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C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:37 Página 1

FÍSICA: DINÂMICA
Módulos 36 – Versores
25 – Movimento uniformemente 37 – Cinemática vetorial
variado 38 – Exercícios
26 – Exercícios 39 – Movimento circular e uniforme
27 – Velocidade escalar média 40 – Exercícios
e Equação de Torricelli 41 – Exercícios
28 – Propriedades gráficas no MUV 42 – Exercícios
29 – Exercícios 43 – A física da bicicleta
30 – Exercícios 44 – 1.a Lei de Newton
31 – Exercícios 45 – 2.a Lei de Newton
32 – Queda livre 46 – Exercícios
33 – Lançamento vertical 47 – Peso
34 – Vetores 48 – 2.a Lei de Newton em
35 – Operações com vetores movimentos verticais

Palavra-chave:
Movimento
25 e 26 uniformemente variado • Aceleração

Existem na natureza e no nosso dia-a-dia situações em que a velocidade de um corpo varia em


uma taxa constante, isto é, para o mesmo intervalo de tempo a variação de velocidade é sempre a
mesma. Isto se traduz dizendo-se que a aceleração escalar é constante.
Quando um carro de corridas arranca, a partir do repouso, durante um certo intervalo de tem-
po, ele tem uma aceleração escalar constante, da ordem de 5,0m/s2. Isto significa que, a cada
segundo que passa, sua velocidade escalar aumenta 5,0m/s.
Quando um avião a jato está aterrizando, ele tem uma aceleração escalar constante da ordem
de –8,0m/s2, o que significa que sua velocidade escalar diminui 8,0m/s, em cada segundo que passa.
Quando um corpo é abandonado em queda livre, ele tem uma aceleração escalar constante
de 9,8m/s2.
Isto significa que sua velocidade está aumentando numa taxa constante de 9,8m/s em
cada segundo.
Todos esses movimentos em que a velocidade varia, porém numa taxa constante (aceleração
escalar constante), são chamados de uniformemente variados (variados porque a velocidade
varia, e uniformemente porque a variação da velocidade ocorre de um modo uniforme, isto é, com Acima, temos uma fotografia
aceleração escalar constante). estroboscópica mostrando a
queda de duas esferas de
1. Definição massas diferentes no vácuo.
Observe que as esferas caem
Um movimento é chamado UNIFORMEMENTE VARIADO quando a relação espaço- com a mesma aceleração e
tempo é do 2.o grau, isto é, da forma: num mesmo intervalo de tem-
po, mostrando de maneira irre-
s = A + Bt + Ct2 futável que o tempo de queda
independe das massas das
em que A, B e C são parâmetros constantes com C  0. partículas.

FÍSICA 1
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Podemos ter movimento uniformemente variado em



qualquer trajetória. s = s0 + V0t + ––– t 2
2
2. Interpretação
física dos parâmetros 
Ou, ainda: Δs = V0t + ––– t2
Parâmetro A 2
Para t = 0 (origem dos tempos), temos s0 = A e,
portanto, o parâmetro A representa o espaço inicial. Relação velocidade escalar-tempo
A = s0 Retomando-se a relação V = B + 2Ct e substituindo-se
os parâmetros B e C pelas suas interpretações físicas,
A velocidade escalar V é dada por: vem:
ds
V = –––– = B + 2Ct V = V0 +  t
dt
Para t = 0 (origem dos tempos), temos V0 = B e,
portanto, o parâmetro B representa a velocidade escalar Aceleração escalar
inicial.
Como  = 2C, concluímos que:
B = V0
No movimento uniformemente variado, a acele-
Parâmetro C ração escalar é constante e diferente de zero.
A aceleração escalar  é dada por:
Sendo a aceleração escalar constante, os valores
dV  médio e instantâneo são iguais:
 = –––– = 2C ⇒ C = ––––
dt 2
ΔV
 = m = –––– = constante ⴝ 0
O parâmetro C representa a metade da aceleração Δt
escalar.

3. Relações no MUV • A denominação UNIFORMEMENTE VARIADO


deriva do fato de a velocidade escalar ser variável (mo-
Relação espaço-tempo vimento variado), porém com aceleração escalar cons-
Na relação s = f(t), substituindo-se os parâmetros A, tante, isto é, a velocidade escalar varia, porém de uma
B e C pelas suas interpretações físicas, vem: maneira uniforme (em uma taxa constante).

Exercícios Resolvidos – Módulo 25

(UNICAMP-MODELO ENEM) – Texto para as a) 10km/h b) 20km/h deslocamento que um ser humano já experi-
questões  e . c) 32km/h d) 48km/h mentou. Considere um foguete subindo com
e) 50km/h uma aceleração resultante constante de
Os avanços tecnológicos nos meios de trans- Resolução módulo aR = 10 m/s2 e calcule o tempo que o
porte reduziram de forma significativa o tempo s d1
a) 1) Vm = ––– ⇒ 800 = ––– foguete leva para percorrer uma distância de
de viagem ao redor do mundo. Em 2008 foram t 24
800 km, a partir do repouso.
comemorados os 100 anos da chegada do na- a) 1,0 . 102s b) 2,0 . 102s
vio Kasato Maru a Santos, que, partindo de Tó- d1 = 19 200km
2
c) 3,0 . 10 s d) 4,0 . 102s
quio, trouxe ao Brasil os primeiros imigrantes 2
2) d2 = 2d1 = 38 400 km e) 5,0 . 10 s
japoneses. A viagem durou cerca de 50 dias.
Resolução
Atualmente, uma viagem de avião entre São s 38 400 km
3) V’m = ––– = ––––––––––
Paulo e Tóquio dura em média 24 horas. A 
t 50 . 24h s = V0t + ––– t2 (MUV)
velocidade escalar média de um avião comer-
2
cial no trecho São Paulo-Tóquio é de 800km/h. V’m = 32km/h
10
800 . 103 = ––– T2
 O comprimento da trajetória realizada pelo Resposta: C 2
Kasato Maru é igual a, aproximadamente, duas
vezes o comprimento da trajetória do avião no  A conquista espacial possibilitou uma via- T2 = 16 . 104 ⇒ T = 4,0 . 102s
trecho São Paulo-Tóquio. Calcule a velocidade gem do homem à Lua realizada em poucos
escalar média do navio em sua viagem ao Brasil. dias, e proporcionou a máxima velocidade de Resposta: D

2 FÍSICA
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 (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA-MODELO ENEM) – Numa


corrida de 100m, entre dois atletas, um deles, João, chega à marca de
71,5m com velocidade escalar de 11,0m/s, mas começa a perder velo-
cidade à taxa de 1,0m/s2. Quando João está na marca dos 71,5m, o ou- A
tro corredor, José, está na marca de 60,0m, com velocidade escalar de
10,0m/s, e continua assim até o final da corrida. Quem ganhou a corrida?
a) João com vantagem de 1,0s. b) José com vantagem de 1,0s.
c) João com vantagem de 3,0s. d) José com vantagem de 3,0s. ®
g
e) A corrida terminou empatada. 10,0m
Resolução 6,0m

Para João: VM = 4,0m/s


 B C
s = V0 t + ––– t2 8,0m
2
1,0 Determine
28,5 = 11,0 t1 – ––– t12
2 a) o tempo gasto pelo pássaro para capturar a mosca;
b) a aceleração escalar do pássaro;
0,5 t12 – 11,0 t1 + 28,5 = 0
c) a velocidade escalar do pássaro ao alcançar a mosca.
t12 – 22,0 t1 + 57,0 = 0 Resolução
22,0  
484 – 228 a) Cálculo do tempo gasto pelo inseto de B para C:
t1 = ––––––––––––––––––– (s)
2 s = V t
8,0 = 4,0 T ⇒ T = 2,0s
22,0 – 
256 22,0 – 16,0
t1 = ––––––––––––––– (s) = –––––––––– (s) ⇒ t1 = 3,0s
2 2 b) Cálculo da aceleração escalar do pássaro no trajeto de A para C:
Para José: 
s = V0t + ––– t2 (MUV)
s = V t2 2
40,0 = 10,0 t2 ⇒ t2 = 4,0s 
10,0 = ––– (2,0)2 ⇒  = 5,0 m/s2
Como t1 < t2 , João ganhou a corrida. 2
Resposta: A
c) Cálculo da velocidade escalar do pássaro em C:

 (UNIFAC) – Um pássaro está em repouso sobre uma árvore e V = V0 +  t ⇒ VC = 5,0 . 2,0 (m/s) ⇒ Vc = 10,0m/s
avista uma mosca 6,0 metros abaixo, na mesma vertical. Esse inseto
possui velocidade horizontal constante de módulo 4,0m/s, como ilustra Respostas: a) T = 2,0 s
a figura a seguir. O pássaro parte em linha reta, com uma aceleração b)  = 5,0 m/s2
escalar constante, e captura a mosca a uma distância de 10,0m. c) Vc = 10,0 m/s

Exercícios Propostos – Módulo 25

 (UCS-RS-MODELO ENEM) – Tendo chegado atrasado ao a) 0,03m/s2 b) 0,04m/s2 c) 0,09m/s2


casamento, um convidado conseguiu pegar uma última fatia de d) 1,05m/s2 e) 2,00m/s2
bolo e concluiu que experimentara o melhor glacê de toda a
RESOLUÇÃO:
sua vida. Ouvindo falar que na cozinha havia mais um bolo, mas
que seria cortado apenas em outra festa, ele foi até lá. Viu o 
s = V0t + ––– t2
bolo em cima de uma mesa perto da porta. Porém, percebeu 2
que havia também uma cozinheira de costas para o bolo e para
ele. Querendo passar o dedo no bolo sem ser pego pela 
0,405 = 0 + ––– 9,0
cozinheira e conseguir pegar a maior quantidade de glacê 2
possível, o convidado deduziu que, se passasse muito rápido,
 = 0,09m/s2
o dedo pegaria pouco glacê; mas, se passasse muito lenta-
mente, corria o risco de ser descoberto. Supondo-se, então, Resposta: C
que ele tenha 3,0 segundos para roubar o glacê sem ser
notado e que a melhor técnica para conseguir a maior
quantidade seja passar o dedo por 40,5cm de bolo em MRUV,
partindo do repouso, que aceleração escalar teria o dedo no
intervalo de tempo do roubo do glacê?

FÍSICA 3
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 (VUNESP-MODELO ENEM) – Em janeiro de 2013, a  (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA-ADAPTADO-MO-


preparadora de automóveis Henessey Performance divulgou DELO ENEM) – É sabido que muita energia é desperdiçada nas
que um de seus modelos – o Venom GT – estabeleceu novo paradas de um automóvel e no tráfego lento das cidades. Por
recorde mundial de aceleração. A empresa afirmou que o carro essa razão, os motoristas procuram parar o mínimo possível.
acelerou de zero a 84 m/s em 14 segundos. Em algumas cidades, é possível encontrar semáforos sincro-
(http://economia.terra.com.br. Adaptado.) nizados, como os da figura abaixo, em que o sinal verde apare-
ce iluminado.
Considerando-se a situação descrita pelo texto e que a acele- As linhas do sinal verde começam a se apagar, e o tempo de
ração escalar foi constante durante todo o movimento, é cada “linha” do semáforo é 1,0s, num total de 10 linhas.
correto afirmar que a distância percorrida pelo automóvel, em Considere que você está parado a uma distância de 100 m do
metros, nos 10 segundos iniciais do movimento foi igual a semáforo. O sinal amarelo inexiste.
a) 150 b) 200 c) 250 d) 300 e) 350

RESOLUÇÃO:
1) Cálculo da aceleração escalar:
V 84
 = —– = —— (m/s2) = 6,0m/s2
t 14

2) Cálculo da distância percorrida:



Δs = V0 t + –––– t2
2

6,0
Δs = 0 + –––– (10)2 (m)
2

s = 300m
A mínima aceleração escalar constante, para que o carro con-
Resposta: D siga cruzar o semáforo ainda verde, é de:
a) 0,5m/s2 b) 1,0m/s2 c) 1,5m/s2
d) 2,0m/s2 e) 3,0m/s2

RESOLUÇÃO:
O carro deverá percorrer os 100m que o separam do sinal em um
tempo máximo de 10s e sua aceleração escalar mínima será dada
por:

s = V0t + ––– t2 (MUV)
2
t = tmáx ⇔  = mín
mín
100 = 0 + ––––– (10)2
2

mín = 2,0m/s2

Resposta: D

4 FÍSICA
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 (MODELO ENEM) – A partir do instante t = 0s, no interior Para que a barata e a formiga se encontrem, o valor de A deve
de uma maravilhosa casa de bonecas, uma barata e uma ser igual a:
formiga foram observadas em uma parede cuja altura mede a) 8,0 b) 16,0 c) 20,0 d) 24,0 e) 48,0
80,0cm e a largura mede 100cm. Um canto inferior dessa pare- Dado: 
196 = 14,0
de foi escolhido como origem de um plano cartesiano de refe-
rência, conforme figura abaixo:
RESOLUÇÃO:

1) No instante de encontro T, devemos ter:

x B = xF

20,0 + 2,0T = 60,0 – 4,0T – 1,0T2

1,0T2 + 6,0T – 40,0 = 0

–6,0  
36,0 + 160 – 6,0 + 14,0
T = ––––––––––––––––––– (s) ⇒ T = –––––––––––– (s)
2 2

T = 4,0s (a raiz negativa é rejeitada)

As coordenadas de posição xB e yB, no movimento da barata, 2) No instante de encontro T = 4,0s, temos:


são dadas em função do tempo pelas relações: yB = yF

xB = 20,0 + 2,0t e yB = 72,0 – 2,0t2 72,0 – 2,0T2 = A + 4,0T

72,0 – 2,0 . 16,0 = A + 4,0 . 4.0


para t medido em segundos e xB e yB em centímetros.
72,0 – 32,0 = A + 16,0
As coordenadas de posição xF e yF, no movimento da
formiga, são dadas em função do tempo pelas relações: 40,0 = A + 16,0

A = 24,0
xF = 60,0 – 4,0t – 1,0t2
yF = A + 4,0 t Resposta: D

para t medido em segundos e xF e yF em centímetros. A repre-


senta uma constante numérica também medida em centímetros.

Exercícios Resolvidos – Módulo 26

 (UERJ) – Dois carros, A e B, em movimento retilíneo e uniforme-  (IFPE-MODELO ENEM) – Um trem bala, viajando a 396km/h, tem
mente acelerado, cruzam um mesmo ponto em t = 0s. Nesse instante, a sua frente emparelhada com o início de um túnel de 80m de
a velocidade escalar V0 de A é igual à metade da de B, e sua aceleração comprimento (ver figura). Nesse exato momento, o trem desacelera a
escalar a corresponde ao dobro da de B. uma taxa de 5,0m/s2.
Determine o instante em que os dois carros se reencontrarão, em
função de V0 e a.

Resolução

1) s = s0 + V0 t + –– t2 (MUV)
2
Sabendo-se que o trem mantém essa desaceleração por todo o tempo
a
sA = V0 t + ––– t2 em que atravessa completamente o túnel e que ele possui 130m de
2 comprimento, é correto dizer que o trem irá gastar, para ultrapassá-lo
a/2 totalmente, um tempo, em segundos, igual a:
sB = 2 V0 t + –––– t2 a) 1,8s b) 2,0s c) 2,4s d) 3,6s e) 6,0s
2
Resolução
2) sA = sB Para ultrapassar completamente o túnel, a traseira T do trem deve che-
a a gar ao final do túnel percorrendo uma distância total de 210m.
V0 tE + ––– t2E = 2V0 tE + ––– t2E
2 4 V0 = 396km/h = 110m/s

a 2 a 4V0 s = V0 t + –– t2
––– tE = V0 tE ⇒ ––– tE = V0 ⇒ tE = ––––– 2
4 4 a
210 = 110 t – 2,5t2

FÍSICA 5
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2,5t2 – 110t + 210 = 0 1) Em 6,0s o atleta A percorreu uma distância D dada por
1,0t2 – 44t + 84 = 0 D = VA t (MU)
44  
1936 – 336 D = 4,0 . 6,0 (m) = 24,0m
t = –––––––––––––––––––– (s)
2,0
2) Adotando-se a posição inicial de B como origem dos espaços e o
t1 = 2,0s
44  40 instante de sua partida como origem dos tempos, vem:
t = –––––––– s
2,0 xA = x0 + VAt (MU)
t2 = 42,0s
xA = 24,0 + 4,0 t (SI)
A solução t2 = 42s não serve porque trem para no instante t = 22s.

B
Resposta: B xB = x0 + V0 Bt + –––– t2 (MUV)
2
 (MACKENZIE-SP-MODELO ENEM) – Em uma pista retilínea, um  
B B
atleta A com velocidade escalar constante de 4,0m/s passa por outro, xB = 0 + 0 + –––– t2 ⇒ xB = –––– t2
2 2
B, que se encontra parado. Após 6,0s desse instante, o atleta B parte
em perseguição ao atleta A, com aceleração escalar constante e o Para t = 4,0 s, temos xA = xB
alcança em 4,0s. A aceleração escalar do atleta B tem o valor de
a) 5,0m/s2 b) 4,0m/s2 c) 3,5m/s2 d) 3,0m/s2 e) 2,5m/s2 
B
24,0 + 4,0 . 4,0 = –––– (4,0)2
Resolução 2
D
40,0 = 8,0 B ⇒ B = 5,0m/s2
OºB A Resposta: A

Exercícios Propostos – Módulo 26

 (IFSC-MODELO ENEM) – Nos jogos olímpicos de 2012  (OBFEP-MODELO ENEM) – Desde 1996, o ciclismo
em Londres, o atleta jamaicano Usain Bolt foi o campeão dos mountain bike se tornou uma modalidade olímpica. O circuito
100 metros rasos com o tempo de 9,63 segundos, estabele- possui 5,0km de extensão, que são percorridos várias vezes
cendo assim um novo recorde. Sabendo-se que Usain Bolt em uma prova. Toda vez que o competidor passa pela linha de
partiu do repouso, é possível determinar que sua aceleração chegada, inicia uma nova volta. Em certa prova de mountain
escalar, suposta constante, na prova dos 100 metros rasos foi bike, um retardatário iniciou uma nova volta, no mesmo mo-
mais próxima de: mento que sua namorada tinha acionado um cronômetro,
a) 1,12m/s2 b) 2,16m/s2 c) 4,24m/s2 t = 0s. Dois segundos depois, o líder da prova iniciou uma nova
d) 6,36m/s 2 e) 9,00m/s 2 volta com velocidade escalar de 4,0m/s e 1,0m/s2 de acelera-
ção escalar. Sabendo-se que o retardatário tinha 4,0m/s de
RESOLUÇÃO: velocidade escalar, em t = 0s, e manteve essa velocidade esca-
 lar por 10,0s, a que distância mínima da linha de chegada,
s = V0t + ––– t2
2 medida ao longo da pista, o líder ultrapassou o retardatário?
 Trate os atletas como pontos materiais.
100 = ––– (9,63)2 a) 20,0m b) 24,0m c) 32,0m d) 36,0m e) 38,0m
2
200
 = ––––– (m/s)2 RESOLUÇÃO:
92,7
1) Retardatário:
 2,16m/s2 MU: s = s0 + Vt
sR = 4,0t (SI)
Resposta: B

2) Líder:

MUV: s = s0 + V0 t + ––– t2
2
sL = 4,0 (t – 2,0) + 0,50 (t – 2,0)2 (SI)

3) Encontro: sL = sR

4,0 (tE – 2,0) + 0,50 (tE – 2,0)2 = 4,0 tE

4,0tE – 8,0 + 0,50 (t2E – 4,0 tE + 4,0) = 4,0 tE

t2E – 4,0 tE + 4,0 = 16,0

t2E – 4,0 tE –12,0 = 0

6 FÍSICA
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4,0  
16,0 + 48,0
tE = ––––––––––––––––––– (s)
 (UPE-MODELO ENEM) – Um gato, que deseja agradar
2 sua dona, tocaia um rato que tem o costume de se esconder
4,0  8,0 em um buraco na parede. O rato encontra-se a uma distância
tE = –––––––––– (s) ⇒ tE = 6,0s de 2,40m do buraco e, observando a situação perigosa da
2
presença do gato, desloca-se no sentido do buraco,
4) t = tE = 6,0s desenvolvendo uma velocidade escalar constante de 3,00m/s.
sR = sL = sE Inicialmente, o gato está em repouso, a uma distância de
1,76m do rato.
sE = 4,0 . 6,0 (m)

sE = 24,0m

Resposta: B

 (UEPR-MODELO ENEM) – Numa avenida onde a veloci-


dade escalar máxima permitida é 60km/h, um motorista dirige
com velocidade escalar de 15m/s e observa que o semáforo A aceleração escalar mínima do gato, para que ele alcance o
fica amarelo. Como o semáforo está bem próximo, a 63 me- rato, antes que este se esconda no buraco, vale, em m/s2:
tros, o motorista decide acelerar e não parar. Considerando-se a) 7,0 b) 8,0 c) 10,0 d) 13,0 e) 15,0
que o sinal amarelo permaneça aceso por 3,0 segundos e que
o motorista não avançou o sinal vermelho, é correto afirmar
RESOLUÇÃO:
que (despreze o tempo de reação do motorista e o tempo de
ativação do sistema de freios) s
1) VR = ––– (MU)
a) a aceleração escalar mínima empregada será de 1,0m/s2, t
porém ao passar pelo semáforo o motorista será multado
por excesso de velocidade; 2,40
3,00 = ––––– ⇒ T = 0,80s
b) a aceleração escalar mínima empregada será de 4,0m/s2, T
porém ao passar pelo semáforo o motorista será multado
por excesso de velocidade; 
2) Δs = V0t + ––– t2 (MUV)
c) a aceleração escalar mínima empregada será de 1,0m/s2, e 2
ao passar pelo semáforo o motorista não será multado por

excesso de velocidade; 4,16 = ––– (0,80)2
d) a aceleração escalar mínima empregada será de 4,0m/s2, e 2
ao passar pelo semáforo o motorista não será multado por  = 13,0m/s2
excesso de velocidade;
e) a aceleração escalar mínima empregada será de 1,4m/s2, e
Resposta: D
ao passar pelo semáforo o motorista não será multado por
excesso de velocidade.

RESOLUÇÃO:

1) s = V0t + ––– t2
2

63 = 15 . 3,0 + ––– . 9,0
2
63 – 45 = 4,5 

 = 4,0m/s2

2) V = V0 + t

V = 15 + 4,0 . 3,0 (m/s)

V = 27m/s = 97,2km/h

Resposta: B

FÍSICA 7
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Palavras-chave:
Velocidade escalar média
• Velocidade média
27 e Equação de Torricelli • Torricelli

1. Velocidade V0V – V02  [V2 – 2 V V0 + V 2]


0
Δs = ––––––––– + –– –––––––––––––––––
escalar média no MUV  2 2

Como a relação velocidade escalar-tempo é do 1.o grau 2 V0V – 2V02 + V2 – 2 V V0 + V02


em t, a velocidade escalar média, entre dois instantes, t1 Δs = –––––––––––––––––––––––––––––––
2
e t2, pode ser calculada pela média aritmética entre as
velocidades escalares nos respectivos instantes: 2 Δs = V2 – V02 ⇒ V 2 = V02 + 2 Δs

V1 + V2 A Equação de Torricelli é usada quando não há envol-


Vm = ––––––––
2 vimento da variável tempo, isto é, o tempo não é dado
nem é pedido.

2. Equação de Torricelli
A Equação de Torricelli relaciona a velocidade escalar
v com a variação de espaço Δs.
EVANGELISTA TORRICELLI
Para obtê-la, basta eliminarmos a variável tempo (t)
Foi o principal discípulo de Galileu
entre as equações s = f(t) e v = f(t)
Galilei e, apesar do pouco tempo de
 convívio, pôde assimilar os principais
Δs = V0 t + –– t2 (1) e V = V0 +  t (2) conceitos de sua obra e, em muitos
2
V – V0 casos, ir além do mestre. Foi o
De (2), vem: t = ––––––– primeiro a construir um instrumento
 capaz de medir a pressão do ar, cha-
Em (1), temos: mado Tubo de Torricelli, que posteriormente se firmou
 V – V0 com o nome de barômetro.
   
V – V0 2
Δs = V0 ––––––– + –– ––––––– Morreu em 1647, aos 39 anos, na cidade de Florença.
 2 

Exercícios Resolvidos

 (FACID-PI-MODELO ENEM) – A escala de ventos Beaufort é Resolução


usada por marinheiros e meteorologistas para indicar a velocidade dos 7,2
1) V0 = –––– m/s = 2,0m/s
ventos. Ela foi estabelecida em 1805 pelo almirante irlandês Francis 3,6
Beaufort (1774-1857), que, a serviço da Marinha Inglesa, idealizou 108
2) Vf = –––– m/s = 30,0m/s
uma tabela que escalonava a força dos ventos em 13 níveis distintos. 3,6
Tal tabela foi reconhecida pelo almirantado inglês em 1838 e adotada
pelo Comitê Meteorológico Internacional em 1874. Abaixo, temos s V 0 + Vf
3) –––– = –––––––
dois níveis retirados da escala original: t 2
Escala Velocidade Altura das s 2,0 + 30,0
Designação –––– = ––––––––––
Beaufort (km/h) ondas (m) 0,7 2
2 Aragem 6 a 11 0,25
11 Tufão 103 a 117 12 s = 11,2m

Determine quantos metros uma partícula de poeira percorreria se ela Resposta: D


estivesse com velocidade escalar de aragem do vento (7,2km/h) e
mudasse sua velocidade, com aceleração escalar constante, para a de  (VUNESP-UFTM-MG-MODELO ENEM) – Um motorista trafega
um tufão (108km/h) em sete décimos de segundo descrevendo uma por uma avenida reta e plana a 54km/h, quando percebe que a luz
trajetória retilínea. amarela de um semáforo, 108m à sua frente, acaba de acender.
a) 0,25m b) 1,0m c) 6,0m Sabendo que ela ficará acesa por 6,0 segundos, e como não há
d) 11,2m e) 18,0m ninguém à sua frente, ele decide acelerar o veículo para passar pelo

8 FÍSICA
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cruzamento antes de o semáforo ficar vermelho. Considerando-se 3) Distância total percorrida:


constante a aceleração escalar do veículo e que o motorista consiga
D = dR + df = 15m + 45m = 60m
passar pelo semáforo no exato instante em que a luz vermelha se
acende, sua velocidade escalar, em km/h, no instante em que passa 4) x = D – 57m ⇒ x = 3,0m
pelo semáforo, é igual a:
a) 64,8 b) 75,6 c) 90,0 Resposta: E
d) 97,2 e) 108
Resolução
s V0 + Vf  (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA-MODIFICADO) – O guar-
–––– = ––––––– da de trânsito Almiro, muito competente na percepção de intervalos de
t 2
tempo, observou que um automóvel freou bruscamente. Com a freada
108 15 + Vf abrupta, o motorista provocou o deslizamento do veículo em linha reta
–––– = ––––––––
6,0 2 na pista com os pneus travados, o que fez com que deixasse uma
marca de 25,0m no asfalto, parando próximo à faixa de segurança de
Vf = 21m/s = 21 . 3,6km/h pedestres. Entre ouvir o chiado do pneu no asfalto e verificar o carro
parado, Almiro concluiu que decorreu um intervalo de tempo de 2,5 se-
Vf = 75,6km/h gundos.
Admita que a aceleração escalar do carro se manteve constante
Resposta: B durante a freada.
a) Estando correta a suposição do intervalo de tempo, qual era, para o
 (VUNESP-MODELO ENEM) – Um automóvel percorre uma guarda de trânsito, a velocidade escalar, em km/h, do carro no
avenida, em trajetória retilínea, com velocidade escalar constante de momento do travamento das rodas?
108km/h. Quando sua dianteira se encontra a 57 metros de um b) Qual o módulo da aceleração escalar do carro durante a freada?
semáforo, este passa do verde ao amarelo, e o tempo que o motorista Resolução
leva para começar a pisar no freio é de meio segundo, passando em
s V 0 + Vf
seguida a imprimir ao veículo uma desaceleração constante de módulo a) ––– = ––––––– (MUV)
t 2
10m/s2, até paralisar o movimento do automóvel. É correto afirmar que
o motorista será multado pela dianteira de seu carro ter ultrapassado a 25,0 V0 + 0
–––– = –––––––
faixa do semáforo, uma distância, em metros, igual a 2,5 2
a) 1,0 b) 1,5 c) 2,0
d) 2,5 e) 3,0 V0 = 20,0m/s = 72,0km/h
Resolução
1) Distância percorrida durante o tempo de reação (TR = 0,5s): b) V = V0 +  t
dR = V TR = 30 . 0,5 (m) ⇒ dr = 15m 0 = 20,0 +  . 2,5

 = –8,0m/s2 ⇒  = 8,0m/s2


2) V2 = V02 + 2  s

0 = 900 + 2 (–10) df Respostas: a) 72,0km/h


20df = 900 ⇒ df = 45m b) 8,0m/s2

Exercícios Propostos

 (UEPB-MODELO ENEM) – Leia a tirinha a seguir para RESOLUÇÃO:

responder à questão. V2 = V02 + 2  s


0 = (10)2 + 2 (–2,0) d
4,0 d = 100

d = 25 m

Resposta: D

Coitado do Cascão!!! Quase era atropelado. Por sorte o carro


estava com uma velocidade escalar de 36 km/h e foi possível
o motorista frear bruscamente, provocando no carro uma
aceleração escalar constante de –2,0 m/s2 e parar o carro,
evitando atropelá-lo. Nessas circunstâncias, qual é a distância
percorrida em metros, pelo carro, do instante em que o
motorista pisa no freio até parar?
a) 16 b) 18 c) 20 d) 25 e) 28

FÍSICA 9
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 (OLIMPÍADA DE FÍSICA DE PORTUGAL-MODELO ENEM) –  O trem de passageiros da Estrada de Ferro


A figura abaixo representa uma autoestrada que desemboca Vitória-Minas (EFVM), que circula diariamente
numa estrada municipal com uma faixa para cada lado, na qual entre a cidade de Cariacica, na Grande Vitória,
a velocidade escalar máxima é 60km/h. e a capital mineira Belo Horizonte, está utilizando uma nova
tecnologia de frenagem eletrônica. Com a tecnologia anterior,
era preciso iniciar a frenagem cerca de 400 metros antes da
estação. Atualmente, essa distância caiu para 250 metros, o
que proporciona redução no tempo de viagem.
Considerando-se uma velocidade escalar inicial de 72km/h,
qual o módulo da diferença entre as acelerações escalares
(supostas constantes) de frenagem depois e antes da adoção
dessa tecnologia?
a) 0,08m/s2 b) 0,30m/s2 c) 1,10m/s2
Considere que na autoestrada todos os carros circulam a d) 1,60m/s2 e) 3,90m/s2
120km/h e quando esta termina, eles têm de reduzir para a
velocidade escalar de 60km/h, numa distância de L = 500m RESOLUÇÃO:
até entrarem na estrada municipal. V2 = V02 + 2  s
Calcule o tempo T que o primeiro carro que sai da autoestrada 0 = V02 + 2 (–a) d
demora até chegar à estrada municipal, sabendo-se que o carro
V02
freia com aceleração escalar constante de modo a chegar à a = –––––
estrada municipal com a velocidade escalar de 60km/h. 2d
O valor de T é:
(20)2
a) 10s b) 20s c) 30s d) 40s e) 50s Antes: a1 = ––––––– (m/s2) ⇒ a1 = 0,50m/s2
2 . 400
(20)2
RESOLUÇÃO: Depois: a2 = ––––––– (m/s2) ⇒ a2 = 0,80m/s2
2 . 250
s V0 + Vf
Vm = –––– = ––––––––
t 2
a2 – a1 = 0,30m/s2
0,5 120 + 60
–––– = ––––––––
T 2 Resposta: B

1 1
T = –––– h = –––– . 3 600s
180 180

T = 20s

Resposta: B

10 FÍSICA
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 (PUC-RJ-Modificado) – Um corredor olímpico de 100 me-  (UNICAMP-MODELO ENEM) – Em 2016, o avião Solar
tros rasos acelera desde a largada, com aceleração escalar Impulse 2, movido a energia solar, bateu o recorde de voo
constante, até atingir a linha de chegada, por onde ele passará ininterrupto mais longo da história. Considere que a velocidade
com velocidade escalar de 12m/s. escalar de decolagem desse avião é de 36km/h e que ele
Determine deverá decolar em uma pista de 1800 metros, acelerando de
a) a aceleração escalar do corredor; forma constante a partir do repouso. A aceleração escalar
b) o tempo gasto para percorrer os 100m; mínima desenvolvida pelo avião na pista é igual a
c) se o resultado obtido é compatível com a realidade. a) 0,028km/h2 b) 0,36km/h2 c) 28km/h2
d) 360km/h 2 e) 720km/h 2
RESOLUÇÃO:
a) V2 = V02 + 2  s (MUV)
RESOLUÇÃO:
144 = 0 + 2 .  . 100
2
V2 = V0 + 2 s
 = 0,72m/s2
(36)2 = 0 + 2 . 1,8
b) V = V0 +  t
36 . 36
12 = 0 + 0,72 T  = ––––––– km/h2
3,6
T  17s
 = 360km/h2
c) Não, pois o tempo para um corredor olímpico correr 100m é da
ordem de 10s. Resposta: D

FÍSICA 11
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Palavras-chave:
Propriedades gráficas no MUV
28 a 31 • Área dos gráficos

1. Gráficos horários do MUV


Gráfico espaço x tempo
Como a relação s = f(t) é do 2.o grau em t, o gráfico
espaço x tempo será uma parábola, com as seguintes
características:
• A concavidade depende do sinal da aceleração
escalar :

 > 0 ⇔ CONCAVIDADE PARA CIMA


 < 0 ⇔ CONCAVIDADE PARA BAIXO
Gráfico aceleração escalar x tempo
• O eixo de simetria da parábola corresponde ao Como a aceleração escalar é constante e não nula, o
instante (t1) em que a velocidade escalar se anula e o gráfico aceleração escalar x tempo será uma reta
móvel inverte o sentido do movimento. paralela ao eixo dos tempos: acima do eixo para acele-
rações positivas ( > 0) e abaixo do eixo para
No instante correspondente ao vértice da parábo- acelerações negativas ( < 0).
la, a velocidade escalar se anula e o móvel inverte
o sentido de seu movimento.

2. Interpretações gráficas
Gráfico velocidade escalar x tempo Gráfico espaço x tempo
Como a relação V = f(t) é do 1.o grau em t, o gráfico Para obter graficamente o valor da velocidade esca-
velocidade escalar x tempo será uma reta inclinada lar, em um instante t1, devemos traçar uma reta tan-
gente ao gráfico s = f(t) no instante considerado. A
em relação aos eixos, com as seguintes características:
declividade (tg θ) dessa reta mede a velocidade escalar
• A reta será crescente quando a aceleração es- no instante t1.
calar for positiva e decrescente quando for negativa.
N
• O ponto onde a reta intercepta o eixo das velo- tg θ = V1
cidades corresponde à velocidade escalar inicial V0.

• O ponto onde a reta intercepta o eixo dos tempos A declividade da reta tangente à curva s = f(t),
corresponde ao instante em que o móvel para e inverte em um instante t1, mede a velocidade escalar no
o sentido de seu movimento. instante t1.

12 FÍSICA
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Demonstração da propriedade

N V + V0
Área (V x t) = ––––––– . Δt
2

V + V0 Δs
Porém, –––––––– = Vm = ––––
2 Δt

Gráfico velocidade escalar x tempo


N Δs N
No gráfico velocidade escalar x tempo, temos Portanto: Área (V x t) = –––– . Δt Área (V x t) = Δs
Δt
duas interpretações gráficas importantes:
• A declividade da reta V = f(t) mede a acele-
ração escalar  Gráfico aceleração escalar x tempo
No gráfico aceleração escalar x tempo, podemos
calcular a variação de velocidade escalar (ΔV) por meio
da área sob o gráfico  = f(t).

N ΔV
tg α = –––– = 
Δt

• A área sob o gráfico V = f(t) mede a variação


de espaço Δs N ΔV
Área ( x t) =  . Δ t = –––– . Δt
Δt

N
Área ( x t) = ΔV

A área sob o gráfico aceleração escalar x tempo


mede a variação de velocidade escalar ΔV.

N
Área (V x t) = Δs

FÍSICA 13
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Exercícios Resolvidos – Módulo 28

 O gráfico abaixo representa o espaço (s) em função do tempo (t) c)


x
d)
x

para uma partícula que descreve uma trajetória retilínea, em movimen-


to uniformemente variado.

0 t 0 t
x
e)

Pedem-se:
0 t
a) a equação horária dos espaços;
Resolução
b) a velocidade escalar nos instantes t1 e t2 em que a partícula passa 1) No trecho inicial de velocidade escalar constante, o gráfico x = f(t)
pela origem dos espaços. é uma reta oblíqua passando pela origem (x0 = 0).
Resolução 2) No trecho de movimento retardado, o gráfico x = f(t) é uma curva
a) 1 – Do gráfico, para t = 0, temos com concavidade voltada para baixo.
s = s0 = 5,0m. 3) Quando o carro ficar em repouso, o gráfico x = f(t) será uma reta
2 – No instante t = 3,0s, temos V = 0 (inversão de movimento). paralela ao eixo dos tempos.
3 – No intervalo de 0 e 3,0s: Resposta: A

s V0 + V  (MODELO ENEM) – Em um jogo de futebol, um atleta A corre em


Vm = –––– = ––––––– linha reta, conduzindo a bola, e dirigindo-se rumo ao gol adversário.
t 2
O goleiro B inicia seu movimento rumo ao atleta A de tal modo que A
–9,0 V0 + 0 e B descrevem uma mesma trajetória retilínea.
Vm = –––– = ––––––– ⇒ V0 = –6,0m/s
3,0 2 O gráfico a seguir representa as posições de A e B em função do tempo.

4 – Usando-se a equação das velocidades do MUV:

V = V0 + t

0 = –6,0 +  . 3,0 ⇒  = 2,0m/s2

5 – A equação horária pedida é dada por:



s = s0 + V0t + –– t2 ⇒ s = 5,0 – 6,0t + 1,0t2 (SI)
2
Analise as proposições a seguir e assinale a correta.
b) A partícula passa pela origem dos espaços nos instantes t1 = 1,0s a) O atleta A se movimentou com velocidade escalar constante de
e t2 = 5,0s, em que s = 0. 5,0m/s.
b) O goleiro B interceptou o atleta A no instante t = 5,0s.
V = V0 +  t
c) O goleiro B se movimentou com velocidade escalar constante de
V1 = – 6,0 + 2,0 . 1,0 (m/s) ⇒ V1 = – 4,0m/s módulo 5,0m/s.
d) O goleiro B se movimentou com aceleração escalar constante de
V2 = – 6,0 + 2,0 . 5,0 (m/s) ⇒ 1,0m/s2.
V2 = 4,0m/s
e) No instante em que os atletas se encontram, a velocidade escalar
do atleta B é igual a 5,0m/s.
Respostas: a) s = 5,0 – 6,0t + 1,0t2 (SI)
Resolução
b) – 4,0m/s e + 4,0m/s a) Falsa. Para o atleta A, a função s = f(t) é do 1.o grau e por isso o
s –50,0m
 (UFMG-MODELO ENEM) – Em uma corrida de Fórmula 1, o movimento é uniforme e V = –––– = –––––––– = –5,0m/s
t 10,0s
piloto Miguel Sapateiro passa, com seu carro, pela linha de chegada e b) Verdadeira. Para s = 25,0m, temos t = 5,0s (ponto médio dos lados
avança em linha reta, mantendo velocidade escalar constante. do triângulo).
Antes do fim da reta, porém, acaba a gasolina do carro, que diminui a c) Falsa. Como o gráfico s = f(t) é um arco de parábola, o movimento
velocidade progressivamente, até parar. é uniformemente variado e a aceleração escalar é constante (a
Considere que, no instante inicial, t = 0, o carro passa pela linha de velocidade escalar varia).
chegada, onde x = 0. 
Assinale a alternativa cujo gráfico da posição x em função do tempo t d) Falsa. s = s0 + V0t + –– t2 (MUV)
2
melhor representa o estado cinemático desse carro. 
x x 25,0 = 0 + 0 + –– (5,0)2 ⇒  = 2,0m/s2
a) b) 2
e) Falsa.
VB = V0 + t
VB = 0 + 2,0 . 5,0 (m/s) ⇒ VB = 10,0m/s
0 t 0 t Resposta: B

14 FÍSICA
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Exercícios Propostos – Módulo 28

 Um móvel descreve uma trajetória retilínea com acelera-  (UFPE-MODELO ENEM) – Um motorista dirige um carro
ção escalar constante. O gráfico a seguir representa a posição com velocidade escalar constante de 80 km/h, em linha reta,
do móvel em função do tempo durante um intervalo de 20,0s. quando percebe uma “lombada” eletrônica indicando a
velocidade escalar máxima permitida de 40km/h. O motorista
aciona os freios, imprimindo uma desaceleração constante, pa-
ra obedecer à sinalização e passar pela “lombada” com a
velocidade escalar máxima permitida. Observando-se a
velocidade escalar do carro em função do tempo, desde o
instante em que os freios foram acionados até o instante de
passagem pela “lombada”, podemos traçar o gráfico abaixo.

Determine
a) a velocidade escalar inicial V0;
b) a aceleração escalar ;
c) a velocidade escalar V1 no instante t1 = 15,0s.

RESOLUÇÃO:
s V0 + V 10,0 V0 + 0
a) ––– = ––––––– ⇒ ––––– = ––––––– ⇒ V = 2,0m/s
t 2 10,0 2 0

b) V = V0 +  t

0 = 2,0 +  . 10,0 ⇒  = – 0,20m/s2 Determine a distância percorrida entre o instante t = 0, em que


os freios foram acionados, e o instante t = 3,0 s, em que o
c) V = V0 +  t
carro ultrapassa a “lombada”.
V1 = 2,0 – 0,20 . 15,0 (m/s) a) 10m b) 20m c) 30m d) 40m e) 50m
V1 = – 1,0m/s
RESOLUÇÃO:
Entre os instantes 0 e 3,0 segundos, o motorista desacelera
Respostas:a) 2,0 m/s uniformemente o carro, tal que a área sob a reta entre instantes
b) – 0,20 m/s2 deve ser igual ao espaço percorrido desde o instante em que o
c) – 1,0 m/s motorista aciona os freios até chegar à lombada eletrônica.

s = Área (V x t)

1 3,0
d = ––– (80 + 40) . ––––(m) = 50 metros
2 3,6

Resposta: E

FÍSICA 15
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 (MODELO ENEM) – Um atleta olímpico em uma corrida de  (VUNESP-MODELO ENEM) – Um determinado móvel
100m rasos tem sua velocidade escalar V variando com a desloca-se em linha reta, segundo a equação horária
coordenada de posição x conforme o gráfico a seguir. s = –100t + 5,0t2, em que s representa a posição (m) e t, o tem-
O trecho curvo é um arco de parábola com vértice na origem e po (s). A equação é válida para t  0. Assim, é correto afirmar
eixo de simetria coincidindo com o eixo x traduzindo a Equa- que
ção de Torricelli e revelando um movimento uniformemente a) esse móvel irá deslocar-se cada vez mais rapidamente, pois
variado. seu movimento é sempre acelerado.
b) esse móvel partiu de uma posição 100m antes da origem.
c) irá parar após 10,0 segundos de movimento e inverter o
sentido de seu movimento.
d) irá parar definitivamente após 10,0 segundos de movimen-
to.
e) nunca irá parar, pois o movimento é sempre acelerado.

RESOLUÇÃO:
s = –100t + 5,0t2 (SI)
V = –100 + 10,0t (SI)

O gráfico da velocidade escalar em função do tempo até o fim da


corrida é dado por:

a) Falsa. O movimento é acelerado a partir do instante t = 10,0s.


De 0 a 10,0s o movimento é retardado.

b) Falsa. t = 0 ⇔ s = 0: o móvel partiu da origem dos espaços.

c) Verdadeira.
V = 0 ⇒ 0 = –100 + 10,0T

10,0T = 100 ⇒ T = 10,0s

d) Falsa. O móvel não continua parado.

e) Falsa.

Resposta: C

RESOLUÇÃO:
1) Nos primeiros 25,0m:
x V 0 + Vf
–––– = –––––––
t 2

25,0 0 + 12,5
––––– = ––––––– ⇒ T1 = 4,0s
T1 2

2) Nos 75,0m finais:

Δx = V t (MU)

75,0 = 12,5 T2 ⇒ T2 = 6,0s

3) T = T1 + T2 = 10,0s

Resposta: B

16 FÍSICA
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Exercícios Resolvidos – Módulo 29

 (UNESP) – Um veículo se desloca em trajetória retilínea e sua Resolução


velocidade escalar em função do tempo é apresentada na figura. V (m/s)

30,0

a) Identifique o tipo de movimento do veículo nos intervalos de tempo 0 0,3 3,0 T T + 2,7 t (s)
de 0 a 10s, de 10s a 30s e de 30s a 40s, respectivamente.
b) Calcule a velocidade escalar média do veículo no intervalo de tempo A área do paralelogramo marcado no gráfico corresponde ao acréscimo
entre 0 e 40s. da distância percorrida pelo carro até parar.
Resolução d = área (v . t)
d = 2,7 . 30,0(m)

d = 81,0m

Resposta: B

 (MACK-SP-MODELO ENEM) – Certo piloto de kart é avaliado du-


rante uma prova, ao longo de um trecho retilíneo de 200m de
comprimento. O tempo gasto nesse deslocamento foi 20,0s e a velo-
cidade escalar do veículo variou segundo o diagrama abaixo.
v (m/s)
a) 1) De 0 a 10s, o movimento é uniformemente variado (v = f(t) é
do 1.o grau), progressivo (v > 0) e acelerado (|v| aumenta). v
2) De 10s a 30s, o movimento é uniforme (v constante  0) e
progressivo (v > 0).
12,5
3) De 30s a 40s, o movimento é uniformemente variado (v = f(t)
é do 1.o grau), progressivo (v > 0) e retardado (|v| diminui).
b) De 0 a 40s, o deslocamento s é medido pela área sob o gráfico t (s)
0 12,0 16,0 20,0
v = f(t).
20 Nesse caso, a medida de v, no instante em que o kart concluiu o tre-
s = (40 + 20) ––– (m)
2 cho, foi
s = 600m a) 90,0 km/h b) 60,0 km/h c) 50,0 km/h
d) 30,0 km/h e) 25,0 km/h
A velocidade escalar média é dada por: Resolução
s 600m A área entre o gráfico e o eixo do tempo é numericamente igual ao
Vm = ––– = –––––– ⇒ V = 15m/s comprimento do trecho até o instante 20,0s.
t 40s m
N
Δs = área I + área II + área III
Respostas:a) ver texto
12,0 . 12,5
b) 15m/s área I = ––––––––––– (m) = 75,0m
2
área II = 4,0 . 12,5 (m) = 50,0m
 (UFJF-MG-MODELO ENEM) – Em geral, uma pessoa livre da in-
gestão de bebida alcoólica leva 0,3s entre a percepção do perigo e a ação Δs = d = 200m
de iniciar a frenagem de um automóvel, ou seja, uma pessoa dirigindo um 200 = 75,0 + 50,0 + área (III)
automóvel, ao perceber algum perigo, demora 0,3s até levar o pé na área III = 75,0m
alavanca do freio. Por outro lado, uma pessoa alcoolizada possui, em (b + B) . h
média, esse tempo de resposta aumentado em 10 vezes. Considere o área III = ––––––––––
2
caso em que, após perceber o perigo, o motorista aciona os freios do
(12,5 + V) . 4,0
automóvel até parar, sem deslizar. Antes de acionar os freios, o motorista 75,0 = ––––––––––––––
estava com uma velocidade escalar constante igual a 30,0m/s e trafegava 2
numa rodovia onde o coeficiente de atrito estático entre os pneus e a 150,0 = (12,5 + V) . 4,0
superfície da rodovia é 0,7. V = 25,0 m/s
A distância que um motorista alcoolizado percorre a mais que um
ou V = 90,0km/h
motorista não alcoolizado, nas mesmas condições, é:
a) 9,0m b) 81,0m c) 90,0m d) 0,81m e) 8,10m Resposta: A

FÍSICA 17
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:37 Página 18

 (PISA-MODELO ENEM) – VELOCIDADE NOS 100 METROS V


Podemos pensar numa corrida de 100 metros masculinos como
estando dividida nas quatro fases sequenciais que se descrevem a
seguir:
c)
Fase de reação (logo no início) – corresponde ao tempo de reação
(intervalo de tempo entre o tiro de partida e o momento em que o
d (m)
atleta sai dos locais de partida).
0 60 100
Fase de aceleração – período durante o qual o atleta aumenta a
velocidade. V
Fase de velocidade máxima – período em que, após ter corrido 60
metros, o atleta atinge a velocidade máxima e corre uma distância de
cerca de 20 metros com essa velocidade máxima. d)
Fase final – período em que, a uma distância de 20 metros da linha de
chegada, o atleta reduz a velocidade. d (m)

Admita que quando o atleta varia sua velocidade o faz com aceleração 0 60 80 100
escalar constante.
Assinale a opção que traduz melhor o gráfico da velocidade escalar do V
atleta em função da distância percorrida.
V
e)

a) d (m)
0 60 80 100
d (m)
0 60 80 100 Resolução
De 0 a 60m, com aceleração escalar constante, o gráfico V = f (d) tem
V a forma de um arco de parábola com eixo de simetria coincidente com
o eixo d.
De 60m a 80m, a velocidade escalar permanece constante (segmento
de reta paralelo ao eixo d).
b)
De 80m a 100m, com aceleração escalar constante, o gráfico V = f(d)
tem a forma de um arco de parábola com eixo de simetria paralelo ao
d (m)
eixo d.
0 60 80 100 Resposta: B

Exercícios Propostos – Módulo 29

 Em uma corrida de 100m rasos, um atleta consegue RESOLUÇÃO:


a) s = área (v x t)
completar o percurso em 10,0s.
O gráfico a seguir representa a velocidade escalar do atleta, vf
100 = (10,0 + 6,0) –––
nessa corrida, em função do tempo. 2

100
vf = –––– (m/s) ⇒ vf = 12,5m/s
8,0

b) s = área (v x t)

4,0 . 12,5
d1 = ––––––––– (m) ⇒ d1 = 25,0m
2

V 12,5
c)  = ––– ⇒  = –––– (m/s2) ⇒   3,1m/s2
Pedem-se t 4,0
a) a velocidade escalar com que o atleta cruzou a linha de
chegada; Respostas:a) 12,5m/s
b) a distância percorrida na fase em que seu movimento foi b) 25,0m
acelerado; c) 3,1m/s2
c) a aceleração escalar do atleta no instante t = 2,0s.

18 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:37 Página 19

 (MODELO ENEM) – Um carro está-se movendo em uma  (VUNESP-USCS-MODELO ENEM) – O gráfico marca a
trajetória retilínea com velocidade escalar constante. O velocidade escalar de um atleta em função do tempo, contado
motorista vê o sinal vermelho de um semáforo e aciona os do início até o final de uma prova.
freios para parar o carro. Entre a visão do sinal e o ato de
acionar o freio, decorre um intervalo de tempo T chamado
tempo de reação do motorista. O gráfico a seguir representa a
velocidade escalar do carro desde o instante da visão do sinal
até o instante em que o carro para.

(https://preprova.s3.amazonaws.com)

A distância total percorrida pelo carro entre os instantes t = 0 A partir do gráfico, a distância percorrida pelo atleta do começo
e t = 3T vale D. ao fim do registro compreende um valor entre
Considere agora o carro com velocidade escalar 2V0. Admita a) 250 e 300m. b) 200 e 250m. c) 50 e 100m.
que o tempo de reação do motorista seja o mesmo e a d) 100 e 150m. e) 150 e 200m.
aceleração de freada do carro também seja a mesma.
Com velocidade escalar inicial 2V0, a distância total percorrida RESOLUÇÃO:
pelo carro desde o instante da visão do sinal até a parada do s = área (V x t)
carro valerá:
A área sob o gráfico é calculada pela área de dois trapézios:
a) 2D b) 3D c) 4D d) 5D e) 8D

RESOLUÇÃO:

s = área (v x t) 11 7
s = (8 + 5) ––– + (11 + 5) ––– (m)
V0 V0 2 2
D = (3T + T) ––– = 4T ––– = 2V0T
2 2 s = 71,5 + 56 (m)

2V0 s = 127,5m
D’ = (5T + T) –––– = 6V0T
2
Resposta: D
Portanto: D’ = 3D

Resposta: B

FÍSICA 19
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:37 Página 20

(FUVEST-SP-MODELO ENEM) – Texto para as questões  e  Sabendo-se que os automóveis A e B se cruzam no ins-
. tante de tempo t = 8,0s, a distância entre eles, medida em
metros, no instante t = 0, é
Dois automóveis, A e B, deslocam-se em um longo trecho a) 48,0 b) 64,0 c) 112 d) 160 e) 176
retilíneo de uma autoestrada, em sentido contrário. No gráfico
abaixo, estão representadas as velocidades escalares dos RESOLUÇÃO:
automóveis A e B como função do tempo. s = área (v x t)

8,0
sA = (24,0 + 4,0) ––– (m) = 112m
2

8,0 . 16,0
sB = – ––––––––– (m) = –64,0m
2

d = |sA| + |sB| = 112m + 64,0m = 176m

Resposta: E

 As acelerações escalares dos automóveis A e B, no


instante de tempo t = 4,0s, medidas em m/s2, são,
respectivamente,
a) 3,5 e –2,0 b) 2,5 e 2,0 c) 2,5 e –2,0
d) 3,5 e –3,0 e) 2,5 e –1,5

RESOLUÇÃO:
V
 = ––––
t

24,0 – 4,0
A = ––––––––– (m/s2) ⇒ A = 2,5 m/s2
8,0 – 0

–16,0
B = ––––– (m/s2) ⇒ B = – 2,0 m/s2
8,0

Resposta: C

20 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:37 Página 21

Exercícios Resolvidos – Módulo 30

 Para melhorar a mobilidade  Dois atletas, A e B, em uma corrida olím- 25,0


—––— = TA – 2,00
urbana na rede metroviária, pica de cem metros rasos, em trajetória 3
é necessário minimizar o retilínea, têm seus desempenhos dados pelos 25,0
TA = 2,00 + —–—– (s)
tempo entre estações. Para isso, a adminis- gráficos a seguir. 3
tração do metrô de uma grande cidade adotou O gráfico relativo ao atleta A representa sua
o seguinte procedimento entre duas estações: velocidade escalar em função do tempo, e o TA = 10,33s
a locomotiva parte do repouso com aceleração gráfico relativo ao atleta B representa sua velo-
escalar constante por um terço do tempo de cidade escalar em função de sua coordenada s V0 + V
2) —–— = —–––––

percurso, mantém a velocidade escalar cons- de posição em relação ao ponto de partida. t 2
tante por outro terço e reduz sua velocidade Nos dois gráficos, o atleta tem uma fase de 25,0 0 + 12,5
—–— = —––––––—
escalar com aceleração escalar constante no aceleração com movimento uniformemente t1 2
trecho final, até parar. variado e uma segunda fase em que o movi-
t1 = 4,00s
Qual é o gráfico de posição (eixo vertical) em mento é uniforme.
função do tempo (eixo horizontal) que repre- s
3) V = —–—
senta o movimento desse trem? t

75,0
12,5 = —––—
t2
t2 = 6,00s

TB = t1 + t2 = 10,00s

Atleta A Respostas:a) 43,2km/h e 45,0km/h


b) 10,33s e 10,00s

 Uma partícula se desloca em linha reta


com equação horária dos espaços dada por:

x = 2,0t 2 – 4,0t + 12,0 (SI)

Calcule, entre os instantes t1 = 0 e t2 = 3,0s:


a) o deslocamento escalar;
b) a distância percorrida.
Resolução
Resolução
1o. trecho: A composição arranca com acele- dx
Atleta B V = ––– = 4,0t – 4,0 (SI)
ração escalar constante. O movimento é unifor- dt
Determine
memente acelerado, a função horária do es-
a) as velocidades escalares com que os atle-
paço é do 2o. grau e o gráfico posição x tempo
tas cruzam a linha de chegada, medidas em
é um arco de parábola com concavidade
km/h;
voltada para cima.
b) os tempos gastos pelos atletas para com-
2o. trecho: A velocidade escalar é constante e o
pletarem a corrida, com precisão de cen-
movimento é uniforme. A função horária do
tésimo de segundo.
espaço é do 1o. grau e o gráfico posição x tem-
Resolução
po é um segmento de reta oblíqua ascendente.
a) VA = 12,0 m/s = 12,0 . 3,6 km/h = 43,2km/h
3o. trecho: A composição freia com aceleração
VB = 12,5 m/s = 12,5 . 3,6 km/h = 45,0km/h
escalar constante. O movimento é uniforme-
mente retardado, a função horária do espaço é t1 = 0 ⇒ V1 = –4,0m/s
b) 1)
do 2o. grau e o gráfico posição x tempo é um arco V(m/s)
t2 = 3,0s ⇒ V2 = 8,0m/s
de parábola com concavidade voltada para baixo.
Deve-se notar que, após a parada do trem, a 12,0 s = área (V x t)
posição permanece constante, com o gráfico 4,0
posição x tempo paralelo ao eixo dos tempos. s1 = –1,0 . ––– (m) = –2,0m
2
0 4,00 TA t(s) 8,0
s2 = 2,0 . ––– (m) = 8,0m
2
s = área (V x t)
a) s = s1 + s2 = 6,0m
12,0
100,0 = (TA + TA – 4,00) —–— b) d = |s1| + |s2| = 10,0m
2
50,0
—––— = 2T A – 4,00 Respostas: a) 6,0m
3
Resposta: C b) 10,0m

FÍSICA 21
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:37 Página 22

 (UFC-MODELO ENEM) – Um trem, após parar em uma estação, V (m/s)


tem aceleração escalar, de acordo com o gráfico da figura abaixo, até
parar novamente na próxima estação. 30

20

10

t (s)
0 10 20 50 tf

2) No último trecho:
V
a = ––––
t
Assinale a alternativa que apresenta os valores corretos de tf, o tempo –30
de viagem entre as duas estações, e da distância entre as estações. A –1,0 = ––––
t
trajetória do trem é retilínea.
a) 80s, 1600m b) 65s, 1600m c) 80s, 1500m t = 30s
d) 65s, 1500m e) 90s, 1500m
tf = 80s
Resolução
3) s = área (V x t)
1) V = área (a x t)
10 . 10 10 30
s = ––––––– + (30 + 10) ––– + (60 + 30) ––– (m)
V1 = 10m/s 2 2 2

s = 50 + 200 + 1350 (m)


V2 = 20m/s

V3 = 0 s = 1600m

V4 = –30m/s Resposta: A

Exercícios Propostos – Módulo 30

 (MODELO ENEM) – Um carro é transportado no elevador


3) Construção do gráfico V = f(t)

de um edifício até uma altura de 70m acima do solo. O


elevador parte do repouso e volta ao repouso atingindo uma
velocidade escalar máxima de 2,0m/s.
O movimento do elevador tem três etapas distintas.
1.a etapa: movimento uniformemente acelerado com acele-
ração de módulo a = 0,20m/s2.
2.a etapa: movimento uniforme.
3.a etapa: movimento uniformemente retardado com acele-
ração de módulo a = 0,10m/s2.
O tempo total de percurso foi de
A área sob o gráfico V = f(t) mede a distância percorrida s = 70m
a) 20s b) 30s c) 40s d) 50s e) 60s
s = área (V x t)
RESOLUÇÃO:
2,0
1) Tempo gasto na etapa de movimento acelerado: 70 = [(t2 + 20) + (t2 – 10)] –––
2
V = V0 +  t (MUV)
70 = 2t2 + 10 ⇒ t2 = 30s
2,0 = 0 + 0,20 t1 ⇒ t1 = 10s
O tempo total é T = t2 + 20 s
2) Durante a fase de movimento retardado, o tempo gasto é o
dobro: 20 s T = 50s

Resposta: D

22 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:37 Página 23

 (MODELO ENEM) – Em uma corrida olímpica de 100m  Uma partícula descreve uma trajetória retilínea com
rasos, o atleta brasileiro Robson Caetano conseguiu a marca de velocidade escalar variando com o tempo segundo a relação:
10,0s, que é o recorde sul-americano. V = 10,0 – 2,0 t (SI)
O gráfico da velocidade escalar do atleta em função do tempo, Pedem-se
determinado por um computador, tem o formato aproximado a) o gráfico velocidade escalar x tempo, no intervalo de 0 a
apresentado a seguir. 8,0s;
b) o deslocamento escalar e a distância percorrida no intervalo
de 0 a 8,0s;
c) a velocidade escalar média no intervalo de 0 a 8,0s.

RESOLUÇÃO:
a) t1 = 0 ⇒ V1 = 10,0m/s
t2 = 8,0s ⇒ V2 = –6,0m/s

A velocidade escalar máxima atingida pelo atleta vale:


a) 36,0km/h b) 40,0km/h c) 42,0km/h
d) 45,0km/h e) 50,0km/h

RESOLUÇÃO:
N
Δs = área (V x t)
b) V = 0 ⇒ 10,0 – 2,0 ti = 0 ⇒ ti = 5,0s
Vmáx
100 = (10,0 + 6,0) ––––– s = área (V x t)
2
m 10,0
Vmáx = 12,5 ––– s1 = 5,0 . –––– (m) = 25,0m
s 2
Vmáx = 12,5 . 3,6km/h
6,0
Vmáx = 45,0km/h s2 = –3,0 . –––– (m) = –9,0m
2

Resposta: D s = s1 + s2 = 16,0m (deslocamento escalar)

d = s1 + s2 = 34,0m (distância percorrida)

s 16,0m
c) Vm = –––– = –––––– ⇒ Vm = 2,0m/s
t 8,0s

Respostas:a) ver gráfico


b) s = 16,0m
d = 34,0m
c) 2,0m/s

FÍSICA 23
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:37 Página 24

 (UFES) – Uma partícula, partindo do repouso, ao longo de


uma trajetória retilínea, é submetida a acelerações escalares,
conforme mostra o gráfico a x t da figura.

b) Δs = área (V x t)
4,0 . 20,0
Δs = ––––––––– (m) ⇒ Δs = 40,0m
2

a) Construa o gráfico da velocidade escalar da partícula em Δs 40,0m


c) Vm = ––– = –––––– ⇒ Vm = 10,0m/s
função do tempo. Δt 4,0s
b) Calcule a distância percorrida pela partícula no intervalo de 0
Respostas: a) ver gráfico
a 4,0s.
b) 40,0m
c) Calcule a velocidade escalar média da partícula entre os c) 10,0m/s
instantes 0 e 4,0s.

RESOLUÇÃO:
a) ΔV = área (a x t)
ΔV1 = 2,0 . 10,0 (m/s) = 20,0m/s
ΔV2 = –2,0 . 10,0 (m/s) = –20,0m/s

Exercícios Resolvidos – Módulo 31

 (FUVEST-MODELO ENEM) – Uma porta automática realiza seu  (CESGRANRIO-MODELO ENEM) – Um mau motorista percorre
movimento de abrir e fechar com suavidade. Ela inicia seu movimento uma avenida onde os sucessivos sinais de tráfego são equidistantes e
de abertura em t = 0s e volta à mesma posição em t = 4s. Os gráficos estão sincronizados para que um bom motorista possa cruzar todos os
abaixo procuram representar a posição, em função do tempo t, de um sinais no verde, dirigindo com uma determinada velocidade escalar
mesmo ponto da porta. Destes gráficos, o único que pode representar constante. No entanto, o mau motorista não aproveita essa chamada
esse movimento suave é “onda verde”. Ele arranca subitamente, “queimando borracha” na aber-
a) posição b) posição tura de um sinal, acelera a fundo e depois freia violentamente de modo
a parar no sinal seguinte, onde aguarda a abertura, e assim por diante.
Qual dos seguintes gráficos “posição-tempo” melhor representa o
movimento do carro desse mau motorista? Admita que na acelerada e
t (s) t (s) na freada a aceleração escalar seja constante. Os trechos curvos nos
0 2 4 0 2 4 gráficos são arcos de parábola.
c) posição d) posição

t (s) t (s)
0 2 4 0 2 4
e) posição

t (s)
0 2 4
Resolução
O ponto P da porta terá a seguinte sequência de movimentos:
1) movimento acelerado a partir do repouso.
2) movimento retardado voltando ao repouso.
3) movimento acelerado a partir do repouso.
4) movimento retardado voltando ao repouso.
Resposta E

24 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:37 Página 25

Resolução 2) Gráfico V = f(t)


O carro parte do repouso com movimento ace-
lerado: arco de parábola crescente, com vértice
em t = 0, e concavidade para cima. Em seguida
o carro freia até o repouso: arco de parábola
concordante com o anterior (sem formar bico)
de concavidade para baixo e crescente. En-
quanto o carro estiver parado, um segmento de
reta paralelo ao eixo dos tempos. Em seguida o
processo se repete, com o espaço sempre
crescente.
Resposta: B 3) s = área (V x t)

 (FMJ-SP-MODELO ENEM) – Um indiví- 22,0


D = (11,3 + 0,3) ––––– (m)
duo alcoolizado tem um tempo de reação de 2
0,3s. Um motorista alcoolizado vê um farol à Resolução
sua frente, enquanto dirige a 22,0m . s–1 e, ao D = 127,6m a)
perceber que está fechado, aciona o freio, impri-
mindo uma aceleração escalar de –2,0m . s–2. Resposta: E
Considerando-se o tempo de reação entre a
percepção e o acionamento do freio, para que
ele pare exatamente no farol, deve iniciar a  O gráfico a seguir representa o espaço de
redução de velocidade a uma distância do farol, um ponto material em função do tempo. Os
em metros, igual a trechos são arcos de parábola.
a) 6,6 b) 22,0 c) 114,4 a) Construa o gráfico velocidade escalar x tem-
po no local indicado. b) 0 < t < t1: progressivo e retardado
d) 121,0 e) 127,6
b) Classifique o movimento em cada secção t = t1: inversão de movimento (v = 0)
Resolução
do gráfico. t1 < t < t2: retrógrado e acelerado
1) Cálculo do tempo de freada:
t2 < t < t3: retrógrado e retardado
V = V0 +  t
t = t3: inversão de movimento (v = 0)
0 = 22,0 – 2,0tf ⇒ tf = 11,0s t3 < t < t4: progressivo e acelerado

Exercícios Propostos – Módulo 31

 (UFSCar) – O diagrama mostra como varia o espaço s em


RESOLUÇÃO:
a)
função do tempo t para uma partícula que se desloca em
trajetória retilínea.


1) MUV
b) 1) t2 a t3: 2) progressivo (V > 0)
3) retardado (V > 0 e  < 0)
Os trechos AB, CDE e FG são arcos de parábola com vértices
em A, D e G, respectivamente. Os trechos BC e EF são


1) MUV
retilíneos. 2) t5 a t6: 2) retrógrado (V < 0)
3) retardado (V < 0 e  > 0)

a) No local indicado, construa o gráfico velocidade escalar x


tempo.
b) Classifique o movimento nos intervalos de tempo de t2 a t3
e de t5 a t6.

FÍSICA 25
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 26

 (OLIMPÍADA AMERICANA DE FÍSICA-MODELO ENEM) –  (UFPI-MODELO ENEM) – A direção de um veículo auto-


Dois carros, P e Q, partem do repouso, da origem das coor- motor exige que o motorista esteja sempre em estado de aler-
denadas e descrevem uma mesma trajetória retilínea ao longo ta. Chama-se de “tempo de reação” o intervalo de tempo entre
do eixo x. o reconhecimento de uma situação de perigo e a ação de res-
A figura representa o gráfico da aceleração escalar de cada posta a esta situação. O tempo de reação de um indivíduo de-
carro em função do tempo. pende de vários fatores, que podem ser definitivos (idade,
deficiências de visão, audição, coordenação motora etc.) ou
temporários (estado emocional, ingestão de álcool, drogas
etc.). Considerando-se o tempo de reação médio de uma pes-
soa jovem e em bom estado de saúde igual a 0,75 segundo e
o tempo de reação de uma pessoa alcoolizada igual a 2,5 se-
gundos, a diferença entre as distâncias que essas duas pes-
soas percorreriam em uma estrada plana e retilínea até parar
um determinado carro, nas mesmas condições de trafega-
bilidade, inicialmente com velocidade escalar constante de
72,0km/h e capaz de desacelerar 8,0m/s2, seria, em metros, de
a) 15,0 b) 35,0 c) 40,0 d) 50,0 e) 75,0
Escolha a opção que identifica corretamente a relação entre os
módulos das velocidades dos carros, VP e VQ, e as coorde- RESOLUÇÃO
nadas de posição, xP e xQ, dos carros no instante T indicado no
gráfico.
Módulo da velocidade Posição 1) V = V0 +  t
0 = 20,0 – 8,0 Tf
a) VP = VQ xP > xQ

b) VP > VQ xP > xQ Tf = 2,50s

c) VP = VQ xP = xQ

d) VP < VQ xP < xQ

e) VP = VQ xP < xQ

RESOLUÇÃO:
1) No gráfico ( x t), a área mede a variação da velocidade
escalar.
Como os dois triângulos têm áreas iguais e ambos os
carros partem do repouso, temos:

VP = VQ
2) Δs = área (V x t)

2) No início, a aceleração escalar de P é maior e portanto, no 20,0


Δs1 = (3,25 + 0,75) . ––––– (m) = 40,0 m
início, VP > VQ. 2
A partir de um certo instante, Q > P e a velocidade 20,0
escalar de Q vai aproximando-se da de P. A igualdade Δs2 = (5,0 + 2,5) ––––– (m) = 75,0 m
2
acontece no instante t = T. d = Δs2 – Δs1
Portanto, no intervalo aberto de 0 a T, a velocidade escalar
de P é maior que a de Q e a distância total percorrida por d = 35,0m
P é maior que a de Q:
Resposta: B
xP > xQ

Resposta: A

26 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 27

 (VUNESP-MODELO ENEM) – Numa avenida retilínea, um


automóvel parte do repouso ao abrir o sinal de um semáforo, e
atinge a velocidade escalar de 72km/h em 10s. Esta velocidade
escalar é mantida constante durante 20s, sendo que, em
seguida, o motorista deve frear parando o carro em 5s devido
a um sinal vermelho no próximo semáforo. Considerando-se os
trechos com velocidades escalares variáveis uniformemente
com o tempo, a distância total percorrida pelo carro entre os
dois semáforos é, em m,
a) 450 b) 500 c) 550 d) 650 e) 700

RESOLUÇÃO:

s = área (V x t)
20
s = (35 + 20) ––– (m)
2

s = 550 m

Resposta: C

Palavras-chave:
Queda livre
32 • Aceleração da gravidade

Introdução Em nossos estudos de queda livre (ação exclusiva da


gravidade), vamos adotar a aceleração da gravidade como
Desde a época de Galileu que o estudo da queda livre constante com um valor aproximado de 10m/s2.
dos corpos foi objeto de curiosidade dos grandes pensa- Apresentamos a seguir uma tabela com a aceleração
dores. da gravidade na superfície dos oito planetas do sistema
Cada planeta, dependendo de sua massa e de seu raio, solar e do planeta-anão Plutão.
tem nas suas vizinhanças um campo de gravidade que é
traduzido pelo valor da aceleração da gravidade, que é a Aceleração da
Planeta
aceleração que todos os corpos em queda livre têm, gravidade em m/s2
independentemente de suas massas. Mercúrio 3,78
No caso da Terra, o valor da aceleração da gravidade
Vênus 8,60
não é o mesmo em qualquer local: depende da latitude e
da altitude do lugar. Em consequência da rotação da Terra, Terra 9,81
a aceleração da gravidade tem valor máximo nos polos Marte 3,72
(9,83m/s2) e valor mínimo no Equador (9,78m/s2).
Júpiter 22,9
Em relação à altitude, o valor da aceleração da gravi-
Saturno 9,05
dade é máximo no nível do mar e vai diminuindo à medida
que nos afastamos da superfície terrestre. Urano 7,77
A aceleração da gravidade no nível do mar e na latitude Netuno 11,0
de 45° tem valor de 9,8m/s2, sendo denominada gravi- Plutão 0,50
dade normal.

FÍSICA 27
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Exercícios Resolvidos

 (PASUSP-MODELO ENEM) – Galileu dupla, a partir do repouso, em queda livre. Pelo b) a altura H;
afirmou que um corpo pesado possui uma próprio raciocínio de Aristóteles, a pedra B c) o módulo V da velocidade com que a
tendência de mover-se com um movimento deveria ter aceleração maior que a de A e a partícula atinge o solo.
uniformemente acelerado, rumo ao centro da pedra A, puxando B para cima, faria com que a Resolução
Terra, de forma que, durante iguais intervalos aceleração da pedra dupla fosse menor que a
de tempo, o corpo recebe igual aumento de original de B. Por outro lado, a pedra dupla tem
velocidade. Isto é válido sempre que todas as massa maior que a da pedra B isolada e pelo
influências externas e acidentais forem removi- raciocínio de Aristóteles deveria ter uma
das; porém, há uma que dificilmente pode ser aceleração maior que a da pedra B isolada.
removida: o meio que precisa ser atravessado A incoerência de raciocínios mostra que
e deslocado pelo corpo em queda e que se Aristóteles estava errado, pois
opõe ao movimento com uma resistência. a) a aceleração de queda livre é maior para o
Assim, há uma diminuição em aceleração, até corpo de massa maior.
que finalmente a velocidade atinge um valor b) a aceleração de queda livre é maior para o
em que a resistência do meio torna-se tão corpo de massa menor.
grande que, equilibrando-se peso e resistência, c) a aceleração de queda livre independe da
impede-se qualquer aceleração subsequente e massa do corpo.
o movimento do corpo reduz-se a um movi- d) corpos em queda livre têm aceleração nula.
mento retilíneo e uniforme que, a partir de e) corpos em queda livre têm massas iguais.
então, irá manter-se até a chegada ao solo. Resolução
Considere um corpo esférico em queda, Aristóteles estava errado, pois a aceleração de a) De acordo com o texto, a partícula parte
partindo do repouso, próximo à superfície da queda livre é a mesma para todos os corpos, do repouso em A, passa por B no instante
Terra, conforme descrito por Galileu. Se não importando as respectivas massas. (T – 1,0s) e atinge o solo no instante T.
registrarmos sua posição, em intervalos de Resposta: C Sendo o movimento de queda livre
tempos iguais, obteremos, de acordo com o uniformemente variado, temos:
texto, uma trajetória como a mostrada, de  Em um local onde o efeito do ar é

maneira esquemática, em desprezível e a aceleração da gravidade é s = V0t + ––– t2
constante e tem módulo igual a g, uma bolinha 2
a) b) c) d) e)
de gude é abandonada do repouso de uma H
altura H acima do solo. AB: ––– = 5,0 (T – 1,0)2 (1)
4
Determine
a) o tempo de queda T até o solo em função
de g e H; AC: H = 5,0T2 (2)
b) o módulo V da velocidade com que a (2)
Fazendo-se ––– , vem:
bolinha atinge o solo; (1)
c) o aumento percentual dos valores de T e V
T2
se a altura H for duplicada. 4 = –––––––––
Resolução (T – 1,0)2

a) s = V0t + ––– t2 ↓ 丣
2 T
Como T > 1,0s, vem: 2 = ––––––


g 2H T – 1,0
H = 0 + ––– T2 ⇒ T= –––
Resolução 2 g 2T – 2,0 = T
Na fase em que o movimento é acelerado, as 2
b) V2 = V0 + 2 s T = 2,0s
distâncias percorridas em intervalos de tempo
sucessivos e iguais vão aumentando. V2 = 0 + 2g H ⇒ V = 
2gH
Na fase em que o movimento se torna unifor- b) Substituindo-se T = 2,0s na equação (2),
c) Quando H é multiplicado por 2, os valores
me, as distâncias percorridas em intervalos de vem:
de T e V ficam multiplicados por 
2 1,41,
tempo sucessivos e iguais tornam-se iguais.
o que significa um aumento percentual de H = 5,0 . (2,0)2(m)
Resposta: A
41%.
H = 20,0m
 (MODELO ENEM) – Aristóteles afirmava
que uma pedra A de massa m e uma pedra B
 Em um local onde o efeito do ar é despre-
c) A velocidade de chegada ao chão tem mó-
zível e g = 10,0m/s2, uma partícula é aban-
de massa M, com M > m, quando em queda dulo V dado por:
donada de uma altura H acima do solo, a partir
livre tinham acelerações diferentes. V = V0 +  t = 0 + 10,0 . 2,0 (m/s)
do repouso.
Segundo Aristóteles, quanto mais pe-
3
sado fosse o corpo, maior seria sua A partícula percorre –– H durante o último se- V = 20,0m/s
4
aceleração de queda livre. Para combater
a ideia de Aristóteles, Galileu usou o gundo de sua queda livre, até atingir o solo. Respostas: a) 2,0s
seguinte raciocínio: vamos unir as pedras Determine b) 20,0m
A e B por um fio e abandonar a pedra a) o tempo total de queda T; c) 20,0m/s

28 FÍSICA
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 (FUVEST-MODELO ENEM) – Numa filmagem, no exato instante


em que um caminhão passa por uma marca no chão, um dublê se larga 2H
g T= –––
de um viaduto para cair dentro de sua caçamba. A velocidade escalar v H = –– T2 ⇒ g
do caminhão é constante e o dublê inicia sua queda a partir do repouso, 2
de uma altura de 5,0m da caçamba, que tem 6,0m de comprimento. A
velocidade escalar ideal do caminhão é aquela em que o dublê cai bem
no centro da caçamba, mas a velocidade escalar real v do caminhão
poderá ser diferente e ele cairá mais à frente ou mais atrás do centro
T=
 2 . 5,0
––––––– s
10
⇒ T = 1,0s

da caçamba. Para que o dublê caia dentro da caçamba, v pode diferir


da velocidade escalar ideal, em módulo, no máximo: 2) A velocidade ideal do caminhão tem módulo VI dado por:
a) 1,0 m/s b) 3,0 m/s c) 5,0 m/s
d) 7,0 m/s e) 9,0 m/s D
VI = –––
Adote g = 10m/s2 T
Resolução
3) As velocidades escalares máxima e mínima possíveis para o
caminhão serão dadas por:
D+d D–d
Vmáx = –––––– e Vmín = ––––––
T T

4) O valor da diferença entre a velocidade escalar ideal e a máxima


ou mínima será dado por:

V = Vmáx – VI = VI – Vmín

D+d D
V = –––––– – –––
T T

d 3,0m
V = –– = –––––
T 1,0s

1) Cálculo do tempo de queda do dublê: V = 3,0m/s



s = V0t + –– t2
2 Resposta: B

Exercícios Propostos

 (GAVE-PORTUGAL-MODELO ENEM) – Leia atentamente que chegam ao fundo do tubo exatamente ao mesmo tempo.
o seguinte texto. Esse instrumento permite efetuar, em condições ideais, a hipo-
Conta a lenda que no século XVII o italiano Galileu Galilei, tética experiência de Galileu na torre de Pisa.
Adaptado de Física Divertida, Carlos Fiolhais, Gradiva, 1991
tendo deixado cair uma pedra grande e uma pedra pequena do
cimo da torre de Pisa, verificou que ambas chegavam ao chão,
aproximadamente, ao mesmo tempo. Com base na informação apresentada no texto, selecione a
Qual é a pedra que deve, de fato, cair primeiro, se se igno- alternativa que completa corretamente a frase seguinte.
rar a resistência do ar? A pedra grande, ou a pedra pequena? Na ausência de resistência do ar, o tempo de queda de um
Ignorar a resistência do ar significa que se imagina que não há objeto depende
atmosfera. a) da altura de queda. b) da sua forma.
Se fizermos a experiência na Terra, deixando cair dois c) da sua massa. d) da sua densidade.
objetos do mesmo material, um muito grande e outro muito e) de seu peso.
pequeno, constatamos que cai primeiro o objeto maior. Somos,
RESOLUÇÃO:
então, levados pela intuição a concluir que devia cair primeiro a
Todos os corpos em queda livre caem com a mesma aceleração
pedra grande, mesmo que se «desligasse» a resistência do ar.
(aceleração da gravidade, g = 9,8m/s2), não importando sua mas-
A Natureza nem sempre está, porém, de acordo com as sa, forma ou densidade.
nossas intuições mais imediatas. Se se «desligasse» a O tempo de queda livre dependerá da altura de queda e da
resistência do ar, a pedra grande e a pedra pequena cairiam ao velocidade inicial.
mesmo tempo. Resposta: A
No chamado “tubo de Newton” (um tubo de vidro onde se
faz o vácuo), pode-se deixar cair, da mesma altura, objetos
diferentes, por exemplo, uma chave e uma pena, e observar

FÍSICA 29
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 (MODELO ENEM) – Em uma propaganda na televisão, um  (UPE-MODELO ENEM) – O Turbo Drop chegou em 1997
biscoito era abandonado em queda livre, a partir do repouso, e para substituir a antiga torre símbolo do Playcenter. Ele media
um super-herói partia em sua perseguição, também a partir do 60,0 metros de altura e era de fabricação americana; em sua
repouso e em queda livre. gôndola, estavam acoplados 12 assentos, três em cada face.
Despreze o efeito do ar e imagine que, sobre o biscoito e sobre Esses assentos eram levantados até a altura aproximada de
o infortunado herói, a única força atuante seja a força 60,0 metros em 17,0 segundos, ficando suspensos no alto,
gravitacional aplicada pela Terra. durante 5,0 segundos, despencando até pararem em apenas
Considere, ainda, que o herói e o biscoito partiram da mesma 4,0 segundos de queda.
posição, mas que o biscoito partiu 1,0s antes. http://www.playcenter.com.br/atracoes/turbo_drop, acessado e
Na propaganda veiculada na televisão, o herói conseguia adaptado em: 19/07/2017.
alcançar o biscoito antes que ele chegasse ao solo.
Assinale a alternativa que apresenta uma crítica coerente para Admita uma queda inicial com aceleração da gravidade de mó-
tal propaganda. dulo g = 10,0m/s2 e em seguida uma queda com movimento
a) A propaganda é absurda, pois, segundo o pensamento de uniformemente retardado até achegar ao solo com velocidade
Aristóteles, o biscoito, sendo mais leve, cai com aceleração nula. Durante a fase de movimento retardado a aceleração es-
maior. calar do turbo tem módulo igual a:
b) A propaganda está correta, pois, segundo o pensamento de a) 10,0m/s2 b) 20,0m/s2 c) 30,0m/s2
Galileu, o herói, sendo mais pesado, terá aceleração maior d) 40,0m/s2 e) 50,0m/s2
e poderá alcançar o biscoito.
c) A propaganda está correta, pois Aristóteles e Newton RESOLUÇÃO:
concordavam que a aceleração de queda livre é proporcional
ao peso do corpo.
d) A propaganda é absurda, pois o biscoito e o herói caem com
a mesma aceleração e, por isso, o biscoito não poderá ser
alcançado pelo herói.
e) A propaganda é absurda, pois o biscoito e o herói terão, a
cada instante, velocidades iguais e, por isso, o herói não
poderá alcançar o biscoito.

RESOLUÇÃO: 1) V = V0 + t ⇒ (1)
Vmáx = g T1
De acordo com Galileu e com a Física de Newton, os corpos em
queda livre (ausência da resistência do ar) têm a mesma 2) Δs = área (V x t)
aceleração, independentemente de suas massas. Como o biscoito
4,0 . Vmáx
partiu antes, sua velocidade será maior que a do herói e não 60,0 = –––––––––– ⇒ Vmáx = 30,0m/s (2)
poderá ser alcançado por ele. 2
Aristóteles é que acreditava que os corpos mais pesados caíam 30,0
com aceleração maior, possibilitando ao herói alcançar o biscoito, 3) (2) em (1): 30,0 = g T1 ⇒ T1 = ––––
g = 3,0s
o que vai ao encontro do senso comum da maioria das pessoas.
Resposta: D
⎥ΔV⎥ 30,0
4) a = ––––– = ––––– m/s2 ⇒ a = 30,0m/s2
Δt 1,0

Resposta: C

30 FÍSICA
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 (FEPESE-MODELO ENEM) – Segundo biólogos e vete-  (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA-MODELO ENEM) –


rinários, a habilidade dos gatos de sobreviver a grandes quedas Os estudantes da 1.a série resolveram realizar um concurso de
é uma questão simples de física, biologia da evolução e fisio- pontaria. Todos deveriam abandonar uma esfera metálica do
logia. alto de uma ponte de altura 5,0m, sobre um barco que tinha
Em um estudo realizado em 1987, pelos veterinários Wayne um X marcado no fundo. O barco está com o motor desligado,
Whitney e Cheryl Mehlhaff, foram analisados casos de 132 sendo levado pela correnteza do rio, cujas águas se desloca-
gatos que caíram de grandes alturas e foram levados para uma vam paralelamente em relação à margem com uma velocidade
clínica veterinária especializada em emergências em Nova constante de módulo 28,8km/h. Assinale a alternativa que for-
York. Os cientistas observaram que 90% dos animais nece corretamente a distância horizontal, medida em relação à
sobreviveram e apenas 37% precisaram de atendimento de ponte, que o X do barco deveria estar quando a esfera fosse
emergência para continuar vivos. solta para acertá-lo.
Cientistas afirmam que os corpos dos gatos foram construídos Adote g = 10,0m/s2 e despreze o efeito do ar.
para resistir a quedas, desde o momento em que estão em a) 2,0m b) 6,0m c) 5,8m d) 8,0m e) 144m
pleno ar até o instante em que atingem o chão.
Eles possuem uma área de superfície do corpo grande em RESOLUÇÃO:
relação ao peso, o que reduz a força de impacto em uma
queda.
A velocidade escalar máxima alcançada por um gato em queda
é menor comparada a humanos e cavalos, por exemplo.
Um gato de tamanho médio com seus membros estendidos
alcança uma velocidade escalar máxima (ou velocidade
terminal) de cerca de 97,2km/h, enquanto que um homem de
tamanho médio chega à velocidade escalar máxima por volta
dos 193km/h.
Adaptado de http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2012/03/ 1) Tempo gasto para a pedra percorrer a altura H:
120328_gatos_queda_sobrevivencia_fn.shtml 
s = V0t + –– t2
2
Suponha que um gato tenha escorregado da janela de um
prédio e atinja o solo com a velocidade escalar máxima. 10,0 2
5,0 = 0 + –––– tQ ⇒ tQ = 1,0s
Então, desprezando-se a resistência do ar e usando-se 2
g = 10m/s2, a altura de queda e o tempo de queda devem ser
aproximadamente de: 2) Cálculo da distância d:
a) 17m e 1,37s. b) 17m e 2,7s. c) 37m e 1,37s. sb = Vb t (MU)
d) 36m e 2,7s. e) 37m e 5,50s.
28,8
d = –––– . 1,0(m)
RESOLUÇÃO: 3,6
1) V = V02 + 2  Δs
d = 8,0m
km 97,2 m m
V = 97,2 ––– = ––––– ––– = 27,0 –––
h 3,6 s s Resposta: D

(27,0)2 = 2 . 10 . H

H = 36,45 ⇒ H  36m

2) V = V0 +  t
27,0 = 0 + 10 T

T = 2,7s

Resposta: D

FÍSICA 31
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Lançamento vertical
33

Exercícios Resolvidos

V02
 Um projétil é lançado verticalmente para (1) H g
––– : ––– = ––– . –––
cima com velocidade inicial de módulo V0 em (2) TS 2g V0
um local onde o efeito do ar é desprezível e a
aceleração de gravidade tem módulo g. V0 TS
H = –––––– (3)
Determine 2
a) o tempo de subida T;
b) a altura máxima atingida H; Portanto, H é proporcional a V02 (equação 1)
c) como variam as valores de T e H se V0 porque é proporcional ao produto V0 TS
duplicar. (equação 3).
Resolução Resposta: E
a) V = V0 +  t (MUV)
 (VUNESP-UFSCar-MODELO ENEM) –
V0
0 = V0 – gt ⇒ T = –––– Para decidir a posse da bola no início de um
g jogo de futebol, o juiz lança uma moeda
verticalmente para cima e aguarda seu retorno
b) V2 = V02 + 2  s (MUV) KAKALlOS, J The Physlcs of Superheroes.
para a palma de sua mão. Dos esboços gráficos
Gothan Books, USA, 2005.
V02 abaixo, aquele que pode representar a variação
0= V02 – 2 g H ⇒ H = –––– A altura máxima que o Super-homem alcança da velocidade escalar do centro da moeda em
2g
em seu salto é proporcional ao quadrado de função do tempo, supondo-se desprezível a
sua velocidade escalar inicial porque resistência do ar, é
c) 1) T é proporcional a V0: quando V0
a) a altura máxima de seu pulo é proporcional
duplicar, T também duplicará.
ao produto de sua velocidade inicial pelo
quadrado do tempo de subida.
2) H é proporcional a V02: quando V0
b) o tempo de subida é proporcional ao mó-
duplicar, H ficará multiplicada por 4.
dulo da aceleração da gravidade.
V0 c) o tempo de subida é diretamente propor-
Respostas: a) T = –––– cional ao quadrado de sua velocidade
g
escalar inicial.
V02 d) existem, após o salto, duas acelerações
b) H = –––– envolvidas: a aceleração da gravidade e a
2g
aceleração do salto.
c) T duplica e H quadruplica. e) a altura do pulo é proporcional ao produto
de sua velocidade escalar inicial pelo tempo
de subida.
 Nota: Despreze o efeito do ar.
Resolução
1) Equação de Torricelli:
O Super-homem e as leis do movimento
Nota: Considere a trajetória da moeda
V2 = V02 + 2  s
orientada para cima.
Uma das razões para pensar sobre a Física dos 0 = V02 + 2 (–g) H Resolução
super-heróis é, acima de tudo, uma forma
Orientando-se a trajetória para cima, temos:
divertida de explorar muitos fenômenos físicos V02
interessantes, desde fenômenos corriqueiros H = –––– (1) V = V0 + t
2g
até eventos considerados fantásticos. A figura V = V0 – gt
seguinte mostra o Super-homem lançando-se
no espaço para chegar ao topo de um prédio de 2) Equação das velocidades:
altura H. Seria possível admitir que com seus V = V0 +  t
superpoderes ele estaria voando com propul- 0 = V0 – g TS
são própria, mas considere que ele tenha dado
um forte salto vertical. Neste caso, sua veloci- V0
dade final no ponto mais alto do salto, deve ser TS = –––– (2)
g
zero, caso contrário, ele continuaria subindo.
Resposta: E

32 FÍSICA
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 (VUNESP-MODELO ENEM) – Um fogue-  realização da jogada, isto é, o tempo decorrido


h = h0 + V0 t + ––– t2 entre o lançamento da bola pelo levantador e
te de três estágios é lançado verticalmente 2
para cima. Quando alcança uma altura igual a sua interceptação pelo atacante, é, em s:
0 = 625 + 100t – 5t2 a) 0,5 b) 1,0 c) 1,5
625 metros, o foguete atinge uma velocidade
escalar igual a 360km/h e o primeiro estágio 5t2 – 100t – 625 = 0 d) 2,0 e) 2,5
Considere g = 10,0m/s2 e despreze o efeito do ar
desacopla-se, movendo-se verticalmente e t2 – 20t – 125 = 0
livre de qualquer forma de atrito. Admitindo-se Resolução
t1 = –5s (rejeitada)
que a aceleração da gravidade tenha módulo 1) Cálculo do tempo de queda:
igual a 10m/s2, o tempo que o primeiro estágio t2 = 25s 
leva para atingir o solo, em segundos, é de s = V0 t + ––– t2 (MUV) ↓ 䊝
Resposta: C 2
a) 10 b) 15 c) 25 d) 30 e) 35
Resolução 10,0 2
 (VUNESP-MODELO ENEM) – Numa joga- 5,0 = 0 + ––––– TQ
2
da preparada de vôlei, o levantador lança a bola
2
verticalmente para cima no mesmo momento TQ = 1,0 ⇒ TQ = 1,0s
em que o atacante inicia a corrida para inter-
ceptá-la, para mandá-la violentamente contra o 2) O tempo total de voo é dado por:
campo do time adversário. Admitindo-se que a T = TS + TQ = 2TQ
altura com que a bola sai da mão do levantador
é a mesma com a qual o atacante irá desferir T = 2,0s
seu golpe e considerando-se que, em relação a
essa altura, a bola tenha subido 5,0m, depois de Resposta: D
tocada pelo levantador, o tempo gasto para a

Exercícios Propostos

 Um astronauta em Marte lança→verticalmente para cima  (VUNESP-FMJ-MODELO ENEM) – Um garoto lança uma
um projétil com velocidade inicial V0 de uma altura inicial pedra verticalmente para cima a partir do solo no instante
H0 = 2,0m acima do solo marciano. t = 0. O gráfico representa a altura (h) dessa pedra em função
O gráfico a seguir representa a velocidade escalar do projétil do tempo.
em função do tempo.
h (m)

1,8

0 t (s)

Adotando-se g = 10,0m/s2
e desprezando-se a resistência do
Determine ar, a velocidade escalar dessa pedra no instante t = 0,5s é igual
a) o módulo V0 da velocidade de lançamento do projétil; a
b) o módulo gM da aceleração da gravidade em Marte; a) 5,0m/s b) 4,0m/s c) 3,0m/s
c) a altura máxima H atingida pelo projétil em relação ao solo d) 2,0m/s e) 1,0m/s
marciano. RESOLUÇÃO:

RESOLUÇÃO: 1) Cálculo de V0:

a) Leitura do gráfico: V0 = 20,0m/s V2 = V02 + 2  s

b) V = V0 + t 0 = V02 + 2 (–10,0) 1,8


0 = 20,0 – gM . 5,0 ⇒ gM = 4,0m/s
V02 = 36,0 (SI) ⇒ V0 = 6,0m/s
c) s = área (V x t)
2) V = V0 + t
5,0 . 20,0
H – 2,0 = ––––––––– ⇒ H = 52,0m
2 V = 6,0 – 10,0 . 0,5 (m/s)

Respostas: a) 20,0m/s V = 1,0m/s


b) 4,0m/s2
c) 52,0m Resposta: E

FÍSICA 33
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 (FGV-SP-MODELO ENEM)  (ONC-MODELO ENEM) – Em t = 0s, um projétil foi lan-


çado verticalmente para cima com velocidade inicial de módulo
QUE BONITO! ATÉ O CÉU! ACONTECE QUE,
ELE SOBE EM QUESTÃO DE 32,0m/s a partir do solo e um balão estava a 75,0m de altura,
MUITO? DEIXA ALTURA, O CÉU É
EU VER? UM EXAGERADO! descendo verticalmente com uma velocidade constante de
Ô!
módulo igual a 8,0m/s. Sabendo-se que esses dois móveis não
estão na mesma vertical, quando terão a mesma altitude, antes
que um deles atinja o solo?
a) Em t = 2,0s e t = 6,0s. b) Em t = 3,0s e t = 5,0s.
(Quino, Toda Mafalda)
c) Apenas em t = 2,0s. d) Apenas em t = 3,0s.
Após um lançamento vertical, o foguetinho de Miguelito atin- e) Apenas em t = 5,0s.
giu a vertiginosa altura de 25cm, medidos a partir do ponto em
Dados: módulo da aceleração da gravidade = 10,0m/s2
que o foguetinho atinge sua velocidade máxima. Admitindo-se
Despreze a resistência do ar.
o valor 10m/s2 para o módulo da aceleração da gravidade e
desprezando-se o efeito do ar, pode-se estimar que a
velocidade máxima impelida ao pequeno foguete foi, em m/s, RESOLUÇÃO:
aproximadamente,
a) 0,8 b) 1,5 c) 2,2 d) 3,1 e) 4,0

RESOLUÇÃO:
Aplicando-se a Equação de Torricelli, vem:

V 2 = V02 + 2  s (MUV)
2
0 = Vmáx + 2 (–10) 0,25
1) Para o projétil:
2
Vmáx = 5,0 
h1 = h0 + V0 t + –– t2 (MUV)
2
Vmáx = 
 m/s  2,2m/s
5,0
h1 = 32,0t – 5,0t2 (SI)

2) Para o balão:
h2 = h0 + V t (MU)
Resposta: C
h2 = 75,0 – 8,0t (SI)

3) Condição: h1 = h2
32,0tE – 5,0t2E = 75,0 – 8,0tE

5,0 t2E – 40,0 tE + 75,0 = 0

40,0  
1600 – 1500
tE = –––––––––––––––––––– (s)
10,0

40,0  10,0
tE = ––––––––––– (s)
10,0

t1 = 3,0s
t2 = 5,0s

Resposta: B

34 FÍSICA
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Palavras-chave:
Vetores • Direção • Sentido
34 • Orientação

Conceitos novos são criados na Física quando as fer- Como o segmento orientado OA tem medida duas
ramentas utilizadas para traduzir os fenômenos se tor- vezes maior do que o segmento orientado OB, então a

nam inadequadas ou ineficientes. intensidade da força F1 é duas vezes maior do que a

Isaac Newton, ao desenvolver seus estudos de Me- intensidade da força F2.

cânica, chegou a um ponto em que a Matemática dis- A intensidade da grandeza vetorial F pode ser simbo-

ponível não era suficiente para traduzir as leis físicas que lizada por F ou | F |.
→ →
ele estava descobrindo e ele teve de “inventar” uma No caso, temos: F1 = 2F2 ou | F1 | = 2 | F2 |
Matemática nova, que foi o Cálculo Diferencial e Integral, →
O vetor que representa a grandeza vetorial F pode
que é estudado nas universidades.
ser simbolizado pela notação de segmento orientado ou
Isto também ocorreu na Cinemática, na descrição de por uma “diferença” entre o seu ponto extremidade e o
um movimento não retilíneo. seu ponto origem:
Quando um carro descreve uma curva em movi- → ⎯→
mento uniforme, ele deve estar sujeiro à ação de uma F1 OA = A – O
grandeza ⇒
força e, portanto, ele deve ter uma aceleração e sua →
vetorial vetor representativo de F1
velocidade deve estar variando de alguma maneira.
→ ⎯→
Houve então a necessidade de associar à velocidade F2 OB = B – O
do carro uma orientação, isto é, uma direção e um sen- grandeza ⇒

tido e surgiu um novo ente matemático, isto é, uma nova vetorial vetor representativo de F2
personagem nos estudos da Física: o vetor.

1. Introdução Se uma força de 10N for


representada por uma flecha
Para estudar as grandezas escalares, usamos o con- de 1,5cm, uma outra que
junto dos números reais. tenha intensidade 20N será
Para estudar as grandezas vetoriais, necessitamos representada por uma flecha
de 3,0cm de comprimento
de um outro conjunto cujos elementos admitam os
(em escala).
conceitos de módulo (ou valor numérico), direção e
sentido. Tais elementos são chamados de vetores. 2. Operações com vetores
Assim, os vetores vão representar as grandezas
vetoriais. Adição de dois vetores
→ →
Não confunda a grandeza vetorial com o elemen- Consideremos duas grandezas vetoriais, F1 e F2, re-
to matemático que a representa e que é o vetor. ⎯→ ⎯→
presentadas pelos vetores OA e OB.
→ →
O vetor é simbolizado geometricamente por um Para somarmos as grandezas vetoriais F1 e F2, de-
segmento de reta orientado; a direção e sentido do seg- ⎯→ ⎯ →
vemos somar os vetores OA e OB e obter o vetor soma
mento orientado são os mesmos da grandeza vetorial e ⎯→
ou resultante OC, que vai representar a grandeza veto-
a medida do segmento orientado é proporcional à
rial resultante.
intensidade da grandeza vetorial.
A soma de vetores é feita pela regra do paralelogra-
B
mo ou pela regra do polígono.

1,5cm ® Regra do paralelogramo


F2 ®
F1
A • Representam-se os dois vetores a partir de uma
O mesma origem arbitrária O;
→ →
3,0cm • Da extremidade de F1 , traça-se uma reta paralela a F2;
⎯ → → →
Na figura o vetor OA representa uma força horizon- • Da extremidade de F2 , traça-se uma reta paralela a F1;
⎯→
tal e dirigida para a direita; o vetor OB representa uma • Na intersecção das retas paralelas traçadas, temos o
força vertical e dirigida para cima. ponto C;

FÍSICA 35
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⎯→
• O vetor resultante é o vetor OC (vetor soma)


(3) Quando α = 90°, o cálculo de | Fres | recai no Teo-
rema de Pitágoras.
Do exposto, concluímos que, para qualquer valor de
→ →
α com | F1 | > | F2 |, temos:
Regra do polígono
→ → → → →
C
| F1 | – | F2 | ≤ | Fres | ≤ | F1 | + | F2 |

®
Fres
Nota: a unidade de força no S.I. é chamada newton e
®
F2 simbolizada por N.
→ →
Exemplificando, com | F1 | = 4,0N e | F2 | = 3,0N:
O ® A
F1 →
4,0N – 3,0N ≤ | Fres | ≤ 4,0N + 3,0N

• Escolhemos um ponto O qualquer para come-


çarmos o polígono; →

1,0N ≤ | Fres | ≤ 7,0N
• A partir de O, colocamos o vetor que representa F1;
• A partir da extremidade

A desse vetor, colocamos
o vetor que representa F2 ; Para α = 90°, temos:

• O vetor resultante (vetor soma) é o vetor que → → →


| Fres | 2 = | F1 |2 + | F2 |2
fecha o polígono, isto é, sua origem é o ponto O e sua

extremidade é a extremidade do último vetor re- | Fres | 2 = (4,0N)2 + (3,0N)2
presentado (C).

| Fres | 2 = 16,0N2 + 9,0N2 = 25,0N2
3. Determinação
do módulo do vetor resultante
Sendo a adição de vetores feita pela regra do parale-
logramo, o módulo do vetor resultante pode ser calcula-

do pela aplicação da lei dos cossenos no triângulo OAC. | Fres | = 5,0N

→ → → → →
| Fres | 2 = | F1 | 2 + | F2 | 2 + 2 | F1 | F2 | cos α

Note que o módulo do vetor resultante depende do Para α = 60°, temos:


→ → → → →
ângulo α entre os vetores que foram adicionados. | Fres | 2 = | F1 |2 + | F2 |2 + 2 | F1 | | F2 | cos α
Em particular: → 1
| Fres | 2 = (4,0N)2 + (3,0N)2 + 2 . 4,0N . 3,0N . —
(1) Quando α = 0, temos: 2
→ → →
| Fres | = | F1 | + | F2 | e o vetor resultante tem módu- →
| Fres | 2 = 16,0N2 + 9,0N2 + 12,0N2 = 37,0N2
lo máximo;


| Fres | = 
37,0 N

(2) Quando α = 180°, temos:


→ → → → →
| Fres
| = | F1 | – | F2 | (supondo-se | F1 | > | F2 |) e o
vetor resultante tem módulo mínimo;

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4. Adição de N vetores

Para somar vários vetores, é mais simples usarmos a regra do polígono.


Escolhemos um ponto qualquer (O) para começarmos o polígono. A partir

de O, colocamos o vetor que representa F1; a partir da extremidade A desse

vetor, colocamos o vetor que representa F2; a partir da extremidade B desse

vetor, colocamos o vetor que representa F3 e assim sucessivamente. O vetor
soma é o vetor que fecha o polígono, isto é, sua origem é o ponto O e sua
extremidade é a extremidade do último vetor representado.

→ → → → →
Fres = F1 + F2 + F3 + F4

Exercícios Resolvidos

 (UFSCar-SP-MODELO ENEM) – A Física A grandeza física pressão é definida como Se a força F3 for oposta a esta resultante
→ →
está presente em nosso cotidiano por meio de sendo a razão entre a intensidade de uma entre F1 e F2, a resultante total será
seus fenômenos e implicações, expressando força e a área da região onde ela atua:
nula.
seus valores e agrupando as informações →
 F ®
pertinentes ao fenômeno estudado. Assim, F2 ®
p = ––––– F3 (6,0N)
quando um fenômeno comporta apenas a A ® ®
F1 + F2
definição de um valor numérico e sua unidade Podemos então concluir que a pressão é uma ®
(6,0N) F1
correspondente, a grandeza estudada é grandeza → → → →
denominada a) vetorial, pois a pressão terá a mesma F1 + F2 + F3 = 0
a) escalar, sendo exemplos a massa e a carga direção e sentido da força.
elétrica. b) A intensidade máxima sempre ocorre
b) vetorial, porque deriva de uma força, que é → → →
b) escalar, sendo exemplos a força e o campo quando F1 , F2 e F3 têm a mesma direção
grandeza vetorial.
elétrico. e o mesmo sentido:
c) escalar, porque a força é uma grandeza
c) escalar, sendo exemplos a pressão e a escalar. Fmáx = F1 + F2 + F3 = 13,0N
aceleração. d) escalar, porque na definição de pressão não
d) vetorial, sendo exemplos a energia e a há envolvimento do conceito de direção. Respostas: a) zero
força. e) indefinida, podendo ser vetorial ou escalar. b) 13,0N
e) vetorial, sendo exemplos o deslocamento e Resolução
o tempo. → →
A pressão é grandeza escalar porque na sua  Considere duas forças, F1 e F2, de inten-
Resolução definição usamos apenas o módulo da força. sidades constantes F1 = 6,0N e F2 = 8,0N.
Principais grandezas vetoriais: → →
Resposta: D Seja  o ângulo formado entre F1 e F2.

1) deslocamento: d → → → Responda aos quesitos que se seguem:
2) velocidade: V
→  Considere três forças, F1, F2 e F3, de in-
a) Por que a força é uma grandeza vetorial?
→ tensidades constantes e iguais a 3,0N, 4,0N e
3) aceleração: a b) Quais são os valores máximo e mínimo da

6,0N, respectivamente. Os ângulos formados → →
4) força: F intensidade da resultante entre F1 e F2? In-
entre as forças podem ser modificados ade-
→ →
quadamente. dique os respectivos valores de .
5) impulso: I = F t
Determine c) Para  = 90°, qual a intensidade da resul-
6) quantidade de movimento (momento li- → →
→ → a) a intensidade mínima que a resultante das tante entre F1 e F2?
near): Q = m V três forças poderá ter; Resolução

7) campo elétrico: E b) a intensidade máxima que a resultante das a) A força é uma grandeza vetorial porque,
→ para caracterizá-la, precisamos conhecer a
8) campo magnético: B três forças poderá ter.
Resolução sua intensidade, a sua direção e o seu
Resposta: A → → sentido, isto é, a força é uma grandeza
a) Podemos acertar um ângulo  entre F1 e F2
→ → orientada (tem direção e sentido).
 (MODELO ENEM) – A grandeza força é de de modo que a resultante entre F1 e F2 tenha
→ → b)  = 0° ⇒ Rmáx = F1 + F2 = 14,0N
natureza vetorial, pois a força é uma grandeza módulo 6,0N, pois 1,0N   F1 + F2   7,0N.
orientada, isto é, tem direção e sentido.  = 180° ⇒ Rmín = F2 – F1 = 2,0N

FÍSICA 37
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c)
 (UEFS-BA-MODELO ENEM) – A figura é
Nessas condições, a intensidade da força
resultante aplicada no tronco da árvore é
uma representação da vista de cima da secção
determinada pela relação
tranversal do tronco de uma árvore e das forças
aplicadas no tronco por meio de uma corda F
a) ––– b) F c) F 
2
tensionada. 2
d) F 
3 e) 2F
R2 = F12 + F22 Resolução
R2 = (6,0)2 + (8,0)2 (SI) FR2 = F12 + F22 + 2 F1 F2 cos 60°

R2 = 100 (SI) 1
FR2 = F2 + F2 + 2 F F –––
2
R = 10,0N
FR2 = 3 F2

Respostas:a) Força tem direção e sentido. FR = F 


3
b) 14,0N e 2,0N
c) 10,0N Resposta: D

Exercícios Propostos

 (MODELO ENEM) – A Física está presente em quase


RESOLUÇÃO:
Velocidade e peso são grandezas vetoriais porque têm direção e
todos os momentos de nossa vida. Como exemplo, temos os
sentido.
movimentos, as forças, a energia, a matéria, o calor, o som, a Massa é grandeza escalar porque tem apenas intensidade.
luz, a eletricidade, os átomos etc. No estudo de tais fenô- Resposta: E
menos, falamos das grandezas escalares e das grandezas
vetoriais. São exemplos de grandezas escalares:
a) comprimento, velocidade e peso.
b) quantidade de movimento, tempo e distância.  (OLIMPÍADA COLOMBIANA DE FÍSICA) – A figura mos-
c) aceleração, campo elétrico e deslocamento. tra um sistema de seis forças aplicadas em uma partícula. O
d) tempo, temperatura e campo magnético. lado de cada quadrado na figura representa uma força de
e) energia, corrente elétrica e massa. intensidade 1,0N.

RESOLUÇÃO:
Grandezas vetoriais:

1) Deslocamento: d

2) Velocidade: V

3) Aceleração: a

4) Força: F
→ →
5) Impulso: I = F . t
→ →
6) Quantidade de movimento: Q (momento linear) = m V

7) Campo elétrico: E
→ Determine o módulo da força resultante do sistema.
8) Campo magnético: B
Resposta: E
RESOLUÇÃO:
→ → → →
(1) F1 + F2 + F3 = 0 (polígono de forças fechado)

(2)
 (MODELO ENEM) – Um avião tem velocidade com mó- ®
F5
→ → →
dulo 500km/h, direção horizontal e sentido para a direita. F4 + F6 = 0
Um corpo tem peso com módulo 100 N, direção vertical e
→ →
sentido para baixo. ® ® R = F5
F4 F6
A massa de uma pessoa vale 80 kg.

Assinale a opção que classifica corretamente as grandezas cita-  R  = 3,0N
das como escalares ou vetoriais. ®
a) velocidade: vetorial; peso: vetorial; massa: vetorial. R
b) velocidade: escalar; peso: vetorial; massa: escalar.
c) velocidade: escalar; peso: escalar; massa: escalar. Resposta: 3,0N
d) velocidade: vetorial; peso: escalar; massa: vetorial.
e) velocidade: vetorial; peso: vetorial; massa: escalar.

38 FÍSICA
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→ →
 (ACAFE-SC-MODELO ENEM) – Em um desafio de conhe-  Duas forças constantes, F1 e F2, têm direções perpendicu-
cimento científico, é apresentado um hexágono regular de lado lares e módulos F1 = 5,0N e F2 = 12,0N.
2cm e sobre dois de seus lados se encontram dois vetores
deslocamentos de igual intensidade, como indica a figura.


a) Desenhe, na folha de respostas, a força resultante entre F1

A alternativa correta que indica a intensidade da soma, em cm, e F2 pela regra do paralelogramo e calcule o seu módulo.
desses dois vetores é: b) Descreva e represente na figura como deverá ser uma
→ → → →
terceira força F3 para que a resultante entre F1, F2 e F3 seja
a) 1 b) 2 c) 4 d) 5 e) 8
nula. Use na resposta a regra do polígono para somar
RESOLUÇÃO: vetores.


 S  = 2cm

Resposta: B

RESOLUÇÃO:

→ → →
FR2 = F12 + F22  F3  =  F1 + F2
FR2 = (5,0)2 + (12,0)2 (SI) →
 F3  = 13,0N
FR2 = 25,0 + 144 (SI) →
A força F3 deverá equili-
FR2 = 169 (SI) brar a resultante entre
→ →
F1 e F2 e, portanto, deve
ter o mesmo módulo, a

 FR = 13,0N mesma direção e senti-
do oposto.

FÍSICA 39
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 40

Palavras-chave:
Operações com vetores
35 • Componentes vetoriais

1. Produto de um 3. Diferença de vetores


→ →
escalar por um vetor A subtração entre dois vetores, V2 e V1, pode ser
transformada em uma adição:
Consideremos uma grandeza escalar e e uma gran-

deza vetorial V. → → → → →
→ ΔV = V2 – V1 = V2 + (–V1)
O produto e V tem como resultado uma grandeza
→ →
vetorial G = e V com as seguintes características: → →
→ → Para subtrairmos um vetor V1 de um vetor V2 ,
a) | G | = |e| . |V| → →
→ basta somarmos V2 com o oposto de V1.
b) direção: a mesma de V
c) sentido: depende do sinal de e

e > 0 : mesmo sentido de V

e < 0 : sentido oposto ao de V
Exemplificando: consideremos um número real

n = 2 e um vetor V com módulo igual a 3, direção da reta
(r) e sentido de A para B.


O vetor 2 V é um vetor de módulo 6, direção da reta
(r) e sentido de A para B.

→ →
Um modo prático de se obter o vetor V2 – V1 é re-
presentá-los com a mesma origem e unir a extremidade
→ →
de V1 com a extremidade de V2 (Fig. 2).
2. Vetor oposto
→ →
Dado um vetor V1,define-se vetor oposto a V1 como 4. Decomposição de

sendo um vetor V2 que resulta do produto do número –1
→ um vetor em duas
pelo vetor V1:
direções perpendiculares
→ → → →
V2 = (–1) V1 = –V1 Seja o vetor F inclinado de α em relação ao eixo Ox
e inclinado de β em relação ao eixo Oy.
® ®
V2 V1

B O A

→ ⎯→
V1 = OA = A – O
→ → ⎯→
V2 = –V1 = OB = B – O
→ →
Dois vetores opostos, V1 e V2, têm módulos iguais,
mesma direção e sentidos opostos.
A soma de vetores opostos é o vetor nulo: → →
Fx = componente de F segundo Ox.
→ → → → →
V2 + V1 = 0 Fy = componente de F segundo Oy.

40 FÍSICA
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Da figura, temos: cos α = sen β = 0,80


Fy Fx As componentes de F serão:
sen α = —–; cos α = —– →
F F Fx = | F | cos α = 10,0N . 0,80 ⇒ Fx = 8,0N
Fx Fy →
sen β = —–; cos β = —– Fy = | F | sen α = 10,0N . 0,60 ⇒
F F Fy = 6,0N
Portanto:
Fx = F cos α = F sen β
Fy = F cos β = F sen α
F 2 = Fx2 + F y2 Durante o lançamento, a velo-

cidade do míssil ( V ) pode ser
separada em duas compo-
Exemplificando: F = 10,0N; α = 37°; β = 53° →
nentes, uma horizontal V x e
Dados: sen α = cos β = 0,60 →
outra vertical V y .

Exercícios Resolvidos

 (MODELO ENEM) – Na figura, temos o → → 2 → 2 → 2 O triângulo é equilátero:


perfil vertical de duas escadas rolantes,  VA – VB =  VA +  VB → → →
→ → 2 2 2 2
 VA =  VB =  VAB = V
perpendiculares entre si, que deslizam com  VA – VB = (2,0) + (2,0) = 2 . (2,0)
velocidades constantes de módulos iguais a Resposta: A
→ →
2,0m/s em relação ao solo terrestre.  VA – VB = 2,0 
2 m/s
 (UFRN-MODELO ENEM) – Considere que
Resposta: C uma tartaruga marinha esteja deslocando-se
diretamente do Atol das Rocas para o Cabo de
 (IJSO-MODELO ENEM) – Duas aerona- São Roque e que, entre esses dois pontos,
ves, A e B, que compõem a Esquadrilha da Fu- exista uma corrente oceânica dirigida para
maça, voam num mesmo plano vertical. Num → →
noroeste. Na figura abaixo, VR e VC são vetores
determinado instante, suas velocidades, em de módulos iguais que representam, respec-
relação à Terra, têm o mesmo módulo V e dire- tivamente, a velocidade resultante e a veloci-
ções que formam um ângulo de 30° com a hori- dade da corrente oceânica em relação à Terra.
zontal, conforme indica a figura.
Uma pessoa A utiliza a escada que sobe,
enquanto outra pessoa, B, simultaneamente,
utiliza a escada que desce; ambas, A e B,
permanecem paradas em relação aos degraus.
Assinale a opção que caracteriza em módulo,
direção e sentido a velocidade da pessoa A em
→ →
relação à pessoa B ( VA – VB).

Módulo Direção Sentido

a) 2,0m/s vertical para cima

b) 2m/s
2,0 vertical para baixo Entre os vetores a seguir, aquele que melhor

representa a velocidade VT com que a tartaruga
c) 2,0
2m/s vertical para cima A velocidade da aeronave A em relação à B deve nadar, de modo que a resultante dessa
tem módulo dado por: → →
para a velocidade com VC seja VR, é:
d) 2,0m/s horizontal a) V b) V . 
3 c) V . 
2
direita
d) 2 . V e) 2V . 2
para a
e) 4,0m/s horizontal Resolução
esquerda
Resolução Resolução
→ → →
VR = VC + VT
→ → →
VT = VR – VC
→ → →
VT = VR + (–VC)

Resposta: A

FÍSICA 41
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 (OBF) – Uma balsa B é rebocada por dois pequenos barcos, A e Resolução


a)
C. A balsa deve mover-se na horizontal e em linha reta.


T1: força aplicada pelo barco A

T2: força aplicada pelo barco C
a) Faça o diagrama das forças horizontais que atuam na balsa B. b) Para que a balsa se mova na direção x, a força resultante na
b) Qual deve ser o ângulo α que o barco C deve manter para que a direção y deve ser nula:
intensidade da força de tração na corda ligada ao barco C seja T1 sen 30° = T2 sen
mínima? (sen 30° = 0,5 e cos 30 = 0,87) Sendo T1 sen 30° constante, então T2 será mínimo quando
Despreze qualquer tipo de força de resistência ao movimento da sen for máximo, isto é:
balsa e admita um valor constante para a força aplicada pelo barco
A. sen = 1 e = 90°

Exercícios Propostos

 (EXAME NACIONAL DE PORTUGAL-MODELO ENEM) –


RESOLUÇÃO:
O quadrilátero OPNM é um quadrado e, portanto, as diagonais
A figura apresenta o perfil vertical de duas escadas rolantes
são perpendiculares entre si:
que deslizam com velocidades constantes e com módulos
iguais em relação ao solo terrestre.
Uma pessoa A utiliza a escada que sobe e simultaneamente
uma pessoa B utiliza a escada que desce. Ambas as pessoas
permanecem imóveis em relação aos degraus.


A velocidade relativa VAB é dada por:
→ → → → →
VAB = VA – VB = VA + (–VB)

Dados:

OP paralelo a MN
OM paralelo a PN
––– ––– –––– ––––
OP = PN = NM = OM


A velocidade VAB da pessoa A em relação à pessoa B é
a) horizontal, com sentido para a direita.
b) horizontal, com sentido para a esquerda. Resposta: D
c) vertical, com sentido para baixo.
d) vertical, com sentido para cima.
e) nula.
→ → →
Dado: VAB = VA – VB

42 FÍSICA
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 Um avião decola de um aeroporto, descrevendo nos pri-  (EFOMM-MODELO ENEM)


meiros 50s uma trajetória retilínea, inclinada, até atingir a altura
®
de 3,0km, com velocidade escalar constante de 360km/h. FR (força resultante)
Durante esse tempo, os raios solares são perpendiculares ao
solo do aeroporto, que é plano e horizontal. ®
FB
Calcule, durante esses 50s,
®
a) o módulo da velocidade da sombra do avião; FA 30°
b) o módulo da velocidade de ascensão do avião (componente 60°
Linha horizontal
vertical de sua velocidade). 60°
30°
x
P

Dados: cos 30° = 0,87


sen 30° = 0,50
Duas pessoas tentam desempacar uma mula, usando uma

corda longa amarrada no animal. Uma delas puxa com força FA,

cuja intensidade é de 200N, e a outra com força FB. Ambas
desejam mover a mula apenas na direção perpendicular à linha
horizontal x representada na figura. Considere que os ângulos
são os dados na figura, que a mula está no ponto P.

A intensidade da força FB é mais próxima de
RESOLUÇÃO: a) 200N b) 220N c) 230N d) 348N e) 400N
360
a) 1) AB = V t = –––– . 50(m) = 5,0 . 103m RESOLUÇÃO:
3,6
Na direção x, a força resultante é nula:
AB = 5,0km
FA cos 30° = FB cos 60°
200 . 0,87 = FB . 0,50
2) (AB)2 = (AC)2 + (BC)2
(5,0)2 = (AC)2 + (3,0)2 FB = 348N

AC = 4,0km Resposta: D

AC 4,0
3) cos θ = –––– = –––– = 0,80
AB 5,0

4) VS = V cos θ = 100 . 0,80(m/s)

VS = 80m/s = 288km/h

BC 3,0
b) 1) sen θ = ––– = ––– = 0,60
AB 5,0

2)
®
V Vy
® q sen θ = –––
Vy V
q Vy = V sen θ
Vy = 100 . 0,60(m/s)

Vy = 60m/s = 216km/h

Respostas:a) 80m/s ou 288km/h


b) 60m/s ou 216km/h

FÍSICA 43
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Palavras-chave:
Versores
36 • Vetor unitário

1. Definição
Denomina-se versor um vetor unitário (módulo igual
à unidade) usado para definir uma direção e sentido.
y
®
j
® ®
V i
®
Vy ® ®
êi ê = êj ê = 1
a
O ® x
Vx

Os versores dos eixos Ox e Oy são indicados, res-


→ →
pectivamente, por i e j.
→ → → →
O vetor V pode ser representado por: V = Vx + Vy

→ → → → → → → → →
V = (Vcos α) i + (Vsen α) j V1 = –2 i + 7 j V2 = 5 i + 7 j

→ → → → → →
V2 – V1 = 7 i V1 – V2 = –7 i
A representação de um vetor com o uso dos
versores é útil no caso de adição e subtração de vetores. → → → →
→ → V1 + V2 = 3 i + 14 j
Exemplifiquemos com os vetores V1 e V2 indicados
na figura a seguir, feita em escala.

Exercícios Resolvidos

 Uma borboleta penetra, por uma janela Determine




aberta, em uma sala desenvolvendo velocidade a) o módulo de V; V2 = 9,0 (SI) ⇒ 앚V앚 = 3,0m/s

constante V. Em relação a um sistema de coor- b) a distância percorrida pela borboleta em
denadas cartesianas x y z, fixo no solo da sala, 10,0s. b) Δs = Vt (MU)

a velocidade V é expressa por: Resolução D = 3,0 . 10,0 (m) ⇒ D = 30,0m
→ → → → ®
V = 2,0 i + 2,0 j + 1,0 k (SI) Vz
Respostas: a) 3,0m/s
®
→ → → Vy b) 30,0m
em que i, j, e k são os versores (vetores uni-
®
tários) dos eixos x, y e z, respectivamente. V
®
Vx  (UFRN-MODELO ENEM) – Chiquita treina
barra fixa no Ginásio Municipal Machadinho.
® Em um de seus treinos, ela corre, salta e
Vxy
® segura a barra, enquanto o treinador diminui o
Vxy
balanço de Chiquita exercendo forças na
2 cintura da atleta.
a) 1) Vxy = Vx2 + Vy2
A figura a seguir representa o exato momento
2) V2 = Vxy
2
+ Vz2 em que quatro forças atuam sobre Chiquita:
duas horizontais, aplicadas pelo treinador, de
V2 = Vx2 + Vy2 + Vz2 intensidades 20N e 50N; e duas verticais, o
V2 = 4,0 + 4,0 + 1,0 (SI) peso e a reação normal da barra, de intensi-
dades 450N e 490 N.

44 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 45

→ → → → → → →
A resultante R é dada por: R = Rx + Ry d)  FB – FC + FA = 3kN
→ →
→ → → e)  FB – FD = 2kN
R = – 30 i + 40 j (N)
Resolução
→ →
FA = 5 j (kN)
Resposta: B → →
FB = 6 i (kN)
 (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA- → → →
FC = –2 i – 2 j (kN)
MODELO ENEM) – As quatro forças represen-
→ →
tadas estão, cada uma delas, aplicadas aos FD = –5 i (kN)
quatro lados de uma placa. Elas formam um → →
sistema de forças bidimensional. Cada lado do i e j são os versores dos eixos x e y.
quadriculado mostrado equivale a 1kN. As op- a) Falsa.
ções fornecidas envolvem o cálculo da inten- → → → →
sidade da força resultante de duas ou de três FA + FB = 5 j + 6 i (kN)
Também está indicado na figura o sistema de → →
eixos cartesianos, x e y , em relação ao qual se das forças representadas.  FA + FB2 = 25 + 36 = 61
pode expressar cada uma das forças que ® → →
 FA + FB = 
61 kN
→ → FA
atuam sobre Chiquita, em que i e j são veto- b) Verdadeira.
res unitários na direção e no sentido dos res- → → → → →
pectivos eixos. FA + FB + FC = 4 i + 3 j (kN)
® → → →
(As representações das forças por setas não FD  FA + FB + FC = 5kN
estão em escala.) ® c) Falsa.
A força resultante que atua sobre Chiquita, no FB → → → →
® FB + FC = 4 i – 2 j (kN)
referido momento, é: FC
→ → → → → →
a) [30 i – 40 j ] N b) [–30 i + 40 j ] N  FB + FC = 
20 kN
→ → → →
c) [30 i + 40 j ] N d) [–30 i – 40 j ] N d) Falsa.
→ → → → → → →
e) [50 ( i + j )] N É possível afirmar que, entre as opções for- FB – FC + FA = 8 i + 7 j (kN)
→ → →
Resolução necidas, está correta apenas a correspondente  FB – FC + FA = 
113 kN
à letra:
Na direção y, temos: e) Falsa.
→ →
→ → → a)  FA + FB = 11kN → → →
Ry = (490 – 450) j (N) = 40 j (N) FB – FD = 11 i (kN)
→ → →
→ →
b)  FA + FB + FC  = 5kN  FB – FD = 
11 kN
Na direção x, temos: → →
→ → → c)  FB + FC  = 6kN
Rx = (50 – 20) (– i ) (N) = –30 i (N) Resposta: B

Exercícios Propostos

→ →


Na figura, representamos duas forças, F1 e F2. Sejam x e
→ RESOLUÇÃO:
→ →
y os vetores unitários que definem as direções horizontal e ver- → → → →
a) F1 = –7,0 x + 2,0 y (N) F2 = 3,0 x – 5,0 y (N)
tical, respectivamente. Estes vetores unitários são chamados → → →
b) R = – 4,0 x – 3,0 y (N)
de versores.

→ → →
| R | 2 = | Rx |2 + | Ry|2


| R | = 5,0N

→ → →
a) Obter as expressões de F1 e F2 em função dos versores x

e y;
→ →
b) Obter a expressão da força resultante entre F1 e F2 em
→ →
função dos versores x e y e calcular o seu módulo.

FÍSICA 45
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 (UFPB-MODELO ENEM) – Uma bola de bilhar sofre quatro



 (UFPB-MODELO ENEM) – Dois homens, com auxílio de
deslocamentos sucessivos representados pelos vetores d1, duas cordas, puxam um bloco sobre uma superfície horizontal
→ → →
d2, d3 e d4, apresentados no diagrama abaixo. lisa e sem atrito, conforme representação abaixo.
y ® Nessa situação, é correto afirmar que
F1
a equação cartesiana da força
resultante no bloco, em newtons, é:
q → → → →
x
j a) –5 i + 10 j b) 10 i + 10 j
→ → → →
c) 10 i – 5 j d) –10 i – 5 j
® → →
F2 e) 5 i + 10 j

Considere que os módulos e direções das forças exercidas


pelos homens são dados por:
• F1 = 5N e F2 =10N • cos θ = 0,8 e cos
= 0,6

O deslocamento resultante d da bola está corretamente descri- → →
to, em unidades SI, por: Os vetores unitários i e j estão ao longo dos eixos x e y res-
→ → → → → → → → → pectivamente, nos sentidos positivos, em um sistema carte-
a) d = –4 i + 2 j b) d = –2 i + 4 j c) d = 2 i + 4 j
siano.
→ → → → → →
d) d = 4 i + 2 j e) d = 4 i + 4 j RESOLUÇÃO:
→ →
i = versor do eixo x j = versor do eixo y F1x = F1 cos θ = 5 . 0,8 (N) = 4N

F2x = F2 cos
= 10 . 0,6 (N) = 6N
RESOLUÇÃO:
F1y = F1 sen θ = 5 . 0,6 (N) = 3N
→ → →
d1 = 2 i + 2 j (m)
F2y = –F2 sen
= –10 . 0,8 (N) = –8N
→ → →
d2 = –1 i + 2 j (m) Rx = F1x + F2x = 10N
→ → Ry = F1y + F2y = –5N
d3 = –2 j (m)
→ → →
→ → R = 10 i – 5 j (N)
d4 = 3 i (m)
→ → → → → → → → Resposta: C
d = d1 + d2 + d3 + d4 ⇒ d = 4 i + 2 j (m)

Resposta: D

46 FÍSICA
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→ F → 3 →
 (UFJF-MG-MODELO ENEM) – Em um campeonato de ar- F2 = – ––– i + F ––– j
2 2
co e flecha, dois arqueiros atingem o mesmo alvo ao mesmo
tempo. O alvo é uma maçã e as forças que as flechas aplicam → → → →
FR = F1 + F2 = F 
3 j
na maçã são dadas pela ilustração abaixo.

Resposta: A

→ →
Considere que as flechas aplicam forças F1 e F2, que possuem
o mesmo módulo F. Marque a alternativa em que o módulo e
o sentido da força resultante na maçã estão corretos. Utilize os
pontos cardeais como referência (N = norte, S = sul, E= leste,
O = oeste).
3
a) 
3 F, sul para norte b) ––– F, sul para norte
2
c) F, oeste para leste d) 
3 F, norte para sul
3
e) ––– F, leste para oeste
2

3
Considere sen (30°) = 1/2 e cos (30°)= –––
2

RESOLUÇÃO:

→ → →
F1 = (F cos 60°) i + (F cos 30°) j

→ F → 3 →
F1 = ––– i + F ––– j
2 2

→ → →
F2 = –(F cos 60°) i + (F cos 30°) j

FÍSICA 47
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Palavras-chave:
Cinemática vetorial • Velocidade vetorial
37 e 38 • Aceleração vetorial

1. Introdução Para facilidade de estudo, a aceleração vetorial ( →


a)
é decomposta em duas parcelas, que são denominadas
Na Cinemática Escalar, o estudo de um movimento aceleração tangencial ( → at ) e aceleração centrípeta
era feito independentemente da trajetória do móvel. (→
a cp).

Na Cinemática Vetorial, as grandezas posição, des-


locamento, velocidade e aceleração passam a ser enca-
radas como grandezas orientadas, isto é, associadas aos
conceitos de direção e sentido e, nesse caso, torna-se
fundamental conhecer a trajetória descrita pelo móvel.
Nosso estudo vai restringir-se apenas à velocidade veto-
→ →
rial v e à aceleração vetorial a, elementos fundamentais
para o estudo do movimento circular uniforme.

2. Velocidade vetorial v A aceleração vetorial →
a é a soma vetorial de suas
→ componentes tangencial e centrípeta:
A velocidade vetorial v apresenta as seguintes ca-
racterísticas: →
a = →
at + →
acp
Intensidade ou módulo
Igual ao valor absoluto da velocidade escalar. Aplicando-se o Teorema de Pitágoras no triângulo
indicado na figura, podemos relacionar as intensidades
Direção
da aceleração vetorial e de suas componentes:
A mesma da reta que tangencia a trajetória na
posição do móvel. a 2 = a 2t + a 2cp
Sentido →
Coincidente com o sentido do movimento. 4. Aceleração tangencial ( a t )
Conceito
A componente tangencial → at da aceleração vetorial
está ligada à variação do módulo da velocidade veto-
rial →
v , isto é, está ligada ao ato de acelerar ou frear o
móvel.
A aceleração tangencial → a está presente nos movi-
t
mentos variados e é nula nos movimentos unifor-
A velocidade vetorial de uma partícula em movimen- mes, não importando a trajetória descrita pelo móvel.
to somente será constante se o movimento for retilíneo
e uniforme. Características vetoriais
Se o movimento for uniforme, em trajetória curva, a Módulo
velocidade vetorial terá módulo constante, porém dire- O módulo da aceleração tangencial é igual ao
ção variável. valor absoluto da aceleração escalar ().

3. Aceleração vetorial ( a ) |→
at | = |  |
O conceito de aceleração está sempre ligado à ideia Direção
de variação de velocidade.
A aceleração tangencial tem direção tangente à
Qualquer alteração na velocidade vetorial ( →
v ), seja em trajetória, isto é, é paralela à velocidade vetorial.
módulo, seja em orientação (direção e sentido), implicará
a existência de uma aceleração vetorial ( →
a ). →
at // →
v

48 FÍSICA
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Sentido Direção

Quando o movimento é acelerado ( | v | aumen- A aceleração centrípeta tem a direção da reta
ta), a aceleração tangencial tem o mesmo sentido da normal à trajetória, isto é, perpendicular à veloci-
velocidade vetorial. dade vetorial.
→ →

Quando o movimento é retardado ( | v | diminui), acp ⬜ⱓ v

a aceleração tangencial tem sentido oposto ao da


Sentido
velocidade vetorial.
A aceleração centrípeta é dirigida para o centro
da curva descrita pelo móvel.

Na figura, representamos as circunferências que


“tangenciam” a trajetória nos pontos A e B. Os raios
Se a trajetória do foguete for retilínea
e o seu movimento for acelerado, ele dessas circunferências são os raios de curvatura da traje-
estará sujeito apenas a uma ace- tória nos pontos A e B.
leração tangencial. A aceleração centrípeta é dirigida para o centro

5. Aceleração centrípeta ( →
da circunferência que “tangencia” a trajetória.
acp)
Conceito
A componente centrípeta da aceleração vetorial (→ acp)
está ligada à variação da direção da velocidade vetorial

v , isto é, está ligada ao ato de curvar a trajetória.
A aceleração centrípeta ( → a ) está presente nos
cp
movimentos com trajetória curva e é nula nos
Na figura, representamos as posições de um móvel a cada intervalo de
movimentos retilíneos. tempo igual a 1,0s. Observe que as variações de espaço a cada 1,0s

aumentam, indicando um movimento acelerado. Comparando-se V1

com V4 , podemos perceber que a velocidade vetorial do móvel varia
em módulo e direção.
Análise vetorial dos principais movimentos
MRU: Movimento Retilíneo e Uniforme
MRV: Movimento Retilíneo e Variado
MCU: Movimento Curvo e Uniforme

Quando um corpo descreve uma curva, a


MCV: Movimento Curvo e Variado
direção de sua velocidade vetorial varia e → → →
o corpo está sujeito a uma aceleração
Movimento V at acp
centrípeta. Módulo: constante
MRU nula nula
Direção: constante
Características vetoriais
Módulo: variável
Módulo MRV não nula nula
Direção: constante
Sendo v a velocidade escalar e R o raio de curvatura da
Módulo: constante
trajetória, o módulo da aceleração centrípeta é dado por: MCU nula não nula
Direção: variável
2
→ v
Módulo: variável
| acp | = –––
R MCV não nula não nula
Direção: variável

FÍSICA 49
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Exercícios Resolvidos – Módulo 37

 (UFF-RJ-MODELO ENEM) – Na prova de c) o carro se move para a direita e seu movi- (II) A velocidade vetorial somente será
lançamento de martelo nas Olimpíadas, o atleta mento é acelerado. constante se o movimento for retilíneo e
coloca o martelo a girar e o solta quando atinge d) o carro se move para a esquerda e seu uniforme.
a maior velocidade que ele lhe consegue impri- movimento é retardado. (III) No movimento circular e uniforme, a
mir. Para modelar este fenômeno, suponha que e) o carro se move para a esquerda e seu velocidade escalar é constante e a
o martelo execute uma trajetória circular num movimento é acelerado. velocidade vetorial é variável.
plano horizontal. A figura abaixo representa Resolução (IV) Se a velocidade vetorial for constante,
esquematicamente esta trajetória enquanto o 1) O sentido do movimento é o sentido do então a velocidade escalar também será
atleta o acelera, e o ponto A é aquele no qual o vetor velocidade e, portanto, o carro se constante.
martelo é solto. move para a esquerda. (V) Se a velocidade escalar for constante,
2) Como o vetor aceleração tangencial tem então a velocidade vetorial também será
sentido oposto ao da velocidade, o constante.
movimento é retardado, isto é, o módulo Estão corretas apenas as proposições:
da velocidade está diminuindo. a) I, II, III e IV b) I e V c) II e IV
Resposta: D d) II e V e) III e IV
Resolução

(I) Correta.  V  = V  qualquer que seja o
 Uma partícula percorre uma trajetória
movimento e qualquer que seja a trajetória.
circular de centro O, no sentido anti-horário,
Assinale a opção que representa corretamente (II) Correta. Para ser constante em módulo, o
em movimento retardado.
a trajetória do martelo, vista de cima, após ser movimento tem de ser uniforme e para ser
solto. Despreze o efeito do ar. constante em direção, a trajetória tem de
ser retilínea.
(III) Correta. A velocidade vetorial varia em
direção, embora tenha módulo constante.
(IV) Correta. O movimento será retilíneo e
uniforme.
(V) Falsa. Se o movimento for uniforme e
curvo, a velocidade escalar será constante e
a vetorial será variável.
Quando a partícula estiver passando pela
Resposta: A
posição B, qual dos vetores, indicados na figura
(I a V), representa
a) a orientação da sua velocidade vetorial;  (UFF-RJ-MODELO ENEM) – Para um
bom desempenho em corridas automobilís-
b) a orientação da sua aceleração vetorial.
ticas, esporte que consagrou Ayrton Senna co-
Justifique suas respostas.
Resolução mo um de seus maiores praticantes, é funda-
Resolução
A trajetória do martelo será parabólica contida mental que o piloto faça o aquecimento dos
a) Vetor I: a velocidade vetorial é tangente à
num plano vertical que contém a velocidade pneus nas primeiras voltas.
trajetória e tem o mesmo sentido do

vetorial V do martelo, a qual é tangente à movimento.
trajetória no ponto A. De cima, vemos apenas b) Vetor IV:
a projeção da trajetória na direção do vetor
velocidade.
Resposta: E
→ → →
 (GAVE-ADAPTADO MODELO ENEM) – a = at + acp
Na figura, está esquematizado um automóvel
que se move, com aceleração constante,
segundo uma trajetória retilínea, coincidente
com o eixo Ox de um referencial unidimen- 1) Como o movimento é retardado, exis-
sional. Na figura, estão ainda representados os te aceleração tangencial com sentido Suponha que esse aquecimento seja feito no
→ → trecho de pista exibido na figura abaixo, com o
vetores velocidade, V , e aceleração, a , num oposto ao da velocidade.
certo instante, t1. 2) Como a trajetória é curva, existe ace- velocímetro marcando sempre o mesmo valor.
leração centrípeta.

 Em relação aos valores instantâneos da


velocidade escalar e da velocidade vetorial de
No instante t1: uma partícula em movimento, considere as
a) o carro se move para a esquerda e seu proposições que se seguem.
movimento é uniforme. (I) O módulo da velocidade vetorial é sem-
b) o carro se move para a direita e seu pre igual ao módulo da velocidade
movimento é retardado. escalar.

50 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 51

Assinale a opção que indica corretamente como os módulos das acele- Todas elas deslocam-se no sentido anti-horário sobre circunferências
rações do carro nos pontos A, B e C assinalados na figura estão rela- de raio 5,0m, com velocidades variáveis (direção e/ ou módulo). Neste
cionados. instante aparecem, indicados nas figuras, também os vetores
a) aA = aC > aB  0 b) aA = aB = aC = 0 c) aC = aB = aC = 0 aceleração e seus módulos. Para cada partícula, achar o módulo da
d) aA > aC > aB = 0 e) aA = aB = aC  0 velocidade vetorial e da aceleração escalar.
Resolução Dados: sen 37° = 0,60 cos 37° = 0,80
Como o velocímetro marca sempre o mesmo valor, o movimento é sen 30° = 0,50 cos 30° = 3/2
uniforme. Resolução
Na posição B, temos um trecho de movimento retilíneo e uniforme e, a) A aceleração vetorial só tem componente centrípeta:
portanto, aB = 0. →
1) 1  = a t  = 0
Nos trechos A e C, temos movimentos curvos e uniformes e a
aceleração é centrípeta. → v2 v12
2) a cp
= –––– ⇒ 20,0 = ––– – ⇒ v1 = 10,0m/s
Em C o raio da curvatura é maior que em A e, portanto: R 5,0
V2 V2 →
aA = –––– aC = –––– b) 1) 2  = a t  = a sen 
RA RC
2  = 16,0 . 0,60 (m/s2) ⇒ 2 = 9,6m/s2
RC > RA ⇒ aC < aA
→ v22
2) a cp = a cos  = ––– –
Resposta: D R

v22
 (IFUSP) – Na figura podemos observar o movimento de três 16,0 . 0,80 = ––– – ⇒ v2 = 8,0m/s
5,0
partículas, num certo instante T.

c) 1) 3  = a t  = a cos 

3
3 = 10,0 . –––– (m/s2) ⇒   = 5,0 
3 m/s2
3
2

→ v32
2) a cp = a sen  = ––– –
R

v32
10,0 . 0,50 = ––– – ⇒ v3 = 5,0m/s
5,0

Exercícios Propostos – Módulo 37

 (UFMG-MODELO ENEM) – Tomás está parado em relação


RESOLUÇÃO:
A velocidade é tangente à trajetória.
à plataforma de um brinquedo, que gira com velocidade angular
Resposta: D
constante. Ele segura um barbante, que tem uma pedra presa na
outra extremidade. Quando Tomás passa pelo ponto P, indicado
na figura, a pedra se solta do barbante.
Assinale a alternativa em que melhor se representa a trajetória
descrita pela pedra, logo após se soltar, quando vista de cima.
a) b)

P P

c) d)

P P

e)

FÍSICA 51
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 (IF-SUL DE MINAS-MODELO ENEM) – O autódromo de


RESOLUÇÃO:

Interlagos é um dos mais emblemáticos circuitos do mundo e


o traçado de sua pista é tido, por muitos pilotos e especialistas,
como o melhor do automobilismo. Os pilotos percorrem o
circuito (veja a figura abaixo) no sentido anti-horário. Um dos
trechos mais conhecidos da pista é o “S” do Senna. Na
primeira curva do “S”, indicada pelo número 1, os pilotos
executam um movimento curvilíneo retardado, pois após
passarem pela reta dos boxes adquirem muita velocidade e A aceleração tangencial é oposta à velocidade porque o movi-
precisam reduzi-la para fazer a primeira curva. Na segunda mento é retardado.
curva do “S”, indicada pelo número 2, os pilotos executam um A aceleração centrípeta aponta para o centro da curva.
movimento curvilíneo acelerado, aumentando sua
velocidade.

A aceleração tangencial tem o mesmo sentido da velocidade


porque o movimento é acelerado.
A aceleração centrípeta aponta para o centro da curva.
Resposta: C

Fonte: Adaptado de
www.formula1.com/races/in_detail/brazil_935/circuit_diagram.html
Acesso em 7 de abril de 2014.


Sabendo-se que o vetor aceleração resultante ( a ) é dado por
→ → → → →
a = a t + a c, em que a t é a componente tangencial e a c a
componente centrípeta da aceleração, a alternativa que me-
lhor representa os vetores aceleração resultante e suas com-
ponentes para os pontos 1 e 2 respectivamente é:
a) b)
® ® ®
a ac a
® ®
at ac ®
at

® ®
ac ® at
at ® ® ®
a ac a

c) ® d) ®
® ac ® at
® a ® a
at ac

® ® ® ® ® ®
ac a at at a ac

e)
® ®
ac ac

® ®
at at
® ®
a a

52 FÍSICA
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 (UNESP-MODELO ENEM) – Curvas com ligeiras inclina-  Um carro percorre uma pista circular de raio R. O carro
ções em circuitos automobilísticos são indicadas para parte do repouso de um ponto A e retorna ao ponto A,
aumentar a segurança do carro em altas velocidades, como, completando uma volta após um intervalo de tempo de 1,0min.
por exemplo, no Talladega Superspeedway, um circuito O gráfico a seguir representa a velocidade escalar do carro em
utilizado para corridas promovidas pela NASCAR (National função do tempo.
Association for Stock Car Auto Racing). Considere um carro
como sendo um ponto material percorrendo uma pista circular,
de centro C, inclinada de um ângulo e com raio R, cons-
tantes, como mostra a figura, que apresenta a frente do carro
em um dos trechos da pista.

Determine
a) o raio R da circunferência descrita, adotando-se π = 3;
b) o módulo a da aceleração vetorial do carro no instante t = 30s;
c) a razão r entre os módulos da aceleração centrípeta e da
aceleração tangencial do carro no instante t = 5,0s.
Se a velocidade do carro tem módulo constante, é correto
afirmar que o carro RESOLUÇÃO:
a) não possui aceleração vetorial. a) Δs = área (V x t)
b) possui aceleração com módulo variável, direção radial e no
30
sentido para o ponto C. 2 π R = (60 + 40) –––
2
c) possui aceleração com módulo variável e tangente à
trajetória circular.
6R = 1500 ⇒ R = 250m
d) possui aceleração com módulo constante, direção radial e
no sentido para o ponto C. b) No instante t = 30s, o movimento do carro é circular e uniforme
e) possui aceleração com módulo constante e tangente à e a aceleração vetorial só tem componente centrípeta.
trajetória circular.
V2 (30)2
a = acp = ––– ⇒ a = –––– (m/s2)
RESOLUÇÃO: R 250
Se o módulo da velocidade do carro é constante, o seu movimento
a = 3,6m/s2
é circular e uniforme e sua aceleração vetorial só tem componente
V2
centrípeta, cujo módulo ––– é constante, sua direção é normal à
R c) No intervalo de 0 a 10s, a aceleração tangencial tem módulo
trajetória (radial) e o sentido é dirigido para o centro C da sua constante dado por:
trajetória.
→ ΔV 30
Resposta: D  at  = = ––– = ––– (m/s2) = 3,0m/s2
Δt 10

No instante t1 = 5,0s, temos V1 = 15m/s e


V12 (15)2
 acp = ––– = –––– (m/s2)
R 250


 acp = 0,9m/s2

 acp 0,9
r = ––––– = ––– ⇒ r = 0,3
→ 3,0
 at 

Respostas:a) R = 250m
b) a = 3,6m/s2
c) r = 0,3

FÍSICA 53
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Exercícios Resolvidos – Módulo 38


2
 (USF-SP-MODELO ENEM) – Depois de V máx
16 = ––––– ⇒ V  Uma partícula descreve uma trajetória cir-
uma briga muito grande na fórmula 1, um 100 máx = 40m/s cular de raio R com equação horária dos es-
executivo resolve criar a fórmula zero, na qual Com a velocidade escalar de 50m/s, o carro paços dada por:
todos os autódromos são circulares. No grande não poderá fazer a curva, devendo reduzi-la s = 3,0 + 4,0 t – 1,0 t2(SI), válida para t  0.
prêmio da Nova Zelândia, a pista tem raio R para um valor igual ou inferior a 40m/s.
desconhecido. Um piloto leva seu carro a partir Resposta: D
do repouso (largada) com aceleração tangencial
de módulo constante e igual a 1,0m.s–2. Deter-  Um automóvel parte do repouso, no ins-
mine quantas voltas o piloto percorreu até o tante t = 0, com aceleração escalar constante
instante em que o módulo de sua aceleração mantida durante um intervalo de tempo de 50s,
vetorial atinge 
577 m.s–2. quando alcança uma velocidade escalar de
Adote π = 3 ; 
576 = 24,0 72km/h, que é então mantida constante. A tra-
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 jetória descrita é circular com raio de 400m.
Resolução Calcule A partícula passa pelo ponto A na origem dos
2 2 2 tempos, deslocando-se no sentido anti-horário,
1) a = a t + a cp a) a aceleração escalar durante os 50s iniciais;
2 b) o módulo da aceleração centrípeta no e inverte o sentido de seu movimento ao
577 = 1,0 + a cp
instante t = 50s; atingir pela primeira vez o ponto B.
2
a cp = 576 ⇒ acp = 24,0m/s2 c) a distância percorrida durante os 50s Adotando-se π = 3,14, determine
iniciais; a) o instante em que a partícula passa por B
V2
2) acp = ––– ⇒ V2 = acp . R d) o módulo da aceleração vetorial no instante pela primeira vez;
R b) o raio da trajetória;
t = 50s;
2
3) V2 = V0 + 2 s e) o tempo gasto pelo carro para dar 5 voltas no c) o módulo da aceleração da partícula ao
acp . R = 0 + 2 at . n . 2πR circuito (adote π = 3). passar pela primeira vez por B;
Resolução d) o instante em que a partícula retorna ao
acp = 12 . n at
a) V = V0 +  t (MUV) ponto A pela primeira vez.
24,0 = 12 . n . 1,0 ⇒ n=2 Resolução
20 = 0 +  . 50 ⇒  = 0,4m/s2
Resposta: B a) s = 3,0 + 4,0 t – 1,0 t2 (Sl)
V2 400 ds
V = –––– = 4,0 – 2,0t (Sl)
 (MODELO ENEM) – Considere uma pista b) acp = ––– ⇒ acp = –––– (m/s2)
R 400 dt
de corridas, contida em um plano horizontal. Como no ponto B há inversão no sentido
A pista tem um trecho retilíneo que prossegue acp = 1,0m/s2
de movimento, temos VB = 0.
com um trecho circular de raio R = 100m.
c) V2 = V02 + 2 s (MUV) 0 = 4,0 – 2,0 tB ⇒ tB = 2,0s
A aceleração máxima que a pista pode
400 = 0 + 2 . 0,4 . s
proporcionar ao carro tem módulo de 16m/s2. b) De A para B, temos:
O carro tem no trecho retilíneo uma velocidade 400
s = –––– (m) ⇒ 
s = 500m s = V0 t + ––– t2
escalar de 50m/s. 0,8 2
d) a2 = a2t + a2cp s1 = 4,0 . 2,0 – 1,0 . (2,0)2(m)
a2 = (0,4)2 + (1,0)2
s1 = 4,0m
a2 = 1,16 1
Como AB corresponde a –– da circunfe-
a  1,1m/s2 rência, vem: 4

C = 2πR = 4 s1
e) C = 2πR = 2 . 3 . 400m = 2400m
Podemos afirmar que o carro s = 5C = 12 000m 8,0
2π R = 16,0 ⇒ R = –––– m  2,5m
a) consegue fazer a curva mantendo sua π
velocidade escalar de 50m/s. c) No ponto B, a aceleração centrípeta é nu-
b) só poderá fazer a curva se sua velocidade la, porque a velocidade é nula, e a ace-
escalar for reduzida a 16m/s. leração vetorial se reduz à sua compo-
c) poderá acelerar na curva com velocidade nente tangencial.
escalar inicial de 50m/s.
→ →
d) o carro deverá frear reduzindo sua veloci-  aB =  at  =    = 2,0m/s2
dade escalar para 40m/s ou menos, antes s = área (V x t)
de entrar na curva. d) Quando a partícula voltar para o ponto
20
e) só poderá fazer a curva em movimento 12 000 = (T + T – 50) ––– A pela primeira vez, temos:
2
uniforme. s = 0
1200 = 2T – 50 


Resolução s = V0 t + ––– t2 t1 = 0
2T = 1250 ⇒ T = 625s 2
A máxima velocidade com que o carro conse- 2
0 = 4,0 t2 – 1,0 t2 t2 = 4,0s
gue fazer a curva é dada por: Respostas: a) 0,4m/s2 b) 1,0m/s2
2
V2 V máx
c) 500m d) 1,1m/s2 Respostas: a) 2,0s b) 2,5m
acp = –––– ⇒ amáx = ––––– c) 2,0m/s2 d) 4,0s
R R e) 625s

54 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 55

Exercícios Propostos – Módulo 38

 (VUNESP-UEA-MODELO ENEM) – Em uma missão no  (MODELO ENEM) – Considere que o ser humano pode

espaço aéreo amazônico, um avião Hércules C 130 realiza uma suportar, sem desmaiar, uma aceleração máxima a de mó-
curva de raio 5,0km sob a mesma altitude, mantendo 2
dulo 50,0m/s .
velocidade de intensidade constante de valor 540km/h. Nessa Um piloto de prova em um mergulho descreve uma circun-
manobra, o módulo da aceleração centrípeta, em m/s2, é de ferência em um plano vertical com raio R = 1,0km e acele-
a) 3,0 b) 3,5 c) 4,0 d) 4,5 e) 5,0 ração escalar constante e igual a 30,0 m/s2.

RESOLUÇÃO:
km 540 m
1) V = 540 –––– = –––– –– = 150m/s
h 3,6 s

V2 (150)2
2) acp = –––– = –––––––– m/s2
R 5,0 . 103

acp = 4,5m/s2

Resposta: D


a t: componente tangencial de →
a

acp: componente centrípeta de →
a

Para que o piloto não desmaie, a velocidade escalar de seu


avião deve ter como valor máximo:
a) 100km/h b) 200km/h c) 300km/h
d) 720km/h e) 1000km/h

RESOLUÇÃO:

1) a2 = at2 + a2cp

⎥ at⎥ = ⎥⎥ = 30,0m/s2

⎥ amáx⎥ = 50,0m/s2

2
(50,0)2 = (30,0)2 + acp ⇒ acp = 40,0m/s2
máx máx

2 2
Vmáx Vmáx
2) acp = ––––––– ⇒ 40,0 = ––––––––
máx R 1,0 . 103

2 4
V máx = 4,0 . 10 (SI)

Vmáx = 200m/s = 720km/h

Resposta: D

FÍSICA 55
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 56

 Uma partícula descreve uma trajetória circular de raio  Uma bicicleta percorre uma pista circular partindo do
R = 1,0m e centro O. A velocidade escalar é dada pela função: repouso no instante t0 = 0 e voltando ao ponto de partida, pela
v = –5,0 + 3,0t em unidades do SI e com a orientação positiva primeira vez, no instante t1 = 20,0s.
da trajetória no sentido horário. O gráfico a seguir representa a velocidade escalar da bicicleta
em função do tempo.

Adotando-se π = 3, calcule
a) o valor do raio da circunferência;
Sabe-se que, no instante t = 1,0s, a partícula passa pelo ponto b) o módulo da aceleração vetorial no instante t = 10,0s.
B. Pedem-se
RESOLUÇÃO:
a) desenhar na figura os vetores que representam a velo-
a) s = área (V x t)
cidade vetorial e a aceleração vetorial, no instante t = 1,0s;
b) calcular as intensidades da velocidade vetorial e da 12,0
2πR = (20,0 + 16,0) –––––
aceleração vetorial, no instante t = 1,0s. 2

RESOLUÇÃO: R = 36,0m
a) t = 1,0s ⇒ v = –2,0m/s
 = 3,0m/s2 (constante) b) No instante t = 10,0s, o movimento é circular e uniforme e,
portanto, a aceleração é centrípeta.
Como v < 0 e  > 0, o movimento é retardado. V2
| →acp | = –––
R

(12,0) 2
| →acp | = 2
–––––– (m/s )
36,0

| →acp | = 4,0m/s2

Respostas:a) 36,0m
→ b) 4,0m/s2
b) 1)  v  = v  = 2,0m/s


2)  at  =   = 3,0m/s2

→ v2 4,0
 acp = ––– = ––– (m/s2) = 4,0m/s2
R 1,0

→ → →
 a 2 =  at 2 +  acp2


 a  = 5,0m/s2

Respostas:a) Ver figura.


b) 2,0m/s e 5,0m/s2

56 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 03/01/2022 16:25 Página 57

Palavras-chave:
Movimento circular
39 a 42 e uniforme • Aceleração centrípeta

Quando um planeta gravita em torno de uma estrela, A medida do ângulo ϕ, em radianos, é dada por:
sua órbita pode ter a forma de uma circunferência ou a
s
forma de uma elipse. ϕ = ––––
Se a órbita for circular, o movimento orbital será ne- R
cessariamente uniforme.
Um satélite estacionário em relação à Terra (parado 2. Velocidade angular
para um observador na superfície terrestre) tem órbita Seja Δϕ = ϕ2 – ϕ1 a variação do ângulo horário em
circular e movimento uniforme, gastando 24h para dar um intervalo de tempo Δt = t2 – t1.
uma volta completa. Esse satélite é usado em telecomu-
nicações.
A órbita da Lua em torno da Terra, embora seja elíp-
tica, é quase circular e o movimento orbital da Lua pode
ser considerado circular e uniforme e o tempo gasto pela
Lua para uma volta completa é de aproximadamente
27,3 dias.
Os ponteiros das horas, minutos e segundos de um
relógio convencional têm suas extremidades descreven-
do trajetórias circulares, com movimentos uniformes.
Os ponteiros das horas, minutos e segundos gas- Define-se velocidade angular (ω) pela relação:
tam, respectivamente, 12h, 1h e 1min para darem uma Δϕ
volta completa. ω = ––––
Δt
Os exemplos citados mostram que o movimento cir-
cular uniforme está presente na natureza e na nossa vida No SI, Δt é medido em segundos e ω é medido
cotidiana. em rad/s.

1. Ângulo horário ou fase (␸) 3. Movimento periódico


Considere um ponto material descrevendo uma cir- Conceito
cunferência de centro C e raio R, com origem dos espa- Um movimento é chamado periódico quando todas
ços em O. as características do movimento (posição, velocidade e
Seja P a posição do móvel em um instante t. A medi- aceleração) se repetem em intervalos de tempos iguais.
da do arco de trajetória OP é o valor do espaço s, no O movimento circular e uniforme é um exemplo de
instante t. movimento periódico, pois, a cada volta, o móvel repete
a posição, a velocidade e a aceleração e, além disso, o
tempo gasto para dar uma volta é sempre o mesmo.

Período (T)
Define-se período (T) como sendo o menor inter-
valo de tempo para que haja repetição das características
do movimento.
No movimento circular e uniforme, o período é o
intervalo de tempo para o móvel dar uma volta
Define-se ângulo horário ou fase (ϕ) como sendo o completa.

ângulo formado entre o vetor posição CP e o eixo de Frequência (f)
referência CO.
Define-se frequência (f) como sendo o número de

FÍSICA 57
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 58

vezes que as características do movimento se repetem Aceleração vetorial


na unidade de tempo.
Sendo o movimento uniforme, a componente tan-
No movimento circular e uniforme, a frequência é → →
gencial da aceleração vetorial é nula ( at = 0 ).
o número de voltas realizadas na unidade de tempo.
Sendo a trajetória curva, a componente

centrípeta da
Se o móvel realizar n voltas em um intervalo de tem- →
aceleração vetorial não é nula ( acp  0 ).
po Δt, a frequência f será dada por:
n Aceleração centrípeta
f = –––– O valor da aceleração centrípeta pode ser calculado
Δt pelas seguintes expressões:
Relação entre período e frequência V2
(I) acp = ––– (II) acp = ω 2 . R
Quando o intervalo de tempo é igual ao período (Δt = T),
R
o móvel realiza uma volta (n = 1) e, portanto, temos:
1 (III) acp = ω . V
f = –––
T Para obtermos a relação (II), basta substituir, em (I),
Unidades V por ωR.
Para obtermos a relação (III), basta substituir,
As unidades SI de período e frequência são:
V
em (I), R por ––– .
u(T) = segundo (s) e u(f) = hertz (Hz) ω

4. Relações fundamentais
Velocidade escalar linear (V)
Para uma volta completa, temos Δs = 2πR e Δt = T,
das quais:

Δs 2πR
V = –––– = ––––– = 2 π f R
Δt T Observe que, no movimento circular e uniforme,
a aceleração vetorial (centrípeta) tem módulo constante
Velocidade escalar angular (ω) (v2/R), porém direção variável e, portanto, é variável.

Para uma volta completa, temos Δϕ = 2π e Δt = T, Observe ainda que, no movimento circular uniforme,
das quais: a velocidade vetorial (tangente à trajetória) e a aceleração
vetorial (normal à trajetória) têm direções perpendicula-
Δϕ 2π res entre si.
ω = –––– = –––– = 2 π f
Δt T

Relação entre V e ω SATÉLITES ESTACIONÁRIOS


Da expressão V = 2π f R, sendo ω = 2π f, vem: Os três satélites da fi-
gura são estacionários,
V = ω R isto é, estão parados
em relação à superfície
linear angular terrestre. São utiliza-
dos em telecomunica-
5. Vetores no MCU ções e conseguem co-
brir, praticamente, toda
Velocidade vetorial a superfície terrestre.
No movimento circular e uniforme, a velocidade ve-
Um satélite estacionário tem movimento circular uniforme
torial tem módulo constante, porém direção variável e,
em torno do centro da Terra, com período de 24h e com
portanto, é variável. sua órbita contida no plano equatorial da Terra.

58 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 59

Exercícios Resolvidos – Módulo 39

 (UFPB-MODELO ENEM) – Parques de Resolução Resolução


diversão são um espetáculo de tecnologia. 1) Partindo de θ = 0, em 40s o brinquedo deu Se multiplicarmos o número N de voltas pelo
Quase todos os brinquedos são controlados duas voltas completas percorrendo um comprimento 2πR de cada volta, teremos a
por computador. Um brinquedo bastante ângulo de 4π rad. distância total percorrida pela ponta dos dedos,
radical, de nome Extreme, gira em torno de um a qual vale 15cm.
2) Do instante t1 = 40s ao instante t2 = 60s, o
eixo, conforme figura abaixo: s = N . 2πR
brinquedo inverte o movimento (a velocida-
de angular ω troca de sinal) e percorre um 15 = N . 2 . 3,14 . 0,40
ângulo de 2π radianos e θ varia de 4π rad
para 2π radianos, voltando ao ponto mais N6
baixo da trajetória.
Esse número de voltas foi dado em um
3) A partir do instante t2 = 60s, o brinquedo intervalo de tempo t = 0,3s e, portanto, a
fica parado no ponto mais baixo da frequência f é dada por:
trajetória e θ fica constante e igual a 2π rad.
N 6
f = –––– = ––– Hz
O clímax do brinquedo ocorre quando ele Resposta: A t 0,3
realiza duas revoluções anti-horárias em 40s,
seguidas por uma revolução horária em 20s, e  (FUVEST-MODELO ENEM) – É conhe- f = 20Hz
depois para. Nesse caso, o programa de com- cido o processo utilizado por povos primitivos
putador imprime uma velocidade de rotação para fazer fogo. Um jovem, tentando imitar Resposta: E
constante, em ambos os trechos do movi- parcialmente tal processo, mantém entre suas
mento. mãos um lápis de forma cilíndrica e com raio  (UNIFESP-MODELO ENEM) – Pai e filho
Com base nesses dados, identifique, entre os igual a 0,40cm de tal forma que, quando movi- passeiam de bicicleta e andam lado a lado com
gráficos abaixo, o que melhor representa a menta a mão esquerda para a frente e a direita a mesma velocidade. Sabe-se que o diâmetro
variação do ângulo de rotação com o tempo: para trás, em direção horizontal, imprime ao lá- das rodas da bicicleta do pai é o dobro do
a) q(rad) pis um rápido movimento de rotação. O lápis diâmetro das rodas da bicicleta do filho. Pode-se
6p
gira, mantendo seu eixo fixo na direção vertical, afirmar que as rodas da bicicleta do pai giram
como mostra a figura abaixo. Realizando com
4p
diversos deslocamentos sucessivos e medindo a) a metade da frequência e da velocidade
2p o tempo necessário para executá-los, o jovem angular com que giram as rodas da bicicleta
conclui que pode deslocar a ponta dos dedos do filho.
0 40 60 t (s)
de sua mão direita de uma distância L = 15cm, b) a mesma frequência e velocidade angular
b) q(rad) com velocidade constante, em aproxima- com que giram as rodas da bicicleta do filho.
6p
damente 0,30s. c) o dobro da frequência e da velocidade angu-
4p
lar com que giram as rodas da bicicleta do
filho.
2p
d) a mesma frequência das rodas da bicicleta do
0 t (s)
filho, mas com metade da velocidade angular.
40 60
e) a mesma frequência das rodas da bicicleta do
c) q(rad) filho, mas com o dobro da velocidade angular.
6p Resolução:
Para andarem lado a lado, pai e filho devem ter
4p
a mesma velocidade, cujo módulo V é dado por:
2p
V = 2πfR = πfD
0 t (s)
40 60 Como o diâmetro DP da roda da bicicleta do pai
d) q(rad) é o dobro do diâmetro DF da roda da bicicleta
do filho, vem
6p

4p
π fP DP = π fF DF

2p fP 2 DF = fF DF

0 40 60 t (s) fF = 2fP

e) q(rad)
fF
fP = ––––
6p 2
4p F
Podemos afirmar que, enquanto gira num sen- Sendo = 2πf, vem F = 2 P ⇒ P = –––
2p tido, o número de rotações por segundo exe- 2
cutadas pelo lápis é aproximadamente igual a Resposta: A
0 40 60 t (s)
a) 5 b) 8 c) 10 d) 12 e) 20

FÍSICA 59
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 60

 (FUVEST-SP) – Um consórcio internacional, que reúne dezenas de


2) Cálculo do módulo da velocidade do próton:
países, milhares de cientistas e emprega bilhões de dólares, é respon- d 297 . 103 km
VP = ––– ⇒ VP = –––––––––––
sável pelo Large Hadrons Colider (LHC), um túnel circular subterrâneo, de t 1,0s
alto vácuo, com 27km de extensão, no qual eletromagnetos aceleram
VP = 297 . 103 km/s
partículas, como prótons e antiprótons, até que alcancem 11.000 voltas
por segundo para, então, colidirem entre si. As experiências realizadas no ou
LHC investigam componentes elementares da matéria e reproduzem VP = 2,97 . 105 km/s
condições de energia que teriam existido por ocasião do Big Bang.
a) Calcule o módulo da velocidade do próton, em km/s, relativamente b) Razão entre os módulos das velocidades do próton e a da luz:
ao solo, no instante da colisão. VP 2,97 . 105
b) Calcule o percentual dessa velocidade em relação ao módulo da velo- r = ––– ⇒ r = –––––––––
c 3,00 . 105
cidade da luz, considerado, para esse cálculo, igual a 3,00 . 105km/s.
Resolução r = 0,99 ou r = 99%
a) 1) Cálculo da distância percorrida em 11 000 voltas:
d = 11 000 . 27 km Respostas: a) 2,97 . 105 km/s
d = 297 . 103 km b) 99%

Exercícios Propostos – Módulo 39

 Pivô central é um sistema de irrigação muito Um pivô de três torres (T1, T2 e T3) será instalado em uma
usado na agricultura, em que uma área circular fazenda, sendo que as distâncias entre torres consecutivas
é projetada para receber uma estrutura bem como da base à torre T1 são iguais a 50 m. O fazendeiro
suspensa. No centro dessa área, há uma tubulação vertical que pretende ajustar as velocidades das torres, de tal forma que o
transmite água através de um cano horizontal longo, apoiado pivô efetue uma volta completa em 25 horas. Use 3 como
em torres de sustentação, as quais giram, sobre rodas, em aproximação para π.
torno do centro do pivô, também chamado de base, conforme Para atingir seu objetivo, as velocidades escalares lineares das
mostram as figuras. Cada torre move-se com velocidade torres T1, T2 e T3 devem ser, em metros por hora, de
escalar linear constante. a) 12, 24 e 36. b) 6, 12 e 18. c) 2, 4 e 6.
d) 300, 1200 e 2700. e) 600, 2400 e 5400.

RESOLUÇÃO:
1) Cálculo da velocidade angular .

2π 6 rad
= –––– = –––– ––––
T 25 h

2) Cálculo das velocidades lineares:

6 m
V1 = R1 = ––– . 50 ––– = 12m/h
25 h

6 m
V2 = R2 = ––– . 100 ––– = 24m/h
25 h
6 m
V3 = R3 = ––– . 150 ––– = 36m/h
25 h

Resposta: A

T3
T2
T1

BASE

60 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 61

 (VUNESP-UEA-MODELO ENEM) – A vantagem de se eixo do motor, neste intervalo de tempo, é um valor mais
construir bases de lançamento de foguetes nas proximidades próximo de:
da linha do equador terrestre é que o foguete já parte com uma a) 602m b) 96m c) 30m d) 20m e) 10m
velocidade maior, dada pela rotação da Terra. No Brasil, o Cen- Adote: π = 3
tro de Lançamento de Alcântara (CLA) apresenta esse requisito.
RESOLUÇÃO:

Δs 2πR
V = ––– = –––– = 2π f R
Δt T
Δs = 2π fR Δt

3000
Δs = 6 . ––––– . 40 . 10–3 . 0,8 (m)
60

Δs = 9,6m

Resposta: E

(www.cta.br. Adaptado.)
π
 (VUNESP-INSPER-MODELO ENEM) – A indústria auto-
Sendo a velocidade angular de rotação da Terra ω = ––– rad/h mobilística estabelecida no Brasil produz uma imensa
12
e supondo-se que no CLA o raio de rotação seja de 6360km, a variedade de automóveis, tanto de pequeno, como de médio
ou de grande porte. São diversos tipos de motorização, de
velocidade escalar, em km/h, de um foguete instalado na acabamento, de opcionais visando ao conforto e à segurança,
superfície do CLA é tudo para atrair o consumidor.
π π Imagine dois automóveis, F e R, deslocando-se pela mesma ro-
a) –––– b) –––– c) 12 . π d) 350 . π e) 530 . π dovia. As rodas de F têm diâmetro de 13 polegadas, enquanto
530 350
as de R têm diâmetro de 16 polegadas. O automóvel R des-
loca-se com uma velocidade escalar 20% maior que a de F.
RESOLUÇÃO:
É correto afirmar que a frequência de giro das rodas de R é
V=ω.R
a) 26% maior que a de F.
π km b) 35% menor que a de F.
V = ––– . 6360 –––
12 h c) praticamente a mesma de F.
km d) 16% maior que a de F.
V = 530 π –––– e) 13% menor que a de F.
h

Resposta: E RESOLUÇÃO:
s 2πR
V = –––– = –––– = 2 πf R
t T

VR = 1,2VF
 (UFPA-MODELO ENEM) – O escalpelamento é um grave
2 πf R RR = 1,2 2π fF RF
acidente que ocorre nas pequenas embarcações que fazem
transporte de ribeirinhos nos rios da Amazônia. O acidente fR RF 13
––– = 1,2 ––– = 1,2 –––
ocorre quando fios de cabelos longos são presos ao eixo fF RR 16
desprotegido do motor. As vitimas são mulheres e crianças
que acabam tendo o couro cabeludo arrancado. Um barco fR
típico que trafega nos rios da Amazônia, conhecido como ––– = 0,975
fF
“rabeta”, possui um motor com um eixo de 80mm de
diâmetro, e este motor, quando em operação, executa
Resposta: C
3000rpm.
Considerando-se que, nesta situação de escalpeamento, há
um fio ideal que não estica e não desliza preso ao eixo do
motor e que o tempo médio da reação humana seja de 0,8s
(necessário para um condutor desligar o motor), é correto
afirmar que o comprimento deste fio que se enrola sobre o

FÍSICA 61
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 62

Exercícios Resolvidos – Módulo 40

 (UNICAMP-MODELO ENEM) – Considere


Regulando-se o aparelho para girar com fre-
quência de 0,25 Hz, pequenos roletes das
e) diferentes frequências, diferentes veloci-
dades angulares e mesma velocidade
um computador que armazena informações em
pontas da estrela, distantes 6,0cm do centro linear.
um disco rígido que gira a uma frequência de
desta, esmagam a mangueira flexível contra Resolução
120 Hz. Cada unidade de informação ocupa um
um anteparo curvo e rígido, fazendo com que o Para um sólido em rotação uniforme, os pontos
comprimento físico de 0,2 m na direção do
líquido seja obrigado a se mover em direção ao não pertencentes ao eixo de rotação têm o
movimento de rotação do disco.
gotejador. Sob essas condições, a velocidade mesmo período T, a mesma frequência f e a
escalar média imposta ao líquido em uma volta mesma velocidade angular . A velocidade
completa da estrela é, em m/s, linear V é proporcional à distância R ao eixo de
a) 2,5 . 10–2 b) 4,2 . 10–2 c) 5,0 . 10–2 rotação (V = R).
d) 6,6 . 10 –2 e) 9,0 . 10 –2
Resposta: B
Dado: π = 3
Resolução
(I) Cálculo do período T de um dos roletes da  (UFBA) – Um indivíduo, preocupado com
peça em forma de estrela: as constantes multas que tem recebido por
1 1 dirigir o seu automóvel em excesso de velo-
T = –– ⇒ T = ––––– (s) ⇒ T = 4,0s
Quantas informações magnéticas passam, por f 0,25 cidade, relata o fato a dois companheiros. Os
segundo, pela cabeça de leitura, se ela estiver (II) Durante um período, o líquido contido na três amigos não conseguem compreender a
posicionada a 3,0cm do centro de seu eixo, mangueira é empurrado, deslocando-se razão das multas, desde que todos eles obser-
como mostra o esquema simplificado apresen- de um comprimento equivalente a 2πR. vam os limites de velocidade nas vias públicas,
tado no desenho? Logo: por meio do velocímetro de seus carros.
(Considere π 3.) s 2πR Os seus veículos, de mesmo modelo, têm nos
V = ––– = ––––
a) 1,62 x 106 b) 1,8 x 106 c) 64,8 x 108 t T pneus a única característica distinta. O carro A
d) 1,08 x 10 8 e) 1,8 x 1010 2 . 3 . 6,0 . 10–2 usa os pneus indicados pelo fabricante do
V = ––––––––––––––– (m/s) veículo; o carro B usa pneus com diâmetro
Resolução 4,0
s 2πR maior do que o indicado, pois o seu proprietário
V = ––– = ––––– = 2 π f R Da qual: V = 9,0 . 10–2 m/s visita, periodicamente, seus familiares no
t T
interior, viajando por estradas e caminhos
Resposta: E
irregulares; o carro C usa pneus com diâmetro
s = (2 π f R ) t
 (PUC-SP-MODELO ENEM)
menor do que o indicado, uma vez que o seu
n . 0,2 . 10–6 = 2 . 3 . 120 . 3,0 . 10–2 . 1,0 proprietário gosta de veículos rebaixados, com
aspecto esportivo.
n = 1080 . 105
Os três amigos decidem fazer um experi-
n = 1,08 . 108 mento, alugam um aparelho de radar e vão pa-
ra uma estrada deserta. Após realizarem várias
Resposta: D medições, construíram o gráfico a seguir.

 (FGV-SP-MODELO ENEM) – Fazendo


parte da tecnologia hospitalar, o aparelho repre-
sentado na figura é capaz de controlar a admi-
nistração de medicamentos em um paciente.

Anteparo
rígido

Com base na análise do gráfico, identifique a


correspondência existente entre os carros A, B
Calvin, o garotinho assustado da tira, é muito
0,25 e C e as linhas 1, 2 e 3, que representam as
pequeno para entender que pontos situados a
velocidades desses carros, verificando qual
DOSE CERTA diferentes distâncias do centro de um disco
dos três amigos deve ser mais precavido ao
em rotação têm
circular em estradas e avenidas vigiadas pelo
a) mesma frequência, mesma velocidade
radar. Justifique sua resposta.
angular e mesma velocidade linear.
6,0 cm Resolução
b) mesma frequência, mesma velocidade
Gotejador Embora calibrado em km/h, o velocímetro
angular e diferentes velocidades lineares.
mede a frequência de rotação da roda do carro.
c) mesma frequência, diferentes velocidades
A curva 2, cuja indicação do velocímetro está
angulares e diferentes velocidades lineares.
correta, corresponde ao carro A, que usa os
d) diferentes frequências, mesma velocidade
pneus para os quais o velocímetro foi calibrado.
angular e diferentes velocidades lineares.

62 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 63

A curva 1, cuja indicação do velocímetro é maior que a correta marcada De fato:


VB RB
pelo radar, corresponde ao carro C, que usa pneus menores. VB = RB ––– = –––
De fato: VV R
VV = R
VC RC RC < R
VC = R C ––– = ––– ⇔
VV R VC < VV RB > R ⇒ VB > VV
VV = R

VC = velocidade real do carro C = Vradar VB = velocidade real do carro B = Vradar


VV = velocidade indicada pelo seu velocímetro
VV = velocidade indicada pelo seu velocímetro
Portanto, o proprietário do carro B deve ficar prevenido porque a
A curva 3, cuja indicação do velocímetro é menor que a correta velocidade real de seu carro é maior do que aquela indicada pelo seu
marcada pelo radar, corresponde ao carro B, que usa pneus maiores. velocímetro.

Exercícios Propostos – Módulo 40

 (ACAFE-SC-MODELO ENEM) – O funcionamento do lim-


RESOLUÇÃO:

pador de para-brisa deve ser verificado com o motor ligado, nas 1) traseiro = menor = 20 ciclos/min
respectivas velocidades de acionamento, devendo existir no dianteiro = maior = 35 ciclos/min
mínimo 02 (duas) velocidades distintas e parada automática
(quando aplicável). A velocidade angular menor deve ser de 20 d 35 7
––– = ––– = –––
ciclos por minuto e a maior com, no mínimo, 15 ciclos por t 20 4
minuto a mais do que a menor.
2) V = R
Disponível em: <MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA Vdianteiro d Rd 7 40
E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC INSTITUTO NACIONAL DE ––––––––– = ––– . ––– = ––– . –––
Vtraseiro t Rt 4 20
METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL -
INMETRO Portaria n.o 30 de 22 de janeiro de 2004>. Vd 7
Acesso em: 25 de ago. 2017. ––– = –––
Vt 2

Considere um automóvel com o limpador de para-brisa dian- Resposta: C


teiro (raio de 40cm) e traseiro (raio de 20cm), como mostra a
figura.

Com base no exposto, assinale a alternativa correta para as


razões dianteiro/ traseiro e Vdianteiro/Vtraseiro, respectivamente,
para pontos na extremidade dos limpadores deste automóvel,
se a velocidade de acionamento do traseiro for a menor e do
dianteiro for a maior.
(Tome os movimentos como circulares e uniformes).

4 3 4 7 7 7
a) –– e –– b) –– e –– c) –– e ––
3 4 3 4 4 2
7 4 7 3
d) –– e –– b) –– e ––
2 3 4 4

Nota
= velocidade escalar angular
V = velocidade escalar linear

FÍSICA 63
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 64

 (VUNESP-UEAM-MODELO ENEM) – A imagem mostra o  (VUNESP-FMJ-MODELO ENEM) – Os satélites geoesta-


Relógio Municipal de Manuas. cionários orbitam a Terra em movimento circular e uniforme a
uma distância próxima de 42 400km de seu centro, trocando
informações com antenas fixas na Terra. Para que isso seja
possível, esses satélites giram com a mesma velocidade an-
gular com que a Terra gira em torno de seu eixo imaginário.

(www.emaze.com. Adaptado.)

Considerando-se um satélite geoestacionário nas condições


descritas, é correto afirmar que
a) sua velocidade escalar é igual à das antenas fixas.
b) seu período de translação ao redor da Terra é próximo de
12h.
Considere dois pontos nos ponteiros desse relógio, um deles, c) sua aceleração é igual a zero.
M, situado na extremidade do ponteiro dos minutos e outro, H d) sua velocidade escalar não depende de sua massa.
situado na extremidade do ponteiro de horas, cujo comprimen- e) sua velocidade escalar é menor do que a das antenas fixas.
to é menor do que o dos minutos.
Com relação às velocidades escalares lineares e angulares RESOLUÇÃO:
desses pontos, é correto afirmar que a) Falsa. A velocidade angular é a mesma, porém a velocidade
a) ambas são maiores para o ponto M. escalar linear é diferente.
b) ambas são maiores para o ponto H. b) Falsa. O período de translação é igual ao de rotação da Terra:
c) ambas são iguais nos dois casos. 24h.
d) angulares são iguais e as lineares diferentes.
c) Falsa. A aceleração é centrípeta.
e) as lineares são iguais e as angulares diferentes.

d) Verdadeira. V = r = ––– . R
RESOLUÇÃO: T

ϕ 2π e) Falsa. A velocidade escalar é maior que a das antenas fixas


1) ω = ––– = ––– porque o raio é maior.
t T
Resposta: D
Tmin = 60min = 1h

Th = 12h

ωmin = 12ωh

s 2πR
2) V = ––– = –––– = ω R
t T

ωmin = 12ωh
Rmin > Rh  ⇒ Vmin > Vh

Resposta: A

64 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 65

 Dois discos estão fixos em um eixo e separados por uma


distância de 25cm.
O eixo gira com frequência constante de 1200rpm. Um projétil
com velocidade constante de módulo V se desloca
paralelamente ao eixo e perfura os dois discos.
O desvio angular entre as duas perfurações é de 12°.

Calcule
a) o intervalo de tempo Δt que o projétil gasta no trajeto
entre os discos;
b) o valor de V.

RESOLUÇÃO:

1) a) 1) π …… 180°

…… 12°
12π π

= –––– rad = –––– rad
180 15

2) = –––– = 2 πf
t

t = ––––
2 πf

1200
f = 1200rpm = –––– Hz = 20Hz
60

π
––
15
t = –––––––– (s)
2π . 20

1
t = –––– s
600

s
b) V = ––––
t

0,25
V = ––––– m/s
1
––––
600

V = 150m/s

1
Respostas: a) –––– s
600
b) 150m/s

FÍSICA 65
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 66

Exercícios Resolvidos – Módulo 41

 Um satélite estacionário da Terra, utilizado 2πRP 2πRM Considere os seguintes dados:


VP = ––––– e VM = ––––– 1) Raio de órbita (raio da Lua): 1,7 · 106m;
em telecomunicações, tem órbita circular em TP TM
torno do centro da Terra com raio R = 4,3 . 107m 2) Intensidade da gravidade na superfície
e está em repouso em relação a um referencial VM RM TP lunar: 1,7m/s2.
–––– = –––– . –––– Adotando-se π = 3, o intervalo de tempo em
fixo no solo terrestre . Tal satélite tem sua VP RP TM
órbita contida no plano equatorial da Terra e que as comunicações com a Terra foram
movimento uniforme em relação a um 50 1 interrompidas é um valor mais próximo de:
–––– = –––– . r1 ⇒ r1 = 1000 a) 8,0min b) 10min c) 20min
referencial fixo no centro da Terra. 5,0 100
a) Cite uma cidade brasileira acima da qual d) 50min e) 100min
poderia ficar um satélite estacionário. V2 Resolução
b) a = ––––
2π 4 π2R

b) Qual o período de translação T, em horas, 2


R
do satélite estacionário em torno do centro g = acp = ω2 R = ––– . R = –––––
T T2
da Terra? VP2 2
VM
aP = –––– e aM = ––––
c) Considerando-se a duração do dia terrestre RP RM 4 . 9 . 1,7 . 106
igual a 8,6 . 104s, qual o módulo V, em km/s, 1,7 = –––––––––––––– ⇒ T 2 = 36 . 106
2 T2

da velocidade de translação do satélite aM VM RP


–––– = –––– . ––––
estacionário em torno de centro da Terra? aP VP RM T = 6,0 . 103 s
Adote π = 3.
d) Qual o módulo aC, em m/s2, da aceleração T
r2 = (10)2 . 100 ⇒ r2 = 10 000 Δt = ––– = 3,0 . 103 s = 50 min
centrípeta do satélite estacionário em seu 2
movimento em torno do centro da Terra? Respostas:a) r1 = 1000
Resolução b) r2 = 10 000 Resposta: D
a) Macapá, que está na linha do equador
 (VUNESP-UEA-MODELO ENEM) – Uma  (MODELO ENEM) – Um atleta treina, per-
terrestre.
máquina de lavar roupa está funcionando na correndo o circuito mostrado na figura abaixo,
b) T = 24h: igual ao período de rotação da
etapa de centrifugação. Instantes após o início constituído de dois segmentos retos de 100m
Terra.
dessa etapa, uma pequena peça de roupa, cada um e de dois arcos de circunferência de
Δs 2πR 2 . 3 . 4,3 . 107 25,0m de raio. Seu movimento é uniforme e
c) V = ––– = ––––– = –––––––––––––– (m/s) encostada na parede lateral do tambor da
Δt T 8,6 . 104 ele completa uma volta em 35,0s.
máquina, gira sem escorregar, com velocidade
angular ω e aceleração centrípeta com módulo Adote π = 3
V = 3,0 . 103m/s
igual a 400m/s2. Quando o tambor atinge a ve-
V = 3,0km/s locidade máxima de rotação, a peça de roupa
tem velocidade angular duplicada e a aceleração
V2 9,0 . 106 centrípeta passa a ter módulo, em m/s2, igual a
d) ac = ––– = ––––––––– (m/s2)
R 4,3 . 107 a) 800 b) 1000 c) 1200
d) 1400 e) 1600
ac  0,21m/s2 Resolução:
acp = ω2 R
Respostas: a) Macapá Como R é constante, acp é proporcional ao
b) T = 24h quadrado de ω.
c) V = 3,0km/s Quando ω duplica então acp fica multiplicada
Disponível em: <httpwww.aaalgarve.pt/porta/lindex.php>

d) ac  0,21m/s2 Acesso em:10 abr. 2013


por 4. Nos trechos retilíneos e curvos, o módulo da
 Considere as órbitas de Mercúrio e de Plu- a’cp = 4 acp = 4 . 400m/s2 aceleração do corredor vale respectivamente,
tão como circulares de modo a terem a) Zero e zero. b) Zero e 1,0m/s2.
movimento de translação em torno do Sol com a’cp = 1600m/s2 c) 10,0m/s e 0,4m/s . d) Zero e 4,0m/s2.
2 2

velocidades escalares constantes. e) 4,0m/s2 e 4,0m/s2.


Resposta: E
Sabe-se que a velocidade de translação de Resolução
Mercúrio tem módulo igual a 50km/s e a de  (MODELO-ENEM) – Quando os astronau- 1) s = 2L + 2πR = 200 + 6 . 25,0 (m) = 350m
Plutão tem módulo igual a 5,0km/s. tas da missão Apollo estiveram na Lua, um t = 35,0s
O raio de órbita de Plutão é 100 vezes maior deles, em um veículo espacial, ficou em órbita s 350m
V = ––– = –––––– = 10,0m/s
que o de Mercúrio. circular gravitando em torno da Lua. t 35,0s
Calcule Durante a metade de sua órbita, o astronauta 2) No trecho retilíneo a aceleração é nula (MRU).
a) a razão r1 entre os anos de Plutão e de Mer- ficou do lado da face oculta da Lua e, neste 3) No trecho circular a aceleração é centrípeta.
cúrio; intervalo de tempo, foram interrompidas todas
b) a razão r2 entre os módulos das acele- V2 (10,0)2
as comunicações com o resto da humanidade. acp = ––– = –––––– m/s2
rações centrípetas de Mercúrio e de Plutão. Admita que a sua órbita foi suficientemente R 25,0
Resolução baixa para que a aceleração da gravidade nela
acp = 4,0m/s2
s 2πR tivesse intensidade igual ao respectivo valor na
a) V = –––– = ––––
t T superfície da Lua (satélite rasante). Resposta: D

66 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 67

Exercícios Propostos – Módulo 41

 A Lua descreve em torno do centro da Terra um movimento  (OBFEP-MODELO ENEM) – Além de promover a fotos-
circular e uniforme com velocidade de translação com módulo síntese e acolher ecossistemas, uma floresta ajuda na eva-
V = 1,0 . 103m/s e período de translação T = 27,3 dias  2,4 . 106s. poração, interferindo no controle de temperatura e no regime
Determine de chuvas de uma região. A exploração econômica desen-
a) o raio R da órbita lunar (distância entre os centros da Terra e freada de uma floresta pode fazê-la desaparecer. Assim, o
da Lua). Adote π = 3; combate ao desmatamento ilegal na maior floresta tropical do
b) o módulo aC da aceleração centrípeta da Lua em seu mundo, a Amazônica, é uma das mais importantes ações bra-
movimento orbital. sileiras para o desenvolvimento sustentável. Contudo, além do
desmatamento destruir a floresta nativa, ele chegou a ser
RESOLUÇÃO: responsável por 60% da poluição anual que o Brasil lançou na
Δs 2πR atmosfera. Medidas relacionadas a isso foram tomadas e, nos
a) V = ––– = –––––
Δt T últimos anos, o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do
Desmatamento da Amazônia Legal (PPCDAm), por exemplo,
2.3.R reduziu, em média, 75% a taxa de desmatamento anual.
1,0 . 103 = –––––––––– ⇒ R = 4,0 . 108 m
2,4 . 106 O PPCDAm conta com um dos maiores sistemas de monitora-
mento do mundo, operando com ajuda de satélites equipados
V2
b) ac = ––– exclusivamente para esse fim. O CBERS-1 e o CBERS-2 são
R
satélites que fazem parte desse sistema. Eles foram colocados
(1,0 . 103)2
em órbita por meio de foguetes chineses, pois não possuem
ac = –––––––––– (m/s2) ⇒ ac = 0,25 . 10–2 m/s2 sistemas de propulsão. Para que se tornassem geoestacio-
4,0 . 108
nários, ficando sempre sobre a região amazônica e descreven-
do movimentos circulares e uniformes, foram lançados com
ac = 2,5 . 10–3 m/s2
velocidade de módulo 1,2 . 104km/h em um local cuja acele-
ração da gravidade tem módulo igual a 3,0 . 103km/h2. Obede-
Respostas: a) R = 4,0 . 108 m
cendo aos dados oferecidos e considerando-se que o raio da
b) ac = 2,5 . 10–3 m/s2
Terra mede 6,0 . 103km, qual a altitude das órbitas desses
satélites?
a) 3,6 . 104km b) 4,2 . 104km c) 4,6 . 104km
4
d) 5,2 . 10 km 4
e) 6,0 . 10 km

RESOLUÇÃO:
A aceleração da gravidade nos pontos da órbita faz o papel de
aceleração centrípeta no MCU descrito pelo satélite em torno do
centro da Terra.
V2
g = acp = –––
R

V2 (1,2 . 104)2
R = ––– = –––––––––– km
g 3,0 . 103

1,44
R = –––– . 105km
3,0

R = 4,8 . 104km

Porém, R = RT + h

4,8 . 104km = 6,0 . 103km + h

h = 4,2 . 104km

Resposta: B

FÍSICA 67
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 68

 O Brasil pode transformar-se no primeiro país  (UERN-MODELO ENEM) – Seguir uma trajetória correta
das Américas a entrar no seleto grupo das nas curvas é algo fundamental para a segurança do
nações que dispõem de trens-bala. O motociclista. Na estrada, encontramos o mais variado gênero
Ministério dos Transportes prevê o lançamento do edital de de curvas; de raio crescente, sucessivas, em variados ângulos.
licitação internacional para a construção da ferrovia de alta (...) Antes de chegar a uma curva, devemos ter em mente como
velocidade Rio-São Paulo. A viagem ligará os 403,2 quilômetros efetuar a manobra e, supostamente, conhecer a curva em
entre a Central do Brasil, no Rio, e a Estação da Luz, no centro questão. Devemos também decidir qual a velocidade, quando e
da capital paulista, em uma hora e 24 minutos (isto é, 1,4 h). onde vamos frear, porque nem todos o fazem de idêntico
Disponível em http://oglobo.globo.com.Acesso em: 14jul 2009. modo. Realizar tudo isto permite circular com superior
segurança, porque o nosso cérebro passa a coordenar
Devido à alta velocidade, um dos problemas a ser enfrentado antecipadamente todas as manobras.
na escolha do trajeto que será percorrido pelo trem é o (http://www.motoesporte.com.br/site/dicas/como-fazer-curvas)
dimensionamento das curvas. Considerando-se que uma
aceleração lateral confortável para os passageiros e segura
para o trem seja de 0,1g, em que g é o módulo da aceleração
da gravidade (considerado igual a 10m/s2), e que a velocidade
escalar do trem se mantenha constante em todo o percurso,
seria correto prever que as curvas existentes no trajeto
deveriam ter raio de curvatura mínimo de
a) 80m b) 430m c) 800m
d) 1600m e) 6400m

RESOLUÇÃO:
1) A velocidade terá módulo V dado por:
s
V = –––
t
s = 403,2km e t = 1,4h

403,2km km
V = –––––––– = 288 –––
1,4h h Um motociclista percorre uma curva que corresponde a um
288 arco de circunferência de 60° com velocidade escalar constante
V = –––––– m/s = 80m/s de 108km/h e aceleração centrípeta de módulo 2,5m/s2.
3,6
Considerando-se π = 3, o intervalo de tempo gasto para per-
2) Na curva, o trem terá uma aceleração centrípeta de módulo: correr toda a curva é
V2 V2 a) 10s b) 12s c) 15s d) 20s e) 25s
acp = ––– ⇒ 0,1g = –––
R R
RESOLUÇÃO:
(80)2
0,1 . 10 = ––––– km 108
R 1) V = 108 –––– = –––– m/s = 30m/s
h 3,6
Da qual: R = 6400m
V2
2) acp = ––––
R
Resposta: E
900
2,5 = –––– ⇒ R = 360m
R

V Δϕ
3) = ––– = –––
R Δt

30 π/3
––– = –––
360 Δt

360
Δt = ––– (s) ⇒ Δt = 12s
30

Resposta: B

68 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 69

Exercícios Resolvidos – Módulo 42

 Na figura, temos duas polias, A e B, em  Para serrar ossos e carnes


contato, que giram sem que haja escorrega- congeladas, um açougueiro
mento entre elas. O raio da polia A é igual ao utiliza uma serra de fita que
dobro do raio da polia B. possui três polias e um motor. O equipamento
pode ser montado de duas formas diferentes,
P e Q. Por questão de segurança, é necessário
que a serra possua menor velocidade linear.

A polia B gira no sentido anti-horário com


frequência de 8,0Hz.
Determine, justificando:
a) o sentido de rotação da polia A;
b) a frequência de rotação da polia A.
Resolução

(http://carros.hsw.uol.com.br.Adaptado.)
Considere rA, rB, rC e rD os raios das engrena-
Por qual montagem o açougueiro deve optar e
gens A, B, C e D, respectivamente. Sabendo-
qual a justificativa desta opção?
se que rB = 2 . rA e que rC = rD, é correto afirmar
a) Q, pois as polias 1 e 3 giram com veloci-
1
que a relação ––– dades lineares iguais em pontos periféricos
2 é igual a
e a que tiver maior raio terá menor frequên-
a) 0,2 b) 0,5 c) 1,0 d) 2,0 e) 2,2 cia.
Resolução b) Q, pois as polias 1 e 3 giram com frequên-
As engrenagens B e A estão presas ao eixo do cias iguais e a que tiver maior raio terá menor
a) Polias em contato direto giram em sentidos motor e, portanto, giram com a mesma velocidade linear em um ponto periférico.
opostos e, portanto, a polia A gira no c) P, pois as polias 2 e 3 giram com frequên-
velocidade angular de módulo .
sentido horário. cias diferentes e a que tiver maior raio terá
As engrenagens B e C estão em contato direto
b) VP = 2πfBRB = 2πfARA menor velocidade linear em um ponto
e, portanto, os pontos periféricos têm a periférico.
fA RB mesma velocidade linear V1. d) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes
––– = –––
fB RA V1 = rB = 1 rC velocidades lineares em pontos periféricos
e a que tiver menor raio terá maior frequên-
fB
Como RA = 2RB ⇒ fA = ––– = 4,0Hz rB cia.
1 = ––––– (1)
2 e) Q, pois as polias 2 e 3 giram com diferentes
rC
Respostas: a) sentido horário velocidades lineares em pontos periféricos
As engrenagens A e D estão em contato direto
b) 4,0Hz e a que tiver maior raio terá menor frequên-
e, portanto, os pontos periféricos têm a
cia.
 (UNESP-MODELO ENEM) – A figura mesma velocidade linear V2.
Resolução
representa, de forma simplificada, parte de um V2 = rA = 2 rD Polias ligadas por correia ou corrente têm velo-
sistema de engrenagens que tem a função de
cidades lineares periféricas iguais e frequên-
fazer girar duas hélices, H1 e H2, Um eixo rA cias inversamente proporcionais aos respec-
ligado a um motor gira com velocidade angular 2 = ––––– (2)
rD tivos raios.
constante e nele estão presas duas engrena-
Polias solidárias (ligadas ao mesmo eixo
gens, A e B. Esse eixo pode movimentar-se (1) 1 rB rD
Fazendo-se ––– , vem: ––– = ––– . ––– central) giram juntas com frequências iguais.
horizontalmente assumindo a posição 1 ou 2. (2) 2 rC rA Na montagem P, as polias (2) e (3) têm
Na posição 1, a engrenagem B acopla-se à
frequências iguais (f3 = f2):
engrenagem C e, na posição 2, a engrenagem
Como rC = rD e rB = 2rA, temos:
A acopla-se à engrenagem D. Com as f2 R1
––– = –––
engrenagens B e C acopladas, a hélice H1 gira 1 f1 R2
com velocidade angular constante ω1 e, com as ––– = 2,0
2
engrenagens A e D acopladas, a hélice H2 gira A velocidade linear da serra será dada por:
com velocidade angular constante ω2. Resposta: D VP = ω3 R3 = 2π f3 R3 = 2π f2 R3

FÍSICA 69
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 70

R1  Um planeta esférico hipotético X tem raio 2) A velocidade angular do planeta tem


VP = 2π f1 ––– . R3 R e o seu dia tem duração T. módulo dado por:
R2

= ––––
T
f3 R1
Na montagem Q, teremos f2 = f3 e ––– = ––– 3) A velocidade linear do ponto A tem
f1 R3
R1 módulo VA dado por:
e f2 = f1 –––
R3 2π
VA = r ⇒ VA = –––– R cos

T
A velocidade linear de serra será dada por:
b) A aceleração centrípeta do ponto A tem
VQ = ω2 R2 = 2π f2 R2
módulo aA dado por:
aA = 2 r
R1 2

VQ = 2π f1 ––– . R2 2π
R3 aA = –––– . R cos

T
Considere um ponto A situado numa latitude
.

2
VQ R2 R2 R2 4π2 R
––– = ––– . ––– = ––– Determine, para o ponto A, aA = –––––– . cos

VP R3 R3 R3 a) o módulo VA de sua velocidade linear; T2


b) o módulo aA de sua aceleração centrípeta.
2πR
Como R2 < R3 ⇒ VQ < VP e a montagem Q Resolução Respostas: a) VA = –––– cos

a) 1) O ponto A descreve uma circun- T


deve ser escolhida. ferência de raio r e centro B tal que: 4π2R
r = R cos
b) aA = ––––– cos

Resposta: A T2

Exercícios Propostos – Módulo 42

 Duas polias, Y e X, interligadas por uma correia, têm raios


respectivamente iguais a 10cm e a 20cm, como se representa
na figura a seguir. As polias estão em rotação e a correia não
desliza sobre elas. A polia X efetua 2,0 voltas por segundo,
com rotação uniforme.

Calcule, adotando-se π = 3:
a) a velocidade escalar linear de um ponto da correia;
b) o período de rotação da polia Y.

RESOLUÇÃO:

2 πR
a) V = –––– = 2 π f R
T

V = 2 π fx Rx = 2 . 3 . 2,0 . 20 (cm/s) ⇒ V = 2,4m/s

b) Vx = Vy
2π fx Rx = 2π fy Ry
1
2,0 . 20 = –––– . 10 ⇒ Ty = 0,25s
Ty

Respostas: a) 2,4m/s
b) 0,25s

70 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 71

 (UfSCar-SP-MODELO ENEM) – Para misturar o concreto,  (OPF-MODIFICADO-MODELO ENEM) – Considere duas


um motor de 3,5hp tem solidária ao seu eixo uma engrenagem pessoas, A e B, ambas na superfície terrestre, a pessoa A na
de 8,0cm de diâmetro, que se acopla a uma grande linha do Equador e a pessoa B numa latitude de 60°.
cremalheira em forma de anel, com 120cm de diâmetro, fixa ao Considere, ainda, somente o movimento de rotação da Terra
redor do tambor misturador. em torno de seu eixo.

Quando o motor é ligado, seu eixo gira com frequência de


3,0Hz. Nestas condições, o casco do misturador dá um giro
completo em
a) 3,0s b) 5,0s c) 6,0s d) 8,0s e) 9,0s

RESOLUÇÃO: É correto afirmar que


Os pontos de contato entre a engrenagem e o anel devem ter a a) a velocidade angular de A é maior que a de B.
mesma velocidade linear: b) o período de A é maior que o de B.
V1 = V2 c) a frequência de A é maior que a de B.
2π f1 R1 = 2π f2 R2
d) o módulo da aceleração centrípeta de A é o dobro do
módulo da aceleração centrípeta de B.
f1R1 = f2 R2
e) o módulo da velocidade vetorial de A é a metade do módulo
3,0 . 4,0 = f2 . 60,0 da velocidade vetorial de B.
12,0
f2 = ––––– Hz
60,0 RESOLUÇÃO:
1 As pessoas A e B terão movimento circular e uniforme com o
T2 = ––– = 5,0s mesmo período T, a mesma frequência f e a mesma velocidade
f2
angular .
Resposta: B A velocidade vetorial terá módulo V dado por:
V = R
A = B
R
RA = R e RB = R cos 60° = –––
2

Portanto, RA = 2RB ⇔ VA = 2VB

A aceleração centrípeta é dada por:


aA = 2 R
R
aB = 2 –––
2

Portanto: aA = 2aB

Resposta: D

FÍSICA 71
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 72

 (ESCOLA NAVAL-MODELO ENEM) – Observe o gráfico a


seguir.

O gráfico da figura acima mostra a variação do raio da Terra (R)


com a latitude (
). Observe que foram acrescentadas infor-
mações para algumas latitudes, sobre a menor distância entre
o eixo da Terra e um ponto P na superfície da Terra no nível do
mar, ou seja, Rcos
. Considerando-se que a Terra gira com
uma velocidade angular ωT = π/12(rad/h), qual é, aproximada-
mente, a latitude de P quando o módulo da velocidade de P em
relação ao centro da Terra mais se aproxima do módulo da
velocidade do som?
a) 0° b) 20° c) 40° d) 60° e) 80°

Dados: Vsom = 340m/s = 1224km/h


π=3

RESOLUÇÃO:
VP = ω . r = ω R cos

π
1224 = ––– . R cos

12

R cos
= 1224 . 4 (km)

R cos
= 4896km ⇒ latitude de 40°

Resposta: C

72 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 73

Palavras-chave:
A física da bicicleta
43 • Frequência • Período

Rcoroa
fcatraca = –––––––– . fcoroa
Rcatraca
Uma bicicleta sofisticada tem várias coroas e várias
catracas e cada combinação coroa-catraca é uma marcha
da bicicleta. Por exemplo, uma bicicleta com 18 marchas
tem três coroas e seis catracas.
A catraca, por sua vez, está fixa (é solidária) na roda
traseira e, portanto, catraca e roda da bicicleta giram
juntas com frequências iguais:
froda = fcatraca
Em uma bicicleta, o pedal está fixo na coroa, que é
uma espécie de polia dentada. Quando o pedal gira, a A velocidade escalar da bicicleta, suposta constante,
coroa gira junto com a mesma velocidade angular e, é dada por:
portanto, com a mesma frequência: Δs 2π Rroda
V = –––– = –––––––– = 2π froda . Rroda
Δt Troda
fcoroa = fpedal
V = 2π fcatraca . Rroda

Rcoroa
V = 2π . –––––––– . fpedal . Rroda
Rcatraca

Quando se pretende velocidade máxima, usamos


uma marcha que combina a coroa de raio máximo com a
catraca de raio mínimo.
A coroa está presa à catraca, que é outra polia com Quando se pretende subir uma ladeira íngreme, de-
dentes, por uma corrente e, portanto, os pontos perifé- vemos conseguir uma força motriz maior, o que nos obri-
ricos têm a mesma velocidade linear:
ga a reduzir a velocidade (o produto força x velocidade
VA = VB representa a potência muscular desenvolvida) e, para
tanto, usamos uma marcha que combina a coroa de raio
2πfcatraca Rcatraca = 2πfcoroa . Rcoroa
mínimo com a catraca de raio máximo.

Exercícios Resolvidos

 (UFPE) – Uma bicicleta possui duas catracas, uma de raio 6,0cm, Resolução
e outra de raio 4,5cm. Um ciclista move-se com velocidade escalar 1) Vcoroa = Vcatraca
constante de 12km/h usando a catraca de 6,0cm. Com o objetivo de 2π fCO RCO = 2π fCA RCA
aumentar a sua velocidade escalar, o ciclista muda para a catraca de
4,5cm mantendo a mesma velocidade angular dos pedais. Determine RCO
fCA = fCO –––– e froda = fCA
a velocidade escalar final da bicicleta, em km/h. RCA

2) V = 2π froda Rroda

RCO
V = 2π fCO ––––– . Rroda
RCA

V2 R1 V2 6,0
–––– = –––– ⇒ –––– = –––– ⇒ V2 = 16km/h
V1 R2 12 4,5

Resposta: 16km/h

FÍSICA 73
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 74

 (UERJ-MODELO ENEM) – Uma bicicleta de marchas tem três O módulo da velocidade da moto, em relação ao solo e em km/h, é de:
engrenagens na coroa, que giram com o pedal, e seis engrenagens no a) 54 b) 62 c) 66 d) 72 e) 90
pinhão (catraca), que giram com a roda traseira. Observe a bicicleta Resolução
1) Vpinhão = Vcoroa
abaixo e as tabelas que apresentam os números de dentes de cada
engrenagem, todos de igual tamanho. 2π fPI . RPI = 2π fCO . RCO
fCO RPI 2,0 3600 1
pinhão engrenagens –––– = –––– = –––– ⇒ fCO = ––––– . ––– Hz ⇒ fCO = 10Hz
da coroa nº. de dentes fPI RCO 12,0 60 6

1ª. 49 2) froda = fCO = 10Hz


2ª. 39 3) Vbicicleta = 2π froda Rroda
coroa 3ª. 27 Vbicicleta = 6 . 10 . 0,25 (m/s) ⇒ Vbicicleta = 15m/s = 54km/h
corrente
Resposta: A
engrenagens
1ª. 2ª. 3ª. 4ª. 5ª. 6ª.
do pinhão  (OLIMPÍADA PAULISTA DE FÍSICA-MODELO ENEM) – Na épo-
ca em que a bicicleta era feita inteiramente de madeira e que o calça-
nº. de dentes 14 16 18 20 22 24
mento das ruas era de pedra, pedalar trazia bastante desconforto. Ou-
Cada marcha é uma ligação, feita pela corrente, entre uma engre- tro problema enfrentado pelas primeiras bicicletas era o seu rendi-
nagem da coroa e uma do pinhão. mento. Antes da invenção da transmissão por correntes e da roda den-
Suponha que uma das marchas foi selecionada para a bicicleta atingir tada, toda transmissão de movimento era feita por um pedal acoplado
a maior velocidade possível. diretamente na roda dianteira (observe figura a seguir).
Nessa marcha, a velocidade angular da roda traseira é R e a da coroa
é C .
R
A razão ––– equivale a:
C
7 9 27 49
a) ––– b) ––– c) ––– d) ––– e) 1
2 8 14 24

Resolução
1) A coroa é solidária ao pedal (giram juntos) e, portanto, fpedal = fco.
2) Coroa e pinhão (ou catraca) estão ligados por uma corrente e, por-
tanto: Assim, para cada pedalada completa do ciclista, a bicicleta avançava
fPI RCO RCO uma distância equivalente ao comprimento da circunferência da roda
–––– = –––– ⇒ fPI = –––– . fCO dianteira, o que explica o fato dos primeiros modelos terem uma
fCO RPI RPI enorme roda dianteira. O mecanismo de transmissão usado hoje em
3) O pinhão é solidário à roda traseira e portanto: dia para melhorar o rendimento consiste em um conjunto de duas
RCO rodas dentadas. Uma delas fixa, enquanto o pinhão é livre na roda
froda = fPI = –––– . fCO traseira. Essas rodas dentadas giram sob o comando de uma corrente.
RPI
As rodas possuem números diferentes de dentes, por exemplo, 14 e
4) A velocidade da bicicleta é dada por: 42. Como o pedal está acoplado à roda dentada maior, cada volta do
RCO pedal (um giro de 42 dentes) implica três voltas da roda dentada
V = 2π froda . Rroda ⇒ V = 2π . –––– fCO . Rroda menor, já que 3 x 14 = 42. Como a roda dentada menor é a responsável
RPI
por transmitir o movimento ao conjunto, podemos dizer que a bicicleta
Para obtermos a velocidade máxima da bicicleta, devemos usar a deste exemplo avançará uma distância igual a três vezes o com-
marcha que combina a coroa de raio máximo (49 dentes) com o primento da sua roda traseira para cada pedalada completa.
pinhão de raio mínimo (14 dentes). Considere que uma bicicleta moderna tenha a transmissão por
corrente com 14 e 42 dentes e tenha rodas de diâmetro igual a 69cm.
R RCO 49 R 7
––– = –––– = ––– ⇒ –––– = ––– Qual, entre as alternativas abaixo, mais se aproxima da circunferência
C RPI 14 C 2 da roda dianteira de uma bicicleta antiga que teria o mesmo
deslocamento por pedalada completa?
Resposta: A
a) 2,07m b) 4,15m c) 6,50m d) 13,0m e) 17,1m
Resolução
 (VUNESP-MODELO ENEM) – A polia dentada do motor de uma
O pedal é fixo na coroa e, portanto, quando o pedal dá uma volta
motocicleta em movimento, também chamada de pinhão, gira com
completa, a coroa também dá uma volta completa.
frequência de 3600rpm. Ela tem um diâmetro de 4,0cm e nela está
Coroa e catraca estão ligadas por uma corrente e portanto:
acoplada uma corrente que transmite esse giro para a coroa, solidária
com a roda traseira. O diâmetro da coroa é de 24,0cm e o diâmetro fCA RCO 42
––––– = ––––– = –––– = 3 ⇒ fCA = 3fCO
externo da roda, incluindo o pneu, é de 50,0cm. A figura a seguir ilustra fCO RCA 14
as partes citadas.
Quando a coroa dá uma volta completa, a catraca dá 3 voltas. A catraca
Use π = 3, considere que a mo-
é fixa na roda traseira da bicicleta e portanto têm frequências iguais.
to não derrapa e que a trans-
Quando a catraca dá três voltas, a roda da bicicleta também dá 3 voltas
missão do movimento de ro-
e percorre uma distância dada por:
tação seja integralmente dirigi-
d = 3 . 2 π Rroda ⇒ d = 3 . π . 0,69m = 2,07. π m ⇒ d  6,50m
da ao seu deslocamento linear.
Resposta: C

74 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 75

Exercícios Propostos

 (UNICAMP-MODELO ENEM) – Pennyng farthing é um termo  (VUNESP-FAMECA-MODELO ENEM) – A figura mostra


utilizado para designar um antigo modelo de bicicletas, carac- uma bicicleta incomum, na qual o raio da coroa é muito menor
terizadas por terem a roda dianteira maior que a traseira, como que o da catraca, sendo que esta gira solidária à roda traseira
ilustra a figura abaixo. Suponha que a roda dianteira de uma bici- da bicicleta.
cleta Pennyng farthing tenha um raio R = 1,0m e a traseira apre-
sente um raio r = 0,25m.

Se tal bicicleta se move em linha reta, com velocidade escalar


constante de aproximadamente V = 10,8km/h , as frequências
de rotação das rodas grande e pequena serão, respectiva- (www.magliarosa.wordpress.com. Adaptado.)
mente,
a) 90rpm e 23rpm. b) 60rpm e 240rpm. Suponha que os raios da coroa, da catraca e da roda traseira
c) 108rpm e 27rpm. d) 30rpm e 120rpm. sejam, respectivamente, 6,0cm, 24cm e 40cm. Quando a
e) 60rpm e 120rpm. coroa realiza 2,0 voltas por segundo, um ponto P, no pneu
(Considere π  3) traseiro da bicicleta, gira com velocidade escalar de
a) 10π cm/s b) 20π cm/s c) 40π cm/s
RESOLUÇÃO: d) 80π cm/s e) 160π cm/s
s = ––––
V = –––
2πR
= 2πfR RESOLUÇÃO:
t T
1) Coroa e catraca tem a mesma velocidade escalar linear.
Roda grande : 3,0 = 6 fG . 1,0 ⇒ fG = 0,50rps = 30rpm
Vcoroa = Vcatraca

Roda pequena : 3,0 = 6 fP . 0,25 ⇒ fP = 2,0rps = 120rpm 2π fco Rco = 2π fca Rca

fca Rco fca 6,0


Resposta: D –––– = –––– ⇒ –––– = –––– ⇒ fca = 0,5 Hz
fco Rca 2,0 24

2) froda = fcatraca = 0,5 Hz

3) Vbicicleta = 2π froda Rroda

Vbic = 2π . 0,5 . 40 cm/s

vbic = 40π cm/s

Resposta: C

FÍSICA 75
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 76

 (UFLA-MG-MODELO ENEM) – As bicicletas do tipo Os números de dentes das engrenagens das coroas e das
“Mountain Bike” possuem um conjunto de coroas e catracas catracas dessa bicicleta estão listados no quadro.
que podem ser usadas aos pares para melhor adequar os
Engrenagens 1.a 2.a 3.a 4.a 5.a 6.a
esforços do ciclista às características do terreno. O pedal é fixo
às coroas, e as catracas, fixas à roda traseira. O esforço do N.o de dentes da
46 36 26 – – –
ciclista é transmitido às catracas por meio de uma transmissão coroa
solidária ao conjunto coroa-catraca. Consideremos a pista de N.o de dentes da
um velódromo horizontal e um ciclista que imprime a sua 24 22 20 18 16 14
catraca
bicicleta o ritmo de 1 pedalada/s e atinge uma velocidade de
módulo 28km/h, utilizando um conjunto coroa-catraca na Durante um passeio em uma bicicleta desse tipo, deseja-se
relação 1:4, ou seja, o raio da coroa é quatro vezes maior que fazer um percurso o mais devagar possível, escolhendo, para
o raio da catraca. Agora, se o ciclista utilizar uma relação coroa- isso, uma das seguintes combinações de engrenagens (coroa
catraca 1:3 com o mesmo ritmo de pedaladas, o módulo de sua x catraca):
velocidade será de I II III IV V
a) 7km/h b) 12km/h c) 21km/h
1.a x 1.a 1.a x 6.a 2.a x 4.a 3.a x 1.a 3.a x 6.a
d) 36km/h e) 45km/h
A combinação escolhida para realizar esse passeio da forma
RESOLUÇÃO: desejada é
1) fCO = fPE a) I. b) II. c) III. d) IV. e) V.
fCA RCO
2) –––– = ––––– (polias dentadas ligadas por uma corrente) Nota: O raio da engrenagem é proporcional ao número de
fCO RCA
dentes.
RCO
3) fRODA = fCA = ––––– . fPE
RCA RESOLUÇÃO:
1) O pedal é fixo na coroa, e, portanto:
4) V = 2π fRODA RRODA
fCO = fPE
RCO
V = 2π RRODA . ––––– . fPE
RCA 2) Coroa e catraca estão ligadas por uma corrente, e, portanto:
VCO = VCA
RCO
Na 1.a situação: ––––– = 4 e V1 = 28 km/h 2π fCO RCO = 2π fCA RCA
RCA
fCA RCO
–––– = –––––
RCO fCO RCA
3
Na 2.a situação: ––––– = 3 e V2 = –– V1 = 21 km/h
RCA 4
RCO
fCA = ––––– . fPE
Resposta: C RCA

3) A roda é fixa na catraca, e, portanto:


RCO
froda = fCA = ––––– fPE
RCA

4) A velocidade escalar da bicicleta é dada por:

s
 Uma bicicleta do tipo mountain bike tem uma
V = ––– = 2π Rroda . froda
t
coroa com 3 engrenagens e uma catraca com 6
RCO
engrenagens, que, combinadas entre si, deter- V = 2π Rroda ––––– . fPE
minam 18 marchas (número de engrenagens da coroa vezes o RCA
número de engrenagens da catraca).
Mantendo-se fixa a frequência com que o ciclista está pedalan-
do, a velocidade será mínima quando usamos a marcha que
combine a coroa de raio mínimo (26 dentes) com a catraca de
raio máximo (24 dentes)
isto é: 3.a x 1.a

Resposta: D

76 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 77

1.a Lei de Newton: Palavras-chave:


• Inércia
44 Princípio da Inércia • Força resultante nula

Isaac Newton foi um dos maiores gênios da Huma-


nidade. Ele organizou toda a Mecânica apoiado em três
leis que passaram para a história da Física como “as Leis
de Movimento de Newton”.
A Teoria da Relatividade de Einstein não invalidou,
porém limitou a validade das Leis de Newton.
Quando a velocidade dos corpos se aproxima da ve-
locidade da luz no vácuo (3,0 . 108m/s), as Leis de New-
ton deixam de ser verdadeiras e temos de substituí-las
pelas leis que aparecem na Teoria da Relatividade de
Einstein. Porém, como na nossa vida cotidiana as velo-
cidades envolvidas são muito menores que a velocidade Uma força aplicada é uma ação exer- A consequência de se puxar
cida sobre um corpo a fim de alterar ou empurrar não é a veloci-
da luz no vácuo, as correções impostas por Einstein não
sua velocidade e não permanece no dade, mas sim a alteração da
são significativas e as Leis de Newton continuam válidas corpo quando a ação termina. velocidade.
em nosso cotidiano.
É usual dizermos que a Física Newtoniana é um caso
particular da Física de Einstein para baixas velocidades,
3. Inércia
isto é, velocidades muito menores do que a velocidade Definição
da luz no vácuo.
A inércia é uma propriedade característica da maté-
As três Leis de Newton estudam: ria, isto é, uma propriedade comum a todos os corpos.
1.a lei: comportamento de um corpo livre da ação de Todos os corpos são constituídos de matéria, logo,
forças; todos os corpos gozam da propriedade chamada INÉR-
2.a lei: comportamento de um corpo ao receber a CIA.
ação de uma força;
3.a lei: como os corpos trocam forças entre si. Inércia é a tendência dos corpos em conservar a
sua velocidade vetorial.
1. Objetivos da Dinâmica
Dinâmica é a parte da Física que investiga os fato- Se o corpo estiver inicialmente em repouso, ele tem
res que podem produzir ou modificar o movimento dos uma tendência natural, espontânea, de permanecer em
corpos. repouso. Para alterar o seu estado de repouso, é preciso
Enquanto a Cinemática apenas descreve o movi- a interverção de uma força.
mento por meio de equações matemáticas, a Dinâmica Se o corpo já estiver em movimento, ele tem uma
procura descobrir as Leis da Natureza que explicam tendência natural, espontânea, de permanecer em
estes movimentos. movimento, conservando o módulo, a direção e o sen-
tido de sua velocidade, isto é, tem tendência de
2. Conceito de força continuar em movimento retilíneo e uniforme.
Na Dinâmica, entendemos FORÇA como sendo o Para alterar o seu estado de movimento retilíneo e
agente físico que produz ACELERAÇÃO, isto é, a causa uniforme, é preciso a intervenção de uma força.
que tem como efeito a mudança de velocidade dos Exemplos
corpos. A) Quando um cavalo, em pleno galope, para brusca-
Qualquer alteração de velocidade, seja em módu- mente, o cavaleiro é projetado para fora da sela, por inér-
lo, seja em direção, implica a presença de uma força. cia de movimento.

FÍSICA 77
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 78

• Foi Galileu quem pela primeira vez apresentou o


conceito de inércia, admitindo as duas manifestações: a
inércia de repouso e a inércia de movimento.
Porém, Galileu cometeu um erro: admitiu que o mo-
vimento circular uniforme mantinha-se por inércia.
Aristóteles só aceitava a inércia de repouso, afirman-
do que o estado natural dos corpos era o repouso e, con-
cluindo erradamente, que não existia movimento sem a
presença de forças.
Os conceitos de inércia de repouso e de movimento
foram aceitos por Newton e traduzidos em sua 1.a Lei de
Movimento.

4. 1.a lei de movimento


B) Quando um ônibus está em repouso e arranca
bruscamente, os passageiros que estavam em pé, sem de Newton: Princípio da
se segurar, são projetados para trás, por inércia de re- Inércia
pouso. Se o ônibus estiver em um plano horizontal com
velocidade constante (movimento retilíneo e uniforme), A 1.a Lei de Movimento de Newton, aplicada a par-
não há tendência de os passageiros serem jogados para tículas (pontos materiais), estabelece o comportamento
frente ou para trás, porém, em uma freada repentina, os de uma partícula quando estiver livre de forças.
passageiros são projetados para frente por inércia de A expressão livre de forças deve ser interpretada
movimento. de duas maneiras:
– nenhuma força atua sobre a partícula, o que, natu-
ralmente, é apenas uma concepção teórica ideal,
impossível de ser viabilizada praticamente.
– as forças atuantes na partícula neutralizam seus
efeitos, de modo que a “força resultante” é nula.
A 1.a Lei de Newton pode ser enunciada das seguin-
tes maneiras:

1.o enunciado:
Uma partícula, livre de forças, mantém sua velo-
cidade vetorial constante por inércia.

Inércia é a tendência de os corpos continuarem movimentando-se com


a velocidade que lhes foi imprimida ou de continuarem em repouso, se
estiverem inicialmente em repouso.

C) Quando um carro faz uma curva e a sua porta se


abre, um passageiro nela encostado é jogado para fora
do carro, por inércia de movimento, insistindo em
manter a direção de sua velocidade vetorial.
• A propriedade chamada inércia de um corpo é Desprezando-se as forças resistentes, a velocidade da moto se
medida quantitativamente por meio da massa deste cor- mantém por inércia.
po, que é, por isso, denominada massa inercial.
2.o enunciado:
A massa de um corpo é uma medida de sua inércia.

• Só existe inércia de velocidade, não existe inércia Uma partícula, livre de forças, ou permanece em
de aceleração, isto é, retirada a força (causa), no mesmo repouso ou permanece em movimento retilíneo e
instante cessa a aceleração (efeito) e apenas a uniforme.
velocidade do corpo será mantida constante, por inércia.

78 FÍSICA
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3.o enunciado: 5. Sistema de referência inercial


Uma partícula só pode alterar sua velocidade com Considere um livro no chão de um ônibus, inicial-
intervenção de uma força externa. mente em repouso. Admitamos que o chão seja liso de
modo a não haver atrito entre o chão e o livro.
O livro está sob a ação de duas forças que se neu-
Exemplificando →
tralizam: a força de gravidade

aplicada pela Terra ( P ) e a
força aplicada pelo chão ( F ).
A) Um automóvel altera sua velocidade, em um pla-
no horizontal, recebendo uma força externa do solo por
meio do atrito. Se não existisse atrito, os carros não
poderiam ser acelerados nem as pessoas poderiam
→ → →
andar em um plano horizontal. F+P=0

B) Quando um pássaro (ou um avião a hélice) está


voando, recebe do ar uma força externa capaz de alterar Se o ônibus acelerar, por causa da inexistência de
sua velocidade vetorial. atrito, o livro continua parado em relação à Terra, porém
escorrega para trás em relação ao ônibus.
C) Uma nave de propulsão a jato é acelerada graças Verifiquemos, então, que a 1.a Lei de Newton é
à força externa recebida dos jatos expulsos, isto é, os válida em relação a um referencial ligado à Terra: o livro
jatos aplicam no corpo da nave a força externa que vai estava em repouso e, como está livre de forças,
alterar sua velocidade vetorial. continuou em repouso; porém, não é válida em relação
a um referencial ligado ao ônibus acelerado: o livro
D) O herói infantil conhecido como “Super-Homem” estava em repouso, livre de forças, e se movimentou
traduz uma aberração física, pois, por mais forte e para trás em relação ao ônibus.
carregado de energia que ele seja, não pode voar sem
Isto posto, notamos que a 1.a Lei de Newton não
receber a ação de uma força externa (ou do ar ou de um
pode ser aplicada para qualquer sistema de referência;
sistema de jatos).
ela é válida para privilegiados sistemas de referência,
que são chamados de Sistemas Inerciais.
E) Uma nave a hélice não pode ser usada para uma
viagem espacial, pois, para ser acelerada, deve receber Para nossos estudos, serão considerados inerciais
força externa do ar e teria de atravessar, no espaço os referenciais ligados à superfície terrestre e os refe-
sideral, regiões de vácuo onde não há possibilidade de renciais em movimento de translação retilínea e uni-
receber força externa do ar. forme em relação à superfície terrestre.

Exercícios Resolvidos

 (VUNESP-MODELO ENEM) – Observe a tirinha. A personagem Garfield refere-se ao princípio da


a) ação e reação.
b) conservação da energia.
c) conservação da quantidade de movimento.
d) inércia.
e) transmissibilidade das forças.
Resolução
1.a Lei de Newton ou princípio da inércia.
Resposta: D

 (UERJ-MODELO ENEM) – Um livro está inicialmente em repouso


sobre o tampo horizontal áspero de uma mesa, sob ação exclusiva de seu
→ →
peso P e da força F1, exercida pela mesa. Em seguida, a mesa é inclinada
de um ângulo , de modo que o livro ainda permaneça em repouso.

FÍSICA 79
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 80


Seja F2 a força que a mesa aplica sobre o livro na situação (2). • motora ou propulsão;
Assinale a opção correta: • de resistência do ar ou arrasto;
→ → → → • peso;
a) F2= F1 b) | F2| = | P | cos 
→ → → → • força de sustentação.
c) | F2| = | P | sen  d) | F2| > | F1 | Caso um avião voe com velocidade constante, é correto afirmar que a
→ →
e) | F1 | = | F2| cos  soma das
a) forças verticais é nula e a das horizontais, não nula.
Resolução
b) forças horizontais é nula e a das verticais, não nula.
Nos dois esquemas, o livro permanece em repouso; a força resultante
c) forças horizontais e verticais é nula
deve ser nula e a força aplicada pela mesa deve equilibrar o peso do
d) forças positivas é nula.
livro.
e) forças negativas é nula.
→ → →
F2 = F1 = – P Resolução
Sendo a velocidade constante, a força resultante é nula e portanto:
Resposta: A 1) A força motora é equilibrada pela força de resistência do ar.
2) A força peso é equilibrada pela força de sustentação.
 (MODELO ENEM) – Aristóteles acreditava que a função da força Resposta: C
era produzir movimento e portanto um corpo livre da ação de forças só
poderia estar em repouso. Newton ensinou que a função da força era  (MODELO ENEM) – As misteriosas pedras que migram
produzir aceleração e portanto um corpo livre da ação de forças terá
velocidade constante. No Vale da Morte, na Califórnia, as pedras deixam rastros no chão
Assinale a opção correta. do deserto como se estivessem migrando. Uma explicação para este
a) De acordo com Aristóteles, um corpo livre da ação de forças pode fato é que, durante uma tempestade, os fortes ventos arrastam as
estar em movimento retilíneo e uniforme. pedras no solo amolecido pela chuva. Quando o solo seca, os rastros
b) De acordo com Newton, um corpo livre da ação de forças pode são endurecidos pelo calor.
estar em movimento retilíneo e uniforme. Admita que uma pedra foi arrastada com velocidade constante sob a
c) De acordo com Newton, um corpo em movimento está livre da ação da força de arrasto do vento e da força de atrito aplicada pelo
ação de forças (resultante nula). chão.
d) De acordo com Aristóteles, o movimento retilíneo e uniforme é Dados necessários para a resolução:
mantido por inércia. 1) Força de atrito: Fat = μ P
e) De acordo com Newton, um corpo em movimento retilíneo e μ = coeficiente de atrito entre a pedra e o chão = 0,80
uniforme não pode estar sob ação de forças. P = peso da pedra = 200N
Resolução
a) Falsa. De acordo com Aristóteles, um corpo livre de ação de forças 2) Força de arrasto aplicada pelo ar:
só pode estar em repouso. 1
b) Verdadeira. Faz parte do enunciado da lei da inércia. F = ––– C ρ A V2
2
c) Falsa. O único movimento de uma partícula mantido por inércia é o
MRU. C = coeficiente de arrasto = 0,80
d) Falsa. Apenas o repouso é mantido por inércia, de acordo com
ρ = densidade do ar = 1,2kg/m3
Aristóteles.
e) Falsa. Um corpo em MRU pode estar sob ação de forças desde que A = área da secção reta da pedra = 0,30m2
a força resultate seja nula. V = módulo da velocidade do vento
Resposta: B
O módulo V da velocidade do vento vale, em km/h:
 (FATEC-SP-MODELO ENEM) – Os aviões voam porque o perfil a) 60 b) 120 c) 180 d) 200 e) 320
aerodinâmico de suas asas faz com que o ar que passa por cima e por Resolução
baixo delas ocasione uma diferença de pressão que gera a força de Para que a velocidade seja constante, devemos ter a força resultante
sustentação. nula:
F = Fat

1
––– C ρ A V2 = μ P
2

1
––– . 0, 80 . 1,2 . 0,30 V2 = 0,80 . 200
2

400 20,0
V2 = –––– ⇒ V = –––– (m/s)
0,36 0,60
(Original colorido)

Esta força de sustentação é que permite ao avião se sustentar no ar. 20,0


Logo, para que o avião voe, as hélices ou turbinas do avião é que em- V = –––– . 3,6km/h ⇒ V= 120km/h
0,60
purram o ar para trás, e o ar reage impulsionando a aeronave para a
frente. Desta forma, podemos dizer que o avião se sustenta no ar sob
a ação de 4 forças: Resposta: B

80 FÍSICA
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Exercícios Propostos

 Segundo Aristóteles, uma vez deslocados de


RESOLUÇÃO:
De acordo com a lei da inércia (1.a Lei de Newton), a bola tende a
seu local natural, os elementos tendem es-
manter sua velocidade horizontal constante por inércia, pois
pontaneamente a retornar a ele, realizando nenhuma força horizontal atua na bola durante sua queda (resis-
movimentos chamados de naturais. tência do ar desprezível).
Já em um movimento denominado forçado, um corpo só per- Resposta: A
maneceria em movimento enquanto houvesse uma causa para
que ele ocorresse. Cessada essa causa, o referido elemento
entraria em repouso ou adquiriria um movimento natural.
PORTO, C. M. A física de Aristóteles: uma construção
ingênua?
Revista Brasileira de Ensino de Física. V. 31, n.o 4
(adaptado).
Posteriormente, Newton confrontou a ideia de Aristóteles, so-
bre o movimento forçado, com base na lei da
 Para entender os movimentos dos corpos,
Galileu discutiu o movimento de uma esfera
a) inércia. b) ação e reação.
de metal em dois planos inclinados sem
c) gravitação universal. d) conservação da massa.
atritos e com a possibilidade de se alterarem os ângulos de
e) conservação da energia.
inclinação, conforme mostra a figura. Na descrição do experi-
mento, quando a esfera de metal é abandonada para descer
RESOLUÇÃO:
Quando um corpo está em movimento e retiramos a força motriz um plano inclinado de um determinado nível, ela sempre
que causou o seu movimento, o corpo, livre da ação de forças, atinge, no plano ascendente, no máximo, um nível igual àquele
continuará em MRU por inércia, de acordo com a 1.a Lei de New- em que foi abandonada.
ton.
Resposta: A

Galileu e o plano inclinado. Disponível em: www.fisica.ufpb.br.


Acesso em: 21 ago. 2012 (adaptado).
Se o ângulo de inclinação do plano de subida for reduzido a
 Em 1543, Nicolau Copérnico publicou um livro zero, a esfera
revolucionário em que propunha a Terra a) manterá sua velocidade constante, pois a força resultante
girando em torno do seu próprio eixo e rodan- sobre ela será nula.
do em torno do Sol. Isso contraria a concepção aristotélica, que b) manterá sua velocidade constante, pois o impulso da
acredita que a Terra é o centro do universo. Para os descida continuará a empurrá-la.
aristotélicos, se a Terra gira do oeste para o leste, coisas como c) diminuirá gradativamente a sua velocidade, pois não haverá
nuvens e pássaros, que não estão presas à Terra, pareceriam mais impulso para empurrá-la.
estar sempre se movendo do leste para o oeste, justamente d) diminuirá gradativamente a sua velocidade, pois o impulso
como o Sol. Mas foi Galileu Galilei que, em 1632, baseando-se resultante será contrário ao seu movimento.
em experiências, rebateu a crítica aristotélica, confirmando e) aumentará gradativamente a sua velocidade, pois não
assim o sistema de Copérnico. Seu argumento, adaptado para haverá nenhum impulso contrário ao seu movimento.
a nossa época, é: se uma pessoa, dentro de um vagão de trem
RESOLUÇÃO:
em repouso, solta uma bola, ela cai junto a seus pés. Mas se
A esfera continuará com velocidade constante por inércia (1.a Lei
o vagão estiver movendo-se com velocidade constante, a bola
de Newton), pois a força resultante será nula.
também cai junto a seus pés (resistência do ar desprezível). Is- Resposta: A
to porque a bola, enquanto cai, continua a compartilhar do mo-
vimento do vagão.
O princípio físico usado por Galileu para rebater o argumento
aristotélico foi
a) a lei da inércia.
b) ação e reação.
c) a segunda Lei de Newton.
d) a conservação da energia.
e) o princípio da equivalência.

FÍSICA 81
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 82

 (UFRN-MODELO ENEM) – As Leis de Newton descrevem  (VUNESP-UEFS-MODELO ENEM) – Um objeto de pe-


os movimentos que podemos executar cotidianamente, tais quenas dimensões gira sobre uma superfície plana e horizon-
como andar, correr, saltar, bem como o fato de, usando tal, em movimento circular e uniforme, preso por um fio ideal
máquinas (p. ex., aviões), poder voar. As histórias em a um ponto fixo O, conforme a figura.
quadrinhos estão cheias de super-heróis com poderes incríveis
associados ao ato de voar, como, por exemplo, o Super-
homem e o Homem de Ferro (representados na figura abaixo).

Nesse movimento, o atrito e a resistência do ar são


considerados desprezíveis. Considere que quando o objeto
passa pelo ponto P da superfície, com velocidade escalar VP, o
fio se rompa e o objeto escape da trajetória circular. Alguns
instantes após o rompimento do fio, o objeto passará pelo
Disponível em <www.superherouniverse.com>. Acesso em: 18 de ago. 2012. ponto
a) 3 e com velocidade escalar maior do que VP.
Esses dois super-heróis conseguem voar, entretanto b) 2 e com velocidade escalar igual a VP.
a) o Homem de Ferro viola a lei da inércia, por usar propul- c) 3 e com velocidade escalar igual a VP.
sores para voar. d) 2 e com velocidade escalar maior do que VP.
b) o Super-homem viola a lei da ação e reação, por não usar e) 1 e com velocidade escalar igual a VP.
propulsores para voar.
c) o Homem de Ferro viola a lei da ação e reação, por usar pro- RESOLUÇÃO:
pulsores para voar. A velocidade vetorial é tangente à trajetória e tem o sentido do
movimento.
d) o Super-homem viola a lei da inércia, por não usar propul-
Por inércia (1.a Lei de Newton) o objeto conserva sua velocidade
sores para voar.
vetorial.
e) os dois super-heróis violam a lei da inércia.
Resposta: C
RESOLUÇÃO:
O Super-homem viola a 1.a Lei de Newton (lei da inércia) porque
nenhum corpo pode sozinho mudar sua velocidade vetorial; o cor-
po deve receber uma força externa, no caso, do sistema de propul-
sores.
Resposta: D

82 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 83

2.a Lei de Newton: Relação Palavras-chave:

45 e 46 entre força e aceleração • Força • Aceleração

A 2.a Lei de Newton refere-se ao comportamento de


um corpo ao receber a ação de uma força, isto é, esta-
belece uma relação entre causa (força) e efeito (ace- →
F = força aplicada.
leração).
m = massa da partícula.
Qualquer alteração de velocidade, seja em módulo, →
a = aceleração adquirida.
seja em orientação, significa uma aceleração que implica → →
a presença de uma força. A equação F = m a é uma igualdade vetorial, o que
nos mostra que, sendo a massa uma grandeza escalar
→ →
FORÇA ⇔ ALTERAÇÃO DE VELOCIDADE sempre positiva, a força F e a aceleração a terão sem-
pre a mesma direção e o mesmo sentido.
A força referida na 2.a Lei de Newton é a força resul-
Quando atua sobre a partícula mais de uma força, a
tante que age no corpo, isto é, a soma vetorial de todas →
força aplicada F deve ser entendida como a força resul-
as forças atuantes no corpo.
tante que age na partícula.
Quando uma nave está no espaço sideral, livre da
ação de forças externas, ela se move por inércia com
velocidade constante.
Se a nave quiser acelerar, frear ou mudar a direção
de sua velocidade, ela deverá receber uma força externa
e para isso o astronauta deverá acionar o sistema de
jatos.
Os jatos expulsos é que vão aplicar na nave a força
externa de que ela precisa para alterar a sua velocidade.
Quando você está dirigindo um carro e quer alterar a
velocidade dele, você deverá receber do solo terrestre
uma força externa e para tal você deverá pisar no ace-
lerador ou no freio. O foguete recebe ação de uma força aplicada pelos jatos.

1. 2.a lei de movimento A força resultante é uma força hipotética, capaz de


substituir todas as forças atuantes e produzir o mesmo
de Newton – Princípio efeito, isto é, proporcionar à partícula a mesma ace-
leração.
Fundamental da Dinâmica (PFD)
A 2.a Lei de Movimento de Newton procura estabe-
lecer o comportamento de uma partícula ao receber uma
força.
Enunciado da 2.a Lei de Newton:

Quando uma partícula recebe a ação de uma força,


ela adquire, na direção e sentido da força, uma
aceleração cujo módulo é proporcional ao módulo
da força aplicada.

A 2.a Lei de Newton estabelece um aspecto quan-


titativo entre a força aplicada (causa) e o efeito produzido
(aceleração), que pode ser traduzido pela chamada
equação fundamental da Dinâmica: Quando atuam mais de uma força em uma partícula, a força aplicada
→ →
deve ser entendida como a força resultante: F res = m . a . Na figura,
→ → representamos as forças e a respectiva resultante que a corda do arco
F =ma
aplica na flecha, depois que a atleta solta a corda.

FÍSICA 83
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 84

→ → →
Sendo F1, F2, …, Fn as forças atuantes na partícula, 2. Unidades de medida
foi estabelecido por Galileu que a força resultante é dada
pela soma vetorial dessas forças atuantes: Os sistemas de unidades usados na Mecânica ado-
tam, como fundamentais, três unidades, que são de-
→ → → → finidas a partir de um modelo ou padrão. As demais uni-
F = F1 + F2 + … + Fn dades denominam-se derivadas e são definidas a partir
das fundamentais pelas fórmulas que traduzem as leis
A soma de forças obedece às regras estabelecidas da Mecânica.
para a soma de vetores e destacamos três casos de Adotaremos em nossos estudos um sistema de
soma de duas forças: unidades chamado SISTEMA INTERNACIONAL (SI), cu-
→ →
• F1 e F2 têm mesma direção e sentido. jas unidades fundamentais são:
Nesse caso, o módulo da força resultante (F) é a • METRO (m), definido como sendo a distância
soma dos módulos (F1 e F2) das forças atuantes. percorrida pela luz, no vácuo, em um intervalo de tempo
de 1/299 792 458 do segundo.
F = F1 + F2 • QUILOGRAMA (kg), definido como sendo a
massa de um cilindro de platina iridiada, conservado no
→ → museu de Sèvres, em Paris.
• F1 e F2 têm mesma direção e sentidos opostos,
com F1 > F2. • SEGUNDO (s), definido em função da radiação
atômica do elemento Césio.
Nesse caso, o módulo da força resultante (F) é dado
pela diferença entre os módulos (F1 e F2) das forças
atuantes: 3. Unidades de
velocidade, aceleração e força
F = F1 – F2
Δs
Da definição de velocidade escalar V = –––, vem:
Δt
→ →
• F1 e F2 têm direções perpendiculares. unidade [Δs] m
unidade [V] = –––––––––––– = ––– = m . s–1
unidade [Δt] s

ΔV
Da definição da aceleração escalar a = –––, vem:
Δt

unidade [ΔV] m/s m


unidade [a] = –––––––––––– = –––– = –––– = m . s–2
unidade [Δt] s s2

• De acordo com a 2.a Lei de Newton, vem:


unidade [F] = unidade [m] . unidade [a]
Nesse caso, o módulo da força resultante (F) é rela-
m
cionado com os módulos (F1 e F2) das forças atuantes, unidade [F] = kg . –––– = kg . m . s–2 = newton (N)
por meio do Teorema de Pitágoras. s2

2 2 2
F = F1 + F 2

84 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 85

Exercícios Resolvidos – Módulo 45

→ →
 Em uma experiência didá- a) o módulo de F1 + F2; segundo, afirma-se que o módulo da força mé-
tica, cinco esferas de metal b) o módulo da aceleração da partícula. dia aplicada pela raquete sobre a bola de tênis,
foram presas em um bar- durante a rebatida, foi de
Resolução
bante, de forma que a distância entre esferas → →
a) 60N b) 2,8 . 102N
→ →
consecutivas aumentava em progressão arit-
a) 1) F1 = m a1 = 6,0 i + 8,0 j (SI) c) 3,0 . 102N d) 1,4 . 103N
→ → → → 3
mética. O barbante foi suspenso e a primeira 2) F2 = m a2 = 2,0 i – 14,0 j (SI) e) 3,0 . 10 N
esfera ficou em contato com o chão. Olhando → →
Resolução
→ → →
3) F = F1 + F2 = 8,0 i – 6,0 j (SI)
o barbante de baixo para cima, as distâncias +
8,0N
entre as esferas ficavam cada vez maiores.
Quando o barbante foi solto, o som das coli- → V0 = -20 m/s V = 30 m/s
sões entre duas esferas consecutivas e o solo  F 2 = F12 + F22
foi gerado em intervalos de tempo exatamente Fm
iguais. 6,0N ®
F (?)
A razão de os intervalos de tempo citados se- →
rem iguais é que a  F 2 = 64,0 + 36,0 = 100 (SI)
1) V = V – V0 = 30 – (–20)(m/s) = 50m/s
a) velocidade de cada esfera é constante. →
b) força resultante em cada esfera é constan-  F  = 10,0N V
2) PFD: Fm = m am = m –––
te. t
c) aceleração de cada esfera aumenta com o F 10,0
b) PFD: F = m a ⇒ a = ––– = –––– (SI)
tempo. m 2,0
50
d) tensão aplicada em cada esfera aumenta a = 5,0m/s2 Fm = 60 . 10–3 . –––––––– (N)
com o tempo. 1,0 . 10–2
e) energia mecânica de cada esfera aumenta Respostas: a) 10,0N
com o tempo. b) 5,0m/s2 Fm = 3,0 . 102N
Resolução
Quando a aceleração escalar é constante e não  (IFSP-MODELO ENEM) – Uma bola de
nula (MUV), os deslocamentos escalares em Resposta: C
tênis, com massa de 60 gramas e velocidade
intervalos de tempo sucessivos e iguais variam de módulo 20m/s, é rebatida por uma raquete
em progressão aritmética. de massa 280 gramas, em sentido contrário,  (UFTPR-MODELO ENEM) – Um motoris-
Portanto, a aceleração da esfera deve ser cons- ta, trafegando a 72km/h, avista uma barreira ele-
→ →
com velocidade de módulo 30 m/s.
tante e a força resultante sobre ela ( F = m a) trônica que permite velocidade escalar máxima
também deve ser constante. de 40km/h. Quando está a 100m da barreira, ele
aciona continuamente o freio e passa por ela a
Resposta: B
36km/h. Considerando-se que a massa do carro
com os passageiros é de 1,0 . 103kg, qual o mó-
 Uma partícula de massa m = 2,0kg se dulo da força resultante, suposta constante,
movimenta em um plano xy. sobre o carro ao longo destes 100m?
→ a) 1,0kN b) 1,5kN c) 2,0kN
Quando a força resultante na partícula é F1, a
→ → → d) 2,5kN e) 3,0kN
sua aceleração é dada por a1 = 3,0 i + 4,0 j (SI).
→ Resolução
Quando a força resultante na partícula é F2, a
→ → → 1) Cálculo do módulo da aceleração:
sua aceleração é dada por a2 = 1,0 i – 7,0 j (SI)
V2 = V02 + 2 s

(10)2 = (20)2 + 2 (–a) 100

200a = 300 ⇒ a = 1,5m/s2

2) Cálculo do módulo da força resultante:


PFD: Fr = ma
TREFIL, J.; HAZEN, R. M. Física Viva: Uma Fr = 1,0 . 103 . 1,5 (N)
introdução à Física conceitual. V. 1. Rio de Janeiro:

i : versor do eixo x LTC, 2006, p. 124. Fr = 1,5kN

j: versor do eixo y
Considerando-se que o tempo de contato entre Resposta: B
Quando a força resultante na partícula for
→ → a raquete e a bola foi de um centésimo de
F1 + F2, determine

FÍSICA 85
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Exercícios Propostos – Módulo 45

 (FGV-MODELO ENEM) – A figura a seguir mostra um ca-  Em uma colisão frontal entre dois automóveis,
minhão que está movendo-se em uma estrada plana e hori- a força que o cinto de segurança exerce sobre
zontal, uniformemente acelerado em linha reta para a direita. o tórax e abdômen do motorista pode causar
Fixo à carroceria do caminhão, há um plano inclinado no qual lesões graves nos órgãos internos. Pensando na segurança do
está apoiado um pequeno bloco, em repouso em relação ao seu produto, um fabricante de automóveis realizou testes em
caminhão. cinco modelos diferentes de cinto. Os testes simularam uma
colisão de 0,30 segundo de duração, e os bonecos que repre-
sentavam os ocupantes foram equipados com acelerômetros.
Esse equipamento registra o módulo da desaceleração do
boneco em função do tempo. Os parâmetros como massa dos
bonecos, dimensões dos cintos e velocidade imediatamente
antes e após o impacto foram os mesmos para todos os
testes. O resultado final obtido está no gráfico de aceleração
por tempo.

Dos segmentos orientados desenhados, o que pode


representar a resultante das forças que atuam sobre o bloco é
a) I b) II c) III d) IV e) V

RESOLUÇÃO:

De acordo com a 2a. Lei de Newton, a força resultante FR deve ter

a mesma direção e o mesmo sentido da aceleração vetorial a
→ →
FR = m a
Resposta: D

Qual modelo de cinto oferece menor risco de lesão interna ao


motorista?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

RESOLUÇÃO:
O risco de lesão interna está ligado à intensidade da força de
frenagem e, portanto à intensidade da aceleração do carro.
O cinto 2 corresponde ao de menor aceleração máxima e,
portanto, o de menor risco de lesão.
Resposta: B

86 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 87

 (UNESP-MODELO ENEM) – Um garçom deve levar um  (VUNESP-UNICID-MODELO ENEM) – Partindo do repou-


copo com água apoiado em uma bandeja plana e mantida na so, um carro de Fórmula 1 atingiu a velocidade escalar de
horizontal, sem deixar que o copo escorregue em relação à 180km/h após percorrer 120m em uma pista reta e horizontal
bandeja e sem que a água transborde do copo. O copo, com com aceleração constante. Considerando-se que a massa do
massa total de 0,4kg, parte do repouso e descreve um carro era 720kg, a intensidade média da força resultante no
movimento retilíneo e acelerado em relação ao solo, em um carro nesse movimento foi de
plano horizontal e com aceleração constante. a) 7,5 . 101N b) 1,5 . 102N c) 3,7 . 103N
3
d) 7,5 . 10 N 4
e) 1,5 . 10 N

RESOLUÇÃO:

km 180
1) V = 180 –––– = –––– m/s = 50,0m/s
h 3,6

2) V = V02 + 2  s
(50,0)2 = 0 + 2a . 120
2500 m 250 m
a = ––––– –––– = –––– ––––
(http://garcomegastronomia.blogspot.com.br. Adaptado.) 240 s2 24 s2
Em um intervalo de tempo de 0,8s, o garçom move o copo por
uma distância de 1,6m. Desprezando a resistência do ar, o 3) PFD: FR = m a
módulo da força de atrito devido à interação com a bandeja, 250
FR = 720 . –––– (N)
que atua sobre o copo nesse intervalo de tempo é igual a 24
a) 1,0N b) 2,0N c) 3,0N d) 4,0N e) 5,0N
FR = 30 . 250 (N)

RESOLUÇÃO FR = 7,5 . 103N


1) Cálculo do módulo da aceleração do copo:

s = V0 t + ––– t2 Resposta: D
2


1,6 = ––– . (0,8)2
2

3,2
 = –––––– (m/s2) ⇒  = 5,0m/s2
0,64

2) Cálculo do módulo da força de atrito:

® PFD: Fat = ma
FN
Fat = 0,4 . 5,0 (N)
®
® a
Fat Fat = 2,0N

®
P

Resposta: B

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Exercícios Resolvidos – Módulo 46

 (UNESP-MODELO ENEM) – Uma das modalidades esportivas a1 a2


a3 = –––––––
1,0 . 4,0
= ––––––– (m/s2)
em que nossos atletas têm sido premiados em competições olímpicas a1 + a2 5,0
é a de barco a vela. Considere uma situação em que um barco de
100kg, conduzido por um velejador com massa de 60kg, partindo do a3 = 0,80m/s2
repouso, se desloca sob a ação do vento em movimento retilíneo e
Resposta: B
uniformemente acelerado, até atingir a velocidade escalar de 18km/h.
A partir desse instante, passa a navegar com velocidade constante. Se
o barco navegou 25m em movimento retilíneo e uniformemente  (VUNESP-UEA-MODELO ENEM) – Frequentemente, em alguns
acelerado, qual é o módulo da força resultante aplicada sobre o barco trechos de estrada em meio à mata, alguns veículos atolam, sendo
neste deslocamento? necessário o auxílio de outro veículo, como um trator, para serem
a) 10N b) 20N c) 50N d) 80N e) 100N removidos.

Resolução
km 18
1) V = 18 ––– = –––– m/s = 5,0m/s
h 3,6
2) Aplicando-se a Equação de Torricelli, vem:
V 2 = V02 + 2  s (MUV)
25 = 0 + 2 . 25

 = 0,5m/s 2
O trator exerce uma força horizontal de intensidade 1,0 . 104N sobre o
3) 2.a Lei de Newton aplicada ao barco veículo atolado e o conjunto consegue mover-se com aceleração de
módulo 4,0m/s2. Se o carro resgatado tem massa de 1,0 . 103kg, a
FR = (mB + mH ) a
intensidade da força resistente ao movimento, provocada pela lama, no
FR = (100 + 60) 0,5 (N) carro, tem intensidade, em newtons, igual a
a) 4,0 . 103 b) 6,0 . 103 c) 1,4 . 104
FR = 80N
d) 2,0 . 104 e) 2,4 . 104
Resposta: D Resolução
PFD: FR = ma
 (MODELO ENEM) – Um estudante de Física, para testar as leis de F – Fr = ma
Newton, faz os seguintes procedimentos:
→ 1,0 . 104 – Fr = 1,0 . 103 . 4,0
(1) Aplica uma força horizontal constante F em uma caixa A de massa
M1 que vai adquirir uma aceleração de módulo a1 = 1,0m/s2. Fr = (1,0 . 104 – 0,4 . 104)N

(2) Aplica a mesma força F em uma caixa B de massa M2 que vai
Fr = 6,0 . 103N
adquirir uma aceleração de módulo a2 = 4,0m/s2.

(3) Aplica a mesma força F ao conjunto formado pelas duas caixas, A Resposta: B
e B, unidas e o conjunto adquire uma aceleração de módulo a3.
As caixas estão apoiadas em um piso horizontal e o atrito é despre-
 (OLIMPÍADA PAULISTA DE FÍSICA-MODELO ENEM) – Zenaide
zível.
e Terezinha estão estudando em uma mesa durante uma aula de
Física. Atendendo a um pedido de Terezinha, Zenaide movimenta seu
livro de 1,5kg para Terezinha (que está sentada à esquerda de Zenaide)
aplicando uma força constante de intensidade 9,5N. Se a força de atrito
entre o livro e a mesa tem intensidade de 7,0N, o módulo da acele-
ração do livro é mais próximo de:
a) 0,63m/s2 b) 1,0m/s2 c) 1,7m/s2
O valor de a3 é: 2 2
d) 2,0m/s e) 11,0m/s
a) 0,50m/s2 b) 0,80m/s2 c) 1,0m/s2 Resolução
d) 1,5m/s2 e) 3,0m/s2
a=?
Resolução
F = M1 a1 F = 9,5N
Fat = 7,0N
F = M2 a2
F = (M1 + M2) a3
PFD: FR = ma

––– + –––
a
F F F F F – Fat = ma
M1 = ––– ; M2 = ––– ⇒ F = 3
a1 a2 a
1 a2 9,5 – 7,0 = 1,5a

––– + –––
a
a  1,7m/s2
1 1
1= 3
a 1 a 2
Resposta: C

88 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 89

Exercícios Propostos – Módulo 46

 (VUNESP-MODELO ENEM) – Observe a figura a seguir.  Considere dois carrinhos de supermercado, A e B, unidos
por um cabo de massa desprezível e que deslizam com atrito
F = 10,8N desprezível em um solo plano e horizontal solicitados por uma
ONO
NON força horizontal constante de intensidade F = 10,0N.

ONO m1 = 4,0kg
NON

Fatrito = 1,8N

Dado que a 2a. Lei de Newton estabelece que a Força resul-


tante aplicada a um corpo é igual ao produto da aceleração pela
sua massa, e sabendo-se que a aceleração do carrinho tem Os carrinhos A e B, quando vazios, têm a mesma massa de
módulo igual a 1,5m/s2, que a massa da caixa maior é 4,0kg, é 5,0kg.
correto afirmar que a massa da caixa menor é, em kg, igual a O carrinho A está vazio e o carrinho B tem em seu interior um
a) 1,8 b) 2,0 c) 3,0 d) 5,0 e) 6,0 pacote C de massa 10,0kg que se desloca junto com B sem
Nota: não considere a massa do carrinho escorregar.
Calcule, desprezando-se o efeito do ar:
RESOLUÇÃO: a) o módulo a da aceleração dos carrinhos;
PFD: FR = ma b) a intensidade da força horizontal Fh (força de atrito) que o
F – Fat = ma carrinho B exerce no pacote C.
10,8 – 1,8 = (4,0 + m2) 1,5
9,0 = (4,0 + m2) . 1,5 RESOLUÇÃO:
4,0 + m2 = 6,0 a) 2..a Lei de Newton (A + B + C):
F = (mA + mB + mC) a
m2 = 2,0kg
10,0 = (5,0 + 5,0 + 10,0) a

Resposta: B a = 0,50m/s2

b) 2..a Lei de Newton (C):


Fh = mC a
Fh = 10,0 . 0,50 (N)

Fh= 5,0N

Respostas:a) a = 0,50m/s2
b) Fh = 5,0N

FÍSICA 89
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 90

 (VUNESP-FEMA-MODELO ENEM) – Após realizar suas  (UERJ-MODELO ENEM) – O corpo de um aspirador de pó


compras em um supermercado, uma pessoa empurra o tem massa igual a 2,0kg. Ao utilizá-lo, durante um dado in-
carrinho com os produtos em linha reta por uma superfície tervalo de tempo, uma pessoa faz um esforço sobre o tubo 1,
horizontal para dirigir-se ao caixa. Partindo do repouso, ela que resulta em uma força de intensidade constante igual a
empurra o carrinho durante cinco segundos e, nesse intervalo 4,0N aplicada ao corpo do aspirador. A direção dessa força é
de tempo, a resultante das forças que atuam sobre o carrinho paralela ao tubo 2, cuja inclinação em relação ao solo é igual a
é horizontal e sua intensidade se comporta como representado 60°, e puxa o corpo do aspirador para perto da pessoa.
no gráfico.

Considere sen 60° = 0,87, cos 60° = 0,5 e também que o corpo
do aspirador se move sem atrito.
Durante esse intervalo de tempo, o módulo da aceleração do
corpo do aspirador, em m/s2, equivale a:
Sabendo-se que a massa do carrinho com as compras é de a) 0,5 b) 1,0 c) 1,5 d) 2,0 e) 2,5
50,0kg, após esse intervalo de tempo de cinco segundos, a
velocidade escalar atingida pelo carrinho e a distância RESOLUÇÃO:
percorrida por ele são iguais, respectivamente, a
a) 1,0m/s e 2,5m. b) 1,0m/s e 5,0m. c) 1,5m/s e 5,0m. PFD: Fx = ma
d) 1,5m/s e 2,5m. e) 0,5m/s e 2,5m. F cos 60° = ma
1
RESOLUÇÃO: 4,0 . ––– = 2,0a
2
1) PFD: FR = m a
10,0 = 50,0a a = 1,0m/s2
a = 0,20m/s2
Resposta: B
2) V = V0 +  t
V1 = 0 + 0,20 . 5,0 (m/s)

V1 = 1,0m/s


3) s = V0 t + ––– t2
2
0,20
d = 0 + –––– . (5,0)2 (m)
2

d = 2,5m

Resposta: A

90 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 91

Palavras-chave:
Peso • Gravidade • Galileu
47 • Imponderabilidade

Todo corpo cria em torno de si um campo de forças Entende-se por “queda livre” uma queda pela ação
chamado campo gravitacional. da gravidade (e desprezando-se o efeito do ar), isto é,
O campo gravitacional se torna relevante se a massa uma queda gravitacional no vácuo.
do corpo for muito grande, como a massa do Sol, dos A aceleração de queda livre, que é a mesma para
planetas ou da Lua. todos os corpos, é denominada aceleração da gravida-
Assim, qualquer corpo nas proximidades da Terra é de e, nas proximidades da Terra, tem valor praticamente
atraído pelo nosso planeta por uma força gravitacional constante e assumido como 9,8m/s2, denominado gra-
que traduz o seu peso. vidade normal.
É famosa a história da maçã de Isaac Newton: obser- Na realidade, a aceleração da gravidade varia com a
vando a queda da fruta, Newton imaginou que a força altitude e com a latitude; o valor citado refere-se ao nível
que fazia a maçã cair (peso da maçã) deveria ser da do mar e a uma latitude de 45°.
mesma natureza da força que fazia a Lua gravitar em A experiência de Galileu pode ser feita analisando-se a
torno da Terra. queda de uma bola de chumbo e de uma pluma em câ-
A partir das medidas a respeito da queda livre dos maras de vácuo (tubos de onde se procura retirar todo o
corpos e da órbita lunar em torno da Terra, Newton ar), porém, sempre de modo aproximado, dada a inexis-
conseguiu formular a famosa lei da gravitação universal, tência de vácuo perfeito.
que se tornou um dos pilares da Física Newtoniana,
ensinando como ocorre a atração entre duas massas:

F = intensidade da força gravitacional entre os corpos A


eB
M = massa do corpo A
m = massa do corpo B
d = distância entre A e B
(a) (b)
G = constante universal (tem o mesmo valor em todo o
Universo) Nas experiências, mostra-se a influência do ar na queda da pedra e do
papel (fig. a) e a queda de ambos no vácuo (fig. b).
GMm
F = ––––––– Quando os astronautas estiveram na Lua, eles
d2
repetiram, com sucesso, a experiência de Galileu, pois
na Lua não há atmosfera e as condições são ideais para
1. Experiência de Galileu a verificação da queda livre.
Foi Galileu quem, pela 1.a vez, estudou corretamente A aceleração de queda livre na Lua é, aproximada-
a queda livre dos corpos. Suas experiências foram feitas mente, um sexto de seu valor na Terra, isto é, da ordem
com quedas no ar e os estudos foram extrapolados para de 1,6m/s2.
a queda no vácuo (espaço vazio; ausência de matéria).
Segundo comprovou Galileu: 2. Peso de um corpo
É muito importante não confundir os conceitos de
Todos os corpos em queda livre (queda no vácuo)
massa e peso de um corpo.
caem com a mesma aceleração.
A massa (m) é uma grandeza característica do cor-
A experiência de Galileu nos ensina que a aceleração po, que mede a sua inércia, e sua unidade, no SI, é o qui-
de queda livre é a mesma para todos os corpos, não impor- lograma (kg). A massa é grandeza escalar e não depen-
tando a massa, tamanho, forma ou densidade do corpo. de do local.

FÍSICA 91
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 92

O peso de um corpo é consequência da força de gravidade com que o corpo é atraído pela Terra.
A Terra cria, em torno de si, um campo de forças que é denominado campo de
gravidade.
Qualquer corpo, nas proximidades da Terra, é atraído por ela, por uma força
denominada força gravitacional.
Não levando em conta os efeitos ligados à rotação da Terra, essa força
gravitacional, aplicada pela Terra, é denominada peso do corpo.
O peso é, pois, uma força, grandeza de natureza vetorial, e é medido, no SI, em
newtons (N).
A equação relacionando o peso (P ) e a massa (m) é obtida aplicando-se a 2.a Lei
de Newton para um corpo em queda livre.
Quando um corpo de massa (m) está em queda livre, sua aceleração é a ace →
-

leração da gravidade local ( g ) e a única força atuante sobre ele é o seu peso (P ).
→ → →
Portanto: F = m a ⇒ P = m→ g

Observe que, como a gravidade g varia com o local, o peso de um corpo não é
característica sua, pois também depende do local, variando proporcionalmente com

o valor de | g |.

Por outro lado, →
como a aceleração da gravidade g tem direção vertical e sentido
para baixo, o peso P também terá direção vertical e sentido para baixo.
Quando um astronauta vai para a Lua, sua massa continua a mesma, porém o seu A imponderabilidade (sensação de au-
peso varia, pois a aceleração da gravidade lunar é diferente da terrestre. Na Lua, a sência de peso) pode ser obtida no
aceleração da gravidade é, aproximadamente, um sexto de seu valor na Terra e o peso interior de um avião em queda livre ou
do astronauta também será, aproximadamente, um sexto de seu valor na Terra. em uma nave orbitando ao redor da
Terra.

Exercícios Resolvidos

 (INEP-MODELO ENEM) – Este é um diá- (2) a unidade quilograma refere-se à grandeza c) Falsa. P = mg: o peso somente será propor-
logo muito comum em feiras livres: massa e não à grandeza peso (peso é me- cional à massa quando a aceleração
dido em newtons). gravitacional for constante.
Comprador: — Moço, por favor, quanto Resposta: A d) Falsa. A massa permanece constante e o
pesa esse pedaço de carne? peso varia com o local.
Vendedor: — Mais ou menos um quilo. e) Falsa. A unidade kg se refere à massa e a
Do ponto de vista da terminologia científica,  (MODELO ENEM) – As seguintes frases, unidade newton (N) se refere ao peso.
está ocorrendo referentes aos conceitos de massa e de peso, Resposta: B
a) uma incorreção, pois o comprador pergunta foram extraídas de provas de Física do ensino
sobre peso, que é uma força, e o vendedor médio.
responde em quantidade de massa e com Assinale a única que é verdadeira.  Para medir o tempo de reação
unidade errada. a) Massa e peso referem-se a uma mesma de uma pessoa, pode-se rea-
b) uma incorreção, pois o comprador pergunta grandeza física expressa em unidades lizar a seguinte experiência:
sobre quantidade de massa, e o vendedor res- diferentes. I. Mantenha uma régua (com cerca de
ponde em peso, que é uma força da gravidade. b) Massa é uma propriedade associada a um 30cm) suspensa verticalmente, segu-
c) um diálogo correto, pois massa e peso têm único corpo e peso resulta da interação rando-a pela extremidade superior, de
o mesmo significado, ambos expressando a entre dois corpos. modo que o zero da régua esteja situado
quantidade de massa. c) O peso de um objeto é sempre proporcional na extremidade inferior.
d) um diálogo correto, pois embora massa e à sua massa. II. A pessoa deve colocar os dedos de sua
peso tenham significados diferentes, ambos d) A massa de um objeto varia com o local mão, em forma de pinça, próximos do
têm unidade de massa: grama, quilo etc. e) A unidade kg se refere tanto à massa como zero da régua, sem tocá-la.
e) um diálogo correto, pois massa e o peso têm ao peso de um corpo. III. Sem aviso prévio, a pessoa que estiver
as mesmas unidades. Resolução segurando a régua deve soltá-la. A outra
Resolução a) Falsa. Massa e peso são grandezas físicas pessoa deve procurar segurá-la o mais
Existem dois erros na resposta do vendedor: distintas. rapidamente possível e observar a
(1) a unidade de medida de massa é o quilo- b) Verdadeira. O peso resulta da interação gra- posição onde conseguiu segurar a régua,
grama e não quilo, que é um prefixo que vitacional entre dois corpos (por exemplo, isto é, a distância que ela percorre
corresponde a 1000. uma pessoa e o planeta Terra). durante a queda.

92 FÍSICA
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 93

O quadro seguinte mostra a posição em que a) Qualquer gota, não importando o seu raio R,
g
três pessoas conseguiram segurar a régua e os s = ––– t2 terá a mesma velocidade terminal.
respectivos tempos de reação. 2 b) As gotas maiores terão maior velocidade
terminal.
Distância percorrida s (distância percorrida) é proporcional ao
Tempo de reação c) As gotas menores terão maior velocidade
pela régua durante a quadrado do tempo de queda t e, por isso, s
(segundo) terminal.
queda (metro) aumenta mais rapidamente do que o tempo t (a
d) Não há dados suficientes para relacionar-
velocidade da régua está aumentando durante
0,10 0,14 mos a velocidade terminal da gota com o
a queda).
0,15 0,17 seu raio.
Resposta: D
e) A velocidade terminal da gota independe de
0,30 0,24
 (MODELO ENEM) – A velocidade terminal seu raio.
(Disponível em: http://www. br.geocities. com. (velocidade limite de queda) Vt de uma gota de
Acesso em: 1 fev. 2009.) Resolução
chuva em queda vertical é dada pela expres-
A distância percorrida pela régua aumenta mais 4
são:
rapidamente que o tempo de reação porque a m = V = –– π R3
2mg 3
a) energia mecânica da régua aumenta, o que
Vt = –––––
a faz cair mais rapidamente. c A A = π R2
b) resistência do ar aumenta, o que faz a régua 4
cair com menor velocidade. m = massa da gota 2 . –– π R3 g
3
c) aceleração de queda da régua varia, o que g = módulo da aceleração da gravidade Vt = ––––––––––––––
provoca um movimento acelerado. c = coeficiente adimensional que é o mesmo C . π R2
d) força peso da régua gera um movimento para todas as gotas de chuva
acelerado. = densidade do ar
8 R = k
R
e) velocidade da régua é constante, o que A = aréa da secção transveral da gota = π R2, Vt = –– g –––
provoca uma passagem linear de tempo. em que R é o raio da gota. 3 C
Resolução
Desprezando-se o efeito do ar, a força resultan- Lembrando que m = V, em que é a densi-
As gotas maiores (R maior) terão maior veloci-
te na régua será o seu peso, que é constante. 4 dade terminal.
O movimento de queda da régua terá ace- dade da água que forma a gota e V = –– π R3
3 Resposta: B
leração constante. é o volume da gota de raio R, podemos afirmar:

Exercícios Propostos

 (FEPESE-MODELO ENEM) – Leia o texto abaixo:

“O povo acompanhava a pé, de bicicleta, em alegre procissão,


até o momento mágico de o inventor brasileiro acionar o motor,
para vencer a lei da gravidade, executar o voo da liberdade e
obter a confirmação do êxito. Naquela memorável tarde, Alber-
to Santos-Dumont mostrou ao público que acabara de inventar
o avião, cuja massa, incluindo o piloto, era de 300kg, pois nave-
gara pelo ar – saindo do solo e a ele retornando – com recursos
do próprio aparelho. Ele foi o primeiro grande herói brasileiro de
projeção internacional”.
Adaptado de https://educacao.uol.com.br/datascomemorativas/
Analisando-se o gráfico e os dados sobre o avião, indique o
1023---centenario-voo-14-bis.htm,
instante no qual ele decola.
acessado em 27/09/2017.
a) 5s b) 10s c) 15s d) 20s e) 25s

RESOLUÇÃO:
O fragmento narra o voo que Alberto Santos-Dumont realizou
O avião decola quando a força de sustentação torna-se maior que
em Paris, em 1906, e o gráfico adiante representa, de forma
o peso:
muito simplificada, o módulo da força de sustentação aplicada
Fsus > 3,0 . 103N
em função do tempo, durante a parte desse voo.
Isto ocorre a partir do instante t = 10s.
Resposta: B

FÍSICA 93
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 94

 (UFRN-MODELO ENEM) – Na tirinha a seguir, o paciente  (SÃO LEOPOLDO MANDIC-MODELO ENEM) – Em uma
tenta justificar seu problema de peso ao médico. aula de Física, três estudantes, ao serem questionados sobre
FRANK & ERNEST ® by Bob Thaves as forças que atuam em uma bolinha subindo após ser lan-
A QUE O SENHOR ATRIBUI O SEU PROBLEMA çada para cima, elaboraram os seguintes desenhos:
À GRAVIDADE,
DE PESO?
UAI!

Do ponto de vista da Física, a justificativa do paciente está


correta, pois
a) a massa é uma grandeza que expressa a força com que a
Terra atrai os corpos para baixo.
b) a balança mede massa, e não peso, uma vez que o peso A partir dos desenhos realizados, a professora de Física
varia com a altura. conduziu uma discussão na qual os alunos comentaram o que
c) o peso é uma grandeza que mede a quantidade de matéria aconteceria nessa situação, desprezando-se o efeito do ar.
de um corpo, a qual não depende da gravidade. Assinale o único comentário correto:
d) a balança mede peso, e não massa, e o peso depende da a) Visto que a bolinha está subindo, é necessário que a
gravidade. resultante das forças também seja para cima, conforme
e) massa é sinônimo de peso. ilustrado pelo estudante 1.
b) Não há nenhum problema no fato de a bola subir e a força
RESOLUÇÃO: resultante ser para baixo, desde que o movimento seja
A massa é grandeza característica do corpo, a qual mede a sua inércia. retardado, como ilustrado na imagem do estudante 2.
O peso é a força gravitacional aplicada pelo planeta e depende do c) A imagem produzida pelo estudante 3 pode estar correta, já
local. que em algum instante da subida as forças contrária e a
Resposta: D
favor do movimento devem equilibrar-se.
d) O estudante 1 fez a figura correta porque o sentido do
movimento indica que a força aplicada pela mão deve ser
maior que o peso durante toda a subida.
e) O estudante 3 fez a figura correta, pois a bolinha sobe com
velocidade constante e a força resultante é nula.

RESOLUÇÃO:
Após ser lançada para cima, a única força atuante na bolinha é o
seu peso.
Na subida, o movimento é retardado e por isso a força resultante
(peso) tem sentido oposto ao do vetor velocidade.
Resposta: B

94 FÍSICA
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 (VUNESP-FEMA-MODELO ENEM) – Em uma aula expe-  (UNIFESP-MODELO ENEM) – Em um salto de paraque-


rimental foi utilizado um dispositivo para determinar a massa M dismo, identificam-se duas fases no movimento de queda do
de um pacote. Esse dispositivo consiste de uma mola ideal de paraquedista. Nos primeiros instantes do movimento, ele é
constante elástica K = 300N/m à qual está presa uma haste acelerado. Mas, devido à força de resistência do ar, o seu
horizontal que aponta para uma posição em uma régua vertical movimento passa rapidamente a ser uniforme com velocidade
graduada em centímetros. Com a mola livre e relaxada, a haste escalar V1, com o paraquedas ainda fechado. A segunda fase
aponta para a marca de 34cm e, com o pacote pendurado na tem início no momento em que o paraquedas é aberto. Rapida-
mesma mola e em equilíbrio, a haste aponta para a marca de mente, ele entra novamente em um regime de movimento
58cm. uniforme, com velocidade escalar V2. Sabe-se que, sendo
constante a densidade do ar, a intensidade da força de resis-
tência do ar sobre um corpo é proporcional à área sobre a qual
atua a força e ao quadrado de sua velocidade escalar. Se a área
58 cm efetiva aumenta 100 vezes no momento em que o paraquedas
K
se abre, pode-se afirmar que:
34 cm
a) V2/V1 = 0,08 b) V2/V1 = 0,1 c) V2/V1 = 0,15
d) V2/V1 = 0,21 e) V2/V1 = 0,3
M
RESOLUÇÃO:
Com o paraquedas fechado, ao atingir a velocidade limite V1, vem:
Far = P = k A V12 (1)

(http://efisica.if.usp.br. Adaptado.) Com o paraquedas aberto, ao atingir a velocidade limite V2, vem:
Far = P = k 100 A V 22 (2)
Adotando-se g = 10m/s2, a massa M do pacote será igual a
a) 3,6kg. b) 7,2kg. c) 10,2kg. Comparando-se (1) e (2), vem:
d) 12,8kg. e) 17,4kg.
k A V12= k 100 A V22
Dado: Lei de Hooke: Fmola = Kx
V12 = 100 V22

V1 = 10V2
RESOLUÇÃO:
Equilíbrio do pacote: V2
Da qual: ––––– = 0,1
Fe = P V1
K (L – L0) = Mg
300 (0,58 – 0,34) = M . 10 Resposta: B

300 . 0,24 = M . 10

M = 7,2kg

Resposta: B

FÍSICA 95
C2_1a_Fis_Alelex_2022 23/12/2021 14:38 Página 96

2.a Lei de Newton


48 em movimentos verticais

Exercícios Resolvidos

 (SÃO LEOPOLDO MANDIC-MODELO ENEM) – E. G. Otis, em 3 1


(dados: cos 30° = –––– , sen 30° = –– e g = 10m/s2)
1853, impressionou a opinião pública ao realizar um teste com um 2 2
equipamento de segurança para elevadores (criado por ele mesmo, no Nas condições descritas, pode-se afirmar que o módulo da aceleração
ano anterior). Colocado dentro do equipamento, quando descia com do aviãozinho é:
velocidade escalar constante de 0,5m/s, ordenou ao seu ajudante que
5 3 5
cortasse o único cabo de sustentação. O elevador iniciou, a partir 3m/s2
a) 5 b) ––––– m/s2 c) –––– m/s2
desse momento, uma queda livre, caindo apenas 10cm, quando foi 2 3
desacelerado, em apenas um segundo, até o repouso, por uma força 10
vertical constante, exercida pelo dispositivo de segurança. Sabendo-se 3 m/s2
d) 10 e) –––– m/s2

3
que a massa total (elevador + inventor) era de 1000kg e usando-se
Resolução
g = 10m/s2 para o módulo da aceleração gravitacional, é correto afirmar
® ®
que a intensidade da força, em N, exercida pelo dispositivo de Fy F
segurança sobre o elevador foi igual a: F
30° 1) P = Fy = F sen 30° = –––
a) 8500 b) 9500 c) 10 000 d) 10 500 e) 11 500 2
®
Resolução Fx
1) Cálculo da velocidade escalar ao ser acionado o dispositivo de F = 2mg (1)
segurança:
V12 = V02 + 2  s (MUV) ®
P
V12 = 0,25 + 2 . 10 . 0,10 = 2,25 (SI)
2) PFD: Fx = m a
V1 = 1,5m/s F cos 30° = m a
3
2) Cálculo do módulo da aceleração durante a freada: 2mg . –––– = m a
2
V = V1 + 1 t (MUV)
0 = 1,5 – a . 1,0 ⇒ a = 1,5m/s2 a = g 
3 = 10 
3 m/s2

3) Cálculo da força aplicada pelo dispositivo de segurança: Resposta: D

PFD: F – P = ma
 (UNESP-MODELO ENEM) – O bungee jump é um esporte radical
no qual uma pessoa salta no ar amarrada pelos tornozelos ou pela
F = m (g + a) cintura a uma corda elástica.
F = 1000 (10 + 1,5) (N)

F = 11 500N

Resposta: E

 (UFPB-MODELO ENEM) – Um garoto corre puxando um avião-


zinho de plástico que se desloca paralelo ao solo horizontal. A força
com que o garoto puxa o aviãozinho faz um ângulo de 30° com a
horizontal (ver figura a seguir). Despreze o efeito do ar.

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Considere que a corda elástica tenha comprimento natural (não  (CESGRANRIO-MODELO ENEM) – João e Pedro resolveram
deformada) de 10m. Depois de saltar, no instante em que a pessoa brincar com cinco pequenos ímãs, de massa m = 5,0g cada um, que
passa pela posição A, a corda está totalmente na vertical e com seu estavam sem marcação dos polos norte e sul. A ideia deles é levantar
comprimento natural. A partir daí, a corda é alongada, isto é, tem seu uma pequena plataforma de massa M = 80g utilizando a força entre os
comprimento crescente até que a pessoa atinja a posição B, onde para ímãs, colados na plataforma, e um ímã grande, cujo polo norte está
instantaneamente, com a corda deformada ao máximo. apontado na direção dos pequenos ímãs, como mostra a figura. Adote
g = 10m/s2.

O problema é que João e Pedro dispuseram os cinco ímãs de maneira


aleatória e não sabem se os polos norte ou sul de cada ímã estão
apontando para cima ou para baixo. A força que o ímã grande faz sobre
cada um dos pequenos, na situação da figura, tem módulo 0,40N e
pode ser atrativa ou repulsiva, dependendo de qual polo do pequeno
Desprezando-se a resistência do ar, é correto afirmar que, enquanto a ímã aponta para cima.
pessoa está descendo pela primeira vez depois de saltar, ela A quantidade mínima de ímãs com polaridade sul voltada para cima
a) atinge sua máxima velocidade escalar quando passa pela posição A. para que a plataforma não caia é:
b) desenvolve um movimento retardado desde a posição A até a a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
posição B. Resolução
c) movimenta-se entre A e B com aceleração, em módulo, igual à da 1) Peso do conjunto plataforma + ímãs:
gravidade local.
P = (M + 5m)g = 105 . 10–3 . 10 (N) = 1,05N
d) tem aceleração nula na posição B.
e) atinge sua máxima velocidade escalar numa posição entre A e B.
2) Seja n o número de ímãs com polo sul para cima.
Resolução
A força magnética de atração terá intensidade F1 = n 0,40N e a
A velocidade escalar será máxima quando a força elástica aplicada pela
força de repulsão terá intensidade F2 = (5 – n) 0,40N
corda tiver a mesma intensidade do peso da pessoa.
Isto ocorre entre as posições A e B.
Na posição B, a pessoa tem aceleração vertical dirigida para cima.
Sendo C a posição de velocidade escalar máxima, então entre A e C o
movimento é acelerado e entre C e B é retardado.

A
(P > Fe) movimento acelerado

C (Fe = P) velocidade máxima


3) Para que a plataforma não caia:
F1  (F2 + P)
(Fe > P) movimento retardado
n . 0,40  (5 – n) 0,40 + 1,05 ⇒ n . 0,40  2,0 – 0,40n + 1,05
B n . 0,80  3,05
n  3,8. Como n é inteiro então:
Entre A e B, a aceleração é variável, sendo nula na posição C.
A aceleração será igual à da gravidade entre a posição de partida e a nmín = 4
posição A.
Resposta: E Resposta: D

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Exercícios Propostos

 (MODELO ENEM) – Um macaco de massa m = 10,0kg  (UFPE-MODELO ENEM) – Para conseguir atingir o alto de
sobe verticalmente com aceleração dirigida para cima e de uma árvore, um garoto usa uma corda de massa desprezível,
módulo a ao longo de uma corda de massa desprezível que fixa no solo e passando por um galho de árvore, conforme
passa pelo galho de uma árvore e está presa na outra indicado na figura.
extremidade a uma caixa de massa M = 15,0kg que está
subindo com velocidade constante. O efeito do ar é des-
prezível e adota-se g = 10,0m/s2.

O garoto tem massa de 20,0kg e consegue subir com uma


aceleração dirigida para cima e com módulo a = 0,5m/s2. A
aceleração da gravidade tem módulo g = 10,0m/s2 e o efeito
O valor de a é dado por: do ar é desprezível.
a) a = 2,0m/s2 b) a = 5,0m/s2 c) a = 7,5m/s2 A força que o garoto recebe da corda tem intensidade igual a:
d) a = 10,0m/s 2 e) a = 15,0m/s2 a) 190N b) 200N c) 210N d) 220N e) 230N

RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO:

T 1) T = PC = Mg = 150N

PFD (garoto):
caixa
T – P = ma

Pm T – 200 = 20,0 . 0,5

T = 210N

2) PFD (macaco):
T T – Pm = ma
150 – 100 = 10,0a
a
a = 5,0m/s2 Resposta: C

Pm

Resposta: B

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 (MODELO ENEM) – Um avião da TAM que voava horizon-


talmente, em linha reta, sofreu uma violenta ação da atmosfera
que provocou uma queda vertical de 200m em 4,0s. Os
passageiros que estavam sem cinto de segurança foram
projetados contra o teto do avião, onde permaneceram durante
os 4,0s. Admita que, durante os fatídicos 4,0s, o avião teve
uma aceleração vertical para baixo constante e com velocidade
inicial vertical nula.
Considere a aceleração da gravidade com módulo constante
g = 10,0m/s2.
Um passageiro de peso P em contato com o teto do avião
recebeu do teto, durante os 4,0s, uma força vertical, dirigida
para baixo e com intensidade F dada por:
a) F = 0,5 P b) F = P c) F = 1,5 P
d) F = 2,0 P e) F = 2,5 P

RESOLUÇÃO:
1) Cálculo da aceleração do avião:
y 2
sy = V0y t + ––– t (MUV)
2

a
200 = 0 + ––– (4,0)2
2

400 2
a = –––– (m/s2) ⇒ a = 25,0m/s = 2,5g
16,0

2)

F teto do avião

P
a

PFD (pessoa) : F + P = m a
F + P = m . 2,5g
F + P = 2,5 P

F = 1,5 P

Resposta: C

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 (VUNESP-MODELO ENEM) – Observe o quadrinho.

Considere as massas do recruta Zero, do sargento Tainha e da


bigorna, respectivamente iguais a 55kg, 80kg e 35kg. Sendo
constante a intensidade de todas as forças atuantes e saben-
do-se que, no primeiro quadrinho, a reação normal do solo
sobre o recruta Zero tem intensidade de 50N e que a acele-
ração da gravidade local tem módulo g = 10m/s2, a intensidade
da aceleração, em m/s2, com que o sargento Tainha é levado
para o alto é, aproximadamente:
a) 0,13 b) 0,63 c) 5,0 d) 6,3 e) 11,0

RESOLUÇÃO:

Para o equilíbrio do recruta Zero, vem:


F + FN = PR + PB
F + 50 = 900

F = 850N

Para o sargento Tainha:


PFD: F – PS = mS a
850 – 800 = 80 . a

a  0,63m/s2

Resposta: B

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