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Mestrado em Gestão Sustentável dos Espaços Rurais

Instrumentos de Avaliação e Gestão Ambiental


Luís Miguel Nunes
Margarida Teixeira
O modelo DPSIR - Drivers, Pressure, State, Impact, Response (fator decisivo, pressão,
estado, impacte e medida, respetivamente),foi inicialmente desenvolvido pela OCDE, e
mais tarde apropriado pela Agência Europeia do Ambiente para descrever
as interações entre a atividade humana e o ambiente.

É usado em diversos instrumentos de gestão ambiental, e.g., nos Planos de Gestão de


Bacia Hidrográfica (ver abaixo);

https://apambiente.pt/sites/default/files/_Agua/DRH/ParticipacaoPublica/PGRH/2022-2027/3_Fase/PGRH_3_RH7_Parte2_VolumeA.pdf
Exemplos de aplicação do modelo DPSIR em instrumentos de gestão:

- Planos de Gestão de Bacia Hidrográfica


https://apambiente.pt/sites/default/files/_Agua/DRH/ParticipacaoPublica/PGRH/2022-2027/3_Fase/PGRH_3_RH7_Parte2_VolumeA.pdf

- Planos de gestão de olival (Alqueva)


https://www.edia.pt/wp-content/uploads/2021/03/olival_digital-1.pdf

- Gestão e valoração dos serviços ecossistémicos


MEA (2009). Ecossistemas e Bem-Estar Humano: Avaliação para Portugal. Escolar Editora.
Exemplos de aplicação do modelo DPSIR em instrumentos de gestão:

- Gestão e valoração dos serviços ecossistémicos

Exemplo de alguns fatores decisivos (Driving forces)

Ferraz, D. (2016). Mapeamento do serviço de recreio e turismo nos ecossistemas do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa
Vicentina. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia do Ambiente. UNL/FCT, Lisboa.
Exemplos de aplicação do modelo DPSIR em instrumentos de gestão:

- Gestão e valoração dos serviços ecossistémicos

Exemplo de pressões

Ferraz, D. (2016). Mapeamento do serviço de recreio e turismo nos ecossistemas do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa
Vicentina. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia do Ambiente. UNL/FCT, Lisboa.
Exemplos de aplicação do modelo DPSIR em instrumentos de gestão:

- Gestão e valoração dos serviços ecossistémicos

Exemplo de impactes

https://away.iol.pt/ambiente/
Exemplos de aplicação do modelo DPSIR em instrumentos de gestão:

- Gestão e valoração dos serviços ecossistémicos

Exemplo de resposta

ICNB (2009). Plano de ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Avaliação Ambiental Estratégica. Instituto de Conservação da Natureza
e da Biodiversidade, Lisboa.
Exemplos de aplicação do modelo DPSIR em instrumentos de gestão:

- Gestão e valoração dos serviços ecossistémicos

Exemplo de resposta
Com quantificação

https://www.lifemontadoadapt.com/fotos/051018110635Relatorio%20Plano%20de%20Adaptacao_EDIA_FINAL.pdf
Resposta (enquadramento):

1. Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre


Desenvolvimento Sustentável (Rio +20)
2. Diretiva Habitats
3. Diretiva-Quadro da Água
4. Lei de Bases do Ambiente
5. Outros intrumentos de planeamento

O documentos legais aqui referidos podem ser descarregados das páginas:

Legislação nacional (Diário da República Eletrónico): https://dre.pt/pesquisa


Legislação Comunitária (Eur-Lex): https://eur-lex.europa.eu/homepage.html
1.Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
Antecedecentes:
Conferência de Estocolmo (1972)
A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio
Ambiente Humano foi o primeiro grande encontro internacional (113
países) com representantes de diversas nações para discutir os
problemas ambientais.

Conferência de Belgrado (1975)


“Colóquio sobre Educação Ambiental", organizado pela UNESCO e pelo
Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), em Belgrado,
em 1975, no seguimento das recomendações da Conferência de
Estocolmo. Desse encontro saiu a "Carta de Belgrado", documento
concetual de referência no âmbito da educação ambiental.

Conferência de Tbilisi na Geórgia, 1977


Conferência organizada pela UNESCO e pelo Programa das Nações
Unidas para o Ambiente (PNUA), em Tbilisi (Geórgia, antiga URSS), em
1977. Fortemente inspirada pela Carta de Belgrado e exclusivamente
centrada na temática da Educação Ambiental, este evento contribuiu
decisivamente para o Programa Internacional de Educação Ambiental.

http://www.dge.mec.pt/principais-cimeiras-internacionais-e-resolucoes
1.Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
Antecedecentes:
Conferência de Estocolmo (1972)
1.Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
Antecedecentes:
Eco-92 (1992)
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Eco-92) ocorreu no Rio do Janeiro. Foi a segunda
grande reunião das Nações Unidas sobre o ambiente e reuniu 178
países.

Desta Conferência resultaram importantes resoluções tais como: a


Convenção sobre Mudanças Climáticas, a Convenção sobre a
Diversidade Biológica, a Declaração do Rio, a Declaração sobre
Florestas e a Agenda XXI.

Conferência de Joanesburgo (2002)- (Rio +10)


A Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio 10) teve
como objetivo reavaliar e implementar as conclusões e diretrizes
acordadas na conferência Rio-92.Teve ainda como objetivo a aprovação
de diretrizes relacionadas com as mudanças climáticas e o crescimento
da pobreza de forma a reduzir as enormes diferenças entre os padrões
de vida das populações com o fim de elaborar uma estratégia para
alcançar um desenvolvimento sustentável.
http://www.dge.mec.pt/principais-cimeiras-internacionais-e-resolucoes
1.Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
Antecedecentes:
Eco-92 (1992)
1.Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável

Rio +20 (2012) (13 e 22 de junho de 2012, Rio de Janeiro)


A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(CNUDS), conhecida como Rio 20, realizou-se no Rio de Janeiro e teve
como objetivo principal a renovação do compromisso político sobre
desenvolvimento sustentável.

Os dois temas principais em agenda na Conferência foram:

• como construir uma economia verde a nível global (contribuindo, dessa forma,
para eliminar a pobreza);

• como melhorar a coordenação internacional para o desenvolvimento sustentável.

Na Conferência foram ainda definidas sete áreas prioritárias: emprego, energia,


cidades sustentáveis, segurança alimentar e agricultura sustentável, água, oceanos e
catástrofes ambientais.
http://www.dge.mec.pt/principais-cimeiras-internacionais-e-resolucoes
1.Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável

Rio 20 (2012) (13 e 22 de junho de 2012, Rio de Janeiro):


enquadramento histórico..
1.Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável

“We, the Heads of State and Government and high-level


representatives, having met at Rio de Janeiro, Brazil, from 20 to 22
June 2012, with the full participation of civil society, renew our
commitment to sustainable development and to ensuring the
promotion of an economically, socially and environmentally
sustainable future for our planet and for present and future
generations. “
1.Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável

1. Renovação do Compromisso Político


A. Reafirmação dos princípios do Rio e de planos de ação
passados
B. Avaliação do progresso até agora e as lacunas restantes na
implementação dos resultados das principais reuniões de
cúpula sobre o desenvolvimento sustentável e abordagem de
desafios novos e emergentes (Integração, Implementação,
Coerência
C. Participação dos stakeholders
D. Quadro de ação
1.Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável

2. Economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e


da erradicação da pobreza
A. Estabelecimento do contexto da economia verde e dos
desafios e oportunidades
B. Kits de ferramentas e compartilhamento de experiências –
indicadores de desenvolvimento sustentável
1.Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável

3. Estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável


A. Fortalecimento/reforma/integração dos três pilares (social,
económico e ambiental)
B. Fortalecimento das parcerias internacionais para o DS
• Criação do Fórum Político de Alto Nível para o
Desenvolvimento Sustentável (início em 24/09/2013)
https://sustainabledevelopment.un.org/hlpf

Ver, e.g., o crescimento sustentável de áreas metropolitanas costeiras:


Slides “Áreas urbanas sustentáveis.pptx”
1.Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável

4. Estrutura de ação e acompanhamento


A. Áreas prioritárias/temáticas/multissetoriais:
A. Erradicação da pobreza L. Países em desenvolvimento
B. Segurança alimentar M. Desastres naturais
C. Água e saneamento N. Alterações climáticas
D. Energia O. Florestas, biodiversidade e seca
E. Cidades sustentáveis P. Montanhas
F. Turismo sustentável Q. Degradação do solo e
G. Transportes sustentáveis desertificação
H. Saúde e população R. Substâncias químicas e resíduos
I. Emprego S. Produção e consumo sustentáveis
J. Trabalhos verdes e inclusão social T. Mineração
K. Oceanos e mares U. Educação
V. Igualdade de género e
capacitação das mulheres
1.Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
1.Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável

TRANSFORMING OUR WORLD:


THE 2030 AGENDA FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT

“We, the Heads of State and Government and High Representatives,


meeting at United Nations Headquarters in New York from 25 to
27 September 2015 as the Organization celebrates its seventieth
anniversary, have decided today on new global Sustainable
Development Goals. “
1.Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável

4. Estrutura de ação e acompanhamento


B. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (SDG)

Substituem os oito Millennium Development Goals (ano 2000-2015)


Millennium Development Goals
2000-2015 São estabelecidos pela Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentável (em 2015) os 17 SDG
Sustainable Development Goals (2015-2030)
Veremos agora alguns instrumentos internacionais orientados para a gestão
ambiental

1. Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre


Desenvolvimento Sustentável (Rio +20)
2. Diretiva Habitats
3. Diretiva-Quadro da Água
5. Diretiva Habitats (Diretiva 92/43/CEE do Conselho, de 21 de maio de 1992)

O Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de abril, republicado pelo Decreto-Lei n.º 49/2005,


de 24 de fevereiro, transpõe para a ordem jurídica interna as Diretivas Aves e
Habitats

“(…) visa contribuir para assegurar a biodiversidade, através da conservação ou do


restabelecimento dos habitats naturais e da flora e da fauna selvagens num estado
de conservação favorável, da protecção, gestão e controlo das espécies, bem como
da regulamentação da sua exploração.”

Preservação dos habitats naturais e dos habitats de espécies


Art. 3 - Definição da "REDE NATURA 2000”.
Art. 4 - Estabelecimento de listas nacionais de Sítios de Importância Comunitária
(SIC) e designação de Zonas Especiais de Conservação (ZEC).
Art. 5 - Papel do Conselho na identificação dos Sítios de Importância Comunitária
mediante proposta da Comissão.
Art. 6 - Medidas de proteção e Planos de gestão das ZEC.
Art. 7 - Obrigações relativas às Zonas de Proteção Especial - ZEP (Diretiva “Aves”).
Art. 8 - Conservação e cofinanciamentos comunitários.
Proteção das espécies
Art. 12 a 16 - Medidas de proteção das espécies animais e vegetais ameaçadas.
5. Diretiva Habitats (Diretiva 92/43/CEE do Conselho, de 21 de maio de 1992)

O organismo responsável pela prossecução das medidas previstas é o Instituto para a


Conservação da Natureza e das Florestas (ICN).

http://www2.icnf.pt/portal/pn/biodiversidade/rn2000/dir-ave-habit/dir-q-sao

Proponho uma visita ao site do IGEO para analisarmos a cartografia para o conjunto
de áreas protegidas:

http://www.igeo.pt/DadosAbertos/Listagem.aspx
Veremos agora alguns instrumentos internacionais orientados para a gestão
ambiental, com relevância para a gestão ambiental

1. Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre


Desenvolvimento Sustentável (Rio +20)
2. Diretiva Habitats
3. Diretiva-Quadro da Água
4. Lei de Bases do Ambiente
3. Diretiva Quadro da Água

A Directiva Quadro da Água (Directiva 2000/60/CE do Parlamento Europeu e do Conselho,


de 23 de Outubro de 2000) é o principal instrumento da Política da União Europeia relativa
à água, estabelecendo um quadro de acção comunitária para a protecção das águas de
superfície interiores, das águas de transição, das águas costeiras e das águas subterrâneas.

Foi transposta para o direito nacional através da Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro.

Estipula como objetivos ambientais o bom estado, ou o bom potencial, das massas de
água, que devem ser atingidos até 2015, através da aplicação dos programas de medidas
especificados nos planos de gestão das regiões hidrográficas (PGRH).

A região hidrográfica, constituída por uma ou mais bacias hidrográficas e respetivas águas
costeiras, é a unidade principal de planeamento e gestão das águas.
3. Diretiva Quadro da Água

Objetivos dos PGRH


Objetivos ambientais da DQA

Águas Superficiais:

Evitar a deterioração do estado das massas de água

Proteger, melhorar e recuperar todas as massas de água com o objetivo de alcançar o


bom estado das águas – bom estado químico e o bom estado ecológico

Proteger e melhorar todas as massas de água fortemente modificadas e artificiais com


o objetivo de alcançar o bom potencial ecológico e o bom estado químico

Reduzir gradualmente a poluição provocada por substâncias prioritárias e eliminar as


emissões, as descargas e as perdas de substâncias perigosas prioritárias

https://www.apambiente.pt/?ref=16&subref=7&sub2ref=9&sub3ref=834
3. Diretiva Quadro da Água

Todos os Planos de Gestão de Região Hidrográfica foram concluídos e reportados à


Comissão Europeia através do seu carregamento no Sistema de Informação sobre a Água
para a Europa (WISE).

PGBH: https://www.apambiente.pt/?ref=16&subref=7&sub2ref=9&sub3ref=834

https://water.europa.eu/
Referências

UN (2012). The future we want: Outcome of the Rio 20 Conference, Rio de Janeiro,
Brazil, 20-22 June 2012. Ref: A/CONF.216/L.1*, United Nations, Washington.

MAMAOT (2012). Estratégia Marinha para a subdivisão do Continente. Diretiva Quadro


Estratégia Marinha. Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento
do Território. Outubro de 2012.

GP (2013). Estratégia Nacional para o Mar. Governo de Portugal. Lisboa.

CE (2014). Article 12 Technical Assessment of the MSFD 2012 obligations – Portugal. 7


February 2014, Final version. Comissão Europeia, Bruxelas.

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