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Assinale a alternativa que possui um elemento que não foi pensado pelos filósofos Pré-
Socráticos como originador das coisas.
a) número, átomo, fogo, elétrons e prótons.
b) fogo, número, átomo, ilimitado.
c) água, número, fogo, ar.
d) ilimitado, átomo, ar, fogo.
e) água, ar, número, ilimitado.
4. (Ufu) Heráclito de Éfeso afirmava que “ninguém pode banhar-se duas vezes nas mesmas
águas de um rio”. Para ele, o que mantém o fluxo do movimento é
a) a identidade do ser.
b) o simples aparecer de novos seres.
c) a harmonia que vem da calmaria dos elementos.
d) a estabilidade do ser.
e) a luta dos contrários, pois “a guerra é pai de todos, rei de todos”.
5. (Ufu) O filósofo pré-socrático, Parmênides de Eléia, afirmava que “o ser é e o não-ser não
é”. Por essa afirmação, ele foi considerado pelos filósofos posteriores como
a) o pai do ceticismo.
b) o fundador da Metafísica.
c) o fundador da sofística.
d) o iniciador do método dialético.
e) o filósofo do absurdo.
6. (Ufu) “…Princípio dos seres…ele [Anaximandro] disse (que era) o ilimitado…Pois donde a
geração é para os seres, é para onde também a corrupção se gera segundo o necessário ; pois
concedem eles mesmos justiça e deferência uns aos outros pela injustiça, segundo a
ordenação do tempo.”
7. (Ufu) “Só é possível pensar e dizer que o ente é, pois o ser é, mas o nada não é; sobre isso,
eu te peço, reflita, pois esta via de inquérito é a primeira de que te afasto; depois afasta-te
daquela outra, aquela em que erram os mortais desprovidos de saber e com dupla cabeça,
pois, no peito, a hesitação dirige um pensamento errante: eles se deixam levar surdos e cegos,
perplexos, multidão inepta, para quem ser e não ser é considerado o mesmo e não o mesmo,
para quem todo o caminho volta sobre si mesmo”.
8. (Ufu) A relação entre mito e logos pode ser ilustrada a partir do seguinte fragmento do
poema Sobre a Natureza de Parmênides.
“E a deusa me acolheu benévola, e na sua a minha
mão direita tomou, e assim dizia e me interpelava:
ó jovem, companheiro de aurigas imortais,
tu que assim conduzido chegas à nossa morada.
salve! Pois não foi mau destino que te mandou perlustrar
esta via (pois ela está fora da senda dos homens)...”
Os Pré -Socráticos. Trad. de José Cavalcante de Souza. 1ª ed. São Paulo: Abril Cultural. 1973, p. 147. (Os
Pensadores)
Após ler o fragmento, escolha a alternativa que melhor representa a reIação mito- logos nas
origens da filosofia.
a) A verdade filosófica aparece no poema de Parmênides como revelação divina e experiência
mística, que são incompatíveis com o pensamento filosófico racional. A deusa do poema
mostra que o conhecimento supremo está fora do alcance da razão humana.
b) A verdade filosófica, no poema de Parmênides, é apresentada por meio de representações
míticas que o filósofo retira de uma tradição religiosa. Essas imagens se transpõem, sem
deixar de ser místicas, em uma filosofia do Ser que busca o objeto inteligível do logos, ou
seja, do pensamento racional e do Uno.
c) A verdade filosófica, por ser revelação da deusa, é obtida apenas pela experiência religiosa.
As representações míticas do poema de Parmênides indicam que a filosofia grega do século
V a.C. é irracional, pois não usa as categorias lógicas do rigor argumentativo.
d) A filosofia representa o pensamento estritamente racional, que busca uma explicação de
mundo somente por meio de princípios materiais. Por essa razão, o poema de Parmênides
ainda não representa o pensamento filosófico do século V a.C., caracterizado pela ruptura
com todas as imagens míticas da tradição cultural grega.
e) A filosofia representa a racionalidade subjetiva que é própria do período clássico no século V
a.C. que representa a ideia de ciência moderna.
9. (Ufu) Descartes (1596-1650) é importante para a Filosofia Moderna porque foi quem
superou o ceticismo da filosofia do século XVI. Embora tenha se servido do recurso dos céticos
- a dúvida -, Descartes utilizou este recurso para atingir a ideia clara e distinta, algo evidente e,
portanto, irrefutável. Com base neste argumento,
10. (Ufu) Sobre a filosofia de Descartes, pode-se afirmar, com certeza, que as suas mais
importantes consequências foram
I. a afirmação do caráter absoluto e universal da razão que, através de suas próprias forças,
pode descobrir todas as verdades possíveis.
II. a adoção do Método Matemático, que permite estabelecer cadeias de razões.
III. a superação do dualismo psicofísico, isto é, a dicotomia entre corpo e consciência.
"E, tendo notado que nada há no eu penso, logo existo, que me assegure de que digo a
verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, é preciso existir, julguei poder
tomar por regra geral que as coisas que concebemos mui clara e mui distintamente são todas
verdadeiras, havendo apenas alguma dificuldade em notar bem quais são as que concebemos
distintamente."
(DESCARTES, Discurso do Método. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 55. Coleção "Os
Pensadores")
I. Este "eu" cartesiano é a alma e, portanto, algo mais difícil de ser conhecido do que o corpo.
II. O "eu penso, logo existo" é a certeza que funda o primeiro princípio da Filosofia de
Descartes.
III. O "eu", tal como está no Discurso do Método, é inteiramente distinto da natureza corporal.
IV. Ao concluir com o "logo existo", fica evidente que o "eu penso" depende das coisas
materiais.