Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BIOMECÂNICA DO
JOELHO
DICAS PARA FORTALECIMENTO E SAÚDE DESSA ARTICULAÇÃO
ARTICULAÇÃO
TIBIOFEMOAL
MENISCO MEDIAL
Conteúdo licenciado para Aline - alinermartins17@gmail.com
08
No caso de lesões nessas estruturas, uma característica muito
importante a ser considerada por nós profissionais da saúde é
que a vascularização dos meniscos é, basicamente, limitada
na parte mais periférica (zona vermelha). O que significa que
lesões nessa região tem maior potencial de cicatrização
enquanto que lesões na região central (zona branca) dos
meniscos possui difícil recuperação. Desse modo, a
identificação do local exato da lesão influencia tanto na
recuperação como na escolha do tratamento mais adequado
indicado pelo médico. Para os profissionais da Educação
Física ou Fisioterapia cabe a identificação do local da lesão
para entender o tempo de recuperação e o momento mais
adequado para exigir um esforço maior dessa articulação nos
exercícios.
Caso o cliente já possua uma lesão meniscal, realizar o
agachamento profundo pode não ser uma boa estratégia Acessar artigo
visto que esse movimento aumenta o risco de lesões nessa
estrutura (Escamilla, 2001).
Conteúdo licenciado para Aline - alinermartins17@gmail.com
09
03. PATELA
A patela é o osso que fica na região da frente do joelho
e tem uma função primordial de dar mais torque na
extensão dessa articulação. Como ela faz isso?
Observe na imagem ao lado que, devido ao
posicionamento da patela, o tendão patelar fica mais
inclinado para a frente do joelho, proporcionando
maior torque na extensão da articulação (seta azul
escuro). Caso a patela não existisse, o tendão passaria
mais próximo do fêmur (seta azul claro) e a força
proporcionada pelo quadríceps não seria tão eficiente
para a extensão do joelho.
Para evitar que os ossos da patela e fêmur entrem em contato direto, essas duas
estruturas são revestidas de cartilagens que, além de proteger e amortecer as cargas
que passam constantemente pela articulação, permite um ótimo deslizamento entre
os dois ossos durante os movimentos de flexão e extensão do joelho. A cartilagem
patelar é uma das mais espessas do corpo humano e possui duas características
importantes para o entendimento de nós profissionais da saúde.
Os clientes acometidos pela síndrome da dor patelofemoral, frequentemente relatam dor no joelho
quando sobem ou descem escadas, quando agacham ou saltam, e até o ato de ficar sentado por um
longo período de tempo. Outros sintomas incluem os estalos ao agachar, andar, correr ou subir
escadas bem como a “sensação de areia” dentro da articulação. E é nesse ponto que chegamos na
condromalácia, pois essa sensação está muito relacionada a essa condição.
QUE SÃO PREJUDICIAIS PARA QUE NÃO melhoras caso nas outras horas do dia o cliente faça
movimentos inadequados. Além disso são
SEJAM EXECUTADOS NO DIA A DIA OU necessários os exercícios de fortalecimento
muscular, tanto para os músculos que movimentam
DURANTE OS EXERCÍCIOS FÍSICOS. e estabilizam o joelho quanto para os que fazem o
mesmo para o quadril. O ganho de força muscular
garante a redução das forças que agem sobre o
joelho e poupa as estruturas cartilaginosas,
consequentemente impede ou retarda a progressão
CLIQUE AQUI da condromalácia.
1. Um tamanho de fêmur muito grande comparado ao tamanho da tíbia. Observe na imagem abaixo
que o comprimento do fêmur na figura 1 é menor que o da figura 2. Note também que a linha
tracejada em amarelo representa a linha da força da gravidade agindo sobre o centro de massa.
Basicamente, o peso das partes do corpo que está atrás dessa linha deve ser o mesmo que está na
frente para que haja equilíbrio corporal. Entretanto para que exista equilíbrio nas pessoas que
possuem um fêmur muito longo comparado ao tamanho da tíbia (figura 2) veja que o tronco deverá
estar mais inclinado para frente. Essa é uma característica imutável, porém é necessário que o
profissional da saúde entenda que ela existe para compreender as dificuldades de alguns clientes
perante outros para fazer um simples agachamento.
LEAL, L., MARTÍNEZ, D., Y SIESO, E. (2012). FUNDAMENTOS DE LA MECÁNICA DEL EJERCICIO. RESISTANCE INSTITUTE (1ª
EDIÇÃO).
ESCAMILLA, RF. KNEE BIOMECHANICS OF THE DYNAMIC SQUAT EXERCISE. MED SCI SPORTS EXERC 33: 127–141, 2001.
FUKUDA TY, ROSSETTO FM, MAGALHAES E, BRYK FF, LUCARELI PR, DE ALMEIDA APARECIDA CARVALHO N. SHORT-TERM
EFFECTS OF HIP ABDUCTORS AND LATERAL ROTATORS STRENGTHENING IN FEMALES WITH PATEL- LOFEMORAL PAIN
SYNDROME: A RANDOMIZED CON- TROLLED CLINICAL TRIAL. J ORTHOP SPORTS PHYS THER. 2010;40:736-742.
FUKUDA TY, MELO WP, ZAFFALON BM, ET AL. HIP POSTEROLATERAL MUSCULATURE STRENGTHENING IN SEDEN- TARY WOMEN
WITH PATELLOFEMORAL PAIN SYNDROME: A RANDOMIZED CONTROLLED CLINICAL TRIAL WITH 1-YEAR FOLLOW-UP. J ORTHOP
SPORTS PHYS THER 2012;42(10):823-30.
MURRAY N, CIPRIANI D, O'RAND D, REED-JONES R. EFFECTS OF FOOT POSITION DURING SQUATTING ON THE QUADRICEPS
FEMORIS: AN ELECTROMYOGRAPHIC STUDY. INT J EXER SCI, 2013; 6(2): 114-125