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A história da conquista é apresentada como uma façanha prodigiosa, por homens que

dominam quase que apenas com sua presença, em nome de Deus (cristianismo) e de
Castela. Mas com leituras e estudos feitos não apenas por uma visão eurocêntrica e
romantizada sobre A Conquista, podemos perceber e entender que esse período não
ocorreu dessa forma. Mas sim, decorrente de um pensamento idealizado pelos invasores,
que sua vinda para América era apenas em busca de prestígio e riquezas das terras, esses
conquistadores eram homens brancos, de uma classe não pertencente à nobreza. Então,
não iriam hesitar, já que estavam decididos a participar da nobreza, através de acúmulo de
terras e ouro. Visão essa também apresentada por João Luiz Ferreira “ Sem maiores
dúvidas diante das razões que os motivaram a partir para o Novo Mundo, estes homens
estavam decididos a possuir terras, ouro e subjugar outros homens. E teciam seus planos
sem hesitação, pois a América, pensavam, era para ser conquistada, subjugada e
explorada.” ( 1992. p.14).
Com costumes e formas de viver completamente opostas, a chegada dos conquistadores
nas terras dos nativos, acabou gerando um grande choque cultural para esses ameríndios.
Pois, até mesmo a chegada dos espanhóis foi um choque muito grande, devido a
quantidade de coisas “novas” para os ameríndios, como: cavalos, cães, armas, canhões,
armadura e principalmente as características físicas dos mesmos. João Luiz Ferreira
destaca que: “Se, num primeiro momento, o aparecimento repentino daqueles estranhos
homens confirmava as antigas profecias que anunciavam a volta das divindades criadoras
do Universo, mais tarde eles foram qualificados como piores que diabos”.( 1992. p.9.). Suas
características os fizeram ser confundidos com deuses daqueles ameríndios, facilitando
então a entrada desses conquistadores. Com a entrada desses, houve então a
disseminação de doenças, causando epidemias, pois esses ameríndios não estavam com o
sistema imunológico preparado e acostumados com doenças como varíola, sarampo, febre
amarela, gripe e entre outras. Com o grande número de adoecidos e com já dito
anteriormente, eles não possuíam um sistema imunológico preparado para isso,
ocasionando então, em grandes números de mortes.
Com os ameríndios que restavam naquelas civilizações, eram então obrigados a
trabalharem de forma árdua, como em minas, a busca de ouro. Inicialmente, os ameríndios
não entendiam porque os europeus queriam tanto ouro e prata. Chegaram a pensar, que
eles se alimentavam de tais metais. Pois, da forma que eram obrigados a trabalhar para
poder dar esses metais para os conquistadores era extremamente cruel. Como é exposto
no filme “ 1492: A Conquista do Paraíso", dirigido por Ridley Scott, quando os nativos não
encontravam ouro, eram de alguma forma castigados, sendo retratado no filme, um
conquistador amputando a mão do ameríndo. Com isso, e outras diversas formas, como por
exemplo, sendo adjetivados como preguiçosos. Eles não aguetavam mais tantos
sofrimentos e queriam se libertar daquilo, mas não era possível, então é quando começa a
acontecer o grande número de suicídios, durante todo o período de conquista. Sendo
pessoas querendo se libertar de todo o sofrimento, que ali existia ou até mesmo por
acreditarem em todas as falas que eram ditas sobre eles, como em cerem incapaz e não
servirem para nada, diante do jugo do opressor.
Esses conquistadores, não satisfeitos em obrigá-los a trabalhar de forma brutal, tinham
também que estuprar as mulheres das civilizações. Pois, os invasores as acham atraente e
por estarem nuas - costume esse não existente para os europeus -, acreditando então que
tinham direito sobre o corpo delas. Mas, essas mulheres não queriam que seus filhos
passassem por tudo aquilo que os ameríndios estavam passando - fome, escrevidão - ou
até mesmo para não dar luz à “bastardos”, então a prática de abortos começou a ser algo
constante e comum durante esse periodo, mas sempre ocutados dos invasores.
Infelizmente, foi decorrente a esses estupros que ocorreu a miscigenação em todas as
civilizações.
Com todos os sofrimentos durante esse período, e mesmo com diversas formas de
resistência dos ameríndios. Inclusive incêndios, incêndio esses feitos em plantações,
florestas e recursos naturais, buscavam não apenas prejudicar a subsistência dos
conquistadores, mas também impossibilitar a permanência dos invasores em suas terras.
Criando então, uma barreira ambiental contra a expansão europeia. Essa tática não apenas
dificultava a colonização, mas também refletia uma profunda conexão entre os ameríndios e
a natureza, utilizando-a como aliada na luta contra a invasão cultural e territorial. Essa
resistência ambiental, destaca a complexidade das interações durante esse período
histórico.
Todo o processo de resistência não foi fácil, muitas das vezes, ou quase sempre,
ocasionada pela diferença de interesses e religião. Consequentemente, isso desencadeava
frustrações nos ameríndios, pois quando perdiam as guerras de resistência, acreditava-se
que seus deuses não estavam contra eles, que de alguma forma eles não estavam os
agradando.

Com todas as guerras de resistências, que muitas das vezes não davam certo, pois
geralmente os ameríndios perdiam, faziam com que eles acreditassem que os deuses
estavam contra eles.

Esses invasores não estavam preocupados em como e o que teriam que fazer com os
ameríndios naquelas terras, mas sim, o que iriam possuir através do trabalho brutalmente
árduo e desumano.

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