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Tributário | Consultoria > Artigos > Renúncia à meação e instituição de usufruto ao cônjuge
– Incidência do ITCMD
Nessas hipóteses é comum que a Fazenda do Estado queira exigir duplamente o ITCMD –
Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação – a primeira pela transmissão ocorrida com
o falecimento (causa mortis) e a segunda pela suposta doação da meação dos imóveis pelo
cônjuge sobrevivente aos seus filhos (doação inter-vivos).
Contudo, o Tribunal de Justiça de São Paulo tem afastado a dupla incidência. De acordo com
a jurisprudência dominante da Corte paulista, nessas hipóteses não ocorre doação, mas se
trata apenas de uma forma de resolver a partilha (ao cônjuge sobrevivente é destinado o
usufruto e aos herdeiros filhos com a nua-propriedade )
Segundo o TJSP, esta circunstância não deflagra o fato gerador do ITCMD sobre a doação,
pois a meação e a herança são partes ideais e não há impedimento que tais partilhas se
caracterizem como sendo o usufruto e a nua propriedade, sem que isto signifique que
houve doação, pois, não passa de mera atribuição de partes iguais.
“Inventário e partilha. Decisão que determinou que fosse dada vista à Fazenda Estadual para
manifestação sobre o “inter vivos”. Insurgência. Alegação de inexistência de doação. Renúncia
de meação e instituição de usufruto vitalício em favor da viúva meeira. Partilha amigável.
Usufruto que pode ser destacado da nua propriedade, já que possui expressão econômica.
Doação não configurada. Jurisprudência deste E. Tribunal. Não incidência do tributo ‘inter
vivos’. Recurso provido”. (Agravo de Instrumento nº: 2103742-51.2016.8.26.0000, Relator
Desembargador Fábio Quadros, 4ª Câmara de Direito Privado, julgamento em 21 de julho de
2016)
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TAGS
Amal Nasrallah
cônjuge
ITCMD
meação
meeiro
partilha
renúncia
Tributário nos Bastidores
Usufruto
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