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Artoart

Unidade Curricular:
Projeto de Design em Empresas I

Docentes:
Ermanno Aparo – Liliana Soares

Breafing do exercício de projeto

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Arto: do Celt. Arto: pedra

Arte: do Lat. Ars: habilidade, perícia, capacidade

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Premissas e contextualização

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“A loucura não deve inscrever-se na negatividade
da existência, como um dos seus aspetos mais
perturbados, mas ter lugar progressivamente na
positividade das coisas conhecidas.”

(Foucault, 1963)

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Acompanhando as reflexões de Erasmo de
Roterdão no livro "Elogio da Loucura" (1982),
a loucura pode ser entendida como sinónimo
de criatividade, que acompanha uma força
criativa inspiradora, forte nos jovens e pode
afastar uma forma racional de pensar,
estimulando ideias não convencionais e, por
esta razão, inovadoras.

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“(…) os materiais acidentais falam através de
uma complexa rede de inter-relações internas ao
contexto (…) o controlo da expressividade pode
obter-se através da mistura controlada das suas
componentes elementares”

(Branzi, 1983)

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A História do Design está recheada de casos que
apresentam o design como uma disciplina capaz
de encontrar novas aplicações para os materiais,
fazendo referência a mundos paralelos e
definindo novos cenários operacionais.

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“Num mundo onde coisas deliberadamente
instáveis são a matéria-prima para a construção de
identidades instáveis, é preciso estarmos
constantemente atentos;
mas, acima de tudo, é preciso garantir que a
flexibilidade e a capacidade de nos adaptarmos
rapidamente sigam padrões em constante mudança
do mundo exterior.”
(Bauman, 2005)

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“(...) o designer como um projetista cauteloso é
capaz de re-educar para um consumo de
sociedade justa. Através do projeto, o designer
poderá propor novas soluções para a mudança,
capazes de satisfazerem a sociedade e, ao mesmo
tempo, garantirem um futuro.”

(Aparo, Soares, 2012)

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“(...) nos últimos anos, muitos projetistas têm sabido
interpretar as inovações que chegam do mundo da
investigação – também através de operações de
cross-fertilization, ou seja, trocas de tecnologia
entre diversos setores – para criarem produtos de
grande sucesso.”
(Raimondo, 2005)

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“O design primário começou a operar as primeiras
pesquisas nesta direção, dilatando o conceito de
projeto para a invenção de novos materiais e para o
aperfeiçoamento linguístico daqueles existentes.”
(Branzi cit in Aparo, Soares, 2012)

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O Designer, acompanhando os princípios do
pensamento lateral (De Bono, 1967), pode
encontrar caminhos inovadores, observando
o material de uma posição diferente, saindo
da tentativa de formular respostas lógicas e
procurando referências em novos cenários
que podem determinar a inovação.

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Cultura
Premissas experiência conhecimento INOVAÇÃO

Tecnologia

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Assente no conceito de Transfert Cultural (Manzini,
2005), o designer pode guiar o material para novos
cenários de aplicação que passam pelas histórias mas,
principalmente, pelas culturas de um mundo que se
afirma de modo global pelas qualidades locais.

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Âmbitos Identitários propostos:
o A pedra das culturas primitivas;
o A pedra do Barroco;
o A pedra como revestimento;
o A pedra como signo.

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A pedra das culturas primitivas.
Possíveis âmbitos:
• As gravuras rupestres;
• Os monumentos megalíticos;
• As primeiras ferramentas;
(...)

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A pedra do Barroco.
Possíveis âmbitos:
• A arquitetura;
• A escultura;
(...)

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A pedra como revestimento.
Possíveis âmbitos:
• A calçada portuguesa;
• Os mosaicos;
(...)

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A pedra como signo.
Possíveis âmbitos:
• Os muros a seco;
• As mariolas;
• As pedras entre fenómenos naturais e lendas (as
pedras baloiçantes, as pedras mouras, as pedras
parideiras...)
(...)

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Bibliografia do breafing:
Aparo, E; Soares. L (2012) Sei progetti in cerca d’autore|Seis projetos
a procura de autor. Firenze: Alinea;
Bauman, Z. (2005) Vita liquida. Roma-Bari: Laterza;
Branzi, A. (1983) Merce e Metropoli. Palermo: EPOS;
De Bono, E. (1967) The Use of Lateral Thinking. London: Cape;
Erasmo de Roterdão (1982) Elogio da Loucura, 6ª ed. Lisboa,
Guimarães Editores;
Focault, M. (1963) Histoire de la folie à l'âge Classique. Paris:
Gallimard;
Raimondo, C. (2004) "Design dei materiali" in Bertola, P; Manzini, E. (cur)
Design Multiverso. Milano: POLIdesign,165 – 176.

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Objetivos e metodologia

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Objetivos e metodologia
• Desenvolver um projeto académico portador de oportunidades
para a academia e para os estudantes;

• Criar propostas inovadoras em áreas de produtos que possam


contemplar a pedra como material principal.

• Desenvolver produtos que saibam potenciar as propriedades e as


caraterísticas da pedra;

• Incrementar concepts que possam contribuir, futuramente, para a


conceção de novos produtos portadores de novos valores de
qualidade para a pedra.

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Sequência operacional do projeto:
• Leitura / Análise / Interpretação da temática;
• Leitura / Compreensão do material e
escolha da tipologia;
• Desenvolvimento das propostas e maquetagem;

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Guia para o desenvolvimento projectual:

Desenvolver um sistema de produto


que valorize a pedra e que consiga
promover a inovação.

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Guia para o desenvolvimento projectual:

Cada projeto deverá apenas


utilizar o material “pedra” conforme
caraterização e funcionalidade.

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Guia para o desenvolvimento projectual:

O recurso a outros materiais poderá


ser realizado por cada estudante,
em coerência, com o percurso
projetual construído.

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Guia para o desenvolvimento projectual:

As possíveis tipologias são:

1) Bijouterie / joalharia;
2) Mobiliário interior;
3) Mobiliário exterior;
4) Objetos para casa de banho (banheiras, lavatórios
Conjunto de jóias em filigrana
e granito amarelo
prateleiras);
de Mondim de Basto 5) Objetos decorativos (centros de mesa, jarras)....
(projeto Lapis Lapidem – 2016)
NOTA: relembramos que cada escolha deverá ser analisada e escolhida
com o parecer positivo dos docentes.

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Guia para o desenvolvimento projectual:

As tipologias que não são permitidas:

1) Pisa papeis / peças exclusivamente artísticas;


2) Candeeiros / objetos com iluminação;
3) Objetos que incluem componentes eletrónicos;
Conjunto de jarras 4) Espelhos ou cornijas;
Em cerâmica e folha de pedra
5) Instrumentos musicais;
(projeto Lapis Folies – 2022)
6) Sanitários (sanitas, bidet...)
NOTA: Relembramos que cada escolha deverá ser analisada e escolhida
com o parecer positivo dos docentes.

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Guia para o desenvolvimento projectual:

O projeto deverá ser, OBRIGATORIAMENTE, desenvolvido


tendo como base a pedra e, eventualmente seja necessário,
recorrendo a uma ação de consultadoria com atividades
produtivas externas (que tenham demonstrado
disponibilidade), tirando o máximo partido dos
constrangimentos produtivos existentes e em conformidade
com a investigação produzida ao longo do trabalho.

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Guia para o desenvolvimento projectual:

Cada estudante poderá participar com o seu projeto ao


concurso COUNTDOWN Stone Design Awards, não sendo
obrigatória para os fins académicos esta participação.

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Guia para o desenvolvimento projectual:

A entidade produtiva deverá ser escolhida tendo, oportunamente,


verificado:

1) A disponibilidade (não sendo necessário nenhum tipo de


materialização);
2) Dando conhecimento aos docentes (Ermanno Aparo, Liliana Soares).

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Guia para o desenvolvimento projectual:

A tipologia escolhida deverá ser,


de qualquer forma, concordada
com os docentes.

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Faseamento

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Fase projectual: (18 de Outubro)
1ª fase – Estudo do contexto temático
Nesta fase, cada aluno deverá analisar um cenário operacional (entre aqueles propostos neste breafing)
fazendo referência, OBRIGATORIAMENTE, ao trabalho dos colegas com que cada aluno partilha a escolha.
Sugere-se que a criação de grupos de brainstorming surja por parte dos alunos. Os grupos de brainstormig
serão definidos pelos docentes.

Material de referência para esta fase:

• 1 folha A4 (para cada elemento do grupo) com uma página de texto de realização/memória
referenciando (ao longo do texto com, no mínimo, 2 autores) e fundamentando com uma bibliografia na 2ª
página;
• Definição de um dossier de pesquisa (em equipa) com os primeiros conteúdos (ou seja, nesta fase cada
aluno começa a recolher material e a definir critérios de catalogação). O dossier nesta fase não é avaliado
mas recebe apenas sugestões e orientação.

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Fase projectual: (15 de Novembro)
2ª fase – Estudo da tipologia de referência
Nesta fase, cada aluno deverá analisar o material de referência e, em função deste estudo, determinar a
escolha de uma tipologia e dos processos produtivos envolvidos, fazendo, OBRIGATORIAMENTE, referência ao
trabalho dos colegas com os quais os alunos partilharam a escolha. Neste sentido, aconselha-se a criação de
grupos de brainstorming por parte dos alunos.

Material de referência para esta fase:

• 1 folha A4 (para cada elemento do grupo) com uma página de texto de realização/memória
referenciando (ao longo do texto com no mínimo 2 autores) e fundamentando com uma bibliografia na
segunda página;
• Acrescentar material ao dossier de pesquisa (individual). O dossier nesta fase já é avaliado.

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Fase projectual: (18 de Dezembro)
3ª fase – Estudo Prévio
Nesta fase, cada aluno deverá produzir um primeiro estudo do projecto, fazendo referência à tipologia e ao
contexto territorial.

Material de referência para esta fase:

• Defesa individual do projeto fazendo referência aos primeiros dois abstracts / resumos, e relacionando estas
duas fases com os primeiros estudos de projeto;
• Um dossier (individual) de pesquisa, oportunamente, estruturado;
• Maquetas (individuais) de estudo;
• Desenhos de estudo (individuais) do produto.

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Fase projectual: (17 de Janeiro)
4ª fase – Finalização
Nesta fase, cada aluno deverá finalizar o projeto, passando pelo projeto rigoroso e pela
prototipagem/maquetagem.

Material de referência para esta fase:

• Apresentação, em grupo, de poster/cartaz A2 (1 para cada elemento do grupo), que deverá conter:

a) Identificação do painel (nome completo do aluno, disciplina, nome dos docentes curso e ano académico)
b) 2 imagens (no mínimo) que representem em escala o projeto (vistas/cortes) com as cotas principais.
Estas imagens deverão ser acompanhadas por legendas que indiquem os matérias principais)
c) 3 imagens que ilustrem o projeto (com figuras do produto e pelo menos 1 com interação do produto
com um utilizador).

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QUALQUER CASO DE
PLÁGIO
SERÁ PENALIZADO,
DETERMINANDO A ANULAÇÃO IMEDIATA DO TRABALHO.

NESTE CASO,
O ALUNO PODERÁ REALIZAR A UNIDADE CURRICULAR SÓ EM
ÉPOCA RECURSO*

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A LEITURA DESTE BREAFING / ENUNCIADO NÃO
DISPENSA DA LEITURA DO PROGRAMA DA
UNIDADE CURRICULAR.

POR ESTA RAZÃO O PROGRAMA QUE ESTÁ NO


MOODLE DEVE SER LIDO E ANALISADO COM
ATENÇÃO POR PARTE DE TODOS OS ESTUDANTES.

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Bilbiografia para a defesa:
APARO, E.; SOARES. L (2012) Sei progetti in cerca d’autore|Seis projetos
a’ procura de autor. Firenze: Alinea;*

APARO, E.; SOARES. L. (2019) Crónicas com design : da cultura do lugar


para o ensino do projeto / Mauritius, Novas Edições Acadêmicas*;

ECO, U. (1997) O signo. 5ª ed. Lisboa: Presença;*

NORMAN, D. (2004) Emotional Design: Why we love (or hate) everyday


things. New York: Basic Books.*

(*) Livros presentes na biblioteca Barbosa Romero.


Nota: Outros contributos bibliográficos serão eventualmente comunicados
no seguimento das aulas.

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