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Roteiro DE Cálculo PARA O Levantamento Topográfico -


Final
Topografia / Planimetria (Universidade Federal de Lavras)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
SETOR DE GEOMÁTICA

ROTEIRO DE CÁLCULO PARA O LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

I. PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE DOCUMENTOS


Esta é uma das etapas mais importantes de um trabalho topográfico, pois é a partir da análise
de documentos e entrevista com o cliente que vamos conhecer quais serão os nossos objetivos
do trabalho. Daí um bom planejamento e estudo da logística de execução é possível criar um
orçamento justo e confiável. Lembre-se que numa relação comercial de prestação de serviços
estamos vendendo ao cliente uma ideia (projeto) que não é palpável, que ainda vai ser
executado. Logicamente isso gera uma sensação de desconfiança que pode ser minimizada com
demonstração de conhecimento na elaboração de uma proposta de trabalho que deixe bem claro
as obrigações de cada parte.

Sem esse convencimento inicial do seu cliente, as demais etapas não existirão!
Os itens mais importantes a serem levados em consideração nesta etapa são:
a. Análise da documentação do imóvel x realidade de campo

Podemos afirmar sem grande margem de erro, que, 99% dos documentos registrados em
cartório não espelham a real situação de campo. Isso ocorre, pois, nosso sistema de registro
inicia sua cadeia de domínio nas Capitanias Hereditárias e desde então o país vem sendo
subdividido de forma bastante irregular. Também precisamos considerar que os equipamentos
de medição eram bastante raros e não se comparam em precisão com os instrumentos atuais.

E como confrontar esta documentação com a realidade de campo, antes que o serviço seja
executado? Neste ponto, o Google Earth nos dá um grande auxílio, propiciando informações
espaciais do terreno de forma rápida e gratuita.

b. Avaliação prévia do serviço


Embora o Google Earth forneça dados cada vez melhores em termos de resolução e atualização,
jamais deve ser usado como ferramenta de medição de áreas. Sabendo das suas limitações, é
possível através desta ferramenta, estimar a área do terreno e confrontá-la com a documentação
existente, verificar o tipo de vegetação que iremos encontrar nas divisas, diferenciar divisas
artificiais (cercas, muros de pedra, valas, estradas, etc) das divisas naturais (córregos, serras,
grotões, etc), estas últimas situadas em locais com maior dificuldade de medição.
Outro fator a ser avaliado previamente é a forma do terreno. Para uma mesma área, quanto mais
irregular for a figura geométrica, maior vai ser o seu perímetro. Um pivô central com área de 100
ha, tem um perímetro de 3,5 km aproximadamente. Uma fazenda de mesma área, com formato
irregular pode ter o perímetro 2x maior.

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É muito comum se estimar preço dos serviços com base na área o que é totalmente equivocado
pois o trabalho de topografia é de medição do perímetro

c. Logística
Grande parte dos custos de um serviço topográfico estão concentrados na etapa de campo. Aqui
você deve pensar em todo o equipamento que deve estar disponível para a medição, incluindo
veículo adequado para o deslocamento. Gastos com alimentação, hospedagem, confecção de
marcos. Condições de acesso às divisas, condições climáticas, etc.

II. ETAPA DE CAMPO


Durante a etapa de coleta de dados, devemos conhecer os métodos de levantamento que
poderão ser utilizados e nos preocupar com a qualidade das observações (Ângulos e Distâncias)
que são coletadas no campo.

Para o nosso trabalho escolhemos o levantamento topográfico usando o caminhamento por


ângulos internos associado com o método de irradiação.

• Caminhamento por ângulos horizontais internos → é quando demarcamos o nosso


polígono em sentido contrário à graduação do equipamento;
• Caminhamento por ângulos horizontais externos → é quando demarcamos o nosso
polígono no mesmo sentido da graduação do equipamento.

Para aferir a qualidade dos dados é necessário que tenhamos repetição (redundância) de
observações. No entanto, aumentar a quantidade de observações significa aumentar o tempo de
trabalho e consequentemente o custo final do serviço. De modo geral, é recomendável realizar
pelo menos uma repetição de cada observação (ângulo horizontal e distância horizontal) na
poligonal básica (formada pelas estações: E1, E2, etc).

Cada grupo está recebendo uma caderneta de campo onde temos o seguinte:

• Ângulos horizontais coletados 2x usando o método dos pares conjugados → leituras na


posição direta (PD) e na posição inversa (PI) e distâncias coletadas 4x (Ré_PD; Ré_PI;
Vante_PD e Vante_PI)
O objetivo principal destas repetições é evitar erros grosseiros nas medições, lembrando que
mesmo assim ainda permanecem os erros comuns de todo processo de medição e estes vão
depender do equipamento que está sendo usado; e dos cuidados da equipe durante
levantamento de dados.

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III. ETAPAS DE ESCRITÓRIO


III.1. Cálculo dos ângulos e distâncias médias
a) Ângulo Horizontal (AH)
A.H. = L FINAL – L INICIAL
L INICIAL  Leitura de referência (Visada de RÉ)
Geralmente usamos a leitura inicial em ZERO, mas pode ser qualquer outro valor

L FINAL  Leitura nos pontos de interesse (Estações ou irradiações)

Na poligonal, formada pelas estações, estamos usando a medição de ângulos horizontais com
repetição pelo método de pares conjugados (PD x PI). Dessa forma teremos 2 ângulos
teoricamente <iguais=, porem obtidos em 2 posições diferentes do equipamento. A finalidade é
minimizar os erros normais de qualquer processo de medição e permitir a detecção de erros
grosseiros através do desvio das observações em relação ao ângulo horizontal médio.

b) Distância Horizontal (DH)


onde:
D.H. = D.I. x sen (Z)

DI é a distância inclinada e Z é o ângulo Zenital

Neste caso, apenas para a poligonal, vamos calcular a média das distâncias obtidas na visada
de Ré (PD x PI) e média das distâncias obtidas no mesmo alinhamento de Vante (PD x PI).
Depois fazemos a média entre os alinhamentos de Ré x Vante.

Nas duas medições (AH e DH), a análise dos desvios nos permite avaliar se existem erros
grosseiros nas medições.
Chamo a atenção de todos aqui para o fato de que não realizamos repetições nas irradiações e,
portanto, não podemos atestar a qualidade das medições nestes pontos. Assim, temos uma
incoerência de procedimentos pois são estes pontos que irão formar o nosso projeto.
Resumindo, um trabalho de topografia com excelentes parâmetros de qualidade (análise da
poligonal) pode resultar num projeto ruim de representação do terreno (erro nas irradiações). Por
outro lado, uma poligonal de má qualidade vai gerar um projeto de má qualidade mesmo com
irradiações teoricamente corretas.

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III.2. Análise do Erro de Fechamento Angular (E.F.A.)

O E.F.A. é calculado de acordo com o somatório esperado para os ângulos horizontais em um


polígono de N lados.
Aqui precisamos saber se o método de caminhamento usado no levantamento, gerou ângulos
horizontais internos ou externos.

Recordando:

• Caminhamento ou demarcação das Estações em sentido contrário à graduação do


equipamento  ângulos horizontais internos.
• Caminhamento ou demarcação das Estações no mesmo sentido da graduação do
equipamento  ângulos horizontais externos.

Esse erro é calculado de modo a permitir uma análise da qualidade do polígono e inclui os erros
aleatórios de um processo de medição.
a) Cálculo do E.F.A.

E.F.A. = SCAMPO – STEÓRICA

SCAMPO  somatório dos ângulos horizontais médios do polígono

STEÓRICA  somatório dos ângulos horizontais para um polígono de N lados

• STEÓRICA = 180° x (N - 2)  ângulos horizontais internos


• STEÓRICA = 180° x (N + 2)  ângulos horizontais externos

b) Cálculo da tolerância ou limite para o E.F.A.

onde:
L. E.F.A. = R x P x :�㕁

R = 1, 2 ou 3 dependendo do rigor desejado na análise (<R, < tolerância)


P = Precisão angular das <medidas=
N = Número de lados do polígono

Na literatura, normalmente encontramos o valor de P como sendo a precisão do equipamento.


No nosso caso (Leica TS02, P = 7 segundos). Vejamos o seguinte então:

B’
A
7” B
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Se eu tiver uma distância (DH) de 200 m:


ý�㕎þÿþā āĂāýþā �㔵−�㔵′
tan ∝ = tan 7" = �㔵 2 �㔵′ = 0,007ÿ
ý�㕎þÿþā �㕎þĀ�㕎ýÿĀþÿ 200ÿ

Se eu tiver uma distância (DH) de 100 m:


ý�㕎þÿþā āĂāýþā �㔵−�㔵′
tan ∝ = tan 7" = �㔵 2 �㔵′ = 0,003ÿ
ý�㕎þÿþā �㕎þĀ�㕎ýÿĀþÿ 100ÿ

B-B’ então pode ser dado como o desvio linear provocado pelo erro angular e ele é proporcional
à distância. Ou seja, quanto maior for o DH, maior será o desvio linear provocado por um mesmo
erro angular.
Indo para a situação prática de campo, suponha que você está segurando um prisma em B, para
um colega de trabalho que está com o equipamento em A. Embora tenham manuseado pouco
os equipamentos e acessórios, posso afirmar que é extremamente difícil segurar o prisma sem
balançar. E quanto mais alto estiver o bastão pior fica a situação (balança mais). Pegue uma
régua e meça 5cm (pouco mais que 2 <dedo de cachaça=). Assim, invertendo a situação e
definindo B-B’ como 5cm (balanço do prisma), teremos a seguinte situação:
�㔵−�㔵′
∝ = ÿĀă tan
ÿ�㔻

Se eu tiver uma distância (DH) de 100 m e um desvio do prisma de 5cm:

∝ = 1′43"

Se eu tiver uma distância (DH) de 200 m e um desvio do prisma de 5cm:

∝ = 52"

∝ então pode ser dado como o desvio angular (erro) provocado pelo desvio linear na posição do
prisma e ele é inversamente proporcional à distância. Ou seja, quanto maior for o DH, menor
será o erro angular provocado por um mesmo desvio da posição do prisma (por exemplo 5cm).
Como cada ângulo é formado por 2 leituras (L INICIAL e L FINAL), esse erro pode dobrar de tamanho.
Na prática, portanto, as nossas medidas angulares carregam erros operacionais que superam
bastante a precisão do equipamento. Isso pode ser melhorado através de repetições e cuidado
maior nas medições, por exemplo usando um suporte para evitar a movimentação do prisma.

Feito essas considerações, para o trabalho em questão vamos adotar o seguinte limite ou
tolerância na avaliação se as medições estão boas, ou não:

L. E.F.A. = 2 x 2’ x :4 L. E.F.A. = 8’

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c) Correção do Erro de Fechamento Angular ou simplesmente Erro Angular


A correção consiste em alterar os ângulos medidos fazendo com que a SCAMPO se iguale à
STEÓRICA. A distribuição do erro pode ser feita de diversas formas:

• distribuição uniforme (divide-se o erro pelo número de ângulos)


• distribuição inversamente proporcional à distância (alinhamentos mais curtos tem chance
de formar erros maiores, e vice versa)
• distribuição por critérios estatísticos (ex: Mínimos quadrados)

A correção segue sempre o sinal contrário do Erro. Se EFA for positivo a correção é feita
subtraindo os valores, e vice versa.
LEMBREM-SE: CORREÇÃO SÓ SE APLICA EM POLÍGONOS <FECHADOS=. IRRADIAÇÕES
NÃO SÃO CORRIGIDAS.

III.2 CÁLCULO DA DIREÇÃO DE REFERÊNCIA (AZIMUTE DE <PARTIDA=)

Como foi visto nas aulas teóricas, os ângulos horizontais podem ser classificados quanto ao seu
referencial em:

• Ângulos horizontais com referencial arbitrário;


• Ângulos horizontais com referencial padronizado na LINHA NORTE-SUL ou ângulos de
DIREÇÃO.

Os primeiros são aqueles medidos no levantamento topográfico e os últimos são usados para
elaboração dos projetos. O motivo para isso é simples: precisamos de projetos que possam ser
reproduzidos ou comparados e, por isso, os ângulos horizontais coletados no campo devem ser
REORIENTADOS e passam a ser chamados de AZIMUTE ou RUMO.

A pergunta que não quer calar! Se vamos utilizar os ângulos de direção (AZIMUTE ou
RUMO) nos projetos, por que eles não são medidos no campo? A resposta é a dificuldade
de determinação da linha de referência padronizada.
Existem 3 tipos de referência padronizada (LINHA NORTE – SUL)

a) Linha N-S magnética → determinada com uso de uma bússola;


b) Linha N-S geográfica ou <verdadeira= → determinada através de observações
astronômicas (posição do Sol ou de outras estrelas de maior grandeza);
c) Linha N-S de quadrícula → originada no processo de transformação de coordenadas
geográficas (Lat/Long que são obtidas nos levantamentos com equipamentos GNSS),
para coordenadas projetadas no plano. Nesta transformação, os meridianos e paralelos

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que são linhas que acompanham a curvatura terrestre, são projetados no plano formando
um reticulado (grade).

Maiores detalhes sobre as vantagens e desvantagens de cada referencial, as formas de


determinação e as transformações entre eles estão demonstrados no material teórico.

Como vamos georreferenciar nosso projeto usando a projeção no plano UTM, nosso referencial
será a Linha Norte – Sul de quadrícula.

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Imagine então que você tenha uma grande mesa de madeira que represente o mundo inteiro e
pequenas folhas de papel que representem projetos topográficos. Usando a topografia
convencional, estes projeto estariam jogados sobre a mesa de uma forma totalmente
desorganizada. Poderíamos inclusive, empilhar (sobrepor) projetos feitos em locais totalmente
distintos (Minas e São Paulo, por exemplo). Quando trabalhamos com projetos
georreferenciados, cada imóvel ou projeto tem uma posição específica dentro do globo terrestre
e não podem ser sobrepor se forem de localizações diferentes.

Como se dá o georreferenciamento de um projeto feito pela topografia convencional então?


Pegue a folha do seu projeto que está jogada sobre a mesa, escolha um ponto do seu projeto e
bata um prego sobre ele. Sua folha estará fixa na mesa (mundo) mas ainda podemos girar esta
folha. Se escolhermos outro ponto do projeto e batermos um segundo prego sobre ele, nossa
folha não pode se movimentar mais e portanto o seu projeto estará georrefrenciado, ou seja, ele
passa a ter uma localização específica no globo terrestre e como ele não gira ele também estará
ORIENTADO em relação ao referencial (linha N-S) de quadrícula.

Vejamos então a imagem da nossa área de trabalho:

Poderíamos escolher quaisquer 2 pontos identificáveis deste projeto para fazer o


georreferenciamento. Esta imagem foi intencionalmente rotacionada e como não existem
referências de localização (coordenadas), de escala e de orientação, isto é apenas um croqui
(rascunho) do meu terreno.

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Na figura a seguir foram inseridas referências de orientação (linha N-S) no canto superior direito
e escala, dadas pela localização de 2 pontos (E0 e E1). Com isso tenho meu projeto
georreferenciado.
Lembrem-se que ponto não tem distância e muito menos escala. Ponto tem a sua posição num
sistema qualquer de referência que pode ser arbitrário (topografia convencional) ou
georrefrenciado.

Um alinhamento é uma linha imaginária que une dois pontos. No levantamento topográfico, os
alinhamentos são criados nas medidas entre as Estações e entre Estações e irradiações. Veja o
exemplo na caderneta de campo a seguir:
ALINHAMENTOS ÂNGULO DISTÂNCIA
HORIZONTAL HORIZONTAL OBSERVAÇÕES
ESTAÇÃO PONTO VISADO (XXX°YY'ZZ") (metros)
E1 E2 88°02'30" 132,458 Alinhamento entre Estações

E1 1 134°28'03" 71,420 Alinhamento entre Estação e irradiação

Y(N)

12
E2
13 N
E
NW

20 14 W E
SW

SE

15 S
21 11

16

28 17
10

18

19
7

8
27

26
25
E3
9

2
5 3

YE1
4

E1
22

23

24

YE0 E0
29

30

31 33
32

34

X(E)
X X

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Ao analisarmos um mapa ou planta topográfica, nós teremos então a visão dos pontos (E0, E1,
1, 2, 3, etc) ou dos alinhamentos (E1→E2, E2→E3, E1→1, E1→2, E2→10, etc).

É muito importante saber:


PONTOS possuem medidas absolutas (posição, localização), que são independentes
entre si e relacionadas apenas ao referencial adotado (sistema de eixos X e Y). As
medidas absolutas são expressas como COORDENADAS ABSOLUTAS.
ALINHAMENTOS possuem medidas relativas, que são dependentes entre si. Por
exemplo, no alinhamento E1→E2, o ponto E2 é marcado em relação ao E1. No
alinhamento E2→E3, o ponto E3 é marcado em relação ao E2 e assim também com os
pontos irradiados. As medidas relativas podem ser expressas como COORDENADAS
RELATIVAS. Estas podem ser:
• POLARES (Direção e Distância)
• RETANGULARES (ΔX e ΔY)

Notem no desenho a seguir, que o alinhamento forma 2 triângulos retângulos com os


eixos. Na Topografia SEMPRE iremos trabalhar com o triângulo retângulo formado no
eixo y, equivalente ao nosso referencial N-S; origem da contagem dos ângulos de direção.

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No desenho acima ampliamos a região do alinhamento E0→E1. Um detalhe importante a ser


notado é que o sistema de eixos relativo tem agora sua origem no ponto E0, que representa o
início do alinhamento. Assim, todas as medidas que foram feitas desta ESTAÇÃO, estão
<amarradas= neste referencial relativo. Elas poderão ser projetadas tanto na parte positiva,
quanto na parte negativa destes eixos, em função das 4 direções que podem ser assumidas a
partir de E0 (NE, SE, SW ou NW). Se fosse um alinhamento de RÉ, teríamos a notação de
E1→E0, e a origem do sistema relativo seria deslocada para E1. Neste caso, os valortes
núméricos das coordenadas relativas seriam idênticos, porém na direção oposta.

Direção NW Direção NE
ΔX- e ΔY+ ΔX+ e ΔY+

W E
Direção SW Direção SE
ΔX- e ΔY- ΔX+ e ΔY-

COMO CALCULAMOS A DIREÇÃO DE UM ALINHAMENTO USANDO


COORDENADAS ABSOLUTAS?
No campo, utilizando um equipamento GNSS (Sistema Global de
Navegação por Satélites – GPS, GLONASS, GALILEU, BEIDOU, etc),
determinamos as coordenadas absolutas de 2 pontos (E1 e E0), que vão
nos permitir calcular a direção e distância (coordenadas relativas
RETANGULARES e POLARES) do alinhamento E0→E1 da seguinte
forma:

Dados:
XE0 = 502477,58 metros YE0 = 76525345,69 metros

XE1 = 502543,32 metros YE1 = 76525421,97 metros

ΔX E0→E1 = + 65,74 metros ΔY E0→E1 = + 76,28 metros

ΔX E0→E1 = X E1 (FINAL) – X E0 (INICIAL) = 502543,32 - 502477,58 = + 65,74 metros


ΔY E0→E1 = Y E1 (FINAL) – Y E0 (INICIAL) = 76525421,97 - 76525345,69 = + 76,28 metros

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Um detalhe MUITO IMPORTANTE é que as


coordenadas retangulares absolutas são sempre
positivas e indicam a localização dos pontos
num dado referencial.
As coordenadas retangulares relativas possuem
sinais que indicam a direção dos alinhamentos.

Usando o triângulo formado pelo alinhamento e suas projeções (retângulo no eixo y), temos as
seguintes relações trigonométricas:

ý�㕎āÿāā āĂāĀāā
sin �㔃 =
/ÿĂāāÿĀĂĀ�㕎
ý�㕎āÿāā �㕎þĀ�㕎ýÿĀāÿ
cos �㔃 =
/ÿĂāāÿĀĂĀ�㕎
ý�㕎āÿāā āĂāĀāā
tan �㔃 =
ý�㕎āÿāā �㕎þĀ�㕎ýÿĀāÿ
Usando Pitágoras, temos:

ÿ�㔻 = √&ÿ 2 + &Ā 2

Para o cálculo do ângulo de direção (�㔃), temos as seguintes opções:

ý�㕎āÿāā āĂāĀāā
�㔃 = sin−1 ( )
/ÿĂāāÿĀĂĀ�㕎

ý�㕎āÿāā �㕎þĀ�㕎ýÿĀāÿ
�㔃 = cos −1 ( )
/ÿĂāāÿĀĂĀ�㕎

ý�㕎āÿāā āĂāĀāā
�㔃 = tan−1 ( )
ý�㕎āÿāā �㕎þĀ�㕎ýÿĀāÿ

Como temos os 2 catetos (ΔX e ΔY), usaremos o arco-tangente

65,74
�㔃E0→E1 = tan−1 ( ) = 40,7556º = 40º45’20=
76,28

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O resultado destas operações sempre retorna com a


direção expressa em RUMO. Depois transformamos em
Azimute.
Os sinais das projeções (ΔX e ΔY) definem o quadrante
do ângulo de Rumo.
Como (ΔX e ΔY) são positivos, isso indica que o
alinhamento está no quadrante NE

�㔽�㔄ÿ→�㔄Ā = ÿÿ°ÿĀ’āÿ” �㔍�㔄

Como o alinhamento está no quadrante NE, o azimute neste quadrante é igual ao RUMO.

Antes continuar com as demais etapas, vamos calcular os passos vistos até agora usando como
exemplo um modelo mais simples do nosso levantamento, com as mesmas 4 Estações, mas
com apenas 11 irradiações. Por economia tempo e espaço, minha caderneta está restrita aos
dados básicos da planimetria que iremos utilizar nos cálculos (Ângulo horizontal e Distância
horizontal).

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Croqui:

E2
3

5
7

9
E3
E1

Postes

Árvores

Edificações
10
Divisas do terreno (especificar tipos)

E1 Estação (local de instalação do equipamento)

Poligonal (linha imaginária que une as Estações)


E0
2
Irradiações (pontos de interesse - detalhes)

26
Irradiações (pontos de interesse - limites do terreno)

11

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CADERNETA DE CAMPO – Exercício

ÂNGULO DISTÂNCIA
PONTO
ESTAÇÃO HORIZONTAL HORIZONTAL OBSERVAÇÕES
VISADO
(XXX°YY'ZZ") (XX,xxx m)

E1 E0 0°00'00" 100.674 Visada de Referência (RÉ → Posição Direta = PD)


E1 E0 180°00'03" 100.682 Visada de Referência (RÉ → Posição Inversa = PI)
E1 E2 91°34'50" 153.750 Visada de Vante (PD)
E1 E2 271°35'15" 153.729 Visada de Vante (PI)
E1 1 340°49'38" 15.789 esquina avenida (divisa)
E1 2 79°54'31" 72.514 avenida (divisa) - liga 1
E2 E1 0°00'05" 153.774 RÉ (PD)
E2 E1 179°59'57" 153.760 RÉ (PI)
E2 E3 76°45'30" 110.522 Vante (PD)
E2 E3 256°45'10" 110.479 Vante (PI)
E2 3 134°51'17" 43.028 avenida (divisa)
E2 4 100°39'31" 23.244 avenida (divisa)
E2 5 32°02'08" 32.838 avenida (divisa)
E2 6 15°56'24" 55.712 avenida (divisa) - liga sequência até 3 e liga 2
E3 E2 359°59'50" 110.545 RÉ (PD)
E3 E2 180°00'01" 110.482 RÉ (PI)
E3 E0 100°13'55" 131.333 Vante (PD)
E3 E0 280°14'18" 131.451 Vante (PI)
E3 7 300°15'20" 73.830 árvore (divisa) - liga 3 por cerca
E3 8 258°55'09" 54.899 rua (divisa) - liga 7 por linha seca
E3 9 246°57'03" 41.088 rua (divisa)
E3 10 150°45'20" 58.989 rua (divisa) - liga sequência até 8
E0 E3 0°00'00" 131.380 RÉ (PD)
E0 E3 180°00'10" 131.297 RÉ (PI)
E0 E1 91°27'28" 100.720 Vante (PD)
E0 E1 271°27'30" 100.711 Vante (PI)
E0 11 298°39'23" 71.681 rua (divisa) - liga 10 e 1

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SETOR DE GEOMÁTICA

CÁLCULO DAS MÉDIAS (ÂNGULOS HORIZONTAIS)


Tipo de Ângulo
Alinhamentos MÉDIA Desvios
Visada1 Horizontal
E1→E2 PD 91°34'50" -11”
91°35'01"
(Ré em E0) PI 91°35'12" +11”
E2→E3 PD 76°45'25" +06”
76°45'19"
(Ré em E1) PI 76°45'13" -06”
E3→E0 PD 100°14'05" -06”
100°14'11"
(Ré em E2) PI 100°14'17" +06”
E0→E1 PD 91°27'28" +04”
91°27'24"
(Ré em E3) PI 91°27'20" -04”

1
PD = ângulo horizontal na posição direta PI = ângulo horizontal na posição inversa
2 Desvios nos ângulos maiores que 1-2’ indicam erros <grosseiros= de medição.
Desvio = Observação - Média

Ângulo Horizontal = L Final – L Inicial


• L Final  no ponto de interesse (Estação ou pontos irradiados)
• L Inicial  sempre na visada de referência (RÉ)

Exemplo: Alinhamento E1→E2

Ângulo Horizontal (PD) = 91°34'50" - 0°00'00" = 91°34'50"


Ângulo Horizontal (PI) = 271°35'15"- 180°00'03" = 91°35'12"
Ângulo Horizontal Médio = 91°35'01"

Se alguma destas operações resultar em número negativo  Adicionar 360°

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CÁLCULO DAS MÉDIAS (DISTÂNCIAS HORIZONTAIS)


Média Geral
Tipo de Distância
Alinhamentos MÉDIAS do Desvios1
Visada Horizontal
Alinhamento

E1→E2 PD 153.750 -0,003


153,740
(Vante) PI 153.729 -0,024
153,753
E2→E1 PD 153.774 +0,021
153,767
(Ré) PI 153.760 +0,007

E2→E3 PD 110.522 +0,015


110,501
(Vante) PI 110.479 -0,028
110,507
E3→E2 PD 110.545 +0,038
110,514
(Ré) PI 110.482 -0,025

E3→E0 PD 131.333 -0,032


131,392
(Vante) PI 131.451* +0,086*
131,365
E0→E3 PD 131.380 +0,015
131,339
(Ré) PI 131.297 -0,068

E0→E1 PD 100.720 +0,023


100,716
(Vante) PI 100.711 +0,014
100,697
E1→E0 PD 100.674 -0,023
100,678
(Ré) PI 100.682 -0,015

1 Desvios nas distâncias acima de 5-10cm são considerados como erros grosseiros,
provocados principalmente pela inclinação do bastão.

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* Veja que a observação da distância de E3→E0 (PI) poderia ser descartada pois apresenta
maior discrepância em relação as demais medidas.
COORDENADAS POLARES - POLIGONAL BÁSICA

Estaçã Ponto Ângulo Horiz. Ang. Horizontal D.H.


Correção Azimute
o Visado (Média) Corrigido (média)

E1 E2 91°35'01" - 29” 91°34'32" 153,753


E2 E3 76°45'19" - 29” 76°44'50" 110,507
E3 E0 100°14'11" - 29” 100°13'42" 131,365
E0 E1 91°27'24" - 28” 91°26'56" 40°45'20" 100,697

SOMA 360°01'55" - 01'55" 360°00'00" 496,322

Para que possamos transformar os ângulos de campo (referencial na RÉ) para ângulos de
direção (Azimute ou Rumo  referencial padronizado), precisamos determinar no campo
a direção em 1 dos alinhamentos (preferencialmente entre 2 Estações  POLIGONAL).
Neste caso a determinação foi através de 2 pontos georreferenciados, o que significa que
estamos trabalhando com o norte de quadrícula (NQ). O Azimute determinado no
alinhamento E0→E1 = 40°45'20".
Os demais azimutes serão calculados em função dos ângulos horizontais medidos
no campo (Ver item III.3.2).

E.F.A. = SCAMPO – STEÓRICA L. E.F.A. = 2 x 2’ x :�㕁 = 8’

SCAMPO = 360°01'55"

STEÓRICA = 180° x (N-2) onde N = 4 Estações

STEÓRICA = 360°

E.F.A. = 360°01'55" - 360°00’00= = + 0°01'55"  inferior ao LEFA. Portanto, pode e deve


ser corrigido.
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Correção: 0°01'55" / 4 Estações = 115” / 4 = 28,75”  como não vamos trabalhar com
fração de segundos, este valor foi arredondado, de modo a totalizar 01'55". No caso
deste exercício a correção será feita subtraindo o valor de modo que SCAMPO = STEÓRICA.

III.3 CÁLCULO DAS COORDENADAS POLARES


As coordenadas polares são valores relativos representadas pela direção e distância dos
alinhamentos. Na verdade, a única mudança em relação aos dados básicos de campo (Ângulo
Horizontal e Distância Horizontal), é que os ângulos serão reorientados; mudando o referencial
da visada de RÉ para uma linha padronizada (Linha Norte Sul). Aos ângulos referenciados na
linha Norte – Sul chamamos de Azimute ou Rumo.
III.3.1 Cálculo das Distâncias Horizontais (DH)

Embora a Estação Total mostre em seu visor, as distâncias horizontais; o equipamento coleta
dados inclinados de acordo com a posição da luneta (Distâncias inclinadas  DI) e estas
medidas precisam ser corrigidas para o plano horizontal (DH) de acordo com uma das
seguintes equações:

D.H. = D.I. x sen (Z)  Ângulo da luneta zenital (Z)

D.H. = D.I. x sen (N)  Ângulo da luneta nadiral (N)

D.H. = D.I. x sen (N)  Ângulo da luneta vertical (+ ou -)

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Na planimetria os ângulos da luneta são usados apenas para a correção da distância. Na


altimetria, são usados no cálculo das distâncias verticais.

Para o trabalho, as irradiações já estão com as medidas de distância horizontal. Na poligonal,


são dados as distâncias inclinadas e o ângulo zenital para o cálculo das Distâncias Horizontais
(DH).

III.3.2 Cálculo das direções (Azimutes)

Os azimutes são calculados simplesmente rotacionando os ângulos horizontais de campo,


através da seguinte REGRA GERAL (válida para poligonal e irradiações).

AZ Alinhamento = (AZ Alinhamento de Ré + AH Alinhamento) ± 180° ou - 540°

AH = ângulo horizontal que está sendo transformado em Azimute

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Se o resultado (AZ Alinhamento de Ré + AH Alinhamento) > 180°  subtrair 180°


Se o resultado (AZ Alinhamento de Ré + AH Alinhamento) < 180°  somar 180°
Se o resultado (AZ Alinhamento de Ré + AH Alinhamento) > 540°  subtrair 540°

O fundamental desta regra é saber identificar o azimute de referência (AZ Alinhamento de Ré) de
cada ESTAÇÃO.

Voltando a tabela das coordenadas polares do nosso exercício (pag. 17), vamos calcular os
azimutes que estão faltando.
Uma vez que foi determinado o AZ E0→E1 = 40°45'20", este azimute servirá para calcular todos
os azimutes dos alinhamentos medidos da estação E1 pois ao <estacionar= o equipamento no
ponto E1, usei o ponto E0 como referência. Portanto:

Na estação E1: AZ Alinhamento de Ré = AZ E0→E1


Na estação E2: AZ Alinhamento de Ré = AZ E1→E2
Na estação E3: AZ Alinhamento de Ré = AZ E2→E3
Na estação E0: AZ Alinhamento de Ré = AZ E3→E0

Na estação E1:

AZ E1→E2 = (AZ E0→E1 + AH E1→E2 ) ± 180° ou - 540°  POLIGONAL


AZ E1→E2 = 40°45'20" + 91°34'32" = 132°19'52" < 180°  somar 180°

AZ E1→E2 = 312°19'52"

AZ E1→1 = (AZ E0→E1 + AH E1→1 ) ± 180° ou - 540°  IRRADIAÇÃO


AZ E1→1 = 40°45'20" + 340°49'38" = 381°34'58" > 180°  subtrair 180°

AZ E1→1 = 201°34'58"

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AZ E1→2 = (AZ E0→E1 + AH E1→2 ) ± 180° ou - 540°  IRRADIAÇÃO


AZ E1→2 = 40°45'20" + 79°54'31" = 120°39'51" < 180°  somar 180°

AZ E1→2 = 300°39'51"

Na estação E2:

AZ E2→E3 = (AZ E1→E2 + AH E2→E3 ) ± 180° ou - 540°  POLIGONAL

AZ E1→ E3 = 209°04'42"

AZ E2→3 = (AZ E1→E2 + AH E2→3 ) ± 180° ou - 540°  IRRADIAÇÃO


AZ E2→n = (AZ E1→E2 + AH E2→3 ) ± 180° ou - 540°  IRRADIAÇÃO

Na estação E3:

AZ E3→E0 = (AZ E2→E3 + AH E3→E0 ) ± 180° ou - 540° = 129°18'24"


AZ E3→n = (AZ E2→E3 + AH E3→n ) ± 180° ou - 540°

Na estação E0:

AZ E0→E1 = (AZ E3→E0 + AH E0→E1 ) ± 180° ou - 540° = 40°45'20"


Note que a componente angular poligonal está corrigida. Desta forma o azimute de
<chegada= calculado pela regra, deve ser igual ao azimute de <partida= determinado
no campo (NM, NG ou NQ).

AZ E0→n = (AZ E3→E0 + AH E0→E1 ) ± 180° ou - 540°  IRRADIAÇÃO

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COORDENADAS POLARES - POLIGONAL BÁSICA

Ângulo
Ponto Ang. Horizontal D.H.
Estação Horizontal Correção Azimute
Visado Corrigido (média)
(Média)

E1 E2 91°35'01" - 29” 91°34'32" 312°19'52" 153,753


E2 E3 76°45'19" - 29” 76°44'50" 209°04'42" 110,507
E3 E0 100°14'11" - 29” 100°13'42" 129°18'24" 131,365
E0 E1 91°27'24" - 28” 91°26'56" 40°45'20" 100,697

SOMA 360°01'55" - 01'55" 360°00'00" 496,322

Azimute <inicial= (Partida) = 40°45'20"  determinado no CAMPO!!

COORDENADAS POLARES - IRRADIAÇÕES


Ponto Ângulo D.H.
Estação Azimute
Visado Horizontal (m)

E1 1 340°49'38" 201°34'58" 15.789

E1 2 79°54'31" 300°39'51" 72.514

E2 3 134°51'17" 267°11'09" 43.028

E2 4 100°39'31" 232°59'23" 23.244

E2 5 32°02'08" 164°22'00" 32.838

E2 6 15°56'24" 148°16'16" 55.712

E3 7 300°15'20" 329°20'02" 73.830

E3 8 258°55'09" 287°59'51" 54.899

E3 9 246°57'03" 276°01'45" 41.088

E3 10 150°45'20" 179°50'02" 58.989

E0 11 298°39'23" 247°57'47" 71.681

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III.4 CÁLCULO DAS COORDENADAS RETANGULARES

Nesta etapa, vamos eliminar a grandeza angular dos nossos dados, simplificando assim a
elaboração do projeto. Inicialmente convertemos as coordenadas polares para retangulares
considerando um sistema de eixos cartesianos relativo (com origem na Estação), ou seja, origem
dos alinhamentos medidos. Depois, usaremos um artifício matemático para transformar os
valores relativos (alinhamentos), em valores absolutos (pontos).

a) COORDENADAS RETANGULARES RELATIVAS

Não é o Denzel Washington, mas acha que já viu isso antes? É verdade!! Acabaram-se quase
todas as novidades. Quando realizamos o cálculo do azimute de referência utilizando as
coordenadas absolutas de 2 pontos, fizemos o processo inverso. Transformamos coordenadas
retangulares absolutas (X,Y) em coordenadas retangulares relativas (ΔX, ΔY) e estas, em
coordenadas polares (�㔽 e DH).

Assim, permanece a necessidade de compreensão das relações trigonométricas no triângulo


retangulo formado pela projeção dos alinhamentos (90º no eixo y).
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ý�㕎āÿāā āĂāĀāā
sin �㔃 =
/ÿĂāāÿĀĂĀ�㕎
ý�㕎āÿāā �㕎þĀ�㕎ýÿĀāÿ
cos �㔃 =
/ÿĂāāÿĀĂĀ�㕎
ý�㕎āÿāā āĂāĀāā
tan �㔃 =
ý�㕎āÿāā �㕎þĀ�㕎ýÿĀāÿ
Usando Pitágoras, temos:

ÿ�㔻 = √&ÿ 2 + &Ā 2

a.1) Transformação POLAR → RETANGULAR

ý�㕎þÿþā āĂāýþā &ÿ


sin �㔃 = sin �㔃 =  &ÿ = sin �㔃 × ÿ�㔻
/ÿĂāþÿĀÿý�㕎 ÿ�㔻

ý�㕎þÿþā �㕎þĀ�㕎ýÿĀþÿ &Ā


cos �㔃 = cos �㔃 =  &Ā = cos �㔃 × ÿ�㔻
/ÿĂāþÿĀÿý�㕎 ÿ�㔻

É comum encontrar também as seguintes notações para as coordenadas retangulares relativas:

x = sin �㔃 × ÿ�㔻

y = cos �㔃 × ÿ�㔻
MUITO IMPORTANTE !!
Lembrem-se que na transformação POLAR →
RETANGULAR a grandeza angular foi eliminada.
Como saberemos a direção que estamos seguindo?
Os sinais das coordenadas retangulares relativas
indicam a direção dos alinhamentos.
Outro detalhe importante:

• na transformação RETANGULAR → POLAR a direção resultante (�㔃) sempre é RUMO;


• na transformação POLAR → RETANGULAR a direção (�㔃) pode ser dada em RUMO ou
AZIMUTE.

Se (�㔃) for RUMO, verifique os quadrantes para atribuir os sinais x ou ΔX e de y ou ΔY;

Se (�㔃) for AZIMUTE os sinais das projeções serão dados automaticamente.

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Exemplos:

• Azimutes variando de 0º a 90º  corresponderia a Rumo NE

x ou ΔX (+) y ou ΔY (+)

• Azimutes variando de 90º a 180º  corresponderia a Rumo SE

x ou ΔX (+) y ou ΔY (-)

• Azimutes variando de 180º a 270º  corresponderia a Rumo SW

x ou ΔX (-) y ou ΔY (-)

• Azimutes variando de 270º a 360º  corresponderia a Rumo NW

x ou ΔX (-) y ou ΔY (+)

a.2) Cálculo e correção do Erro de Fechamento Linear (E.F.L)

A transformação POLAR → RETANGULAR nos permite determinar analíticamente o erro nas


medidas lineares e com isso podemos corrigí-lo antes da elaboração do projeto. Também neste
caso, temos um limite ou tolerância que precisamos obedecer antes de realizar a correção.

Um polígono fechado (sem erro angular ou linear) deveria começar e terminar em um mesmo
ponto. Independente do tamanho ou formato de uma poligonal fechada, o somatório de suas
projeções (positivas e negativas) nos eixos x e y obrigatoriamente resulta em ZERO. O mesmo
deslocamento na direção LESTE precisa ser compensado em igual valor na direção OESTE e o
mesmo deslocamento na direção NORTE precisa ser compensado em igual valor na direção
SUL.
Já realizamos a correção angular (SCAMPO = STEÓRICA), porém ainda restam os erros nas medidas
lineares. Na prática isso pode ser visto da seguinte forma:

Erro nas abscissas (ex) = ∑ ý b 0 e/ou

Erro nas ordenadas (ey) = ∑ þ b 0


É como se numa viajem de turismo pelo Brasil ou pelo mundo, decolamos de Guarulhos e
pousamos em Campinas. Há uma distância entre o nosso ponto de partida e o ponto de chegada.
Na topografia isso é conhecido como Erro de Fechamento, como a componente angular foi
corrigida anteriormente, atribuímos a <culpa= disso às medidas lineares.

Por Pitágoras, a distância entre dois pontos é: ÿ�㔻 = :&ÿ 2 + &Ā 2


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Ā. ā. Ā = √ÿý 2 + ÿþ 2

A tolerância ou Limite para o erro de fechamento linear é dado de duas maneiras empíricas.

A primeira, definida como Limite para o Erro de Fechamento Linear (L.E.F.L) segue o
mesmo padrão usado para a grandeza angular, com as seguintes modificações:
onde:
L. E.F.L. = R x L x :ÿ

R = 1, 2 ou 3 dependendo do rigor desejado na análise (<R, < tolerância)


L = Precisão linear das <medidas=

K = Perímetro em kilômetro  ∑ ÿ�㔻 /1000

Vamos usar para o trabalho prático, o seguinte critério:


onde:
L. E.F.L. = 2 x 0,2 x :ÿ

A segunda forma de avaliar o erro linear é usando o conceito de Precisão Linear.


Exemplo: Precisão linear 1/1000 significa que o erro máximo aceitável seria de 1m a cada
1000 de poligonal. Se erramos 0,8m numa poligonal com 1200m, teríamos uma precisão
linear de 1/1.500, ou seja, mantemos sempre a unidade no numerador.

Trabalhos com estação total devem estar com precisão linear melhor que 1/2000.
Finalmente, se o EFL < LEFL o se a precisão resultante foi melhor que a precisão exigida,
fazemos a correção do erro linear separadamente nas abscissas e ordenadas, de modo que

∑ý = 0 ∑þ = 0
Para que isso ocorra, a correção deve ter sinal contrário ao erro e deve obedecer os sinais já
existentes nas coordenadas retangulares relativas (vejam o exemplo do exercício ao final deste
tópico). A distribuição do erro linear pode ser feita de diversas formas:

• distribuição uniforme (divide-se o erro pelo número de alinhamentos da poligonal)


• distribuição proporcional à distância (alinhamentos mais longos tem chance ter erros
maiores, e vice versa)
• distribuição por critérios estatísticos (ex: Mínimos quadrados)

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Coordenadas Retangulares Relativas - Poligonal


Coordenadas polares Coordenadas Retangulares RELATIVAS (metros)

Ordenadas relativas (y)


Azimute Abscissas relativas(x)
Est PV
DH (m) x = DH.sen Azimute y = DH.cos Azimute

Medidas Correção Corrigidas Medidas Correção Corrigidas

E1 E2 312°19'52" 153,753 -113,66 -0,01 -113,67 +103,54 -0,01 +103,53

E2 E3 209°04'42" 110,507 -53,71 ----- -53,71 -96,58 ----- -96,58

E3 E0 129°18'24" 131,365 +101,65 -0,01 +101,64 -83,22 -0,01 -83,23

E0 E1 40°45'20" 100,697 +65,74 ----- +65,74 +76,28 ----- +76,28

SOMA -------- 496,322 +0,02 -0,02 0,00 +0,02 -0,02 0,00

Erro nas abscissas (ex) = ∑ ý = +0,02ÿ

Erro nas ordenadas (ey) = ∑ þ = +0 , 02ÿ

Ā. ā. Ā = √ÿý 2 + ÿþ 2
E.F.L = 0,03m
L. E.F.L. = 2 x 0,2 x :0,496 = 0,28m
Precisão Linear  1/16.544

Para as irradiações o cálculo é o mesmo, porém sem nenhuma correção.

x = sin �㔃 × ÿ�㔻

y = cos �㔃 × ÿ�㔻

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b) COORDENADAS RETANGULARES ABSOLUTAS

O cálculo das coordenadas retangulares absolutas é apenas um artifício matemático que


transforma os valores relativos dos alinhamentos (dependentes) em valores absolutos de
pontos (independentes). Isso facilita a elaboração do projeto e evita o acúmulo de erros no
desenho do projeto.

O cálculo é feito através da soma algébrica dos valores relativos dos alinhamentos com o valor
absoluto da Estação na qual esses alinhamentos foram medidos. A soma algébrica é feita
levando-se em consideração os sinais das coordenadas retangulares relativas.
Assim, na poligonal, teremos:

ÿE1 = ÿE0 + ýE0→E1 ou ÿE1 = ÿE0 + &ÿE0→E1


ĀE1 = ĀE0 + þE0→E1 ou ĀE1 = ĀE0 + &ĀE0→E1
...
ÿĀ�㕛 = ÿĀ�㕛−1 + ýĀ�㕛−1 →Ā�㕛 ou ÿĀ�㕛 = ÿĀ�㕛−1 + &ÿĀ�㕛−1 →Ā�㕛
ĀĀ�㕛 = ĀĀ�㕛−1 + þĀ�㕛−1 →Ā�㕛 ou ĀĀ�㕛 = ĀĀ�㕛−1 + &ĀĀ�㕛−1 →Ā�㕛

Para as irradiações, o processo é o mesmo lembrando que, de uma mesma estação derivam
várias irradiações. Portanto:

• todas as irradiações de E1 terão seus valores relativos somados algebricamente com as


coordenadas retangulares Absolutas (X e Y) de E1;
• todas as irradiações de E2 terão seus valores relativos somados algebricamente com as
coordenadas retangulares Absolutas (X e Y) de E2;
• ...
• todas as irradiações de En terão seus valores relativos somados algebricamente com as
coordenadas retangulares Absolutas (X e Y) de En.

<SOMA ALGÈBRICA É AQUELA QUE LEVA EM CONSIDERAÇÃO OS SINAIS=


Na tabela abaixo, temos dados relativos (alinhamentos) e dados absolutos (pontos). A
notação das coordenadas absolutas é pontual. As setas vermelhas indicam a que ponto
pertence a coordenada absoluta em uma determinada linha da tabela.

GEA 102 Topografia Planimetria – 2020-1

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COORDENADAS RETANGULARES (Poligonal básica)


Coordenadas
Coordenadas Retangulares RELATIVAS (metros)
polares Coordenadas retangulares ABSOLUTAS
Abscissas Relativas (x) Ordenadas Relativas (y) (metros)
Est PV Azimute
DH x = DH.sen Azimute y = DH.cos Azimute
(m) Sem Sem
Correção Corrigidas Correção Corrigidas X Y
correção correção
E1 E2 -113,67 +103,53 502429.65 7652525.50

E2 E3 -53,71 -96,58 502375.94 7652428.92

E3 E0 +101,64 -83,23 502477.58 7652345.69

E0 E1 +65,74 +76,28 502543.32 7652421.97

SOMA 0,00 0,00

ex = +0,02 metros ey = +0,02 metros


e.f.l. = 0,03 metros L.e.f.l. = 0,28 metros
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

- coordenadas retangulares com 2 casas decimais - os sinais nas abscissas e ordenadas indicam a direção do alinhamento

- função trigonométrica com 4 casas decimais (no mínimo)

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COORDENADAS RETANGULARES (Irradiações)

Coordenadas
Coord. Polares Retangulares Coord. Retangulares
RELATIVAS (metros)
Est PV ABSOLUTAS (m)
Azimute DH Abscissas Ordenada

(m) (x) s (y) X Y

E1 1 201°34'58" 15.789 -5,81 -14,68 502537,51 7652407,29

E1 2 300°39'51" 72.514 -62,37 +36,98 502480,95 7652458,95

E2 3 267°11'09" 43.028 -42,98 -2,11 502386,67 7652523,39

E2 4 232°59'23" 23.244 -18,56 -13,99 502411,09 7652511,51

E2 5 164°22'00" 32.838 +8,85 -31,62 502438,50 7652493,88

E2 6 148°16'16" 55.712 +29,30 -47,39 502458,95 7652478,11

E3 7 329°20'02" 73.830 -37,66 +63,51 502338,28 7652492,43

E3 8 287°59'51" 54.899 -52,21 +16,96 502323,73 7652445,88

E3 9 276°01'45" 41.088 -40,86 +4,32 502335,08 7652433,24

E3 10 179°50'02" 58.989 +0,17 -58,99 502376,11 7652369,93

E0 11 247°57'47" 71.681 -66,44 -26,90 502411,14 7652318,79

Importante: Tente visualizar no desenho estes dados

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III.5 PROJETO (DESENHO DA PLANTA TOPOGRÁFICA)


O projeto será elaborado utilizando as coordenadas retangulares absolutas. É o método de
desenho mais fácil e seguro pois trabalha com valores pontuais (independentes). Neste
caso, se alguma estação for marcada equivocadamente, o erro não será repassado aos
pontos seguintes do projeto.

Atualmente os projetos são elaborados em formato digital utilizando alguma ferramenta


própria para elaboração de projetos (Ex AutoCAD, Métrica, Datageosis, etc). Dado as
limitações do ERE, ficará a cargo de cada grupo escolher a maneira de elaborar o seu
projeto.

Descrevo a seguir o roteiro para elaboração do projeto à moda antiga (manualmente).


Utilizaremos os mesmos dados do exemplo de que estamos desenvolvendo neste roteiro.
Vocês vão precisar apenas de um papel milimetrado (Formato A3) e lápis. Recomendo a
leitura do material sobre escalas.

III.5.1 Processo manual


a) Calcular as dimensões reais do retângulo envolvente do terreno, considerando os
valores absolutos dos eixos X e Y (Considerar os dados da poligonal e das
irradiações).

Maior Abscissa Absoluta = 502543.32 (E1) ↑ ≈ 502550 metros

Menor Abscissa Absoluta = 502323,73 (P7) ↓ ≈ 502320 metros

Dimensão real do terreno no Eixo X = 502550 – 502320 = 230 metros

Maior Ordenada Absoluta = 7652525.50 (E2) ↑ ≈ 7652530 metros

Menor Ordenada Absoluta = 7652318.79 (P11) ↓ ≈ 7652310 metros

Dimensão real do terreno no Eixo Y = 7652530 – 7652310 = 220 metros

Veja que o cálculo deste <retângulo envolvente= não precisa ser exato, por isso
arredondamos os valores para a dezena acima e abaixo apenas com intenção de facilitar
nossos cálculos. Desta forma o terreno que foi levantado no nosso exemplo, ficará dentro
das dimensões máximas de 230 metros (Eixo X) e 220 metros (Eixo Y).

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Norte (Y)
230 metros
>YABS

220 metros
Terreno

<YABS
Este (X)
< XABS > XABS
b) Em função do retângulo envolvente (valores reais), calcular a escala mais adequada
para um determinado tamanho de papel (Formato); ou ainda, calcular qual o papel
(Formato) mais adequado para uma escala previamente escolhida.
Como foi solicitado que o projeto seja entregue no papel A3, qual a escala mais
adequada para este projeto?
Na tabela a seguir temos as dimensões dos formatos mais utilizados em projetos
topográficos e a posição que estas folhas devem ser usadas para que possamos fazer
as dobras de acordo com a Norma Técnica. Todos os formatos, após dobrados ficarão
no tamanho de uma folha A4 para encadernação.

Formato Dimensões (mm) Posição da Folha


A4 210 x 297 Retrato
A3 297 x 420 Paisagem
A2 420 x 594 Paisagem
A1 594 x 840 Paisagem
A0 840 x 1188 Paisagem

b.1) Cálculo do espaço útil disponível no formato (descontar margens e selo)

Eixo X:
Total: 420 mm
Margens: 25+10 = 35 mm
Selo: 100 mm (a largura máxima do selo é de 175 mm = 1ª dobra do papel)
Útil no eixo X: 285 mm

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Eixo Y:
Total: 297 mm
Margens: 10+10 = 20 mm
Selo: 70 mm (pode variar de acordo com a quantidade de informações)
Útil no eixo Y: 207 mm

ÁREA ÚTIL PARA O DESENHO


(pode extrapolar para as áreas em azul)

SERVIÇO:

MUNICÍPIO: DATA:

ÁREA: ESCALA:

Proprietário

Resp. Técnico

b.2) Cálculo da ESCALA.

Todo cálculo de escala associa a grandeza representada no projeto com sua


correspondência no Mundo Real.
Desenho Real

1 parte x? partes (denominador da escala → adimensional)

285mm = 0,285m 230 metros (dimensão real do terreno no eixo X)

Desenho Real

1 parte y? partes (denominador da escala → adimensional)

207mm = 0,207m 220 metros (dimensão real do terreno no eixo Y)

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Com base nas regras de 3 acima, calculamos uma escala considerando o eixo X e outra
considerando o eixo Y. Dentre as 2 escalas calculadas ficamos com a que for mais
restritiva (Maior denominador).

Escala para o eixo X → 1:807,02

Escala para o eixo Y → 1:1062,80

A escala do desenho deveria ter então um denominador com valo INTEIRO acima de
1062,80 (ex: 1200, 1500, 2000). Veja que quanto maior o denominador, menor será a
escala e menos detalhes teremos no nosso projeto. Seria interessante então aproveitar
ao máximo o espaço útil do papel de modo a conseguir a maior escala possível.

Neste caso, temos como usar a parte em azul da lateral esquerda do selo aumentando
assim (70mm) o espaço disponível no eixo Y que apresenta valores mais restritivos.
Desenho Real

1 parte y? partes (denominador da escala → adimensional)

277mm = 0,277m 220 metros (dimensão real do terreno no eixo Y)

Escala para o eixo Y → 1:794,22

Nossa escala final então será de 1:1000 (denominador > 807,02 e > 794,22). Nesta
escala vamos ocupar 23cm do papel no eixo X (equivalente a 230 metros) e 22cm do
papel no eixo Y (equivalente a 220 metros).

c) Num papel A3 em branco ou preferencialmente milimetrado, colocamos de forma


centralizada os eixos X e Y no espaço disponível para o desenho; respeitando as
margens e selo. O selo deve ficar sempre no canto inferior direito do formato de modo
que fique sempre visível com as informações do projeto, mesmo depois de dobrado.

A graduação dos eixos fica a critério do projetista e tem que OBRIGATORIAMENTE


respeitar a escala. Normalmente aproveitamos as marcações do papel milimetrado ou
graduamos o papel em branco a cada 1cm ou outro valor a escolha:
Escala 1:1000 → 1cm = 1000cm → 1cm = 10m (cada 1mm = 1m)
Escala 1:2000 → 1cm = 2000cm → 1cm = 20m (cada 1mm = 2m)
...
Escala 1:5000 → 1cm = 5000cm → 1cm = 50m (cada 1mm = 5m)
...

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A graduação inicia-se nos valores extremos inferiores (<X e


<Y) e termina nos valores extremos superiores (>X e >Y)

>Y
22 cm

SERVIÇO:

MUNICÍPIO: DATA:

ÁREA: ESCALA:

<Y
23 cm Proprietário

<X >X Resp. Técnico

d) Depois de graduado os eixos, basta <plotar= os pontos de acordo com suas


respectivas coordenadas retangulares absolutas. NUNCA faça cálculo de escala para
coordenadas retangulares absolutas (valores pontuais). A escala só deve ser usada
para alinhamentos (valores relativos) ou para o cálculo de áreas no desenho (medidas
de superfície). Medidas angulares NÃO são afetadas pela escala do projeto.
Ao marcar os pontos num projeto feito a mão, os valores das coordenadas absolutas
deverão ser <arredondados= em função do ERRO GRÁFICO dado pela escala do projeto.

Erro gráfico ou Erro de graficismo (EG) é a menor dimensão que pode ser
representada em um desenho (ponto). É o erro que se comete ao demarcar pontos no
desenho tendo em conta a acuidade visual e a habilidade manual de um desenhista,
além da qualidade dos instrumentos de desenho. No desenho técnico esse valor é em
torno de 0,2 a 0,25 mm

Precisão da Escala está diretamente relacionada ao denominador da escala (M) e ao


erro de graficismo adotado, e pode ser expressa como: X = EG x M. É importante, pois
define o tamanho dos objetos que poderão ou não ser representados no projeto.

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Para efeitos práticos vamos considerar que o nosso erro gráfico será dado pela lapiseira
0,5mm. Desta forma, na escala 1:1000, não poderemos representar objetos menores que
0,5m (0,5mm x 1000 = 500mm = 0,5m). Assim as nossas coordenadas também devem ser
arredondadas para valores compatíveis com o erro gráfico.
Exemplo:

• coordenada XE1 = 502543,32m ≈ 502543,50m


• coordenada YE1 = 7652421,97m ≈ 7652422,00m

De modo geral, quanto maior a área, menor será a escala de representação e


consequentemente menos detalhes podem aparecer no projeto.

Desenhe primeiro os pontos da poligonal, pois são pontos que foram analiticamente
verificados e constituem as referências (Estações) para as demais medidas (irradiações).
Os pontos das irradiações devem ser <ligados= para formar a área do terreno ou para
representar as demais feições de interesse do projeto.

>Y 3 E2

5
7

8
22 cm

9 E3
E1

10

SERVIÇO:

E0
MUNICÍPIO: DATA:

ÁREA: ESCALA:

<Y 11

Proprietário

<X 23 cm >X Resp. Técnico

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III.6 CÁLCULO DE ÁREA

O cálculo de área em trabalhos topográficos é feito preferencialmente usando métodos


analíticos (Gauss ou Determinante), pois são métodos exatos baseados nas coordenadas
dos pontos de divisa de um terreno.
No passado foram muito utilizados, o método mecânico (Planímetro polar) e método
geométrico. Esse último baseado na decomposição da figura representativa da área do
terreno em figuras geométricas mais simples (triângulos, retângulos e trapézios).

III.6.1 CÁLCULO DE ÁREA - Processo analítico – (Gauss)

a) Organizar uma planilha com as coordenadas retangulares absolutas dos pontos que
irão formar o polígono representativo da área do terreno (apenas os pontos de divisa).
Os pontos obrigatoriamente precisam ser colocados na sequência em que aparecem
no desenho (P1, P2, ...Pn), independente da ordem que foram medidos no
levantamento topográfico (3, 4, ..., 7). Para o cálculo de área não importa o ponto
inicial e nem a ordem em que organizamos a planilha (horário ou anti-horário), no
entanto, usamos parte desta planilha (Diferença Binária) para criar um documento
chamado Memorial Descritivo. Este documento, por convenção, deve começar pelo
extremo norte da propriedade (> YABS) e seguir a descrição do perímetro em sentido
horário. Desta forma, seguiremos esta mesma orientação para o nosso trabalho
prático.

b) Cálculo da Soma Binária é a soma das coordenadas retangulares absolutas dos


pontos extremos de cada alinhamento de divisa (Ex. P3→P4, P4→P5, ..., P7→P3).
Note que a planilha de área representa um polígono fechado, portanto não tem
começo e fim.

XPN = XPN+1 + XPN YPN = YPN+1 + XPN


Ex:

XP1 = XP2 + XP1 YP1 = YP2 + XP1


XP2 = XP3 + XP2 YP2 = YP3 + XP2

....

XPN = XP1 + XPN YPN = YP1 + XPN

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c) Cálculo da Diferença Binária é a diferença das coordenadas retangulares absolutas


dos pontos extremos de cada alinhamento de divisa (Ex. P3→P4, P4→P5, ...,
P7→P3). Note que a planilha de área representa um polígono fechado, portanto não
tem começo e fim.

XPN = XPN+1 - XPN YPN = YPN+1 - XPN


Ex:

XP1 = XP2 - XP1 YP1 = YP2 - XP1


XP2 = XP3 - XP2 YP2 = YP3 - XP2

....

XPN = XP1 - XPN YPN = YP1 - XPN


Observação:
A diferença binária equivale as coordenadas retangulares relativas dos alinhamentos de
divisa, e servirão para o cálculo das coordenadas polares destes alinhamentos, no
memorial descritivo. Cuidado, pois, se invertermos a ordem do cálculo da diferença binária,
é como se estivéssemos invertendo o sentido da descrição do terreno.

d) Cálculo das Áreas Duplas. Áreas porque vamos ter 2 colunas com o mesmo valor e
Duplas porque todo cálculo analítico fornece a área do terreno em dobro. Então, todo
resultado de cálculo de área por qualquer processo analítico, deve ser dividido por 2.

X.YPN = XPN . YPN Y.XPN = YPN . XPN


Ex:

X.YP1 = XP1 . YP1 Y.XP1 = YP1 . XP1

X.YP2 = XP2 . YP2 Y.XP2 = YP2 . XP2

....

X.YPN = XP1 + XPN YPN = YP1 + XPN

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PLANILHA DE CÁLCULO DE ÁREA - Processo analítico – (Gauss)

Pontos Coordenadas Soma Binária Diferença Binária Áreas Duplas


Absolutas
X (m) Y (m) X Y X Y X . Y Y . X
* *
502... 7652... (m) (m)

3 = P1 386,67 523,39 797,76 1034,90 +24,42 -11,88 -9.477,39 +25.272,26

4 = P2 411,09 511,51 849,59 1005,39 +27,41 -17,63 -14.978,27 +27.557,74

5 = P3 438,50 493,88 897,45 971,99 +20,45 -15,77 -14.152,79 +19.877,20

6 = P4 458,95 478,11 996,46 885,40 +78,56 -70,82 -70.569,30 +69.557,02

1 = P5 537,51 407,29 948,65 726,08 -126,37 -88,50 -83.955,53 -91.754,73

11 = P6 411,14 318,79 787,25 688,72 -35,03 +51,14 +40.259,97 -24.125,86

10 = P7 376,11 369,93 711,19 803,17 -41,03 +63,31 +45.025,44 -32.954,07

9 = P8 335,08 433,24 658,81 879,12 -11,35 +12,64 +8.327,36 -9.978,01

8 = P9 323,73 445,88 662,01 938,31 +14,55 +46,55 +30.816,57 +13.652,41

7 = P10 338,28 492,43 724,95 1015,82 +48,39 +30,96 +22.444,45 +49.155,53

SOMA 4017,06 4474, 45 8034,12 8948,90 0 0 -46.259,49 +46.259,49

* Como as coordenadas absolutas possuem uma parte constante (X=502... e Y=7652...), podemos
simplificar os cálculos, desconsiderando esta parte das coordenadas.
A conferência dos cálculos é feita pela linha do somatório. Nela, a soma das colunas da soma binária
deve ser o dobro da soma das coordenadas dos pontos, a soma das colunas da diferença binária deve
ser igual a zero e a soma das colunas das áreas duplas deve resultar em dois valores iguais, porém de
sinais contrários. É importante ressaltar, que se algum ponto ou coordenada for colocado na planilha
de forma errada, as contas da planilha serão conferidas, mas o resultado final será uma área
incorreta.

ÁREA (m2): 23.129,75

ÁREA (ha): 2,3130

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III.6.2 CÁLCULO DE ÁREA - Processo analítico – (Determinante)

Qualquer que seja o processo analítico escolhido, a etapa fundamental é a organização da


planilha de coordenadas retangulares absolutas dos pontos representativos da divisa do
terreno. No cálculo matricial, esta planilha deve ser entendida como uma matriz de 2 colunas
(X e Y) e n linhas (nº de pontos de divisa). Apesar de ser um método mais simples, tem
como desvantagem o fato de que não é possível a verificação dos cálculos como é feito no
método de GAUSS.

A área é obtida multiplicando ½ pelo módulo do determinante das coordenadas dos


vértices. O determinante de uma matriz de ordem 2 é calculado fazendo a multiplicação dos
elementos da diagonal principal e subtraindo pela multiplicação dos elementos da diagonal
secundária:

ÿ1 Ā1
ÿ2 Ā2
| ÿ Ā |
3 3
| ⋮ ⋮ |
ÿĀ−1 ĀĀ−1
ÿĀ ĀĀ

Área = ½ . | (X1.Y2 + X2.Y3 + ... + Xn.Y1) – ( Y1.X2 + Y2.X3 + ... Yn.X1) |

Note que devemos ter o número de multiplicações igual ao número de vértices. Assim a
coordenada X do último ponto multiplica a coordenada Y do primeiro ponto e vice versa.

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PLANILHA DE CÁLCULO DE ÁREA - Processo analítico – (Determinante)

Pontos Coordenadas Áreas Duplas


Absolutas
X (m) Y (m)
* *
Xn . Yn+1 Yn . X n+1
502... 7652...

3 = P1 386,67 523,39
4 = P2 411,09 511,51 197785,57 215160,40

5 = P3 438,50 493,88 203029,13 224297,14

6 = P4 458,95 478,11 209651,24 226666,23

1 = P5 537,51 407,29 186925,75 256988,91

11 = P6 411,14 318,79 171352,81 167453,21

10 = P7 376,11 369,93 152093,02 119900,11

9 = P8 335,08 433,24 162945,90 123956,14

8 = P9 323,73 445,88 149405,47 140252,79

7 = P10 338,28 492,43 159414,36 150832,29

3 = P1 386,67 523,39 177052,37 190407,91

SOMA 1769655,61 1815915,10

* Como as coordenadas absolutas possuem uma parte constante (X=502... e Y=7652...), podemos
simplificar os cálculos, desconsiderando esta parte das coordenadas.

Observem que na planilha é preciso repetir o primeiro ponto para que tenhamos o número de
multiplicações igual ao número de pontos de divisa.
Para o exemplo dado, teremos:

Área = ½ . | Xn . Yn+1 -  Yn . Xn+1|

Área = ½ . | (1.769.655,61 – 1.815.915,10) | = ½ . | - 46.259.49 | = 23.129,75 m²

ÁREA (m2): 23.129,75


ÁREA (ha): 2,3130

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III.7 MEMORIAL DESCRITIVO

O memorial descritivo é um documento de fundamental na topografia, a partir do qual são


criados os documentos de propriedade do imóvel. A grande maioria dos registros de imóveis
possui o que denominamos de <descrição precária=, pois não permite a identificação objetiva
do imóvel. Durante muito tempo os memoriais descritivos eram genéricos e pouco
detalhados, levando aos proprietários de imóveis, uma certa insegurança jurídica.
Atualmente, os memoriais devem ser feitos de modo que a figura representativa da área do
terreno possa ser reconstruída com suas informações. Aos poucos estão sendo banidas as
expressões como <mais ou menos= e <aproximadamente= nos documentos cartoriais.

Assim como o desenho pode ser feito a partir dos 3 tipos de coordenadas (Polares,
retangulares relativas e retangulares absolutas); necessitamos destas informações para
elaborar o memorial descritivo. Comumente uma propriedade é descrita através das
coordenadas polares, porque estes dados são mais facilmente assimilados por pessoas
comuns, com pouco ou nenhum conhecimento de topografia. Nos serviços
georreferenciados o dado principal são as coordenadas retangulares absolutas pois são elas
que indicam a LOCALIZAÇÃO geográfica do imóvel, tornando o imóvel, uma feição única no
globo terrestre. Essa característica, além de permitir uma descrição mais detalhada e
inequívoca do imóvel, garante maior segurança jurídica e propicia a utilização dos mapas
em diversas outras atividades (licenciamentos, certificações, agricultura de precisão, dentre
outras).

Na tabela de cálculo de área já temos as coordenadas absolutas dos pontos de divisa e as


coordenadas relativas dos alinhamentos de divisa (denominadas como diferença binária). O
cálculo das coordenadas polares segue o mesmo princípio no início do trabalho para
determinação do Azimute de referência usando coordenadas do GPS (absolutas). Naquele
momento não precisávamos da distância entre os pontos pois esta já havia sido medida no
campo. Lembre-se que a distância é a hipotenusa de um triângulo retângulo cujos catetos
são as diferenças binárias (X e Y).

�㕫. �㕯. = √Xā + Yā

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MEMORIAL DESCRITIVO
Imóvel: Área do Entorno do Departamento de Engenharia Localização: Lavras - MG
Proprietário: UFLA
Área UTM: 2,3130 ha Coordenadas UTM – Fuso 23S (MC 45ºW)
Perímetro: 606,26 metros
Pontos de X (m) Y (m) Alinhamentos ∆X ∆Y Rumo Azimute Distância Confrontante Tipo de divisa
Divisa de Divisa (m) (m) (m) ou

Vizinho

P1 502386,67 7652523,39 P1 → P2 +24,42 -11,88 6403’28” SE 11556’32” 27,16 Av Sul Livre (meio fio)
P2 502411,09 7652511,51 P2 → P3 +27,41 -17,63 5715’04” SE 12244’56” 32,59 Av Sul Livre (meio fio)
P3 502438,50 7652493,88 P3 → P4 +20,45 -15,77 5221’45” SE 12738’15” 25,82 Av Sul Livre (meio fio)
P4 502458,95 7652478,11 P4 → P5 +78,56 -70,82 4757’58” SE 13202’02” 105,77 Av Sul Livre (meio fio)
P5 502537,51 7652407,29 P5 → P6 -126,37 -88,50 5715’04” SW 23715’04” 154,28 R ABI Livre (meio fio)
P6 502411,14 7652318,79 P6 → P7 -35,03 +51,14 5459’44” NW 30300’16” 61,99 R da Mata Livre (meio fio)
P7 502376,11 7652369,93 P7 → P8 -41,03 +63,31 3256’47” NW 32703’13” 75,44 R da Mata Livre (meio fio)
P8 502335,08 7652433,24 P8 → P9 -11,35 +12,64 4155’19” NW 31804’41” 16,99 R da Mata Livre (meio fio)
P9 502323,73 7652445,88 P9 → P10 +14,55 +46,55 1721’27” NE 1721’27” 48,77 Administração Livre
P10 502338,28 7652492,43 P10 → P1 +48,39 +30,96 5755’07” NE 5755’07” 57,45 Administração Livre

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Vejam na tabela anterior que, além dos dados técnicos do levantamento (coordenadas
polares e retangulares), temos 2 colunas com informações adicionais sobre os confrontantes
e tipos de divisa.

A coluna de confrontação é hoje a grande dor de cabeça dos topógrafos, isso porque a
grande maioria dos documentos registrados tem descrição precária e para corrigi-los
passamos por um processo de retificação de área onde os confrontantes ou vizinhos
precisam concordar de forma expressa com os limites demonstrados no projeto topográfico
(assinando a planta ou carta de anuência). Outra mudança significativa, é que a pessoa do
confrontante passa a ter importância secundária em relação ao imóvel (Matrícula) que ela
ocupa. Isso tem permite que o memorial se mantenha atualizado por mais tempo uma vez
que a matrícula permanece mesmo no caso de venda ou falecimento do proprietário. Nos
casos de divisão de um imóvel, as novas matrículas que são criadas obrigatoriamente
trazem indicação do imóvel de origem.

O tipo de divisa ajuda na caracterização do imóvel. Nos trabalhos de certificação do


georreferenciamento no INCRA, o tipo de divisa é importante pois existem recomendações
diferentes para medições realizadas em divisas naturais e divisas artificiais, sendo que nas
últimas há um rigor maior com relação a precisão das suas medidas.

A seguir temos um modelo de memorial feito no formato convencional. Ele acaba sendo um
documento bastante extenso e cansativo e que traz exatamente as mesmas informações
contidas no memorial de formato tabular.

Lembrem-se sempre que quando utilizamos coordenadas georreferenciadas, precisamos ter


associado a elas um sistema de referência. O sistema de referência oficial do Brasil é
denominado de SIRGAS 2000. Portanto, tanto a planta como o memorial descritivo, devem
trazer claras as informações do tipo de coordenadas utilizado (UTM) e sistema de referência
associado (SIRGAS 2000).

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Imóvel: Área do Entorno do Departamento de Engenharia
Localização: Lavras - MG
Proprietário: UFLA
Área UTM: 2,3130 ha Perímetro: 606,26 metros

DESCRIÇÃO DO PERÍMETRO – ÁREA TOTAL

Inicia-se no vértice P1, de coordenadas E: 502386,67m e N: 7652523,39m – localizado no


extremo norte da propriedade. Deste, segue por divisa livre (meio fio) confrontando com a
Av Sul, com os seguintes azimutes e distâncias: 11556’32= e 27,16m até o vértice P2 (E:
502411,09m e N: 7652511,51m); 12244’56= e 32,59m até o vértice P3 (E: 502438,50m e N:
7652493,88m); 12738’15= e 25,82m até o vértice P4 (E: 502458,95m e N: 7652478,11m);
13202’02= e 105,77 até o vértice P5 (E: 502537,51m e N: 7652407,29m). Deste, vira-se à
direta e segue por divisa livre (meio fio) confrontando com a Rua da ABI, com o azimute de
23715’04= e distância 154,28m até o vértice P6 (E: 502411,14m e N: 7652318,79m). Deste,
vira-se à direta e segue por divisa livre (meio fio) confrontando com a Rua da Mata, com os
seguintes azimutes e distâncias: 30300’16= e 61,99m até o vértice P7 (E: 502376,11m e N:
7652369,93m); 32703’13= e 75,44m até o vértice P8 (E: 502335,08m e N: 7652433,24m);
31804’41= e 16,99m até o vértice P9 (E: 502323,73m e N: 7652445,88m). Deste, vira-se à
direita e segue por linha seca (livre), confrontando com Administração; com os seguintes
azimutes e distâncias: 1721’27= e 48,77m até o vértice P10 (E: 502338,28m e N:
7652492,43m); 5755’07= e 57,45m até o vértice P1 (E: 502386,67m e N: 7652523,39m);
fechando assim, o polígono acima descrito com um perímetro de 606,26 metros e área
superficial de 2,3130 ha (Dois hectares, trinta e um ares e trinta centiares).

Todas as coordenadas aqui descritas estão georreferenciadas ao Sistema Geodésico


Brasileiro, representadas no sistema UTM, referenciadas ao Meridiano Central 45° WGr,
tendo como datum o SIRGAS 2000. Todos os azimutes, distâncias, área e perímetro foram
calculados no plano de projeção UTM.

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III.8 LOCAÇÃO (OPCIONAL)

A locação ou implantação de projetos consiste na operação inversa ao Levantamento


Topográfico.

No levantamento topográfico coletamos dados (ângulos e distâncias horizontais) de feições


existentes do campo, com o objetivo de representá-las em um projeto.

Na locação temos um estudo do terreno, onde serão projetadas feições que serão
implantadas no campo (projetos de divisão de talhões e glebas, projetos de irrigação e
drenagem, construções, barragens, paisagismo etc.).

A locação pode ser feita usando as coordenadas absolutas dos pontos que definem as
feições de interesse (somente nos equipamentos mais modernos) ou através de ângulos e
distâncias horizontais destes mesmos pontos. Neste último caso, teremos as operações do
levantamento topográfico na ordem inversa:

Coordenadas Coordenadas Coordenadas Dados de


Retangulares Retangulares Polares Campo
Absolutas Relativas (Relativas) (A.H. e DH)
(X e Y) ( X e  Y) ( e DH)

MEMORIAL DESCRITIVO

IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS

Considerando que já temos o roteiro para elaborar o memorial descritivo, estamos a um


passo apenas de entender os cálculos de locação.
Temos de ter claro em nosso aprendizado, o que são valores pontuais (absolutos) e valores
relativos (alinhamentos entre 2 pontos). Na locação tempos um alinhamento de referência
(geralmente entre 2 estações) e um ou mais alinhamentos de locação (entre a estação
ocupada e os pontos de interesse do projeto). Assim cada ponto a ser locado depende das
coordenadas de 3 pontos (Estação e sua referência + Ponto a ser locado).

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A locação preferencialmente deveria partir de alguma Estação do levantamento topográfico


original cujas coordenadas já seriam conhecidas no nosso projeto, porém é comum que ao
executar um determinado projeto, estas referências (Estações) já não existam mais. Nesta
situação, é necessário criar no campo pelo menos uma Estação onde seria instalado o
equipamento. Esse procedimento é feito através de um método denominado de Intersecção
à RÉ (nas Estações totais conhecido como <Estação livre=); onde instalamos o equipamento
num local qualquer apropriado para a locação dos pontos de interesse e calculamos as suas
coordenadas absolutas a partir da observação de pelo menos 2 pontos cujas coordenadas
sejam conhecidas no seu projeto (quinas bem definidas no levantamento topográfico).

Também podemos realizar um levantamento prévio de <amarração= do projeto. Neste caso,


voltamos ao campo e implantamos pelo menos 2 estações a partir de onde serão medidos
pelo menos 2 pontos existentes no levantamento original. Feito isso podemos alinhar os 2
levantamentos e usar as novas estações na operação de locação.
Como exemplo, suponha que vamos construir um novo galpão conforme demonstrado na
figura a seguir.

3 E2
4

5
7

9 E3
E1

10

E0

11

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As estações E0 ou E3 poderiam ser usadas para instalação do equipamento pois a partir


delas podemos visualizar os 4 cantos da futura construção. Para este exemplo, vamos
estacionar o equipamento em E3 e usar E2 como referência:

XE3 = 502375.94 m YE3 = 7652428.92 m


XE2 = 502429.65 m YE2 = 7652525.50 m

As coordenadas dos pontos a serem locados foram obtidas do projeto:

P1
XP1 = 502407.85 m YP1 = 7652410.51 m
P2 XP2 = 502395.98 m YP2 = 7652397.47 m

XP3 = 502458.58 m YP3 = 7652364.32 m


P3
XP4 = 502446.71 m YP4 = 7652351.29 m
P4

CADERNETA DE CAMPO – Locação

ÂNGULO DISTÂNCIA
PONTO
ESTAÇÃO HORIZONTAL HORIZONTAL OBSERVAÇÕES
VISADO
(XXX°YY'ZZ") (XX,xxx m)

E3 E2 0º00’00= Visada de Referência (RÉ)


E3 P1
E3 P2
E3 P3
E3 P4

Sabemos que os ângulos horizontais são formados entre 2 direções. Uma direção de
referência e a direção do ponto de interesse (Ex: P1, P2, P3 ou P4). Ângulos de direção
podem ser expressos em Azimute ou Rumo. Na transformação Retangular → Polar, o ângulo
calculado sempre será o RUMO.

Conforme indicado na caderneta de locação, os pontos serão locados a partir da estação E3


tendo como referência dos ângulos, a estação E2.

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Calcular as direções na Estação onde será instalado o equipamento:

Direção da referência ( 0 ): E3→E2

X E3→E2 = XE2 – XE3 = 502429.65 - 502375.94 = + 53,71 m


Y E3→E2 = YE2 – YE3 = 7652525.50 - 7652428.92 = + 96,58 m
&ÿ
 Ā3→Ā2 = �㕎ÿýāý (&Ā) = 29,0793º = 29º04’45= (NE)
ÿ. �㔻.Ā3→Ā2 = :&ÿ 2 + &Ā 2 = 110,51 m (usada apenas para conferência da Ré)

7652525,50 E2

7652428,92 E3

502375,94 502429,65

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Direção do ponto de interesse ( PI): E3→P1

X E3 → P1 = XP1 – XE3 = 502407.85 - 502375.94 = + 31,91 m


Y E3 → P1 = YP1 – YE3 = 7652410.51 - 7652428.92 = - 18,41 m
&ÿ
 Ā3 → �㕃1 = �㕎ÿýāý (&Ā) = 60,0178º = 60º01’04= (SE)
ÿ. �㔻.Ā3→ �㕃1 = :&ÿ 2 + &Ā 2 = 36,84 m

Vamos denominar a direção de referência (Ré) como  0 e a direção do ponto a ser locado
como  P1. Analisando as direções no desenho, temos que:

A.H. E3 → P1 = 180º - ( 0 +  P1)


A.H. E3 → P1 = 180º - (29º04’45= + 60º01’04=)
A.H. E3 → P1 = 90º54’11=
* OS DEMAIS DADOS SERIAM CALCULADOS DA MESMA FORMA (VER TAREFA 6)
ATENÇÃO!!!!!

Dependendo da direção de referência (0) e da direção do ponto de interesse (PI), as


operações irão variar, portanto, o entendimento da representação gráfica dos pontos
envolvidos na operação de locação é essencial para resolução dos problemas.

Foram altos e baixos e fortes emoções, mas terminamos!!!

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-ND

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