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Máquinas Eléctricas
A máquina assíncrona
Nº 4
Transformador monofásico
Transformador
Definição e constituição
• É uma maquina eléctrica estática que consegue transferir
energia elétrica de um circuito para outro, geralmente com
tensões e correntes diferentes, mantendo a mesma frequência
e aproximadamente a mesma potência.
• É normalmente composto por uma bobina de enrolamento
primário e uma bobina de enrolamento secundário, que
envolvem um núcleo de material ferromagnético.
• Contudo, existem alguns transformadores que possuem mais
de um enrolamento secundário. Neste caso, o equipamento
terá maiores dimensões e haverá um aumento considerável no
preço devido à maior quantidade de material usado para o
fabrico.
• Para o seu funcionamento, a bobina do enrolamento primário é
submetida a uma tensão eléctrica.
Nº 6
Transformador
Aplicação e utilização
• A tensão eléctrica na bobina do enrolamento primário é
transformada noutra tensão na bobina do enrolamento
secundário, mantendo a potência elétrica praticamente
constante.
• Pode ser utilizado para:
o alterar os valores de tensão e corrente;
o alterar os valores de impedâncias em circuitos eléctricos;
o aumentar o calibre dos aparelhos de medida;
o fazer a separação eléctrica de circuitos (isolamento
galvânico).
Nº 7
Transformador
Principio de funcionamento
• Foi verificado que:
o é possível criar um campo magnético a partir de uma corrente eléctrica (Oersted, 1820);
o é possível criar uma corrente eléctrica num circuito através de um fluxo magnético variável,
mas se o fluxo não for variável não existe corrente eléctrica (Faraday, 1821);
o o sentido da corrente induzida é tal que o campo magnético por ela criado é oposto à
variação do fluxo magnético que lhe deu origem (Lenz, 1834).
• O principio de funcionamento de um transformador baseia-se nas experiências supra e em:
o Lei de Biot-Savart: uma corrente elétrica I produz um campo magnético B;
o Lei de Ampère: calcula o campo magnético H a partir de uma distribuição de densidade de
corrente elétrica J;
o Leis de Maxwell: os campos magnéticos podem ser gerados através de correntes elétricas
(lei de Ampère original) e por campos elétricos que variam no tempo.
Nº 8
Transformador
Principio de funcionamento
Nº 9
Transformador
Simbologia
Enrolamento Enrolamento
primário secundário
Núcleo
magnético
Enrolamento Enrolamento
primário secundário
Enrolamento Enrolamento
primário secu ndário
Enrolamento
Enrolamento
primário
secu ndário
Nº 10
Transformador
Caracterização
Nº 11
Transformador
Nº 12
Transformador
Transformador de potência
Nº 13
Transformador
Transformador de potência
Nº 14
Transformador
Transformador de potência
Transformador Transformador
Central Eléctrica Transporte Consumo
Elevador Abaixador
Nº 15
Transformador
Nº 16
Transformador
Nº 17
Transformador
Nº 18
Transformador
Nº 19
Transformador
Nº 20
Transformador
Nº 21
Transformador
Nº 22
Transformador
Nº 23
Transformador
Nº 24
Transformador
Nº 25
Transformador
Nº 26
Transformador
Source:
https://www.edpdistribuicao.pt/sites/edd/files
/2019-04/Caracterizacao-das-Redes-de-
Distribuicao-a-31-dez-2018-ERSE_1.pdf
Nº 27
Transformador
O núcleo- materiais
Materiais ferromagnéticos
Nº 28
Transformador
Transformador monofásico
Transformador
Transformador ideal
𝑈 𝐼 𝑁
𝑆 =𝑆 𝑈 𝐼 =𝑈 𝐼 𝑚= = =
𝑈 𝐼 𝑁
Nº 30
Transformador
Transformador real
Possui perdas:
• nos condutores dos enrolamentos: Joule e fluxo de dispersão
• no núcleo magnético: correntes de Foucault e Histerese
Nº 31
Transformador
𝑃 =𝑅 𝐼
Nº 32
Transformador
Nº 34
Transformador
Transformador real
Há outras perdas que são desprezíveis, tais como: sonoras, por vibração e correntes parasitas induzidas no exterior.
Nº 36
FME- Fundamentos de
Máquinas Eléctricas
A máquina assíncrona
I0
Transformador ideal
𝑆 - Potência aparente no secundário
Ip Im
𝑆 - Potência aparente da carga
Rp Lm U2
U1 E1 E2 𝑚 - Relação de transformação:
𝜂 - Rendimento
𝑈 - Tensão do primário ou tensão aplicada 𝐼 - Corrente de vazio 𝑈 - Tensão do secundário ou tensão na carga
𝑅 – Resistência dos condutores do primário 𝐼 - Corrente parasita (de histerese e de Foucault) 𝑅 – Resistência dos condutores do secundário
Nº 38
Transformador
Relações de grandezas
𝑆 =𝑆
𝑈 𝐼 Relação entre tensões e correntes
𝑈 𝐼 =𝑈 𝐼 𝑚 = =
𝑈 𝐼 no primário e no secundário
𝑁
𝑚=
𝑁
𝑈 𝑍 Relação entre impedâncias
𝑍 = 𝑚 = no primário e no secundário
𝐼 𝑍
𝑈
𝑍 =
𝐼
Nº 39
Transformador
I0 I
Transformador ideal
I′ =
Ip Im 𝑚
Lm U2 𝑅
U1 Rp U´2 𝑅 =
𝑚
𝑋
𝑋 =
𝑚
U = U + Z .I
Existem literaturas que empregam as seguintes grandezas:
𝑅 =𝑅
𝐼 =𝐼 +𝐼
𝑋 = 𝑋
𝑅 =𝑅 𝐼 =𝐼 +𝐼
𝑋 =𝑋
Nº 40
Transformador
𝑋 =𝑋 +𝑋
Nº 41
Transformador
Ensaios
Nº 42
Transformador
Ensaio em vazio
• O transformador não tem qualquer carga ligada ao secundário.
• O funcionamento do transformador é como uma bobina real com núcleo de ferro.
• Pode-se determinar o valor da impedância do circuito de magnetização, calculando
separadamente a sua componente óhmica e a sua componente reactiva.
I1=I0 I’2=0A Req Xeq
𝑈
𝑅 = IP
𝑃
I0
U1
IP Im 𝑃
𝑐𝑜𝑠𝜑 =
𝑈 𝐼
U1
Rp Xm
𝑈
𝑋 = Im
𝐼 𝑠𝑒𝑛𝜑 I1=I0
Nº 43
Transformador
Ensaio em curto-circuito
Estabelece-se uma ligação eléctrica franca (shunt) entre os terminais do secundário, e
alimenta-se o primário com uma tensão tal que provoque a passagem da corrente de
primário nominal. As ucc típicas para transformadores de potência estão entre 3 e 10% de Un.
I1 I’2 Req Xeq
I1 I’2=I1 Req Xeq
I0<<I’2
I0=0A
U1
U1
Rp Xm
IP IR e q
U1 𝑃
Im 𝑅 =
𝐼 IR e q
I’2 I’2=I1
𝑋 = 𝑍 −𝑅
I1
Nº 44
Transformador
Ensaio em carga
Nº 45
Transformador
Potência de perdas
As perdas nos enrolamentos dos condutores, perdas no cobre, são por efeito de Joule
e dadas por:
𝑃 =𝑅 𝐼
As perdas no núcleo magnético, perdas no ferro, podem ser por histerese e por
correntes de Foucault, dadas respectivamente por:
𝑃 = 𝐾 𝑉𝑓𝐵 𝐾 =100 Para chapas de alta qualidade e o seu valor máximo é 500
𝑃 =𝑃 +𝑃
𝑃 = 𝐾 𝑉𝑓 𝐵 𝐾 Depende do material do núcleo
Usualmente não se separam as perdas no ferro. Como o fluxo máximo é constante para uma tensão U1 constante, as
perdas no ferro são constantes.
𝑃 =𝑃 +𝑃
Nº 46
Transformador
Rendimento
• O transformador é a máquina elétrica mais eficiente, com rendimento acima de 90%.
• Mantendo a mesma tensão no primário, o fluxo magnético no núcleo de ferro do
transformador é independente da carga e é aproximadamente constante. Por
conseguinte, as perdas no ferro também são constantes.
• O rendimento do transformador varia com a carga. Um transformador de distribuição é
projetado para trabalhar em meia carga pois o seu regime de carga é muito variável,
tendo sobrecarga nos horários de ponta e baixa carga nas horas de vazio. Um
transformador de potência é projetado para trabalhar em plena carga. O seu
rendimento máximo é próximo do regime de carga projectado.
𝑃 =𝑃 +𝑃 +𝑃
h= = =
𝜂 => 𝑃 =𝑃 Nº 47
Transformador
Nº 48
Transformador
Nº 49
Transformador
Regulação de tensão
• A regulação de tensão é uma avaliação da variação da tensão do secundário provocadas por variações na carga.
• É um indicador da qualidade do transformador.
• É uma figura de mérito do transformador e expressa-se normalmente em percentagem.
• A regulação de tensão relaciona o comportamento da tensão em regime de carga e em vazio, em relação a uma
referência (a tensão em carga).
• A variação da tensão ocorre devido à queda de tensão (V = ZeqI) associada à impedância interna do
transformador.
• Sendo U20 a tensão do secundário em vazio e U2 a tensão do secundário em carga, a regulação é dada por:
𝑈 −𝑈
∆𝑈 % = . 100
𝑈
• Para o circuito reduzido ao primário, a regulação é dada por:
𝑈 − 𝑈′
∆𝑈 % = . 100
𝑈
Nº 50
Transformador
Regulação de tensão
Se não for possível colocar o transformador à plena carga para determinar a sua regulação de tensão, pode-se calcular a
partir dos resultados do ensaio em curto-circuito. A IEEE 1100 trata a regulação de tensão como “o grau de controle ou
estabilidade da tensão eficaz em situação de carga (normalmente especificado a outros parâmetros, como variações de tensão na
entrada, variações de carga, etc.)”. A IEC 61000-3 recomenda a definição da tensão de referência como a tensão nominal do sistema.
Nº 51
Transformador
Regulação de tensão
N
Regulação com transformador sem tensão Regulação com transformador em tensão
(são necessárias 3 manobras)
Nº 52
Transformador
Diagrama de Kapp
Nº 53
Transformador
Nº 54
Transformador
Carga indutiva
B Carga resistiva
Z2.I2 XL2.I2
A
Carga capacitiva
raio=U20 R2.I2
Regulação mínima ou
melhor regulação
Nº 55
Transformador
Ponto de
operação
U
B
jc
Z2. I2 XL2.I2
A
R2. I2
Nº 56
Transformador
Índice de carga
• Tendo em conta que o rendimento máximo ocorre quando , o factor de carga que
proporciona melhor rendimento é:
<=> =
Nº 58
Transformadores especiais
Transformador
Transformador de tensão- TT
Nº 60
Transformador
Transformador de corrente- TI
Um transformador de corrente (abreviadamente TI),
também designado por transformador de
instrumentação, tem aplicações em circuitos de alta
tensão (onde circulam frequentemente correntes baixas),
fornecem correntes suficientemente reduzidas e isoladas
do circuito primário de forma a possibilitar o seu uso por
equipamentos de medição, controlo e protecção.
Nº 61
Transformador
Transformador de isolamento
• Tem exactamente o mesmo número de espiras no enrolamento primário e no
enrolamento secundário.
• Faz uso da separação física entre os enrolamentos para garantir um isolamento
galvânico.
• É muito utilizado em circuitos eletrónicos porque isola a tensão entre os andares,
reduzindo bastante o ruído, os transitórios e o efeito de carga.
• É também utilizado como proteção de pessoas e equipamentos na prevenção de
curto circuito fase-terra.
• São também utilizados nos equipamentos de comunicações e em equipamentos
médicos.
F
ddp
Nº 62
N
Transformador
Transformador de sinais
63
Transformador
Transformador de linha
O transformador de linha tem aplicação principal como adaptador de impedâncias em
sistemas de som. A maioria das caixas de som têm impedância de entrada de 4 ou 8 ohm.
Ligar diversas caixas de som diretamente à saída do amplificador, introduz distorção e pode
queimar o amplificador. Uma solução é ligar um transformador (designado de tronco) na saída
de 4 ou 8 ohm do amplificador, permitindo ter perdas desprezáveis nos sinais. É necessário um
transformador de linha em cada caixa para reverter novamente a linha em 4 ou 8 ohm.
Outra função do transformador de linha é a de equalizar corretamente a potência aplicada na
caixa de som.
Nos monitores, equipamentos de produção, CCTV e televisões de CRT, é também comum
encontrar estes equipamentos.
Nº 64
Transformador
Source:
https://new.siemens.com/global/en/products/
energy/high-voltage/transformers/phase-
shifting-transformers.html
Nº 65
Transformador
Autotransformador
Esquema eléctrico de um
auto transformador
U1 U2
Nº 66
Transformador
Autotransformador
N1 U2
U1 U1 N1 N2
N2 U2
Nº 67
Transformador
Nº 68
Paralelo de Transformadores
Transformador
Nº 70
Transformador
Transformador A
ReqA LeqA
Transformador B
ReqB LeqB
Nº 71
Transformador
Transformador A
ReqA LeqA
Transformador B
ReqB LeqB
Nº 72
Transformador
Transformador A
U1 ReqA LeqA U’2
Transformador B
ReqB LeqB
Nº 73
Transformador
ReqB LeqB
Nº 74
Transformador
ReqA LeqA
U1
U’2
ReqB LeqB
Nº 75
Transformador
Nº 76
Transformador
Nº 77
Transformador
Nº 78
Transformador
Nº 79
Transformador
Nº 80
Transformador
• Para que dois transformadores possam ser ligados em paralelo é necessário terem relações de
transformação iguais e que os valores eficazes das suas tensões nominais sejam iguais. As
diferenças nas relações de transformação levariam ao aparecimento de correntes de circulação
entre os transformadores.
• Quando dois transformadores se ligam em paralelo significa que recebem energia da mesma linha
pelo primário e a transferem para outra linha pelo secundário. Assim, são iguais entre si as
tensões do primário e são iguais entre si as tensão do secundário. Desta forma, ligar dois
transformadores em paralelo requer que ambos tenham as mesmas tensões nominais no primário
e secundário, implicando que devem ter a mesma relação de transformação.
Utilizando lâmpadas
• Liga-se o motor no secundário de ambos os transformadores, exactamente da mesma
forma, fazendo com que o motor rode em determinado sentido. Seguindo exactamente
a ligação para o segundo transformador, as fases RST no motor estão ligadas em ambos
os casos a UVW, na mesma correspondência. Se o motor girar em sentido contrário, as
sequências são opostas e não se podem colocar os transformadores em paralelo. Neste
caso é necessário trocar dois terminais quaisquer do primário, mas tendo em conta que
a inversão do sentido de rotação (sequência) altera o desfasamento (índice) do
secundário em relação ao primário quando os tipos de ligação dos enrolamentos
primário e secundário são distintos.
Nº 82
Transformador
Tensões de curto-circuito
• A análise da distribuição de carga é às correntes secundárias, por isso no esquema
equivalente de cada transformador não se considera a impedância de excitação, tal como
representado na Figura.
• Quando se colocam em paralelo os dois transformadores, as impedâncias de curto
circuito ficam em paralelo
• Pela Lei de Kirschhoff dos nós/ divisor de corrente, se as impedâncias de curto circuito de
cada transformador forem diferentes então há um desequilibro de correntes em cada um
deles
ReqA LeqA
U1
U’2
ReqB LeqB
Nº 83
Transformador
Nº 84
Transformador
Deslocamentos de fase
Nº 85
Transformadores trifásicos
EG
Transformadores trifásicos
Nº 87
Transformador
Transformadores trifásicos
Nº 88
Transformador
Transformadores trifásicos
Transformadores trifásicos
Nº 90
Transformador
Transformadores trifásicos
Nº 91
Transformador
Tipos de ligação
Ligação em estrela
92
Transformador
Tipos de ligação
Ligação em triângulo
93
Transformador
Circuito equivalente
94
Transformador
U V W V U W
U
V W W V
W V U W U V U
Índice horário
Para determinar o índice sobrepõem-se os respectivos
diagramas vectoriais. O ângulo de desfasamento
corresponde ao ângulo que formam o ponteiro das
horas e o ponteiro dos minutos de um relógio, a
determinada hora, sendo a referência as 12 horas com
0°. O grupo a que o pertence o transformador é
designado por duas letras e um número. Por exemplo,
um transformador ligado em triângulo no primário e
estrela no secundário com desfasamento de -30° (ou
330º), pertence ao índice Dy11.
A relação de tensões é dada por um factor
multiplicativo da razão número de espiras do lado da
alta, NA, pelo número de espiras do lado da baixa, NB.
Nos transformadores trifásicos, a relação de
transformação é definida pela relação entre a tensão de
linha do primário e a tensão de linha do secundário.
Portanto, dependendo da ligação, a relação de
transformação pode ser diferente da relação de espiras.
Os tipos de ligação mais utilizados são 12 e estão na
chapa de características da máquina. Os índices
horários mais usuais são quatro 0, 5, 6 e 11.
Nº 96
Transformador
Nº 97
Transformador
Autotransformador trifásico
Em sistemas trifásicos existem também os
autotransformadores, que tem o seu
enrolamento secundário ligado
eletricamente ao enrolamento primário para
cada fase.
Nº 98
Transformador
Manutenção
Nº 101
Transformador
Isoladores
Nº 102
Transformador
Dimensionamento de Transformadores
Transformador
Nº 104
Transformador
Nº 105
Transformador
Considerações sobre erros de medida
Transformador
Leituras no Wattímetro
Exemplo:
U1n/In: 150V/5A
Vazio 120 W
24 60
12
12
- 240V/2,5A - 240V/1A
- 240V/ 5A - 240V/ 5A
Nº 107
Transformador
Questões?