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Apr e se n t a çã o
O Transport e Rodoviário de Produt os Perigosos est á regulam ent ado com base
em legislação e crit érios t écnicos, de acordo com as diret rizes da Organização das
Nações Unidas – ONU, o que dem onst ra a preocupação das aut oridades e órgãos
governam ent ais em m ant er rígido cont role, um a vez que, acident es envolvendo o
t ransport e de produt os perigosos, podem ocasionar im pact os significat ivos ao m eio
am bient e, ao pat rim ônio, bem com o à segurança e a saúde das pessoas.
Nest e cont ext o, o Governo do Est ado de São Paulo, por m eio da Secret aria de
Est ado dos Transport es - ST e do Depart am ent o de Est radas de Rodagem - DER,
im plem ent ou o Sist e m a de Ge st ã o de Tr a n spor t e Rodoviá r io de Pr odu t os
Pe r igosos, com vist a a aperfeiçoar suas ações de prevenção de acident es, com a
finalidade de m inim izar os im pact os quando da ocorrência de acident es.
Assim , o present e docum ent o, elaborado com o enfoque prát ico e obj et ivo, e
dirigido a t odos os segm ent os da sociedade envolvidos com a quest ão represent a
im port ant e avanço na busca da excelência na Gest ão do Transport e Rodoviário no
Est ado de São Paulo.
Í N D I CE
1 . ASPECTOS LEGAI S
O Brasil foi o prim eiro país da Am érica Lat ina a criar um a regulam ent ação
para o t ransport e de produt os perigosos. At é 1983, com exceção do Art igo 103 do
Decret o nº . 62.127, de 16/ 01/ 68, conhecido com o “ Lei da Faixa Branca” , não havia
nos diplom as legais brasileiros, qualquer m enção a um a possível regulam ent ação
do t ransport e rodoviário de produt os perigosos.
O prim eiro docum ent o legal, elaborado sobre o assunt o, foi o Decret o- Lei No
2.063, de 6 de out ubro de 1983, regulam ent ado pelo Decret o No 88.821, de 6 de
out ubro de 1983, edit ado após o acident e com o t ransport e e m anuseio do produt o
perigoso, pent aclorofenat o de sódio, popularm ent e denom inado “ pó da China” , o
qual desafort unadam ent e vit im ou seis pessoas no Rio de Janeiro. Post eriorm ent e a
sua publicação, houve a necessidade de revisão do referido Decret o, principalm ent e
devido às exigências e excessos burocrát icos cont idos em seu t ext o, que t ornavam
inexeqüíveis as at ividades de t ransport e. Em 1986 o Minist ério dos Transport es
const it ui um Grupo de Trabalho, cuj o obj et ivo consist ia na revisão do Decret o No
88.821. Decorridos 18 m eses de t rabalhos cont ínuos, foi o Decret o No 96.044,
aprovado em 18 de m aio de 1988, o qual cancelou e subst it uiu o Decret o No
88.821/ 83. I m port ant e dizer que o Decret o No 96.044 encont ra- se em vigor.
O Decret o No 96.044/ 88 foi com plem ent ado pela Port aria MT nº 291, de
31/ 05/ 88 e cuj a base t écnica encont rava- se am parada no “ Orange Book” ,
“ Reccom endat ions on t he Transport of Dangerous Goods” , DOT – Depart m ent of
Transport at ion, USA, 4ª Edição.
Transport of Dangerous Goods” , DOT – Depart m ent of Transport at ion, USA, 12ª
Edição.
1 .1 OBJETI VO
Com a int ensificação da m ovim ent ação de veículos t ransport ando produt os
perigosos, surge um crescent e anseio, por part e das inst it uições, de t er à sua
disposição, não só inform ações que dizem respeit o à at ividade rodoviária, m as
t am bém conhecer e t er a disposição, para consult a, norm as que, de form a diret a
ou indiret a, encont ram - se relacionadas à at ividade de t ransport e rodoviário de
produt os perigosos.
O obj et ivo desse capít ulo é ilust rar a est rut ura do disciplinam ent o t écnico e
legal que rege o t ransport e rodoviário de produt os perigosos no Brasil. Obj et iva- se
apresent ar, ainda que de form a sint et izada, os órgãos responsáveis pela elaboração
de Leis, Decret os, Port arias, Regulam ent os Técnicos e Norm as Técnicas Nacionais,
que det erm inam , não só os crit érios de segurança, com o t am bém de saúde e m eio
am bient e, as quais envolvem t odas as et apas do processo, ou sej a, ident ificação,
cert ificação de em balagem , t ransport e, m anuseio, arm azenagem , descart e,
fiscalização de veículos e condut ores.
3) Leis Federais;
8) Leis m unicipais.
Para um m elhor ent endim ent o, conceit uam - se, na seqüência, na hierarquia
das leis, som ent e as que de form a diret a guardam relação com o t em a Transport e
Rodoviário de Produt os Perigosos.
a) CON STI TUI ÇÃO: é a norm a fundam ent al do ordenam ent o j urídico de
um país ou sej a, a Lei fundam ent al de um est ado, da qual t odas as leis são
subsidiárias. A Const it uição é a lei m ais im port ant e de um país; é por m eio
dela que os cidadãos, at ravés dos seus represent ant es eleit os, escolhem a
form a de governo, inst it uem os poderes públicos e fixam os direit os e
garant ias fundam ent ais do indivíduo frent e ao Est ado. No Brasil, a nossa
Const it uição dat a de 1988, t em 245 art igos e é t ida com o um a das m ais
liberais e dem ocrát icas que o país j á t eve;
c) LEI COM PLEM EN TAR: Algum as leis são cham adas de lei
com plem ent ar à Const it uição. São aquelas que regulam ent am m at érias t ão
im port ant es que prat icam ent e assum em o carát er de lei const it ucional. Têm
elas m ais valor que out ras leis, exceção feit a, é claro, à própria Const it uição;
e) LEI S ORD I N ÁRI AS: Lei é um a regra de direit o dit ada pela aut oridade
est at al e t ornada obrigat ória para m ant er, num a com unidade, a ordem e o
desenvolvim ent o;
h) PORTARI AS: são docum ent os que est abelecem ou regulam ent am
assunt os específicos. Ex: Port aria No 3.214/ 78 – que regulam ent a as quest ões
sobre m edicina e saúde do t rabalho, e a Port aria No 204 do Minist ério dos
Transport es ( revogada pela Resolução No 420 do MT) que aprovava inst ruções
com plem ent ares ao regulam ent o de t ransport e de produt os perigosos;
Dispõe sobre m ult as a serem aplicadas por infrações à regulam ent ação para
a execução do t ransport e rodoviário de Produt os Perigosos.
D e cr e t o N º 9 6 .0 4 4 , de 1 8 / 0 5 / 8 8
D e cr e t o N º 9 8 .9 7 3 , de 2 1 / 0 2 / 9 0
D e cr e t o N º 1 .7 9 7 , de 2 5 / 0 1 / 9 6
Le i N º 9 .5 0 3 , de 2 3 / 0 9 / 9 7
D e cr e t o N º 9 6 0 5 , de 1 2 / 0 2 / 1 9 9 8
Dispõe sobre as sanções penais e adm inist rat ivas derivadas de condut as e
at ividades lesivas ao m eio am bient e, e dá out ras providências.
D e cr e t o N º 2 .8 6 6 , de 0 7 / 1 2 / 9 8
D e cr e t o N º 3 .1 7 9 , de 2 1 / 0 9 / 9 9
D e cr e t o N º 3 .6 6 5 , de 2 3 / 1 2 / 0 0
Le i N º . 1 0 .3 5 7 , de 2 7 / 1 2 / 0 1
Est abelece norm as de cont role e fiscalização sobre produt os quím icos que
diret a ou indiret am ent e possam ser dest inados à elaboração ilícit a de
subst âncias ent orpecent es, psicot rópicas ou que det erm inem dependência
física ou psíquica, e dá out ras providências.
D e cr e t o N º 4 .0 9 7 , de 2 3 / 0 1 / 0 2
Alt era a redação de art igos sobre incom pat ibilidade de produt os do RTPP –
Regulam ent o para o Transport e de Produt os Perigosos.
D e cr e t o N º 4 .2 6 2 , de 1 0 / 0 6 / 0 2
Est abelece norm as de cont role e fiscalização sobre produt os quím icos que
diret a ou indiret am ent e possam ser dest inados à elaboração ilícit a de
subst âncias ent orpecent es, psicot rópicas ou que det erm inem dependência
física ou psíquica, e dá out ras providências.
Por t a r ia M J- 1 2 7 4 , de 2 5 / 0 8 / 0 3
Exerce o cont role e a fiscalização de precursores e out ros produt os quím icos
essenciais em pregados na fabricação clandest ina de drogas, com o
est rat égia fundam ent al para prevenir e reprim ir o t ráfico ilícit o e o uso
indevido de ent orpecent es e subst âncias psicot rópicas. Relaciona os
Produt os Quím icos cont rolados e fiscalizados pela Polícia Federal ( Produt os
que possam ser ut ilizados na produção ilícit a de subst âncias
ent orpecent es) .
Re solu çã o AN TT- 4 3 7 / 0 4 , de 1 6 / 0 2 / 0 4
Aprovam as I nst ruções Com plem ent ares aos Regulam ent os para o
Transport e Rodoviário e para o Transport e Ferroviário de Produt os
Perigosos.
Por t a r ia M T- 2 2 , de 1 9 / 0 1 / 0 1
Por t a r ia M T- 3 4 9 , de 0 4 / 0 6 / 0 2
I I I - ( VETADO) ;
V - est abelecer seu regim ent o int erno e as diret rizes para o funcionam ent o
dos CETRAN e CONTRANDI FE;
VI I - zelar pela uniform idade e cum prim ent o das norm as cont idas nest e
Código e nas resoluções com plem ent ares;
I X - responder às consult as que lhe forem form uladas, relat ivas à aplicação da
legislação de t rânsit o;
Dá nova redação e prorroga prazos para a ent rada em vigor de art igos da
Resolução No 14/ 98 do CONTRAN ( Equipam ent os Obrigat órios) .
Dispõe sobre os cursos de t reinam ent o específico e com plem ent ar para
condut ores de veículos rodoviários t ransport adores de produt os perigosos.
Est abelece Norm as e Procedim ent os para form ação de condut ores de
veículos ( inclusive Curso MOPP) .
I - cum prir e fazer cum prir a legislação de t rânsit o e a execução das norm as e
diret rizes est abelecidas pelo CONTRAN, no âm bit o de suas at ribuições;
VI I - expedir a Perm issão para Dirigir, a Cart eira Nacional de Habilit ação, os
Cert ificados de Regist ro e o de Licenciam ent o Anual m ediant e delegação aos órgãos
execut ivos dos Est ados e do Dist rit o Federal;
X - organizar a est at íst ica geral de t rânsit o no t errit ório nacional, definindo os
dados a serem fornecidos pelos dem ais órgãos e prom over sua divulgação;
XV - prom over, em conj unt o com os órgãos com pet ent es do Minist ério da
Educação e do Desport o, de acordo com as diret rizes do CONTRAN, a elaboração e
a im plem ent ação de program as de educação de t rânsit o nos est abelecim ent os de
ensino;
XVI - elaborar e dist ribuir cont eúdos program át icos para a educação de
t rânsit o;
XVI I I - elaborar, j unt am ent e com os dem ais órgãos e ent idades do Sist em a
Nacional de Trânsit o, e subm et er à aprovação do CONTRAN, a com plem ent ação ou
alt eração da sinalização e dos disposit ivos e equipam ent os de t rânsit o;
XX - expedir a perm issão int ernacional para conduzir veículo e o cert ificado de
passagem nas alfândegas, m ediant e delegação aos órgãos execut ivos dos Est ados
e do Dist rit o Federal;
XXVI - est abelecer procedim ent os para a concessão do código m arca- m odelo
dos veículos para efeit o de regist ro, em placam ent o e licenciam ent o;
XXVI I - inst ruir os recursos int erpost os das decisões do CONTRAN, ao m inist ro
ou dirigent e coordenador m áxim o do Sist em a Nacional de Trânsit o;
XXI X - prest ar suport e t écnico, j urídico, adm inist rat ivo e financeiro ao
CONTRAN.
§ 2º O regim ent o int erno do órgão execut ivo de t rânsit o da União disporá
sobre sua est rut ura organizacional e seu funcionam ent o.
Dispõe sobre a ident ificação das ent radas e saídas de post os de gasolina,
oficinas, est acionam ent os e ou garagens.
É um a ent idade privada, sem fins lucrat ivos, reconhecida com o Fórum
Nacional de Norm alização – ÚNI CO – at ravés da Resolução No 07 do CONMETRO,
de 24.08.1992.
Ent re as Norm as ABNT relat ivas ao t ransport e, m anuseio e arm azenam ent o de
produt os perigosos relacionaram - se apenas as que t razem as diret rizes básicas do
assunt o, port ant o a relação de norm as abaixo relacionadas não é t axat iva sobre o
t em a:
Sua m issão é prom over a qualidade de vida do cidadão e a com pet it ividade da
econom ia at ravés da m et rologia e da qualidade.
d) Fort alecer a part icipação do País nas at ividades int ernacionais relacionadas
com m et rologia e qualidade, além de prom over o int ercâm bio com ent idades
e organism os est rangeiros e int ernacionais;
e) Prest ar suport e t écnico e adm inist rat ivo ao Conselho Nacional de Met rologia,
Norm alização e Qualidade I ndust rial - Conm et ro, bem assim aos seus
com it ês de assessoram ent o, at uando com o sua Secret aria- Execut iva;
h) Coordenar, no âm bit o do Sinm et ro, a cert ificação com pulsória e volunt ária
de produt os, de processos, de serviços e a cert ificação volunt ária de pessoal.
A Lei de Polít ica Nacional de Meio Am bient e, Lei No 6.938, no seu art igo 3 o ,
inciso I V, define o poluidor com o: " a pessoa física ou j urídica, de direit o público ou
privado, responsável diret a ou indiret am ent e, por at ividade causadora de
degradação am bient al" , grifo do aut or. Observa- se que no caso em t ela, a
responsabilidade civil at inge além do t ransport ador, que efet ivam ent e é o poluidor
diret o, t am bém o fabricant e, im port ador e dest inat ário do produt o, os quais são
considerados poluidores indiret os. Dessa form a, o fabricant e do produt o cont inua
responsável pelos danos decorrent es de im pact os ao m eio am bient e e a t erceiros
gerados por acident es envolvendo seus produt os, m esm o não sendo o causador
diret o do acident e. De igual form a o dest inat ário do produt o possui as m esm as
A Const it uição Federal de 1988 recepcionou a Lei de Polít ica Nacional do Meio
Am bient e, o art . 225 da CF/ 88, fixou os princípios gerais em relação ao m eio
am bient e, est abelecendo no parágrafo t erceiro que as condut as e at ividades lesivas
ao m eio am bient e suj eit arão aos infrat ores, pessoas físicas ou j urídicas, às sanções
penais e adm inist rat ivas, independent em ent e da obrigação de reparar o dano
causado. Dest aca- se no disposit ivo Const it ucional que a responsabilidade penal é
previst a não só para a pessoa física com o t am bém para a pessoa j urídica.
No que se refere aos aspect os crim inais da Lei No 9.605/ 98, a apuração do
elem ent o subj et ivo, ou sej a, a culpa do agent e poluidor, gerada por at os de
1 .6 CON SI D ERAÇÕES FI N AI S
A dem anda por t ransport es t em evoluído e por via de conseqüência
acom panha o desenvolvim ent o econôm ico do país. Tal fat o requer do segm ent o de
t ransport es adequações para at ender a dem anda. A at uação do Poder Público no
que se refere ao t ransport e rodoviário de produt os perigosos deve não apenas
assegurar condições ao desenvolvim ent o sócio- econôm ico, m as priorit ária e
vinculadam ent e, garant ir a m áxim a prot eção e preservação da segurança dos
usuários da via, da população lindeira e do m eio am bient e, sadio e ecologicam ent e
equilibrado, conform e preconizado na Const it uição Federal de 1988.
Cla sse 1 1.1 Subst ância e art igos com risco de explosão em m assa.
Explosivos
Subst ância e art igos com risco de pr oj eção, m as sem risco de
1.2
explosão em m assa.
Subst âncias e art igos com risco de fogo e com pequeno risco de
1.3 explosão ou de proj eção, ou am bos, m as sem risco de explosão
em m assa.
1.4 Subst ância e art igos que não apresent am risco significat ivo.
Gases inflam áveis: são gases que a 20°C e à pr essão norm al são
2.1
inflam áveis.
Cla sse 2 Gases não- inflam áveis, não t óxicos: são gases asfixiant es e
2.2
Gases oxidant es, que não se enquadrem em out ra subclasse.
Gases t óxicos: são gases t óxicos e corrosivos que const it uam risco
2.3
à saúde das pessoas.
Cla sse 3 Líquidos inflam áveis: são líquidos, m ist uras de líquidos ou líquidos
- que cont enham sólidos em solução ou suspensão, que produzam
Líquidos I nflam áveis vapor inflam ável a t em perat uras de at é 60,5°C.
Subst âncias suj eit as à com bust ão espont ânea: subst âncias
Cla sse 4 suj eit as a aquecim ent o espont âneo em condições norm ais de
4.2
Sólidos I nflam áveis t ransport e, ou a aquecim ent o em cont at o com o ar, podendo
inflam ar- se.
Cla sse 5 Subst âncias oxidant es: são subst âncias que podem causar a
5.1
com bust ão de out ros m at eriais ou cont ribuir para isso.
Subst âncias
Oxidant es e
Peróxidos orgânicos: são poderosos agent es oxidant es,
Peróxidos Orgânicos 5.2
periodicam ent e inst áveis, podendo sofrer decom posição.
Cla sse 7
- Qualquer m at erial ou subst ância que em it e radiação.
Mat erial radioat ivo
Cla sse 8
São subst âncias que, por ação quím ica, causam severos danos
Subst âncias -
quando em cont at o com t ecidos vivos.
Corrosivas
Cla sse 9
São aqueles que apresent am , durant e o t ransport e, um risco
Subst âncias e Art igos -
abrangido por nenhum a das out ras classes.
Perigosos Diversos
No ONU
Classe/Subclasse
de Risco
2 .2 .1 N ú m e r o de Risco
Conform e pode ser observado na Figura 2.2.1, o núm ero de risco é fixado na
part e superior do Painel de Segurança e pode ser const it uído por at é t rês
algarism os ( m ínim o de dois) , que indicam a nat ureza e a int ensidade dos riscos,
conform e est abelecido na Resolução n° 420, de 12/ 02/ 2004, da Agência Nacional
de Transport e Terrest re ( ANTT) / Minist ério dos Transport es Quadro 2.2.1- 1.
Obse r va çõe s:
1. O risco de violent a reação espont ânea, represent ado pelo algarism o 9, inclui a
possibilidade, decorrent e da nat ureza da subst ância, de um risco de explosão,
desint egração ou reação de polim erização, seguindo- se o desprendim ent o de
quant idade considerável de calor ou de gases inflam áveis e/ ou t óxicos;
2. Quando o núm ero de risco for precedido pela let ra X, ist o significa que não deve
ser ut ilizada água no produt o, excet o com aprovação de um especialist a.
3. A repet ição de um núm ero indica, em geral, um a aum ent o da int ensidade
daquele risco específico;
4. Quando o risco associado a um a subst ância puder ser adequadam ent e indicado
por um único algarism o, est e será seguido por zero.
O núm ero de risco perm it e det erm inar im ediat am ent e o risco principal
( prim eiro algarism o) e os riscos subsidiários do produt o ( segundo e t erceiro
algarism os) ; as diferent es com binações, que form am os diferent es núm eros de
risco, est ão apresent adas na Quadro 2.2.1- 2.
Qu a dr o 2 .2 .1 - 2 – N úm e r os de Risco
N o de
Sign ifica do
Risco
239 Gás inflam ável, pode conduzir espont aneam ent e à violent a reação
26 Gás t óxico
Líquido inflam ável ( 23°C< PFg < 60,5°C) , ou líquido ou sólido inflam ável
30 em est ado fundido com PFg > 60,5°C , aquecido a um a t em perat ura igual
ou superior a seu PFg, ou líquido suj eit o a aut o- aquecim ent o
Líquido inflam ável, que reage perigosam ent e com água, desprendendo
X323
gases inflam áveis( * )
Líquido alt am ent e inflam ável, corrosivo, que reage perigosam ent e com
X338
água ( * )
Líquido alt am ent e inflam ável, pode conduzir espont aneam ent e a violent a
339
reação
N o de
Sign ifica do
Risco
Líquido inflam ável ( 23°C< PFg < 60,5°C) , levem ent e t óxico ou líquido
36
suj eit o a aut o- aquecim ent o, t óxico
Líquido inflam ável, t óxico, que reage com água, desprendendo gases
362
inflam áveis
Líquido inflam ável, t óxico, que reage perigosam ent e com água,
X362
desprendendo gases inflam áveis( * )
Líquido inflam ável ( 23°C< PFg < 60,5°C) , levem ent e corrosivo, ou
38
líquido suj eit o a aut o- aquecim ent o, corrosivo.
Líquido inflam ável, corrosivo, que reage com água, desprendendo gases
382
inflam áveis
Líquido inflam ável, corrosivo, que reage perigosam ent e com água,
X382
desprendendo gases inflam áveis( * )
39 Líquido inflam ável que pode conduzir espont aneam ent e à violent a reação
Sólido inflam ável, ou subst ância aut o- reagent e, ou subst ância suj eit a a
40
aut o- aquecim ent o
423 Sólido que reage com água, desprendendo gases inflam áveis
44 Sólido inflam ável, em est ado fundido num a t em perat ura elevada
446 Sólido inflam ável, t óxico, em est ado fundido a um a t em perat ura elevada
462 Sólido t óxico que reage com água, desprendendo gases inflam áveis
482 Sólido corrosivo que reage com água, desprendendo gases inflam áveis
N o de
Sign ifica do
Risco
556 Subst ância fort em ent e oxidant e ( int ensifica o fogo) , t óxica
558 Subst ância fort em ent e oxidant e ( int ensifica o fogo) , corrosiva
Subst ância fort em ent e oxidant e ( int ensifica o fogo) , pode conduzir
559
espont aneam ent e à violent a reação
623 Líquido t óxico que reage com água, desprendendo gases inflam áveis
638 Subst ância t óxica, inflam ável ( 23°C< PFg < 60,5 °C) , corrosiva
Subst ância t óxica, inflam ável ( PFg < 60,5°C) , pode conduzir
639
espont aneam ent e à violent a reação
642 Sólido t óxico que reage com água, desprendendo gases inflam áveis
663 Subst ância alt am ent e t óxica, inflam ável ( PFg < 60,5°C)
664 Sólido alt am ent e t óxico, inflam ável ou suj eit o a aut o- aquecim ent o
665 Subst ância alt am ent e t óxica, oxidant e ( int ensifica o fogo)
N o de
Sign ifica do
Risco
Subst ância alt am ent e t óxica que pode conduzir espont aneam ent e à
669
violent a reação
Subst ância t óxica ou levem ent e t óxica pode conduzir espont aneam ent e
69
à violent a reação
Subst ância corrosiva ou levem ent e corrosiva, que reage perigosam ent e
X80
com água ( * )
823 Líquido corrosivo que reage com água, desprendendo gases inflam áveis
Subst ância corrosiva ou levem ent e corrosiva, inflam ável ( 23°C< PFg <
83
60,5°C)
Subst ância corrosiva ou levem ent e corrosiva, inflam ável ( 23°C< PFg <
X83
60,5°C) que reage perigosam ent e com água ( * )
Subst ância corrosiva ou levem ent e corrosiva, inflam ável ( 23°C< PFg <
839
60,5°C) , que pode conduzir espont aneam ent e à violen t a reação
Subst ância corrosiva ou levem ent e corrosiva, inflam ável ( 23°C< PFg <
X839 60,5°C) , que pode conduzir espont aneam ent e à violen t a reação e que
reage perigosam ent e com água ( * )
842 Sólido corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflam áveis
N o de
Sign ifica do
Risco
X88 Subst ância alt am ent e corrosiva, que reage perigosam ent e com água ( * )
883 Subst ância alt am ent e corrosiva, inflam ável ( 23° C< PFg < 60,5°C)
884 Sólido alt am ent e corrosivo, inflam ável ou suj eit o a aut o- aquecim ent o
885 Subst ância alt am ent e corrosiva, oxidant e ( int ensifica o fogo)
Subst ância alt am ent e corrosiva, t óxica, que reage perigosam ent e com
X886
água ( * )
Subst âncias que apresent am risco para o m eio am bient e; subst âncias
90
perigosas diversas
Nas Figuras 2.2.1- 1 a 2.2.1- 5 são apresent ados exem plos da aplicação da
m et odologia de ident ificação dos núm eros de risco.
Riscos
Risco Principal
Conform e m encionado ant eriorm ent e, a repet ição de um núm ero indica, em
geral, o aum ent o da int ensidade daquele risco específico, com o m ost ra a Figura
2.2.1- 3.
2 .2 .2 N ú m e r o de I de n t ifica çã o do Pr odu t o ou N ú m e r o da ON U
Trat a- se de um núm ero com post o por quat ro algarism os, que deve ser fixado
na part e inferior do Painel de Segurança, servindo para a ident ificação de um a
det erm inada subst ância ou art igo classificado com o perigoso.
Nas Figuras 2.2.2- 1 e 2.2.2- 2 são apresent ados exem plos da aplicação do No
ONU no Painel de Segurança, a ser ut ilizado em veículo t ransport ador de produt os
perigosos.
Figu r a 2 .2 .2 - 1 – Ex e m plo – N o ON U
2 .2 .3 Rót u lo de Risco
Toda em balagem confiada ao t ransport e rodoviário deve port ar o rót ulo de
risco, cuj as dim ensões devem ser est abelecidas de acordo com a legislação/
norm alização vigent e.
A m et ade inferior dest ina- se para exibir o núm ero da classe ou subclasse
de risco e grupo de com pat ibilidade, conform e apropriado, e quando
aplicável o t ext o indicat ivo da nat ureza do risco.
Nas Figuras 2.2.3- 2 a 2.2.3- 10 são apresent ados os rót ulos de risco aplicados
nas classes/ subclasses de risco de 1 a 9, respect ivam ent e.
1 1
*1 * *
1
1
2 2 2 2 2 2
3 3
4 4 4 4
Figu r a 2 .2 .3 - 7 – Rót u los de Risco da Cla sse 6 – Su bst â n cia s Tóx ica s
e Su bst â n cia s I n fe ct a n t e s
Obse r va çã o:
Figu r a 2 .2 .3 - 1 1 – Ca r ga a Gr a n e l – Um pr odu t o
Já foi abordado ant eriorm ent e que a ONU - Organização das Nações Unidas
agrupou os produt os quím icos em nove classes de risco, conform e segue:
Classe 1 – Explosivos;
Classe 2 – Gases;
Paracelso, no século XVI afirm ou que: " Todas as subst âncias são t óxicas. Não
há nenhum a que não sej a t óxica. A dose est abelece a diferença ent re um t óxico e
um m edicam ent o" . Est a afirm ação ainda é m uit o im port ant e para aqueles que
realizam o at endim ent o a acident es com produt os perigosos, pois deixa claro que
t oda e qualquer subst ância pode ser perigosa ao hom em sob condições excessivas
de uso ou cont at o.
Não há, port ant o um a subst ância que sej a absolut am ent e segura e que não
ofereça algum t ipo de risco. Mesm o os produt os que não são classificados pela ONU
com o perigosos para o t ransport e rodoviário, apresent am riscos ao hom em e ao
m eio am bient e. Ainda que esse risco sej a m enor do que os produt os classificados
com o perigosos da ONU, esse risco exist e e, port ant o não deve ser desprezado.
Esse é o prim eiro, e um dos principais conceit os a ser respeit ado nas em ergências
quím icas.
O segundo conceit o im port ant e diz respeit o à form a com o a cont am inação por
um produt o quím ico pode ocorrer. Há t rês principais vias de int oxicação com
produt os quím icos: inalação, absorção cut ânea e ingest ão. Nas em ergências
quím icas, a inalação é a principal via de int oxicação, seguida pela absorção cut ânea
( cont at o com a pele) e pela ingest ão ( Figura 3.1- 1) .
A inalação é a form a m ais com um de int oxicação, pois os produt os quím icos
t endem a evaporar, port ant o podem se dispersar no am bient e, at ingindo longas
dist âncias, aum ent ando a possibilidade de int oxicar as equipes de respost a. Os
produt os m uit o solúveis em água com o a am ônia, ácido clorídrico e ácido
fluorídrico, quando inalados dissolvem - se rapidam ent e na m em brana da m ucosa do
nariz e da gargant a, causando fort e irrit ação. Para esses m at eriais, at é m esm o
baixas concent rações no am bient e provocam sérias irrit ações ao t rat o respirat ório.
Com relação à absorção cut ânea, a própria pele em algum as sit uações, at ua
com o um a barreira prot et ora aos produt os perigosos, prevenindo assim a
cont am inação. No ent ant o, de acordo com o produt o quím ico envolvido, o cont at o
com a pele poderá provocar sua irrit ação ou m esm o sua dest ruição, com o ocorre
nos casos do cont at o com m at eriais corrosivos, com o ácido sulfúrico, ácido nít rico,
soda cáust ica, ent re out ros. Alguns produt os t êm a capacidade de penet rar na pele
e at ingir a corrent e sanguínea, causando int oxicações, com o é o caso de m uit os
pest icidas.
alim ent ar com m ãos cont am inadas, ou quando se fum a ou se alim ent a em
am bient es cont am inados. Norm alm ent e as quant idades envolvidas nesse t ipo de
cont am inação são pequenas, porém quando produt os alt am ent e t óxicos est ão
present es, m esm o pequenas quant idades podem causar severas int oxicações.
Para evit ar qualquer t ipo de int oxicação com produt os quím icos nas
em ergências, será necessário associar conhecim ent o sobre os riscos oferecidos pelo
m at erial envolvido no acident e com boas prát icas de t rabalho e o uso de
equipam ent os de prot eção individual.
Os dois t ipos de exposições podem est ar present es nas em ergências quím icas
e, são perigosas ao hom em . Muit as vezes os sint om as de um a int oxicação quím ica
não se m anifest am im ediat am ent e após a exposição aos produt os perigosos, ou
sej a, som ent e depois de várias horas de exposição ao produt o é que serão
observados os prim eiros sint om as da int oxicação, agravando os danos.
O quint o conceit o é que nem t odos os gases e vapores apresent am cor e odor.
Port ant o, não se pode assum ir nas em ergências quím icas que a não visualização de
um a nuvem na at m osfera ou a inexist ência de algum odor est ranho ao am bient e,
represent e um a sit uação segura.
Muit os produt os não apresent am cor e odor e são ext rem am ent e perigosos
devido a sua t oxicidade ou inflam abilidade, com o o m onóxido de carbono. Out ros
m at eriais apresent am odor som ent e em grandes concent rações no am bient e, ou
sej a, quando j á provocaram algum a ação t óxica ao hom em .
O sext o conceit o é relat ivo aos fenôm enos físicos, aqueles em que não há
alt eração da const it uição da m at éria e nem a form ação de out ros produt os. Os
produt os quím icos sofrem variações na sua form a quando se alt era pressão e
t em perat ura.
Muit os m at eriais são t ransport ados sob pressão, pot encializando os efeit os
dest rut ivos quando liberados no m eio. Da m esm a form a, alguns produt os são
t ransport ados a baixa t em perat ura enquant o que out ros são t ransport ados a
elevadas t em perat uras, o que pode alt erar o est ado físico do produt o. I sso significa
que após o vazam ent o, t ais produt os poderão m udar de est ado físico, com a
conseqüent e alt eração do com port am ent o no m eio.
O sét im o conceit o refere- se aos fenôm enos quím icos, nos quais ocorre
form ação de out ras subst âncias quím icas, ou sej a, há reação quím ica. Essas
reações podem ocorrer quando duas ou m ais subst âncias ent ram em cont at o
( incom pat ibilidade quím ica) ou no caso de incêndios, pois ocorre a queim a do
com bust ível com a conseqüent e form ação de gases irrit ant es e t óxicos.
*1 * *
1
1 1 1
Explosivos são cert am ent e um a das m ais perigosas classes de risco. Acident es
envolvendo explosivos são pouco com uns quando com parado com as dem ais
classes de risco.
O explosivo é um a subst ância que é subm et ida a um a t ransform ação quím ica
ext rem am ent e rápida, produzindo sim ult aneam ent e grandes quant idades de gases
e calor. Os gases liberados expandem - se a alt íssim a velocidade e t em perat ura,
gerando um aum ent o de pressão e provocando o deslocam ent o do ar. Esse
deslocam ent o de ar é suficient em ent e elevado para provocar danos às pessoas
( rupt ura de t ím pano, por exem plo) e edificações ( colapso parcial ou t ot al) .
Os explosivos podem exist ir nos est ados sólido ou líquido e podem envolver
um a m ist ura de subst âncias. Os explosivos líquidos são ext rem am ent e sensíveis ao
calor, choque e fricção, com o, por exem plo, azida de chum bo, fulm inat o de
m ercúrio e nit roglicerina. Essa últ im a, por quest ões de segurança, deve ser
t ransport ada na form a de gelat ina ou dinam it e. A pólvora é um exem plo de um a
m ist ura explosiva, j á que é com post a de enxofre, carvão em pó e nit rat o de sódio
( salit re) .
Est as subst âncias geram fort es explosões, conhecidas por det onação.
Su bcla sse 1 .5 - Su bst â n cia s m u it o inse n síve is, com r isco de e x plosã o
e m m a ssa
Exem plo: não há exem plos de produt os dessa subclasse na Resolução nº 420
da ANTT.
Ressalt a- se que os equipam ent os de prot eção individual norm alm ent e
ut ilizados para prot eger as equipes de em ergência quando do m anuseio ou
exposição aos produt os quím icos, não oferecem prot eção ao fenôm eno explosão.
Roupas especiais de prot eção som ent e est ão disponíveis no exércit o ou com o
fabricant e do produt o, razão pela qual poderão ser acionados para prest ar apoio na
em ergência.
É im port ant e ressalt ar que não est ão incluídos nessa classe de risco t odos os
produt os que podem gerar explosões, t ais com o líquidos e gases inflam áveis,
agent es oxidant es e peróxidos orgânicos ou m esm o as explosões geradas a part ir
de reações quím icas ent re dois ou m ais produt os.
3 .3 CLASSE 2 – GASES
Ga se s
2 2 2 2 2 2
Gás é um dos est ados físicos da m at éria. Nesse est ado, os m at eriais
apresent am a capacidade de m overem - se livrem ent e, ou sej a, expandem - se
indefinidam ent e no am bient e. Out ra caract eríst ica dos gases é que são
influenciados pela pressão e t em perat ura. A m aioria dos gases pode ser liquefeit a
com o aum ent o da pressão e/ ou dim inuição da t em perat ura.
Exem plo: oxigênio líquido refrigerado ou com prim ido, nit rogênio líquido
refrigerado ou com prim ido
Liquefeit os;
Dissolvidos;
Criogênicos.
As quat ro cat egorias acim a são bem diferent es ent re si e necessit am de ações
dist int as nas em ergências.
Ga se s com pr im idos
Para efeit o de t ransport e, m uit os os gases são com prim idos por m eio de
aplicação de pressão, perm anecendo no est ado gasoso. Em caso de
vazam ent o, a liberação desses gases ocorre a um a enorm e velocidade de
saída, port ant o qualquer pessoa sit uada na frent e do j at o form ado, sofrerá
fort e im pact o físico. Exem plos de gases com prim idos são: argônio,
hidrogênio e hélio.
Ga se s liqu e fe it os
Muit os gases, com o GLP e cloro, são m ais densos do que o ar, ou sej a, após
serem liberados para o am bient e, perm anecem próxim os ao solo, sit uação
essa de m aior com plexidade e risco j á que próxim o ao solo est ão as
pessoas e as possíveis font es de ignição.
Ga se s dissolvidos
Ga se s cr iogê n icos
São os gases que para serem liquefeit os devem t er sua t em perat ura
reduzida a valores inferiores à –150º C. Exem plos de gases criogênicos são:
nit rogênio líquido, oxigênio líquido, gás carbônico líquido. Devido a sua
baixa t em perat ura, em caso de cont at o com esses m at eriais, serão geradas
gravíssim as queim aduras ao t ecido hum ano. A baixa t em perat ura t am bém
poderá causar o congelam ent o de out ros m at eriais com o ferro e aço,
t ornando- os quebradiços e, port ant o podendo gerar sit uações de risco.
3 3
Líquido inflam ável são líquidos, m ist ura de líquidos ou líquidos cont endo
sólidos em solução ou em suspensão, que produzem vapores inflam áveis a
t em perat uras de at é 60,5 o C num t est e padrão em vaso fechado. Port ant o, a
m aioria desses m at eriais pode queim ar facilm ent e na t em perat ura am bient e.
O conceit o de líquido inflam ável refere- se aos produt os que podem gerar um a
reação de com bust ão. Com bust ão é reação quím ica ent re dois agent es, o
com burent e, norm alm ent e oxigênio, e o com bust ível, em proporções adequadas,
provocada por um t erceiro agent e, a font e de ignição. Caract eriza- se por alt a
velocidade de reação e pelo grande desprendim ent o de luz e calor. Os t rês agent es
form am o conhecido t riângulo do fogo, const it uindo- se em elem ent os essenciais ao
fogo. Se um desses elem ent os não est iver present e, não haverá fogo ( Figura 3.4-
1) .
FONTE DE CALOR
Figu r a 3 .4 - 1 – Tr iâ n gu lo do fogo
O oxigênio ( com burent e) para as reações de com bust ão é aquele exist ent e no
ar at m osférico. O com bust ível é o próprio produt o quím ico envolvido na ocorrência.
A font e de ignição, necessária para o processo de com bust ão é o elem ent o que as
equipes de respost a poderão cont rolar durant e a em ergência de m odo a evit ar a
queim a do produt o.
A elet ricidade est át ica é a carga que um veículo acum ula durant e o t ransport e,
sendo que est a poderá gerar um a faísca ( font e de ignição) caso esse veículo sej a
conect ado ao veículo acident ado ( por exem plo, para a realização de t ransbordo de
carga) , sem que haj a a descarga dessa carga acum ulada para a t erra. A
conseqüência dessa faísca poderá ser a ignição do produt o quím ico, caso sej a
inflam ável.
Sem pre que um produt o inflam ável est iver envolvido num a em ergência, as
equipes de respost a deverão t er a preocupação de elim inar ou cont rolar t odas as
font es de ignição exist ent es, de m odo a evit ar o processo de com bust ão.
Especial cuidado deverá ser adot ado nas operações de dest om bam ent o de
carret as e vasos de pressão, pois as operações de arrast e desses recipient es geram
m uit as faíscas, podendo causar a ignição do produt o envolvido.
Ressalt a- se que t odo processo de com bust ão libera gases irrit ant es e t óxicos,
port ant o especial at enção deverá ser dada às sit uações com envolvim ent o de
incêndios.
Por quest ões de segurança não se recom enda cont enção de um produt o
inflam ável próxim o ao pont o de vazam ent o, dada a possibilidade de um a event ual
ignição com o conseqüent e envolvim ent o de t oda a carga t ransport ada.
Sólidos infla m á ve is
4 4
4 4
O fósforo branco ou am arelo, sulfet o de sódio, carvão e algodão são exem plos
de produt os que ignizam espont aneam ent e, quando em cont at o com o ar.
As subst âncias pert encent es a est a classe por int eração com a água podem
t ornar- se espont aneam ent e inflam áveis ou produzir gases inflam áveis em
quant idades perigosas.
O sódio m et álico, por exem plo, reage de m aneira vigorosa quando em cont at o
com o a água, liberando o gás hidrogênio que é alt am ent e inflam ável. Out ro
exem plo é o carburet o de cálcio, que por int eração com a água libera
acet ileno.
5.2 5.2
Est a classe reúne produt o que, em sua m aioria, não são com bust íveis, m as
que podem liberar oxigênio, aum ent ando ou sust ent ando a com bust ão de out ros
m at eriais.
Devido à facilidade de liberarem oxigênio, est as subst âncias são inst áveis e
reagem quim icam ent e com um a grande variedade de produt os, podendo gerar
Alguns produt os dessa classe reagem com m at eriais orgânicos, port ant o em
caso de vazam ent os não deverá ser ut ilizado t erra ou serragem para cont enção,
sendo a areia úm ida m ais recom endada para essa operação.
Nos casos de fogo, a água é o agent e de ext inção m ais eficient e, um a vez que
ret ira o calor e a reat ividade quím ica dos produt os dessa classe.
Nest a subclasse encont ram - se os produt os que podem fornecer oxigênio para
um a reação de com bust ão, int ensificando- a.
Com o exem plos de produt os oxidant es, dest acam - se o peróxido de hidrogênio
( conhecido por água oxigenada) e perm anganat o de pot ássio.
Assim com o os oxidant es, os peróxidos orgânicos são t erm icam ent e inst áveis
e podem sofrer decom posição exot érm ica e aut o- acelerável, criando o risco de
explosão. Esses produt os são t am bém sensíveis a choque e at rit o.
Com o exem plo, de peróxido orgânico, dest acam - se o peróxido de but ila e
peróxido de benzoila.
Exem plos de produt os dessa classe são: acroleína, cianet os, fenol, pest icidas e
m et ais.
Norm alm ent e são t ransport adas de hospit ais para laborat órios de pesquisa em
em balagens apropriadas e por pessoal alt am ent e t reinado.
Os produt os dest a classe são cont rolados pelos Minist érios da Saúde e da
Agricult ura, pois são largam ent e ut ilizados para fins m edicam ent osos e
agrícolas.
M a t e r ia l r a dioa t ivo
Mat eriais radioat ivos são essenciais para a sociedade m oderna pois são
ut ilizados na m edicina, em pesquisa m édica e indust rial, geração de energia em
usinas at ôm icas, et c.
Mat eriais radioat ivos são m at eriais fisicam ent e inst áveis que sofrem
m odificações espont aneam ent e na sua est rut ura. Essas m odificações ocorrem
quando há t ransform ação nos elem ent os que passam a em it ir energia sob a form a
de radiação.
Dá- se o nom e de radioat ividade j ust am ent e à propriedade que t ais elem ent os
t êm de em it ir radiação. Exem plos: Urânio 235, Césio 137, Cobalt o 60 e Tório 232.
A radioat ividade é um a form a de energia invisível, m as que pode ser sent ida
por aparelhos especiais, com o o cont ador Geiger. É capaz de penet rar e at ravessar
vários t ipos de m at eriais e at é m esm o o corpo hum ano, ocasionando doenças m uit o
graves e podendo levar pessoas à m ort e.
Não se deve aproxim ar de m at eriais radioat ivos que não est ej am devidam ent e
blindados.
Acident es com esses m at eriais podem cont am inar obj et os de t odo t ipo, além
do m eio am bient e, ocasionando conseqüências desast rosas, a exem plo do acident e
em Goiânia, em set em bro de 1987, cuj a blindagem do Césio 137 foi dest ruída,
ocasionando graves doenças às pessoas que t iveram cont at o com o m at erial,
inclusive provocando m ort e.
Est a classe represent a o segundo m aior volum e t ransport ado pelo m odal
rodoviário, perdendo apenas para a classe 3 – líquidos inflam áveis.
Subst âncias corrosivas são aquelas que podem causar severas queim aduras
quando em cont at o com t ecidos vivos. Podem exist ir no est ado sólido ou líquido.
Tam bém causam corrosão ao aço. Basicam ent e, exist em dois principais grupos de
m at eriais que apresent am essas propriedades, e são conhecidos por ácidos e
bases. Com o exem plo de produt os dest a classe pode- se cit ar ent re os ácidos: ácido
sulfúrico, ácido clorídrico, ácido nít rico e, ent re as bases o hidróxido de sódio ( soda
cáust ica) e hidróxido de pot ássio.
Est a classe engloba os produt os que apresent am riscos não abrangidos pelas
dem ais classes de risco. Nessa classe encont ram - se os produt os que oferecem
elevados riscos de cont am inação am bient al. Exem plos de produt os dest a classe
são: óleos com bust íveis, poliest ireno granulado, dióxido de carbono sólido ( gelo
seco) , am iant o azul, farinha de peixe est abilizada e bat erias de lít io.
A indúst ria quím ica part icipa at ivam ent e de quase t odas as cadeias de
produção, t ais com o: serviços, t ecnologia, agricult ura, indúst ria da const rução,
indúst ria naval, aeroespacial, m édica, farm acêut ica, dent re out ras.
Os set ores quím icos e pet roquím icos possuem papéis de dest aque no
desenvolvim ent o de diversas at ividades econôm icas. Segundo dados da Associação
Brasileira de I ndúst rias Quím icas – ABI QUI M, no ano de 2003, a part icipação do
Set or Quím ico no Produt o I nt erno Brut o – PI B, do Brasil, foi da ordem de 3,7% .
Segundo dados do I BGE, o set or quím ico ocupa a segunda posição do PI B da
indúst ria de t ransform ação, com quase 12% do t ot al, at rás apenas do set or de
alim ent os e bebidas, que det êm cerca de 17% .
Em t odo esse cont ext o, est ão incluídos os produt os classificados por suas
caract eríst icas físicas e quím icas com o “ Produt os Perigosos” . São assim
denom inados em razão da severidade e do pot encial de danos que podem causar à
segurança e saúde da população, ao m eio am bient e e ao pat rim ônio, quando
envolvidos em acident es com perda de cont enção de produt o e liberação para o
m eio.
O Brasil carece de dados est at íst icos confiáveis sobre acident es envolvendo o
t ransport e rodoviário de produt os perigosos. Dados da CETESB – Com panhia de
Tecnologia de Saneam ent o Am bient al do Est ado de São Paulo indicam que
ocorreram 2202 acident es nesse m odal de t ransport e em um período de 21 anos,
de 1983 a 2004. Os acident es nessa m odalidade de t ransport e represent am ,
aproxim adam ent e, 37 % do t ot al de acident es am bient ais at endidos pela CETESB.
A t ít ulo de ilust ração, e sem a int enção de apresent ar um com parat ivo, é
apresent ado no Quadro 4- 1, o levant am ent o dos acident es nos diversos m odais de
t ransport e de produt os perigosos nos Est ados Unidos da Am érica, cuj os dados são
periodicam ent e divulgados pelo U.S. Depart m ent of Transport at ion.
M oda l 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Tot a l
Aéreo 817 925 1.031 1.386 1.582 1.419 1.083 732 751 995 10.721
Rodoviário 12.869 12.034 11.932 13.111 14.953 15.063 15.806 13.505 13.599 12.977 135.849
Ferroviário 1.155 1.112 1.102 989 1.073 1.058 899 870 802 753 9.813
Aquaviário 12 6 5 1 8 17 6 10 10 15 100
Out ros 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Tot al 14.853 14.077 14.070 15.497 17.616 17.557 17.794 15.117 15.162 14.740 156.483
Font e: Hazardous Mat erials I nform at ion Syst em , U.S. Depart m ent of
Transport at ion, em 13/ 06/ 2005.
4 .1 OBJETI VOS
Os obj et ivos de um Sist em a de Gest ão de Riscos volt ado para a prevenção de
acident es no t ransport e rodoviário de produt os perigosos em t rês et apas de igual
im port ância; são elas:
m inim izem as agressividades inerent es aos produt os, t ant o no segm ent o
const rut ivo com o no operat ivo, at ravés de planos de cont ingência e
em ergência, de m onit oram ent o e de m edidas m it igadoras.
Tom ando por base um Program a de Gerenciam ent o de Riscos, podem ser
definidos os m eios necessários para a efet ivação de um a Gest ão Am bient al volt ada
aos acident es am bient ais com produt os perigosos. I m port ant e frisar que um am plo
levant am ent o dos recursos hum anos e m at eriais disponíveis nos m unicípios
localizados ao longo das rodovias, serve de base para a efet ivação de m edidas
conj unt as e parcerias volt adas a procedim ent os específicos.
Um sist em a eficient e de com unicações e inform ações sobre produt os quím icos
perm it e o repasse de inform ações precisas, assim com o a rápida m obilização de
recursos para as ações de respost a.
As ações conj unt as e cooperat ivas devem est ar alicerçadas em com prom issos
firm ados ent re o DER/ SP e as inst it uições públicas e privadas da região, de form a
as com pet ências, responsabilidades e form as de at uação de cada um a das part es
envolvidas est ej am previam ent e definidas.
A visão est rat égica do gerenciam ent o de riscos obj et iva prevenir e evit ar que
o desconhecim ent o, despreparo, im provisação e falt a de capacidade t écnica para
at uar cont ribuam para o agravam ent o dos im pact os am bient ais, sociais e
econôm icos gerados por acident es dessa nat ureza.
Aproxim ação;
I dent ificação do produt o envolvido ( sem pre que isso puder ser feit o com
segurança por m eio da visualização à dist ância das placas de sim bologia
do produt o - painel de segurança e rót ulo de risco) ;
Avaliação das int erferências do ent orno ( Ex: produt o at ingiu sist em a de
drenagem e corpo d’ água, população lindeira próxim a ao event o) ;
t ransport e, se faz necessário um diagnóst ico prévio das vulnerabilidades am bient ais
e sociais cruzadas ou t angenciadas pelo t raçado da via.
Devem ser considerados crít icos os t rechos que pela inevit abilidade do t raçado
cruzam ou m argeiam : áreas urbanas; corpos d’água; m ananciais; áreas alagadas;
lagoas; banhados; m angues e regiões cost eiras. Assim com o os t rechos que pelas
caract eríst icas t opográficas propiciam um a m aior probabilidade de acident es, bem
com o o agravam ent o das conseqüências em razão das dificuldades de acesso,
velocidade de escoam ent o e das dificuldades de se colocar em prát ica ações de
cont enção e recolhim ent o do produt o vazado, com o é o caso dos t rechos de serra.
com o perigosos são, porém , de vit al im port ância à população, com o é o caso do
Cloro, produt o im prescindível para o t rat am ent o de água e principal agent e de
saúde pública, devido a suas caract eríst icas desinfect ant es. Apesar de sua
im port ância, o gás Cloro é um gás t óxico e corrosivo, ext rem am ent e perigoso, que
quando liberado para o m eio am bient e, pode percorrer grandes dist âncias em
concent rações fat ais para o hom em .
Tú n e is: Por suas caract eríst icas const rut ivas, os t úneis são considerados
t rechos crít icos para acident es envolvendo o t ransport e rodoviário de produt os
perigosos, em razão da ausência de áreas de escape, vent ilação rest rit a,
dificuldade de dispersão de gases e vapores, am bient e confinado e dificuldade de
acesso. Acident es envolvendo principalm ent e produt os t óxicos e inflam áveis podem
se const it uir em grandes t ragédias. Dados hist óricos de acident es t ecnológicos em
t úneis com provam esse grau de severidade. Por essa razão as ações prevent ivas e
corret ivas devem dar a devida at enção a essas obras de art e.
Essa é a form a legal que o Est ado buscou para garant ir a conservação e a
perpet uação da diversidade biológica, assim com o para m ant er os valores das
cult uras t radicionais, que se encont ram associadas à prot eção da nat ureza. As
Unidades de Conservação const it uem um dos m ais im port ant es inst rum ent os do
poder público para o planej am ent o am bient al sust ent ado e a im plem ent ação das
polít icas nacional e est adual do m eio am bient e. Essas Unidades classificam - se em
diferent es cat egorias de m anej o, possuindo diversos níveis de rest rição am bient al.
No Est ado de São Paulo encont ram - se parques nacionais e est aduais, est ações
ecológicas, áreas de prot eção am bient al, reservas biológicas, áreas de relevant e
int eresse ecológico, florest as nacionais, áreas sob prot eção especial, parques
ecológicos, áreas nat urais t om badas, t erras indígenas, rem anescent es de
quilom bos e reservas da biosfera.
Essas áreas são pat rim ônios de um a colet ividade, port ant o são valiosas e de
vit al im port ância por seus recursos nat urais de fauna, flora ou paisagism o, os quais
podem ser severam ent e afet ados por im pact os decorrent es do derram e, em issão,
incêndios ou explosões gerados por acident es envolvendo produt os perigosos.
Por essa razão, t rechos que cruzam , ou t angenciam , áreas prot egidas, devem
ser considerados crít icos para a ocorrência de acident es com produt os perigosos.
Assim , devem ser devidam ent e ident ificados, classificados e denom inados, de
form a a facilit ar a proposição de m edidas prevent ivas, com o a im plant ação de
placas de sinalização, advert ência e de orient ação ao usuário, de form a que os
usuários da via ou a população lindeira possam de pront o ident ificar essas áreas
sensíveis.
Dessa form a, os dados devem ser colet ados som ent e em dias que possam ser
considerados com o represent at ivos, ou sej a, devem - se evit ar dias da sem ana que
norm alm ent e fogem dos padrões de t ráfego norm al, t ais com o finais de sem ana,
vésperas de feriado, pont es de feriados, sext as- feiras e segundas- feiras pela
m anhã. Devem - se t am bém evit ar det erm inados períodos com o os de férias
colet ivas ou períodos de graves crises econôm icas, os quais norm alm ent e afet am o
set or produt ivo.
A colet a de dados deve inicialm ent e ser realizada em horários dist int os para
post eriorm ent e se definir qual o horário de m aior fluxo. É im port ant e essa
dist inção, pois alguns produt os e classes de produt os cost um am t er um a circulação
m aior no período not urno, principalm ent e os produt os da classe 2 – gases, com o
GPL e Am ônia. Os m ot orist as que t ransport am produt os dessa classe norm alm ent e
opt am por t rafegar nos períodos not urnos, de form a a evit ar o aquecim ent o da
carga e dos pneus.
Os dados est at íst icos de acident es regist rados pela CETESB revelam um
núm ero expressivo de ocorrências nos períodos da noit e e m adrugada, o que indica
que a at ividade é int ensa nesses períodos, daí a necessidade de colet a de dados em
períodos alt ernados.
Os t rechos rodoviários nos quais serão colet ados os dados devem , de igual
form a, ser represent at ivos, ou sej a, é recom endável evit ar os pont os de colet a de
dados localizados em saídas im port ant es da rodovia, com o ent radas ou saídas de
parques quím icos e pet roquím icos, pois os result ados podem ser prej udicados. Em
casos de saídas ou int erseções est rat égicas, os dados devem ser colet ados ant es e
depois das m esm as.
De form a geral, sugere- se que a represent ação gráfica do est udo cont enha
m inim am ent e a seguint e est rut ura:
Represent ação gráfica localizada dos pont os crít icos de acident es envolvendo o
t ransport e de produt os perigosos. Tal represent ação perm it irá ao DER/ SP
verificar se as causas de acident es nos pont os considerados crít icos são causas
com uns de acident es de t rânsit o ou se m erecem ações corret ivas e prevent ivas
diferenciadas;
Represent ação gráfica do sent ido de declividade da pist a de rolam ent o. Essa
represent ação perm it e um conhecim ent o prévio sobre com o se com port aria, por
exem plo, um produt o líquido derram ado na pist a, que pont o de drenagem
at ingiria e quais seriam os prováveis pont os sensíveis at ingidos por t al event o;
Represent ação gráfica das áreas prot egidas por lei, com a devida classificação e
definição das unidades de conservação, igualm ent e localizadas por t recho, com
km de início e fim quilom et ragem inicial e final;
Os pont os de m aior int eresse devem t am bém possuir regist ros fot ográficos a fim
de facilit ar a consult a, o reconhecim ent o e a avaliação prévia do cenário;
Represent ação gráfica dos adensam ent os populacionais exist ent es ao longo de
t oda a ext ensão rodoviária. Devem ser em pregados recursos gráficos que
perm it am facilm ent e ident ificar quais os t rechos ocupados por habit ações,
com ércio, serviço, indúst rias, escolas, hospit ais, polícia, corpo de bom beiros,
dent re out ros. Deve- se ainda represent ar, depois de definido os crit érios, as
unidades de risco ( alt o, m édio, baixo) para esses t rechos; e
Represent ação gráfica da localização e dem ais dados referent es aos recursos
hídricos cruzados ou m argeados pela rodovia. Deve- se ilust rar graficam ent e a
vulnerabilidade do corpo hídrico em razão da sua qualidade e uso. Os pont os de
capt ação de água localizados a j usant e da rodovia devem est ar devidam ent e
represent ados e dest acados, sem pre que possível, deve- se dem onst rar a
dist ância ent re os pont os de capt ação e a rodovia.
4 .4 M ED I D AS PREVEN TI VAS
As proposições de um a Gest ão Am bient al volt ada a prevenção de acident es
com produt os perigosos, devem em princípio enfocar duas propost as dist int as, de
um lado deve- se enfocar as m edidas de im plant ação de est rut uras físicas,
especificam ent e obras civis, equipam ent os ou disposit ivos que t enham por obj et ivo
aum ent ar a segurança viária, visando a redução da freqüência de acident es e suas
conseqüências.
Por sua vez, as m edidas não est rut urais envolvem a criação, im plant ação e
m anut enção de um Sist em a I nt egrado de Gest ão Prevent iva para acident es no
t ransport e rodoviário de produt os perigosos.
4 .4 .1 M e dida s Est r u t u r a is
Est udos realizados pelo DER/ SP pode indicar a necessidade de im plant ação de
m edidas est rut urais em pont os considerados crít icos. Vale dizer que a m aioria
dessas est rut uras j á exist e nas rodovias, de form a que seu em prego em alguns
pont os considerados crít icos sob o pont o de vist a am bient al, não será diverso dos
m ot ivos que j ust içaram a sua im plant ação em out ros t rechos, ou sej a, busca- se
com o regra, a segurança viária.
Dessa form a à im plant ação de m edidas est rut urais que visem à prevenção de
acident es ou a at enuação dos efeit os delet érios podem congregar dent re out ras a
im plant ação de:
Est rut uras fixas ( caixas) de ret enção ou cont enção para produt os perigosos
derram ados na pist a;
Est rut uras fixas de prevenção e defesa t ipo barreiras new j ersey;
I nst alação de Post os de fiscalização j unt o aos t rechos considerados crít icos;
I nst alação de câm eras de vídeos nos t rechos crít icos, de form a a m onit orar e
ident ificar im ediat am ent e um acident e envolvendo produt os perigosos;
I nst alação de sist em a de t elefonia de em ergência nos t rechos m ais crít icos; e
Criação e inst alação de placas de advert ência, educação e orient ação, aos
usuários da via e população lindeira, sobre com o proceder em caso de acident es
envolvendo o t ransport e rodoviário de produt os perigosos.
Nas fot os das Figuras 4.4.1- 1 a 4.4.1- 14 são apresent ados, exem plos de
sist em as de ret enção/ cont enção de produt os em sist em as de drenagem da Rodovia
dos Bandeirant es ( Font es: ViaOest e; Ecovias dos I m igrant es e Aut oBan) .
4 .4 .2 M e dida s N ã o Est r u t u r a is
Os acident es no t ransport e rodoviário de produt os perigosos, possuem um a
peculiaridade dist int a dos acident es com uns de t rânsit o: enquant o est es at ingem
um grupo det erm inado de pessoas, os acident es com produt os perigosos podem
envolver um a pluralidade difusa de pessoas. Por essa razão, t ant o as ações de
carát er prevent ivo, quant o às de com bat e propriam ent e, exigem esforços conj unt os
de ent idades públicas e privadas, para a obt enção de result ados favoráveis.
No ent ant o, sist em at izar e int egrar as at ividades de cont role, fiscalização e
com bat e aos acident es, nos vários níveis de com pet ência não é t arefa das m ais
fáceis. Som ent e um a boa art iculação m ult i- organizacional pode fazer frent e ao grau
de com plexidade que acident es dest e t ipo dem andam ; ações isoladas, em regra,
não produzem bons result ados.
Um a ação colet iva que envolva organism os com com pet ências e esferas de
governo dist int as requer obrigat oriam ent e um a ação coordenada e
ant ecipadam ent e planej ada, para que haj a um enfrent am ent o eficient e.
Vale lem brar que as ações levadas a efeit o num caso concret o, devem ser
previst as e abordadas em det alhes no Plano de Ação de Em ergência ( PAE) . O
com ponent e para um a eficaz int egração int er- inst it ucional, nesse caso, se
concret iza por m eio de capacit ação conj unt a e exercícios prát icos sim ulados.
Dessa form a, est ando à at ividade expost a a elevados graus de perigos, esse
m odal de t ransport e, exige de t odos os envolvidos ( poder público e iniciat iva
privada) , a adoção de rigorosas ações, prevent ivas e corret ivas.
5 . AÇÕES EM ERGEN CI AI S
Os produt os quím icos vazados, dependendo de suas caract eríst icas físicas,
quím icas e t oxicológicas podem originar, a curt o ou longo prazo, diferent es
im pact os com o danos à saúde e segurança da população, ao m eio am bient e e ao
pat rim ônio público e privado.
Est es acident es podem ser ocasionados t ant o por falhas hum anas com o
m at eriais, envolvendo condições de t ransport e, est ado de conservação de veículos
e equipam ent os, acondicionam ent o da carga, capacit ação dos condut ores,
condições das est radas de rodagem ent re out ras causas.
Boas prát icas de t rabalho recom endam que para o at endim ent o a um a
ocorrência, o at endent e deve seguir os seguint es procedim ent os para abordagem
de um veículo:
Conduzir o veículo, em velocidade m oderada, com pat ível com os lim it es da via
at é o local da ocorrência;
Mant er- se posicionado sem pre de frent e para o fluxo, inst ruindo as part es
envolvidas no acident e a procederem da m esm a form a;
A ação de at endim ent o poderá ser realizada durant e o dia ou durant e a noit e,
havendo para cada um dos períodos fat ores facilit adores ou dificult adores,
conform e abaixo:
D u r a n t e o dia :
D u r a n t e a n oit e :
A visão perde eficiência criando várias lim it ações para que o at endent e
visualize o local da ocorrência à dist ância. Som ado a est a lim it ação, t am bém
se t em as barreiras físicas do t erreno e condições m et eorológicas, fazendo
com que o I nspet or de Tráfego obrigat oriam ent e se aproxim e do local para
realizar a avaliação das conseqüências e dos riscos exist ent es naquele cenário.
Em regra est as são as at ividades e as dificuldades m ais com uns enfrent adas
pelo at endent e, quando da realização da ação de deslocam ent o e chegada ao
local de um a ocorrência de t rânsit o.
Os sent idos com o visão, audição e olfat o, são de grande valia para realização
dessa ação, por se const it uírem nos m eios nat urais de alert a de risco à vida e
à saúde. Ant es da chegada ao local da ocorrência, poderão ser verificados à
dist ância alguns indícios de vazam ent o:
Pist a um edecida;
Odor;
Fogo;
Ruído.
Tais indícios indicam cont am inação am bient al, port ant o exigem do I nspet or de
Tráfego m uit a caut ela na aproxim ação, pois os produt os liberados ao m eio poderão
gerar at m osferas t óxicas, corrosivas, inflam áveis/ explosivas, as quais, devido às
caract eríst icas do produt o e condições at m osféricas, podem t er seus efeit os
danosos propagados a grandes dist âncias.
I ngresso da viat ura no int erior de at m osfera cont am inada, expondo- se a risco
de int oxicação e incêndio; e
deslocam ent o de ar. I st o pode ser indício da exist ência de produt o perigoso
vazando de recipient e com pressão.
Para aproxim ação e ingresso na área que envolve um acident e com veículo
t ransport ando produt o perigoso, deverão ser observadas as seguint es condut as de
segurança:
Mant er- se sem pre de cost as para o vent o, t om ando com o referência o pont o do
vazam ent o;
Evit ar m ant er qualquer t ipo de cont at o com o produt o ( t ocar, inalar, pisar et c.) ;
e
Se o produt o for inflam ável, verificar e elim inar, se possível, t odas e quaisquer
font es de ignição, t ais com o: cigarro aceso, m ot ores ligados, desenergização de
sist em as de alim ent ação elét rica, desligar e rem over out ros veículos que
est ej am nas im ediações, evit ar que arrast em ferram ent as, peças e acessórios
m et álicos ent re out ras.
física das pessoas, deverá solicit ar para que se ret irem do local, afast ando- os para
áreas consideradas seguras.
Caract eríst icas físico- quím icas do produt o ( densidade, t axa de expansão, et c) ;
Topografia do local; e
Será realizada sem pre que for necessário im pedir o t ráfego por um a ou
m ais faixas de rolam ent o ou sinalizar o acost am ent o. É preciso advert ir
adequadam ent e o m ot orist a, dando- lhe oport unidade de se m over com
segurança pelo cam inho reduzido. Dessa m aneira, a passagem da pist a de
largura norm al para a pist a m ais est reit a deverá ser suave, sem
m ovim ent os bruscos ou inesperados, realizada at ravés de um a faixa de
Fim da
ativação
Início da
ativação
Fi
In
I m pla n t a çã o:
A seqüência de colocação se iniciará sem pre pelas áreas m ais dist ant es do
local a ser bloqueado, no sent ido do fluxo de veículos, conform e a Figura
5.1- 3.
Figu r a 5 .1 - 3
D e sa t iva çã o:
A ret irada dos disposit ivos deverá ser feit a de m aneira inversa à colocação,
ist o é, do local onde t erm ina a área int erdit ada para o pont o inicial do
desvio.
“Ra bo de Fila ”:
Mant er- se at ent o para as áreas de curva, onde à dist ância da viat ura
at é o fim da fila deve ser m aior; e
Caso a viat ura não possa efet uar a m archa- a- ré pelo acost am ent o, o
at endent e deve descer da viat ura e sinalizar, fazendo- se bem visível
para os dem ais usuários.
Figu r a 5 .1 - 4
I sola m e n t o da Ár e a
Súbit as explosões podendo causar proj eção de fragm ent os, em issão de
calor e efeit os de sobrepressão, provocados pelo rápido deslocam ent o
do ar. A liberação de energia poderá causar efeit os a longas dist âncias.
Porém , as explosões t endem a gerar m aiores danos à saúde, dadas a
Vazam ent o de subst âncias sólidas, past osas ou em pó, apesar da baixa
m obilidade desses m at eriais no t erreno, dada a ação do vent o, poderá
dar origem a um a nuvem de m at erial part iculado na at m osfera, a qual
apresent ará os m esm os riscos do m at erial no est ado sólido, ou sej a, a
nuvem poderá ser t óxica, inflam ável, corrosiva, et c.
O isolam ent o da área deverá ser prom ovido com base em observações que
considerem o pot encial desses riscos. Desde que possível o I nspet or
deverá dem arcar os perím et ros ( lim it es) da ocorrência e suas
conseqüências, visando preservar a int egridade do seu ent orno. Est a
decisão sem pre gera desconfort o ent re os t écnicos present es, pois envolve
diret am ent e a segurança da operação da rodovia.
Figu r a 5 .1 - 5
Figu r a 5 .1 - 6
I dent ificar a exist ência de vít im as e solicit ar socorro m édico, caso necessário;
I dent ificar a hipót ese acident al e t ipologia previst a no plano, caso sej a
possível;
Acionam ent o de out ras inst it uições públicas ou privadas para apoio ao
at endim ent o da ocorrência;
Pont es, as quais possibilit am o escoam ent o diret o de produt o líquido para
os corpos d’água; e
Túneis, os quais devido às suas caract eríst icas const rut ivas, favorecem o
confinam ent o de gases e vapores.
Topogr a fia do t e r r e n o:
de gases ou vapores com densidade m aior do que o ar. Tam bém pode se
const it uir, dependendo da sua geografia, em bacias de cont enção de
produt o líquido, além de provavelm ent e se const it uir em um a vert ent e
nat ural, que inevit avelm ent e possuirá na sua part e m ais baixa um
pequeno regat o ou córrego; e
A int ensidade dos vent os, dependendo da caract eríst ica física e quím ica
do produt o, poderá em um dado m om ent o ser um agent e redut or ou
am pliador dos riscos. Com o a t em perat ura, o vent o fort e poderá
volat ilizar rapidam ent e subst âncias líquidas ou sólidas ou m esm o dissipar
nuvens concent radas de gases ou vapores;
acom panhado de vent o est ável e t em perat ura elevada, podem ser
necessários consideráveis acréscim os na dist ância escolhida para
isolam ent o. Para est es casos, a área definida para isolam ent o irá
considerar a direção do vent o, ou sej a, a favor do vent o, a part ir do pont o
da ocorrência onde as pessoas podem se t ornar incapazes de t om ar as
ações de prot eção, podendo incorrer em sérios ou m esm o irreversíveis
efeit os à saúde.
O esforço m aior deve ser concent rado em rapidam ent e ident ificar os riscos
im ediat os que podem afet ar as pessoas e o m eio am bient e. A m aior preocupação é
com os reais ou pot enciais riscos de incêndios, explosões, liberações de
cont am inant es para o ar e at m osferas deficient es ou enriquecidas de oxigênio,
ent re out ras.
Mesm o que grosseiros, os dados iniciais colet ados subsidiarão as inform ações
m ínim as necessárias para est abelecer as est rat égias de isolam ent o e sinalização da
área e os cuidados com a segurança viária. Com est as inform ações o at endent e
poderá:
Det erm inar os riscos exist ent es que possam afet ar a com unidade e o m eio
am bient e;
Colet ar inform ações adicionais que cont ribuam para o aum ent o do nível de
segurança no cenário acident al; e
Todas as inform ações colet adas devem ser repassadas o m ais breve possível
para o CCO para que est e as repasse para as aut oridades com pet ent es ( Corpo de
Bom beiros, Polícia Milit ar Rodoviária, CETESB e Defesa Civil) , em presa
t ransport adora responsável e dem ais encam inham ent os necessários para viabilizar
o at endim ent o em ergencial.
As inform ações perm it irão ao CCO acom panhar t odo o desenvolvim ent o do
at endim ent o, auxiliar o at endent e quant o aos procedim ent os a serem adot ados,
apoiar com recursos m at eriais e hum anos, orient ar com o operacionalizar o t ráfego
local ou, dependendo do grau de periculosidade do produt o, int erdit ar a( s) faixa( s)
de rolam ent o ou a rodovia sob orient ação da PMRv.
Vale lem brar, que a legislação vigent e preconiza que t odas as em presas, que
de algum a form a possuem ligação com o produt o ( fabricant e do produt o,
em barcador, desem barcador, em presa de com prou o produt o) , são co-
responsáveis, nest e sent ido podem ser cont at adas para fornecer as inform ações
necessárias para que as aut oridades públicas possam realizar o seu at endim ent o.
Ao CCO caberá acom panhar t odo o at endim ent o, bem com o auxiliar o I nspet or
quant o ao procedim ent o a ser adot ado, orient ando- o a canalizar o t ráfego, ou
dependendo do grau de periculosidade do produt o, int erdit ar a( s) faixa( s) de
rolam ent o ou a rodovia sob orient ação da PMRv, inform ando caso necessário, os
recursos para apoio ao at endim ent o, m obilização e viabilização de recursos
hum anos e m at eriais quando disponíveis.
Por solicit ação dos órgãos públicos e equipes t écnicas que est iverem
t rabalhando no local, poderá ser solicit ado para que a sinalização da rodovia sej a
reforçada, reposicionada ou a área de isolam ent o am pliada em razão das possíveis
variações e m odificações nos riscos e conseqüências advindas da ocorrência.
O at endent e deverá sem pre procurar m ant er um t rabalho int egrado com os
órgãos públicos e as diferent es equipes t écnicas que est iverem t rabalhando no
local, de m odo a garant ir a m elhor eficiência e agilização das ações, com vist as à
segurança individual e colet iva dos part icipant es e segurança da com unidade e do
m eio am bient e.
Prevenção e com bat e a incêndios busca e salvam ent o, at endim ent o pré-
hospit alar, at endim ent o a em ergência com produt os perigosos nas fases de
ident ificação, supervisão no cont role de vazam ent os, t ransbordo e serviços
de cont enção procedidos pelo t ransport ador sinist rado e descont am inação
dos recursos ut ilizados na em ergência quím ica.
Aplicação das sanções adm inist rat ivas, de acordo com a legislação vigent e;
e
Caract erização dos riscos em virt ude da em issão de produt os para o m eio
am bient e, at ravés da ident ificação de suas caract eríst icas físicas, quím icas
e t oxicológicas;
Cert ificar- se de que as ações de com bat e são as m ais adequadas t ant o do
pont o de vist a de segurança com o de m eio am bient e; e
Minim ização de desast res adot ando um conj unt o de m edidas dest inadas a:
Respost as aos desast res adot ando um conj unt o de m edidas necessárias
para:
Reconst rução adot ando um conj unt o de m edidas dest inadas a rest abelecer ou
norm alizar os serviços públicos, a econom ia local, o m oral social e bem - est ar
da população.
Para a int ervenção nest es episódios, os int egrant es do segm ent o deverão
possuir um conj unt o de procedim ent os previam ent e definidos, enviar para
o local profissional qualificados para prest ar inform ações t écnicas e
dot ados de habilidades para int eragir com diferent es equipes, além de
possuírem aut onom ia para t om ar decisões e cont rat ar de serviços,
at endendo as expect at ivas e as dem andas dos órgãos públicos;
Ent re as inúm eras m edidas de cont role adot ado rot ineiram ent e em um a
ocorrência envolvendo o t ransport e rodoviário de produt os perigosos, as m ais
em pregadas são:
Est a n qu e ida de do va za m e n t o:
As t écnicas para cont enção dependem do am bient e para o qual o produt o est a
vazando, ou sej a, para a at m osfera ( ar) , solo, sist em a de drenagem ou corpo
d’água.
N e u t r a liza çã o:
Um dos m ét odos que pode ser aplicado em cam po para a redução dos riscos é
a neut ralização do produt o derram ado. Est a t écnica consist e na adição de um
D ilu içã o:
Est a t écnica consist e na adição de água ao produt o vazado com int uit o de
diluí- lo, de m odo a obt er concent rações não perigosas.
Re m oçã o do Pr odu t o:
Su cçã o: Se o produt o for líquido, poderá ser recolhido at ravés de bom bas
de t ransferência ou cam inhões- vácuo;
Pr e ve n çã o e Com ba t e a I n cê n dios:
M on it or a m e n t o Am bie n t a l:
O m onit oram ent o am bient al cont em pla ações para avaliação da qualidade do
m eio am bient e, no cenário onde est á se desenvolvendo a ocorrência.
Eva cu a çã o de Pe ssoa s:
Est a ação t em com o obj et ivo salvaguardar a int egridade física das pessoas, e
deve ser prom ovida t odas as vezes que exist ir risco à saúde ou à vida.
Cr ia çã o de Zon a s de Tr a ba lh o:
Zon a Fr ia : área dest inada para out ras funções de apoio, t am bém
conhecido com o zona lim pa. I m ediat am ent e est abelecida após a zona
m orna. É o local onde est ará a logíst ica do at endim ent o com o o
posicionam ent o do “ Post o de Com ando” , est acionam ent o de viat uras e
equipam ent os, área de abrigo, alim ent ação ent re out ros.
Zon a de Ex clu sã o: área além da zona fria onde perm anecerão as pessoas
que não possuem qualquer envolvim ent o diret o com a ocorrência, com o
im prensa e com unidade.
Zon a de Ex clu sã o
Zon a Fr ia Zon a M or n a
Zon a Que nt e
Cabe dest acar, que a dem arcação dessas zonas, desde que possível, deverá
ser realizada, preferencialm ent e, com base na ut ilização de equipam ent os de
m onit oração am bient al apropriado, os quais, por m eio da leit ura das
concent rações de cont am inant es present es na at m osfera am bient e,
subsidiarão os elem ent os necessários para dem arcação dessas zonas.
5 .5 RECURSOS M ATERI AI S
A ut ilização de recursos m at eriais nas ações de cont role e com bat e as
em ergências, deve ser cercada de cuidados especiais envolvendo planej am ent o
prévio para at uação quant o ao m elhor recurso a ser em pregado. Um recurso
inadequado ou incom pat ível com o t ipo da ocorrência, ao invés de se obt er o
result ado desej ado, poderá agravar ainda m ais as conseqüências e os im pact os
am bient ais.
No que se refere à prot eção da int egridade física do at endent e nas ações
cont role, est a será realizada at ravés da ut ilização de Equipam ent os de Prot eção
I ndividual ( EPI s) , que cada órgão disponibilizará a suas equipes, de acordo com
suas at ribuições.
O EPI é t odo disposit ivo de uso individual, dest inado a prot eger a saúde e a
int egridade física do t rabalhador. Os EPI s não reduzem o " risco e ou perigo" ,
apenas adequam o indivíduo ao m eio e ao grau de exposição.
A prot eção da pele ( cut ânea) será feit a por m eio de:
Para a prot eção respirat ória devem ser ut ilizados equipam ent os dest inados a
prot eger o usuário dos riscos gerados pela presença de cont am inant es no ar
am bient e. O m ét odo pelo qual elim inam ou dim inuem o risco respirat ório baseia- se
fundam ent alm ent e na ut ilização de um a peça facial ( m áscara de prot eção) que
isola o usuário do ar cont am inado. O sist em a de purificação consist e basicam ent e
de um elem ent o filt rant e que ret ém o cont am inant e e perm it e a passagem do ar
purificado.
A m áscara facial panorâm ica prot ege t odo o rost o ( olhos e nariz) , enquant o
que as m áscaras sem i- faciais prot egem apenas o nariz. Am bas at uam com filt ros,
os quais ret êm os cont am inant es, perm it indo a passagem apenas do ar
at m osférico.
Esses equipam ent os possuem algum as rest rições quant o ao uso, ent re as
quais se pode dest acar:
O Quadro 5.4- 1 são apresent adas as ações de cont role em ergencial a serem
desenvolvidas pelo at endent e no local da ocorrência e os respect ivos recursos
m at eriais necessários ao desenvolvim ent o dessas at ividades.