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Havendo o sentir, é preciso haver alguém que sinta. O ver é interpretado como "eu vejo".

Uma vez que o "eu" possua a emoção ou o pensamento ou a percepção, então o eu precisa
responder, fazer distinções e julgar o que acontece: Eu gosto disto e desgosto daquilo". Eu
desejo estar próximo desta pessoa e não quero estar perto daquela outra.......

Se olharmos mais de perto para a estrutura desse eu, veremos que é a crença em um eu que
divide o mundo em sujeito e objeto: objetos "exteriores" a este eu são identificados como
distintos e separados do sujeito, que está no interior.

Quando há percepção de um objeto, parece se necessário haver alguém que o perceba. A


identificação do objeto confirma a existência do sujeito. O que não é visto nesse processo??

Não notamos sua circularidade.

O equivoco a respeito de um eu é Avidya, perda da atenção plena intrínseca

Tem um sutra que diz: "Sem a análise dos Dharmas(aqui fenômenos internos), como pode
haver meios para a extinção da emocionalidade que é causa de uma mente aflita."

Nós temos algumas qualidades que são inerentes a nossa mente como por ex: a pura atenção
plena - mas devido a um erro, falha em nossa consciência, que confusa e ingenua captura
"algo" que não está presente que é um "eu". Ela concebe um "eu", um "self", um "ego". No
momento que isso ocorre, a pura atenção plena é perdida e a consciência é tomada pela
emocionalidade. Na ausência desta plena atenção, pensamentos e atos fluem ao sabor das
correntes estabelecidas pela emoção. Esse é um ponto central e bastante complexo nas
tradições da Índia e muitas vezes o que as pessoas entendem é que se está negando a
existência de um "Eu" , o que não é o caso.

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