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VIGILÂNCIA E FISCALIZAÇÃO

AMBIENTAL E DE
FRONTEIRAS

INTRODUÇÃO

Prof. Me. Cristian José da Silva


cristianjose29@hotmail.com
Este foi e continua sendo o
principal ponto crítico para
avaliação de risco sanitário.
DEFESA SANITÁRIA NO BRASIL
• 1808 – Vinda da Família Imperial ( 14 navios + animais + profissionais )
• 1860 – Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura Comércio e Obras
Públicas
• 1909 – É criado o Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio
• 1980 – Exclui-se da Pasta reforma agraria, recursos florestais e
pesqueiros
2001 - Passa a se chamar Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA)– Responsável pela defesa sanitária
nacional.
DEFESA SANITÁRIA NO MUNDO
• 1924 – É criada a Organização Mundial de
Sanidade Animal – OIE
• Cria-se regras para que as importações
não interfiram na sanidade do país
comprador = Leis e acordos internacionais
• Principal – Código Sanitário dos animais
terrestres que procura melhorar a saúde e
o bem estar animal, assim como a saúde
pública veterinária no mundo.
• 180 membros = Brasil
Defesa Agropecuária
Defesa Agropecuária
• A Defesa Agropecuária é uma estrutura
constituída de normas e ações que integram
sistemas públicos e privados, sob o principio
aglutinador da preservação ou melhoria da
condição zoofitossanitária, em todo o
território nacional;
• Garantindo, assim, a proteção da saúde dos
animais e a sanidade dos vegetais, a
idoneidade dos insumos e dos serviços
utilizados na agropecuária, além da identidade,
qualidade e segurança higiênico-sanitária dos
alimentos e demais produtos
• (RIT DA – Rede de inovação Tecnólogica da Defesa Agropecuária)
Vigilância Epidemiológica:
O QUE É E ONDE SE APLICA?

O que é:
Vigilância Sanitária?
Vigilância Veterinária?
Sistema de Atenção Veterinária?
PREMISSA PRINCIPAL: só se concebe a existência de um bom sistema de
vigilância sanitária ou epidemiológica a partir da existência de um estruturado
sistema de atenção veterinária.
Vigilância Epidemiológica

Sistema de
Atenção Vigilância
Veterinária Sanitária

1.Recursos físicos:
EAC´s; Veículos; Meios comunicação;
Material de consumo, Laboratórios, etc.
ESPAÇO AGROPRODUTIVO SOB RESPONSABILIDADE
2.Recursos humanos:
DE UM
Operações (ações) relacionadas a
vigilância:
MÉDICO VETERNÁRIO
Quantidade de servidores (veterinários, N° Propriedade inspecionadas; n° animais
técnicos agrícolas, administrativos, etc); inspecionados; n° notificações; n°
Qualidade e capacitação destes fiscalizações de trânsito; resultados
servidores; distribuição destes servidores, sorológicos, inspeção em frigoríficos, etc.
etc.
3.Associados ao campo Político,
Financeiro e Jurídico:
O Sistema de Atenção Veterinária e a
linha de comando, vontade política e Vigilância Sanitária representam a
instrumentos legais (marco legal)
estrutura necessária para a prática da
vigilância epidemiológica.

No campo da saúde animal denomina-se:


VIGILÂNCIA VETERINÁRIA
Vigilância Veterinária tem suas responsabilidades compartilhadas

 Coordenação e supervisão geral (estratégias e  Execução das atividades de campo


normas)
 Vigilância sanitária e informação
 Sistema nacional de vigilância e informação
 Promoção e fiscalização da vacinação
 Demanda e controle de insumos (vacinas e outros
insumos)  Atuação em focos

 Controle do trânsito interestadual e internacional  Fiscalização do trânsito de animais


de animais e seus produtos e subprodutos
(análise de risco)  Fiscalização de eventos pecuários

 Auditorias nos serviços veterinários estaduais  Fiscalização do comércio de vacinas

 Diagnóstico laboratorial  Educação sanitária e comunicação social

 Capacitação de recursos humanos  Capacitação de recursos humanos

 Educação sanitária e comunicação social  Recursos financeiros para custeio de ações

 Recursos financeiros para custeio de ações

Material encontrado em :http://www.agricultura.gov.br/animal/sanidade-


animal/programas/febreaftosa
No campo da saúde animal denomina-se:
VIGILÂNCIA VETERINÁRIA

Nível Federal Nível Estadual


(MAPA) (Órgãos Executores)

Conjunto de Elementos e atividades com 4 objetivos:


Barreira Primária 1. Impedir o ingresso de fontes de infecção;
2. Detectar estas fontes quando elas entrarem no território;
Barreira Secundária
3. Notificar sua localização imediatamente as autoridades;
Barreira Terciária 4. Coordenar reação imediata para eliminação desta fonte.
Conjunto de Elementos e atividades com 4 objetivos:
1. Impedir o ingresso de fontes de infecção;
2. Detectar estas fontes quando elas entrarem no território;
3. Notificar sua localização imediatamente as autoridades;
4. Coordenar reação imediata para eliminação desta fonte.
Outra Visão: mais
específica para Doenças
Vesiculares
Estrutura dos sistemas de produção existentes, capacidade do serviço
veterinário oficial e registro/compilação de informações
Atendimento a notificações de
Zona livre de febre aftosa sem vacinação
(Santa Catarina)
Sistema de vigilância Passivo suspeitas de ocorrência de
Zona livre de febre aftosa com vacinação

Zona tampão e de alta vigilância

Zona não livre


doenças vesiculares

Ativo
Conceito pela FAO: envolve, por sua vez, esforços intensivos
para detectar a presença ou comprovar a ausência da doença ou
infecção.

Inspeção em Inspeção a propriedades Fiscalização em Fiscalização do Inquérito e monitoramento


Abatedouros rurais eventos pecuários trânsito de soroepidemiológico
animais

Identificação de propriedades com Identificação de áreas de maior risco e


maior risco para introdução e dos municípios de maior
manutenção do agente viral representatividade
Vigilância Ativa
CODESAV

Cadastro Agropecuário

A vigilância Ativa se divide em 3


tipos:
1.Vigilância Clínica;
2.Vigilância Sorológica; e
3.Vigilância Virológica

Vigilância Clínica Vigilância Sorológica Vigilância Virológica


isolar e identificar o vírus da
tem o objetivo de detectar tem o objetivo de detectar febre aftosa em populações de
sinais clínicos de doença anticorpos específicos risco, para confirmar casos
vesicular mediante a inspeção contra o vírus da febre clínicos de doença vesicular ou
dos animais susceptíveis aftosa casos de animais soropositivos
(soropositivos)
Características de um Sistema
Vigilância Veterinária
• Sensibilidade: capacidade de detecção de
suspeitas de doenças com sinais clínicos ou
evidências epidemiológicas compartilhados por
um grupo de doenças, no caso da febre aftosa,
compartilhados pelas doenças vesiculares.
Características de um Sistema
Vigilância Veterinária
• Especificidade: capacidade do sistema em dar
um diagnóstico definitivo. É muito importante
para a vigilância veterinária da febre aftosa,
considerando os objetivos do PNEFA para as
zonas onde não há evidências de circulação do
vírus, manter um estrito monitoramento das
ocorrências de casos correlatos através do
acompanhamento da incidência de todas as
doenças vesiculares.
Características de um Sistema
Vigilância Veterinária
• Oportunidade: definida como a capacidade
de apresentar dados e informações a tempo
de garantir a rapidez de aplicação das ações
sanitárias como resposta à situação
epidemiológica identificada.
Defesa Agropecuária
X
Epidemias globais
Um desafio para a Economia da
Produção e para Saúde Pública

Missão dos Profissionais (Veterinários,


Zootecnistas e Eng. Agrônomos)
Gripe Espanhola

1918 e 2006:
semelhanças
ou
diferenças?
Gripe do Frango
Gripe Espanhola

30 a 100 milhões de mortes no


mundo
SUPORTE PARA MUTAÇÃO VIRAL

H1N1, que provocou a gripe espanhola em 1918 e a gripe suína em 2009


H2N2, que provocou a Gripe asiática de 1957
H3N2, que provocou a gripe de Hong Kong em 1968
H5N1, que provocou a gripe das aves em 2006
H7N7, que apresenta elevado potencial zoonótico[30]
FORMAS DE CONVÍVIO COM OS
ANIMAIS

Doretto Jr., L.
BARREIRAS SANITÁRIAS

• 1920 - 1º Episódio de Barreira Sanitária no Brasil

Zebus Ásia Peste Bovina Brasil

$
PREJUÍZOS NAS EXPORTAÇÕES

• 1950 – Barreiras Sanitárias Forçam o Brasil a


organizar-se para resolver o problema da Febre
Aftosa

g
BARREIRAS AO COMÉRCIO
Barreiras Tarifárias (tarifas de importação, outras taxas e
valoração aduaneira).

Barreiras Não-Tarifárias (restrições quantitativas,


licenciamento de importações, procedimentos alfandegários.)

Barreiras Técnicas (normas e regulamentos técnicos,


regulamentos sanitários, fitossanitários e de saúde animal
Barreiras Técnicas

FEBRE AFTOSA = Doença viral, altamente contagiosa, acomete biungulados, causa


grandes perdas econômicas (leite, carne, aborto etc.)

 1ª a compor a lista de doenças da OIE

 OIE realiza reconhecimento oficial de países livres

 Necessidade de erradicação no Brasil

 Conceito de erradicação em parte de um país

 PNEFA – Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (MAPA)

 Cria-se os circuitos pecuários brasileiros – Rondônia =Norte

 Restrição de envio de produtos para circuitos que avançaram no programa


QUAL O PAPEL DA DEFESA SANITÁRIA
E QUAIS SEUS DESAFIOS ?
• Segurança do Consumidor
• Doenças e relações comerciais
• Transparência da informação sanitária
• Globalização X Risco
• Garantias ao Comércio Seguro
• Agronegócio Mundial X Demanda
por alimentos
• Participação de todos - Educação
EFEITO “Globalização”
1. A intensidade do 2. Evolução dos
comércio meios de transporte
internacional de e busca de novos
animais e produtos mercados e
agropecuários fornecedores
RISCO SANITÁRIO NO SETOR
PRODUTIVO E
SAÚDE PÚBLICA

ESTAMOS PREPARADOS PARA ESTE RISCO?


DESAFIOS!
O mundo esta comendo mais!
Os consumidores estão cada
vez mais exigentes!

Iram Ferrão
DEFESA
AGROPECUÁRIA
Falar de Defesa Agropecuária é
falar de Defender, Proteger o
patrimônio de milhões de
brasileiros que dependem
diretamente e indiretamente do
agronegócio, além de ser
INDISPENSÁVEL NA PRODUÇÃO
DE ALIMENTOS DE QUALIDADE E
EM QUANTIDADE!
Mas o que é alimento?

“Toda substância utilizada pelos seres vivos


como fonte de estrutura e/ou energia com
fins fisiológicos”
FAO
Segurança Alimentar
X
Segurança do Alimento
Segurança Alimentar

• A segurança alimentar são as estratégias


governamentais para garantir elevada
produção de alimentos saudáveis para
sua população, ou seja, tem a ver com
abastecimento e acessibilidade de um
alimento.
Segurança do Alimento

• A segurança do alimento é caracterizado


pela manutenção da integridade do
alimento, ou seja, de sua composição
química, sensorial ou organolépticas, isso
é em grande parte função dos órgãos
oficiais, que certificam esse alimento
• Contudo certificando, a responsabilidade
em produzi-los sanitariamente é da
sociedade.
O MÉDICO VETERINÁRIO, MUITO
MAIS QUE UMA MISSÃO
PROFISSIONAL, TEM UMA
RESPONSABILIDADE SOCIAL!
AUMENTAR A PRODUÇÃO DE
ALIMENTOS DE FORMA
SUSTENTÁVEL!
ONU: Fome atinge mais 1
bilhão de pessoas por dia
Declaração FAO/ONU

De acordo com a FAO/ONU, o


Brasil será até 2020 a maior
potência AGROPECUÁRIA do
planeta.
Nossa meta é termos, até esta
data, a melhor Defesa
Agropecuária do planeta.
MAPA, 2012
Integral FEBRE AFTOSA EM
RONDÔNIA
 IDARON é criado em 1998 – Instituto
Último Foco em 1999 (sorológico)
IDARON passa Agência 1999
 Declarado Livre de Febre Aftosa com
vacinação em maio/ 2003
 Exportações de Carne Bovina em 2003
US$ 3.139.373
 Exportações de Carne Bovina em 2012
US$ 390.955.209
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO MAIO DE 2017
Situação nacional - atual
REPRESENTATIVIDADE DO AGRONEGÓCIO NA ECONOMIA DO
ESTADO

O Agronegócio em Rondônia

representa 40,8% do PIB Estadual.


Classificação de Rondônia em quantidade de Bovinos

1 MT 29.259.830
2 MG 23.950.740
3 GO 21.846.644
4 MS 21.367.027
5 PA 20.656.978
6 RS 14.036.245
7 RO 13.397.970
8 BA 10.783.415
9 SP 10.425.614
10 PR 9.327.651
11 TO 8.409.696
12 MA 7.705.794

Fonte :MAPA/2016
RONDÔNIA 5º MAIOR
EXPORTADOR DE CARNE
BOVINA DO BRASIL

Fonte: MAPA/2012
Importância socioeconômica
da Atividade Leiteira em Rondônia:

* 9ª maior bacia leiteira do País;


• 2º maior produtor de queijo, tipo mussarela do País.
Fonte: Idaron/2012
Onde a Defesa Sanitária
Animal de Rondônia deve
concentrar seus esforços?
Pontos frágeis
1.033 km

26 km 1.022 km

1.444,193 km
AMAZONAS

MATO GROSSO

ACRE

STA CRUZ
AMAZONAS

LABREA/AM

MATO GROSSO

ACRE

STA CRUZ
CANUTAMA/AM

LABREA/AM

MATO GROSSO

ACRE

STA CRUZ
CANUTAMA/AM BR
230
LABREA/AM

MATO GROSSO

ACRE

STA CRUZ
Rio MADEIRA

Rodovia BR-425

Riberalta

Rio MADREDEDIOS Rodovia BR-429


PANDO
Rio
BENI

San Joaquin Bela Vista

Madalena
Rio
San Ramon
BLANCO
Remanso Rio CABIXI
Rio MAMORÉ Rio Piso Firme
ITONAMAS

Rio
MACHUPO Rio PARAGUÁ

BENI
STª CRUZ

REGIÃO QUE NOS COLOCA EM ALERTA


Pontos Fortes:

 Parceria com Produtores principalmente


através do Fundo Emergêncial de Febre
Aftosa –FEFA-RO
 Parceria com o MAPA
 Servidores capacitados
 Excelente estrutura
Pontos fortes
1) Funcionários
Pontos fortes

2) Produtores rurais
Pontos fortes

3) Estrutura
Aeronave ANFÍBIA: 1
(Tracajá I)
 Qual o papel do Médico
Veterinário diante deste
cenário?
“Promover o desenvolvimento sustentável e a
competitividade do agronegócio em benefício da
sociedade Rondoniense, garantindo a saúde e o bem
estar animal”

Compromisso com a valorização do patrimônio pecuário


rondoniense e nacional, mediante a prevenção (redução dos
riscos de ingresso de patógenos), controle e erradicação de
doenças dos animais.
OBRIGADO!
Prof. Me. Cristian José da Silva
cristianjose29@hotmail.com

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