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SOCIEDADE EDUCAIONAL DE ITAPIRANGA

FACULDADE DE ITAPIRANGA – FAI


CURSO DE DIREITO

GEISSICA ALINA GROSS KAISER

A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO FRENTE A VIOLAÇÃO DE DIREITOS


DO PRESO

ITAPIRANGA, SC
2016
GEISSICA ALINA GROSS KAISER

A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO FRENTE A VIOLAÇÃO DE


DIREITOS DO PRESO

Projeto de Monografia Jurídica


apresentado como requisito parcial
para a aprovação na disciplina de
Trabalho.de Conclusão de Curso I,
do Curso de Direito da FAI –
Faculdades de Itapiranga.

Professor Orientador: Esp. Rogério Cézar Soehn

Itapiranga SC
2016
SUMÁRIO

1 TEMA............................................................................................................... 3
2 DELIMITAÇÃO DO TEMA...............................................................................3
3 PROBLEMA.....................................................................................................3
4 HIPÓTESES.....................................................................................................3
5 OBJETIVO GERAL E OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................4
5.1 OBJETIVO GERAL....................................................................................... 4
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.........................................................................4
6 JUSTIFICATIVA...............................................................................................4
7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................5
8 METODOLOGIA............................................................................................12
9 SUMÁRIO PROVISÓRIO...............................................................................13
10 CRONOGRAMA.......................................................................................... 14
REFERÊNCIAS.................................................................................................16
BIBLIOGRAFIA................................................................................................ 18
ANEXOS........................................................................................................... 20
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1 TEMA

O Estado e sua responsabilidade civil em relação aos apenados e detidos


recolhidos em estabelecimentos prisionais.

2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

A responsabilidade civil do Estado brasileiro no que tange a obrigação de


reparar danos diante de encarcerados que sofreram alguma violação de direitos
enquanto em custódia.

3 PROBLEMA

Recentes decisões judiciais dos Tribunais Superiores pacificaram o


entendimento de que o Estado é responsável objetivamente por todas as pessoas
que encontram-se detidas e ao que a elas ocorre. A grande questão, porém, a ser
respondida, funda-se nos casos de ordem subjetiva. Questionando-se assim, de que
forma o Estado é responsável, em que casos cabe a responsabilidade
exclusivamente aos detentos e, principalmente, em que casos efetivamente ocorre a
responsabilização por esses fatos danosos ocorridos dentro dos presídios de nosso
país?

4 HIPÓTESES

Trata-se de conteúdo de ordem constitucional, portanto, é necessário que se


saiba que o Poder Público não pode se omitir do dever de cumprimento das
obrigações constitucionais, sob pena de ser responsabilizado civilmente pelos danos
que vier a causar.
Não obstante, demostrar-se-á no presente projeto de pesquisa científica, que
o Estado é responsável objetiva e subjetivamente por seus atos, neste trabalho
especificamente, no que cabe diante de presos sob sua tutela; consoante ainda, a
atos de seus encarregados, e por atos os quais deveria reger, porém mantem-se
omisso. Neste viés, se faz importante o presente estudo acadêmico com a finalidade
objetivar um entendimento de forma terminante sobre qual a responsabilidade civil
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do estado em suas modalidades omissivas e comissivas dentro do sistema penal


brasileiro enquanto responsável por seus apenados.

5 OBJETIVO GERAL E OBJETIVOS ESPECÍFICOS

5.1 OBJETIVO GERAL

Tratar-se-á sobre a responsabilização que compete ao Estado, em aspectos


objetivos e subjetivos, por atos omissivos ou comissivos, praticados em desfavor de
apenados enquanto reclusos, e, quando/ou até que ponto, este, deverá indenizar os
internos do sistema prisional ou a família destes, pelos atos ocorridos/praticados.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Abordar a questão de responsabilidade em seu conceito etimológico, do


mesmo modo que seus aspectos subjetivos, objetivos, levando em
consideração discussões terminológicas e artigos da Constituição Federal.
b) Caracterizar as teorias sobre a responsabilização do estado, trazendo ao
conhecimento questões doutrinárias e também uma análise
jurisprudencial. Também fazer menção ao poder do Estado quanto à tutela
do preso.
c) Avaliar a questão da responsabilidade estatal por ferimentos, abusos e
mortes de presos, como e quando o Estado responde civilmente perante
estes e seus familiares.

6 JUSTIFICATIVA

O referido tema fora escolhido por se tratar de assunto não pacífico, quanto
aos aspectos subjetivos de responsabilidade do Estado – assunto a ser enfocado no
trabalho – nos casos em que são praticados omissiva ou comissivamente, atos em
desfavor de apenados.
Permanecem os sujeitos internos do sistema prisional abrigados por uma
instituição conflituosa e caótica, que em suma não resguarda direitos
personalíssimos e, à medida em que estes sujeitos têm seus direitos tutelados pelo
5

Estado, ficam na expectativa de que sua integridade seja resguardada, sendo feito
assim jus ao art 5º, XXXI de nossa Constituição Federal. Referir-se-á, neste projeto,
a forma que o Estado tem agido diante disso, em demasiadas vezes omitindo-se de
suas tarefas.
O Estado é responsável pela integridade física e psíquica de seus detentos e
aqui será trazido a forma com a qual este opera e deveria operar com essas
questões, mencionando doutrinas, posicionamentos e jurisprudências para a clareza
fática do assunto.
Destarte, salienta-se que há fatos em que exclusivamente os internos são
responsáveis por seus danos sofridos, pois nestes casos eles promoveram as
determinadas circunstâncias que lhes causaram o dano. Nas referidas ocasiões o
Estado abstém-se do dever de indenizar, pois são casos específicos e também
resguardados por jurisprudência, conforme se verá no trabalho.
Ressalta-se a importância de tratar do assunto, posto que os reclusos em
muitas situações encontram-se desamparados, à mercê de direitos que o Estado
não pode negar, mas quando não os concede, torna-se responsável elos eventuais
danos.

7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O presente projeto de pesquisa científica tem por objetivo expor as questões


inerentes ao Estado no que compete à sua responsabilização frente a danos
causados a terceiros que estão sob sua tutela.
Desta forma, faz-se necessário uma breve discussão sobre as formas de
responsabilização do Estado, consoante ao artigo 144 da Constituição pátria, que
trata das seguranças públicas e do dever do Estado como um assegurador.
Podemos entender, então, através do referido artigo, que ao Estado é atribuído esse
dever de trazer às pessoas o sentimento de segurança e de garanti-la, porém não
universalmente. Uma vez que, quando não garantida essa segurança, não é função
do Estado arcar com todos os prejuízos que as pessoas venham a sofrer no
exercício de suas atividades cotidianas. Neste viés, quando assaltada uma pessoa,
esta não tem o direito de pedir indenização do Estado. (AGUIAR, 2007)
Porém a situação muda completamente quando se está falando de pessoas
sob tutela do Estado e que são lesionadas ou sofrem algum dano em função deste
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contexto. (AGUIAR, 2007) Neste caso dispõe o caput do artigo 3º da Lei nº 7.210, de
11 de julho de 1984, que “ao condenado e ao internado serão assegurados todos os
direitos não atingidos pela sentença ou pela lei”. (BRASIL. Lei nº 7.210 de 11 de
julho de 1984. Promulgada em 11 de julho de 1984) Destarte, a qualquer dano
causado aos internos do sistema prisional é dado o direito de indenização, mesmo
que inexista a conduta de um agente público para tal. Nesta mesma linha de
pensamento nos elucida Aguiar com estas palavras:

Ressalte-se que a responsabilidade civil da Administração Pública por


condutas omissivas é regida pela teoria da falta do serviço, ou seja, o
Estado é responsável se o serviço público funcionou mal, não funcionou ou
funcionou atrasado. Ora, qualquer dano sofrido pelo preso no interior do
presídio demonstra claramente que o serviço penitenciário não funcionou de
maneira adequada. (AGUIAR, 2007)

Visto isso, objetivando atingir o cerne deste trabalho de importância


perceptível, tal qual seja esta a responsabilização estatal, far-se-á uma análise
evolutiva sobre a responsabilidade civil num sentido amplo e estrito, bem como os
seus princípios e teorias para elucidação do mesmo e de sua problemática.
A palavra responsabilidade, pura e simplesmente, nos traz uma conotação de
incumbência, encargo, obrigação e compromisso, tarefa pela qual se tem ou pode-
se ter uma culpabilidade inerente. Sendo essa uma norma imputada a todas as
pessoas nos atos de suas vidas civis, pois, sendo responsável por algo e esta coisa
causar dano a terceiro, deverá a pessoa responder à medida do dano que foi
causado. A partir disso, é sabido que na responsabilidade civil, sempre existirá um
dever ligado ou atrelado a esta responsabilidade.
No que diz respeito ao Estado, a responsabilidade será sempre de forma
pecuniária/patrimonial, que, segundo PIETRO, “[...] poderá decorrer de atos
jurídicos, de atos ilícitos, de comportamentos materiais ou de omissão do Poder
Público. O essencial é que haja um dano causado a terceiro por comportamento
omissivo ou comissivo [...]”. (2009, p. 642)
Ao que se refere à evolução dessa responsabilização, inicialmente havia o
entendimento de que o Estado era irresponsável por seus atos e quanto aos atos
que seus agentes pudessem provocar, uma vez que o poder do rei (em Estados
monárquicos) era ilimitado e este possuía poder de ditar vida e morte sobre seus
súditos sem que precisasse responder sobre tal. (ROSA, 2004)
7

Progredindo, então, a sociedade passou a questionar tais princípios e


procurou limitar o poder do soberano e ainda, bem como criou responsabilidades ao
longo do tempo para os detentores do poder, passando as questões decorrentes de
função estatal a ser julgadas com fundamento em princípios de direito público.
Posteriormente, em busca de um maior ressarcimento dos danos causados, os civis
não mais teriam que provar a culpa do Estado, carecendo apenas de demostrar o
nexo de causalidade entre o dano sofrido e o ato que lhe fora praticado, desde que,
em favor do Estado não houvesse uma causa apta a justificar o erro cometido.
(ROSA, 2004)
Atualmente, no que compete as pessoas jurídicas de direito público e privado
e aos servidores de serviço público, dispõe o art. 37, §6º, da Constituição Federal,
que as mesmas “[...] responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa”. (ROSA, 2004)
Concluindo, dessa forma:

A responsabilidade prevista no texto constitucional não se refere apenas ao


ato provindo especificamente do Estado, nas suas diversas expressões,
mas de quaisquer pessoas privadas ou públicas que cumpram função
pública. Basta que se cumpra uma função pública para que haja a
responsabilidade civil do Estado. (ROSA, 2004. p. 29)

Tendo em vista o processo evolutivo exposto, desdobraram-se princípios de


considerável importância a serem aqui ponderados, a fim de uma maior análise da
responsabilização do Estado em diferentes aspectos. Essas premissas são sub-
divididas em: Princípio da Irresponsabilidade do Estado; Princípio da
Responsabilidade do Estado; Responsabilidade Subjetiva do Estado; e,
Responsabilidade Objetiva do Estado. Cabe dizer, ainda, que há divergência
consoante às terminologias adotadas quanto aos princípios, por diferentes autores,
mas que aqui serão expostas dessa forma.
Primordialmente, no direito público prevalecia a ideia da Irresponsabilidade do
Estado, que bem se resume na frase “O próprio da soberania é impor-se a todos
sem compensação” (LAFERRIÈRE apud MELLO, 2013). Ademais, nos explica
Mello, uníssono à irresponsabilidade do Estado e as questões a ela inerentes:

Estas assertivas, contudo, não representavam completa desproteção dos


administrados perante comportamentos unilaterais do Estado. Isto porque,
de um lado admitia-se responsabilização quando leis específicas a
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previssem especificamente [...], de outro lado, também se admitia


responsabilidade por danos resultantes da gestão do domínio privado do
Estado, bem como os causados por coletividades públicas locais. (MELLO,
2013. p. 1019-1020)

Na segunda metade do século XIX, passou a ser admitido o princípio da


Responsabilidade do Estado, sendo este visto como uma espécie de equilíbrio sem
uma restrição geral, ou absoluta. Evoluindo posteriormente de tal forma a expandir-
se em uma nova teoria, da responsabilidade subjetiva, esta baseada na culpa, e,
subsequentemente fundando também a responsabilidade objetiva do Estado.
(MELLO, 2013)
Desta forma, partindo para a responsabilidade objetiva do Estado, esta:

É a obrigação de indenizar que incumbe a alguém em razão de um


procedimento lícito ou ilícito que produziu uma lesão na esfera juridicamente
protegida de outrem. Para configurá-la basta, pois, a mera relação causal
entre o comportamento e o dano. (MELLO, 2013. p. 1024)

Não carecendo neste caso de comprovação de dolo ou culpa, meramente


nexo causal. Ao contrário das teorias anteriores, nesta cabe ao Estado demonstrar
que o ato não ocorreu por sua culpa, para assim eximir-se da responsabilidade,
sendo esta benéfica ao administrado.
Permeando o formato de responsabilidade a ser enfocado no presente
estudo, a referida responsabilidade subjetiva, que tem como principal diferenciador
em relação a responsabilidade objetiva, o elemento culpa, que pode ser entendido
como: a vontade do sujeito cometer determinado ato; a eventualidade de não levar
em conta elementos os quais são ou deveriam ser sabidos, e que levariam a
determinado resultado; ou ainda, pela omissão de atitudes que deveriam ter sido
tomadas, qualificando assim, a culpabilidade por ato ocorrido. (MELLO, 2013)
Em síntese, “a ausência do serviço devido, ou seu defeituoso funcionamento,
inclusive por demora, basta para configurar a responsabilidade do Estado por danos
daí decorrentes [...]” (MELLO, 2013). Predispõem o artigo 186, caput, do nosso atual
Código Civil “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilícito” ao passo que o artigo 927, também do Código Civil nos traz:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o
dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,
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por sua natureza, risco para os direitos de outrem. (BRASIL. Lei nº 10.406,
de 10 de janeiro de 2002. Promulgada em 10 de janeiro de 2002)

Assim sendo, dentre todas as teorias de responsabilização, a


responsabilidade civil subjetiva está diretamente ligada ao Estado, dando base a
problemática deste trabalho de pesquisa científica. Objetivando-se portanto,
deflagrar que esta responsabilização não ocorre de forma eficaz e contudo, não
cumpre com os requisitos a ela inerentes, bem como trazer compensação por danos
causados, uma vez que, quando trata-se da perda de uma vida dentro do sistema
prisional, dificilmente se chegará a um valor determinante que compensará de fato a
vida irrecuperável.
Trata-se, portando, de matéria de dificultosa valoração pecuniária, e por isso,
exibir-se-ão aqui julgados do Superior Tribunal de Justiça de Santa Catarina,
referentes à Matéria, para maior elucidação.

APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. PRETENSÃO


INDENIZATÓRIA INTENTADA POR DETENTO QUE ATRIBUI AO ESTADO
A RESPONSABILIDADE PELAS LESÕES QUE CULMINARAM NA
AMPUTAÇÃO DE DOIS DEDOS DO PE, EM RAZÃO DE ALEGADO
FORNECIMENTO INADEQUADO DE MATERIAL PARA O DESEMPENHO
DO LABOR NO INTERIOR DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL. LAUDO
PERICIAL QUE É CATEGÓRICO AO ATESTAR A PREEXISTÊNCIA DE
DOENÇA VASCULAR CRÔNICA. ELEMENTOS CARREADOS AOS
AUTOS QUE, ADEMAIS, NÃO DEMONSTRAM OS FATOS CONFORME
APRESENTADOS PELO REQUERENTE. AUSÊNCIA DE
DEMONSTRAÇÃO DO NEXO CAUSAL ENTRE SUPOSTA CONDUTA
ESTATAL E OS DANOS SUPORTADOS PELO AUTOR. SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DE SANTA CATARINA. Segunda Câmara de Direito Público.
Apelação nº 0002563-47.2010.8.24.0074. Relator: Sérgio Roberto Baasch
Luz. Trobudo Central. 30 de ago de 2016)

É sabido que vige como regra geral a responsabilidade objetiva do Estado


fundada na teoria do risco administrativo, modalidade em que a culpa exclusiva da
vítima evita que se forme o nexo de causalidade, excluindo a responsabilidade do
Estado. Assim se a vítima provocou o dano, ou como no caso exposto, tem
propensão ao dano fático sofrido, então não há que se falar em responsabilidade da
Administração Pública. (NOGUEIRA, 2014)
O juízo de probabilidades ou previsibilidade do resultado é realizado
pelo juiz em atenção ao que era do conhecimento do sujeito, tomando como
exemplo o tipo do homem médio. Logo, em igualdade de condições deve-se
estabelecer maior vigilância e diligência daquele de cujos atos ou omissões possam
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causar dano, não só a si mesmo, como também a outras pessoas. Nesse sentido,
não há falar em igualdade de condições entre o Estado e um preso em situação
especial. ((NOGUEIRA, 2014)

APELAÇÃO CÍVEL - RESPONSABILIDADE CIVIL - AÇÃO DE


REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS - MORTE DE
DETENTO NA PENITENCIÁRIA DE FLORIANÓPOLIS - PARTICIPAÇÃO
EM REBELIÃO NO TELHADO DO PRESÍDIO - ALVEJAMENTO POR
DISPARO DE ARMA DE FOGO - PROVA PERICIAL PRODUZIDA NO
INQUÉRITO POLICIAL QUE ATESTA QUE O PROJÉTIL ENCONTRADO
NO CORPO SE COADUNA AO REVÓLVER EM POSSE DO POLICIAL
MILITAR - DENUNCIAÇÃO DA LIDE FORMULADA PELO ESTADO DE
SANTA CATARINA EM FACE DO SERVIDOR PÚBLICO - ALEGAÇÃO DE
CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA E DE ESTRITO CUMPRIMENTO DO
DEVER LEGAL - REJEIÇÃO DO PEDIDO NA DEMANDA PRINCIPAL E
SECUNDÁRIA - INSURGÊNCIA DO AUTOR, FILHO DO "DE CUJUS" -
EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE CIVIL NÃO CONFIGURADAS -
PARTICIPAÇÃO DO APENADO NA INSURREIÇÃO QUE, POR SI SÓ,
NÃO RENDEU ENSEJO À PRÓPRIA MORTE, A QUAL SE CONSUMOU
POR ATO DIRETO E EXCLUSIVO DO AGENTE DA LEI - AUSÊNCIA DE
JUSTA CAUSA PARA O TIRO FATAL - CARÊNCIA DE PROVAS DA
INVESTIDA ARMADA PELA VÍTIMA CONTRA OUTRO PRESIDIÁRIO OU
EM FACE DAS FORÇAS POLICIAIS OU, AINDA, DE EVENTUAL
TIROTEIO ENTRE ELAS E A MASSA CARCERÁRIA - VIOLAÇÃO AO
DEVERES DE CONDUTA DO PRESO CONSTANTES DA LEI DE
EXECUÇÃO PENAL - DESIMPORTÂNCIA PARA FINS INDENIZATÓRIOS -
ESTADO DE SANTA CATARINA QUE, POR ATO COMISSIVO DO SEU
AGENTE, NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA, NÃO SE
DESINCUMBIU DE PRESERVAR A INCOLUMIDADE FÍSICA DO PRESO -
OMISSÃO ESPECÍFICA - RESPONSABILIDADE OBJETIVA - ATO ILÍCITO
CARACTERIZADO - EXISTÊNCIA DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR - CF,
ARTS. 5º, INC. XLIX, E 37, § 6º C.C. CC/1916, ART. 1.537 -
ACOLHIMENTO DO PEDIDO QUE SE IMPÕE - DANOS MORAIS - FILHO
QUE, EM RAZÃO DO EVENTO DANOSO, [...]. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DE SANTA CATARINA. Segunda Câmara de Direito Público. Apelação nº
2011.088256-1. Relator: Cid Goulart. Jaraguá do Sul. 21 de jul de 2015)

É modalidade de culpa ocasionada pela falta de diligência, atenção, ou


quaisquer outros atos de segurança do agente, no cumprimento do dever. Apesar de
mencionar o elemento subjetivo, trata-se nitidamente de responsabilidade objetiva
do ente Público, referindo-se a dolo ou culpa apenas em relação ao servidor estatal.
Observa-se de diferentes maneiras que exposta a responsabilidade objetiva
do Estado, esta é de fato reconhecida, e que procedem em julgados com questões
inerentes à esta responsabilidade. Como em casos de esfaqueamento, por exemplo,
dentro de prisões, pode ser considerado o nexo de causalidade e as lesões – ou o
óbito – considerando um certo descontrole administrativo da grande maioria dos
estabelecimentos prisionais. Notável a falha do Estado em zelar pela incolumidade
física de seu detento, e inafastável, portanto, o dever de indenizar.
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Porém quando se trata de responsabilidade subjetiva, deve ser analisado


caso a caso, se há relação de nexo de causalidade e o fato ocorrido. Em casos de
suicídio dentro das cadeias e presídios, por exemplo, há de se sondar se o que
levou o preso a tal ato era de ordem psicológica e se esse abalo se fundava
momentaneamente no caos vivenciado, ou se decorria de uma vida regada a
perturbações que foram se desencadear naquele momento especificamente.
Neste contexto:
A superlotação afeta mais alguns indivíduos do que outros, ou seja, ela
possuem efeitos diferentes em cada um dos indivíduos mesmo dentro do
mesmo ambiente prisional e é por isso que ela vem sendo descrita como
uma variável interativa, o que, pode causar, resultar ou exacerbar o impacto
de outras condições. Esse fenômeno tem sido relacionado com taxas mais
elevadas de comprometimento psiquiátrico (Paulus et al., 1978), taxas mais
elevadas de queixas de doença (Paulus et al., 1978; McCain, Cox & Paulus,
1983) e com um aumento da probabilidade de reincidência (Farrington &
Nuttal, 1980). Além disso, foi demonstrado que as taxas de suicídio (McCain
et al., 1980) e outras formas de morte violenta foram mais elevadas durante
os períodos de superlotação, como também, as taxas de violência e outras
infrações disciplinares (Megargee, 1977; Porporino & Dudley, 1984; Ruback
& Carr, 1984). Embora diversos estudos demonstrem os efeitos negativos
da superlotação, sabe-se que o fenômeno não afeta todas as prisões de
maneira uniforme, assim como não afetas os reclusos de maneira
igualitária. Sendo assim é possível concluir que os efeitos da superlotação
vão variar de forma institucional (Porporino & Dudley, 1984, citado por Kuhn,
1996), conforme a diferença do sistema de cada estabelecimento prisional e
de maneira individual, mediante as diferenças substancias de cada recluso,
levando em consideração a idade, grupos raciais, etnicos e socio-
econômicos (McCain et al., 1980, apud Huey & McNulty, 2005). (SILVA,
2016)

De mesmo modo, há o que se falar então, na contribuição dos presos para


tais delitos, sobre a responsabilização destes, a medida em que concorrem para os
abusos e delitos sofridos enquanto reclusos, que, nestes casos então há de se
avaliar também. Por conseguinte, a fim de trazer ao conhecimento do assunto
tratado, houve em março deste ano um julgado reconhecendo a improcedência de
um pedido de responsabilização do Estado frente ao óbito de um detento que, ao ser
comprovado o seu suicídio, e não se conseguindo em função disso comprovar o
nexo de causalidade da omissão do Estado com o fato ocorrido, foi afastado o dever
incumbido ao poder público. A saber:

EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL.


RESPONSABILIDADE CIVILDO ESTADO POR MORTE DE DETENTO.
ARTIGOS 5º, XLIX, E 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A
responsabilidade civil estatal, segundo a Constituição Federal de 1988, em
seu artigo 37, § 6º, subsume-se à teoria do risco administrativo, tanto para
as condutas estatais comissivas quanto paras as omissivas, posto rejeitada
a teoria do risco integral. 2. A omissão do Estado reclama nexo de
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causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nos casos em que o


Poder Público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir para
impedir o resultado danoso. 3. É dever do Estado e direito subjetivo do
preso que a execução da pena se dê de forma humanizada, garantindo-se
os direitos fundamentais dodetento, e o de ter preservada a sua
incolumidade física e moral (artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal).
4. O dever constitucional de proteção ao detento somente se considera
violado quando possível a atuação estatal no sentido de garantir os seus
direitos fundamentais, pressuposto inafastável para a configuração da
responsabilidade civil objetiva estatal, na forma do artigo 37, § 6º, da
Constituição Federal. 5. Ad impossibilia nemo tenetur, por isso que nos
casos em que não é possível ao Estado agir para evitar amorte do detento
(que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), rompe-se o
nexo de causalidade, afastando-se a responsabilidade do Poder Público,
sob pena de adotar-se contra legem e a opinio doctorum a teoria do risco
integral, ao arrepio do texto constitucional. 6. A morte do detento pode
ocorrer por várias causas, como, v. g., homicídio, suicídio, acidente ou
morte natural, sendo que nem sempre será possível ao Estado evitá-la, por
mais que adote as precauções exigíveis. 7. A responsabilidade civil estatal
resta conjurada nas hipóteses em que o Poder Público comprova causa
impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de
causalidade da sua omissão com o resultado danoso. 8. Repercussão geral
constitucional que assenta a tese de que: em caso de inobservância do seu
dever específico de proteção previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da
Constituição Federal, o Estado é responsável pela morte do detento. 9. In
casu, o tribunal a quo assentou que inocorreu a comprovação do suicídio do
detento, nem outra causa capaz de romper o nexo de causalidade da sua
omissão com o óbito ocorrido, restando escorreita a decisão impositiva de
responsabilidade civil estatal. 10. Recurso extraordinário DESPROVIDO.
(TRIBUNAL SUPERIOR FEDERAL. Tribunal Pleno. Recurso Extraordinário
nº 841526. Relator: Min. LUIZ FUX. Rio Grande do Sul. 30 mar 2016)

Sendo este um julgado de grande valia para reiterações em demandas


vindouras, trazendo celeridade às demandas repetitivas. Nota-se, também, tendo em
vista a obrigação de zelar pela integridade física dos detentos, devendo manter
vigilância e tratamento adequado à saúde do preso mesmo nos casos de suicídio,
que o Estado tem o dever de indenizar. Porém, se os fatos narrados ocorreriam
comprovadamente, mesmo se o detento estivesse em liberdade, não é assim
possível culpar o Estado, pois trata-se de abalo psicológico inerente ao sujeito e não
à sua condição propriamente dita. Assim, em casos de descuido da Administração
Pública à preservação da incolumidade física dos reclusos, ocasionando suicídio,
nem sempre aplica-se a responsabilidade.
Vislumbrou-se que o Estado deve arcar com a obrigação de indenizar nos
casos em que sua atuação ou omissão redundar em morte de presos ou em suicídio
praticado por eles. Percebe-se que, na prática, são indenizáveis mortes em
estabelecimentos prisionais, sejam causadas por terceiros ou até mesmo pela
vítima, em decorrência do dever de proteção do Estado para com seus
administrados, pois ao privar o indivíduo de liberdade, tem o dever de zelar por sua
13

integridade física. Destacando-se que, para restar caracterizada a responsabilidade


civil do Estado, é preciso se configurar apenas os requisitos gerais, que são a
conduta, o resultado e o nexo de causalidade, haja vista a natureza objetiva dessa
responsabilidade estatal, sendo desnecessário falar-se em culpa administrativa,
modalidade de responsabilidade subjetiva. (NOGUEIRA, 2014)
Como forma de melhor esclarecer a matéria, diante do exposto até o
momento, entende-se subjetivamente que ao Estado é dado um dever que nem
sempre é cumprido. Posto que, mesmo sendo preenchidos os requisitos, ainda é
falha a responsabilização do poder público frente ao caótico resguardo do art 5º,
XXXI de nossa Constituição Federal, assim, analisar-se-á mais profundamente o
assunto em questão, na Monografia de Conclusão de Curso (a ser produzida), de
forma a tornar sabido ainda que de forma não unânime, que ao Estado é dado o
dever de indenizar puramente por estar com o dever de tutela das vidas e as quais
devem ser resguardadas.

8 METODOLOGIA

O método de abordagem a ser utilizado no presente trabalho será o método


dedutivo, partindo assim de uma natureza bibliográfica para ao fim concluir
pontualmente o problema da pesquisa. O método de procedimento a ser aplicado é
o histórico e analítico. E, por fim, será empregada como técnica de pesquisa a
documentação indireta por meio de auxilio documental, bibliográfico e
jurisprudencial.

9 SUMÁRIO PROVISÓRIO

1 INTRODUÇÃO

2 FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE DO ESTADO


2.1 EVOLUÇÃO
2.1.1 Teoria da irresponsabilidade
2.1.2 Teorias Civilistas
2.1.3 Teorias Publicistas
2.2 DA ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL AO ESTADO
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2.2.1 Princípios da responsabilidade do Estado


2.3 RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA
2.3.1 Dos atos comissivos e omissivos
2.3.2 Excludentes da Responsabilidade do Estado.
2.3.3 Da Ação Regressiva.

3. RESPONSABILIZAÇÃO E SATISFAÇÃO DO DANO


3.1 DIREITOS FUNDAMENTAIS
3.1.1 Conceito e características
3.1.2 Direitos personalíssimos
3.1.2.1 À vida
3.1.2.2 Direito a Igualdade
3.1 DANOS POR AÇÃO DO ESTADO
3.1.1 Responsabilização do Estado por danos decorrentes de leis e
regulamentos
3.2 DANOS POR OMISSÃO DO ESTADO

4. OS DIREITOS VIOLADOS DO PRESO


4.1 MORTE DE PRESOS PRATICADA POR PRESOS
4.1.1 Como postulam e quanto postulam
4.2.2 Em relação ao dano moral
4.2.3 Em relação as despesas decorrentes do evento
4.2.4 Em relação ao valor da prestação alimentar
4.2 ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL ATUAL
4.2.1 Como decidem os Tribunais
4.2.2 Como decide o STF
4.3 DA PRESCRIÇÃO

5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXOS
15

10 CRONOGRAMA

2016 2017
Atividades Ago. Set. Out. Nov. Dez Jan. Fev. Mar Abr. Mai. Jun.
. .

Entrega dos
documentos
exigidos pelo
X X X X X X X X X X X
NTCC (carta de
aceite, ficha de
orientação etc.)

Pesquisa do
X X
Tema

Levantamento
X X X X
Bibliográfico

Leituras e/ou
X X X X X X X X X X X
Fichamentos
Elaboração do
X X
Problema

Desenvolvimento
X X
do Projeto

Protocolo do
X
Projeto

Defesa do
X
Projeto

Redação do
Primeiro X
Capítulo

Protocolo do
X
primeiro Capítulo

Redação do
Segundo X X
Capítulo

Redação do X X
Terceiro Capítulo
16

Redação dos
elementos Pré e X X
Pós-textuais

Revisão Final e
protocolo da X
monografia

Defesa da
X
Monografia

Protocolo da
X
versão Final
17

REFERÊNCIAS

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na Constituição Federal de 1988. 2. ed. rev. e ampl. Porto Alegre: Livraria do
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20

ANEXOS

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