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AS ORIGENS

No tempo de César, os belgas formavam na Gália do Norte uma confederação que os


romanos submeteram definitivamente entre os anos 59 e 52 a.C., estendendo as
fronteiras do Império Romano até as margens do Reno. O território recebeu o nome
de Belgae, um dos povos da antiga Gália. A Gália Belga abrangia a atual Bélgica, o
norte da França, Holanda e parte da Suíça, tendo importante papel estratégico e
econômico na Roma imperial.

Em 406, os vândalos, burgúndios e outras tribos cruzaram o Reno e derrotaram as


forças gaulesas. Os francos já haviam invadido a Germânia Inferior e a controlavam
desde pelo menos 350. O galo-romano "Reino de Soissons" conseguiram manter o
controle sobre partes da Bélgica, porém os francos emergiram vitoriosos e a Bélgica
Secunda tornou-se, no século V, o centro do Reino Merovíngio de Clóvis I e, depois,
no século VIII, o coração do Império Carolíngio. Depois da morte do filho de Carlos
Magno ,a região foi dividida pelo Tratado de Verdun em
843 ,Meerssen e Ribemont dividiram o país em dois: a região a oeste do Escalda coube
à Frância Ocidental (futura França); a outra à Frância Oriental .

Encravados entre o reino francês e o Sacro Império, os territórios que hoje formam a
Bélgica e os Países Baixos foram objeto de disputas constantes ao longo da Idade
Média. Quando o feudalismo triunfou, constituíram-se os condados de Flandres e
de Hainaut e o ducado de Brabante. Principalmente em Flandres, surgiram cidades
mercantis livres. A história da Bélgica confunde-se, desde então, com a dos Países
Baixos. No final desse período o país viveu um notável florescimento comercial e
também um desenvolvimento da vida urbana e das formas econômicas capitalistas que o
transformaram em uma das regiões mais prósperas e povoadas da Europa. Filipe de
Borgonha libertou o país da vassalagem ao rei da França no final do século XIV.
No século XV tudo o que é hoje a Bélgica tornou-se parte do ducado de Borgonha.

CRIAÇÃO DO REINO DA
BELGICA
A dominação neerlandesa - tentativa de impor o neerlandês como língua oficial e a
orientação protestante no ensino - provocou uma insurreição em Bruxelas em 1830.
A revolução de 1830 levou à independência da Bélgica, que foi proclamada e aceita
na conferência de Londres em 1831, onde as grandes potências, lideradas pelo Reino
Unido e pela França, promoveram a neutralidade perpétua do país.
Os belgas se constituíram em monarquia constitucional (1831) e redigiram
uma constituição com um poder legislativo bicameral, sendo eleito o príncipe Leopoldo
de Saxe-Coburgo-Gota (1831-1865) o primeiro rei com o título de Leopoldo I. A
constituição de 1831 definiu a Bélgica como uma monarquia unitária, em que o rei
compartilhava o poder com as duas câmaras legislativas. O poder executivo cabe ao rei,
que o exerce por intermédio de ministros e o poder legislativo, coletivamente ao rei, à
Câmara de Representantes e ao Senado.

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