e você precisa avaliar


as possibilidades para garantir o lucro da sua empresa e, ao mesmo tempo, a
satisfação do seu cliente. Qual desconto máximo você pode aplicar? Decisão
complicada, não é mesmo? E são nesses casos que entram os custos contábeis.

Mas, antes de tudo, lembre-se que a palavra “custos” se refere apenas ao


dinheiro envolvido na produção do seu produto ou serviço comercializado. Custo
não quer dizer a mesma coisa que despesas ou gastos, mas essa diferença
vamos entender um pouco mais à frente.

Primeiramente, para entender a contabilidade de custos, é importante ter em


mente que a contabilidade em geral é a grande responsável pelos cálculos e
informações para garantir a evolução financeira de uma organização.
A contabilidade de custos é uma parte da contabilidade especializada em
gerenciar os custos dos produtos e serviços que são oferecidos por uma
empresa, para assim determinar os melhores preços de venda e obter um lucro
representativo a partir dos custos gerados pela sua produção.

Já a contabilidade financeira é a parte responsável apenas por analisar os dados


e as movimentações financeiras de uma organização. Ou seja, o objetivo da
contabilidade de custos, portanto, é analisar se a empresa realmente está
ganhando ou perdendo dinheiro, além de ser uma estratégia importante para
tomada de decisões sobre o melhor caminho para o sucesso dos negócios.

A contabilidade de custos separa em tipos de custos e em algumas categorias


para facilitar o entendimento do que é gasto na produção. Por isso, abaixo vamos
apresentar as definições e diferenças entre cada um:

Custos diretos

Este é o tipo de custo que possui relação direta com o produto, como matéria
prima e materiais para a embalagem. É o mais fácil de ser identificado. Por
exemplo, em uma produção de sapatos, a matéria prima e a caixa para venda
são considerados custos diretos.

Custos variáveis

Os custos variáveis possuem relação direta com o volume de produção, ou seja,


quanto mais é produzido, maior o gasto com matéria prima e embalagens, por
exemplo. Também pode ser considerado um custo direto.

Custos indiretos

Estes custos têm relação com o produto, porém não de forma direta. Por
exemplo, o valor do aluguel de espaço, gastos com água e energia elétrica e o
pagamento de funcionários que participam de alguma etapa do processo de
produção.
Custos fixos

Os custos fixos estão ligados aos custos indiretos, pois estes não se alteram com
a variação do volume de produção. Ou seja, independentemente do número de
sapatos produzidos, o valor do aluguel e o pagamento dos funcionários, sem
considerar comissionamento ou horas extras, permanece o mesmo.

Por fim, essa diferenciação dos custos permite que os gestores tenham uma
visão mais clara e objetiva de onde estão concentrados cada tipo de custo, para
assim, definir melhor as estratégias e manter uma operação mais transparente
para toda a organização.

Para que o cálculo dos custos desembolsados pela empresa e o custo unitário
dos produtos seja definido corretamente e de forma coerente, os responsáveis
pelo processo de contabilidade de custos precisam estabelecer o método de
rateio que melhor se encaixa na sua operação.

Custeio por absorção ou integral: todos os custos ligados ao produto e à sua


fabricação, ou à prestação de um serviço, são absorvidos, sejam eles diretos ou
indiretos. Dessa forma, os gastos são rateados por todos os produtos e serviços;

Custeio direto ou variável: neste método, apenas os custos variáveis são


considerados. Sendo assim, os custos fixos são separados e considerados como
despesas.

Baseado no princípio que os custos de uma empresa são gerados a partir das
atividades que desempenham, essas mesmas atividades são consumidas pelos
próprios produtos e serviços gerados nesta empresa. Por isso, o método mais
utilizado pelas empresas é o método de absorção, por ser mais simples e intuitivo
para qualquer tipo de negócio.

CONCEITOS CONTÁBEIS – DESPESA

Para a contabilidade, despesas são os gastos necessários para a obtenção de


receita da empresa, mas não estão envolvidos ao processo de manufatura ou
transformação do produto, como é o caso dos custos.
São exemplos de despesas:

• Aluguel do pavilhão;
• Pró-labore;
• Telefone;
• Comissão de vendedores;
• Materiais de escritório;
• Salários da equipe administrativa;
• Pró-labore;
• Impostos

Classificar as despesas de maneira correta, além de ajudar a manter a


organização no controle do fluxo de caixa, é essencial para o planejamento. Isso
porque as categorias ajudam os gestores a entender para onde vai o dinheiro,
identificando oportunidades de redução de custos.

As categorias de despesas podem, até mesmo, ajudar a apontar problemas nos


processos. Isso porque, quando muito mais dinheiro do que o previsto está
sendo gasto em um setor, isso pode indicar problemas estruturais.

Regulares: tratam-se de despesas previsíveis. Isso é, aquelas que sua empresa


sabe com certo grau de certeza que terá mensalmente. Um bom exemplo são
os salários administrativos, impostos, aluguéis e contas.

Extraordinárias: ocorrem de forma aleatória ou sem qualquer previsibilidade.


Alguns exemplos são multas e gastos com processos, reparação de problemas
ou reposição de equipamentos que falharam.

Fixas: essas despesas não dependem de quantidade de trabalho ou horas


utilizadas, e podem ser esperadas com certeza todos os meses. Por exemplo,
aluguel, salário dos colaboradores (sem contar horas extras), seguros e pacotes
de serviços de comunicação.
Variáveis: alguns gastos podem oscilar de acordo com a utilização ou consumo,
horas trabalhadas ou desempenho da equipe. Alguns exemplos são contas de
água e luz, horas extras e bônus e comissões por vendas.

PRINCÍPIOS CONTÁBEIS

Os princípios da contabilidade são um conjunto de normas gerais que delimitam


a aplicação das Ciências Contábeis. Elas representam a essência das doutrinas
e teorias contábeis, que regem a atuação dos profissionais de contabilidade.

Os Princípios Fundamentais da Contabilidade foram publicados no Brasil pelo


Conselho Federal de Contabilidade (CFC) na Resolução nº 750/93,
considerando o entendimento científico e profissional da contabilidade.

Esses princípios garantem que você registre os fatos contábeis de acordo com
o regramento, que permite mensurar corretamente o patrimônio das entidades,
a favor dos interesses da coletividade, dos particulares e dos sócios e acionistas.

Princípio da Entidade

O Princípio da Entidade reconhece que o patrimônio é o objeto da contabilidade


e pertence à entidade, sem se confundir com os patrimônios particulares (dos
seus sócios ou proprietários).

Além disso, também diz que a soma de patrimônios de diferentes entidades não
cria uma nova entidade. Por exemplo: se uma pessoa tiver mais de uma empresa
e registrar em relatório todos os seus negócios, seus patrimônios continuam
independentes um do outro.

Princípio da Continuidade

O Princípio da Continuidade diz que a contabilidade deve considerar que a


entidade continuará suas operações indefinidamente no futuro. Isso é necessário
para garantir a utilidade de alguns ativos que, caso a empresa encerrasse suas
atividades, teriam o seu valor econômico anulado, o que geraria insegurança
jurídica e tributária.

Princípio da Oportunidade

O Princípio da Oportunidade se refere ao registro dos fatos contábeis de maneira


tempestiva e íntegra, ou seja, no momento oportuno (mais próximo possível de
quando ele foi gerado) e com as informações completas e fidedignas, sem
omissões ou excessos.

Princípio do Registro pelo Valor Original

Esse princípio diz que os componentes do patrimônio devem ser registrados


pelos valores originais das transações, expressos na moeda do país. Quando as
transações são feitas com o exterior, o valor deve ser transformado em moeda
nacional no momento do registro, a fim de homogeneizar os dados do patrimônio
da entidade.

Princípio da Atualização Monetária

Esse princípio se relaciona com o Princípio do Registro pelo Valor Original. De


acordo com o princípio anterior, o patrimônio deve ser registrado pelo valor
original, mas esse valor deve ser atualizado de acordo com as variações de
poder aquisitivo da moeda nacional.

Princípio da Competência

O Princípio da Competência diz que os registros de receitas e despesas devem


ser incluídos na apuração dos resultados do exercício (DRE) quando o fato
gerador ocorre, independentemente de quando acontece o pagamento ou
recebimento. É isso que chamamos de Regime de Competência, em contraponto
ao Regime de Caixa, que registra o fluxo de caixa das empresas.
Princípio da Prudência

O Princípio da Prudência também é conhecido como Princípio do


Conservadorismo. Trata-se de considerar o menor valor na mensuração de
ativos e o maior valor na mensuração de passivos. Dessa maneira, evitam-se
possíveis equívocos no levantamento das informações e descontrole financeiro
ao subestimar ou superestimar valores.

PATRIMÔNIO LIQUIDO

Na prática, o patrimônio líquido corresponde à riqueza de uma empresa, aquilo


que realmente pertence aos seus acionistas. Em termos mais técnicos, é um
indicador contábil que representa a diferença entre o ativo e o passivo da
organização.

Ativos são os bens e direitos da organização em um determinado momento. É


tudo o que pode ser convertido em valores monetários, como o dinheiro em
caixa, as duplicatas a receber, os estoques de produtos, os equipamentos e os
imóveis.

Já os passivos são as obrigações que a empresa tem perante terceiros, como


dívidas, empréstimos e contas a pagar.

Portanto, patrimônio líquido são todos os bens e direitos que uma empresa
possui, como dinheiro em caixa e imóveis, menos suas obrigações, como
dívidas.

Diversas contas compõem o patrimônio líquido de uma empresa, de acordo com


a Lei 6404/76.

Capital social

O capital social é o valor investido por cada um dos sócios para começar um
negócio – seja em bens financeiros, bens materiais ou bens imateriais. Ele deve
ser registrado no Contrato Social da empresa: o documento que oficializa a
criação de um negócio societário e contém todos os dados da companhia, como
razão social, endereço da sede e informações sobre os sócios.

Para entender melhor, vale pensar em três perspectivas diferentes: financeira,


social e de limitação de responsabilidade.

Financeira: Quando uma ou mais pessoas decidem começar uma empresa, o


valor indicado como capital social é aquele que vai ser utilizado para manter o
negócio funcionando enquanto ele ainda não gera lucro.

Esse valor pode ser dividido entre bens:

Financeiros: dinheiro;

Materiais: carros, imóveis, matérias-primas;

Imateriais: marca, patentes.

Social: A partir do valor investido por cada pessoa, também são definidas as
regras quanto ao poder de ação de cada sócio, a participação nos resultados da
empresa e o limite de responsabilidade de cada um.

Limitação de responsabilidade: A quantia que cada pessoa investe no negócio


também define o limite de responsabilidade de cada um caso a empresa contraia
dívidas. Quanto maior a participação, maior a responsabilidade – e vice-versa.

Se uma pessoa é responsável por 60% do capital social de uma empresa, por
exemplo, ela vai responder por 60% dos débitos com credores.

Vale lembrar que o capital não é estático. Sempre que um sócio retira um valor
da companhia (redução do capital social) ou aumenta a quantia investida na
empresa, o capital social também deve ser alterado.

Reservas de Lucros e de Capital

Outra parte do patrimônio líquido pode ser composta pelas Reservas de Lucros
e de Capital. Aqui, uma parte dos lucros gerados são destinados a formar
reservas com algum propósito específico. Alguns exemplos são Reserva Legal,
Reserva para Contingências e Reserva de Incentivos Fiscais, entre outros.

A Reserva Legal, por exemplo, é composta por 5% do lucro líquido. Vale dizer
que o valor máximo desta reserva é de 20% do capital social da companhia.

Ajustes de avaliação patrimonial

O ajuste da avaliação patrimonial é o resultado do valor da avaliação dos bens


em relação ao seu valor justo. Lembrando que o valor justo é a quantia pela qual
um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, por duas partes dispostas a
isso e independentes entre si.

Patrimônio Líquido Negativo

Patrimônio líquido negativo – também chamado de passivo a descoberto –


acontece quando os valores das obrigações, por exemplo dívidas, superam a
soma de todos os ativos de uma empresa. Ou seja, se o patrimônio líquido está
negativo, significa que a companhia possui um passivo maior do que o ativo.

Em muitos desses casos, a empresa pode entrar com um pedido de recuperação


judicial, que nada mais é do que tentar um acordo entre todos os seus credores
(pessoas e empresas que têm algo a receber) sob a supervisão da Justiça.

Ações em tesouraria

Sempre que uma empresa recompra suas ações, o montante adquirido reduz o
patrimônio. Estas ações são mantidas em tesouraria e podem ser reemitidas ou
canceladas no futuro.

A recompra de ações é uma forma da companhia comprar ações no mercado


para custodiá-las ou cancelá-las em sua própria tesouraria. De modo geral, isso
ocorre quando a companhia considera que o preço de suas ações está abaixo
do seu valor.
CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade gerencial é uma área em que os contadores atuam de maneira


mais colaborativa na gestão empresarial, utilizando dados financeiros para
produzir relatórios que auxiliam no processo de tomada de decisão.

O contador gerencial fornece informações mais completas ao empreendedor


sobre a situação financeira, as perspectivas e as oportunidades para a empresa.
Nesse sentido, seu trabalho é voltado para produzir documentos e informações
que não apresentam serventia senão dentro da empresa.

Vale pontuar que a contabilidade gerencial não é um processo feito à parte do


restante. A contabilidade tradicional – essencial e obrigatória –, que engloba
impostos, declarações, guias, entre outros, pode ser feita pelo mesmo contador.
O modelo gerencial apenas acrescenta serviços ao que já era feito, mas sem
descuidar do básico.

Aumento de eficiência da gestão

Ser eficiente quer dizer fazer mais com menos, acertar mais rápido e tomar
decisões de forma ágil. A contabilidade gerencial pode apoiar o empresário em
todos esses aspectos, tornando a gestão muito mais otimizada.

O gestor poderá basear suas decisões em informações concretas, reduzindo as


chances de erros e levando menos tempo para colocar mudanças em prática.

Apoio no controle de desperdícios

É comum que os pequenos empreendedores não tenham conhecimento das


áreas que desperdiçam recursos em sua empresa, pois estão mais focados em
mantê-la em ordem.
A contabilidade gerencial auxilia a resolver esse problema, pois fornece as
informações já organizadas para que seja possível enxergar para onde o dinheiro
está indo.

Maior controle financeiro

Para controlar melhor as finanças, é importante estar sempre um passo à frente


dos acontecimentos, evitando surpresas. Adotando a contabilidade gerencial,
sua empresa terá fácil acesso a dados como perspectivas do fluxo de caixa,
projeção de lucratividade, simulação de enquadramentos tributários, etc.

Essas informações permitem que o empreendedor se prepare para aproveitar


novas oportunidades, fazer investimentos e implementar soluções na vida
financeira da empresa.

FLUXO DE CAIXA

Nas operações do dia a dia de uma empresa, a organização financeira é


fundamental. Para isso, o empresário conta com um instrumento básico de
planejamento e controle financeiro, denominado fluxo de caixa.

O objetivo dessa ferramenta é apurar o saldo disponível no momento e projetar


o futuro, para que exista sempre capital de giro acessível tanto para o custeio da
operação da empresa (folha de pagamento, impostos, fornecedores, entre
outros) quanto para o investimentos em melhorias (reforma da fachada, por
exemplo).

Na ferramenta de fluxo de caixa, devem ser registrados:

Todos os recebimentos

Vendas à vista em dinheiro, cheque, cartões; vendas a prazo, recebimento de


duplicatas, entre outros.
Todos os pagamentos

Compras à vista e a prazo, pagamentos de duplicatas, pagamento de despesas


e outros pagamentos.

Previstos

Recebimentos e pagamentos previstos para o futuro, num período de pelo


menos três meses.

Benefícios do fluxo de caixa

Ao elaborar o fluxo de caixa, o empresário terá uma visão financeira do presente


e do futuro da empresa.

Dessa forma, o empreendedor pode antecipar algumas decisões importantes,


como despesas, sem comprometer o lucro; planejar investimentos; organizar
promoções para desencalhe de estoque; avaliar a necessidade de solicitar
empréstimos ou negociar prazos com fornecedores e outras medidas; evitando
ou minimizando, assim, que ocorram dificuldades financeiras futuras.

A estrutura do fluxo de caixa depende da natureza da empresa e das


necessidades do empresário. O resultado do fluxo de caixa é o saldo disponível
(em dinheiro existente no caixa ou depositado em conta corrente nos bancos
etc.), ou seja, a diferença entre o valor total recebido e os pagamentos realizados
no mesmo período.

O saldo final do fechamento de caixa deve corresponder ao valor dos recursos


disponíveis no caixa da empresa ou depositados em contas bancárias.

O saldo de caixa é um retrato de um determinado momento, portanto não indica


necessariamente que a empresa está tendo lucro ou prejuízo em suas atividades
operacionais. Vários elementos eventuais ou sazonais podem estar
influenciando no saldo daquele período, sendo essencial fazer uma análise ao
longo do tempo, para confirmar ou descartar uma tendência.
A cada dia, de preferência, deve ser confirmado o saldo final. A observação de
saldos diários elevados, tanto negativos quanto positivos, sugerem a
necessidade de melhoria da organização financeira.

Se o saldo apurado for negativo, deve-se analisar se as despesas estão muito


altas e verificar a possibilidade de renegociação dos pagamentos aos
fornecedores, entre outras providências possíveis.

Já se o saldo apurado for positivo, pode-se investir esse valor de forma que se
obtenha algum rendimento até que seja necessário fazer algum pagamento.

CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

Contabilidade Tributária é a parte da contabilidade que cuida da administração


de tributos de uma empresa. Também conhecida como Contabilidade Fiscal, ela
abrange todos os procedimentos utilizados para organizar o pagamento de
impostos e definir as melhores estratégias para gerenciá-los. Além disso, pode-
se dizer que ela também ajuda a viabilizar o empreendimento, já que erros na
parte tributária podem acabar inviabilizando o negócio a longo prazo.

Tributos não são impostos. Ao contrário do que muita gente imagina, os dois
termos não são sinônimos. O tributo na verdade é um gênero que abrange cinco
espécies:

Impostos: incidem sobre a renda, o consumo e o patrimônio e podem ser


municipais, estaduais ou federais.

Taxas: estão relacionadas a algum serviço público, que só é realizado se


determinada taxa for paga. Podem ser determinadas pelas três esferas de
governo.

Contribuições de melhoria: são cobradas quando o governo faz uma obra pública
que gere valorização em imóveis particulares. A taxa é calculada com base no
valor agregado a cada imóvel.
Contribuições especiais ou sociais: são destinadas à seguridade social
(assistência social, previdência social ou saúde).

Empréstimos compulsórios: só podem ser criados pela União, por meio de lei
complementar, em casos extraordinários, como guerras ou calamidades
públicas. Por ser um empréstimo, existe a expectativa de restituição dos valores.

Ou seja: todo imposto é um tributo, mas nem todo tributo é imposto.

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