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Solda MIG/MAG

Introdução
Olá, soldador!
Seja bem-vindo ao e-book SOLDA MIG/MAG ALUMAQ.
O objetivo deste livro é explicar os processos da solda MIG/MAG, bem
como seu funcionamento, equipamentos necessários e dicas úteis
para facilitar o trabalho do soldador.
É importante utilizar os equipamentos adequados ao trabalho que irá
executar, sem improvisos ou adaptações, e sempre manter os EPI’s
obrigatórios para o trabalho de soldagem em boas condições.
Desejamos que todos aproveitem bastante o conteúdo e, caso
tenham dúvidas, comentários ou sugestões, entrem em contato com
nossos consultores pelo telefone (19) 3754 – 8600.

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As siglas e seus
As siglas e seussignificados
significados O processo de soldagem de metais por arco elétrico GMAW
é conhecido popularmente como MIG/MAG.
Estas siglas significam:
GMAW: Gas Metal Arc Welding (soldagem a arco elétrico
com proteção gasosa);
MIG: Metal Inert Gas (utiliza gás inerte);
MAG: Metal Active Gas (utiliza gás reativo).
Entre os gases mais utilizados estão o argônio para o
processo MIG, e o dióxido de carbono CO2 para o MAG.
Com a evolução de equipamentos e procedimentos, o
processo MIG/MAG passou a ser utilizado na soldagem de
diferentes tipos de metais, como aços inoxidáveis, cobre,
alumínio, dentre outros.
O tipo e espessuras dos materiais são determinantes para
orientar a posição de soldagem e o processo escolhido.
Materiais com espessura acima de 0,76mm podem ser
soldados praticamente em todas as posições.
Esse processo exige o uso do eletrodo em forma de arame,
também chamado de consumível, que é um metal não
revestido e de alimentação contínua, usado para a adição e
protegido por mistura de gases reativos ou inertes.
Uma das vantagens do processo MIG/MAG é que ele pode
ser mecanizado ou automatizado, proporcionando ganhos
de produtividade e qualidade.
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O eletrodo e o arco elétrico

O arame eletrodo deve ser escolhido conforme o trabalho e o material que será utilizado.
Entre os fatores que direcionam a escolha do arame pelo soldador, estão: as características e a
composição do material de base e o gás de proteção que deverá ser utilizado.
Os eletrodos mais comuns são fabricados de metais ou ligas de metais - sua identificação é
por meio de algarismos e letras.
Basicamente existem cinco fatores principais que influenciam na escolha do arame para a
soldagem MIG/MAG.
Para melhor compreensão de todo o processo, vamos conhecer, a seguir, como é formado o
arco elétrico.

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O arame eletrodo é energizado e quando ele
toca o metal de base, os elétrons livres
acelerados, que formam a corrente elétrica,
entram em choque com os átomos e moléculas.
Com a alta temperatura, esses choques de
moléculas ionizam o gás existente na coluna do
arco, deixando-o eletricamente carregado e,
com isso, abre-se o arco elétrico.
A alimentação do eletrodo é realizada
mecanicamente e, geralmente, por bobinas de
arame. Essa bobina é empurrada para o cabo
da tocha, saindo pelo bico de contato.
Quanto maior a velocidade de alimentação do
arame, maior será a corrente de solda.
IMPORTANTE: o ar atmosférico é prejudicial ao
processo de soldagem, por isso, do bocal sai um
gás para proteger a poça de fusão. Os principais
elementos contaminantes são: vapor d‘água,
oxigênio (O2) e nitrogênio (N2); todos formam o
ar atmosférico.

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A escolha da tocha
Além do arame eletrodo adequado, é fundamental a
escolha correta da tocha para executar a soldagem
MIG/MAG.
É ela quem vai garantir a estabilidade de todo o processo,
pois é responsável pela transferência da energia para o
arco e para o arame.
A tocha deve facilitar a passagem da corrente de energia,
evitando a falta de fusão, transferências irregulares,
instabilidades no arco ou superaquecimento.
Outro fator importante para se verificar é se a tocha é
ergonômica, ou seja, se favorece os movimentos do
soldador, sem causar desconfortos ou cansaço excessivo.
As tochas de boa qualidade garantem maior desempenho e
durabilidade - reduzindo paralisações na produção e
necessidades de manutenção.

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Os gases de
proteção para
solda MIG/ MAG
Até aqui o leitor já conheceu o arco elétrico, o eletrodo e a tocha. Agora é a vez dos gases de proteção. Como citado
anteriormente, o ar atmosférico é prejudicial ao processo de soldagem. Por exemplo, o hidrogênio do óleo ou vapor d'água,
quando em contato com o alumínio, pode favorecer o aparecimento de porosidades.
Essa mesma porosidade pode ser resultante do monóxido de carbono preso ao metal, em razão do excesso de oxigênio. Essas
contaminações podem ser evitadas com a escolha e utilização corretas dos gases de proteção. São utilizados, comumente,
gases como argônio, hélio e dióxido de carbono.
Esses três gases podem ser usados puros ou misturados com outros gases, dependendo da aplicação e processo de soldagem
necessários ao trabalho a ser realizado.
O MIG utiliza gases inertes – que não combinam se com outros elementos – como o argônio e o hélio. Por meio de
experimentos e estudos, comprovou-se que também podem ser utilizadas, em algumas situações, pequenas quantidades de
hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.
Para o processo MAG, o oxigênio e o dióxido de carbono são bastante utilizados por propiciar excelente molhabilidade, que é a
boa fusão entre o metal base e o metal de solda fundido.
As misturas dos gases podem ser binárias, com adição de dois gases em quantidades e porcentagens variadas, como por
exemplo argônio+dióxido de carbono, para reduzir o nível de respingos - ou argônio+hélio para metais reativos ou metais não
ferrosos.
Também são utilizadas as misturas ternárias de gases, geralmente chamadas de misturas universais, em razão dos três gases
juntos atuarem em todos os processos de transferência – spray, globular, curto-circuito e pulsado.
E, por último, a quad-mix ou mistura quaternária, com a mistura de quatro gases. Essa mistura oferece boas funcionalidades e
propriedades mecânicas, sendo comumente aplicada em materiais de base de baixa liga e alta resistência.

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Os tipos de transferências:

De maneira geral, podemos dizer que a transferência de materiais é a passagem do metal fundido da ponta do arame para a poça de
fusão.
Essas transferências metálicas são influenciadas por diversos fatores, entre eles: a corrente, o diâmetro do arame, o comprimento do
arco e os equipamentos e gases que serão utilizados no trabalho.

Assim, temos no processo MIG/MAG, três principais formas para a transferência metálica, que são: curto-circuito, globular e spray. Essa
última inclui o spray pulsado.

O tipo de transferência deve ser escolhida de acordo com a posição da junta a ser soldada, da espessura do material base, do
equipamento e do gás utilizado.

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Transferência por curto-circuito
A transferência por curto-circuito é também conhecida pela sigla
SCMT (do inglês short circuit metal transfer). Ela recebe esse nome
devido aos curtos-circuitos provocados pelo arame eletrodo, que
toca a poça de fusão muitas vezes por segundo.
Desta forma, quando o arco está aberto, não ocorre transferência
do metal; ela ocorre somente com os curtos-circuitos.
Essa técnica é utilizada em chapas finas, que pedem valores baixos
de tensão e corrente, quando o soldador precisa trabalhar em
outras posições que não seja a plana, e quando o trabalho exige
uma distorção muito pequena da peça.
Para os trabalhos com aços de baixa liga ou aço carbono,
geralmente são usados argônio e dióxido de carbono, como gases
de proteção. Para o alumínio e suas ligas é usado apenas o argônio.

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Transferência globular
Na transferência globular, o arame eletrodo é fundido e
transformado em gotas com diâmetro maior ou igual ao
diâmetro do eletrodo, que deve ser usado na posição plana.
É uma transferência considerada instável, pois causa mais
respingos e o material soldado fica com uma aparência
irregular, porém pode-se obter bons resultados em chapas
mais espessas.
Ela é bastante utilizada na construção naval, construção civil
e na montagem de estruturas metálicas pesadas.
Está associado ao processo MAG, não sendo utilizado no
MIG.

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Transferência por spray
Aumentando-se a corrente e a tensão, ocorre um aumento
considerável de energia e isso transforma o arco em spray -
pulverizando as gotas fundidas, que são lançadas por forças
eletromagnéticas dirigidas ao metal de base.
Essas gotas possuem diâmetros menores do que o diâmetro do
arame eletrodo.
A transferência em spray é indicada para trabalhos em
posições planas e horizontais, podendo ser aplicada em metais
ferrosos e não ferrosos, não sendo indicada para chapas finas.
Pode ser usada nos processos MIG ou MAG, possibilitando
diferentes combinações de gases e ajustes de velocidade do
arame, tamanho e tensão do arco, entre outras.

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Transferência por spray pulsado
Uma variação da transferência por spray é conhecida como soldagem pulsada
ou spray pulsado.
Ela permite a transferência por spray mais uniforme, alternando-se entre
correntes altas e baixas, em uma frequência pré-determinada do pulso, que
mantém o nível do arco e a velocidade de fusão do arame.
Dessa forma, com baixos níveis de corrente, mantém-se o arco aberto, mas
sem energia para formar a gota e, ao alternar para o nível alto, consegue-se o
pico de corrente que “cria o spray”.
Apesar de exigir equipamentos com curvas específicas e misturas de gases,
ela possibilita trabalhos em várias posições e é aplicável em muitos metais,
gerando perfeito acabamento do cordão (sem respingos) e fácil controle da
poça, além de muitas outras vantagens.
Pode ser aplicada tanto em chapas finas, como espessas de alumínio, inox etc;
soldagem de tubulações variadas, estruturas automotivas e ferroviárias, entre
outras.

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Os pilares de um bom trabalho de
Segurança soldagem são: SEGURANÇA, MÁQUINAS
e CONHECIMENTO TÉCNICO.
Qualquer um desses pilares que não
esteja de acordo com o trabalho a ser
executado, trará resultados desastrosos
para o conjunto soldador-equipamento e
para a qualidade do serviço.
Serviços de soldagem exigem
profissionais capacitados para operar as
máquinas e estes, obrigatoriamente,
precisam estar com os equipamentos de
segurança individual – EPI’s.
O trabalho de soldagem expõe o
profissional a riscos de queimaduras,
choques elétricos, lesões causadas por
fagulhas, respingos de materiais quentes,
radiações de luz e raios infravermelhos e
ultravioleta, que são imperceptíveis a
olho nu, mas que ocorrem nesse tipo de
trabalho.
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Segurança
Para prevenir riscos e garantir a integridade física do soldador, os EPI’s devem ser usados
corretamente. São eles:
▪ Máscaras ou escudos de proteção facial com lentes que filtram as radiações infravermelhas e
ultravioletas;
▪ Luvas grossas, mas que permitam a mobilidade;
▪ Proteção de couro para os braços;
▪ Touca de proteção, para a cabeça, contra fagulhas e respingos;
▪ Calçados com sola isolante e perneiras com polainas;
▪ Protetores auriculares;
▪ Máscaras com filtros para soldagem, que produzem vapores tóxicos.
A limpeza pessoal também é um fator de segurança, por isso, o soldador deve manter suas vestes
livres de graxas, óleos ou resíduos inflamáveis.
O local de trabalho deve ser arejado e com boa ventilação, além de manter um extintor de incêndio
carregado e em condições de uso.
Outro fator que garante a segurança do soldador e de todo ambiente de trabalho é a atitude segura,
ou seja, evitar erros, improvisos, desatenção e ações arriscadas.

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Máquinas e equipamentos

Assim como foi citado inúmeras vezes neste e-book - e é incansavelmente falado em
cursos de formação e treinamento de soldadores -, é importante ter em mente que
as máquinas e equipamentos adequados ao trabalho geram qualidade e menores
custos.
Nós fornecemos ao mercado, desde 1975, soluções para soldagem e corte, seja para
locação ou aquisição de maquinário.
Na Alumaq é possível encontrar todos os equipamentos das melhores marcas do
mercado, necessários para a soldagem MIG/MAG. A empresa oferece assistência
técnica especializada, preços competitivos e atendimento consultivo.

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Máquinas e equipamentos

Para a soldagem MIG/MAG são


necessários os seguintes
equipamentos:
1. Fonte de energia elétrica;
2. Sistema de alimentação do
eletrodo em forma de arame;
3. Arame eletrodo para a abertura
do arco;
4. Cilindro ou fonte de gás de
proteção;
5. Tocha de soldagem (contendo
bico de contato, bocal, conduíte,
cabo e porta bico).
Dependendo da aplicação, é
necessária uma unidade para
circulação de água para refrigeração
da tocha.
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A Alumaq
Desde 1975, a Alumaq vem se destacando no mercado, oferecendo as melhores soluções de soldagem e corte para empresas e
profissionais.

Essas soluções, desde o início, passaram pela locação de máquinas e equipamentos de solda, gerando um diferencial
competitivo para a empresa, com uma série de vantagens econômicas e eficiência de processos para os clientes.

São mais de 40 anos de tradição e conhecimento, para que os clientes possam ter a certeza de que desfrutam do melhor no
segmento de soldas, corte e produtos relacionados.
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Este ebook foi produzido para permitir o compartilhamento de conhecimento com profissionais de todos os graus de experiência.
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