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Educação Física
Ensino Fundamental
Livro Didático
ª Edição
Curitiba, 20
FICHA TÉCNICA
Autor Projeto Gráfico
Luciano de Lacerda Gurski Djonatan Marco Queiroz Piehowiak
Organização Diagramação
Maestria Consultoria Educacional Djonatan Marco Queiroz Piehowiak
Coordenação Revisão
Mary Lane Hutner Neusa Maria Andreoli
G978e
GURSKI, Luciano de Lacerda, 2020.
Educação Física / Luciano de Lacerda Gurski. - Curitiba, 2020.
Inclui bibliografia.
ISBN nº 978-65-89336-08-2
CDD 790
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização.
Copyright © Maestria Consultoria Educacional 2020
MAESTRIA
consultori educacional
APRESENTAÇÃO
Contudo, nos últimos anos houve um enfraquecimento de todo esse movimento, de tal modo
que a oferta de EJA é um desafio ainda mais vivo hoje do que antes. De acordo com o IBGE, em
2019 nosso país contava com cerca de 11 milhões de analfabetos (pessoas com mais de 15 anos
que não sabem ler, nem escrever). Para essa população, a prerrogativa do acesso ao Ensino
Fundamental como um direito público subjetivo, condição para uma vida cidadã, não foi atendida.
Tampouco o acesso ao Ensino Médio e a uma profissionalização ocorreu.
A legislação mais recente a respeito da Educação Básica em vigor no Brasil é a Base Nacio-
nal Comum Curricular (BNCC). Nas duas primeiras versões da BNCC estavam presentes discus-
sões sobre especificidades pedagógicas da EJA, porém na versão final e oficial considerou-se
que não caberia a esse documento tais debates. Para os autores da BNCC as especificidades
da EJA devem ser definidas e registradas na elaboração dos currículos de cada unidade escolar
que oferta essa modalidade de ensino, bem como nos materiais didáticos destinados ao seu pú-
blico. Assim, entende-se que os Objetos de Aprendizagem de cada área/componente curricular,
bem como as Competências e Habilidades presentes na BNCC serão incluídos nos currículos
específicos para a Educação de Jovens e Adultos e, para atendê-los, haverá uma demanda por
material didático com proposta pedagógica coerente com a Educação de Jovens e Adultos.
É isso que nossa COLEÇÃO NOVO FUTURO está oferecendo para vocês, professor e es-
tudante da EJA.
PROPOSTA PEDAGÓGICA DO MATERIAL DIDÁTICO
Prezado aluno e professor!
O livro didático que você tem em mãos faz parte de uma coleção intitulada NOVO FUTURO,
formada por um livro para cada disciplina do Ensino Fundamental II (Anos Finais): Língua Por-
tuguesa, Língua Inglesa, Arte, Educação Física, Matemática, História, Geografia, Ensino Reli-
gioso e Ciências. E para cada disciplina do Ensino Médio: Língua Portuguesa, Língua Inglesa,
Espanhol, Arte, Educação Física, Matemática, História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Biologia,
Química e Física.
Os conteúdos dos livros foram elaborados a partir dos eixos propostos nas Diretrizes Curri-
culares Nacionais da Educação de Jovens e Adultos, quais sejam: Trabalho, Cultura e Tempo.
“Como é isso no seu lugar?” – Nessa seção há questões para reflexão sobre como se
manifesta, se identifica, se problematiza o conteúdo em estudo no espaço de vivência
do aluno. Estimula-se a reflexão sobre a realidade local, o entorno, bem como a com-
paração com outros lugares. Nessa seção, os eixos Trabalho e Cultura podem ser bem
explorados.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
FÓRUM
O “Fórum”, boxe presente no final de cada capítulo, contém duas questões para serem
discutidas pelos estudantes. Seu objetivo é aprimorar a sistematização do conhecimen-
to aprendido, por meio do debate, do registro feito em próprio punho e da formação de
conceitos.
Por fim, há a seção “Avalie seu aprendizado”, onde são encontradas quatro questões
objetivas e duas dissertativas sobre o conteúdo do capítulo.
Dessa forma, este material didático possibilita o desenvolvimento das competências específi-
cas das áreas do conhecimento da Base Nacional Comum Curricular, apresentadas a seguir. As
tabelas indicam as competências e habilidades que são estimuladas/desenvolvidas ao longo dos
capítulos deste livro. Portanto, contribui com o trabalho do professor na medida em que aprofun-
da a compreensão e organização pedagógica do livro.
COMPETÊ NCIAS ESPECÍ FICAS DE LINGUAGENS
PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
J ogo ou esp orte? Não é contemplado na Não é contemplado na BNCC ensino fundamental anos finais
BNCC:
JOGOS
Definição, cultura, his-
tória, lazer, xadrez,
mancala, jogos coo-
perativos, cooperação
versus competição
CAPÍ TU L O 1
OB J E TO( S ) DO
TE M A - S U B TE M A HAB IL IDADE S
CONHE CIM E NTO( S )
J ogo ou esp orte?
Práticas corporais de ( E F6 7 E F1 8 ) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aven-
aventura urbanas e tura urbanas, valorizando a própria segurança e integridade física, bem
PRÁ TICAS CORPO- como as dos demais.
Esportes técnico-com-
RAIS DE AVENTURA
binatórios ( E F6 7 E F1 9 ) Identificar os riscos durante a realização de práticas cor-
E ESPORTES
porais de aventura urbanas e planejar estratégias para sua superação.
Skate ( E F6 7 E F2 0 ) Executar práticas corporais de aventura urbanas, respeitan-
do o patrimônio público e utilizando alternativas para a prática segura em
diversos espaços.
( E F6 7 E F2 1 ) Identificar a origem das práticas corporais de aventura e
as possibilidades de recriá-las, reconhecendo as características (instru-
mentos, equipamentos de segurança, indumentária, organização) e seus
tipos de práticas.
( E F6 7 E F0 3 ) Experimentar e fruir esportes de marca, precisão, invasão e
técnico-combinatórios, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
( E F6 7 E F0 4 ) Praticar um ou mais esportes de marca, precisão, invasão e
técnico-combinatórios oferecidos pela escola, usando habilidades técni-
co-táticas básicas e respeitando regras.
( E F6 7 E F0 6 ) Analisar as transformações na organização e na prática dos
esportes em suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/
lazer).
( E F6 7 E F0 7 ) Propor e produzir alternativas para experimentação dos
esportes não disponíveis e/ou acessíveis na comunidade e das demais
práticas corporais tematizadas na escola.
CAPÍ TU L O 2
OB J E TO( S ) DO
TE M A - S U B TE M A HAB IL IDADE S
CONHE CIM E NTO( S )
G iná stica Ginástica de condicio- ( E F6 7 E F0 8 ) Experimentar e fruir exercícios físicos que solicitem dife-
namento físico rentes capacidades físicas, identificando seus tipos (força, velocidade,
Origem, jogos olím- resistência, flexibilidade) e as sensações corporais provocadas pela sua
picos, idade média, prática.
métodos ginásticos, gi-
( E F6 7 E F0 9 ) Construir, coletivamente, procedimentos e normas de con-
nástica geral, ginástica vívio que viabilizem a participação de todos na prática de exercícios físi-
artística, ginástica rít- cos, com o objetivo de promover a saúde.
mica, trampolim, acro-
bática, aeróbica, ginás- ( E F6 7 E F1 0 ) Diferenciar exercício físico de atividade física e propor al-
ternativas para a prática de exercícios físicos dentro e fora do ambiente
tica-saúde e qualidade
escolar.
de vida, exercícios ae-
róbicos e anaeróbicos ( E F8 9 E F0 8 ) Discutir as transf ormaçõ es histó ricas dos padrõ es de de-
sempenho, saúde e beleza, considerando a forma como são apresenta-
dos nos diferentes meios (científico, midiático etc.).
( E F8 9 E F0 9 ) Problematizar a prática excessiva de exercícios físicos e o
uso de medicamentos para a ampliação do rendimento ou potencializa-
ção das transf ormaçõ es corporais.
( E F8 9 E F1 1 ) Identificar as diferenças e semelhanças entre a ginástica
de conscientização corporal e as de condicionamento físico e discutir
como a prática de cada uma dessas manifestações pode contribuir para
a melhoria das condições de vida, saúde, bem-estar e cuidado consigo
mesmo.
CAPÍ TU L O 3
OB J E TO( S ) DO
TE M A - S U B TE M A HAB IL IDADE S
CONHE CIM E NTO( S )
As danças de sal ão: Danças urbanas; ( E F6 7 E F1 1 ) Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, identificando
or ge e g fica o seus elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos).
Danças de salão
( E F6 7 E F1 2 ) Planejar e utilizar estratégias para aprender elementos
DANÇ AS constitutivos das danças urbanas.
Dança e expressão ( E F6 7 E F1 3 ) Diferenciar as danças urbanas das demais manifestações
corporal, origem das da dança, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos
danças, dança de sa- a eles por dif erentes grupos sociais.
lão, f andango, dança ( E F8 9 E F1 2 ) Experimentar, fruir e recriar danças de salão, valorizando a
criativa, danças circu- diversidade cultural e respeitando a tradição dessas culturas.
lares ( E F8 9 E F1 3 ) Planejar e utilizar estratégias para se apropriar dos elemen-
tos constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das danças de salão.
( E F8 9 E F1 4 ) Discutir estereótipos e preconceitos relativos às danças de
salão e demais práticas corporais e propor alternativas para sua supe-
ração.
( E F8 9 E F1 5 ) Analisar as características (ritmos, gestos, coreografias e
músicas) das danças de salão, bem como suas transformações históri-
cas e os grupos de origem.
CAPÍ TU L O 4
OB J E TO( S ) DO
TE M A - S U B TE M A HAB IL IDADE S
CONHE CIM E NTO( S )
As l utas Lutas do Brasil, espor- (EF67EF14) Experimentar, fruir e recriar diferentes lutas do Brasil, valo-
tes de combate rizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos de-
LUTAS E ESPORTES mais.
Capoeira (EF67EF15) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas do Brasil,
respeitando o colega como oponente.
(EF67EF16) Identificar as características (códigos, rituais, elementos
técnico-táticos, indumentária, materiais, instalações, instituições) das
lutas do Brasil.
(EF67EF17) Problematizar preconceitos e estereótipos relacionados ao
universo das lutas e demais práticas corporais, propondo alternativas
para superá-los, com base na solidariedade, na justiça, na equidade e
no respeito.
As l utas Lutas do mundo, es- (EF89EF16) Experimentar e fruir a execução dos movimentos pertencen-
portes de combate tes às lutas do mundo, adotando procedimentos de segurança e respei-
LUTAS E ESPORTES tando o oponente.
Budô, judô, esgrima (EF89EF17) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas experimen-
tadas, reconhecendo as suas características técnico-táticas.
(EF89EF18) Discutir as transformações históricas, o processo de esporti-
vização e a midiatização de uma ou mais lutas, valorizando e respeitando
as culturas de origem.
As l utas Lutas do mundo, Lutas ( E F8 9 E F0 2 ) Praticar um ou mais esportes de rede/parede, campo e taco,
do Brasil, esportes de invasão e combate oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-
LUTAS E ESPORTES combate -táticas básicas.
( E F8 9 E F0 4 ) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos indivi-
Capoeira, judô, esgri- duais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades
ma esportivas praticadas, bem como diferenciar as modalidades esportivas
com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/
parede, campo e taco, invasão e combate.
( E F8 9 E F0 5 ) Identificar as transformações históricas do fenômeno espor-
tivo e discutir alguns de seus problemas (doping, corrupção, violência
etc.) e a forma como as mídias os apresentam.
( E F8 9 E F0 6 ) Verificar locais disponíveis na comunidade para a prática de
esportes e das demais práticas corporais tematizadas na escola, propon-
do e produzindo alternativas para utilizá-los no tempo livre.
Sumário
Jogo ou Esporte?
P
ara muitas pessoas, esporte é si- Para começarmos a entender um pouco
nônimo de saúde. Provavelmente melhor o que chamamos de esporte, res-
você já ouviu na mídia ou pessoas ponda rapidamente: onde e quando surgiu
comentando que o esporte educa, que o go- o esporte?
verno deveria investir em esporte ou algo do
Se você pensou na Grécia antiga, com
gênero. Ao mesmo tempo, muitas pessoas
as olimpíadas, você está certo, e está erra-
gostam de praticar ou assistir aos esportes.
do! Calma, você já vai entender. Para alguns
Portanto, você deve imaginar que o esporte
pesquisadores, como Guttmann (1978), há
é algo bom, não é mesmo? Será?
uma diferença entre as práticas corporais da
Afinal o que é esporte? Como sabemos antiguidade e as realizadas em nosso tem-
se uma atividade física é um esporte? O po, também conhecido como modernidade
esporte é sempre benéfico? Onde surgiu
essa prática corporal? O que a diferencia de
outras práticas, como as brincadeiras, por
exemplo?
APROXIMAÇÕES
INTERDISCIPLINARES
» Desafio: Xadrez é um jogo ou um es-
porte? Tente responder essa questão, Converse com seu professor de his-
que mais à frente veremos se sua res- tória e/ou pesquise em livros e fontes
posta está correta. online o que significa modernidade,
para entender melhor o assunto.
A ORIGEM DO ESPORTE
Os jogos antigos eram bastante diferentes dos jogos de hoje que são considerados como
esportes. Não havia preocupação com regras tão fixas, e nem que os adversários tivessem a
mesma chance de vitória. Era comum um “time” conter mais jogadores que o outro, por exem-
plo. Apesar das desigualdades na disputa, acreditavam que quem vencesse era merecedor,
pois foi escolhido pelos deuses para ser o vencedor, e não porque era simplesmente mais
forte, em maior número ou outro tipo de vantagem.
Esse tipo de prática, que ainda não era conhecida como esporte, muitas vezes era violen-
ta, resultando em mortes, lesões sérias, estragos e prejuízos.
Muitas dessas práticas eram populares, realizadas em espaços públicos, e qualquer pes-
soa podia entrar e sair delas a hora que bem quisesse. Um bom exemplo é o futebol, que tem
como origem uma prática na qual o objetivo era levar a bola de uma vila à outra, ou de uma
região à outra, e, para conseguir isso, valia tudo. Há relatos que essa prática agregava ele-
mentos do que hoje conhecemos como ru-
gby, luta livre, futebol, entre outros, na mes-
ma atividade. Qualquer pessoa no percurso
podia tomar parte da atividade. (PILATTI,
2002).
Este pesquisador, Guttmann (1978), também diferenciou os esportes dos jogos, pois para
ele os jogos são brincadeiras organizadas com regras, mas o esporte caracteriza-se por ser
uma atividade corporal mais organizada, com regras fixas. Para Guttmann, o xadrez pode
não ser considerado um esporte, contudo, hoje em dia, é uma prática aceita como esportiva.
Então quais as diferenças entre os jogos e os esportes? Os jogos são mais flexíveis, ou
seja, os participantes podem alterar as regras conforme seu desejo. Nos jogos o resultado
nem sempre é tão importante. Com frequência, jogamos apenas para nos divertir, esquecen-
do até mesmo de controlar o placar. Os jogos também costumam variar na forma de praticar
de um lugar para outro. Você conhece o jogo “bete-ombro”? Se não, pode ser que você o
conheça como “bets” ou ainda “jogo do taco”.
“Bete-ombro” é um jogo no qual duas duplas disputam a vitória. Uma dupla fica de posse de tacos
de madeira (chamados de bets) e a outra dupla com uma bolinha. Existe uma área demarcada de forma
circular, dentro da qual fica uma “casinha” (tradicionalmente a casinha é uma lata de óleo de cozinha, uma
garrafa pet ou gravetos encostados em formato triangular, ou outro objeto que possa ser derrubado por
uma bolinha). A dupla com a bolinha arremessa em direção à “casinha” adversária. Se acertar e derrubar
a “casinha” assume o controle dos tacos, passando a bolinha para a outra dupla. Se a bolinha for rebatida
pela dupla que está defendendo a casinha, ambos correm trocando a casinha que estão defendendo, cru-
zando os tacos no meio do caminho. Cada vez que se cruza os tacos conta-se um ponto. A dupla pode ficar
trocando de casinha até a bolinha ser recuperada. Para conhecer melhor esse jogo acesse: http://www.
educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=392
Que tal conversar com seus colegas sobre os jogos e esportes que conhecem? Que jogos
e brincadeiras você costumava praticar quando criança? Ainda pratica algum? Será que as
crianças de hoje conhecem e praticam esses jogos? Por quê? O que lhe parece mais interes-
sante: praticar um jogo ou um esporte?
Agora que conhecemos um pouco mais sobre as diferenças entre jogo e esporte, vamos
conhecer melhor alguns esportes, entre eles dois das primeiras formas de esporte conheci-
das, o futebol e o Rugby.
Futebol e Rugby
O Rugby
Existem várias práticas antigas que relacionam o objetivo de deslocar uma bola (ou um
objeto redondo qualquer) até uma área no campo adversário. Contudo, foi na Inglaterra (lem-
bra que o esporte nasceu lá, o futebol e o rugby também…) que esses esportes começaram a
tomar a forma que conhecemos. Em sua origem era permitido qualquer ação para levar a bola
até a meta adversária. Porém, com o objetivo de diminuir a violência, foram criadas regras
para dificultar o deslocamento e evitar ações agressivas, e da variação dessas regras surgiu
a ideia de que não se poderia usar as mãos.
Uma das versões históricas sobre a origem do rugby diz que um dia um atleta de uma
escola decidiu pegar a bola com a mão e sair correndo, por brincadeira. Os demais jogadores
saíram correndo atrás dele, e logo perceberam que essa poderia ser uma forma interessante
de jogar, nascendo aí o rugby. O nome desse atleta era William Webb Ellis e o colégio chama-
va-se Warwickshire, situado na cidade de mesmo nome.
Com o tempo, as regras foram aprimoradas, de modo que hoje ambos os esportes são
praticados de forma bastante diferente. Em comum eles têm como objetivo levar a bola ao
campo adversário, pontuando ao atingir a meta. No futebol essa meta é chamada de gol,
enquanto que no rugby existem quatro formas de pontuar: tocar a bola no chão após a linha
do fim do campo adversário, chamado de TRY (similar ao “touch down” do futebol americano,
que, aliás, tem a mesma origem do rugby), ou acertando a bola com um chute em uma trave
com forma de “H”, chamada de drop goal ou conversão. Um TRY vale 5 pontos e dá direito
a um chute no goal, que vale mais 2 pontos. A qualquer momento da partida pode-se tentar
chutar no gol, desde que a bola não tenha tocado no chão. Isso se chama “droap goal”, e vale
3 pontos. Em caso de falta grave, pode-se “bater a falta” chutando a bola em direção ao gol.
Em caso de acerto, esse chute vale mais 3 pontos.
» O campo:
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Que tal pesquisar por vídeos e explica-
ções sobre esses termos na internet?
Você pode procurar nesses links:
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/139
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/140
2. Onde e quando surgiu o esporte? Por que neste lugar e neste tempo?
11. Escolha um time de futebol profissional e descubra qual o esquema tático que ele tem
usado recentemente.
Para conhecer mais essa modalidade, as- E quanto a “shaper”? Pesquise o significado
sista aos vídeos: desses termos, mas cuidado! Hoje eles não
têm significado exato da tradução do inglês
para português. Assim como muitas pala-
vras ganham novos sentidos com as gírias,
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/142
o mesmo aconteceu com esses termos no
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/143
surf. Que tal pesquisar outros termos usados
no surf ou no skate?
Ainda não existiam muitos locais dedi-
cados à prática do skate, e os praticantes
ainda tinham vínculo com o surfe.
O surf é um esporte, pois possui campe-
Foi a partir da década de 1970 que co- onatos, regras, mas é também uma cultura.
meçaram a se criar espaços próprios para a Seus praticantes costumam adotar uma cer-
prática de skate, de forma que os pratican- ta “filosofia” de vida que tem como princípios
tes começaram a se afastar das influências o respeito à natureza, a religiosidade (pre-
do surfe e, ao mesmo tempo, aderindo a sente na origem do surf), entre outros.
outras manifestações culturais de rebeldia,
Dessa forma, o skate, inicialmente, ado-
como o movimento punk. Começava a nas-
tou esse estilo de vida, e posteriormente foi
cer uma cultura própria do skate, ligada à
modificando-o conforme a evolução social e
ideia de resistência e contracultura, ou seja,
os espaços onde era praticado.
de questionar os padrões de comportamen-
to dominantes na sociedade. Por isso, até Com o crescimento no número de prati-
hoje, existe certo preconceito contra os pra- cantes, tornou-se um esporte mundial, en-
ticantes de skate, pois o preconceito é uma volvendo grandes cifras, que culminou nos
estratégia de poder que define quem é acei- X-games, jogos radicais mundiais, o equiva-
to ou não em uma determinada sociedade. lente às olimpíadas dos esportes radicais,
em que o skate é um dos mais disputados
Posteriormente os skatistas começaram
e assistidos.
a utilizar o espaço urbano e os desafios ar-
quitetônicos existentes, como calçadas, cor- Hoje existem diferentes modalidades e
rimões e outras barreiras que pudessem ser formas de prática, entre eles o longboard
transpostas com o skate. O esporte que nas- (skate com prancha mais cumprida, usada
ceu à beira-mar acaba tomando os grandes como forma de lazer e descidas de veloci-
centros urbanos e, com isso, alterando a sua dade - downhill), big air mega hampa (pista
própria cultura, diferente da cultura dos sur- com 150 metros de extensão e 30 metros de
fistas, o que implicava gírias e gestos pró- altura, nas quais se passa os 70 km/h), free
prios, além de roupas com características style (manobras livres), bowl (pistas que si-
específicas, que se mantêm até hoje. mulam o formato de piscinas), entre outras.
MANCALA
É muito comum praticarmos jogos como Perceba que o autor destaca “com o fim
passatempo e lazer. Sejam os jogos de ta- em si mesmo”, ou seja, não jogamos com
buleiro, de cartas, de adivinhação, entre segundas intenções, como obter ganhos. O
outros, os jogos estão presentes em diver- jogo é atividade espontânea, cujo objetivo
sas culturas e são praticados por todas as está nela mesma. Jogamos por jogar. Embora
idades. Mas, o que é jogo? Para Huizinga nossa cultura valorize a utilidade racional das
(2007, p.33): coisas, somos seres humanos e, como tais,
não vivemos apenas para produzir. Por isso,
divertir-se, descansar, apreciar uma obra de
[...] é uma atividade ou ocupação vo- arte são ações características da vida huma-
luntária, exercida dentro de certos e na e todos deveriam ter o direito de acesso.
determinados limites de tempo e espa-
Embora joguemos apenas por diversão,
ço, segundo regras livremente consen-
não quer dizer que não podemos aprender
tidas, mas absolutamente obrigatórias,
com os jogos, pois eles possuem relação
dotado de um fim em si mesmo, acom-
com a cultura da qual se originam.
panhado de um sentimento de tensão
e alegria e de uma consciência de ser Dos jogos que você conhece, quais são
diferente da vida cotidiana. de origem africana? Se você respondeu ca-
poeira, errou, pois embora tenha influências,
Quando ouvimos falar de África muitas vezes pensamos nas mazelas, doenças, miséria,
ou na sua riqueza quanto à natureza, aos animais selvagens, à savana, entre outros aspectos.
Embora esses sejam dados da realidade africana, é apenas uma parte dela. Afinal, a África
não é um país, mas sim um continente com 54 países, possuindo portanto diferentes culturas.
No Brasil, foi sancionada a lei n. 10.639 que torna obrigatório o ensino da temática “Histó-
ria e Cultura Afro-Brasileira” como forma de valorizar a cultura africana, muitas vezes desco-
nhecida ou não suficientemente valorizada.
Disponível em https://goo.gl/CV9kaU
A cultura africana é muito rica em expressões corporais, como a dança, bem como mani-
festações lúdicas, como a Mancala.
Mancala é uma nomenclatura genérica para mais de 200 tipos de jogos diferentes de ta-
buleiro, mas que seguem a mesma lógica. Há um tabuleiro, que por vezes é talhado no chão
ou esculpido em pedra ou madeira. Utiliza-se também peças, que podem ser sementes, como
semente de girassol ou grãos de milho. O objetivo é distribuir suas sementes até ficar sem
nenhuma.
A mancala possui uma lógica diferente da maioria dos jogos que conhecemos, pois nela
o objetivo não é acumular mais, mas sim distribuir melhor. Essa lógica está de acordo com a
filosofia compartilhada por diversos povos africanos, conhecida como Ubuntu. Ubuntu é um
sentimento de união e compartilhamento com os outros, que pode ser traduzido como “huma-
nidade para com os outros” ou “eu sou pelo que nós somos”. Assim como nas danças, nos
jogos há a presença de um sentimento de compartilhamento e união, que se aproximam dos
jogos cooperativos que veremos mais a frente.
Nessa variação do jogo, cada jogador deverá pegar todas as sementes da “zona
deve começar com 3 sementes em cada bu- morta” e distribuir em suas casinhas, da ma-
raco. Os dois jogadores decidem quem co- neira e na quantidade que achar melhor. Isso
meça, o que pode ser feito através do “par vale para qualquer uma das “zona mortas”,
ou ímpar”. O jogador que começou deve pois a “zona morta” não tem dono. O jogo
escolher uma casa, tirar todas as semen- acaba quando um membro da dupla conse-
tes e distribuir nas casas seguintes, sempre gue esvaziar todas as suas casas.
deixando uma semente em cada casa. Não
pode “pular casas”.
4. O que é Mancala?
Embora seja difícil saber exatamente onde nasceu, registros históricos indicam que o jogo
já existia na Índia no século VI, onde se chamava “Chaturanga”, sendo levado por comercian-
tes para a China, África e, mais tarde, Europa.
Na Índia o elefante ocupava o lugar do bispo, e o peão não podia andar duas casas. Sua
promoção também era limitada, ele não poderia se tornar qualquer peça.
O termo xeque e xeque-mate, por exemplo, vem dos persas, que criaram boa parte das
regras do jogo como as conhecemos. As peças representam portanto as posições de poder
ocupadas nas sociedades em que o xadrez era jogado.
O Tabuleiro
As peças
Agora que já conhecemos o tabuleiro, vamos conhecer as peças. As mesmas serão apre-
sentadas de acordo com a posição no tabuleiro, começando na casa “A1” (veja a imagem
acima para identificar onde ela fica).
» Torre: presente nas duas extremidades da primeira fileira, só pode se mover em linha
reta, tanto na horizontal como na vertical.
» Cavalo: presente na segunda e penúltima casa da primeira fileira, se movimenta em “L”,
totalizando 3 casas seu movimento, nunca mais nem menos. O cavalo tem o diferencial
de poder “pular” sobre outras peças, o que nenhuma outra faz, tornando-o uma peça
estratégica.
» Bispo: O bispo é a terceira peça na ordem, contando-se da borda do tabuleiro para o
centro. Só se desloca nas diagonais, sem número limitado de casas. O bispo da esquer-
da se desloca sempre pelas casas escuras, enquanto que o bispo da direita sempre
pelas casas claras.
» Rainha: É considerada a peça mais poderosa do jogo. Isso porque é livre para se des-
locar quantas casas quiser e em qualquer direção.
» Rei: O objetivo do jogo é encurralar o rei, até que ele não tenha mais para onde ir. Cada
vez que o rei está em perigo tem-se um “xeque”. Se o rei está em uma posição na qual
não tem escapatória (encurralado), tem-se um “xeque-mate”. O rei só se desloca uma
casa por vez, em qualquer sentido. Existe uma jogada especial chamada roque. Essa
jogada visa proteger o rei, na qual a torre e o rei se movimentam ao mesmo tempo. Ela
só pode ser feita se a torre e o rei ainda não foram movimentados, e se o resultado co-
» Desafio do cavalo: Os quatro cavalos devem trocar de lugar com o menor número de
movimentos possível.
» Jogo do bispo: Um jogará com os bispos e outro jogará com os peões. Ganha o bispo
se ele capturar todos os peões antes que eles cheguem à promoção (final do tabuleiro).
Ganha o peão se algum chegar à promoção. (TASSI, 2011).
» Jogo da Velha: Movimentação da torre, bispo e cavalo.Semelhante ao jogo da velha,
porém ao invés de marcar O ou X, cada jogador coloca uma peça. Quando todas as
peças forem colocadas, devem ser movimentadas, de acordo com as regras de movi-
mentação do xadrez, até formar uma linha reta. (TASSI, 2010).
Promoção
Dica: Você pode conhecer mais jogos e
obter informações sobre o xadrez aqui: Quando o peão consegue chegar ao fim
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/ do tabuleiro pode ser trocado por outra peça,
portals/cadernospde/pdebusca/produ- menos o rei, e a essa ação chamamos de
coes_pde/2010/2010_unioeste_edfis_ promoção.
pdp_denise_maria_tassi_borille.pdf
Empate
» Rei afogado: o rei não está em xeque, mas não tem nenhuma jogada válida disponível. Um exemplo
é quando um jogador só tem o rei e é sua vez de jogar, mas para qualquer lado que se movimente
estará ao alcance de uma peça adversária. Essa situação pode ser criada para evitar de perder o jogo
quando se está em uma situação desfavorável.
» Vitória
A vitória acontece quando ocorre o xeque-mate, ou seja, o rei adversário está encurrala-
do e não há como sair, ou quando o adversário percebe que ficará sem saída e abandona a
partida.
Para escapar do xeque, pode-se atacar a peça que ameaça o rei, colocar outra peça entre
o rei e a peça que o ataca ou mover o rei para uma posição onde esteja seguro.
Ao contrário do que muitos pensam, não é necessário avisar o adversário quando o rei
está em xeque, contudo, nessa situação, o adversário não pode fazer uma jogada que não
seja se proteger da situação do xeque.
Agora você já conhece os passos básicos para jogar xadrez. Que tal jogar com seus
colegas e treinar os conhecimentos obtidos? Você pode também pesquisar dicas e jogadas
clássicas de forma a melhorar seu desempenho no jogo.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Você encontra dicas aqui:
6. O que é roque? Quais as condições para que ele possa ser usado?
Competir é natural ou é algo que aprendemos? Será que as pessoas competem por que
precisam ou são competitivas porque foram ensinadas a ser assim? Quem nunca jogou ou
conheceu um “fominha”, aquela pessoa que quer fazer tudo sozinha no jogo e nunca passa a
bola para ninguém?
Uma das principais características do esporte é a competição. Não existe esporte sem
competição. Por isso, muitas vezes, ele é considerado educativo. Afinal, se precisamos com-
petir por uma vaga de emprego ou para entrar em uma universidade, o esporte poderia nos
ensinar a competir, certo? Há quem afirme ainda que a competição é natural, pois os animais
competem por comida ou até para não virar comida uns dos outros, portanto a competição
está na natureza...
Mas, por outro lado, será que não aprendemos a cooperar também? Quando alguém
precisa de ajuda, não é comum que outras pessoas venham socorrê-lo? Os pássaros, por
exemplo, que voam em “formação”, fazem assim porque diminui o arrasto aerodinâmico, de
forma que fica mais fácil para todos voarem.
Embora exista tanto competição quanto cooperação na natureza, nós, seres humanos,
não vivemos de forma natural. Você conhece algum animal que escova os dentes? Que veste
roupa? Isso porque a humanidade aprendeu a transformar a natureza, e assim transformou a
si mesmo. Não precisamos mais competir por alimentos, ao menos não no sentido que fazem
os animais selvagens. Hoje cultivamos e produzimos nosso próprio alimento, e isso é feito de
forma cooperativa, pois para que o alimento chegue a sua mesa é preciso que muitas pessoas
trabalhem, desde o agricultor que planta, ao caminhoneiro que transporta, ao supermercado
que comercializa.
Assim como na vida social, podemos ter competição e cooperação na atividade física.
Pensando em criar uma sociedade mais fraterna, menos excludente e competitiva, surgiu a
ideia dos jogos cooperativos. Neles, o objetivo não é a vitória de uma só pessoa ou equipe,
mas a vitória de todos, afinal, por que ter apenas um vencedor para muitos perdedores?
Disponível em https://goo.gl/wvX4KE
São mais sensíveis às solicitações dos outros. São menos sensíveis às solicitações dos outros.
Existem jogos cooperativos em muitas culturas desde a antiguidade, mas foi na década
de 1950 que esses jogos começaram a ganhar visibilidade, graças aos pesquisadores Ted
Lentz e Ruth Cornelius que publicaram o livro “Para Todos: Manual de novos Jogos Coope-
rativos”. Depois, outro pesquisador, chamado Terry Orlick, publicou em 1978 o livro chama-
do “Vencendo a competição”. Já no Brasil, um dos principais responsáveis por trazer essa
discussão foi Fábio Obtuzi Brotto, que criou, entre outros, junto com sua esposa, o “Projeto
Cooperação - comunidade de serviços” (SANTOS, 2005).
São divertidos apenas para alguns. São divertidos apenas para todos.
Alguns jogadores têm o sentimento de derrota. Todos os jogadores têm um sentimento de vitória.
E
SA GUERREIRO?
mbora muitos povos já fizessem
atividade física com o objetivo de
Ao ouvir a palavra ginástica talvez você fortalecer o corpo e se preparar para a guer-
pense nos exercícios físicos realiza- ra, é na Grécia antiga que encontramos os
dos nas academias de ginástica ou no
registros dessa atividade de forma mais sis-
treinamento físico executado no meio
tematizada. Isso ocorre porque essa foi uma
militar. Pode ser ainda que você lem-
bre dos atletas que fazem acrobacias e
das primeiras civilizações que deixaram
movimentos bonitos e difíceis nas olim- bem registrados seus acontecimentos, seja
píadas. Todas essas representações com obras escritas, seja através da arte, e
são formas de uma cultura corporal que também porque em sua cultura havia uma
chamamos genericamente de ginástica. preocupação muito grande com o corpo e a
Mas por que tem esse nome? De quem
estética.
foi a ideia de exercitar o corpo para atin-
gir determinados objetivos? Quais as Ainda que a Grécia fosse um país, era
diferenças entre fazer ginástica e espor-
composta por diversas cidades-estado, que
te? É sobre ginástica que vamos conhe-
eram bastante independentes, embora com-
cer um pouco mais nesse capítulo.
partilhassem da mesma cultura e religião.
» Método Inglês:
O método inglês é baseado nos esportes.
A Inglaterra estava relativamente protegida
dos outros países, já que estava separada
por um oceano e possuía uma marinha po-
derosa. Assim, sua atividade física não era
exatamente um método organizado, mas
consistia na prática de esportes dotados de
princípios morais, como o fair play.
ticos europeus também viam na vida moder- Partem da constatação do baixo nível
na, que estava se direcionando para a vida de atividade física com a baixa qualidade
nas cidades e, com isso, mudando hábitos, na alimentação de muitas pessoas na vida
um problema para o desenvolvimento corpo- moderna, tendo como exemplo os “fast food”
ral e moral das pessoas, daí a necessidade (fast quer dizer rápido, food quer dizer comi-
de métodos de exercícios físicos para preve- da, portanto “comida rápida” ou “lanche rápi-
nir e corrigir tais males. do”). Uma alimentação cada vez mais cheia
Na atividade física anaeróbia alática, o organismo utiliza a energia pronta para disponi-
bilizá-la nos músculos. Essa é uma primeira forma de energia necessária para reação rápida,
mas dura apenas alguns segundos. É a energia para “dar a arrancada” quando se precisa
responder rápido.
Cada tipo de atividade física vai utilizar uma ou outra forma de produção de energia.
Para fins de saúde, é recomendável que se realize tanto atividades físicas aeróbicas como
anaeróbicas.
Hoje sabe-se que a prática constante de atividade física fortalece o coração (que é um
músculo), pois ele precisa se esforçar para bombear mais sangue e, assim, se fortalece, bem
como diminuiu os níveis de gordura e colesterol no organismo, prevenindo problemas circu-
latórios, como derrames, infarto, entre outros.
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/219
Uma forma fácil de avaliar sua composição corporal (relação entre peso e altura) é usando
o IMC (Índice de Massa Corporal). Para isso, basta dividir seu peso por sua altura ao quadra-
do. Por exemplo, se você pesa 84kg e mede 1,70m de altura, seu IMC ficaria assim:
IMC CLASSIFICAÇÃO
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Caso seu resultado seja acima de 25, Para calcular sua re-
significa que você pode estar um pouco aci- lação cintura/quadril e
ma do peso, e isso pode acarretar alguns verificar se ela está ade-
problemas de saúde. Ainda não está em quada, acesse:
uma situação mais grave, mas já é um si- https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/220
Importante perceber que, tão danoso quanto a falta de atividade física, é o excesso dela.
Atividade física é qualquer atividade músculo-esquelética que demande mais energia que no
repouso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1998). Assim, trabalhar, andar
de ônibus, subir escadas, entre outras atividades, também são práticas físicas. O excesso
de atividade física pode provocar lesões nas articulações, sobrecarregar órgãos e, em caso
extremo, levar mesmo à morte.
15. Além de auxiliar no controle do peso corporal, por que é importante realizar atividades
físicas?
Muito conhecido e usado no mundo, sua origem é controversa. Uma da teorias diz que
na guerra civil americana anotava-se “0 killed”, ou seja, ninguém morreu, quando não havia
baixas na batalha. Fazer “ok” então pode significar “ninguém morreu”.
Assim como um simples gesto pode indicar que está tudo bem, na dança os movimentos,
o ritmo, trazem uma série de significados.
E você, dança? Que tipos de dança você dança? Anote todas a danças que compõem
Por que será que as pessoas decidiram movimentar seus a dança de salão que você conhece.
corpos seguindo determinados ritmos e por que isso con- Será que você conhece todas as mo-
tagia tanta gente? Quais os significados das danças de dalidades? Mais à frente vamos reto-
salão? Será que eram praticadas por grupos específicos mar essa anotação para ver quantas
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/293
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Vamos ver alguns destes tipos de for-
ró? Acesse os vídeos a seguir:
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/294
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/295
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/296
Forró
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/297
Se as transformações na cultura são inevitáveis, é fundamental que seja feita uma refle-
xão sobre de que forma essa mudança acontece, pois ela nem sempre é favorável. Que tal
escutar músicas de forró de Gonzaguinha, uma das principais referências do forró nordestino,
e depois comparar com uma música de forró
eletrônico, como as músicas de Wesley Safa-
dão? Será que falam das mesmas coisas? Na
sua opinião, qual delas é melhor? Por quê?
AMPLIANDO O CONHECIM ENTO
Assista a este vídeo para
Agora que já conhecemos um pouco do aprender o passo básico:
forró, podemos aprender a dançá-lo. O forró
costuma ser dançado no estilo “dois dois”, ou
seja, dois passos para um lado, e dois passos
para outro. Uma dica para acertar o ritmo é https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/299
Bolero
O bolero é conhecido por ser um ritmo romântico. Dançado em casais, com ritmo caden-
ciado e charmoso. Sua origem remonta à Europa, principalmente a Espanha, mas foi em
Cuba que se desenvolveu e ficou conhecido na forma que se pratica hoje. Na Espanha vinha
de uma dança religiosa que envolvia um homem e duas mulheres, onde era conhecida como
“Bolero de Algodre”, sendo por isso uma dança sóbria e elegante.
O termo bolero tem vários significados, desde uma peça de vestuário feminino à ideia de
“voar”, por conta do bailado suave.
O bolero teria se desenvolvido em Cuba e países da américa central, entre outros motivos,
por conta do bloqueio econômico ocorrido na primeira guerra mundial, de forma que esses
países não teriam recebido a influência de ritmos americanos, desenvolvendo dessa forma
seus próprios ritmos. Além disso, os governos militares das décadas de 1950 incentivaram os
bailes como forma de manter a população distraída (ZAMONER, CHRISTIANIS, 2011).
Que tal retomar as anotações feitas no início desta sessão? Quantas você acertou?
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/306
EXPRESSÃO NA DANÇA
Você provavelmente já viu alguém que disse que “não sabe dançar”. Essa pessoa prova-
velmente estava se referindo ao fato de não saber dançar um estilo pré-determinado, como a
dança de salão que vimos anteriormente. Mas será que é preciso saber dançar um estilo de
dança específico para se dançar? Por que temos de seguir passos pré-determinados? Não
seria mais interessante, quem sabe até divertido, que cada um criasse seus próprios movi-
mentos?
Para que seja uma dança é preciso apenas que tenha ritmo e que os movimentos, de
alguma forma, se relacionem a ele e aos sentimentos que se quer expressar através do mo-
vimento.
Dançar pode ser uma expressão única de cada pessoa. Criar seu próprio movimento tem
diversas vantagens, entre elas: desenvolver a criatividade, ou seja, a capacidade de inventar
e elaborar novas formas de agir e se expressar; conhecer melhor o próprio corpo, explorando
as potencialidades e os limites dos movimentos; criar uma forma de expressão mais legítima,
já que os movimentos expressam aquilo que você está sentindo; desenvolver coordenação
motora, equilíbrio, noção espacial, que podem ajudar no desenvolvimento de outras ativida-
des, além da própria dança.
Pensando nisso, foi criada a dança criativa. Ela visa fugir de padrões pré-definidos, e é
dançada por crianças e adultos, como forma de educar e desenvolver os indivíduos.
Porém somos seres humanos, e a nossa diversidade confere a nossa diferenciação dos
objetos, pois cada ser humano é único, com desejos, sentimentos, pensamentos diferentes.
Então, por que agirmos da mesma forma?
Para Adorno e Horkheimer (1985) para fugirmos dessa padronização é preciso fugir do
rigor da técnica, o que na dança pode ser feito com a criação de movimentos e danças, e não
com a simples reprodução de movimentos pré-concebidos.
Se não existem regras para dançar, então por que não dançar?
As danças também são usadas como forma de união e celebração. Diversas comunidades
ao longo da história e no mundo usam as danças como momento de união e celebração de
acontecimentos importantes. Em comum, muitas dessas danças são realizadas em grupo,
muitas vezes em círculo.
O círculo tem diversos significados especiais, entre eles a possibilidade de que todos es-
tejam em pé de igualdade, se vendo e interagindo uns com os outros. Ao contrário das filas,
onde há um “primeiro colocado” e um “último colocado”, no círculo, a menos que se escolha
uma pessoa de referência, não há primeiros ou últimos.
Embora tenham essa relação forte com As danças circulares se destacam também
a religiosidade e o místico, as danças cir- pela relação entre as pessoas. Nas danças “de
culares não são práticas de uma religião palco”, há o espectador e o artista que sen-
específica, estão mais ligadas à ideia de tem, se expressam e vivenciam o espetáculo
religiosidade do que de seguimento a uma de dança de formas diferentes. Já na dança
determinada religião. Embora se dance em circular, todos dançam e se expressam juntos,
conjunto, a reflexão e os sentimentos são permitindo uma relação mais intensa com a
individuais, podendo ser praticadas por pes- dança por parte de todos os participantes.
soas de diferentes credos. Dessa forma, as
Nessa dança não existe a necessidade
danças circulares são conhecidas também
de “saber dançar”, todos aprendem e apren-
como danças sagradas.
dem juntos, bem como não há distinção de
Essas danças privilegiam a interação co- idade, sexo, ou qualquer outra. Pessoas com
letiva, onde todos se unem em pró de uma necessidades especiais, como cadeirantes,
mesma ação, construindo assim uma forma podem dançar sem problemas. Como essas
profunda de relacionamento e de entrosamen- danças privilegiam o espírito coletivo, um pra-
to. Por isso, essas danças também são conhe- ticante novato é acolhido pelos demais, que
cidas pela intenção de união das pessoas. o ajudarão até ele aprender os passos das
diversas danças.
Wosniem estudava danças folclóricas e
tradicionais, de forma que as danças circu- Esse espírito coletivo está presente até
lares se aproximam do folclore, porém não é mesmo na forma de se dar as mãos. A pal-
dança folclórica porque não representa uma ma direita é sempre virada para frente e a
nação ou grupo. Trata-se da união de diversas esquerda sempre virada para trás, simbo-
danças populares praticadas no mundo todo, lizando o ato de dar e receber. Dançar em
como forma de manter o acervo cultural cons- conjunto é um processo de troca onde todos
truído pela humanidade, honrando as diferen- dão e todos recebem.
tes origens e tradições. Assim, encontram-se
No centro da roda há objetos que servem
danças antigas e modernas, indígenas, latino
para manter a atenção da dança. Normal-
americanas, europeias, entre outras,
mente são objetos muito bonitos e prepara-
algumas mais introspectivas, outras mais dos com muito carinho, tendo eles relação
animadas. A dança circular é um verdadeiro com o tema da música que se está dançan-
culto às dan-ças tradicionais de todos os do. Esse objetos podem ser um cesto de
povos. frutas, flores, um candelabro com uma vela,
entre outros. Ter um centro como referência
Embora seu criador tenha um repertório
auxilia os dançantes a ter uma noção quanto
bastante grande dessas danças, hoje ainda a
ao deslocamento do círculo, permitindo a me-
dança circular continua se desenvolvendo, in-
lhor desenvoltura da dança.
corporando novas formas de expressão e de
coreografias. Apesar do nome, existem tam-
64 EDUCAÇÃO FÍSICA - ENSINO FUNDAMENTAL
Existe uma pessoa responsável por orga-
nizar a dança e manter o foco dela, chamado AMPLIANDO O CONHECIMENTO
de focalizador. Essas pessoas normalmente
Aqui você pode conhecer um pouco
iniciam fazendo cursos e depois continuam se
mais sobre as danças circulares:
formando, participando de cursos e encontros,
bem como construindo seu próprio repertório.
11. Por que se usa a palma da mão direita virada para frente e a palma da mão esquerda
virada para trás nas danças circulares?
AS LUTAS
Quando falamos em lutas nos vêm à mente ideias como violência, briga, disputa, lesões,
ganhar e perder. Então, em um primeiro momento, podemos pensar que as lutas são algo
inadequado, já que nasceram como forma de machucar alguém. De fato as lutas nascem
de conflitos nos quais diferentes grupos tentam manter o poder sobre outro grupo, inclusive
através da violência física. Contudo, muitas dessas lutas foram evoluindo com o tempo e ad-
quirindo outros significados. Algumas tiraram os movimentos lesivos para se tornarem defen-
sivas, de forma a servir como proteção e não para machucar o oponente. Outras adquiriram
viés artístico, cujos movimentos se aproximam das danças, das ginásticas, e até mesmo de
práticas circenses.
Dessa forma, é preciso compreender quando e onde elas nascem, por que nesses lugares
e nesses tempos, de forma a compreender seus significados e sentidos. Além disso, essas
lutas vão mudando ao longo do tempo, mas será que mudam para melhor ou para pior? Por
que motivos mudam e a quais interesses atendem essas mudanças?
Uma das lutas mais conhecidas hoje em dia é o Judô. Tente responder rapidamente: de
onde ele vem? Quais são as características dessa luta? É um esporte? Por quê? Você consi-
dera essa luta agressiva?
Na sequência, estudaremos um pouco essa luta e você poderá verificar se suas respostas
estavam certas.
O Judô
A partir do século XII surge uma clas- samurais: viver o presente sem medo. Assim, a
se social de guerreiros, conhecidos como flor de cerejeira está também associada ao códi-
Como eram treinados para a guerra, sa- A cerejeira fica pouco tempo florida, por
biam que era bem provável que tivessem isso suas flores representam a fragilidade
uma vida curta, criando uma ética e uma for- da vida, cuja maior lição é aproveitar inten-
ma de viver baseada no valor da vida, e não samente cada momento, pois o tempo passa
em sua duração, que ficou conhecido mais rápido e a vida é curta. (COSTA, 2016).
tarde como “bushido”, ou seja, o código de No final do século XIX e início do século
conduta samurai. Seguir esse código garan- XX o Japão estava passando por uma mo-
tia ao samurai ser respeitado pelos demais, dernização, na qual procurava deixar de ser
ou seja, ter uma vida honrada. Nada pode uma nação imersa na violência e construir
ser pior a um samurai que ser desonrado, uma vida mais pacífica, contexto em que
pois isso poderia tirar o sentido de sua vida, os samurais foram proibidos de agir como
Consulte seu professor de sociologia para saber Aikido = Caminho da unificação da energia da
mais sobre o processo civilizador. vida ou “o caminho do espírito harmonioso”;
guerreiros. Esse processo de abolir práticas Várias são as lutas hoje chamadas de artes
violentas aconteceu de diversas formas em marciais que seguiram esse ideal. Normal-
outras nações, com o objetivo de tornar a so- mente elas são acompanhadas do “do” em
ciedade mais civilizada, o que Norbert Elias, seu nome, como Aikido, Caratê-do, Kendo,
um dos principais sociólogos da história, no- entre outras.
meou de processo civilizador. (ELIAS, 1994).
O próprio Jiu-Jitsu, do qual se originou o
O povo japonês estava preocupado que Judô, hoje é praticado nesse sentido. “Jiu”
a cultura desenvolvida durante séculos se do “jiu-jitsu” e o “ju” do “judô”” têm o mes-
perdesse, e ao mesmo tempo possuía vasto mo significado em japonês, e a diferença na
conhecimento gerado pela tradição marcial, escrita em português se dá mais pela forma
ou seja, de guerras. Para que esses conhe- que se convencionou a escrever. Ambos
cimentos não se perdessem, começaram a significam “suave”. O “jutsu” do “jiu-jutsu”
adaptar as práticas, inclusive as lutas, no significa “arte, técnica”. Então o “jiu-jitsu” é
sentido de que não servissem mais para a “arte suave”, enquanto o “judô” é o “cami-
formar guerreiros, até porque as armas de nho suave”.
fogo estavam em ascensão e a forma de se
fazer guerra estava mudando radicalmente. Essas lutas têm em comum o fato de não
Assim, as artes marciais perderam certa re- se usar golpes de percussão, aqueles movi-
levância para a guerra, sendo transforma- mentos que visam atingir o oponente como
das em práticas educativas, que auxiliam na chutes e socos, mas sim utilizar alavancas
educação e no desenvolvimento das pes- e projeções, ou seja, imobilizar ou afastar
soas. De certa forma os japoneses fizeram o oponente. Inicialmente, ambas usavam
com as lutas o que os europeus fizeram com alavancas e projeções, porém com o tempo
a ginástica: usaram a atividade física para as técnicas foram se modificando, de forma
educar e desenvolver o povo e o país. Essa que hoje o jiu-jitsu se caracteriza mais pela
mudança nas lutas com o objetivo de educar imobilização e o judô pela projeção, embora
para a paz ficou conhecido como “budô”. existam técnicas compartilhadas por ambas.
O termo “bu” significa militar, e “do” ca- Jigoro Kano, criador do judô, era também
minho. As artes marciais seriam então um ministro da educação de seu país, e busca-
caminho para o autodesenvolvimento, em va com o Judô auxiliar na educação de seu
um sentido próximo às crenças budistas. povo. Por isso não priorizava a competição
Prática esportiva, exercício físico, em suas diferentes formas, o judô tem ajudado a con-
cretizar os ideais de Jigoro Kano, de unir a humanidade, educar as pessoas, através da práti-
ca de uma arte marcial, de um budô.
A capoeira
Mistura de jogo, dança e, claro, luta, foi desenvolvida por povos escravizados no Brasil. Ao
contrário do que se imagina, a capoeira não nasceu nas fazendas.
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/389
» Golpes:
» Meia lua de frente: Realiza-se um chute “de
fora para dentro”, ou seja, se chutar com a AMPLIANDO O CONHECIMENTO
perna direita, ela faz um movimento da di-
reita para a esquerda, desenhando um se- Veja aqui a meia lua de fren-
micírculo no ar. Esse movimento pode ser te e armada:
complementado com uma “armada”, que é https://goo.gl/wFmJ3T
Hoje a capoeira é praticada no mundo inteiro como forma de exercício físico, atividade de
lazer, artística e cultural. E, então, vamos jogar?
Vamos conhecer um pouco mais desse » jaqueta branca (1), acolchoada e de mangas
» usa-se ainda a ligação eletrônica através de do um toque mais firme. Na espada pode-se
um cabo que se mantém esticado (3). tocar o corpo todo, mudando assim o esti-
lo da luta. Disputa-se em pé, pois qualquer
parte do corpo à frente pode facilitar o toque
» As armas do adversário.
» Florete: Leve e ágil, é a arma preferida dos » A espada tem comprimento máximo de
iniciantes e era a única permitida para as 110cm, e peso inferior a 770g.
mulheres antigamente. Tem uma área de
proteção menor que a da espada e a do
sabre, sendo mais flexível que a espada e
menos que o sabre. No florete pode-se tocar
todo o tronco coberto pelo colete e parte do
pescoço. Nessa modalidade, quem está ata-
cando tem a vantagem, ou seja, caso haja
toque simultâneo, o ponto é de quem estava Disponível em https://goo.gl/wTxdXa
atacando.
» O florete tem 90cm de comprimento de lâ- » O Sabre: O sabre é a arma mais leve e
mina e 110cm de comprimento máximo, pe- curta, pesando menos de 500g e 88cm de
sando 500g ou menos. lamina, com 105cm de comprimento total.
Nela pode-se acertar da cintura para cima,
incluindo braços e cabeça, com exceção
das mãos. Essa modalidade está presente
nas olimpíadas desde 1896, início das olim-
píadas modernas.
Disponível em https://goo.gl/U1AT9H
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Aqui você pode ver as ar-
mas sendo apresentadas
por Renzo Agresta, atleta
de esgrima:
Disponível em https://goo.gl/9hGE2s
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/392
INFOGRÁFICO ESGRIMA
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/396
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/397 https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/399
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/400
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/398
O Kung Fu e os animais
Provavelmente você nunca ouviu o termo “wushu” (arte de guerrear ou arte da guerra). Isto
porque essa luta é mais conhecida por outro nome: Kung Fu! Seu nome original era “wushu”,
porém quando os ocidentais tiveram contato com ela, viam os praticantes gritando “kung fu”
“kung fu”, que em chinês é algo como “faça direito” ou “faça bem feito”. Como os ocidentais
não sabiam chinês, começaram a chamar essa luta dessa forma, tornando-se popular o termo
Kung Fu no ocidente.
O “wushu” na verdade não é apenas uma forma de luta, mas um termo genérico para
diversas formas de luta existentes na China. Trata-se de uma das primeiras formas de lutas
organizadas e sistematizadas que se tem notícia. Isso se dá, entre outros motivos, graças aos
monges que se dedicaram de forma
intensa e disciplina no seu estudo e
desenvolvimento. Durante muitos sé-
culos os países orientais viveram em
conflitos, o que exigia o desenvolvi-
mento de técnicas de luta, muitas ve-
zes restritas a pequenos grupos que
não queriam compartilhá-las para
não perder sua superioridade.
uma ordem universal em todas as coisas, e ao observar a natureza poderiam aprender com
essa ordem. Assim, as técnicas de luta foram sendo organizadas a partir também da observa-
ção dos movimentos dos animais, nascendo os estilos: tigre, louva-a-deus, macaco, serpente
e garça. Existem outros estilos ainda relacionados ao wushu, como Sanda ou boxe chinês.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Para conhecer alguns dos Você Sabia? O budismo não é somente uma
estilos do kung fu, acesse: religião, mas uma filosofia, uma forma de com-
preender e explicar o mundo.
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/401
Fique atento! O templo Shaolin existe até
hoje, bem como seus monges, que rece-
https://redirect.maestriaeducacional.com.br/eja/402
bem os turistas e apresentam sua arte.
SÍNTESE
humanidade ao longo de sua história, e continuam a
ser produzidas. A todo tempo essas manifestações
sofrem diversas influências, se relacionando ao
trabalho, à cultura, enfim, à vida de todos. Por isso
esses estudos são apenas o passo inicial, pois nunca
paramos de apren-der, evoluir, construir, viver…
Esperamos que esses conhecimentos sirvam para
compreender melhor a realidade e nela intervir, sendo
para jogar, se exercitar, fruir, admirar, se expressar,
sentir, sempre de forma a construir uma vida mais
digna e justa para todos.
Tradução de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985.
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