Você está na página 1de 2

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

Discente: Emily Agatha da Mata dos Santos


Matrícula: 20190026784
Disciplina: Cultura afro-brasileira e africana
Docente: Renato Nogueira

Os porquês da relevância da inclusão de conteúdos obrigatórios de História


E Cultura Afro-Brasileira e Africana no currículo da Educação Básica a partir
da leitura do livro “Racismo, uma questão de todos nós”.

Esses dias li na internet a seguinte frase: “ o racismo ainda existe porque ainda falamos nele”,
as pessoas não entendem o que realmente significa o racismo, por isso muitas vezes nos
deparamos com pessoas brancas falando de “racismo reverso”. É necessário sabermos sobre
nossa cultura e a educação é o primeiro transmissor de informações para a sociedade, a
obrigatoriedade da inclusão de História e cultura Afro-brasileira e Africana é um passo a mais
na erradicação do racismo, que apesar de ser longe de uma solução, já é algo.
No livro “Racismo, uma questão de todos nós” li sobre uma pesquisa feita com crianças para
ver qual boneca escolhem a branca ou a negra, e a maioria das crianças (inclusive as crianças
negras) escolheram as bonecas brancas, conseguimos observar que desde crianças as pessoas
acabam aceitando o “padrão” de que a pele branca é mais atrativo ou mais bela, esse tipo de
padrão que nos foram impostos refletem na autoestima e na identidade pessoal de cada pessoa
negra.
Citando algo pessoal, eu cresci em uma família com diversas cores, Minha mãe é preta e meu
pai é branco meus dois irmãos são pretos, e eu sou parda. Na escola não tive essa matéria na
minha educação básica, cresci com os ensinamentos da minha família e por ter uma família
bem misturada eu não cresci com preconceito em nada, lendo o livro eu descobri muitas
coisas que achava que fazia certo e é errado, eu achava ofensivo utilizar a palavra raça e a
palavra preta. Na escola eu ouvia muito “deu sorte de nascer com a pele igual do seu pai”, “ah
vc não é branca”, “vc não é negra”, “é branca com os traços negros” e dentre outras palavras
com racismo escondido nas entrelinhas. Eu não fazia ideia que o racismo poderia ser tão sutil,
minha sobrinha tem 4 anos e tem a matéria de cultura afro-brasileira, ela é negra e a
professora disse que ela era da mesma cor da coleguinha e ela negou, disse que era da cor da
vó dela só, aí com calma a professora explicou para ela e agora ela sempre que ver pessoas
negras, ela fala assim : “olha a pessoa com a pele linda igual a minha”, nisso está a relevância
desse ensinamentos nas escolas.

Você também pode gostar