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Que caralho foi isso? Minha mente estava acelerada. Era muita
coisa para processar. Mas minha primeira pergunta foi: Cavalo? Do
que ela está falando?
Mesmo que eu me sentisse mal por olhar o e-mail de Riley
para Pergunte a Ida, vendo que aparentemente tinha a ver comigo,
eu precisava lê-lo. Meus olhos rolaram mais para baixo na página
para verificar a mensagem encaminhada de Riley que Soraya tão
gentilmente incluiu.
Passei todo o fim de semana sem saber como consertar o que tão
regiamente baguncei. Não atendi meu telefone, tomei banho nem saí
de casa.
Domingo à tarde, minha mãe me disse que tinha me enviado um
e-mail que achou que eu gostaria. Embora eu duvidasse seriamente
que algo pudesse me fazer sentir melhor, peguei meu laptop e entrei
na minha conta de e-mail. Depois de meia dúzia de anúncios com
spam, estava o e-mail dela, com um anexo. Cliquei. Sua mensagem
dizia:
Antes de seu pai e eu nos casarmos, ele me disse que sabia
que eu o amava muito antes de eu dizer essas palavras em
voz alta. Disse que eu tinha “o olhar do amor”. Sempre achei
que ele era louco. Até eu assistir a esta filmagem que o
cinegrafista fez na recepção do casamento. Afinal, seu pai
estava certo. Às vezes, a pessoa apaixonada é a última a
saber que já está assim.
Clicando no anexo, afundei no sofá quando uma cena do
casamento do meu irmão e Felicity começou a aparecer na tela. A
câmera fez uma panorâmica pelo salão e, em seguida, focou em
mamãe e Riley animando uma à outra na pista de dança.
Riley colocou as mãos nos quadris e girou em um pequeno
rebolado que me fez inclinar para olhar mais de perto. Minha mãe
assistiu e tentou replicar o movimento, só que os quadris da minha
mãe não se moviam como os de Riley — graças a Deus por isso. As
duas começaram a rir e se abraçaram enquanto se curvavam em um
ataque de riso, ao mesmo tempo tentando acompanhar a dança com
os outros. Elas se chocaram contra algumas pessoas, e isso só as
fez rir mais. Foi engraçado e mostrou muito da verdadeira
personalidade de Riley. Eu tinha um sorriso no rosto enquanto
assistia ― o primeiro em dias. Mas não tinha certeza de como a
filmagem das duas dançando se relacionava com a mensagem
enigmática da minha mãe.
Então a câmera virou. Ela examinou o salão e parou quando
pousou em mim.
Eu não tinha ideia de que alguém estava prestando atenção em
mim ― muito menos registrando o momento.
A câmera deu um zoom e me vi observando Riley.
Aparentemente, eu estava tão extasiado com ela quanto o câmera
estava comigo. Com os olhos arregalados e as pupilas dilatadas, eu
olhava para a pista de dança. Meus lábios estavam separados e, a
cada poucos segundos, um pequeno sorriso puxava os cantos. Segui
cada movimento dela como se ela fosse a única pessoa no
ambiente. Inferno, parecia que eu não tinha ideia de que existia mais
alguém no universo. Por fim, a música acabou assim como o vídeo
que mamãe mandou.
Suspirei e pensei sobre a última frase de sua mensagem.
Às vezes, a pessoa apaixonada é a última a saber que já está
assim.
Eu não amo a Riley… amo?
Eu nem a conhecia há muito tempo. E tinha certeza de que ela
não me suportava pelo menos metade do tempo que passamos
juntos.
Mas…
Eu não conseguia comer.
Eu não conseguia dormir.
Eu não conseguia pensar em nada além dela.
Sem mencionar que meu coração disparava cada vez que um e-
mail chegava no trabalho ― eu pensava que talvez, apenas talvez,
pudesse ser dela.
Começando a suar, passei a mão trêmula pelo cabelo e soltei
uma respiração.
Não fazia sentido.
Eu não poderia amá-la depois de conhecê-la por tão pouco
tempo. Poderia?
Devia haver mais alguma coisa acontecendo comigo.
Me senti quente, como se estivesse com febre. E um pouco tonto,
enquanto considerava todas as outras possibilidades. Por fim, decidi
pela resposta que parecia fazer mais sentido ― aquela que eu
poderia aceitar.
Eu devia estar doente.
Parei de ler.
Se ajoelhando?
Levei alguns segundos para perceber o que realmente estava
acontecendo.
Quando olhei para Kennedy, em vez de uma caixa de anel, ele estava
segurando minha boneca Lovey. Minha mãe deve ter dado a ele. Mas
quando?
Ele começou a torcer a cabeça, enfiou a mão dentro do corpo oco dela
e tirou o mais lindo anel de diamante redondo. A luz da manhã brilhou na
pedra enquanto ele o segurava entre o polegar e o indicador.
Em seguida, ele se ajoelhou ao pé da cama.
— Riley Kennedy, a partir do momento em que nossos caminhos, e e-
mails, se cruzaram, eu soube que era, de alguma forma, mágica. Você
sempre foi a mulher com quem eu deveria estar. Este ano com você foi o
melhor da minha vida. E sei que cada ano com você será melhor do que o
anterior. Você me daria a honra de ser minha esposa?
Minhas mãos tremiam. Nem tive que pensar quando respondi:
— Sim! Claro que vou me casar com você! Eu te amo muito, Kennedy
Riley. Sim! Sim! Sim!
Depois que ele colocou o anel no meu dedo, cobri seu rosto com
beijos, e ele desabou sobre mim enquanto enchíamos o ar com os sons
suaves de nossa celebração privada.
Algum tempo depois, ele deu outro beijo suave nos meus lábios e
murmurou:
— Você não terminou a carta.
Peguei o papel que havia caído das minhas mãos e li o restante da
resposta de Soraya.
Ah, e, Riley? Você deveria dizer sim, mesmo que ele possa ser um cavalo burro. (Vire
para ver a Prova A.)
No verso, havia uma foto que Kennedy deve ter enviado a ela. Era
uma selfie dele e do cavalo branco que ele teve que abandonar. Ele
parecia perturbado e exausto enquanto o cavalo mostrava seus enormes
dentes e parecia estar sorrindo vitoriosamente.
Eu fingi estar falando com ela.
— Isso não é um cavalo burro, Soraya. É do meu noivo que você está
falando. O futuro sr. Kennedy Kennedy.
Seus olhos se arregalaram.
— Não tenho certeza se você está brincando, querida, mas para que
fique registrado, posso ficar com o seu sobrenome se você não quiser ser
Riley Riley.
— Estou brincando. — Eu ri. — Quero ter o seu nome. Daremos um
jeito nisso.
Ele deu um beijo firme nos meus lábios e segurou meu rosto,
pressionando a testa na minha enquanto declarava:
— Não me importo se você for Riley Kennedy, Riley Riley ou Riley
Kennedy-Riley, contanto que eu possa chamá-la de minha para sempre.
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