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Consultor Jurídico > Sem categoria > Registro de terras de fronteira deve respeitar política agrícola

DONOS DO CHÃO

Ratificação de registros de
terras de fronteira deve
respeitar política agrícola
Redação ConJur 3 de dezembro de 2022, 7h44

Editorias: Sem categoria

O Supremo Tribunal Federal decidiu que a ratificação, pela União,


dos registros imobiliários de terras públicas situadas em faixas de
fronteira, decorrentes de alienações e concessões feitas pelos
estados a particulares, deve respeitar a política agrícola e o plano
nacional de reforma agrária.

Ainda de acordo com a decisão, a


Pixnio
ratificação não se sobrepõe aos
direitos originários dos indígenas
sobre as áreas que
tradicionalmente ocupam, e os
atos jurídicos de disposição de
imóveis que tenham por objeto o
domínio e a posse dessas terras PixnioUso das terras para atividades

são nulos.
agrícolas
deve respeitar políticas públicas

A decisão, unânime, foi tomada no


julgamento de ação ajuizada pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura (Contag), em sessão do Plenário
Virtual.

O objeto da ação era a Lei 13.178/2015, que trata da ratificação dos


registros imobiliários decorrentes de alienações e concessões de
terras públicas situadas nas faixas de fronteira.

Na ação, a Contag argumentou que a norma teria impacto


irreversível na estrutura fundiária de uma parcela significativa do
território nacional, por permitir a transferência, para a propriedade
privada, de patrimônio público com área superior à de vários países
europeus.

Faixa de fronteira
Em seu voto, a ministra Cármen Lúcia explicou que as terras
devolutas situadas em faixa de fronteira são bens da União, por
serem consideradas indispensáveis à defesa nacional. Por isso, não
podem ser transferidas a particulares por ato estadual.
De acordo com a relatora, o registro público imobiliário é um

instrumento fundamental para a segurança jurídica, e a indefinição
da propriedade rural é um obstáculo ao desenvolvimento e prejudica
o cumprimento das funções sociais da terra.

Diante do complexo sistema fundiário brasileiro, Cármen Lúcia


ressaltou que a validação do registro imobiliário prevista na lei não
se confunde com a doação de terras públicas ou com a
desapropriação para fins de reforma agrária.

Entretanto, pela sua origem pública, a destinação dos imóveis deve


se compatibilizar com a política agrícola e com o plano nacional de
reforma agrária, conforme disposto no artigo 188 da Constituição da
República. A finalidade é "impedir que a ratificação de título se
converta em automática transferência de bens imóveis da União".

A relatora acrescentou que, conforme o princípio da função social da


propriedade, é dever do proprietário rural observar o conjunto de
normas sobre aproveitamento racional da terra, utilização adequada
dos recursos naturais e o direito ao trabalho. Com informações da
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assessoria de imprensa do STF.

Clique aqui para ler a decisão Digite Seu email.


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