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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO FREGUESIA / BRASILÂNDIA

Interessado: DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO FREGUESIA/BRASILÂNDIA


Unidade Escolar: EMEI VICENTE PAULO DA SILVA
Assunto: MANUTENÇÃO PREDIAL – RELATÓRIO DE VISTORIA TÉCNICA

À
DRE F/B – DIAF
Senhora Diretora da Divisão Técnica,

O presente relatório tem por objetivo apresentar os principais problemas identificados na


vistoria realizada na EMEI Vicente Paulo da Silva no dia 03/05/2021, e adianto que todos são
passíveis de manutenção. A notificação inicial apresentada pelo Diretor Sergio Lobo de Siqueira,
aborda com preocupação alguns tópicos como:
 Apresentação de documentação parcial que consta a cessão de espaço e demarcação de área
cedida pela rede Estadual de Ensino ao qual o prédio abriga de forma compartilhada a EE
Professora Dulce Ferreira Boarin e EMEI Vicente Paulo da Silva;
 A responsabilidade de manutenção do terreno na face sul do prédio;
 Apresentação de laudo e relatório de vistoria fornecido por FDE;
 Análise estrutural da respectiva U.E.;

De acordo com os documentos apresentados pelo diretor da escola estadual, o terreno/quadra


externa faz parte da EMEI, porém não existe acesso a este terreno sem que passemos pela EE
Professora Dulce Ferreira Boarin, no núcleo de prédios e equipamentos da Diretoria Regional de
Educação Freguesia/Brasilândia, não constam informações dessa cessão de área em nosso banco de
dados.

Figura 1 – Vista geral do Prédio (Fonte: Geosampa)


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Figura 2 – EMEI Vicente Paulo da Silva Figura 3 – EE Professora Dulce Ferreira Boarin

O Diretor da Escola Estadual forneceu uma planta (simples) que contém as respectivas
divisões conforme as figuras 1 e 2.

Sobre os aspectos Prediais e Estruturais, relatamos o que segue conforme as fotos e


comentários específicos abaixo:

Foto 1 – EMEI Vicente Paulo da Silva Foto 2 – Entrada da EMEI

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Foto 3 – Percurso de acesso ao terreno/quadra Foto 4 – Corredor da EE Prof.ª Dulce F. Boarin

Foto 5 – Refeitório da EE Prof.ª Dulce F. B. Foto 6 – Porta de acesso ao terreno/quadra externa


O percurso de acesso ao terreno/quadra externa foi realizado nas dependências das EE
Professora Dulce Ferreira Boarin, a EMEI não possui uma escada lateral para acessar este espaço
(não há uma rota de fuga).

Foto 7 – Vista externa do prédio educacional Foto 8 – Quadra descoberta


A quadra externa e o terreno encontram-se totalmente desativados, mostrando sinais de
abandono e precariedade, onde o descarte de lixo também é notório.

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Fotos 9, 10, 11 e 12 – Sistema de captação e escoamento de águas pluviais

As canaletas e caixas de águas pluviais são constituídas em alvenaria e concreto, grande


parte da sua extensão não possui grelhas e muitas caixas não possuem tampas, alguns trechos estão
trincados, comprometendo vedação para o funcionamento do sistema de escoamento e fazendo com
que a água penetre no solo.
Recomenda-se que o sistema de águas pluviais e esgoto sejam completamente refeitos,
separando a rede hidráulica das duas escolas.

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Foto 13 – Viga de apoio das alvenarias, trecho da EMEI

Foto 14 – Corrosão das armaduras

Danos na face inferior da viga decorrentes de processo corrosivo, não há evidência de


deformação na viga, porém o concreto esta desagregado e a armadura exposta em dois trechos dos
elementos horizontais, para o reparo é necessário à abertura e apicoamento superficial dos trechos
danificados, limpeza e remoção das áreas deterioradas com jateamento, limpeza do concreto e das
ferragens com escova de aço, verificação de armadura complementar para compensar a perda de
seção das armaduras, preparação da ponte de aderência com a recomposição/estucamento do
concreto.

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Fotos 15, 16, 17 e 18 – Vistas do terreno/talude

Parte do terreno possui declive natural, entretanto há um talude, por conta do excesso de
mato, não foi possível verificar as condições do talude nem da base inferior do terreno em sua
totalidade na face sul, porém é notório que o muro de arrimo encontra-se fora de prumo (Foto 16).

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Fotos 19 e 20 – Muretas
As muretas em tijolos maciços próximas ao galinheiro estão caídas.

Fotos 21 e 22 – Lajes do corredor lateral

É perceptível que o trecho de área coberta no terreno (lajes do corredor do pavimento


superior), serve de amparo para possíveis invasores atearem fogo ou fazerem o uso irregular do
espaço.

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Fotos 23, 24, 25, 26, 27 e 28 – Muros do bosque

Os muros em alvenaria, que delimitam um espaço chamado de bosque (área inacessível aos
alunos de ambas às escolas) possui diversas rachaduras, e não há estrutura para suportar o peso da
terra apoiada, as raízes das árvores estão contribuindo para degradação e agravamento do problema,
após recomendar a demolição dos mesmos, o diretor da EE Prof.ª Dulce F. B. informou que existe
uma tratativa em andamento para demolição e reconstrução parcial que será arcada pelo Estado, e
que possivelmente na semana seguinte teria uma definição do órgão competente.

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Foto 29 – Quintal da zeladora da EE. Foto 30 – O local passou por recente manutenção

O quintal da zeladora da Escola Estadual passou por recente manutenção no contrapiso e na


mureta de contenção, o local não possui mais problemas, porém a parte inferior do terreno
demonstra o rebaixo/assentamento do solo com desgaste superficial pela ação das chuvas.

Foto 31 – Sala da zeladora (Escola Estadual) Foto 32 – Deformação na base do piso

O piso em madeira da casa da zeladora apresenta deformação no centro da sala, não foi
possível avaliar a base/contrapiso sem efetuar a remoção do piso em madeira, mas é perceptível que
o local se movimentou ao longo dos anos, causando uma possível ruptura pontual na base
/contrapiso.

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Foto 33 – Bloco de fundação Foto 34 – Viga

Foto 35 – Alvenaria de vedação Foto 36 – Corrosão/oxidação da armadura

O pilar, viga e o bloco de fundação, próximos a casa da caseira, se apresentam íntegros, sem
indícios de recalque ou desaprumo, apresentando apenas corrosão no canto das barras de aço da
viga pela falta de cobrimento do concreto. Abaixo da estrutura existe uma pequena parede de
vedação que suporta um aterro, a mesma não esta ancorada aos elementos da estrutura, aparenta ser
uma adequação feita de forma provisória posterior à superestrutura, este elemento de vedação deve
ser refeito com as devidas ancoragens.

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Foto 37 – Cozinha da zeladora (da Escola Estadual) Foto 38 – Fissuras/Rachaduras diagonais

As paredes da cozinha da zeladora possuem duas fissuras/rachaduras diagonais consideradas


superficiais, mas indica um possível recalque neste trecho do prédio, visto que o piso da sala ao
lado apresenta rachadura.

Foto 39 e 40 – Rachaduras no piso do depósito de mobílias/materiais

O depósito possui rachaduras/rupturas no piso e necessita de manutenção, devendo ser


completamente refeito (base e piso). Neste trecho, recomenda-se limitar a sobrecarga nessa
estrutura apenas com o peso próprio devido às rachaduras, removendo todos os materiais guardados
como medida de segurança e melhor visualização/acompanhamento das rachaduras até que a
manutenção seja realizada.

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Foto 41 e 42 – Vista das mobílias/materiais/equipamentos

Foto 43 – Teto com vestígios de vazamentos Foto 44 – Viga, detalhe da fissura

O caixilho basculante deve ser substituído, as ancoragens e os braços de articulação estão


deteriorados pela falta de manutenção ao longo dos anos. Apesar do teto apresentar sinais de
infiltrações, não foi identificado vazamentos hidráulicos, provavelmente o problema foi resolvido.
A viga não apresenta evidências de deformação, porém necessita de manutenção, pois há
danos na face inferior com exposição da armadura, que está oxidada em alguns pontos.

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Foto 45 – Corredor de acesso às salas de aula Foto 46 – Junta de dilatação entre o desnível
(Sem rota de fuga)

Foto 47 e 48 – Detalhes das juntas

A vistoria constatou que a maioria dos elementos estruturais na região das juntas não
apresenta problemas, porém, recomenda-se que em algumas regiões, em especial o piso, que seja
efetuado o tratamento com material flexível, garantindo a movimentação entre as estruturas e a
vedação, impedindo infiltrações de água e poeiras que podem ocasionar futuros danos à estrutura,
visto que a parede lateral é composta por elementos vazados conforme a Foto 45.

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CONCLUSÃO

De forma geral a edificação apresenta algumas patologias pela falta de manutenção ao longo
dos anos, mas não capazes de comprometer a utilização dos ambientes que hoje estão em
funcionamento (EMEI), entretanto, recomendamos realizar todas as manutenções com a maior
brevidade possível, com receio de que tais patologias se agravem a ponto de exigir a interdição da
Unidade Educacional, ressalto que as regiões que mais apresentam danos no prédio possuem
acessos restritos aos alunos, contudo reiteramos que as áreas continuem restritas aos usuários das
duas unidades educacionais até que as providências de manutenção dos respectivos espaços sejam
definidas entre as partes (Estado e Prefeitura).
Senhora Diretora da Divisão Técnica, diante dos fatos e apontamentos que compõem este
relatório, o encaminho para ciência e sugiro posterior encaminhamento à SME/COMAPRE,
ressaltando que se faz necessária imediata manutenção de 2º Escalão, visto que os problemas
visualizados e apontados não podem ser solucionados com recursos desta Diretoria por Dispensa de
Licitação e não apresentam características de manutenção de 1º Escalão.

São Paulo, 06 de maio de 2021.

Atenciosamente,

Bruno Reginato Dias


Assessor Técnico I – Engenheiro Civil
DRE FREGUESIA / BRASILÂNDIA
RF 839.264-1 – CREA-SP: 5062782636

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