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SÃO PAULO
2007
ii
SÃO PAULO
2007
iii
Trabalho____________em:___de______________de 2007.
_______________________________________
Professor Antonio Calafiori Neto
_______________________________________
Professor Carlos Roberto Carneiro
Comentários___________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
iv
À minha mãe
Idnéa
v
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
In this job is demonstrated concepts, criterions and methods of a real state’s appraise,
considering the abrangency of the theme this job is restricted only to appraises the
urban residential real state to financing immobile, which in general content is the most
cases in business, besides, there are interests from the one who accepts the financing,
like the one who receives the real state as assurance, in to know real value. So that is
necessary a standard appraise. During this job is described the basics definitions that
are necessary to the appraise of the theory bases, going through an explanation about
the appraise’s methods, the needs for inspect a real state how and where look for
values and the rigors level’s to the presentation of an appraise’s award.
Since then, there are subsidies to demonstrate mainly the criterion of the urban
residential real state to the immobile financing. By the end of this job it’s presented a
study about the aleatory urban residence case, which was elaborated the appraise’s
award explaining each items, being it the normal level.
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
Figura 5.1 - Gráfico Valor do Imóvel x Vida Útil (PINI/IBAPE, 1991) .............................32
Figura 5.2 - Gráfico Depreciação x Idade do Imóvel (FIKER, 1993)..............................34
x
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................1
2. OBJETIVOS .................................................................................................................... 3
2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................3
2.2 Objetivo Específico ....................................................................................................3
3. METODOLOGIA DA PESQUISA..................................................................................... 4
4. JUSTIFICATIVA ..............................................................................................................5
5. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ...........................................................................................6
5.1 Conceitos e Definições ..............................................................................................6
5.1.1 Valor ....................................................................................................................6
5.1.2 Avaliação de Imóveis...........................................................................................7
5.2 Introdução aos Métodos.............................................................................................9
5.3 Método Comparativo de Dados de Mercado............................................................ 11
5.3.1 Vistoria ..............................................................................................................12
5.3.2 Pesquisa dos Dados de Mercado...................................................................... 13
5.3.3 Avaliações de Terrenos Urbanos ...................................................................... 14
5.3.3.1 Redução de Preço à Vista ..........................................................................14
5.3.3.2 Correção de Estabilidade de Informação pelo Fator de Fonte.................... 15
5.3.3.3 Cálculo do Fator Profundidade ................................................................... 15
5.3.3.4 Cálculo do Fator Testada............................................................................ 17
5.3.3.5 Cálculo do Fator da Transposição .............................................................. 18
5.3.3.6 Cálculo do Fator de Atualização ................................................................. 18
5.3.3.7 Cálculo do Fator Topografia........................................................................19
5.3.3.8 Fator corretivo de Consistência do Terreno ................................................ 20
5.3.3.9 Fator de Serviços Públicos ......................................................................... 20
5.3.3.10 Fator de Aproveitamento .......................................................................... 21
5.3.3.11 Cálculo do Fator Esquina ou Múltiplas Frentes......................................... 21
5.3.3.12 Resultados Homogeneizados ................................................................... 23
5.3.4 Avaliações de Benfeitorias Urbanas.................................................................. 23
5.3.4.1 Métodos de Avaliação de Benfeitorias........................................................ 25
5.3.4.2 Depreciação................................................................................................31
xii
Desde o fim da Idade Média até meados do século XVII, a escola dos mercantilistas
estabeleceu que o lucro, em si, não constitui pecado e ele conduz a prosperidade dos
povos e dos Estados. Depois dos mercantilistas vieram os fisiocratas enaltecendo a
agricultura, ao invés da indústria e do comércio. Conforme cita MOREIRA (1991), a arte
da Engenharia de avaliações foi desenvolvida principalmente a partir de 1890 quando
engenheiros, industriais, economistas e os tribunais começaram a encarar seriamente
o trabalho formal de avaliações, passando gradativamente do campo do negociante e
do financista para o engenheiro à medida que surgiu uma intensa expansão industrial.
A avaliação se apresenta pelo conjunto de operações, sendo que através delas pode-
se formar o valor de um determinado bem, sendo, no caso de bens imóveis, o valor de
uma propriedade ou de um direito a ela relativo.
Em razão disto este trabalho visa apresentar esta fatia de mercado, ainda pouco
conhecido pelos futuros engenheiros.
2. OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo específico apresentar todos os procedimentos usuais
básicos sobre uma avaliação de imóvel, destinado a financiamento imobiliário, como a
vistoria do imóvel, a sua localização, a pesquisa de valores de mercado, o melhor
método de cálculo de avaliação e a elaboração do laudo.
4
3. METODOLOGIA DA PESQUISA
4. JUSTIFICATIVA
Este assunto está em destaque nos eventos técnicos, revistas científicas, internet e
exige um conhecimento profundo e detalhado do avaliador que tem como objetivo
avaliar imóveis desde os mais precários e simples aos mais luxuosos.
Pela avaliação, os imóveis são estudados de acordo com sua área total, área
construída, tipo da construção, localização dentro do bairro e outros aspectos com os
quais o avaliador chega a um valor final e dentro dos padrões exigidos.
5. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Visão geral dos conceitos e definições para uma avaliação de um imóvel, ou seja,
determinar um valor de mercado.
5.1.1 Valor
Dentro desses princípios, defini-se como valor de mercado o que o bem obteria numa
transação normal de compra e venda, dentro de prazo razoável, não estando o
comprador e o vendedor compelidos a transacionar, sendo ambos conhecedores do
bem em seus elementos constitutivos.
a) Gleba urbanizável
Grande extensão de terreno, passível de receber obras de infra-estrutura urbana, por
sua localização, seus aspectos físicos, sua destinação legal e existência de mercado
comprador.
b) Lote
Porção de terreno, com frente para as vias públicas ou particulares, em condição de
ser aproveitada, de imediato, para fins urbanos.
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c) Lote industrial
Lote situado em zonas de destinação industrial, legal e/ou econômica, com
características compatíveis com essa finalidade.
a) Frutos:
Renda – fruto da exploração de bens ou aplicação de capital.
Aluguel – pagamento feito ao locador, em contrapartida ao uso do bem ou da coisa por
determinado período.
Arrendamento – retribuição pela cessão de direito à exploração, por prazo certo e
condições convencionadas, de bens ou coisas infungíveis, capazes de produzir frutos.
b) Direitos:
Servidão – encargo específico que se impõe a qualquer propriedade em proveito a
outrem.
Usufruto – direito real assegurado a alguém de desfrutar temporariamente de
propriedade alheia.
Concessão – direito concedida, geralmente pelo poder público, para a exploração de
bens ou serviços.
Comodato – empréstimo gratuito de coisas infungíveis, mediante condições
preestabelecidas.
Direito hereditário – direito transmitido por herança.
Direito possessório – direito decorrente de posse.
9
Já se foi o tempo em que o “o olho clínico” do avaliador era a melhor técnica admitida
para a avaliação de um bem, não há dúvida que a experiência do avaliador tem muita
influência para a boa aplicação das técnicas hoje conhecidas, mas os métodos
científicos fazem com que o avaliador, cada vez mais, se paute de dados estatísticos,
tecnicamente analisados, do que por sentimento pessoal. Como o avaliador nada mais
faz do que medir uma magnitude econômica, ele deve procurar meios para que
inevitáveis erros, que é próprio da falibilidade humana, estejam dentro de uma
tolerância.
5.3.1 Vistoria
a) Caracterização da região
- Aspectos físicos – condições topográficas, natureza predominante do solo, condições
ambientais, ocupação existente, tendências de modificação a curto e médio prazo e
padrão de construções vizinhas;
- Aspectos de infra-estrutura urbana – rede viária, coleta de lixo, abastecimento de
água potável, fornecimento de energia elétrica, rede de telefonia, pavimentação, rede
de esgoto sanitário, águas pluviais e gás canalizado;
- Distância de equipamento comunitário – sistema de transporte coletivo, ensino e
cultura, mercado de trabalho, comércio, rede bancária, saúde e lazer;
- Potencial de utilização – posturas legais para o uso e a ocupação do solo, restrições
físicos, legais e sócios – econômicos de aproveitamento do solo e estrutura do sistema
viário.
Sobre mapas e plantas pode ser obtido com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), o Serviço Geográfico do Exército, empresas de levantamentos
aerofotogramétricos, órgãos estaduais e municipais.
⎛ b ⎞ ⎡ (1 + i ) − 1⎤
n
Ffp = a + ⎜ ⎟ × ⎢ n ⎥
(Eq. 01)
⎝ n ⎠ ⎣ i × (1 + i ) ⎦
Sendo:
Ffp = fator de forma de pagamento
a = percentual do pagamento à vista
15
O fator profundidade faz-se necessário, pois não é possível distribuir o valor do terreno
sobre sua superfície igualmente, em razão do valor da unidade de área próximo da
testada é mais valorizado do que a mais distante.
Conforme MOREIRA (1991) com isso foram criadas várias hipóteses empíricas, sendo
a primeira chamada “regra 4-3-2-1”, considerando o primeiro quarto de lote, mais
próximo da testada, sendo 40% de seu valor total, o segundo quarto como sendo 30%,
o terceiro quarto sendo 20% e o último apenas 10%.
A segunda hipótese foi a “lei de um terço, dois terços” que considera 50% do valor total
do lote no primeiro terço, a partir da testada e os outros 50% nos dois terços do fundo.
A terceira foi criada por Hoffman, juiz norte-americano, que toma dois terços do valor
total do lote na sua primeira metade, a partir da testada e um terço no restante.
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A quarta hipótese criada por Jerrett, conhecida como “média harmônica”, resulta da
distribuição hiperbólica que da 40% do valor do lote para o primeiro quarto, sempre à
partir da testada, 26,7% para o segundo quarto, 19% para o terceiro quarto e 14,3%
para o último. Esta hipótese coincide, em parte, com a terceira, em razão de a primeira
metade possuir 66,7% do valor do lote e a segunda 33,3%.
Até 1973 era obtido o fator profundidade utilizando a aplicação da hipótese da variação
parabólica da Harper-Berrini sendo esta:
⎛f ⎞
1
Fp = ⎜ ⎟ 2
(Eq. 02)
⎝n⎠
Sendo:
Fp = Fator profundidade
f = profundidade equivalente do elemento pesquisado, resultante da divisão da área do
lote pela sua frente efetiva
N = fundo de comparação local, ou seja, profundidade média do bairro
Porém em novembro de 1973 foram criados pelo IBAPE zonas com limites mínimos e
máximos de profundidade, conforme quadro abaixo:
Residência isolada,
apartamento, escritórios de alto 30 60 15
padrão
17
⎛a⎞
1
Ft = ⎜ ⎟ 4
(Eq. 03)
⎝ ar ⎠
18
Sendo:
Ft – fator testada.
a – testada do imóvel pesquisado.
ar – testada de referência mínima.
Como o fator de profundidade, neste também há limites que são, a metade e o dobro
da testada de referência mínima.
Este fator corrige as variações da transposição de valor unitário qualquer para o local
do imóvel avaliando, obtido pela seguinte fórmula:
⎛I ⎞
Ftr = ⎜ a ⎟ (Eq. 04)
⎜I ⎟
⎝ p⎠
Sendo:
Ftr – fator de transposição.
Ia – índice do local avaliando.
Ip – índice do local pesquisado.
Estes índices podem ser retirados de plantas genéricas das prefeituras ou determina-
los por observações “in loco”, pela própria experiência do engenheiro avaliador, ou
ainda pelo conhecimento de pessoas ligadas à área imobiliária.
Fator que atualiza os valores dos imóveis pesquisados para a época da avaliação,
obtido através de ponderação de índices ajustados à inflação e ao mercado imobiliário.
Não convém a utilização de dados com mais de um ano. Este fator resulta da relação:
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⎛ I ⎞
Fa = ⎜⎜ ⎟⎟ (Eq. 05)
⎝ I0 ⎠
Sendo:
Fa – fator atualização.
I – índice ponderado da época da avaliação.
Io – índice ponderado da mesma fonte da data da amostra.
Observa-se ainda que se condiciona este fator ao seu uso previsto, como por exemplo,
a utilização de garagens no subsolo em terreno com declive, portanto não devendo ser
depreciado neste caso.
20
Pode-se considerar o fator corretivo de consistência de terreno dado por FIKER (1993):
Podemos utilizar a tabela citada por CANTEIRO (1980) – citado no livro “Fundamentos
de Avaliações Patrimoniais e Perícias de Engenharia” (1998).
Os imóveis localizados em esquinas têm maior valor do que os imóveis no meio dos
quarteirões, podendo variar de 15% a 50% do seu valor total.
Método para cálculo de esquina, partindo da relação entre área de lote e a soma das
frentes:
⎛A⎞
R m = ⎜⎜ ⎟⎟ (Eq. 06)
⎝ f1 ⎠
⎛A⎞
R e = ⎜⎜ ⎟⎟ (Eq. 07)
⎝ fn ⎠
Sendo:
Rm = relação para o lote de meio de quarteirão
Re = relação para o lote de esquina
⎛R ⎞ ⎛ fn ⎞
N = ⎜⎜ m ⎟⎟ = ⎜⎜ ⎟⎟ (Eq. 08)
⎝ Re ⎠ ⎝ f1 ⎠
Valvano criou quatro tabelas para encontrar o fator de esquina (Fe) a partir do índice de
utilização, sendo a tabela 1 para uso em zonas centrais, ou capitais, a tabela 2 para
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uso em zona residencial média, apta para edifícios, a tabela 3 para uso em zona
residencial com edificações, em geral até dois pavimentos, e a tabela 4 para uso em
zonas de baixa valorização ou bairros em formação, como segue:
1
⎛ A ⎞2
V = ⎜⎜ ⎟
(
⎝ N × f1 × p1 + f 2 × p 2 + ... + f r × p r
2 2 2
) ⎟
⎠
(Eq. 09)
23
Sendo:
V = valor do terreno (R$)
A = área do terreno (m2)
N = profundidade média dos lotes do bairro (m)
f1 = primeira frente (m)
fr = R-ésima frente (m)
p1 = preço base unitário da primeira rua (R$/m2)
pr = preço base unitário da r-ésima rua (R$/m2)
Dividindo o valor à vista dos imóveis pesquisados pela sua área se têm o preço unitário
(qu), então multiplicamos estes diversos fatores e encontramos o seu valor
homogeneizado (qh):
Existe ainda dois sistemas de tabelas de custos de construção civil, que a sua
construção vem sendo acompanhada pela Caixa Econômica Federal e pelo Sindicato
da Indústria de Construção Civil de Grandes Estruturas do Estado de São Paulo.
25
Em casos de obras inacabadas bastaria deduzir o valor dos serviços não concluídos.
- Método de Reprodução
Residências:
Média inferior (R-3): térreas ou assobradadas, sendo geminadas, com sala, dois ou três
dormitórios, banheiro e cozinha. Seu acabamento é econômico e simples, variando
muito segundo a épocas da construção do imóvel, pois um acabamento sofisticado há
alguns anos pode se transformar em inferior mediante as inovações do mercado.
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Média comum (R-3): térreas ou assobradadas, podendo ser geminadas com dois ou
três dormitórios, banheiro, lavabo, cozinha e WC de empregada, além de eventual
garagem para automóvel. Seu acabamento é econômico e simples, porém bom.
Dependendo, o acabamento de acordo com a época da construção, como a anterior.
Finas (R-4): isoladas, com terrenos espaçosos, com projeto arquitetônico definido, com
hall, living, sala de jantar, escritório, salão de inverno, unidade de empregada,
garagens para três ou mais automóveis, podendo ter piscina. Acabamento coerente
com a construção.
Apartamentos:
Modesto (Ap-1): são edificações que possuem estrutura comum de lajes maciças,
normalmente com quatro pavimentos, inclusive o térreo e sem elevador, hall de
pequenas dimensões, sem decoração, com sala, um ou dois dormitórios, banheiro,
cozinha e área de serviço. Com acabamento: pisos: tacos de peroba, ladrilhos
hidráulicos, cimentados ou forração; revestimento: pintura com uma demão, estuque
lúcido; forros: madeira ou material prensado; instalação: elétrica e hidráulica: água fria,
esgoto, luz, energia elétrica, telefone, campainha; aparelhos sanitários: 2ª. Qualidade,
brancos, metais niquelados lisos; vidros: simples, fantasia; pintura: caiação e meia
têmpera.
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Médio (Ap-2): são edificações com estrutura comum, lajes maciças, de quatro ou mais
pavimentos com ou sem elevadores, hall de dimensões médias e revestimentos
especiais, possui garagem, com sala-living, com dois ou três dormitórios, banheiro,
copa, cozinha, área de serviço e lavabo; acabamento: pisos: tacos de madeira,
assoalhos ou carpete; revestimentos: emboço e reboco, azulejos; forros: lajes de
concreto, gesso; soleira e peitoris: granilite ou equivalente; esquadrias: com ferragens
ou madeira; instalação elétrica e hidráulica: água fria e quente, minuteira, telefone,
campainha e gás encanado; aparelhos sanitários: 1ª. Qualidade, brancos, válvulas de
descarga automática, metais cromados, pintura: gesso, pintura à base de óleo,
texturização.
Fino (Ap-3): são edificações com estrutura comum ou diferenciada, com vários
pavimentos, com elevador social e serviço, halls de entrada com revestimentos
especiais. Garagens com boxes, jardins decorativos, com sala, living, sala de jantar,
três ou quatro dormitórios com armários embutidos, dois banheiros, lavabo, copa
cozinha, dependência de empregada, lavanderia e área de serviço. Com acabamento:
pisos: assoalhos de madeira de lei, mármore, granito polido; revestimento: emboço e
reboco, azulejos de 1ª. Em cores, com válvulas automáticas, metais cromados italianos
ou similar; vidros: duplos, cristal, temperado, verdes; instalação elétrica e hidráulica:
água quente e fria, luz, energia elétrica, telefone, minuteira, gás encanado, TV a cabo.
Luxo (Ap-4): são edificações com acabamento luxuoso, inclusive nos elevadores,
possuindo menos apartamentos por andar e com grandes dimensões.
Quanto aos custos unitários tabelados, tem-se:
Deve-se observar que esta tabela deve ser atualizada mensalmente, de acordo com os
valores publicados pelo Sindicato.
5.3.4.2 Depreciação
Existem vários métodos para cálculo de depreciação física e funcional das benfeitorias,
sendo divididas normalmente em:
⎡ ⎛ n - 1 ⎞⎤
Vx = ⎢Vr + Vd × ⎜ ⎟⎥ × Vn (Eq. 11)
⎣ ⎝ n ⎠⎦
Sendo:
Vx – valor depreciado
Vr – valor residual = 0,20
Vd – valor depreciável = 0,80
n – idade útil provável do imóvel
i – idade no imóvel na época da avaliação
Vn - valor do imóvel novo
Uma variante do método da linha reta, estabelecida pela Prefeitura Municipal de São
Paulo, é dada pela seguinte fórmula:
⎡ (i - 5)⎤
D=⎢ × 7% (Eq. 12)
⎣ 5 ⎥⎦
Sendo:
D – depreciação
i – idade no imóvel na época da avaliação
5 – intervalo de cinco anos durante o qual a depreciação se mantém
7% - porcentagem de depreciação a cada cinco anos
Kd = (1- r ) n
(Eq. 13)
Sendo:
Kd - coeficiente de depreciação
r – razão de depreciação
n – idade do imóvel
Conforme FIKER (1991) este método é utilizado pela Comissão de Peritos nomeada
pelo Provimento n0. 03/81 dos MM Juízes de Direito das Varas da Fazenda Municipal
da Capital, que apresentou a seguinte tabela baseada nos critérios acima:
n
0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040
r
1 0,990 0,985 0,980 0,975 0,970 0,965 0,960
2 0,980 0,970 0,960 0,951 0,941 0,931 0,922
3 0,970 0,956 0.941 0,927 0,913 0,899 0,885
4 0,961 0,941 0,922 0,904 0,885 0,867 0,849
5 0,951 0,927 0,904 0,881 0,859 0,837 0,815
6 0,941 0,913 0,886 0,859 0,833 0,808 0,783
7 0,932 0,900 0,868 0,838 0,808 0,779 0,751
8 0,923 0,886 0,851 0,817 0,784 0,752 0,721
9 0,914 0,873 0,834 0,796 0,760 0,726 0,693
10 0,904 0,860 0,817 0,776 0,737 0,700 0,665
15 0,860 0,797 0,739 0,684 0,633 0,586 0,542
20 0,818 0,739 0,668 0,603 0,544 0,490 0,442
25 0,778 0,685 0,603 0,531 0,467 0,410 0,360
30 0,740 0,635 0,545 0,468 0,401 0,343 0,294
35 0,703 0,589 0,493 0,412 0,344 0,287 0,240
40 0,669 0,546 0,446 0,363 0,296 0,240 0,195
45 0,636 0,507 0,403 0,320 0,254 0,201 0,159
50 0,605 0,470 0,364 0,282 0,218 0,168 0,130
55 0,575 0,436 0,329 0,248 0,187 0,141 0,106
60 0,547 0,404 0,298 0,219 0,161 0,118 0,086
Fonte: FIKER (1993), conforme Comissão de Peritos nomeada pelo Provimento nº.3/81
Torna-se dispensável dizer que ninguém compra um terreno e nele incorpora uma
benfeitoria para negociá-lo a preço de custo. Normalmente é esperado um lucro
correspondente ao risco de capital investido e ao talento empreendedor, além do
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Conforme PINI/IBAPE (1991) apud MEDEIROS, J.R. e PELLEGRINO, J.C. (1991) que
estudaram mais a fundo as diferenças entre “Vantagem da Coisa Feita”, “Going Value
ou Valor em Marcha”, que se confundem como sendo o terceiro componente, e
definiram assim:
“Going Value é o valor existente numa propriedade em operação comprovada,
considerada como uma empresa de negócio estabelecido, a mais do que o de uma
propriedade completa e pronta para ser operada, mas sem negócio. Tem origem na
eficiência da fábrica, no “Know-how” da administração e na suficiência do capital.
“Vantagem da Coisa Feita é o acréscimo de valor que tem um determinado imóvel pela
sua vantagem de estar construído e pronto para ser habitado, em relação a outro
semelhante, mas ainda por construir. Deve ser calculada como um percentual da soma
do “capital-terreno” com o “capital-construção”, correspondente aos juros da
imobilização destas parcelas, durante a duração da obra”. (PINI/IBAPE, 1991).
De acordo com PINI/IBAPE (1991) apud CARNEIRO, E.W. e MEDEIROS, J.R. (1991),
estes estabeleceram porcentagens para cálculo da Vantagem da Coisa Feita, conforme
segue:
37
Fator de Comercialização pode ser definido como o fator que expressa o valor da
Vantagem da Coisa Feita, sendo correspondente ao relacionamento de venda de um
imóvel, com o seu custo de reprodução:
Valor de mercado
Fator de Comercialização = (Eq. 14)
Custo de reprodução do imóvel
38
6. ESTUDO DE CASO
6.1 Localização
Situada na Rua Santo André, 67 da Vila Santo Antônio, em Cotia/SP, com o objetivo de
financiamento imobiliário, solicitado pelo agente financeiro. Esse caso foi escolhido em
razão da sua maior freqüência para financiamento imobiliário, constando do anexo o
laudo elaborado para o agente financeiro.
6.2 Documentação
Conta com portas e caixilhos em madeira de lei, aquecedor central de água e gás,
boxes tipo blindex, armários embutidos em grande quantidade, churrasqueira, forno de
pizza, deck de madeira e casa de boneca.
Observamos que a varanda no subsolo, com área de 40,00 m2, não se encontra
inserida na área da construção de 292,10 m2 averbada na matrícula.
Quanto ao terreno foi citado seu formato, sua topografia e sua consistência, suas
metragens de divisas e área total, o zoneamento a que pertence com a taxa de
ocupação e aproveitamento. Teve também o comentário quanto a benfeitoria, citando
quais os tipos de edificações, se mais de uma, sua composição externa, e interna
referindo-se a cada cômodo e ao seu padrão de construção e o total de área
construída.
Para avaliar foram considerados vários fatores, entre eles, as atuais condições do
mercado imobiliário e liquidez do imóvel, o estado de conservação e sua localização
visualizando as condições de habitabilidade.
0,65 0,75 0,85 0,9 1,0 1,1 1,15 1,25 1,35 1,4 1,5 1,6
42
Após obtidos esses valores retira-se a média aritmética e conforme a norma aplica-se
um acréscimo e um decréscimo de 30%, estando qualquer valor fora desse intervalo
impróprio para utilização.
Nesse caso todos os valores estão dentro do intervalo, não tendo assim nenhuma
amostra fora da média.
Explicou-se o cálculo, citando que são somente apresentados fatores que valorizem ou
desvalorizem o imóvel, sendo os outros considerados nulos, ou seja, igualando-os a
1,0.
Tendo sido colocado em destaque o valor final de avaliação do imóvel, deixou-se claro
o nível de rigor da avaliação e que o mesmo atende as normas vigentes. Se houvesse
necessidade, deveriam ser colocadas algumas observações que se fizessem
necessárias e em seguida a conclusão, apresentado o valor de avaliação, conforme o
objetivo e com os devidos arredondamentos.
7. CONCLUSÃO
Neste trabalho foi verificado que os conceitos existentes para avaliação de imóveis
continuam a ser estudados e melhorados, cabendo ainda alterações nas normas
vigentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIKER, J. Manual de Redação de Laudos 1ª, Ed. São Paulo, Pini, 1989
FIKER, J. Avaliações de Terrenos e Imóveis Urbanos 1ª. Ed. São Paulo, Pini, 1993
FIKER, J. Avaliações de Imóveis Urbanos 5ª, Ed. São Paulo, Pini. 1993
MOREIRA, A.L. Princípios de Engenharia de Avaliações 5ª. Ed. São Paulo, Pini, 1991
Considerando-se as atuais condições do mercado imobiliário local e liquidez do imóvel avaliando, o mesmo constitui
uma boa garantia ? Sim Não
Considerando-se o estado de conservação do imóvel e sua localização, o mesmo apresenta visualmente condições
de habitabiIidade ? Sim Não
O imóvel possui, visualmente, vícios de construção? Em caso afirmativo, justifique.
Sim Não
7- COMENTÁRIOS
ÁREAS : Conforme matrícula n.º 67.382 do Cartório de Registro de Imóveis de Cotia e levantamento "in loco".
Local: O imóvel situa-se em bairro dotado de infra-estrutura comercial, de prestação de serviços e de transporte coletivo,
sendo de fácil acesso pelas Rodovia Raposo Tavares altura do km 24,5, avenidas José Felix Cordeiro e Dona Cherubina
Viana, entre outras. A região apresenta perfil horizontal e estritamente residencial de padrão médio/alto.
Mercado: Apresenta-se equilibrado entre oferta e procura proporcionando velocidade de vendas e liquidez normais.
Visualmente a documentação (Matrícula) apresenta área inferior (292,10m²) a estimada, face a varanda existente no
subsolo (40,00m²).
8- DADOS DA EMPRESA
NOME DA EMPRESA : CREA N
N.ºº ENGENHEIRO AVALIADOR RESPONSÁVEL PELA VISTORIA/LAUDO
LVN ENGENHARIA E AVALIAÇÕES LTDA. 1009841
LOCAL/ DATA CREA N.º
São Paulo, 15 de Maio de 2.007.
v.200407
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