1.
Leia o texto atentando-se para a apresentação das
ideias do filósofo francês René Descartes.
Descartes apresentava argumentos com um luxo
mental lógico tão veloz que era difícil acompanhar.
Acreditava que todo problema poderia ser dividido
em partes menores e que eles poderiam ser
convertidos em equações abstratas. Ao fazer isso, a
pessoa conseguia eliminar a questão da percepção
sensorial, deixando que a razão objetiva solucionasse
a questão.
Tendo em vista que a percepção sensorial era
incerta, o único ponto do qual Descartes podia
realmente ter certeza era que as pessoas pensam.
Dessa forma, o pensamento e a razão são a essência
de todos os seres humanos. E, como existe uma
diferença entre a razão pura e a percepção sensorial,
ele argumentava que isso deve ser a existência da
alma.
De acordo como texto lido e com seus conhecimentos
sobre René Descartes, assinale V para as alternativas
verdadeiras e F para as alternativas falsas.
I. ( ) O primeiro parágrafo apresenta o método
cartesiano.
II. ( ) O segundo parágrafo apresenta a conclusão de
Descartes por meio do método.
III. ( ) A essência de todo ser humano é a alma.
Assinale a sequência correta.
a) V, V, F.
b) F, V, F.
c) F, F, V.
d) V, F, F.
e) V, V, V.
2. Analise o esquema atentando-se para os tipos
diferentes de ideias que René Descartes afirmava
existir.
O que preenche corretamente as lacunas desse
esquema?
a) (1) Adventícias, (2) Imaginação, (3) dos sentidos,
(4) da razão.
b) (1) Factícias, (2) Adventícias, (3) da razão, (4) dos
sentidos.
c) (1) Factícias, (2) Adventícias, (3) dos sentidos, (4)
da razão.
d) (1) Adventícias, (2) Factícias, (3) da razão, (4) dos
sentidos.
e) (1) Adventícias, (2) Factícias, (3) da junção entre
razão e percepção, (4) da razão.
3. Leia atentamente o texto a seguir.
Vemos assim que a artilharia, a navegação, a
imprensa e outras coisas semelhantes tiveram
princípios toscos, e logo com o tempo foram
melhoradas e refinadas, mas, ao contrário, as
filosofias e ciências de Aristóteles, Platão,
Demócrito, Hipócrates, Euclides, Arquimedes,
mostraram sumo vigor a princípio, e com o tempo
degeneraram e se degradaram; e a razão disto não é
outra senão que no primeiro muitos engenhos e
trabalhos têm contribuído para uma só coisa, e no
segundo muitos engenhos e trabalhos se gastaram
no engenho de algum, o qual muitas vezes mais
aviltaram do que ilustraram. Pois da mesma forma
que a água não sobe a altura maior do que o nível do
primeiro manancial de onde brota, assim o
conhecimento derivado de Aristóteles, e não
submetido a livre exame, não voltará a alçar-se por
cima de Aristóteles.
No trecho, observa-se que o filósofo Francis Bacon
advogou em favor de uma mudança no modo de
proceder da ciência de sua época. Essa mudança
corresponde:
a) à valorização da experiência enquanto base da
ciência e do conhecimento.
b) à inclusão, nas ciências, dos saberes tradicionais
encontrados nos clássicos gregos.
c) ao estabelecimento de um modelo contemplativo,
que privilegiava a observação e a reflexão.
d) ao aproveitamento dos saberes técnicos
encontrados na artilharia, na navegação e na
imprensa.
e) à retomada dos ideais aristotélicos, como meio de
assegurar e alavancar ciências empíricas.
4. Leia atentamente os excertos e em seguida julgue
as afirmativas de I a IV como verdadeiras ou falsas.
TEXTO I
O poder de bem julgar e distinguir o verdadeiro
do falso, que é o que propriamente se denomina o
bom senso, ou a razão, é naturalmente igual em
todos os homens.
TEXTO II
Meu método se assemelha àquelas artes menos
importantes e mais simples, sobretudo aquelas onde
a ordem reina mais, como são aquelas dos artesãos
que produzem tecidos e tapeçaria, ou aquelas das
mulheres que bordam ou fazem rendas.
I. O método científico proposto pelo filósofo René
Descartes requer habilidades e talentos especiais que
apenas algumas pessoas possuem.
II. O método defendido pelo filósofo René Descartes
para as ciências depende de faculdades que todos os
seres humanos, em princípio, possuem.
III. Segundo René Descartes, a razão humana é a
capacidade de distinguir verdades de falsidades.
IV. Simplicidade e ordem são, segundo René
Descartes, imprescindíveis para as ciências.
a) F, V, V, V.
b) F, V, F, V.
c) F, V, V, F.
d) V, V, V, V.
e) V, V, F, V.
5. Leia o texto atentando-se para as definições de a
priori e a posteriori.
Glossário: a priori/a posteriori: Conhecemos algo a
priori quando o conhecemos sem recorrer à
experiência. Por exemplo, para saber que a adição de
502 com 12 dá 514 não precisamos recorrer à
experiência. Mas para saber que a neve é branca
temos de recorrer à experiência. Conhecemos algo a
posteriori quando o conhecemos recorrendo à
experiência.
O filósofo Immanuel Kant trabalhou com ambas as
definições que descrevem duas fontes de
conhecimento.
Para ele, os conhecimentos a priori são aqueles...
a) Ligados à prática intelectual, como as leis da
Física.
b) Construídos sem relação alguma com
qualquer experiência.
c) Intimamente relacionados com o b) I e III
entendimento e a experiência.
d) Apreendidos na percepção das
coisas presentes na realidade.
e) Criados pela imaginação e capazes de levar o
homem a conhecer o mundo.
6. Observe a forma como Immanuel Kant concebia o
conhecimento.
“Encontra-se em A93 da Crítica da Razão Pura, o
resultado que interessa primordialmente para a
determinação dos limites da razão: "a validade
objetiva das categorias como conceitos a priori
basear-se-á em que tão somente mediante elas é
possível a experiência".
Dentre outros elementos, Kant buscou em sua
filosofia "determinar os limites da razão". Esse
aspecto seria determinar o que a razão
a) Pode executar na prática.
b) Pode ou não conhecer.
c) Pode imaginar.
d) Consente.
e) Sente.
f)
7. Leia o texto atentando-se para as ideias do filósofo
alemão Immanuel Kant.
Kant vê a necessidade e o motivo para
processar a razão não em um defeito originário da
mesma, mas numa certa falta de autocompreensão
ou autocrítica, que se manifesta justamente na
reclamação indevida do direito de julgar sobre
questões que não são da sua competência. Que a
razão se ocupe com esse tipo de questões é, no
entanto, não culpa dela, mas trata-se
antes de uma "disposição natural" dela, ou, como
lemos na primeira Crítica, é o "destino da razão
humana sentir-se importunada por questões a que
não pode esquivar-se. Pois elas lhe são propostas
pela própria natureza da razão", mas que "também
não pode resolver, já que ultrapassam toda a
capacidade da razão humana" — só que, usando os
princípios "inevitáveis no curso da experiência e, ao
mesmo tempo, suficientemente comprovados por
esta", ela vai se "elevando gradativamente a
condições mais remotas", e envolvendo-se assim,
cada vez mais, em "trevas e contradições".
Segundo o texto lido, julgue as afirmativas:
I. Kant critica a razão por um defeito originário dela
mesma.
II. O problema da razão não é o conhecer, mas a falta
de autocompreensão.
III. A razão tem uma disposição natural para se
importunar com questões que não pode resolver.
IV. Devido ao defeito originário da razão, ela está
condenada a viver em trevas e contradições, sem
poder se elevar.
Está correto o que se afirma em:
a) I, somente
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV
8. Analise a definição que o filósofo Immanuel Kant
fornece para o conhecimento transcendental.
Eu denomino transcendental todo conhecimento que
se ocupe não tanto com os objetos, mas com o nosso
modo de conhecer os objetos, na medida em que
estes devam ser possíveis a priori. Um sistema de tais
conceitos se denominaria filosofia transcendental.
Immanuel Kant propõe esse sistema de conceitos que
denomina filosofia transcendental como uma...
a) Filosofia empírica que se ocupa somente com
os objetos.
b) Filosofia totalmente racionalista que não leva
em conta a experiência.
c) Teoria que visa a descrever como as ciências
conhecem o mundo.
d) Filosofia prática que se ocupa principalmente
com o modo de vida.
e) Via alternativa entre racionalistas e
empiristas, dogmáticos e céticos.