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FICHAMENTO: GÊNEROS TEXTUAIS

KOCH, Ingedore; ELIAS, Vanda Maria. Escrita e práticas comunicativas. In: KOCH,
Ingedore; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever. estratégias de produção textual. São Paulo:
Contexto, 2009. p 53-74.

Conteúdo:

Citação: “(...) todos nós, falantes/ouvintes, escritores/leitores, construímos, ao longo de nossa


existência, uma competência metagenérica, que diz respeito ao conhecimento de gêneros
textuais, caracterização e função.” (p. 54)

Citação: “ É essa competência que nos propicia a escolha adequada do que produzir
textualmente nas situações comunicativas de que participamos (...) que possibilita aos sujeitos
de uma interação não só diferenciar os diversos gêneros, isto é, saber se estão diante de um
horóscopo, um bilhete, um diário (...) como também identificar as práticas sociais que os
solicitam.” (p.54-55 )

Citação: “(...) essas práticas comunicativas são modeladas/remodeladas em processos


interacionais dos quais participam os sujeitos de uma determinada cultura. ” (p.55)

Citação: “(...) enquanto os primeiros (diálogo, carta, situação de interação face a face) são
constituídos em situações de comunicação ligadas a esferas sociais cotidianas de relação
humana, os segundos são relacionados a outra esferas, públicas e mais complexas, de
interação social. ” (p.55)

Citação: “(...) Koch (2004a) defende a ideia segundo a qual os indivíduos desenvolvem uma
competência metagenérica que lhes possibilita interagir de forma conveniente, na medida
em que se envolvem nas diversas práticas sociais. É essa competência que orienta, por um
lado, a leitura e a compreensão de textos, e, por outro lado, a produção escrita (e também
oral).” (p.56)

Citação: “(...) Bakhtin (1992: 301-302), para quem a atividade de fala ou de escrita sempre
exige “ uma forma padrão e relativamente estável de estruturação de um todo, que
constitui um rico repertório dos gêneros dos discursos orais (e escritos)”” (p.57)

Citação: “(...)os gêneros possuem uma forma de composição, um plano composicional (...)
O conteúdo temático diz respeito ao tema esperado no tipo de produção em destaque e o
estilo está vinculado ao tema e ao conteúdo." (p.59-60)

Citação: “(...) É o conteúdo temático associado à composição e ao estilo (formal) que vão
constituir o contrato como contrato e não como uma declaração, um requerimento, um
relatório ou coisa que o valha. ” (p.60)

Citação: “Ao comunicar-se socialmente, o produtor escolhe no intertexto o gênero que lhe
parece adequado. O intertexto é constituído pelo conjunto de gêneros de texto elaborados por
gerações anteriores e que podem ser utilizados em cada situação específica, com eventuais
transformações" (p.61)
Citação: “A escolha do gênero deverá, portanto, levar em conta, em cada caso, os objetivos
visados, o lugar social e os papéis dos participantes. Além disso, o agente deverá adaptar “o
modelo” do gênero a seus valores particulares, adotando um estilo próprio. ” (p.61)

Citação: “ Assim, as diversas práticas de linguagem podem ser relacionadas, no ensino, por
meio dos gêneros - vistos como formas relativamente estáveis tomados pelos enunciados em
situações habituais, entidades culturais intermediárias que permitem estabilizar os elementos
formais e rituais das práticas de linguagem” (p.62)

Citação: “A partir da familiarização com os gêneros, é possível levar o aluno a depreender,


entre determinadas sequências ou tipo textual (...) os quais vão lhe permitir construir e
reconhecer as sequências dos diversos tipos. As superestruturas mais frequentes estudadas
são a narrativa, a descritiva, a injuntiva, a expositiva e a argumentativa (stricto sensu). ”
(p.63)

Citação: "Assim, quanto mais precisa a definição das dimensões ensináveis de um gênero
textual, mais o trabalho didático facilitará a sua apropriação como (mega)instrumento e
possibilitará o desenvolvimento de capacidades de linguagem diversas a ele relacionadas.
Quanto mais claramente o objeto do trabalho é descrito e explicado, mais ele se torna
acessível aos alunos não só nas práticas linguageiras de aprendizagem, como em situações
concretas de interação pela linguagem.” (p.74)

Palavras-chave: Competência Metagenérica; Intertexto; Práticas de Linguagem;


Superestruturas.

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