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INSTITUTO PIAGET

Campus Académico de Viseu

Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares (I.S.E.I.T.) /


Viseu
Decreto Lei N.º 211/96 de 18 de Novembro

Cadernos de Psicologia Diferencial

Prova de Diagnóstico de Dislexia – B.S

Manual de Aplicação de Aplicação

Coordenação Científico-Pedagógica:
Doutor António Vinhal
Preparação e execução:
Maria José Gomes Teixeira nº65/99
Nadina Soares Sardinha Vaz nº86/00

Nota Prévia

O uso de Provas Psicológicas como instrumento de avaliação psicológica está

amplamente generalizado, tanto no mundo de expressão anglo-saxónica como no de

expressão francófona ou mesmo hispânica. E apesar das numerosas e abalizadas

opiniões a favor e contra, o seu uso é imprescindível para emprestar rigor e

cientificidade ao diagnóstico.

Em Portugal, as opiniões têm sobretudo pendido, nos últimos vinte anos, para a

parcimónia na sua utilização. Percebem-se as razões dos militantes do uso parcimonioso

das provas psicológicas. Em primeiro lugar, porque o uso das provas exige preparação e

estudo adequados; em segundo lugar, porque a maioria esmagadora das provas à

disposição dos psicólogos não estão adaptadas e aferidas para a população portuguesa.

Depois ainda, porque a sua preparação criteriosa e aferição acarretam custos mais ou

menos insuportáveis para as instituições que poderiam fazê-lo. Em quarto lugar porque,

não tendo a maioria dos psicólogos sido preparada para as utilizar, corre-se um sério

risco de a sua utilização se transformar em panaceia para iludir outros problemas.

Ultimamente, porém, vem-se reconhecendo a absoluta necessidade de

ultrapassar estes constrangimentos ideológicos, económicos e técnico-profissionais.

Não estamos em condições de nos eximirmos a esses condicionalismos.

Simplesmente achámos conveniente introduzir os alunos do Curso de Psicologia no


conhecimento mais pormenorizado e no uso de algumas das técnicas e provas

psicométricas em contextos de avaliação psicológica.

Estes Cadernos de Psicologia Diferencial são um mero exercício pedagógico que

se justifica exclusivamente no quadro da Cadeira de Psicologia Diferencial. São

trabalhos práticos dos alunos que aceitaram estudar as Provas com maior rigor, preparar

um guião standard das normas de aplicação e fazer um primeiro ensaio no contexto da

sala de aula.

O Professor

1.Autores

O autor desta prova é Breda de Sousa.

2.Utilização

O presente teste - Prova de Diagnóstico de Dislexia-B.S., destina-se à avaliação

psicológica da criança com suspeita de dislexia havendo assim necessidade de fazer um

diagnóstico psicopedagógico.
3.Idades de Aplicação

Esta prova de fluidez verbal aplica-se em crianças com idade entre os 6 e 8 anos.

4.Material Necessário

 Caderno de Teste

 Folha de Respostas

 Cronómetro

 Lápis

5.Condições de Aplicação

 A prova pode ser aplicada individualmente ou colectivamente

 As crianças devem estar comodamente sentadas a uma mesa com espaço

suficiente para folhear o caderno de teste e responder ao lado na folha de

respostas.

6.Tempo de Aplicação

O tempo de aplicação é referido no manual de instrução da prova.

7.Instruções para Aplicação

- Prova de Fluidez Verbal

Pedir à criança que diga durante 1’30” todas as palavras de que se lembrar;

explicar-lhe bem que palavras são nomes de coisas, animais, etc.,...e que deve dizê-las

soltas, uma de cada vez sem a preocupação de fazer frases.

Pedir-lhe, para ver se percebeu que diga uma ou duas

das que estiver a lembrar-se naquele momento.


Caso não tenha percebido, exemplificar com duas

palavras vulgares: carro, boneca, etc. e pedir-lhe para

dizer outras duas. Só depois de ter a certeza que

compreendeu, se diz para dizer mais, todas as que se

lembrar até eu lhe digam para parar e começar a marcar o

tempo.

- BS 1, 2, 3 e 4

- B.S. 1

Distribuem-se as folhas de prova, explica-se o que se pretende, podendo recorrer

ao exemplo no quadro, e esclarecendo bem que em cada linha só há um grupo de letras

pretas igual ao grupo de encarnadas do cantinho, e só esse grupo de letras igual ao do

canto é que devem riscar.

Pede-se que resolvam os exemplos da página da frente e depois de verificar que

todos compreenderem avisa-se que vão fazer o mesmo mas com tempo marcado, o

melhor que puderem; só comecem quando for dado o sinal e parem todos ao mesmo

tempo quando se disser para pararem.

Depois de dado o sinal de começar, manda-se parar ao fim de 150”(2’30”). Se a

criança terminar antes marca-se o tempo que levou.(N.B.- Inicialmente a prova foi feita

com tempo livre).

- B.S.2, B.S.3 e B.S.4

Distribuem-se a folha de prova, pedindo apenas que cada um copie o melhor que

puder, para os quadradinhos em branco o que está nos quadradinhos de cima, pede-se

que copiem tal e qual como está em cima, e que o façam todos ao mesmo tempo.
Dá-se o sinal de começar e manda-se parar ao fim de 150”(2’30”). Uma vez

realizada a 1º prova recolhem-se as folhas e distribuem-se as da prova seguinte BS 3,

procedendo então de igual modo.(Tempo também igual a 150”(2’30”)).

Para a prova BS 4, o processo é semelhante, distribuem-se os cartões na posição

correcta, avisa-se de que não podem mexer-lhes, nem virá-los e que têm apenas de

copiar para os quadradinhos em branco o que está nos quadrados distribuídos. Dá-se

sinal para começarem e marcam-se 210”(isto é 3’30”).

N.B.- A prova deve ser realizada a lápis.

8. Correcção

- Pontuação da prova de fluidez verbal (6-8 anos)

1) Contar um ponto por cada palavra que não seja repetida.

2) Meio ponto por palavras no masculino cujo feminino irregular tenha sido dito

antes ou vice-versa

3) Dar um ponto de bónus pela presença de palavras originais (um ponto no total

da prova).

4) Tirar um ponto por palavras mal pronunciadas (um ponto no total da prova).

5) Quando surgem frases contar apenas os substantivos, os verbos e os

adjectivos.

N.B.: Não contar os diminutivos.


- Pontuação das provas BS 1, 2, 3 e 4

- BS 1

1) Registar o número de respostas erradas, de lacunas e de respostas certas. Note

bem que só são consideradas lacunas as respostas em branco, dentro da ordem, isto é,

até ao momento em que parou, uma vez atingido o limite do tempo.

2) Calcular o total, subtraindo ao número de respostas certas, o número de respostas

erradas e das lacunas.

3) A pontuação máxima nunca pode ser superior a 10 pontos.

- BS 2

A notação desta prova inclui o cálculo da nota bruta, do

coeficiente de eficiência e de um total.

1- A nota bruta determina-se contando o número de respostas certas (máximo 7

por cada linha, no sentido da horizontalidade). Consideram-se respostas certas

as que correspondem à cópia do modelo.

2- O coeficiente de eficiência determina-se atribuindo a cada linha certa e

completa 3 pontos, e somando o total de pontos obtido pelo cumprimento

desta exigência.

3- O total de pontuação obtém-se somando o número de pontos conseguidos em

1 e 2.

- BS 3

A pontuação obtida nesta prova é igual ao número de respostas certas (isto é iguais

ao modelo).
- BS 4

O total desta prova, obtém-se, somando o número de pontos atingido, atribuindo à

reprodução de cada item os seguintes valores.

a) Respeito pelos elementos e pela integração

espacial............................................3 pts

b) Respeito pelos elementos com deslocação espacial............................................2 pts

c) Respeito pelos elementos com inversão.............1 pt

d) Brancos (i.e. espaços em branco) ou forma aberrante............................................0

pt

e) Penalizar num ponto a todos os desenhos copiados mas não devidamente

enquadrados.

9. Apreciação Quantitativa

Realizar uma adaptação quantitativa coloca sempre riscos que o profissional tem

que ter em conta. Por isso, dado que as amostras utilizadas na tipificação são reduzidas,

aconselhamos utilizar com precaução.

10. Observações

Não nos foi possível apresentar, no caderno de reactivos e folha de resposta, a

prova de fluidez verbal uma vez que esta não nos foi facultada.

11. Bibliografia

BEE,H.(1997) “Psychologie du développement- Les âges de la vie”Paris: De Boeck

Université.
CONDEMARIN, M.& BLOMQUIST,M. (1988)“Dislexia - Manual de leitura

correlativa”2ºedição Porto Alegre: Artes Médicas.

CRUZ,V. (1999) “Dificuldade de aprendizagem”Porto: Porto Editora.

DA SILVA,C.M.(1996) “A dislexia –um contributo para o estudo de uma dificuldade

linguístico-cognitiva de leitura em crianças do primeiro ciclo do ensino básico com

recurso ao modelo da activação do desenvolvimento psicológico.”Universidade de

Aveiro

FICHOT, A.M.(1973) “A criança disléxica” Lisboa: Moraes Editores

SOUSA,V.L.(2003) “A dislexia em contexto escolar – projecto sócio – profissional e

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