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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS


GERAIS – CAMPUS CONGONHAS
CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM MECÂNICA

TRABALHO – PONTOS DE SOLDA

LUIZ FERNANDO MODESTO FREITAS REZENDE

CONGONHAS – MG
2023
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LUIZ FERNANDO MODESTO FREITAS REZENDE

TRABALHO – PONTOS DE SOLDA

Trabalho acadêmico apresentado no Instituto Federal


de Minas Gerais – Campus Congonhas com o objetivo
de obter nota para a aprovação na 3ª Etapa da matéria
Processos de Fabricação II

Professor(a): Frank de Mello Liberato

CONGONHAS – MG
2023
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4
1.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 4
1.2 Objetivo Específico ............................................................................................ 4
2. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 5
2.1 Estruturas analisadas ......................................................................................... 5
2.2 Análise dos pontos de soldas boas .................................................................... 5
2.3 Análise dos pontos de soldas ruins .................................................................. 10
3. CONCLUSÕES .................................................................................................. 16
4. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 17
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1. INTRODUÇÃO
A soldagem é um processo de fabricação que envolve a união permanente de
materiais, sendo utilizada por grande parte da indústria devido à sua confiabilidade.
Para que tal técnica seja realmente confiável, é extremamente necessária a presença
de pessoas certificadas, o que está se tornando cada vez mais escasso no mercado
de trabalho.
Dessa maneira, um dos principais requisitos para tornar-se um profissional
competente nesta área está justamente em saber julgar determinados aspectos nos
pontos de solda, de modo com que o próprio soldador saiba exatamente a qualidade
do trabalho realizado e os impactos das características da união no meio em que ela
foi feita.

1.1 Objetivo Geral


O seguinte trabalho tem como objetivo apresentar a análise de diferentes
pontos de solda fotografados no Instituto Federal de Minas Gerais – Campus
Congonhas durante o ano letivo de 2023.

1.2 Objetivo Específico


 Diferenciar a qualidade de determinados pontos de solda ao redor do
campus.
 Tecer comentários sobre o possível processo de soldagem utilizado em
cada situação.
 Determinar as causas das falhas de pontos de solda ruins localizados no
campus.
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2. DESENVOLVIMENTO
Conforme orientado pelo professor, foram capturadas 20 imagens de distintos
pontos de solda situados no IFMG. Dessas, 10 exemplificam pontos de solda
executados adequadamente, enquanto as outras 10 retratam pontos de solda
realizados de maneira inadequada..

2.1 Estruturas analisadas


 Armário;
 Carretinha (também conhecida como reboque);
 Corrimão;
 Escadas de segurança;
 Estruturas de sustentação;
 Janelas.

2.2 Análise dos pontos de soldas boas


O primeiro ponto de solda positivo (Figura 2-1) aparece na união de duas vigas
destinadas a sustentar o telhado do prédio dos laboratórios técnicos. Dada a
considerável espessura das vigas utilizadas, é possível imaginar que o processo de
soldagem empregado foi o MIG/MAG, visto que o mesmo é recomendado para casos
em que os materiais possuem grande espessura.

Figura 2-1: Vigas

Fonte: Autoria própria


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O segundo ponto de solda positivo (Figura 2-2) se localiza na união de duas


estruturas metálicas com o objetivo de fixar a extremidade de uma janela. Através da
boa aparência visual, a espessura do cordão de solda e o tamanho do mesmo é
possível imaginar que o processo de soldagem empregado foi o eletrodo revestido,
visto que este é adequado para soldas em posições diversas.

Figura 2-2: Janela

Fonte: Autoria própria

O terceiro ponto de solda positivo (Figura 2-3) se localiza na união da carretinha


com o a região em que é realizada o engate, tendo como objetivo reforçar a área.
Dado o padrão da solda, a empresa responsável pela sua fabricação e a resistência
apresentada é possível imaginar que o processo de soldagem empregado foi a
soldagem a ponto, visto que este é o mais utilizado na indústria automotiva.

Figura 2-3: Carretinha

Fonte: Autoria própria


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O quarto ponto de solda positivo (Figura 2-4) se localiza na união de quatro


materiais metálicos para a sustentação de um corrimão. Ao observar inteiramente a
estrutura e o padrão da solda percebe-se que a mesma provavelmente foi produzida
pelos próprios funcionários terceirizados do campus, o que traz consigo a hipótese de
ter sido feita através do processo de soldagem MIG/MAG.

Figura 2-4: Corrimão laboratórios

Fonte: Autoria própria

O quinto ponto de solda positivo (Figura 2-5) também se refere a união de


materiais metálicos em um corrimão. Ao observar sua semelhança com o anterior e
os argumentos já ditos, é possível imaginar que o processo de soldagem utilizado foi
o MIG/MAG.

Figura 2-5: Corrimão prédio 1

Fonte: Autoria própria


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O sexto ponto de solda positivo (Figura 2-6) aparece na união de uma dobradiça
a uma porta de armário, destinada a garantir que a porta fique presa ao suporte, mas
que ao mesmo tempo tenha a possibilidade de ser aberta. Através da aparência visual
e do tamanho do ponto de solda é possível imaginar que o processo de soldagem
empregado foi o eletrodo revestido.

Figura 2-6: Armário

Fonte: Autoria própria

O sétimo ponto de solda positivo (Figura 2-7) aparece na união de um gancho


a uma mesa escolar, tendo como objetivo garantir que o mesmo resista ao peso de
materiais que serão pendurados. Dado a empresa responsável pela fabricação e a
resistência apresentada é possível dizer que o processo de soldagem empregado foi
a soldagem a ponto.

Figura 2-7: Gancho

Fonte: Autoria própria


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O oitavo ponto de solda positivo (Figura 2-8) aparece na união de uma


dobradiça a uma porta de gerador, que assim como a de armário é destinada a garantir
que a porta fique presa ao suporte, mas que ao mesmo tempo tenha a possibilidade
de ser aberta. Dada a aparência visual, a posição da soldagem e o tamanho do ponto
de solda é possível imaginar que o processo de soldagem empregado foi o MIG/MAG.

Figura 2-8: Gerador

Fonte: Autoria própria

O nono ponto de solda positivo (Figura 2-9) aparece na união dos pés de uma
cadeira escolar, destinado a garantir que a cadeira aguente um peso maior. Dada a
aparência visual, a empresa responsável pela fabricação e o tamanho do ponto de
solda é possível imaginar que o processo de soldagem empregado foi o MIG/MAG.

Figura 2-9: Cadeira

Fonte: Autoria própria


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O último ponto de solda positivo destacado (Figura 2-10) aparece na união de


duas estruturas métalicas, que assim como as vigas descritas anteriormente também
são destinadas a sustentar o telhado do prédio dos laboratórios. Dada a considerável
espessura dos materiais utilizados, é possível imaginar que o processo de soldagem
empregado foi o MIG/MAG.

Figura 2-10: Estrutura de sustentação

Fonte: Autoria própria

2.3 Análise dos pontos de soldas ruins


O primeiro ponto de solda negativo (Figura 2-11) aparece na união de duas
estruturas de um corrimão. Ao observar o padrão da solda é possível imaginar que o
processo utilizado foi o MIG/MAG. Entretando, percebe-se também que o mesmo não
foi feito com qualidade, visto que a solda apresenta irregularidades e desgaste
ocasionadas pelo pouco acrescímo de metal.
Figura 2-11: Corrimão prédio 2

Fonte: Autoria própria


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O segundo ponto de solda negativo (Figura 2-12) aparece na união de duas


latas de lixo. Dado que normalmente este tipo de estrutura já é comprada pronta de
uma fábrica, é possível imaginar que o processo utilizado foi o MIG/MAG. Entretanto,
percebe-se um defeito de fabricação no mesmo, visto que a solda apresenta
distorções e desalinhamentos ocasionados por falta de precisão e alta porosidade.

Figura 2-12: Latas de lixo

Fonte: Autoria própria

O terceiro ponto de solda negativo (Figura 2-13) aparece novamente em um


corrimão. Como já discutido anteriormente, ao observar o padrão da solda é possível
imaginar que o processo utilizado foi o MIG/MAG. Porém, percebe-se que o mesmo
não foi bem feito, visto que o ponto de solda apresenta trincas e espaços vazios
ocasionados por falta de metal.
Figura 2-13: Corrimão próximo ao ginásio

Fonte: Autoria própria


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O quarto ponto de solda negativo (Figura 2-14) aparece em uma fechadura de


portão. Dado que normalmente este tipo de estrutura já é comprada pronta de uma
fábrica, é possível imaginar que o processo utilizado foi o MIG/MAG. Entretanto,
percebe-se que o mesmo apresenta geometria muito irregular, provavelmente
causada pela falta de fusão em algumas áreas.

Figura 2-14: Fechadura ginásio

Fonte: Autoria própria

O quinto ponto de solda negativo (Figura 2-15) aparece novamente em uma


fechadura. Diferentemente da anterior, através da aparência visual e do tamanho do
ponto de solda é possível ver que o processo de soldagem empregado foi o eletrodo
revestido. Entretanto, percebe-se que as duas áreas soldadas possuem grande
discrepância no tamanho da solda, ocasionada pelo pouco acrescímo de metal.
Figura 2-15: Fechadura garagem

Fonte: Autoria própria


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O sexto ponto de solda negativo (Figura 2-16) aparece na área de sustentação


do climatizador. Visualizando o padrão da solda é possível imaginar que o processo
utilizado foi o MIG/MAG. Porém, percebe-se que o mesmo não foi bem feito, visto que
o ponto de solda apresenta trincas e espaços vazios ocasionados por falta de metal.

Figura 2-16: Climatizador prédio 2

Fonte: Autoria própria

O sétimo ponto de solda negativo (Figura 2-17) aparece outra vez na base de
sustentação de um corrimão. Ao observar o padrão das outras estruturas é possível
imaginar que o processo utilizado foi o MIG/MAG. Entretanto, percebe-se que o
mesmo apresenta geometria muito irregular, provavelmente causada pela falta de
fusão em algumas áreas.
Figura 2-17: Base corrimão

Fonte: Autoria própria


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O oitavo ponto de solda negativo (Figura 2-18) aparece na área de proteção de


uma escada. Ao observar o padrão da solda é possível imaginar que o processo
utilizado foi o MIG/MAG. Porém, percebe-se que o mesmo não foi bem feito, visto que
apesar do ponto de solda parecer firme, o mesmo apresenta geometria muito irregular,
provavelmente causada pela falta de fusão em algumas áreas

Figura 2-18: Escada prédio administrativo

Fonte: Autoria própria

O nono ponto de solda negativo (Figura 2-19) novamente em um corrimão.


Como já discutido anteriormente, ao observar o padrão da solda é possível imaginar
que o processo utilizado foi o MIG/MAG. Porém, percebe-se que o mesmo não foi bem
feito, visto que se desgastou rapidamente e apresenta bolhas, isso ocorreu pois o
metal provavelmente não foi lixado antes de ser soldado.
Figura 2-19: Corrimão prédio 2

Fonte: Autoria própria


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O décimo ponto de solda negativo (Figura 2-20) aparece na área de


sustentação do telhado do laboratório de química. Através da aparência visual e a
posição de soldagem é possível imaginar que o processo de soldagem empregado foi
o eletrodo revestido. Entretando, a sobreposição dos materiais não ficou equilibrada,
muito provavelmente pelo excesso de metal de adição no ponto de solda.

Figura 2-20: Telhado laboratório de química

Fonte: Autoria própria


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3. CONCLUSÕES
O trabalho sobre pontos de solda desempenhou um papel essencial na
melhoria da habilidade de reconhecimento de características de soldagem dos
estudantes. Isso porque a habilidade de discernir e julgar as características dessas
uniões é crucial para assegurar não apenas a integridade estrutural, mas também a
confiabilidade e a durabilidade dos componentes metálicos. A soldagem, quando
executada com maestria, não é apenas um processo técnico, mas uma arte que exige
precisão, conhecimento e atenção aos detalhes. Portanto, através dessa abordagem,
os estudantes estão mais preparados para enfrentar atividades futuras relacionadas
ao tema abordado, visto que a aquisição dessas habilidades na prática os posiciona
de maneira positiva no mercado de trabalho e no que se refere ao conhecimento na
área de soldagem.
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4. REFERÊNCIAS
ARAMES, Belgo. “3 principais processos de soldagem “manual” para aço comum e
suas características”; Belgo. Disponível em:
https://blog.belgo.com.br/soldas/soldagem/processo-de-soldagem-2/. Acesso em: 24
nov. 2023
CÉSAR, Paulo. “O que é soldagem: entenda agora!”; Alusolda. Disponível em:
https://alusolda.com.br/o-que-e-soldagem/. Acesso em: 22 nov. 2023
DIAS, Renato. “Tipos de soldagem: saiba quais são os 5 principais!”; Celmar.
Disponível em: https://celmar.com.br/tipos-de-soldagem/. Acesso em: 24 nov. 2023
DOMINIK, Lucas. “Soldagem: entenda o básico sobre a técnica”; Dominik. Disponível
em: https://www.lojadominik.com.br/noticia/categoria-todos/soldagem-entenda-o-
basico-sobre-a-tecnica-da-serralheria#. Acesso em: 22 nov. 2023
DUTRA, Kleber. “4 principais tipos de processos de soldagem”; SSV. Disponível em:
https://www.ssvusinagem.com.br/post/solda-mig-solda-tig-solda-em-geral-solda-fixa.
Acesso em: 23 nov. 2023
ELIMAR, Gonçalvo. “Processos de soldagem: conheça os tipos e cuidados”; Treal.
Disponível em: https://www.treal.com.br/blog/processos-de-soldagem-tipos-e-
cuidados/. Acesso em: 22 nov. 2023
KELM, Maiquel. “Conheça o processo de soldagem MIG MAG”; Balmer. Disponível
em: https://www.balmer.com.br/blog/processo-de-soldagem-mig-mag/. Acesso em: 24
nov. 2023
TAVARES, Matheus. “Soldagem: o que é e quais são os seus processos”; Aventa.
Disponível em: https://aventa.com.br/novidades/soldagem-o-que-e-e-quais-sao-os-
seus-processos. Acesso em: 23 nov. 2023

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