Você está na página 1de 3

KURUNIR NAILO

Eis que sua história começa e termina onde as eras eram distantes e o mundo
brutal à sua maneira. Kurunir, diferente dos outros elfos de sua tribo, que se
dedicavam à caça e à guerra, vivia em seu mundo mental onde o interesse em livros
e conhecimento superava todas as áreas. Desde criança, ele passava horas na
biblioteca da tribo, lendo tudo o que podia encontrar sobre história, ciência e magia.
A família de Kurunir era uma linhagem antiga de elfos das cavernas,
conhecida por sua força e habilidades de combate. Eles viviam nas cavernas das
montanhas, em uma comunidade que gostava de se manter reservada do mundo
exterior, tendo como ponto forte a valorização da sua sobrevivência e a sobrevivência
da tribo acima de tudo.
Seu pai, chamado Thorgar, era um guerreiro distinto e um líder dentro da tribo.
Ele tinha uma aura imponente, e seus cabelos quase brancos eram um traço distintivo
da linhagem da família. Sua mãe, Lyra, era uma curandeira habilidosa. Ela dominava
o conhecimento das ervas e poções medicinais, usando suas habilidades para tratar
as lesões dos guerreiros da tribo. Lyra era uma mulher sábia e amorosa, conhecida
por seu espírito gentil. Porém, quem ele mais apreciava era sua irmã mais nova,
Elysia. Pequena como uma flor de inverno, porém destemida e ágil, com um talento
natural para a caça e a sobrevivência. Elysia acompanhava o pai em suas expedições
de caça e era conhecida por sua precisão com um arco e flechas. Ela e seu irmão
eram próximos e compartilhavam uma forte conexão fraterna.

Thorgar Lyra Elysia

A família de Kurunir vivia em harmonia, era uma vida simples, e cada membro
desempenhava um papel importante, eles se apoiavam mutuamente e valorizavam os
parentes. A educação e o respeito pelo conhecimento eram altamente valorizados, e
sua mãe encorajava sua paixão pela leitura e aprendizado.
Em seus sonhos mais íntimos, ele se tornaria um estudioso renomado que
seria apreciado por todos. Ele queria desvendar os mistérios do universo e descobrir
os segredos que estavam escondidos nos livros. Mas sua vida mudou
significativamente quando ele foi capturado por um grupo de orcs e vendido como
escravo.
Devido às habilidades de sua raça, podendo enxergar no escuro e localizar
facilmente objetos, levaram-no para uma mina subterrânea, onde ele foi forçado a
trabalhar como escravo. Seu coração ficou tomado pelo desespero, sentindo-se
perdido e sem esperança. Ele não conseguia acreditar que seus sonhos de
conhecimento e sabedoria haviam sido destruídos dessa maneira.
Infelizmente, a captura e escravidão interromperam o equilíbrio e a felicidade
da família. Eles ficaram arrasados com a perda e o revés do destino. No entanto, eles
nunca perderam a esperança de que ele poderia retornar e reunir-se com eles um dia.
Enquanto ainda estava escravizado, recebeu a dolorosa notícia da morte de sua
amada irmã, Elysia. Chegou à mina onde ele estava cativo, trazendo as notícias e
deixando-o arrasado, sentindo uma mistura de tristeza profunda e raiva fervente.
Ao ser capturado, foi arrancado de seu caminho em direção ao conhecimento
e mergulhado em uma vida de escravidão. Ele foi forçado a trabalhar nas entranhas
das minas escuras, onde a luz do sol jamais chegaria. Sua esperança começou a
desvanecer-se, e a sensação de estar distante de sua paixão pelo conhecimento e de
sua família tornou-se mais intensa.

No entanto, ele procurou dentro de si a resiliência. Mesmo nas condições mais


adversas, ele se recusou a abandonar seus sonhos. Ele utilizou suas habilidades
naturais de combate para sobreviver nas minas, tornando-se um bárbaro formidável.
Sua força e ferocidade o ajudaram a superar os desafios diários e a proteger a si
mesmo.
Durante o período de escravidão, foi submetido a condições brutais que
exigiam força física e resistência para sobreviver. O trabalho era árduo nas minas,
juntamente com os maus-tratos dos captores, o que o forçou a desenvolver sua
resistência e força para resistir às adversidades.
Durante seus anos de escravidão, ele testemunhou a brutalidade das lutas
nas arenas. Os captores viam potencial nele e o obrigavam a participar desses
combates mortais como forma de entretenimento sádico. Inicialmente, a sensação de
estar sujo, de toda beleza do mundo ter sucumbido, o fez sentir-se repugnado com a
ideia de lutar pela diversão dos outros. No entanto, ele logo percebeu que precisaria
usar essa oportunidade para sobreviver e eventualmente escapar. Aprendeu a
canalizar sua raiva e sua dor nas lutas, tornando-se um guerreiro feroz e
descontrolado. Descobriu que a raiva e a adrenalina o impulsionavam a lutar com uma
força e uma agressividade incomuns. A cada batalha na arena, tornava-se mais
habilidoso, aproveitando sua agilidade natural de elfo das cavernas e sua resistência
fortalecida pela escravidão.

Sua aparência marcante refletia sua origem e sua jornada de lutas. Ele era
alto e esbelto, típico dos elfos, mas sua musculatura era desenvolvida e poderosa,
resultado dos anos de escravidão e combate nas arenas. Seus trajes eram simples,
adequados para a vida nas cavernas e para as batalhas nas arenas. Sua presença
era imponente. Sua postura era ereta e confiante, emanando uma aura de poder e
estranheza. Sua voz, profunda e grave, transmitia uma mistura de experiência e
coragem acumuladas ao longo de suas vivências. Apesar disso, era um homem de
poucas palavras. A beleza das palavras havia sido massacrada, os belos poemas não
eram mais do que poeira de estrelas.

Kurunir era uma figura notável, com ares que mesclavam a nobreza dos elfos
com a selvageria de um guerreiro implacável. Seu visual externo refletia sua história
de superação, mostrando ao mundo sua resiliência, força física e espírito indomável.
Porém, nunca esqueceu sua paixão pelo conhecimento e sempre buscou uma
oportunidade de escapar.

Você também pode gostar