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Garantias em
Angola
2.ª Edição revista, melhorada e actualizada à luz das novas leis
O Juiz de
Garantias em
Angola
2.ª Edição revista, melhorada e actualizada à luz das novas leis
(II) Lei N.º 3/22, de 17 de Março, Lei Orgânica dos Tribunais da Relação;
(III) Lei N.º 14/22, de 25 de Maio, Lei que altera o Código de Processo Penal
Angolano;
Paulo Henriques
Juiz de Direito
Colaboração de:
Manuel António Dias da Silva
Juiz Conselheiro do Tribunal Supremo
FICHA TÉCNICA
Título:
O Juiz de Garantias em Angola
Autor:
Paulo Henriques
Editora
Editora Caneta de Estilo
canetadeestilo@gmail.com
Impressão
Manuel Barbosa & Filhos, Lda.
Edição:
2.ª Edição – Fevereiro 2023
ISBN:
978-989-33-4338-8
Depósito Legal:
511 504/23
Tiragem:
500 Exemplares
Contactos do Autor:
paulojorgehenriques77@gmail.com
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Paulo Henriques
de nos ter aberto as portas do Instituto que dirigia, para que fosse
realizado o lançamento da 1.ª Edição, durante a cerimónia de encer-
ramento do 1.º Curso de Formação Inicial para Juízes de Garantia,
que decorreu de 14 de Junho a 28 de Agosto de 2021.
Finalmente, uma palavra de apreço à Associação Angolana
de Direito Penal (ADIPE), pelo estímulo sucessivo para que a 2.ª
edição d’O Juiz de Garantias em Angola fosse uma realidade.
A todos e a cada um de vós, uma vez mais, muito obrigado.
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NOTA PRÉVIA
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PRINCIPAIS ABREVIATURAS
Ac. – Acórdão
Al. – Alínea
CC – Código Civil
Cfr. – Conforme
CP – Código Penal
CPP – Código Processual Penal
CRA – Constituição da República de Angola
CRP – Constituição da República Portuguesa
CSMJ – Conselho Superior da Magistratura Judicial
DL – Decreto-Lei
LOFTJC – Lei de Orgânica sobre o Organização e Funcionamento
dos Tribunais de Jurisdição Comum
JIC – Juiz de Instrução Criminal
JG – Juiz de Garantias
LMCPP – Lei das Medidas Cautelares em Processo Penal
MP – Ministério Público
OAA – Ordem dos Advogados de Angola
PGR – Procuradoria-Geral da República
TRE – Tribunal da Relação de Évora
TRL – Tribunal da Relação de Lisboa
TRP – Tribunal da Relação do Porto
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PREFÁCIO À 1.ª EDIÇÃO
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Paulo Henriques
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O Juiz de Garantias em Angola
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Paulo Henriques
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O Juiz de Garantias em Angola
Bem haja!
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ÍNDICE
AGRADECIMENTOS.......................................................................................... 9
NOTA PRÉVIA .................................................................................................. 11
PRINCIPAIS ABREVIATURAS ....................................................................... 13
PREFÁCIO À 1.ª EDIÇÃO ................................................................................ 15
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 25
CAPÍTULO I – O JUIZ DE GARANTIAS – CONSIDERAÇÕES
PRELIMINARES ....................................................................................... 29
CAPÍTULO II – O JUIZ DE GARANTIAS E OS DIREITOS
FUNDAMENTAIS ..................................................................................... 35
2.1. Outras instituições essenciais à justiça ............................................ 41
CAPÍTULO III – BREVE APRECIAÇÃO SOBRE A ÉTICA E
DEONTOLOGIA DOS MAGISTRADOS JUDICIAIS E DO
MINISTÉRIO PÚBLICO ........................................................................... 47
3.1. Sobre a Pauta Deontológica do Serviço Público ............................. 48
3.2. Princípios relativos aos Magistrados ............................................... 51
3.3. Outras referências no direito positivo, no âmbito da ética e
deontologia profissional .................................................................. 54
3.4. Dos Princípios de Bangalore para a Conduta Judiciária .................. 58
CAPÍTULO IV – O JUIZ DE GARANTIAS NO DIREITO
COMPARADO........................................................................................... 61
4.1. O Juiz de Garantias chileno ............................................................. 62
4.2. O Juiz de Garantias brasileiro.......................................................... 65
4.3. O Juiz de Garantias italiano ............................................................. 67
4.4. O Juiz de Instrução português ......................................................... 68
CAPÍTULO V – OS SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS ............................. 73
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INTRODUÇÃO
1
SOUSA, António Francisco, Constituição da República de Angola, Anotada e
Comentada, Porto: Vida Económica – Editorial, S.A., 2014, p. 21.
2
SILVA, Marcos Antônio da & SILVA, Diego Nassif da, Justiça vs.
Democracia: Entre Legitimidade e Efectividade. Disponível em
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=03f5446139179452.
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A universalidade significa que os direitos, liberdades e garantias constitucio-
nalmente garantidos são para todos os cidadãos angolanos. A universalidade é
uma manifestação especial da igualdade. SOUSA, António Francisco.
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CAPÍTULO I – O JUIZ DE GARANTIAS – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
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ANDRADE, Manuel A. Domingues, Ensaio sobre a Teoria da Interpretação
das Leis. 4.ª Edição, Coimbra: Arménio Amado Editor, 1987, p. 111.
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Cfr. Lei 13.964/19, que faz parte do denominado “Pacote Anticrime do
Governo Federal”, lei esta entretanto suspensa pelo Supremo Tribunal Federal.
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Instrução preparatória, em sentido formal, é a fase do processo que tem por fim
investigar o crime e reunir o conjunto de provas que formam o corpo de delito,
isto é, as provas capazes de transformar o juízo inicial de suspeita, num juízo de
probabilidade sobre a existência do crime e da pessoa que a cometeu – RAMOS,
Vasco A. Grandão, Direito Processual Penal, Noções Fundamentais, Luanda:
Ler & Escrever, 1995, p. 336.
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A instrução contraditória tem como fim tanto completar e reforçar a prova
indiciária da acusação como realizar as diligências requeridas pelo arguido
destinadas a ilidir ou enfraquecer aquela prova e a preparar ou corroborar a
defesa. Idem, p. 344.
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De acordo com as disposições da Lei n.º 14/22, de 25 de Maio, Lei que altera o
Código de Processo Penal Angolano, nomeadamente, as redacções dos artigos
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55.º, 127.º, 250.º, 254.º, 286.º, 308.º, 313.º, 313.º, 315.º, 334.º, 336.º, 338.º, 341.º,
345.º, 355.º, 357.º, 382.º, 385.º, 424.º, 447.º, 454.º e 475.º.
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“O juiz deve ser neutral, isto é, imparcial. Uma garantia fundamental da
decisão judicial e da justiça processual está no facto de as decisões serem
tomadas com distância em relação aos interesses em apreço. O princípio da
imparcialidade aplica-se não só aos funcionários públicos, mas também aos
juízes. A independência e a imparcialidade dos juízes são pressupostos básicos
da realização da justiça. Para melhor assegurar a independência e imparcialidade
dos juízes, o Estado de direito confiou a magistratura a magistrados de carreira.
O juiz não recebe orientações do Estado. E, para assegurar a independência
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