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POP NR 38

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Macroprocesso: Outras
Nome: Atuação da PMMG durante o período eleitoral. POP nº 1.9.0.038

Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:


Folha: 01/07
09/10/2020 PM3

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA


1.1 Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal.
1.2 Lei Federal nº 4.737, de 15 de julho de 1965.
1.3 Lei Federal nº 9.099, de 26 de setembro de 1995.
1.4 Lei Federal nº 9.504, de 30 de setembro de 1997.
1.5 Lei Estadual nº 22.257, de 27 de julho de 2016.
1.6 Decreto Estadual NE nº 113, de 12 de março de 2020.
1.7 Resolução nº 4.745/18-CG, que trata dos procedimentos operacionais para lavratura do Termo
Circunstanciado de Ocorrências (TCO) pela Polícia Militar de Minas Gerais.
1.8 Manual Técnico-Profissional nº 3.04.02/2013-CG – Tática policial, abordagem a pessoas e
tratamento às vítimas.
1.9 Aviso Conjunto nº 02/PR/2017 – TJMG.
1.10 Aviso Conjunto nº 04/PR/2017 – TJMG.
1.11 Aviso Conjunto nº 19/PR/2017 – TJMG.
1.12 Aviso Conjunto nº 16/PR/2019 – TJMG.
1.13 Aviso Conjunto nº 19/PR/2020 – TJMG.
1.14 Procedimento Operacional Padrão – POP nº 1.3.0.028, que estabelece procedimento policial de
abordagem, prisão, condução e higienização durante período de pandemia da COVID-19.
1.15 Ofício-Circular nº 26 / 2020 – PRE, que trata da Lavratura de Termo Circunstanciado de Ocorrência
- TCO, em matéria penal eleitoral.

2. ABREVIATURAS E SIGLAS
2.1 CG – Comando-Geral.
2.2 COPOM – Centro de Operações Policiais Militares.
2.3 COVID-19 – Coronavírus Disease – 2019.
2.4 CPU – Coordenador de Policiamento da Unidade.
2.5 CREDS – Central de REDS-TC
2.6 DIAO – Diretriz Integrada de Ações e Operações.
2.7 EPI – Equipamento de Proteção Individual.
2.8 PMMG – Polícia Militar de Minas Gerais.
2.9 PM3 – Assessoria Estratégica de Operações.
2.10 POP – Procedimento Operacional Padrão.
2.11 REDS-TC – Registro de Eventos de Defesa Social – Termo Circunstanciado.
2.12 SOF – Sala de Operações da Fração.
2.13 SOU – Sala de Operações da Unidade.
2.14 TCO – Termo Circunstanciado de Ocorrência.
2.15 TJMG – Tribunal de Justiça de Minas Gerais
2.16 TRE – Tribunal Regional Eleitoral
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2.17 TSE – Tribunal Superior Eleitoral.


2.18 UEOp – Unidade de Execução Operacional.

3. RESULTADOS ESPERADOS
3.1 Padronizar as condutas e comportamentos operacionais pela PMMG para a atuação durante o
pleito eleitoral, principalmente diante da ocorrência de crimes eleitorais.
3.2 Melhorar a prestação de serviços à população durante o pleito eleitoral.
3.3 Aumentar a eficiência na solução de conflitos de menor potencial ofensivo.
3.4 Reduzir a incidência de delitos de menor potencial ofensivo relacionados a crimes eleitorais.
3.5 Reduzir os longos deslocamentos e a permanência demasiada das viaturas nas delegacias.
3.6 Atuar no pleito eleitoral de forma a reduzir a possibilidade de contágio dos policiais militares e
público em geral pela COVID-19, em especial a transmissão e/ou contaminação cruzada decorrente de
condução de pessoas presas pelas guarnições PM.

4. RECURSOS NECESSÁRIOS
4.1 Fardamento operacional.
4.2 Armamento e equipamentos operacionais (colete balístico, arma de porte, algemas, bastão, rádio
transceptor portátil com bateria reserva, etc.).
4.3 Álcool 70%.
4.4 EPI (máscara cirúrgica, luvas de látex descartável, óculos de proteção, etc.).

5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS
5.1 Orientações Gerais
5.1.1 A Justiça Eleitoral tem a responsabilidade de organizar e fiscalizar as eleições. A previsão
constitucional encontra-se nos artigos 118 a 121 da Constituição Federal. O art. 118, I a IV, da CF,
assevera que a Justiça Eleitoral é composta pelo TSE, pelos TRE, pelos Juízes Eleitorais e pelas Juntas
Eleitorais.
5.1.2 A competência constitucional da PMMG, nesse contexto, é a garantia do poder de polícia
administrativa dos órgãos envolvidos, mediante planejamento, execução, avaliação e monitoramento
das atividades relacionadas ao pleito eleitoral, com foco na preservação da ordem pública.
5.1.3 As ações e atuações policiais-militares estarão amparadas em planejamento prévio, acordadas
com o Poder Judiciário, Ministério Público e os órgãos do Sistema Integrado de Defesa social – SIDS,
de modo a garantir a normalidade de todo o processo eleitoral.
5.1.4 Mediante prévio acionamento, poderá caber à PMMG o apoio para transporte e armazenamento
das urnas eletrônicas, bem como a distribuição dos equipamentos nas seções eleitorais.
5.1.5 O efetivo empregado para policiamento ostensivo no dia das eleições será previamente orientado
a respeito dos crimes eleitorais previstos na legislação vigente de forma a estar em plenas condições
de identificação do delito e adoção de medidas decorrentes.
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5.1.6 Os crimes eleitorais estão previstos na Lei 4.737/65 (Código eleitoral) e na Lei 9.504/97, sendo
que alguns dos delitos se enquadram na condição de infrações de menor potencial ofensivo, o que, por
consequência, observados os requisitos legais, permitirá a lavratura de Termo Circunstanciado de
Ocorrência pelo policial militar (REDS-TC).
5.2 Atuação do policial militar frente aos crimes eleitorais
5.2.1 Nos termos dos artigos 139, 140 e 141 do Código Eleitoral, a atuação da PMMG nos locais de
votação onde estão instaladas as seções eleitorais somente ocorrerá mediante acionamento do
Presidente da mesa receptora da Seção Eleitoral, responsável, em conjunto com o Juiz Eleitoral, pelo
exercício do poder de polícia dos trabalhos eleitorais, cabendo à PMMG atuar no apoio e em garantia
ao poder de polícia administrativa dos outros órgãos.
5.2.2 Nos municípios onde haja ou forem instaladas Delegacias da Polícia Federal e/ou da Polícia Civil
(supletivamente), com a presença do Delegado no período eleitoral ou no dia das eleições, as
ocorrências relacionadas a crimes eleitorais, incluindo os de menor potencial ofensivo, deverão ser
encerradas de imediato na sede das respectivas delegacias, não havendo, portanto, lavratura de TCO
por parte da PMMG.
5.2.3 Nos municípios que não dispuserem de plantões da Polícia Federal nem da Polícia Civil ou nele
não for instalada temporariamente com presença de Delegado, no período eleitoral, a PMMG registrará
o REDS-TC em caso de crimes eleitorais de menor potencial ofensivo.
5.2.4 Diante do acionamento por crime eleitoral, o policial militar adotará as recomendações previstas
na DIAO, o que, de forma geral, compreenderá:
 Comparecer ao local da ocorrência.
 Adotar os procedimentos imediatos (socorro à vítima, voz de prisão ao autor em flagrante
delito, preservação do local do crime, qualificação de testemunhas, apreensão de materiais,
acionamento de perícia, se necessário, dentre outros).
 Cientificar o CPU ou similar e COPOM/SOU/SOF ou correspondente.
 Identificar se o crime eleitoral classifica-se como sendo de menor potencial ofensivo.
 Realizar o deslocamento com as partes para a Delegacia de plantão Polícia Federal ou, de
forma suplementar, para a Delegacia de plantão da Polícia Civil ou para um ponto de registro
de REDS-TC da PMMG.
5.2.5 Os atendimentos em que não forem constatados cometimento de ilícito e que não tratarem de
reclamações / críticas sobre o pleito eleitoral deverão ser encerrados observando o previsto no grupo
“W” da DIAO.
5.3 Procedimentos específicos em caso de Infrações eleitorais de menor potencial ofensivo
5.3.1 Atualmente a PMMG registra TCO em 852 (oitocentos e cinquenta e dois) municípios sendo que,
durante o período do pleito eleitoral, a PMMG adotará a prática de registro de REDS-TC, nos casos de
crimes eleitorais de menor potencial ofensivo, para otimizar o serviço operacional, reduzindo os
deslocamentos e o tempo destinado ao atendimento das ocorrências policiais, com respectivo aumento
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do tempo destinado às ações, operações e cumprimento de sua missão constitucional de preservação


da ordem pública.
5.3.2 Os Termos Circunstanciados redigidos pela PMMG (REDS-TC) deverão ser dirigidos aos
respectivos juízes eleitorais. Os demais registros de crimes eleitorais, serão direcionados à autoridade
policial competente de plantão no município (federal ou estadual).
5.3.3 Ao ser constatada a prática de crime eleitoral de menor potencial ofensivo, o policial militar deverá
confeccionar o REDS-TC, certificando-se que o autor do delito preencha os requisitos legais para tal
(se o REDS-TC for confeccionado em ponto de apoio ou Unidade/Fração a guarnição deve deslocar
com as partes).
5.3.4 Deslocar-se, juntamente com os envolvidos na ocorrência, para o local previamente definido pela
Unidade/Fração onde serão adotados procedimentos para a redação do REDS-TC. O policial militar
poderá realizar o registro do REDS-TC no local do fato, havendo meios disponíveis para tal providência.
5.3.5 Constar no histórico do REDS-TC a infração penal, as declarações da vítima e autor, além do
depoimento das testemunhas do fato e arrecadar/apreender os materiais a ele relacionados.
5.3.6 Colher, em formulário próprio do REDS-TC ou histórico do REDS, o compromisso do autor em
comparecer em juízo na data e hora predeterminadas ou conforme agendamento posterior.
5.3.7 Liberar as partes envolvidas na ocorrência (vítima, autor e testemunhas).
5.3.8 A entrega do REDS-TC e seus anexos impressos, além do material arrecadado/apreendido, se
houver, ocorrerá por meio físico, no CREDS, imediatamente ao término do registro do fato.
5.3.9 Para o encerrar o REDS-TC no local, com consequente liberação dos envolvidos, é necessário
que o policial militar faça uma detalhada avaliação do ânimo das partes, a fim de evitar que a ocorrência
evolua para uma situação mais grave ou não cesse a prática delitiva após a saída da guarnição PM.
5.3.10 Adotar demais procedimentos previstos na DIAO e na Resolução nº 4.745/18-CG.
5.3.11 Mencionar no REDS-TC que o autor se compromete em comparecer em juízo, quando intimado
para audiência preliminar, constando, expressamente, que o autor se compromete em manter seu
endereço atualizado.
5.3.12 Nas infrações penais de menor potencial ofensivo que não se enquadrem em crimes eleitorais,
o procedimento quanto à lavratura do TCO pela PMMG permanece inalterado.
5.3.13 Recomenda-se a leitura da Resolução nº 4.745/18-CG, que trata dos procedimentos
operacionais para lavratura TCO pela Polícia Militar de Minas Gerais.
5.4 Atuação do policial militar em face de reclamações ou críticas gerais ao pleito eleitoral por
cidadãos
5.4.1 Caso ocorra alguma reclamação ou crítica com relação ao processo eleitoral e/ou segurança do
sistema informatizado das urnas eletrônicas cuja circunstância não permita, inicialmente, a identificação
clara de infração penal, a postura inicial da PMMG deverá ser de acompanhar o cidadão até o
Presidente da mesa, visando que a reclamação seja feita diretamente ao responsável pelo
acompanhamento do pleito e o respectivo registro em ata.
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5.4.2 A confecção de registro de REDS, endereçado ao juiz eleitoral, somente será realizada após a
adoção da postura constante no item anterior e em caso de manifestação de interesse da parte.
5.4.3 As reclamações ou críticas gerais, referente ao pleito eleitoral, que não se caracterizem como
crime eleitoral, deverão ser registrados com a natureza J99.000 – “Outros tipos de infrações contra o
sistema eleitoral”.
5.5 Orientações extraordinárias ao policial militar por motivo da pandemia da COVID-19
5.5.1 O uso de máscara é obrigatório para o policial militar e, após cada ação policial, deverá higienizar
sempre as mãos e a viatura nos casos de condução.
5.5.2 As autoridades eleitorais poderão solicitar apoio do efetivo da polícia militar empregado nos locais
de votação para eventuais circunstâncias de não observância de regras de distanciamento,
aglomerações e uso de máscara para acesso aos locais, momento em deve ser privilegiado, a todo
momento, a resolução pacífica através de orientações.
5.5.3 Quando do apoio para transporte ou armazenamento das urnas eletrônicas os policiais militares
deverão adotar as medidas de higienização, sendo que o manuseio deverá ocorrer com o uso de luvas
descartáveis.
5.5.4 Recomenda-se a leitura do POP nº 1.3.0.028, que estabelece o Procedimento policial de
abordagem, prisão, condução e higienização durante a pandemia da COVID-19.

6. ATIVIDADES CRÍTICAS
6.1 Identificar corretamente os crimes eleitorais, sabendo classificar como infrações de menor potencial
ofensivo ou não.
6.2 Efetuar eventuais prisões com postura profissional, séria e isenta, de forma a não gerar nos
conduzidos e na população local quaisquer dúvidas quanto à imparcialidade da atuação policial militar
em aspectos políticos.
6.3 Realizar abordagens, prisões e conduções com segurança.
6.4 Manter a padronização dos elementos obrigatórios do REDS-TC.
6.5 Adotar os procedimentos de abordagem, prisão, condução e higienização previstos no POP nº
1.3.0.028, enquanto perdurar a pandemia do Coronavírus (COVID-19).
6.6 Mediante acionamento do Presidente da mesa, adotar procedimentos de gestão de multidão como
organização de filas e controle de acesso, observando as regras de segurança sanitária.
6.7 Em regra as ações policiais dentro dos locais de votação ocorrerão apenas mediante o acionamento
do Presidente da mesa e, por outro lado, as ações policiais externas poderão ocorrer também por
iniciativa da PMMG.

7. AÇÕES CORRETIVAS
7.1 Capacitar e orientar os policiais militares acerca dos procedimentos necessários para lavratura do
TCO no âmbito da PMMG.
7.2 Padronizar os procedimentos obrigatórios para lavratura do TCO decorrente de crime eleitoral.
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7.3 Uso correto da ferramenta TCO da IntranetPM para lançamento dos registros.
7.4 Acompanhamento próximo pelo CPU/Supervisões quando da lavratura do TCO.
7.5 Atuar com segurança, técnica e profissionalismo.
7.6 Manter constante auditoria dos REDS-TC lavrados.
7.7 No interior do Estado, caso necessário, os Comandantes de UEOp ou Oficiais designados poderão
realizar contatos horizontais com os Juízes Eleitorais para estabelecer providências e alinhamentos
operacionais em relação as especificidades locais de cada Zona Eleitoral.

8. ERROS A SEREM EVITADOS


8.1 Deixar de adotar os procedimentos previstos na Resolução do Comando-Geral que regula a
lavratura do TCO pela PMMG.
8.2 Deixar de utilizar os modelos de termos obrigatórios para lavratura do TCO.
8.3 Deixar de lançar o REDS-TC lavrado na ferramenta TCO, disponível na aba “Operações” do “Menu”
da IntranetPM.
8.4. Deixar de adotar os procedimentos de abordagem e higienização das mãos e viatura, conforme
orientações do POP nº 1.3.0.028.
8.5 Em caso de dúvida quanto a codificação, deixar o policial militar de realizar contato com o CPU ou
o CPCia, onde houver, e COPOM / SOU/ SOF ou correspondente.
8.6 Registrar REDS sobre reclamação referente ao pleito eleitoral, sem antes adotar o encaminhamento
do cidadão ao Presidente da mesa e confirmar o interesse da parte no registro.
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9. FLUXOGRAMA

Atuação da PMMG durante o período eleitoral

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