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ANEXO I

NORMAS GERAIS PARA ELABORAÇÃO E TRAMITAÇÃO DO TERMO


CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA NO ÂMBITO DA POLICIA MILITAR
DO ESTADO DE RORAIMA.

GLOSSÁRIO

CIOPS – Centro Integrado de Operações Policiais em Segurança


CPC – Comando de Policiamento da Capital
CPI – Comando de Policiamento do Interior
IMPO – Infração de Menor Potencial Ofensivo
JECRIM – Juizado Especial Criminal
MPRR – Ministério Público do Estado de Roraima
OPM – Organização Policial Militar
PCRR – Polícia Civil de Roraima
PMRR – Polícia Militar de Roraima
ROP – Relatório de Ocorrência Policial
TCO – Termo Circunstanciado de Ocorrência
TJRR – Tribunal de Justiça de Roraima

1. FINALIDADE

Instituir as normas gerais destinadas a regular a lavratura do Termo


Circunstanciado de Ocorrência, sua tramitação interna e remessa ao Poder
Judiciário, bem como estabelecer os formulários a serem utilizados pela
PMRR.

2. CONCEITOS BÁSICOS

2.1 AUTORIDADE POLICIAL:

É um agente administrativo que exerce atividade policial, tendo o poder de se


impor a outrem nos termos da lei, compreendendo qualquer servidor público
que tenha atribuições de exercer o policiamento preventivo ou repressivo.
Portanto, autoridade policial, para a lavratura do termo circunstanciado, é o
agente público que exerça função de polícia ostensiva (Polícia Militar) ou de
polícia judiciária (Polícia Civil).

2.2 INFRAÇÕES PENAIS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: São todas as


contravenções penais e os crimes a que a lei estabeleça pena máxima não
superior a 02 (dois) anos.

2.3 JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS: São Órgãos do Poder Judiciário que


têm competência para a conciliação, a decisão e a execução de penas,
relativas às infrações penais de menor potencial ofensivo.

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2.4 CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA: São os crimes
em que ação penal é promovida pelo Ministério Público, independentemente de
intervenção ou de manifestação de vontade de quem quer que seja, inclusive
do próprio ofendido. Neste caso, as atividades de polícia ostensiva são
procedidas a partir do fato, independentemente de manifestação do ofendido
ou de quem o represente.

2.5 CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA: São os crimes


cuja ação penal é promovida pelo Ministério Público, mediante a manifestação
de vontade do ofendido ou de seu representante legal, através da
apresentação de um pedido formal a que é dado o nome de representação.
Neste caso, as atividades de polícia ostensiva são procedidas a partir da
manifestação inequívoca/representação do ofendido que solicita sua
intervenção nos fatos.

2.6 CRIMES DE AÇÃO PENAL PRIVADA: São os crimes onde a ação penal é
promovida somente pela parte ofendida ou pelo seu representante legal,
através de uma queixa-crime em juízo. Neste caso, as atividades de polícia
ostensiva são procedidas a partir da manifestação inequívoca/requerimento do
ofendido que solicita a intervenção policial nos fatos.

2.7 CONTRAVENÇÕES PENAIS: Infrações penais de menor potencial


ofensivo elencadas e definidas no Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de
1941, cuja ação penal é sempre pública incondicionada e julgada perante os
Juizados Especiais Criminais, independentemente da existência de
procedimento especial estabelecido em lei.

3. DOCUMENTOS OPERACIONAIS E ASPECTOS REFERENTES À SUA


CONFECÇÃO

3.1. FORMULÁRIO “RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA POLICIAL”

Documento operacional único, que será gerado obrigatoriamente para o


registro e encerramento dos atendimentos de ocorrência policial, nas hipóteses
em que configurem a necessidade de lavratura dos Termos Circunstanciados,
Prisões/Apreensões, Comunicações de Ocorrências Policiais, Acidentes de
Trânsito e Outras comunicações não relacionadas a delitos, conforme as
modalidades a seguir:

3.1.1. Relatório de Ocorrência Policial na forma de Termo Circunstanciado


(ROP-TC)

Documento operacional destinado ao registro e encerramento de


ocorrência de infrações de menor potencial ofensivo. Será lavrado pelo policial
militar que primeiro tiver conhecimento do fato, nos termos da Lei nº 9.099/95,
autuado por um Oficial Gestor e remetido ao JECrim, obedecendo o prazo
definido por este - ou arquivado na Seção Técnica destinada ao controle dos

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Relatórios de Ocorrência da respectiva OPM, quando for o caso, e por
indicação do JECrim).

3.1.2. Relatório de Ocorrência Policial na forma de Prisão/Apreensão


(ROP-PA)
Documento operacional destinado ao registro e encerramento de
ocorrência em que houver a prisão do suposto autor do fato e/ou a apreensão
de adolescente e a subsequente condução à presença do delegado de polícia
ou de outra autoridade competente, para fins de autuação de prisão em
flagrante delito, apreensão por ato infracional, cumprimento de mandado de
prisão/apreensão ou a simples entrega do conduzido, dentro dos aspectos
legais, conforme o caso requerer. Este documento servirá de comprovante da
entrega do preso/apreendido à Polícia Civil ou a qualquer outro órgão
competente, nas condições físicas e com os pertences descritos, bem como
dos objetos apreendidos na ocorrência.

3.1.3 Relatório de Ocorrência Policial na forma de Comunicação de


Ocorrência Policial (ROP-COP)

Documento destinado ao registro de comunicação de qualquer tipo de


infração penal (crimes ou contravenções), não importando o grau da
ofensividade (maior ou menor potencial ofensivo), desde que não estejam
presentes as condições que permitam a lavratura do Termo Circunstanciado ou
a Prisão/Apreensão de Adolescente. Também pode ser utilizado para o registro
e encerramento de ocorrência de situações não delituais, cuja comunicação
aos órgãos oficiais se faz necessária para os devidos desdobramentos judiciais
ou administrativos, ou civis, como, por exemplo, o extravio de documentos,
ocorrências envolvendo crianças, denúncias que possam gerar Ação Civil
Pública ou Termo de Ajustamento de Conduta e etc. Poderá ser utilizado,
quando for o caso, para a formalização do atendimento policial e encerramento
de operações.

No caso do ROP-COP, a destinação deve constar no campo “Natureza”.


Sempre que houver efetiva necessidade, e da ocorrência originar a
lavratura de ROP-COP, a Polícia Civil deverá ser acionada via CIOPS e
instada a comparecer no local.

3.1.4. Relatório de Ocorrência Policial de Acidente de Trânsito (ROP-AT)

Documento Operacional destinado ao registro das ocorrências de


acidente de trânsito, em que pelo menos uma das partes está em movimento
nas vias terrestres ou áreas abertas ao público.

3.1.5. Relatório de Ocorrência Policial de Acidente de Trânsito/Termo


Circunstanciado (ROP - AT/TC):

Documento operacional destinado ao registro e encerramento das


ocorrências de acidente de trânsito em que resulte, além dos danos materiais
em veículo ou na sua carga, qualquer infração penal de menor potencial

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ofensivo e em que pelo menos uma das partes está em movimento nas vias
terrestres ou áreas abertas ao público, devendo originar-se, terminar ou
envolver veículo parcialmente na via pública.

3.1.6. Relatório de Ocorrência Policial de Acidente de


Trânsito/Comunicação de Ocorrência Policial (ROP-AT/COP):

Documento operacional destinado ao registro e encerramento das


ocorrências de acidente de trânsito em que resulte, além de danos materiais
em veículo ou na sua carga, a ocorrência de qualquer infração penal sem a
caracterização de flagrante delito e em que pelo menos uma das partes está
em movimento nas vias terrestres ou áreas abertas ao público, devendo
originar-se, terminar ou envolver veículo parcialmente na via pública. Sempre
que da ocorrência originar a lavratura de ROP-AT/COP e haja efetiva
necessidade, a Polícia Civil deverá ser acionada via CIOPS e instada a
comparecer no local.

3.1.7. Relatório de Ocorrência Policial de Acidente de Trânsito/Prisão-


Apreensão (ROP-AT/PA):

Documento operacional destinado ao registro e encerramento das


ocorrências de acidente de trânsito em que resulte, além de danos materiais
em veículo ou na sua carga, na ocorrência de qualquer infração penal com
caracterização de prisão, flagrante delito, ato infracional com caracterização de
apreensão ou cumprimento de mandado de prisão/apreensão, e em que pelo
menos uma das partes está em movimento nas vias terrestres ou áreas abertas
ao público, devendo originar-se, terminar ou envolver veículo parcialmente na
via pública.

3.1.8. Relatório de Ocorrência Policial Ambiental (ROPA)

Documento Operacional destinado ao registro e encerramento das


ocorrências de qualquer tipo de infração penal (crimes ou contravenções) que
sejam enquadrados na Lei 9605/98, ou seja, relativo a crimes ambientais
previstos nas legislações penais esparsas.

3.1.9. Relatório de Ocorrência Policial Ambiental/ Termo Circunstanciado


(ROPA/TC)

Documento Operacional destinado ao registro e encerramento das


ocorrências de infração penal ambiental de menor potencial ofensivo.

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3.2 Cabeçalho

3.2.1 OPM: Organização Policial Militar em cuja circunscrição foi lavrado o


ROP, independente da origem da lotação do policial militar nos casos de
apoio/reforço.

3.2.2 ROP Nº: Quando o número do ROP ainda não estiver impresso no
formulário, será utilizada uma numeração identificada como “ID” que será
constituída pelo número do cadastro do policial militar, acrescido da data e hora
do atendimento da ocorrência.

3.2.3 Nº PROTOCOLO CIOPS: Número fornecido pelo CIOPS, através do


Sistema de controle de ocorrências para encerramento da ocorrência. No
âmbito do Policiamento do Interior, esse número será previamente fornecido
pelo oficial gestor de cada OPM.

3.2.4 COMUNICAÇÃO DE OCORRÊNCIA POLICIAL: Assinalar nas hipóteses


de ocorrência de comunicação de qualquer tipo de infração penal (crimes ou
contravenções), não importando o grau da ofensividade (maior ou menor
potencial ofensivo), desde que não estejam presentes as condições que
permitam a lavratura do Termo Circunstanciado ou a Prisão/Apreensão de
adolescente.

3.2.5 PRISÃO/APREENSÃO: Assinalar nas hipóteses de ocorrência em eu


houver a prisão do suposto autor do fato e/ou a apreensão de adolescente e a
subsequente condução à presença do delegado de polícia ou de outra
autoridade competente, para fins de autuação de prisão em flagrante delito,
apreensão por ato infracional, cumprimento de mandado de prisão/apreensão
ou a simples entrega do conduzido, dentro dos aspectos legais, conforme o
caso requerer.

3.2.6 TERMO CIRCUNSTANCIADO: Assinalar nas hipóteses de infrações


penais de menor potencial ofensivo, assim compreendidas todas as
contravenções e os crimes de pena máxima cominada não superior a dois
anos, ressalvadas as exceções legais, inclusive os delitos onde se preveja
procedimentos especiais.

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Diante da negativa do autor do fato de assinar o Termo de Compromisso de
Comparecimento ao JECRIM, lavrar-se-á o Relatório de Ocorrência Policial na
forma ROP-PA.

3.2.7 ACIDENTE DE TRÂNSITO: Assinalar nas hipóteses de acidente de


trânsito onde resultem danos materiais em veículo ou na sua carga, em que
pelo menos uma das partes está em movimento nas vias terrestres ou áreas
abertas ao público, devendo originar-se, terminar ou envolver veículo
parcialmente na via pública. Esta é a única modalidade de boletim em que é
possível haver o assinalamento com outra modalidade, como, por exemplo, nos
casos de acidente de trânsito em que há a prática de infração penal, formando
assim as modalidades compostas. Quando do assinalamento desta modalidade
e suas formas compostas, o formulário de “Acidente de Trânsito” deverá ser
preenchido. Considerando as ações obrigatórias de fiscalização de trânsito por
parte do Policial Militar que atender a ocorrência de acidente (CRLV, CNH e
etc.), cabe salientar que, independentemente, da vontade dos envolvidos no
acidente de trânsito, a partir do momento que a Guarnição PM for acionada
para o atendimento da ocorrência, obrigatoriamente, deverá haver a lavratura
do ROP-AT ou de suas formas compostas; não havendo assim, a possibilidade
de lavratura de qualquer outro documento de acordo entre as partes
envolvidas.

3.2.8 AMBIENTAL: Assinalar nas hipóteses de ocorrência de crimes


ambientais.

3.2.9 OUTROS: Assinalar quando se tratar de situação não delituosa e não se


enquadre nos itens anteriores. Ex: extravio de documentos, formalização de
ocorrências, dentre outros.

3.3 Dados gerais e identificadores da ocorrência:

3.3.1 Data/Hora do Fato: é referente à data/hora da ocorrência dos fatos,


apuradas segundo as circunstâncias (flagrada pela guarnição, indicado por
testemunhas ou outra parte etc.). Caso não seja hipótese da guarnição ter
flagrado o fato e restar dúvida quanto à exatidão desta informação (data/hora),
este campo deve ser preenchido com a expressão “INCERTA”. Preencher
dia/mês/ano e hora/minuto.
3.3.2 Data/Hora da Comunicação: relativas ao momento em que o CIOPS ou
Policial Militar é comunicado do fato ou em que momento que o flagrou.

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3.3.3. Data/Hora do Atendimento: relativas ao momento inicial de realização
dos procedimentos policiais operacionais (geralmente corresponde ao
momento em que a guarnição chega ao local da ocorrência).
3.3.4 Data/Hora do Fechamento: associadas ao momento em que a
guarnição encerra os procedimentos relativos ao atendimento da ocorrência e
passa a ficar disponível para novo acionamento.

3.4 Fato

3.4.1 Natureza: Identificar, de maneira resumida, o tipo penal e/ou a situação


não delituosa responsável pela presença da Polícia Militar no local da
ocorrência e relacioná-lo com o envolvido que o praticou ou sofreu.

3.4.2 Código da Ocorrência: Codificação utilizada pelo sistema CIOPS/CAD


para cada infração.

3.4.3 Código da Providência: Codificação das providências adotadas pela


guarnição policial diante da ocorrência atendida.

3.4.5 Envolvido(s): registrar a letra “E” e o respectivo número que associará


cada fato (s) a um ou mais autores (Ex: E1, E2, e E3), conforme o segundo
formulário.

3.5. Local

3.5..1 Logradouro: registrar o tipo (rua, avenida, estrada, etc.) e nome do


logradouro.
3.5.2 Nº/Km: número da residência/estabelecimento onde ocorreu o fato ou em
caso de fato ocorrido em via pública o número da residência ou quilômetro em
frente do qual ocorreu.
3.5.3 Bairro: bairro onde ocorreu o fato.

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3.5.4 Município: município onde ocorreu o fato.
3.5.5 CEP: código de endereçamento local onde ocorreu o fato.
3.5.6 Ponto de Referência (coordenadas geográficas): indicar um ponto de
referência que seja significativo junto ao logradouro ou comunidade, bem como
as coordenadas geográficas do local (latitude e longitude), quando possível.

3.6. MEIOS EMPREGADOS PARA A EXECUÇÃO DO ILÍCITO


3.6.1 Nesta seção do Relatório de Ocorrência será consignado o instrumento
ou meio empregado para a prática do delito. A coleta dessas informações
contribuirá para a identificação do modus operandi dos infratores, ensejando,
assim, ações de prevenção mais adequadas e direcionadas à realidade de
cada localidade.

3.7. RELATO POLICIAL DO OCORRIDO

3.7.1 Relatório lavrado pelo policial militar que atender a ocorrência com
descrição e conclusão com base nas provas colhidas e nos relatos dos
envolvidos no qual deverão ser observados os seguintes princípios:
a) Fornecer ao Ministério Público e ao magistrado os elementos para
instrução do feito e para sentença;

b) Ser objetivo, descritivo e sucinto, indicando todas as circunstâncias


consideradas relevantes, sua materialidade/autoria e as provas colhidas,
utilizando as informações contidas nas declarações prestadas pelo
autor, ofendido e eventuais testemunhas;

c) Direcionar a construção do relatório como forma de ENCERRAMENTO


do atendimento da ocorrência;

d) Quando necessário, emitir de maneira imparcial, juízo de valor sobre o


fato. De modo que pode conter, desde que assinaladas, como tais,
opiniões e impressões do próprio agente policial sobre o fato (indicação
de que as partes demonstravam exaltação ou medo, por exemplo,
podem ser exploradas na audiência de instrução e julgamento, desde
que tal fato chegue ao conhecimento da autoridade judicial);

e) Nos delitos formais ou de mera conduta (aqueles em que a ação do


autor é a própria consumação do delito, não exigindo resultado material,
tais como, violação de domicílio, porte entorpecentes, ameaça, calúnia,
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difamação, etc.), é necessário que o policial militar, ao relatar o fato,
descreva, pormenorizadamente, a conduta praticada, inclusive referindo
gestos, palavras, sinais e ações realizadas, pois que a essência do
delito é a ação do autor;

f) O policial militar responsável pela lavratura do ROP deverá destinar a


primeira linha do Relatório para especificar a infração penal ou fato que
entende ter ocorrido, sugerindo-se, para tanto, o seguinte texto: “Trata-
se de ocorrência de furto simples, furto qualificado, ameaça, etc.”;

g) As testemunhas, quando da lavratura do ROP na forma TC, não serão


intimadas, pois a primeira audiência no JECrim se destina à conciliação
entre o(s) ofendido(s) e autor(es) da infração penal ou oferecimento da
transação penal; a presença ou não de outras testemunhas do fato
deverá constar como observação neste campo, visando evitar que, na
fase judicial, ocorra o arrolamento de testemunhas não-presenciais do
fato;

h) Presume-se fidedignidade de todas as afirmações da autoridade que


relata os fatos, salvo quando antecipadamente ressalve que decorre de
informação das partes;

i) Caso seja necessário utilizar a outra folha do formulário destinada ao


relatório, deve ser escrita, no final do campo do documento principal, a
expressão sublinhada “continua”;

j) O Relatório tem vital importância na apreciação do fato, eis que o


procedimento é, essencialmente, informal e oral. Muitas vezes, este será
o único documento produzido na instrução do feito, sendo que deverá
primar pelo conteúdo.

3.8. DADOS DOS OBJETOS

3.8.1 Esta seção do Relatório de Ocorrência é destinada, exclusivamente, ao


registro dos objetos (bens), indicando a sua descrição, sua participação (1-
apreendido, 2- furtado, 3- roubado, 4- perdido, 5- encontrado ou 6-
recuperado), quantidade e vínculo com o envolvido (Ex: E1, E2, ou E3).

Exemplos:
PARTICIPAÇÃO DO OBJETO
1- Apreendido 2- Furtado 3 - Roubado 4 - Perdido 5 - Encontrado 6 - Recuperado
DESCRICÃO DO OBJETO PARTICIP. DO QTD VÍNC.
OBJETO ENVOLVIDO
Pistola Taurus, calibre .380ACP, nº de série SBN66894 1 1 E3
Relógio Cartier 2 2 E1
Cocaína 1 200g E1

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3.8.2 A primeira informação se refere ao número da participação do objeto, a
segunda informação se refere às características do objeto, a terceira a
quantidade do objeto e a quarta é a indicação de quem portava ou a quem
pertencia o objeto, separando cada grupo de informações por hífen.

3.8.3 Também deve ser observado o seguinte:

a) Apreensão de armas: Relacionar os dados de armas envolvidas e


vinculadas na ocorrência:

a.1 Número da arma: Anotar o número da arma.


a.2 Marca: Anotar a marca da arma.
a.3 Espécie: Anotar se revólver ou pistola, etc. e, quando viável, polegadas da
arma.
b.4 Calibre: Anotar o calibre da arma.
Infra tambor: Anotar o número apresentado junto ao tambor, quando houver.

b) Apreensão de Veículos: Relacionar os dados de veículos envolvidos na


ocorrência.
b.1 Placa: Anotar a placa do veículo.
b.2 Chassi: Anotar a numeração do chassi do veículo.
b.3 Marca: Anotar a marca do veículo.
b.4 Modelo: Anotar o modelo do veículo.
b.5 Cor: Anotar a cor predominante do veículo.
b.6 Ano-Modelo: Anotar o ano-modelo do veículo.
b.7 Ano de fabricação: Anotar o ano de fabricação do veículo.

c) Objetos coletado e/ou apreendidos: Relacionar objetos coletados ou


apreendidos (inclusive documentos), descriminando o tipo de objeto e
quantidade.
c.1 Número: Anotar o número do objeto quando este o apresentar.
c.2 Tipo: Anotar o nome do tipo do objeto: carteira de identidade, CNH, etc.
c.3 Características: Anotar suas características, forma, conteúdo, peso, etc.
Quando houver, informar o destino imediato, após o atendimento da
ocorrência, dos bens relacionados.

3.9. DECLARAÇÃO DE RECEBIMENTO

3.10. PROVIDÊNCIAS ADOTADAS

3.10.1 Seção do relatório de ocorrência destinado a registrar as providências


adotadas para dar consequência ao atendimento da ocorrência, tais como,

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condução a hospital, solicitação de exames periciais, juntada de documentos,
entre outros. Esta seção é composta dos seguintes campos:

I. Documentos – assinalar os tipos de documentos correlatos que foram


lavrados em virtude daquela ocorrência policial:

a. Termo de Manifestação do Ofendido;


b. Termo de Compromisso de Comparecimento;
c. Termo de Apreensão e/ou Depósito;
d. Requisição de Exame de Corpo de Delito Direto.

3.10.2 Na sequência desta seção são formulados os seguintes


questionamentos:

a. Fotografado? Caso o local da infração tenha sido fotografado pela


guarnição, assinalar SIM, do contrário, assinalar a opção NÃO;

b. A Polícia Civil foi acionada? Caso a equipe da Delegacia de Polícia


Civil responsável pela área em que houve a prática do delito tenha sido
acionada pela Guarnição PM ou pelo CIOPS, nos termos previstos nesta
resolução, consignar SIM, do contrário, marcar a opção NÃO;

c. Polícia Civil esteve no local? Se uma equipe da Polícia Civil esteve no


local da infração, assinalar SIM, do contrário, marcar NÃO;

d. Instituto de criminalística / IML esteve no local? Se uma equipe do


Instituto de Criminalística esteve no local da ocorrência, assinalar SIM,
do contrário, marcar NÃO.

e. Nome e Cargo do Responsável – Registrar o nome do responsável


pela equipe da Polícia Civil e/ou Instituto de Criminalística que foi
contatada ou que esteve no local, consignando cargo, nome e lotação.

3.10.3 No campo “outras providências” serão registradas todas as medidas


adotadas pelos policiais militares em virtude daquela ocorrência, como
condução a hospital, juntada de documentos, autuações, número da VTR de
atendimento pré-hospitalar e etc.

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3.11. Policial Atendente da ocorrência

Registrar posto/graduação, RG e nome do(s) policiais militares


atendente(s) da ocorrência, colhendo suas assinaturas. Importante salientar
que o(s) Policial(is) Militar(es) que atenderem a ocorrência jamais figurarão
como envolvido(s) e, sim, como atendentes da ocorrência, de modo que serão
qualificados apenas neste campo do ROP. Caso o registro seja feito por policial
militar diverso do que atendeu a ocorrência, aquele deve inserir o nome do
responsável pelo atendimento no histórico, ficando responsável apenas pelo
registro da ocorrência.

3.12. Formulário “DOS ENVOLVIDOS E DOS VEÍCULOS”

a. Este formulário é utilizado na lavratura de qualquer modalidade de


Relatório de Ocorrência Policial, posto que se destina, de forma
geral, a qualificar os envolvidos na ocorrência e registrar suas
declarações, bem como, de forma específica, a consignar as
informações referentes aos envolvidos em acidentes de trânsito e
seus veículos.

b. Como há a possibilidade de preenchimento de tantos formulários


quantos forem os envolvidos e veículos, deverá ser inserida a
OPM e o número da ocorrência constante no formulário.

c. Para melhor compreensão do conteúdo deste formulário, o seu


detalhamento será dividido em dados gerais do envolvido (com a
coloração branca no formulário) e dados gerais do veículo e do
acidente de trânsito (com a coloração cinza no formulário). Esta
última, somente será preenchida nos casos de acidente de
trânsito e seus desdobramentos.

3.12.1. Dados gerais do envolvido

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a. Envolvido – Destina-se a numerar o envolvido, com a finalidade de
facilitar a sua designação posterior. Os envolvidos devem ser
numerados de forma sequencial, assinalando as opções pré-numeradas
até o número 5 (E-5) e a partir do envolvido 6, registrando manualmente
o número a que se refere.

b. Participação Geral – assinalar a qualidade da participação do


envolvido. Dependendo do caso, poderá ser assinalada mais de uma
participação por envolvido (comunicante, ofendido, testemunha, autor do
fato):

1) Comunicante: Toda pessoa que comunica o fato da


ocorrência à Polícia Militar.
2) Autor do fato: Toda pessoa que realiza e/ou é responsável
pela ação ou omissão do fato da ocorrência.
3) Ofendido: Toda pessoa que sofre a ação ou omissão do fato
da ocorrência.
4) Testemunha: Toda pessoa que presencia o fato da ocorrência.
5) Acidente de Trânsito – Somente quando houver acidente de
trânsito, indicar a qualidade do envolvido (condutor/motorista,
passageiro, pedestre ou vítima).

c. Nome – Informar o nome completo do envolvido que está sendo


qualificado;
d. Nome da mãe: Informar nome da Mãe do envolvido;
e. Nome do pai: Informar o nome do Pai do envolvido;
f. Data de Nascimento – Informar a data de nascimento do envolvido;
g. Sexo – Informar o gênero (sexo) constante na carteira de identidade;
h. Nacionalidade: Informar o país de nascimento;
i. Naturalidade: Informar o Estado de nascimento;

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j. Profissão – Informar a profissão do envolvido, preferencialmente de
acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações – CBA (disponível
no endereço http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf);
k. Local de trabalho – anotar o nome da empresa ou órgão público em
que exerce a profissão.
l. Estado Civil: Anotar o estado civil dentre os apresentados: solteiro,
casado, união estável, viúvo, divorciado, separado (judicial ou de fato),
desquitado e não informado;
m. Grau de Instrução – Dentre as opções apresentadas anotar somente
aquela em que deixou os estudos ou que esteja cursando.
n. Situação – Anotar aquela que se refere ao grau de instrução marcado
no item anterior.
o. Alcunha - Informar o nome pelo qual o envolvido é conhecido
vulgarmente. Muitas vezes esse nome se refere a diminutivo ou
conjunção de nome, nome de objeto, animal ou mesmo um adjetivo
como nome;
p. Nome falso - Anotar o nome pelo qual o envolvido se apresentou a
autoridade policial, verbalmente ou por meio de documento, que depois
se constatou ser falso.
q. CPF – Anotar o número do CPF do envolvido;
r. RG – Anotar o número da Carteira de Identidade do envolvido;
s. Data de emissão: Indicar a data de emissão da Carteira de Identidade
(RG)
t. Órgão emissor: Indicar o órgão expedidor do documento com a
designação da respectiva Unidade da Federação.
u. UF – Informar a Unidade Federativa (Estado) de nascimento do
envolvido.

v. CNH – Somente no caso de acidente de trânsito, indicar o número de


registro da Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir,
data de validade, Unidade da Federação (Estado) ou país de expedição
ou indicar NÃO HABILITADO, quando for o caso;
w. Endereço Residencial CEP: Indicar o CEP (Código de Endereçamento
Postal);

1) Tipo de logradouro – Registrar o tipo (rua, avenida,


servidão, rodovia, etc.);

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2) Logradouro – Registrar o nome do logradouro;

3) Complemento: Registrar o complemento ao número da


residência, tais como bloco, número do apartamento, etc.;

4) Bairro – Indicar o bairro do endereço do envolvido;

5) Município – Indicar o município de residência do envolvido;

6) Estado: Indicar o Estado da Federação de residência do


envolvido ou província, no caso de estrangeiro;

7) País: Indicar o país de residência do envolvido;

8) Referência – Indicar um ponto de referência que seja


significativo junto ao logradouro ou comunidade da residência
do envolvido;

y. Tipo de telefone: indicar o tipo do aparelho telefônico (celular ou fixo);

1) DDD – Indicar o código telefônico da área;

2) Número - Registrar o número do telefone;

3) Ramal – Registrar o ramal do telefone, quando houver.

4) E-mail: Indicar o correio eletrônico, quando o envolvido


possuir;

x. Condições físicas – assinalar a opção que melhor expressa as condições


físicas do envolvido, conforme as seguintes opções:

z. Bens que portava consigo – preencher este campo somente se o


envolvido for o autor do fato entregue na Delegacia de Polícia ou outro
órgão, no caso de Prisão/Apreensão. Nesta situação, registrar todos os
pertences que o autor do fato portava consigo e que foram entregues na
Delegacia de Polícia ou outro órgão, como peças de vestuário, dinheiro,
objetos, etc.

3.12.2 Relato do envolvido: deixar que o envolvido relate, de próprio punho,


sempre que possível, a sua versão dos fatos.

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3.13. Dados gerais do veículo e do acidente de trânsito

Parte do ROP destinada ao registro do veículo envolvido no acidente de


trânsito, sendo que para cada veículo envolvido deverá ser preenchido um
formulário.

a. Veículo: Deve ser assinalado o número sequencial do veículo envolvido


(V-1, V-2, V-3...) que está disposto de forma horizontal no formulário. Na
sequência, devem ser observadas as seguintes informações:

b. Proprietário: Registrar o nome do proprietário do veículo, que pode ser


pessoa física ou jurídica. Não necessariamente o proprietário será o
condutor do veículo, quando for, basta constar “o condutor”, inclusive
não necessitando preencher os campos a seguir:

c. Outros: Informações relevantes a respeito do acidente e o destino para


onde os envolvidos foram conduzidos.

3.14. Providências – Acidente de Trânsito

16
Parte do ROP onde serão registradas as providências tomadas com relação ao
acidente, em que devem ser observadas as seguintes informações:

3.15. Uso de Algema

Deve ser assinalado se foi ou não realizado uso de algema no indivíduo


qualificado e qual (is) a (s) justificativa (s) para o seu uso.

3.16. FORMULÁRIO “ACIDENTE DE TRÂNSITO”

3.16.1 Este formulário tem por finalidade a coleta das circunstâncias e dos
dados estatísticos que culminaram com o acidente de trânsito, rodoviário ou
urbano, para fins de registro na esfera administrativa, penal e cível. Tem por
finalidade ainda, este formulário, a unificação de coleta de dados estatísticos
com o registro público de suas causas e consequências.

a) Tipo de acidente

Parte do relatório para registro dos tipos de acidente de trânsito,


classificados de acordo com a NBR 10697/1989, onde deve ser observada uma
ou mais das seguintes informações:

17
b) Dados da via

Parte do relatório para registrar os dados da via na qual ocorreu acidente


de trânsito, classificados de acordo com a NBR 12898/1993, em que deve ser
observada uma ou mais das seguintes informações:

c) Local

Parte do relatório para registrar as características do local e as


condições da via onde ocorreu acidente de trânsito, classificados de acordo
com a NBR 12898/1993, onde deve ser observada uma ou mais das seguintes
informações:

18
d) Propriedades Atingidas

Parte do relatório destinada ao registro dos bens avariados ou


destruídos pelo acidente de trânsito. Somente é preenchido se houver danos a
ser registrado e deve observar as seguintes informações:

e) Bens Públicos: Assinalar os bens de patrimônio público que foram


danificados em virtude do acidente de trânsito.

f) Propriedade de terceiros: Registrar o (s) bem (s) que foram


danificados em virtude do acidente de trânsito, identificando a
localização e o proprietário, quando possível, visando a possibilidade
deste terceiro solicitar o ressarcimento dos prejuízos sofridos. É
interessante salientar que postes e hidrantes, por exemplo, são
propriedades de terceiros.

g) Croqui

1) O croqui deve ser elaborado como se o observador estivesse


colocado no alto, sobre o local da ocorrência, devendo permitir o
entendimento apropriado do acidente e das condições físicas
locais.

2) Deve-se utilizar as convenções que foram dispostas abaixo do


campo destinado ao croqui, que possibilita uma uniformização
dos símbolos utilizados, preenchendo-os com caneta
esferográfica. As linhas contínuas (cheias) indicam os objetos,

19
pessoas e/ou animais antes do acidente (posição inicial). As
linhas interrompidas (tracejadas) indicam a posição dos objetos,
pessoas e/ou animais após a ocorrência do acidente de trânsito
(posição de repouso final). Quando não for possível determinar as
posições dos veículos no momento do acidente, devem ser
desenhadas, então, as posições de repouso final.

h) Avarias do veículo: Campo destinado a assinalar as avarias verificadas


no veículo indicando o número do veículo e os principais pontos
atingidos. Há ainda espaço destinado a informações complementares
para melhor caracterizar as avarias verificadas. Quando não for possível
identificar as avarias no veículo, informar no histórico do boletim.

i) Atendente da ocorrência: Espaço destinado à assinatura dos policiais


que lavraram o ROP-AT.

20
3.17. Requisição para exame de corpo de delito direto (lesão corporal e
dano)

3.17.1 Aspectos legais e doutrinários sobre a Prova Pericial:

I. A prova pericial é aquela que se realiza com a intervenção dos peritos,


através de exames e avaliações, isto é, a função estatal que fornece
dados instrutórios de ordem técnica. São os peritos que procedendo aos
exames com o auxílio da ciência e da arte, transmitem, através dos
laudos periciais, os resultados à Justiça.

II. Na aplicação direta da Lei 9.099/95, em sendo necessário, caberá ao


policial (policial atendente ou oficial gestor, conforme o caso) a
solicitação da perícia para que se possa produzir prova da materialidade
do crime. A principal prova pericial é o exame de corpo delito, pois é o
conjunto de elementos que materializam o crime, podendo ser direto
(quando a ação criminosa deixa vestígios) ou indireto (quando não os
deixa e deve ser suprida por outra prova, normalmente a testemunhal).

III. No caso de lesões corporais, o laudo pericial deverá definir o tipo de


lesão, o instrumento que a produziu e o tempo em que o ofendido ficará
incapacitado para as suas ocupações habituais. Para efeitos da Lei
9.099/95, na falta do Exame de Corpo de Delito, este pode ser suprido
pelo boletim de atendimento médico ou mesmo o prontuário de
atendimento hospitalar. Referente ao instrumento que produziu a lesão,
esse deve ser apreendido e encaminhado até a OPM para que sirva
como elemento da materialidade do crime.

IV. Ressalvando-se os casos decorrentes de acidente de trânsito, quando


os veículos somente serão apreendidos criminalmente, estando
manifesta a necessidade de perícia, diante de contradições ou de
alegações dos condutores de ocorrência de falhas mecânicas no veículo
que deu causa ao acidente, eventuais retenções administrativas dos
veículos devem ocorrer, havendo motivo determinante nos termos do
Código de Trânsito Brasileiro.

21
V. De acordo com o Art. 158 do CPP, nos crimes em que restam vestígios
deve ser realizada a perícia, mas a lei admite que, em desaparecendo
os vestígios supra-se a falta da prova técnica (material) pela
testemunhal (Art 167 do CPP).

3.17.2 Preenchimento da Requisição para Exame de Corpo de Delito


Direto

a) Registrar a OPM e o número do Relatório de Ocorrência Policial


(Protocolo) ao qual está atrelado este documento;
b) Registrar o local e a data do fato;
c) Descrever resumidamente o objeto a ser periciado;
d) Registrar o nome completo e matrícula com assinatura do policial
militar responsável pela lavratura do Termo;
e) Como recibo, ao final, anotará a data, os dados do ofendido e
colherá sua assinatura;
f) Após preenchido será entregue ao ofendido para que este se
dirija ao Instituto de Criminalística para a perícia em seu objeto.

3.18. Termo de apreensão e/ou depósito

a) Registrar o número do Relatório de Ocorrência Policial (Protocolo) ao


qual está atrelado este documento;
b) O campo APREENSÃO será sempre preenchido nos casos em que o
material apreendido, utilizado na prática delituosa, seja de origem lícita
ou com valor agregado, servindo como recibo para o autor. Deverá ser
identificado o policial que procedeu a apreensão bem como a OPM onde
o material permanecerá apreendido até seu encaminhamento à Justiça.
c) Os objetos apreendidos deverão ser entregues ao Gestor do TCO da
respectiva área em que for lavrado o TCO ou via oficial de serviço, na
impossibilidade de fazer diretamente.
d) Caso os objetos apreendidos tenham que ser depositados na OPM, estes
serão mantidos pelo Gestor do TCO da OPM em local apropriado, que será
responsável por sua custódia, devendo catalogar, fotografar, permitir a sua

22
restituição quando devidamente autorizado e manter controle rígido,
enquanto interessarem ao processo.
e) O campo DEPÓSITO será preenchido nos casos que haja necessidade
de nomeação de Fiel Depositário, ou seja, quando o material apreendido
for permanecer depositado sob a responsabilidade do próprio autor ou
terceiro.
f) Sendo assim, podemos considerar que o formulário “Termo de
Apreensão e/ou Depósito-TCO” funciona como uma espécie de recibo
para o cidadão.
g) Quanto aos OBJETOS/PRODUTOS ILÍCITOS, estes devem ser
constados no campo 5 (Dados dos Objetos) do próprio RELATÓRIO DE
OCORRÊNCIA POLICIAL e ainda no relato policial do ocorrido, se
houver necessidade de esclarecer melhor a dinâmica dos fatos.
h) Também poderá será utilizado o TERMO DE APREENSÃO nos casos
de bens apreendidos em razão do exercício da polícia administrativa e
recibo de bens de procedência legal com valor agregado.
i) Então, didaticamente, podemos considerar dois grandes grupos, a saber:

GRUPOS OBJETO/PRODUTO ONDE RELACIONAR


Grupo I Objetos/produtos LÍCITOS, Campo APREENSÃO do
ainda que utilizados para o formulário TERMO DE
cometimento de uma infração APREENSÃO E/OU
que gere TCO, mas DEPÓSITO-TCO.
passíveis de serem
restituídos após deliberação
do Judiciário/MP.
Grupo II Objetos/produtos ILÍCITOS DADOS DOS OBJETOS
utilizados e que ensejaram na (campo 5) do formulário
lavratura de TCO. RELATÓRIO DE
OCORRÊNCIA POLICIAL e
ainda no relato policial do
ocorrido, se houver
necessidade de
esclarecer melhor a
dinâmica dos fatos.

23
3.19. Termo de manifestação do ofendido e de compromisso de
comparecimento

3.19.1. Manifestação e notificação do ofendido

ROP-TCO Nº

a) Registrar a OPM e o número do Relatório de Ocorrência Policial


(Protocolo) ao qual está atrelado este documento;
b) Identificar o envolvido titular da representação/queixa;
c) Colher a manifestação de vontade do ofendido no sentido de que seja
dado prosseguimento aos atos processuais ou policiais aplicáveis ao
caso ou de que vai decidir posteriormente, ciente do prazo legal;
d) Registrar a manifestação do ofendido sobre interesse na representação
ou queixa somente em caso de infração penal de ação penal pública
condicionada e ação penal privada, respectivamente, não sendo cabível
quando a infração penal for de ação penal pública incondicionada;
e) Colher assinatura do(s) ofendido(s);
f) Notificar o ofendido quanto à data da audiência preliminar no Juizado
Especial Criminal, indicando data ou assinalar a opção “Quando
intimado pela secretaria do JECrim”.

24
3.19.2. Termo de compromisso de comparecimento do autor do fato

a) No caso de infração de menor potencial ofensivo de ação pública


incondicionada, colher compromisso do Autor ou autores da infração e
sua assinatura, no sentido de comparecer ao Juizado Especial, em data
ali estabelecida, quando assim dispuser a Secretaria do JECRIM ou
comarca. Já no caso de infração de menor potencial ofensivo cuja ação
penal seja privada ou condicionada à representação, colher
compromisso do Autor ou autores da infração e sua assinatura, no
sentido de comparecer ao Juizado Especial, em data ali estabelecida,
quando assim dispuser a Secretaria do Juizado, após o ofendido
manifestar pela representação ou em decidir posteriormente.
b) Cumpre destacar que, identificado como autor de infração penal, a
situação preliminar do autor é a de preso, assim devendo ser
considerado pelo policial. Portanto, deve ser devidamente identificado e
revistado, ficando sob custódia dos policiais, cabível inclusive o uso de
algemas, se necessário.
c) Assentindo em comparecer ao JECRIM, mediante assinatura do Termo
de Compromisso de Comparecimento, não será conduzido à delegacia
para adoção das medidas cabíveis, desconstituindo-se a prisão e sendo
liberado o autor.

25
d) Caso contrário, não concordando, será conduzido diante da autoridade
de polícia judiciária competente para a lavratura do Auto de Prisão em
Flagrante. Ao final, o policial militar responsável pelo termo se identifica
com nome completo, matrícula e o assina.

4. DINÂMICA DA LAVRATURA DO TERMO CIRCUNSTANCIADO

4.1 O policial militar que atende a ocorrência, independentemente se


encaminhado pelo CIOPS ou tenha se deparado com ela, obedecerá a
seguinte dinâmica para lavratura do termo circunstanciado:

a) Sendo a infração de menor potencial ofensivo, o policial informará aos


envolvidos da possibilidade de lavratura no local dos fatos, sem ensejar a
prisão em flagrante e a necessidade de condução à delegacia. Porém, para tal,
as partes deverão assumir o compromisso de se apresentar no JECrim na data
e hora a serem fixadas em termo próprio;

b) Tendo as partes concordado com a lavratura do Termo Circunstanciado, o


policial militar preencherá o formulário de ocorrência, reunindo o máximo de
informações acerca da ocorrência que está gerando;
c) O policial militar preencherá o formulário de envolvido, coletando o máximo
de informações para qualifica-lo, e fará o envolvido lavrar, de próprio punho se
possível, sua versão dos fatos, e coletará a assinatura do envolvido;

d) Sendo infração cuja ação penal seja condicionada, o policial militar expedirá
o termo de manifestação do ofendido, e notificará a vítima sobre a data e hora
da audiência na JECrim, sendo esta informação repassada pelo CIOPS (nas
ocorrências atendidas no âmbito do policiamento da capital), nos casos em que
a secretaria do JECrim fornecer o controle do agendamento ao CPC. Caso
contrário, marcará “Quando determinado pela secretaria da JECrim”;

e) Sendo a infração penal de ação penal incondicionada, o policial militar


expedira o termo de manifestação do ofendido, porém só marcando a área de
notificação, que informa a data e hora da audiência na JECrim, nos termos do
item supra;

26
f) Em todos os casos de lavratura de Termo Circunstanciado, o policial
militar preencherá o Termo de Compromisso de Comparecimento do autor, e o
informará a data e hora da audiência, conforme supracitado;

g) Se for constatado pelo policial militar a necessidade de apreender algum


objeto, será expedido o termo de apreensão e depósito, e será entregue uma
via ao interessado;

h) Se o policial militar verificar que os envolvidos apresentam lesão, será


expedido a Requisição de exame de corpo de delito – Lesão Corporal, e será
entregue uma via ao interessado;

i) Se forem constatados danos materiais, o policial militar expedirá a


Requisição de exame de corpo de delito – Danos, e será entregue uma via ao
interessado;

j. Os formulários produzidos devem ser distribuídos da seguinte maneira:

j.1 Para o autor:

I. 01 via do formulário de envolvido (a via que contém seus dados);

II. 01 via do Termo de Compromisso de Comparecimento (sempre que


lavrado Termo Circunstanciado);
III. 01 via da requisição de exame de corpo de delito (qualquer
modalidade), quando necessário;
IV. 01 via do termo de Apreensão/Depósito, caso se faça necessário o
preenchimento deste formulário.

j.2 Para a vítima:

I. 01 via do formulário de envolvido (a via que contém seus dados);


II. 01 via do termo de manifestação o ofendido (casos de ação penal
condicionada) e notificação da data e hora da audiência na JECrim
(sempre);
III. 01 via da requisição de exame de corpo de delito (qualquer modalidade),
quando necessário.

k. As demais vias serão entregues na OPM em que o policial militar está lotado,
para a devida gestão, processamento e encaminhamento.

27
l. Nos casos em que haja mais de um envolvido, o policial militar lavrará o
formulário “Dos Envolvidos e Veículos” na quantidade necessária para atender
a demanda de entrega aos envolvidos.

m. Não poderá ser entregue o formulário de envolvido do autor para a vítima,


nem o contrário. Por não se tratar de fase processual, não há que se falar em
cerceamento do direito à ampla defesa e ao contraditório.

5. CASOS EM QUE NÃO HAVERÁ LAVRATURA DO TCO

I. Quando o autor não possuir identificação conhecida;

a) O fato de o autor não estar de posse do documento de identificação civil


não configurará causa de sua condução para a Delegacia de Polícia
nem inviabilizará a lavratura do ROP-TCO, devendo os seus dados de
identificação serem confirmados nos sistemas de informações policiais
disponíveis.

b) Na impossibilidade de se consultar nos sistemas de informações


policiais disponíveis, conforme mencionado no parágrafo anterior, e nos
casos em que houver a necessidade de identificação criminal do autor
do fato, em decorrência da falta de sua identificação civil, o mesmo
deverá nos termos da Lei nº 12.037/2009, ser conduzido à Delegacia de
Polícia para a realização da identificação criminal e demais providências
de mister.

II. Quando o autor se recusar a assinar o Termo de Compromisso de


Comparecimento do Autor e Notificação;
III. Quando a vítima, nos casos de necessidade de representação, se recusar a
representar contra o autor;
IV. Quando não houver autoria do fato conhecida;
V. Quando o autor não estiver no local da confecção do TCO, ou ainda não for
encontrado após diligências realizadas com tal desiderato;
VI. Quando o autor do fato estiver com mandado de prisão em aberto;
VII. Em atos infracionais análogos às infrações penais de menor potencial
ofensivo cometidos por menores de idade;

28
VIII. Nas infrações penais relacionadas à violência doméstica e familiar contra a
mulher, a que alude a Lei n. 11.340/06 (Lei Maria da Penha);
IX. Nos casos de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor,
conforme previsto no art. 291, § 2º, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB);
X. Nos crimes de competência da Justiça Federal, independente da pena
máxima;
XI. Nos crimes militares;
XII. Nas infrações penais eleitorais, salvo quando no local da infração não
houver órgãos da Polícia Federal.

5.1 A Polícia Militar lavrará ROP-TCO relativo às infrações de menor potencial


ofensivo de competência da Justiça Eleitoral somente quando não existirem, no
local da infração, unidades da Polícia Federal e precedido de ajustes com o
Juiz eleitoral local.

5.2 Nestas situações o TCO será dirigido diretamente ao juízo eleitoral


competente.

6. FORMA DE CONTROLE DE AGENDAMENTO

6.1 Os Comandantes de OPMs do âmbito do CPI, através de seus oficiais


gestores, realizarão contato direto com o cartório das respectivas Comarcas,
ajustando a disponibilização das pautas das audiências de Juizado Especial
Criminal, de acordo com a possibilidade/necessidade de cada comarca,
operacionalizando, então, o agendamento de maneira consecutiva, de acordo
com a demanda de atendimento.

6.2 Na capital, caberá ao CPC realizar o contato com o Cartório do Juizado


Especial Criminal para ajuste desse agendamento, de acordo com a
possibilidade/necessidade do Juizado, e encaminhará a pauta das audiências
disponibilizadas pelo JECRIM ao Coordenador do CIOPS que efetuará o
controle do agendamento de acordo com a demanda de atendimento do
serviço.

6.3 A remessa dos termos circunstanciados, após revisão e homologação pelos


oficiais gestores, poderá ser feita conforme acordo entre os Comandantes de
OPM, no interior, e as respectivas comarcas, ou entre o CPC, na capital, e o
29
JECRIM, de modo a facilitar a tramitação dos Termos Circunstanciados de
Ocorrência para a tutela adequada a ser exercida pelo Poder Judiciário.

7. DAS ATRIBUIÇÕES BÁSICAS DO GESTOR DO TCO E AUXILIAR

7.1 São atribuições básicas do Gestor do TCO, dentre outras peculiares a


atividade policial militar:

I. Capacitar e assistir o efetivo da OPM para a lavratura do Relatório de


Ocorrência Policial -TCO (RO-TCO);
II. Manter estreito relacionamento com o Poder Judiciário, Ministério Público,
Polícia Civil e demais órgãos do Estado e Município;
III. Instruir ou revisar o procedimento do TCO, a fim de garantir a sua
legalidade, bem como a correta descrição ou compreensão dos fatos, por meio
da verificação do preenchimento dos formulários, qualificação das partes,
descrição e coerência dos fatos narrados, dos demais documentos ou exames
juntados aos autos e dos objetos apreendidos, podendo, inclusive, fazer
correções ortográficas e da tipificação penal, para encaminhamento aos
respectivos órgãos competentes;
IV. Controle e gestão da agenda/pauta de audiências dos TCO;
V. Gestão do trâmite de documentos;
VI. Controle dos materiais apreendidos;
VII. Gerir o Sistema de controle de TCO, na esfera de sua competência;
VIII. Realizar tramitação e despacho do ROP-TCO aplicando a sua respectiva
providência de persecução;
IX. Efetivar as diligências de ofício e as requeridas pelo Ministério Público e
Poder Judiciário nos aspectos atinentes aos ROP-TCO lavrados;
X. Planejar, implementar, gerir e efetivar o trâmite eletrônico de documentos
com o Poder Judiciário;
XI. Requisitar e gerir o encaminhamento de perícias das infrações penais de
menor potencial ofensivo;
XII. Acompanhar os procedimentos, desde o momento de sua lavratura até
julgamento da ação criminal e relatar as correções, problemas ou eventuais
dúvidas ou dificuldades surgidas no decorrer do processo;

30
XIII. Planejar a implementação de soluções e propor ajustes, a fim de garantir a
máxima eficiência na lavratura do TCO;
XIV. Elaborar relatórios mensais de produtividade dos ROP-TCO;
XV. Orientar e dirimir, nos casos concretos, eventuais dúvidas na lavratura do
TCO;
XVI. Propor ou opinar sobre as estratégias, instrumentos, ações e programas
para a implementação, adaptação e melhoria do TCO na PMRR;
XVII. Acompanhar e monitorar o desenvolvimento das ações de implementação
do TCO na OPM, por meio da elaboração e análise dos relatórios; e
XVIII. Outros aspectos referentes à gestão dos ROP-TCO.

7.2 São atribuições básicas do Auxiliar do Gestor do TCO, dentre outras


peculiares a atividade policial militar:

I. Atendimento ao Público em geral na retirada, lavratura e complemento de


informações dos ROP-TCO;
II. Restituição legal de bens apreendidos, quando devidamente autorizado pelo
Gestor do TCO da OPM;
III. Providenciar e controlar o trâmite de documentos aos órgãos oficiais e, de
igual modo, nos arquivos da seção/subseção/setor pertinente;
IV. Auxiliar o Gestor do TCO da OPM em todos os aspectos relacionados à
facilitação de sua gestão, dentre outras.

8. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

8.1 Nos casos em que houver a necessidade de retirar do local os envolvidos


na infração penal de menor potencial ofensivo, a fim de preservar-lhes a
integridade física, ou objetivando a pacificação do conflito, ou ainda em
decorrências das condições ambientais ou climáticas, estes podem ser
conduzidos a outro local adequado para a lavratura do Termo Circunstanciado,
ficando vedada a condução para o interior dos Quartéis da Polícia Militar;

8.2 Quando para o correto registro de uma ocorrência houver a necessidade de


realização de levantamentos fotográficos, topográficos, entre outros, tais
procedimentos deverão ser solicitados ao Instituto de Criminalística, conforme
o caso. Na impossibilidade de realização de tais procedimentos pelo órgão
31
supra, poderá a OPM acercar-se de meios disponíveis para suprir a
necessidade;

8.3 A solicitação de exames periciais junto a outros órgãos públicos deverá ser
realizada pelo Oficial Gestor, excetuando-se a requisição de exame de corpo
de delito de lesões corporais e dano que poderá ser emitida pelo próprio
policial militar que atender a ocorrência;

8.4 Deverão ser apreendidos e encaminhados ao JECrim ou à Polícia Civil,


dependendo do caso, os objetos e instrumentos que tiverem relação com o
fato.

8.5 Caso os órgãos de destino da apreensão não apresentem as condições de


recebimento do material, os Comandantes de OPM, através de seus oficiais
gestores do TCO, deverão estabelecer com os citados órgãos as rotinas para o
depósito em local apropriado, designando, se for o caso, fiel depositário;

8.6 As OPMs de Apoio e Especializadas lavrarão o Relatório de Ocorrência em


qualquer das modalidades e conforme prescreve esta resolução;

8.7 Nas Comarcas em que ainda não tiver ocorrido a instalação de JECrim, os
Termos Circunstanciados deverão ser encaminhados ao Juízo Criminal
respectivo;

8.8 O Comando Geral emitirá, sempre que se fizer necessário, instruções


complementares à presente Norma Geral como instrumento normativo
destinado a esclarecer e adequar procedimentos relativos à atuação da Polícia
Militar no atendimento de ocorrências de infrações penais, no recebimento de
comunicações de ocorrências policiais pelos policiais militares, acidentes de
trânsito e outros;

8.9 Nos casos em que houver a necessidade de identificação criminal do autor


do fato, em decorrência da falta de sua identificação civil e, quando não houver
tecnologia embarcada na viatura que possibilite tal identificação, o mesmo
deverá nos termos da Lei nº 12.037/2009, ser conduzido à Delegacia de Polícia
Civil para a realização da identificação criminal e registro da ocorrência na
delegacia;
32
8.10 Os Comandantes de OPM deverão propiciar ao seu efetivo a capacitação
permanente, como forma de evitar a lavratura inadequada dos relatórios de
ocorrência a serem encaminhados aos JECrims ou a outros órgãos, em face da
repercussão negativa de tal procedimento, evitando desta forma o desgaste da
corporação e o desperdício de tempo e recursos materiais;

8.11 O Oficial Gestor é o responsável por verificar e corrigir os relatórios de


ocorrência em relação à modalidade e à adequação dos fatos ao
enquadramento legal, motivo pelo qual serão considerados oficiais apenas os
relatórios emitidos através do sistema de controle devidamente homologados
pelo Oficial Gestor.

8.12 O sistema de controle mencionado nos dois últimos itens será


estabelecido no âmbito interno da Polícia Militar, devendo ter sua
regulamentação através de portaria na qual conste a relação dos cargos e
funções que poderão ter acesso ao mesmo;

8.13 Qualquer rasura, alteração, omissão ou procedimento contrário ao


prescrito nesta norma geral é passível de gerar responsabilidade
administrativa, civil e criminal;

8.14 Conforme padronizado pela Comissão Técnica de Implantação e


Expansão do Termo Circunstanciado de Ocorrência, todos os Relatórios de
Ocorrência lavrados, independentemente da modalidade, deverão ser
registrados no sistema de controle, da mesma forma, as apreensões de
materiais, instrumentos ou produtos de crime.

8.15 As pautas de audiências de cada Comarca, com o registro dos horários de


audiências afetas a cada TCO deverão estar registrados em documentos da
própria OPM;

8.16 O atestado de atendimento médico de ofendido de infração penal não


substitui a emissão de requisição de exame de corpo de delito, que deve ser
emitida pelo próprio policial militar condutor da ocorrência, quando for o caso;

8.17 A apreensão criminal de veículos envolvidos em infração penal somente


ocorrerá quando o policial condutor da ocorrência verificar contradições sérias
33
entre as declarações dos envolvidos, pondo em dúvida a causa da infração
penal. Da mesma forma, quando houver alegação direta de qualquer dos
envolvidos quanto a evento ocorrido no veículo (falha mecânica), que possa ser
o desencadeador da infração penal;

8.18 Os formulários físicos para a elaboração do Relatório de Ocorrência


Policial são aqueles especificados pela Diretoria de Ensino e Pesquisa - DEP, e
serão fornecidos pela Diretoria de Patrimônio e Logística - DPL, mediante
solicitação da OPM, ou produzidos pela OPM atendendo às especificações da
DEP;

8.19 Mesmo com o advento futuro da lavratura do ROP por meio digital, essas
normas gerais continuarão válidas em relação aos aspectos gerais do
preenchimento, processamento e encaminhamento do relatório e seus anexos
aos órgãos competentes.

8.20 Quando em uma mesma ocorrência ocorrer a prática, por um mesmo


autor, ou não, de dois ou mais infrações penais de menor potencial ofensivo, o
policial militar deverá proceder a lavratura do competente TCO, pois “o
concurso de infrações de menor potencial ofensivo não afasta a competência
do Juizado Especial Criminal, ainda que o somatório das penas, em abstrato,
ultrapasse dois anos (ENUNCIADO 120 - FONAJE)”.

8.21 No âmbito da capital, os oficiais nas funções de Coordenadores de


Operações, de Oficiais de Operações e de Oficiais de 2ª Malha, já capacitados
nos cursos de habilitação para a lavratura do TCO, deverão prestar apoio
quanto ao auxílio, orientação e fiscalização da lavratura do Termo
Circunstanciado de Ocorrência pelos policiais militares de serviço, corrigindo as
eventuais desconformidades observadas e dirimindo quaisquer dúvidas
surgidas quanto ao correto preenchimento do relatório. Nas OPM do interior do
estado, essa orientação/fiscalização ficará a cargo dos oficiais das próprias
subunidades.

8.22 Os casos omissos deverão ser demandados à CTIE-TCO para fins de


análise e proposição de resolução junto ao Comandante-Geral.

34
Quartel em Boa Vista, ___ de _____ de 2020.

ANTÔNIO ELIAS PEREIRA DE SANTANA – CEL QOCPM


Comandante Geral da PMRR

35
36
ANEXO II
FLUXOGRAMA DO TCO LAVRADO PELA PMRR

Atendimento e
Lavratura ROP

ROP
ROP

ROP-TC ROP-TC
ROP

37
ANEXO III
Relação das Infrações de Menor Potencial Ofensivo – IMPO

Código Penal (Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940).

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