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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - UFFS

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO


CCR - HISTÓRIA DA FRONTEIRA SUL
Prof. Fernando Vojniak

RESENHA

O ciclo da erva mate

Alessandro correa.
ARGOS, Paulo Ricardo Bavaresco. Ciclos econômicos regionais: modernização e
empobrecimento no extremo oeste catarinense. Chapecó: [S.n.], 2005. Capítulo 2.

O capítulo apresenta uma análise do ciclo econômico da erva-mate nos estados


do Paraná e Santa Catarina, tendo um foco especial na região do Extremo Oeste
catarinense. O autor explora as complexidades desse ciclo, mostrando como fatores
geográficos, climáticos e de comércio acabam influenciando profundamente a
economia e a sociedade local.

A autor inicia o 2 capitulo ressaltando a importância de compreender os limites


que á entre os estados de Paraná e Santa Catarina para assim conseguir entender o
contexto do ciclo da erva-mate. A região do Extremo Oeste catarinense, antes coberta
por matas acabou-se tornando um centro de extração da erva-mate devido às
condições climáticas favoráveis e à riqueza do solo, a planta ilex-paraguariensis
florescia nessas áreas, impulsionando de maneira significativa a atividade extrativista.
O maior consumidor de importação da erva brasileira era a argentina, o seu
transporte era principalmente por meio de pequenas tropas de gado e mulas. Por
conta da falta de estradas ligando a região ao restante do estado deixou-a em relativo
abandono durante o final do século XIX e início do século XX, com o governo
preocupado apenas com as fronteiras em detrimento do desenvolvimento local.

O capítulo também detalha que a exportação de produtos catarinenses entre 1892


e 1906, tinha uma grande relevância da erva-mate nesse contexto. Porém, com a
dificuldade de fiscalização na região o levantamento de dados não era tão preciso
sobre a exportação de erva-mate do Oeste do estado.

Ao longo do texto, Bravasco destaca a exploração econômica ligada ao Paraná,


Rio Grande do Sul e Argentina, principalmente a erva-mate. A Argentina passou a
produzir erva-mate a preços mais competitivos, o que levou à perda de mercado para
o Brasil. Isso afetou profundamente não apenas a economia, mas também a vida dos
caboclos, responsáveis pela extração da erva-mate na região.

Com a dificuldade de transporte e a distância dos pontos de comércio, a


prosperidade de pequenas indústrias foi dificultada. Além disso, a negligência dos
governantes, a falta de desenvolvimento, contribuíram para o agravamento das
condições de vida nessas regiões durante o declínio do ciclo da erva-mate.

Dessa forma, o capítulo oferece uma visão detalhada e apresentando o ciclo


econômico da erva-mate, também é destacado quais foram seus impactos sociais,
econômicos e políticos nos estados do Paraná e Santa Catarina, tendo uma grande
ênfase na região do Extremo Oeste catarinense.

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