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INSTITUTO OCEANOGRÁFICO
DISCIPLINA: IOF-210 Introdução à Dinâmica da Atmosfera e dos Oceanos
Essa relação nos diz que se uma resultante de forças F atua em um corpo de massa
m, o corpo irá adquirir uma aceleração (ou mudança na taxa de velocidade) a. Notar que
o adjetivo “resultante” significa que mais de uma força pode estar atuando
simultaneamente e encontrar essa resultante de forças é necessário.
Tal relação implica que se F=0, então a=0. Essa situação é governada pela 1ª Lei
do Movimento de Newton, um caso especial da Segunda Lei de Newton.
Também, se observarmos que a=0, podemos concluir que F=0. Notar também que
a=0 implica movimento em linha reta; logo, sempre que observamos que o movimento é
curvo, há aceleração centrípeta e, portanto, uma força resultante (centrípeta) deve estar
atuando.
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Em Oceanografia, é conveniente escrever:
Logo, a interpretação física que se tem é que as acelerações estão em balanço com
as forças atuantes no sistema por unidade de massa.
Deve-se lembrar que as leis de Newton são válidas apenas para um referencial
inercial. No entanto, os movimentos oceânicos são estudados em um sistema referencial
rigidamente ligado a Terra, que gira com velocidade angular =2/24h. Deve-se então
adequar a equação da quantidade de movimento para que este se adeque ao referencial
em rotação. Isso é feito através da introdução de forças fictícias.
O primeiro termo da equação aR representa as componentes das acelerações
relativas a um eixo fixado à Terra e é a derivada em função do tempo da velocidade em
relação a Terra.
O segundo termo (2 x VR) representa a aceleração de Coriolis que fisicamente
representa a mudança de trajetória observada por um corpo (massa) que apresenta
velocidade relativa em relação a um sistema de rotação. A força de Coriolis surge como
consequência de observarmos os movimentos num sistema de coordenadas não inercial,
isto é, um sistema de coordenadas fixo sobre a superfície, que gira com ela.
O terceiro termo x ( x r) é a aceleração centrípeta, que fisicamente representa
a aceleração requerida para fazer um objeto na superfície da Terra rotacionar com a Terra.
O último termo seria referente à aceleração tangencial mas como a velocidade de
rotação da Terra é constante, esse termo acaba se tornando zero.
D𝑽 1
= − ∇p + A∇2 𝑽 + 𝒈 + 𝛀 × (𝛀 × 𝒓) − 2𝛀 × (𝑽)
Dt 𝜌
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Aceleração de Coriolis: o giro da Terra influenciará na movimentação das massas
de água, uma vez que nosso sistema referencial, a própria Terra, é não-inercial. Portanto
esse fenômeno é representado pelas seguintes componentes: 𝛀 × (𝛀 × 𝒓) − 2𝛀 × (𝑽) (o
primeiro termo representa a componente centrífuga, enquanto o segundo representa a
força de Coriolis em si).
Figura 1
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Componente u da velocidade (leste/oeste):
Aceleração local
Aceleração advectiva
Componentes da aceleração de Coriolis
Força de gradiente de pressão por unidade de massa
Força de atrito por unidade de massa (componentes
horizontais), em que AH é o coeficiente de viscosidade
turbulento horizontal
Força de atrito por unidade de massa (componentes
verticais), em que AV é o coeficiente de viscosidade
turbulento vertical
Tabela 1
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E usar a Equação de Estado da Água do Mar na forma diferencial, na qual é
possível calcular a densidade da água do mar em função da salinidade e temperatura:
3.5) Como ficaria a mesma equação se a Terra estivesse parada e os astros girassem
ao seu redor?
D𝑽 1
= − ∇p + A∇2 𝑽 + 𝒈
Dt 𝜌