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1.Introdução
O estudo das decisões judiciais em suas dimensões prática e teórica envolve, talvez, um
dos mais sensíveis desafios, não apenas da processualidade moderna, mas da própria
ciência jurídica em sentido amplo.
Hart e Dworkin, por exemplo, travaram um célebre duelo filosófico cujo mote teórico
tinha como pano de fundo exatamente essa questão da racionalidade da aplicação do
direito por meio das decisões judiciais: ao passo em que o primeiro, defendia, em
síntese, que, nas situações de indeterminação do direito (ausência de regra a reger o
caso concreto) o juiz estaria autorizado a decidir discricionariamente (discricionariedade
em sentido forte), o segundo, por sua vez, repudiava essa possibilidade, sob a
orientação, em suma, de que tal estratégia configurava verdadeira autorização para o
arbítrio.
Antes disso, aliás, o pensamento de Hans Kelsen já amargava numerosas críticas, por
razões de certo modo semelhantes às que nortearam a contraposição de Dworkin ao
positivismo de Hart.
Eles, os juízes, cujo acesso ao cargo não decorre de um processo deliberativo fundado
em participação popular, detêm a tarefa – em última instância decisória – de solucionar
os conflitos intersubjetivos e de dizer sobre a legalidade e a constitucionalidade das
normas democraticamente aprovadas e instituídas pelos representantes do povo.
Sucede que, no exercício de tais atribuições, os juízes, não raro, se vêem sob o influxo
de circunstâncias diversas que interferem diretamente no resultado e no conteúdo de
seus pronunciamentos.
Nesse ponto, e ainda que fosse possível afirmar que todas as decisões judiciais são
essencialmente revestidas de racionalidade, figuras como os conceitos jurídicos
indeterminados, as cláusulas gerais, o livre convencimento e as regras de textura
aberta, apenas para citar alguns exemplos, são instrumentos de larga difusão
empírico-normativa que, entrementes, autorizam o uso da subjetividade e o apelo
consciente ao decisionismo.
Não obstante, a ampliação dos horizontes teóricos indica que a crença na racionalidade
decisória (como, de resto, na própria racionalidade humana) não passa de um equívoco
(NUNES; LUD; PEDRON, 2018). De igual sorte, os caminhos que levam à falibilidade
judicial não se limitam à restrita esfera da consciência.
Para tanto, e igualmente para os fins do recorte aqui proposto, o possivelmente mais
eficaz suporte técnico-científico em favor do controle e da precaução dos erros judiciais
involuntários, é por certo, o que fornecido por uma nova disciplina chamada Behavioral
Law and Economics (Economia Comportamental e Direito), desenvolvida nos anos 1970
pelos psicólogos israelenses Daniel Kahneman e Amos Tversky, cujos achados
representaram o que atualmente se compreende como o marco histórico da virada
comportamental-cognitiva (COSTA, 2016).
O trabalho é dividido em quatro partes: a segunda, logo após esta introdução, trata de
uma síntese dos achados e experimentos que deram ensejo ao desenvolvimento da já
antes referida Behavioral Law and Economics.
Embora se revele natural supor que a decisões humanas sejam produto de uma ação
consciente e determinada, recentes estudos sobre essa matéria em particular tendem a
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enviesamentos comportamentais cognitivos
Norteados por essa percepção, Daniel Kahneman e Amos Tversky desenvolveram uma
pesquisa empírica de expressiva relevância científica cujos achados, além de instituírem
uma autêntica revolução no campo da psicologia comportamental, renderam ao primeiro
deles, em 2002, o prêmio Nobel de Economia, concedido pela Academia Real de Ciências
1
da Suécia .
À luz desses achados empíricos, os dois autores teceram as bases estruturais de seu
modelo teórico de compreensão do fenômeno cognitivo-decisório, chamado e
identificado por eles mesmos de “as duas formas de pensar”.
3.1.Os sistemas S1 e S2
Sucede que essas simplificações, por vezes, sobressaem redutoras de tal modo, que
chegam a produzir distorções (ilusões) no próprio descortino da realidade, gerando,
portanto, decisões sistematicamente equivocadas.
O próprio Kahneman articula uma definição para os dois sistemas. Em seus aportes
teóricos (embora ressalvando que a divisão entre os sistemas é arbitrária, uma vez que
eles operam de modo contínuo), ele identifica o sistema S1 como intuitivo, rápido e
automático, responsável por ações e escolhas que demandem pouco ou nenhum esforço
mental. Ao passo em que, sobre o Sistema 2, o mesmo Kahneman o reconhece como
cauteloso, preguiçoso, incrédulo, oneroso, cujo funcionamento aloca atenção para
atividades laboriosas ou sujeitas a maior grau de deliberação (KAHNEMAN, 2011, p. 29).
Nessa perspectiva, o Sistema 1 opera por meio das chamadas heurísticas (vieses de
cognição), e é acionado, com efeito, em situações que dispensem o emprego de um
raciocínio complexo, comoamarrar cadarços de um sapato, ou realizar uma conta de
2+2. Já o Sistema S2, se ocupa dos estímulos que demandem concentração e
desprendimento mental como preencher um formulário, redigir uma carta, ou resolver
uma equação matemática de segundo grau.
Forte no referencial teórico de Kaneman, Costa (2016, p. 60-61) evidencia, com notória
preocupação didática, o modus de interação e a maneira como um sistema influencia na
atividade do outro. Nas palavras do autor:
Em tons mais práticos, portanto, o sistema 2 funciona como uma espécie de controlador
de qualidade do sistema 1. Em geral, o que ocorre é que sistema 1 oferece soluções e o
sistema 2, por sua vez, ou as ratifica ou as corrige, por meio de um processo mental de
revisão/reflexão.
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enviesamentos comportamentais cognitivos
Em meados de 1974, cerca de cinco anos depois, portanto, de iniciarem seus estudos
sobre intuição estatística, Kahneman e Tversky publicaram um artigo na revista Science
intitulado “Judgement Under Uncertainty: Heuristics and Biases”, no qual eles
apresentaram suas primeiras impressões sobre o funcionamento da estrutura
comportamental-cognitiva e o modo como as pessoas realizam seus julgamentos e
escolhas do dia a dia.
Kahneman e Tversky, por sua vez, descrevem as heurísticas como atalhos cognitivos
que atuam no sentido de facilitar e de reduzir o esforço para a realização de escolhas e
para tomada de decisões. Sua utilização, com efeito, agiliza o alcance de objetivos, mas
compromete a precisão e a qualidade dos respectivos resultados.
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enviesamentos comportamentais cognitivos
Na secção que segue, cada uma dessas formas específicas será mais detalhadamente
examinada e particularmente associada à realidade do processo cognitivo de construção
das decisões judiciais em sentido amplo.
Como qualquer outra pessoa, os juízes não estão infensos a essas distorções intuitivas
que afetam o entendimento racional da realidade. A propósito, é sensível o comentário
de Moraes e Tabak (2018, p. 2):
“Embora eles (os juízes) estejam sujeitos a um maior controle por regras práticas,
regras de experiência e regras processuais, seu processo mental avaliativo é
essencialmente o mesmo, e, sobretudo, compartilham com os demais os mesmos modus
vivendi. Têm hábitos, crenças, prejuízos e práticas comuns; têm filhos e pais; votam e
compram; casam e se divorciam; interagem socialmente como todas as pessoas. Em
outras palavras, a arquitetura comportamental é a mesma.”
Na ocasião, foram examinadas 1.112 decisões de oito juízes sobre pedidos de liberdade
condicional cujos postulantes eram 1.053 homens e 59 mulheres (entre árabes
israelenses e judeus israelenses) num espaço amostral de aproximadamente 10 meses
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Nesse contexto, embora o relato empírico em questão não se relacione exatamente com
a temática dos vieses cognitivos, seus resultados corroboram a ideia de que os juízes, no
exercício de sua atividade decisória, são ampla e manifestamente vulneráveis à
interferência de fatores estranhos à ciência do direito (DANZINGER; LEVAV,
AVNAIM-PESSO, 2011).
“(...) em que pese o ideal de que o magistrado, ao julgar, exerça sua função de modo
imparcial, idôneo, considerando ao máximo a efetiva influência dos argumentos e provas
trazidos pelas partes e atento ao princípio da reserva legal na fundamentação das
decisões, são inúmeras as circunstâncias que acabam exercendo direcionamento sobre o
entendimento do julgador.”
Sob essa perspectiva, tanto por sua exposição ao controle e à visibilidade das pressões
sociais, quanto porque precisam encontrar soluções efetivas para lidar com a equação
exiguidade de tempo x sobrecarga de processos os juízes – como de resto em razão de
sua própria condição humana – costumam se socorrer, mesmo que inconscientemente,
de heurísticas e de atalhos estratégicos para dar conta de seus gargalos funcionais e
operacionais.
4.1.Viés de confirmação
Tal espécie de desvio atua num sentido de contraposição ou de negação da própria regra
básica do método científico. Invés de se testar uma hipótese ou uma suposição objetiva
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E, de modo similar, é igualmente por força desse tipo de ilusão cognitiva que os juízes
têm o hábito de ancorar suas decisões apenas no acervo probatório que alicerça o seu
prefacial entendimento, deixando de sopesar informações, que, no mesmo processo,
sejam capazes de sustentar conclusão oposta.
Ainda quanto aos influxos da confirmação em relação à qualidade das decisões dos
juízes, Rui Cunha Martins, embora sem tocar diretamente no tema dos vieses de
cognição, empreende uma abordagem interessante acerca do papel das preconcepções
sobre o processo judicial (apud, COUTINHO, 2015, p. 143).
Ocorre que, quando o juiz está – segundo Martins – contaminado por uma crença inicial
(situação que em tudo se assemelha ao fenômeno do enviesamento pela heurística da
confirmação), ele passa a tratar a prova como algo supérfluo, e a argumentação das
partes como um dado dispensável (apudCOUTINHO, 2015, p. 144).
A contaminação judicial pela evidência (e, portanto, pelo viés da confirmação), se opera,
nesses termos, mediante o que o jurista lusitano chama de agentes de contágio (ou
redutores de complexidades) cujas espécies mais frequente, em sua ótica, são as figuras
da normalidade, da presunção e da colonização do processo pelo juiz (apud, COUTINHO,
2015, p. 146).
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A presunção, por sua vez, é impulsionada pela crença na normalidade e pela submissão
natural do julgador a elementos estranhos ao processo, como a pressão social por
resultados e a busca por um processo mais célere. Especialmente esse último fator, que
traduz o ideal de celeridade processual, estimula o magistrado a instituir atalhos
decisórios com base em presunções muitas vezes forçadas, que aparentemente o
dispensem de aguardar uma adequada e oportuna produção de provas (apud,
COUTINHO, 2015, p. 143).
“(...) o juiz passivo deixa que o processo seja dominado por sujeitos que, na maior parte
dos casos, são indiferentes – se não hostis – à descoberta pela verdade. Por
conseguinte, a atribuição de poderes instrutórios adequados, bem como seu efetivo
exercício, aparecem como atributos relevantes, não obstante acessórios, para a busca da
verdade.”
4.2.Viés da representatividade
Inegável parece, por outro lado que, em certa medida, o viés da representatividade
guarda semelhanças com o viés da confirmação. Entre essas duas formas de atalho
cognitivo, há pelo menos um traço comum: a influência das preconcepções e o modo
como essas preconcepções se convertem quase que automaticamente em decisões
definitivas, suprimindo etapas essenciais do processo racional de formação do
convencimento.
Diante de uma colisão veículos entre um indivíduo alcoolizado e outro que não tenha
ingerido bebida alcoólica é comum formular-se a crença de foi o primeiro quem deu
causa ao acidente, a despeito de a perícia não ter chegado a uma conclusão dinâmica
objetiva. Em tal situação, mesmo não havendo dados concretos que corroborem a
hipótese, e ainda que haja indícios capazes de refutá-la, a decisão tende a confirmar o
estereótipo.
Em casos como esse, a estratégia decisória sobressai evidente: julga-se a parte pelo
todo, mesmo que essa parte não seja, ou não pareça estampar uma amostra
fidedignamente representativa de seu grupo. No exemplo dado, embora dirigir sob o
efeito de álcool, na legislação brasileira, constitua infração de trânsito e configure crime
em tese, tal circunstância não induz presunção de responsabilidade civil em desfavor da
pessoa alcoolizada, tampouco autoriza, contra ela mesma, a inversão do ônus de provar
sua não culpa.
Críticas à parte – mesmo porque o estudo presente não trata em espécie de questões
atinentes à responsabilidade civil – parece notório que, ao adotar o posicionamento em
apreço, o STJ possivelmente o fez sob a interferência de crenças e estereótipos,
estabelecendo um atalho cognitivo perigoso e amplamente suscetível a desencadear
erros sistemáticos de julgamento. Basta que o indivíduo que tenha feito uso de bebida
alcoólica não consiga provar sua não culpa (o que não é improvável, dada a dificuldade
e, por vezes, a impossibilidade de comprovação de um fato negativo) e ele será
condenado a reparar um prejuízo civil independentemente de a ele ter ou não dado
causa.
Não importa, a propósito, saber quem está em melhores condições de provar o fato (ou
seja, despreza-se a regra processual de ouro da distribuição dinâmica do ônus da
prova). Importa menos ainda, descobrir quem efetivamente está com a razão no caso
concreto. Importa, sim, solucionar o conflito mediante a criação de estratégias de
facilitação decisória baseadas simplesmente na supervalorização de um estereótipo.
Cuida-se de uma preocupação excessiva do agente com a forma com que ele é visto,
avaliado, considerado e julgado por seus semelhantes. Relativamente às implicações da
aversão à perda no universo das decisões judiciais, oportuno é o comentário de Nunes,
Lud e Pedron (2018, p. 121).
“No âmbito jurídico, o viés da aversão à perda pode ser caracterizado como uma
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O resultando das análises apontou o seguinte fluxograma: a) 36% das ações cujo objeto
era a declaração de inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo estadual ou
distrital tiveram julgamento favorável ao requerente legitimado (22% procedente, 6%
procedente em parte, 6% de liminar deferida e 1% de liminar deferida em parte); e b)
11% das demandas cujos objetos eram a declaração de inconstitucionalidade de alguma
lei ou ato normativo da União (202 ADIs) tiveram julgamento favorável ao
requerente/legitimado.
Apesar de não ter sido possível estender a análise até 2019, os números acima mostram
que o percentual de atos normativos cancelados ou suspensos liminarmente pelo STF é
três vezes maior nos estados do que na União. Essa observação, por sua vez, denota
que, a menos que se considere que a produção normativa estadual assenta em
qualidade inferior (o que cientificamente não se corrobora), a tendência de declaração de
inconstitucionalidade no Supremo é maior quando o ato impugnado é uma lei estadual, e
menor quando a pretensão é voltada contra uma norma federal.
Essa hipótese foi reforçada por outro estudo realizado na Universidade Federal do Piauí.
Em tal ensejo, investigou-se 480 ações diretas de inconstitucionalidade cujos objetos
envolviam disputas em torno de repartição de competências federativas. De toda
amostra, 321 processos foram decididos em favor da União e apenas 159 terminaram
com ganho de causa pelos estados ou pelo Distrito Federal (NASCIMENTO, 2016).
Sob esse enfoque, e sem que se pretenda apurar as razões dessa tendência, os escores
aqui expostos revalidam a premissa de que, no exercício de suas competências
constitucionais objetivas, o STF assume uma predisposição notória de julgar causas na
direção dos interesses do ente central.
Não se deve olvidar, a propósito, que o Supremo Tribunal Federal é um órgão federal,
cujos membros são indicados pelo Presidente da República e cujo quadro funcional é
regido pelo Estatuto dos Servidores Públicos Federais. É natural supor, portanto, que
essa excogitada preferência quantitativa sinalizada pelos levantamentos empíricos
traduza uma manifestação de tendência decisória corporativa ocasionada pelo viés de
pertencimento a um grupo.
Não seria estranho, portanto, por igual ou semelhante razão, que uma verificação
estatística de decisões em processos envolvendo a Fazenda Pública apresentasse
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enviesamentos comportamentais cognitivos
variação majoritária em favor das aspirações do respectivo ente estatal litigante. O juiz,
desse modo, como um agente público que integra os quadros do estado, pode, por
questões de identificação e empatia corporativa inconsciente, se tornar, com o tempo,
tendencioso a tomar decisões erradas em favor de interesses fazendários.
Conclusão
Não obstante, o estudo das decisões judiciais sob o enfoque de sua falibilidade sistêmica
– tratando-se aqui o erro de julgamento como um dado relevante da realidade psíquica –
encontra em setores afins um lócus pertinente de investigação e de desenvolvimento.
Para tanto, observou-se que a racionalidade humana é limitada e que em boa parte das
situações as pessoas decidem e fazem escolhas com base em automatismos mentais
amplamente suscetíveis a falhas e imprecisões.
À luz dos achados de Daniel Kahneman e Amos Tversky viu-se que a mente humana
funciona de duas formas: uma rápida e intuitiva, responsável por decisões automáticas,
e outra mais lenta e deliberativa, cuja função é executar tarefas mais complexas.
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