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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SP

FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE


RIBEIRÃO PRETO FFCLRP/USP
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
FÍSICA EXPERIMENTAL I - MECÂNICA

Arthur Mundim Viegas dos Santos


Rennan Kauê Aurelio de Campos

TRILHO DE AR - CONSERVAÇÃO DE ENERGIA E DO


MOMENTO LINEAR

Docente: Èder Guidelli

Ribeirão Preto
2023
Sumário
1 RESUMO 1

2 INTRODUÇÃO 1

3 DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL 2

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 2

5 CONCLUSÃO 7

6 QUESTÕES 7
1 RESUMO

Esse experimento abordou os princı́pios da conservação de energia e do momento li-


near, seu objetivo é explorar como esses conceitos fundamentais se manifestam em um
sistema dinâmico. O trilho de ar é utilizado para minimizar as forças de atrito, pro-
porcionando um ambiente próximo da ausência de resistência. O propósito central desse
experimento é investigar como a energia mecânica e o momento linear de um sistema
são preservados ao longo do tempo. A metodologia inclui a análise do movimento de
objetos sobre o trilho, considerando a interação entre a conservação de energia cinética e
potencial, bem como a conservação do momento linear. Medidas precisas de velocidades,
alturas e massas são registradas para possibilitar uma análise quantitativa dos resultados.
Os dados obtidos ofereceram conclusões sobre como as leis da conservação de energia e
momento linear são aplicadas em sistemas fı́sicos, contribuindo para a compreensão dos
princı́pios fundamentais da fı́sica e seu impacto em situações práticas.

2 INTRODUÇÃO

Nesse experimento, trilho de ar é utilizado para minimizar as forças de atrito, criando


um ambiente que se aproxima da ausência de resistência. O objetivo central deste ex-
perimento é investigar como a energia mecânica e o momento linear de um sistema são
mantidos ao longo do tempo. A abordagem utilizada inclui a análise do movimento de
objetos no trilho, considerando a interação entre a conservação de energia cinética, assim
como a conservação do momento linear. Medidas de velocidades e massas são registradas
para permitir uma análise quantitativa dos resultados. Além de examinar o deslocamento
de um objeto no trilho de ar, também abordamos uma colisão de choque elástico ou par-
cialmente elástico entre dois corpos de massas conhecidas. Inicialmente, utilizamos um
objeto de massa m1 em movimento com velocidade inicial V1 i, que colide com um segundo
corpo de massa m2 , com uma velocidade inicial V2 i.

1
3 DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL

Para realizar o experimento, utilizou-se um trilho de ar, que continha 29 sensores,


sendo que o comprimento do trilho era de aproximadamente 2,3m e a distância entre os
sensores 7,4 cm. Utilizou-se dois carrinhos de massas iguais a 162g, além de uma massa
que, acoplada a um dos carrinhos, totalizava 240,7g. Dividiu-se o procedimento em 5
partes, sendo a primeira delas apenas o movimento de um único carrinho. Na parte dois,
analisou-se o movimento de 2 carrinhos de massas iguais, um deles parado e o outro
em movimento. Já na terceira parte, os 2 com mesma massa estavam em movimento.
Em seguida, adicionou-se a massa a um dos carrinhos, e na quarta parte, obervou-se
o movimento dos carrinhos de massas diferentes, sendo o mais pesado o que estava em
movimento e o outro o que estava parado. Na quinta e última parte, analisou-se os 2
carrinhos em movimentos, porém com massas distintas.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com os dados obtidos graficamente, foi possı́vel determinar as velocidades, através


dos coeficientes angulares das retas. Sendo as retas A ou B, referentes a cada um dos
carrinhos.

P1 - 1 CARRO EM MOVIMENTO

Figura 1: Gráfico distância x tempo P1

2
A1: 0,57 m/s

A2: 0,54 m/s

A3: 0,49 m/s

Com as velocidades, podemos aplicar as fórmulas da energia cinética e momento linear:


m(VA1 )2 m(VA2 )2 m(VA3 )2
2
= 2
= 2

0,162(0,57)2 0,162(0,54)2 0,162(0,49)2


2
= 2
= 2

0, 026 = 0, 024 = 0, 19

m(VA1 ) = m(VA2 ) = m(VA3 )

0, 162 · 0, 57 = 0, 162 · 0, 54 = 0, 162 · 0, 49

0, 092 = 0, 087 = 0, 079

Como foi possı́vel observar, os valores não são iguais, o que sugere que houve perda de
energia no sistema.

P2 - 2 CARROS, 1 PARADO E 1 EM MOVIMENTO

Figura 2: Gráfico distância x tempo P2

A1: 0,59 m/s

A2: 0,57 m/s

B1:0,54 m/s

B2:0,49 m/s

3
m(VAi )2 m(VB i )2 m(VAf )2 m(VB f )2
2
+ 2
= 2
+ 2

0,162·(0,57)2 0,162·0 0,162·0 0,162·(0,49)2


2
+ 2
= 2
+ 2

0, 263 = 0, 194

m(VAi ) + m(VB i ) = m(VAf ) + m(VB f )

0, 162 · 0, 57 + 0, 162 · 0 = 0, 162 · 0 + 0, 162 · 0, 49

0, 092 = 0, 079

P3 - 2 CARROS, 2 EM MOVIMENTO

Figura 3: Gráfico distância x tempo P3

A1:0,31 m/s

A2:0,30 m/s

A3:0,29 m/s

B1:0,33 m/s

B2:0,28 m/s
m(VAi )2 m(VB i )2 m(VAf )2 m(VB f )2
2
+ 2
= 2
+ 2

0,162·(0,30)2 0,162·(0,33)2 0,162·(0,29)2 0,162·(0,28)2


2
+ 2
= 2
+ 2

0, 095 = 0, 071

m(VAi ) + m(VB i ) = m(VAf ) + m(VB f )

4
0, 162 · 0, 30 + 0, 162 · 0, 33 = 0, 162 · 0, 29 + 0, 162 · 0, 28

0, 102 = 0, 092

P4 - 2 CARROS COM MASSAS DIFERENTES, 1 PARADO E 1 EM MOVIMENTO

Figura 4: Gráfico distância x tempo P4

A1:0,41 m/s

A2:0,39 m/s

A3:0,08 m/s

B1:0,41 m/s

B2:0,39 m/s
mA (VAi )2 mB (VB i )2 mA (VAf )2 mB (VB f )2
2
+ 2
= 2
+ 2

0,2407·(0,39)2 0,162·0 0,2407·(0,08)2 0,162·(0,41)2


2
+ 2
= 2
+ 2

0, 018 = 0, 014

mA (VAi ) + mB (VB i ) = mA (VAf ) + mB (VB f )

0, 2407 · 0, 39 + 0, 162 · 0 = 0, 2407 · 0, 08 + 0, 162 · 0, 41

0, 094 = 0, 086

5
P5 - 2 CARROS COM MASSAS DIFERENTES, 2 EM MOVIMENTO

Figura 5: Gráfico distância x tempo P5

A1:0,50 m/s

A2:0,47 m/s

A3:0,24 m/s

B1:0,43 m/s

B2:0,41 m/s

B3:0,59 m/s
mA (VAi )2 mB (VB i )2 mA (VAf )2 mB (VB f )2
2
+ 2
= 2
+ 2

0,2407·(0,47)2 0,162·0,43 0,2407·(0,24)2 0,162·(0,59)2


2
+ 2
= 2
+ 2

0, 041 = 0, 035

mA (VAi ) + mB (VB i ) = mA (VAf ) + mB (VB f )

0, 2407 · 0, 47 + 0, 162 · 0, 43 = 0, 2407 · 0, 24 + 0, 162 · 0, 59

0, 183 = 0, 153

6
5 CONCLUSÃO

Ao examinar os resultados obtidos no experimento conduzido no Trilho de Ar, fica claro


que os valores das energias e momentos não coincidiram em nenhum dos casos
observados. Essa disparidade indica a influência de forças dissipativas, sendo o atrito
uma delas.

A existência dessas diferenças mostra a ação das forças dissipativas nos fenômenos
analisados. O atrito, ao interagir com os corpos em movimento, desempenha um papel
crucial na modificação da quantidade de movimento e na dissipação da energia cinética
associada. Esta constatação não apenas confirma a utilidade prática do Trilho de Ar
como um dispositivo experimental que emula condições próximas à ausência de atrito,
mas também sublinha a inevitabilidade da presença dessas forças no mundo real.

6 QUESTÕES

1)

m(VAi ) + m(VB i ) = m(VAf ) + m(VB f )

m(VAi + VB i ) = m(VAf + VB f )

VAi + VB i = VAf + VB f

VAi + VAf = VB i + VB f

2) Quando há uma situação onde m1 << m2 , como no caso 4, a energia do corpo menor
é totalmente transferida para o corpo maior, e o objeto que estava em repouso passa a se
mover com a mesma velocidade, direção e sentido que o outro corpo se encontrava. Na
situação em que m1 >> m2 , o corpo 2 terá um acréscimo em sua velocidade e passará a
se mover no sentido da velocidade co corpo 1.

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