Thiago De Mattia Scoti

CANNABIS
Sumário
1. Industrial ............................................................................................................................... 3
2. Recreativa ............................................................................................................................. 5
2.1. Benefícios .......................................................................................................................... 5
2.2. Malefícios .......................................................................................................................... 5
2.3. Riscos ................................................................................................................................. 6
2.4. Redução de danos ............................................................................................................. 6
2.5. Meios de uso ..................................................................................................................... 7
2.6. Neurônios .......................................................................................................................... 8
2.7. Vícios ................................................................................................................................. 9
3. Medicinal .............................................................................................................................. 9
3.1. Benefícios .......................................................................................................................... 9
3.2. Malefícios ........................................................................................................................ 10
3.3. THC .................................................................................................................................. 10
3.4. CBD .................................................................................................................................. 10
3.5. Extras ............................................................................................................................... 10
4. Legalização .......................................................................................................................... 11
4.1. Descriminalização (STF) ................................................................................................... 11
4.2. Descriminalizar X Legalizar .............................................................................................. 11
4.3. Benefícios de legalizar ..................................................................................................... 11
4.4. Malefícios/riscos de legalizar .......................................................................................... 12
4.5. Porta de entrada ............................................................................................................. 12
4.6. A favor ............................................................................................................................. 13
5. Conclusão ............................................................................................................................ 13

(https://encurtador.com.br/eB467 acesso em 22/11/2023)...................................................... 14

 1. Industrial
A Cannabis industrial, conhecida como cânhamo (um “primo da cannabis”, da Cannabis Sativa
L), atualmente, apesar de ilegal no Brasil, apresenta várias formas de ser usada, como na
fabricação de papel, na indústria têxtil, na produção de combustível, no tratamento ambiental,
etc...

Pelos seguintes motivos:

(Cânhamo no Brasil 2022; Kaya Mind, acesso 15/22/2023)

(Cânhamo no Brasil 2022; Kaya Mind, acesso 15/22/2023)

Assim visto, o cânhamo nos serve para confeccionar diversos tipos de produtos,
uma alternativa muito sustentável principalmente pelo fato de NÃO PRECISAR
DE PESTICIDAS e absorver todos os metais pesados do solo.
Pensando por esse lado, como se produz uma grande quantidade, em pouco
tempo e sem degradações severas ao meio ambiente, também poderia ser usado
como biomassa para produzir, por exemplo, biocombustível, substituindo o
petróleo no âmbito de combustíveis, além de provavelmente ser uma alternativa
mais barata visando que só precisa de um solo, sementes e água, e para substituir
as bolsas plásticas, ecobags (bolsas ecológicas) que podem ser feitas com o
tecido proveniente do cânhamo.
“Ah, mas se plantar vão roubar para fumar”, sobre isso, a substância que “chapa”
na Cannabis é o THC, um cigarro de maconha tem por volta de 20~40% de THC,
enquanto o cânhamo não passa de 0,3% de THC assim não dando o efeito da
cannabis comercializada no tráfico.
Além de sua semente ser a mais nutritiva, temos vários usos, como:

(Cânhamo no Brasil 2022; Kaya Mind, acesso 15/22/2023)

 2. Recreativa

A cannabis é usada de muitas maneiras, uma delas é a forma recreativa, o famoso

“chapar”.

2.1. Benefícios

O uso recreativo da cannabis nos trás muitos benefícios, como o relaxamento

(tanto mental quanto muscular), redução da ansiedade, redução da ansiedade,
socialização com pessoas do meio, entre outros...
Há muitos mistérios por trás do uso recreativo da cannabis, e com minha
pesquisa, busco desmistificá-los, para que se possa usar dessa planta de forma
sustentável e boa para o corpo.
Mas isso tudo lembrando que, como disse o médico suíço-alemão Paracelso, “A
diferença entre o remédio e o veneno está na dose”.

2.2. Malefícios

Apesar de uma planta, quando usada de forma recreativa, e ainda mais, errada,
pode e provavelmente fará mal ao nosso organismo.
Vicio: Sim, apesar da planta apresentar vício menor que tabaco ou álcool (estudo
de Harvard), ou seja, se você utiliza álcool OU tabaco, e não é viciado, e utilizar
maconha, PROVAVELMENTE não se viciará, desconsiderando todos os fatores
genéticos, pois vício também vem dos genes.
Câncer: Toda, absolutamente TODA fumaça quente que seja colocada dentro de
nosso corpo pode causar câncer, então é claro que não seria diferente com a
maconha, assim como a fumaça do cigarro, assim como a fumaça do churrasco
do fim de semana, assim como a fumaça dos carros...
Capacidade respiratória: Quando fumaça é levada ao seu pulmão, ele sofre
danos e é causada uma diminuição da capacidade respiratória, PORÉM, cerca de
95% das substâncias da maconha são absorvidas pelas mucosas da boca, não
tendo a necessidade de ser levada nem ao menos à garganta, e menos ainda
ao pulmão (lembrando que isso provavelmente danificará [a longo prazo] a
boca, língua, gengiva e dentes, assim como o tabaco)
 2.3. Riscos

Assim como tudo na vida, o uso recreativo da cannabis também têm riscos,
dentre eles, os malefícios citados acima, mas dando atenção especial para um:
Esquizofrenia.
Quando se possui o “gene da esquizofrenia”, a maconha potencializa em até 7
vezes a manifestação da primeira crise, por isso, se recomenda o uso recreativo
apenas para quem não tem casos na família (histórico familiar) de pessoas com
esquizofrenia (também serve para outros distúrbios mentais como psicose e
depressão severa), além disso se recomenda o uso apenas depois dos 25 anos,
além do motivo que irei explicar mais para frente, aos 25 anos você
provavelmente já teria descoberto caso tivesse algum dos genes ou algum caso
familiar.

2.4. Redução de danos

O mais importante, na minha visão, não é tirar a maconha de algum usuário, mas
garantir que ao menos ele use do meio mais seguro possível.
Redução de danos é um método usado para que você possa sentir os efeitos
recreativos causando o dano mínimo ao seu corpo, listados como:
Uso de sedas adequadas: A seda é o papel usado para enrolar o cigarro de
maconha, sedas brancas costumam passar por muitos tratamentos químicos para
chegar a essa cor, não sendo tão indicada, já sedas marrons são o mais próximo
do natural, causando menos danos a você, lembrando de sempre procurar a que
“solta” menos CO, para haver o dano mínimo. Além disso, já existem sedas de
vidro, que são o melhor “custo-benefício” pensando na saúde, pois além de não
soltar CO, é reutilizável.
Uso de piteiras e filtros longos: O filtro é uma espécie de esponja que mantém o
máximo das impurezas nela, deixando a fumaça inalada da cannabis o mais limpa
possível. E a piteira impede que o óleo feito pela queima entre em contato com a
sua boca, lembrando que ele está muito quente, além de, quanto maior o caminho
até sua boca, mais resfriada a fumaça estará, causando menos danos.
Bong com gelo: Um Bong se trata de um instrumento parecido com um Becker,
muito usado na química, ele por si só é uma alternativa muito boa para não usar
sedas, pois não há queima de papel, não liberando CO (apenas na combustão da
maconha), além de ser um caminho enorme até sua boca, e a adição de gelo ao
“cano grande” do Bong, resfria ainda mais essa fumaça, causando menos danos.
T-break: De tempos em tempos dar uma pausa de fumar, para fazer uma espécie
de “desintoxicação” no seu organismo, não há uma predefinição específica, mas
geralmente ocorre de 3 em 3 meses. Mas é preciso ficar atento ao seu corpo,
quando você sente que já precisa fumar um pouco mais que antes para alcançar
os mesmos efeitos, se recomenda tirar NO MÍNIMO uma semana sem fazer uso,
mas o tempo é você quem decide.
Mas é importante se atentar, que, ao queimar a maconha no Bong, o uso de
isqueiros pode fazer com que o gás do fluido de isqueiro seja inalado junto da
fumaça, para isso, existem espécies de velas para fazer essa queima, não
necessitando do isqueiro.
Não usar perto de quem não quer: Ao pensar em redução de danos, não se
pensa somente no indivíduo, mas sim na sociedade como um todo. Mais de 1
MILHÃO de pessoas morrem por ano apenas pelo uso passivo de tabaco, assim,
não usar perto dessas pessoas pode resultar num bem-estar geral da sociedade.
Lembrando que essa redução de danos não serve somente para a maconha, mas
também para qualquer droga que se fume.

2.5. Meios de uso

Além do mais conhecido (fumar), existem vários métodos de uso para reduzir os
danos e potencializar os efeitos caso desejado, dentre eles:
Bong: como dito antes, o Bong é um instrumento muito útil para se fumar.

Pipe: uma espécie de cachimbo, pode ser usado para substituir as sedas e
diminuir a pegada de carbono.

Óleo: o óleo de maconha pode ser vaporizado (por meio de vapes), ou tomado
puro mesmo.
Comida: o THC pode ser infusionado em comida pelo fato de ser lipossolúvel
(dissolve em gordura), uma alternativa que, assim como o óleo (menos no vape),
não libera nada de CO. Lembrando que a absorção da maconha por meio da
digestão é muito maior quando fumada, fazendo assim, “chapar” mais, apesar do
efeito demorar mais para acontecer (precisa passar por um processo de
descarboxilação para o THCA virar THC).

2.6. Neurônios

Esse é um assunto delicado, então vou fazer esse subtópico inteiro destinado a
ele, antes de tudo, uma contextualização.
Na década de 60 (durante o movimento hippie), o Estados Unidos fez um estudo,
para comprovar a qualquer custo que a maconha deveria ser ilegal (por causa do
movimento hippie), assim, eles fizeram alguns primatas inalarem maconha para
ver o efeito dela no cérebro, e com isso, chegaram á conclusão de que ela mata
neurônios, PORÉM, esse estudo fez os primatas inalarem mais de 30 cigarros de
maconha POR DIA, por meio de máscaras que tampavam TODAS suas vias
respiratórias, ao longo de 3 meses. Então o que se conclui hoje é que a morte
neural dos primatas foi causada, além da falta de oxigênio, pela intoxicação
causada pela fumaça, principalmente o CO inalado durante a queima da
maconha, seguindo, estudos recentes apontam que apesar da maconha não causar
morte neural, ela pode impedir a formação de alguns neurônios, por isso que se
recomenda seu uso recreativo apenas após os 21~25 anos, pois seu cérebro já
estará totalmente maturado, anão ser que se tenha alguma doença
neurodegenerativa.
 2.7. Vícios

Este tópico se trata de MINHA OPINIÃO como pesquisador, para ser mais
exato, essa é a minha tese, que como qualquer outra, pode ser refutada, então
neste tópico, tudo que será falado é minha opinião como pesquisador.
Existem 3 tipos de vício, o vicio mental, o vicio social e o vício químico.
Vicio mental: Se trata de quando a pessoa não quer parar de usar, não costuma
ser tão danoso, normalmente todas as pessoas têm esse vício com algo em suas
vidas, desde comer até jogar videogames ou estudar. Marcado pelo “não quero”,
como por exemplo “não quero parar de usar”.
Vicio social: Esse já se trata de algo mais perigoso, pois, quando analisado,
envolve mais de uma pessoa, e outros fatores, como abandono e etc... Se trata de
quando a pessoa está envolvida em um meio social que faz algo, pode querer ou
não parar de fazer aquilo, mas não consegue, pois tem medo de que se não fizer
mais aquilo, não participará mais de tal círculo de amigos, assim, uma pessoa não
para de fumar pois sente que se não fumar, as pessoas com quem ela fuma não
serão mais suas amigas, muito visto em adolescentes, mas também muito em
adultos. Marcado pelo “não posso”, como por exemplo “Não posso parar de
fumar, senão não serão mais meus amigos”.
Vicio químico: Na minha opinião, o mais perigoso, se trata de quando seu corpo
apresenta fortes indícios de abstinência, num nível onde só se consegue suprir
usando a droga, muito perigoso pois o corpo não consegue mais viver
naturalmente sem a substância. Marcado pelo “não consigo”, como por exemplo
“quero parar de fumar maconha, mas não consigo”.

3. Medicinal

3.1. Benefícios

Como dito antes, a diferença entre o veneno e o remédio é a dose, então, a

cannabis é utilizada para tratar esquizofrenia, Parkinson, epilepsia, e outros
distúrbios mentais, além de servir como remédio anti-inflamatório, além de ser
um remédio natural.
 3.2. Malefícios

Os malefícios em si, só existem quando não se é usado da forma prescrita,

podendo causar boca seca, tontura, pressão baixa, diarreia... Mas com o uso
prescrito por um médico confiável, a chance de algum deles ao menos existir é
baixa.

3.3. THC

O THC (tetrahidrocanabinol) é a substância que “chapa” na cannabis, mas além

disso ela promove um relaxamento mental e sensação de calmaria, além de ter
alguns compostos que ajudam no tratamento de obesidade controlando o apetite,
diabetes ajudando a regular o nível de açúcar no sangue, e outras doenças como a
epilepsia (pesquisas apontam que é mais recomendada para casos onde a pessoa
já nasce com epilepsia, ao invés de usar porque caiu de uma escada e tem um
coagulo cerebral, por exemplo)

3.4. CBD

Já o CBD (canabidiol), por exemplo, impede a decomposição de uma substancia

cerebral (creio ser serotonina) que ajuda a controlar a dor, humor e outras
funções mentais, além de impedir a ativação da célula da gila, que é ativada
quando, por exemplo, acontece uma convulsão. A ativação dessa célula pode
causar inflamação e lesão cerebral, enquanto o CBD impede sua ativação. Isso
além de muitas “funcionalidades” a mais como regular a insônia, tratar
ansiedade, depressão, estresse pós-traumático, crise de pânico...

3.5. Extras

Além disso tudo, seu plantio é legal no Brasil, contendo prescrições médicas,
declaração da ANVISA e um HC (Habeas Corpus) pedindo para que seu plantio
não seja criminalizado.
Alguns jeitos de usar a cannabis medicinal são: fumando, óleo de CBD/óleo de
THC, chás com as flores, entre outros...
Isso tudo dito até agora, além de ser uma alternativa natural e sustentável.
 4. Legalização
4.1. Descriminalização (STF)
O que vai ocorrer? A descriminalização é um dos passos até a legalização,
visando uma mudança cultural. O que acontece é que hoje em dia é crime o uso
pessoal de cannabis, porém não há uma pena para quem for pego, o que estão
proporcionando no STF é que quem for pego (para uso pessoal) não será detido,
além de ser estipulado uma quanta máxima para definir o que é uso pessoal e o
que é tráfico, visando que tráfico ainda será crime. A votação está 5x1 para
descriminalizar, lembrando que é preciso uma soma de 6 votos para a
descriminalização. Porém mesmo que não ganhe, a votação para estipular uma
quantia para o que é tráfico e o que é uso pessoal já ganhou. Lembrando que
cerca de mais de 70% da população carcerária detida por tráfico, na verdade
deveria estar enquadrada em uso pessoal.

4.2. Descriminalizar X Legalizar

Há uma diferença entre descriminalizar e legalizar. Descriminalizar o porte para

uso pessoal significa que a comercialização livre de maconha no Brasil vai
continuar sendo crime, mas você não poderá ser detido por estar com uma
quantia pequena para fumar etc... Enquanto legalizar visa o livre comércio
canábico no Brasil, com lojas e tudo mais, assim apenas quem tem permissão
para vender poder vender.

4.3. Benefícios de legalizar

A legalização pode gerar mais de 100mil empregos, tendo como vista outros
países que tem a legalização, além de aumentar a plantação de cannabis,
ajudando o meio ambiente, liberação carcerária, e o mais importante, o maior
problema no tráfico é que você não sabe 100% do que está consumindo, e caso
lhe faça mal, não poderá recorrer a nenhum órgão publico, enquanto se for
vendida em lojas oficiais (além da cobrança de impostos), as pessoas poderiam
saber de verdade o que estão consumindo sem o risco de terem outras
substancias ocultas ali, além de diminuir o tráfico.
 4.4. Malefícios/riscos de legalizar
Os malefícios/riscos são que, com certeza, mais pessoas iriam começar a fumar
(apesar de viciar menos, e ser mais saudável que cigarro de tabaco), e o
desvio/roubo de cargas para traficar, mas com uma boa organização
governamental, tudo isso pode ser evitado ou pelo menos amenizado.

4.5. Porta de entrada

Muito de dissemina hoje que a maconha é a porta de entrada para outras

drogas, mas não existe NENHUM estudo que comprove que a maconha tenha
alguma substancia ou algo que faça você querer usar outra droga, o que pode
ocorrer é você se acostumar com a dose e ter que usar doses maiores da
mesma droga, algo que pode ser facilmente evitado ou revertido com um t-
break, mas o que realmente é a porta de entrada para outras drogas é a
criminalização da maconha, pois, quando se vai comprar a droga, no mesmo
lugar que está sendo vendida maconha, está sendo vendida cocaína, heroína,
metanfetamina, crack, além de poderem colocar algo na sua droga com o
objetivo de te viciar em drogas mais viciantes, como o famoso K9 (que não é
maconha, mas sim uma mistura sintética que não leva nada de maconha e é
borrifado na erva) ou até crack. Assim, a porta de entrada para outras drogas (a
partir da maconha) é ela ser ilegal.
 4.6. A favor

Aqui está uma pesquisa feita pelo jornal “Poder 360” que contabiliza quantos %
da população é a favor da DESCRIMINALIZAÇÃO DO PORTE PARA USO
PESSOAL. (vá para a última página)

5. Conclusão
Assim, está completa a pesquisa sobre Cannabis, agradeço a todos que leram até
aqui, e quaisquer dúvidas é só chamar que responderei o mais rápido e o melhor
possível. Vimos o uso de cannabis na indústria, de modo recreativo, na medicina
e até sua legalização e descriminalização, sempre visando apresentar os dois
lados da moeda e sendo o mais imparcial possível para você tirar suas próprias
cinclusões.
(https://encurtador.com.br/eB467 acesso em 22/11/2023)