Você está na página 1de 77

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO


DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

RELATÓRIO FINAL

Inquérito Policial 107/2016 – 2ª DISCCPAT / DEIC - FLAGRANTE

Processo 0074736-77.2016.8.26.0050

Natureza ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA


(Artigo 288 do Código Penal Brasileiro)

CORRUPÇÃO DE MENORES
(Artigo 244 – B da Lei 8.069/90 – ECA)

ATO INFRACIONAL
(Art. 106 da Lei 8.069/90 – ECA)

Objetividade Jurídica A sociedade


A Paz Pública
A Segurança Pública

Sujeito Ativo FILIPI BARCELOS DE FARIAS e outros

Sujeito Passivo O Estado


A Coletividade

1
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

PRECLARO MAGISTRADO

A POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO, por


meio da Autoridade Policial subscritora, Delegado de Polícia da Carreira
Jurídica do Estado, usando das prerrogativas de função estabelecidas no artigo
144, § 4º da Constituição Federal, artigo 140 caput da Constituição do Estado de
São Paulo e, por fim, no artigo 2º, § 1º e 2º da Lei Federal 12.830 de 20 de junho
de 2013 vem, mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, sob o fundamento
da norma contida no artigo 10º, § 1º do Código de Processo Penal, apresentar
Relatório Final do presente Inquérito Policial, nos termos a seguir expostos:

2
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

PRÓLOGO

O presente Inquérito Policial foi devidamente inaugurado e


registrado no cartório desta Delegacia de Polícia especializada em data de
04/09/2016, decorrente da lavratura de AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
DELITO, em mesma data, às fls.02/14, em face de 18 (dezoito) agentes
criminosos e 03 (três) adolescentes infratores a seguir elencados que, segundo o
entendimento e convicção jurídica desta Autoridade Policial signatária, pelos
motivos de fato e de direito a seguir aduzidos, foram AUTUADOS EM
FLAGRANTE DELITO pela prática dos crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA, CORRUPÇÃO DE MENORES e ATO INFRACIONAL.

Desde o momento em que foram surpreendidos pelos


Policiais Militares nas circunstâncias que adiante se narrará em detalhes, os
agentes criminosos ora autuados receberam VOZ DE PRISÃO EM
FLAGRANTE E FORAM CONDUZIDOS PRESOS a presença desta
Autoridade Policial signatária e, após firmar seu convencimento jurídico este
signatário RATIFICOU ENTENDIMENTO SOBRE AS PRÁTICAS
DELITIVAS E ESTADO FLAGRANCIAL DOS AGENTES CRIMINOSOS, os
quais permaneceram nas dependências desta Delegacia de Polícia até a lavratura
do último ato de Polícia Judiciária sendo, incontinenti, apresentados perante o
Poder Judiciário para AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA no dia útil subsequente,
cumprindo-se todas as formalidades de praxe.

3
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Importante ressaltar que antes do início dos trabalhos de


Polícia Judiciária, todas as formalidades legais cabíveis foram observadas, nos
exatos termos do Art. 6º, 8º, 26º e 283º do Código de Processo Penal, sobretudo
acerca deste último dispositivo pois, como sabemos, ninguém poderá ser preso
senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em
julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão
temporária ou prisão preventiva. 

Igualmente importante ressaltar que após tomar


CONHECIMENTO DOS FATOS narrados em detalhes (longa e
exaustivamente) pelos diligentes Policiais Militares, ora condutor e testemunhas,
após ENTREVISTAR PESSOALMENTE cada um dos 21 (vinte e um) presos
aqui conduzidos, esta Autoridade Policial signatária, após formar seu
CONVENCIMENTO JURÍDICO pela prática dos crimes acima elencados,
tratou de RATIFICAR A VOZ DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO dada
pelos Policiais Militares, COM A DEVIDA CIÊNCIA DESTA DECISÃO A
TODOS OS PRESOS, ao que tratou-se de GARANTIR A ELES TODOS OS
DIREITOS CONSTITUCIONAIS, principalmente no que tange a comunicação
da prisão a seus familiares, responsáveis, advogados ou defensores.

Em seguida, tratou-se de providenciar a elaboração das


GUIAS DE IML de todos presos para que fossem encaminhados para EXAME
DE CORPO DE DELITO CAUTELAR.
4
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Somente após o cumprimento destas formalidades, se


iniciou, então, a lavratura dos PRIMEIROS ATOS DE POLÍCIA JUDICIÁRIA,
nos termos dos artigos 301 e seguintes do Código de Processo Penal, iniciando-
se com a OITIVA DOS POLICIAIS MILITARES (condutor e testemunhas),
ENTREGA DA NOTA DE CULPA e elaboração dos demais autos, tais como
BOLETIM DE OCORRÊNCIA, AUTOS DE EXIBIÇÃO E APREENSÃO,
REQUISIÇÕES DE EXAMES PERICIAIS, INTERROGATÓRIOS E
FORMAIS INDICIAMENTOS e, por fim, OFÍCIOS DE PRAXE. (Fls. 15 usque
87)

Não existe nos autos, em nenhuma peça sequer, a menção


ou simples alusão que seja das expressões DETENÇÃO OU PRISÃO PARA
AVERIGUAÇÃO. Os agentes criminosos permaneceram nas dependências
desta Delegacia de Polícia PRESOS EM FLAGRANTE DELITO.

Como se procurará demonstrar a seguir, à luz do


convencimento jurídico desta Autoridade Policial signatária, nos exatos termos
do Art. 2º, §§ 1º e 2º da Lei 12.830/2013, os fatos e as condutas aqui versadas,
foram sopesados de maneira objetiva e analítica e não restaram dúvidas acerca
da MATERIALIDADE DELITIVA e dos INDÍCIOS DE AUTORIA existentes
em face dos agentes criminosos aqui autuados e formalmente indiciados em
função deste convencimento.
Importante ressaltar, porém, que as CONDUTAS DOS
AGENTES CRIMINOSOS foram analisadas ante ao contexto fático da
MANIFESTAÇÃO POPULAR que estava ocorrendo na ocasião ou em vias de

5
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

ocorrer, considerando sobre tudo a eclosão dos (legítimos) movimentos


populares desde junho de 2013, mas que na maioria das vezes se fizeram
acompanhar de ATOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA e DANOS AO
PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO praticado por uma minoria.

As MANIFESTAÇÕES POPULARES, decorrentes da


LIVRE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DA LIBERDADE DE
EXPRESSÃO e do DIREITO DE IR E VIR, são absolutamente legítimas, É
DIREITO SAGRADO DE TODO CIDADÃO e como tais, consideram-se
instrumentos da democracia.

Por este prisma, são tão importantes quanto qualquer outra


ferramenta pelas quais se exerça a democracia e, assim, sob seu sagrado manto
repousam ou dela decorrem; ou vice-versa, ora!

Porém havemos que ponderar que neste campo nada é


absoluto, na medida em que TODOS devam respeitar seus limites, na exata
medida em que correspondam a outros bens jurídicos igualmente tutelados.

Promovendo uma análise do ordenamento jurídico sobre o


tema, que tem como pedra angular a função precípua do Estado, de alcançar o
bem comum, assegurar a ordem e a convivência harmônica em sociedade;

6
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

analisando o fenômeno de instauração das manifestações populares,


principalmente desde 2013, seus benefícios mas por outro lado os históricos de
violências e vandalismos, enfim; todas estas implicações e o panorama jurídico
atual da regulação deste Direito Constitucional frente às limitações que qualquer
Direito ou Garantia Constitucional tem, por mais absoluto ou fundamental que
seja, ainda podemos nos apoiar na máxima popular que diz que O DIREITO DE
UM TERMINA ONDE COMEÇA O DO OUTRO! Ou estou enganado?

Assim, data máxima permissa, entendo que mostra-se


premente a necessidade de regulamentação do direito de reunião pública e do
direito de manifestação para, ao mesmo tempo, garantir o exercício desse direito
constitucional e dos demais direitos e garantias do restante da população.

Infelizmente, testemunhamos uma verdadeira escalada


destes atos bárbaros, aumentando em incidência vertiginosamente, nos fazendo
crer que uma minoria de BANDIDOS E CRIMINOSOS estão aproveitando estes
momentos para darem vasão à esses atos bárbaros usando como pretexto o
DIREITO A MANIFESTAÇÃO e promovendo a baderna, a desordem,
agressões e vandalismo.

Precisamos dar um BASTA nesta cultura do “tudo pode”,


principalmente quando travestido, disfarçado ou imiscuído em ideologias, afinal,
obrigarmos o cidadão de bem a tolerar esta situação, promovida por

7
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

VÂNDALOS, seria o mesmo que lhe ceifar suas próprias garantias, tais como
sua INTEGRIDADE FÍSICA E SEU DIREITO DE PROPRIEDADE, lembrando
que também estaríamos impondo tal infortúnio inclusive ao erário público do
Estado, na medida que muitos dos bens depredados nestas ações são
PÚBLICOS.

Estaríamos nós diante de uma situação paradoxal que para


fugir de uma pecha ditatorial e repressora do passado devamos nos tornar
permissivos e assim impor aos cidadãos de bem uma ANTI-DITADURA, a
qualquer custo!!!

Claro que os resquícios de um passado de opressão ainda


nos assombram, mas não podemos permitir que isso nos atrapalhe em organizar
nosso presente, AFINAL ESTE TEMPO JÁ PASSOU!! MESMO!!!

DA DESCRIÇÃO FÁTICA GERAL INICIAL

Segundo narraram os Policiais Militares, ora condutor e


testemunhas, em seus depoimentos, os mesmos efetuavam em patrulhamento
8
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

ostensivo com ordem para atuarem na área Central da Capital, em razão das
MANIFESTAÇÕES POPULARES, nas regiões das Estações Vergueiro e
Paraíso do Metrô.

Por volta das 15 (quinze) horas, ao passarem pela Rua


Vergueiro, altura do numeral 100, foram parados por um popular, que, não quis
identificar-se, que informou ter conhecimento de que vários indivíduos
supostamente integrantes do movimento “Black Blocs” estariam REUNIDOS
próximos ao Centro Cultural Vergueiro, portando BARRA DE FERRO, PAU,
PEDRAS e demais utensílios, COM A FINALIDADE DE COMETER ATOS
DE VIOLÊNCIA E VANDALISMO, consistente em causar danos patrimoniais
em locais públicos e privados.

Ante a referidas informações os Policiais Militares rumaram


para o local indicado e, de fato, avistaram 21 (vinte e um) indivíduos reunidos,
tal como narrado, todos trajando roupas escuras, mascaras, lenços, gorros e
demais adereços para encobrir o rosto. Assim pararam a viatura e
desembarcaram para efetuar a abordagem policial, onde constataram, que quase
todos estavam portando mochilas ou bolsas e ao serem revistados, foram
encontrados alguns objetos, nos termos do denunciado, bem como, outros tantos,
que denotavam o teor da denúncia.

Ante a estes fatos, ficou patente aos Policiais Militares que


todos ali presentes seriam integrantes de um mesmo grupo, que ali estavam
reunidos, de fato, com o fim de cometer crimes, especialmente agressões, danos

9
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

ao patrimônio público e dano ao patrimônio privado, conforme verificou nestes


últimos anos, em manifestações sociais deste mesmo tipo.

Durante o procedimento da abordagem policial todos os


individuos foram submetidos a busca pessoal e de fato todos os objetos tais
como apontados na denúncia popular foram encontrados na posse dos individuos
que ali estavam reunidos.

Os Policiais Militares, ora condutores e testemunhas, deram


VOZ DE PRISÃO aos indivíduos surpreendidos em flagrante delito nas
circunstâncias acima narradas e os CONDUZIRAM PRESOS a esta Delegacia
de Polícia, na presença desta Autoridade Policial, narrando os fatos acima.

Esta Autoridade Policial signatária, tratou de proceder nos


termos do disposto no Art. 6º. Do Código de Processo Penal, especialmente no
que tange a entrevista pessoal a cada um dos conduzidos presos, para fins de
formação de seu convencimento jurídico a respeito da conduta e da tipificação
criminal de cada um dos presos.

Em seguida, a Autoridade Policial deliberou por ratificar a


voz de prisão em Flagrante Delito dada pelo condutor e pela prática dos delitos.

DO CONTEÚDO DO MATERIAL APREENDIDO COMO FONTE


PRIMÁRIA DA MATERIALIDADE DELITIVA

10
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

DAS ANÁLISES PRELIMINARES E SEUS


DESDOBRAMENTOS

Necessário esclarecer que, considerando o grande volume de


material encontrado no início dos trabalhos, todos os objetos na posse dos
autuados foi devidamente fotografado, tomando-se o cuidado de identificar os
seus legítimos possuidores e, com isto, procurar identificar a função de cada um
em meio a este grupo, cuja finalidade ficou evidente que era ASSOCIAR-SE
PARA O FIM DE COMETER OS CRIMES, conforme acima narrado.

(vide ANEXO I)

A experiência policial acumulada ao longo dos anos, com


base nos movimentos sociais anteriores, principalmente de 2013 para cá, decerto
colaborou para efetuar a interpretação empírica dos objetos encontrados que,
após arrecadados e apreendidos foram, então, sistematizados e sinteticamente
organizados, conforme relacionados nos AUTOS DE EXIBIÇÃO E
APREENSÃO, fls. 109 usque 120.

Segundo se pode depreender destas análises, em meio a este


grupo composto por 21 (vinte e um) “manifestantes”, cada um tinha uma função
específica.

11
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Dos indivíduos que estavam portando objetos mais


contundentes, tais como BARRA DE FERRO, ESCUDO METÁLICO,
MÁSCARAS, dentre outros, ficou claro que tinham a função de formar um
BLOCO ÚNICO, com a intenção de praticar os ATOS FINALÍSTICOS DO
GRUPO, quais sejam, de causar DANOS PATRIMONIAIS e, eventualmente,
AGRESSÕES a qualquer agente público das forças policiais de segurança
pública ou guarda municipal que dispusesse a impedí-los.

Um dos indivíduos, estava encarregado de GUARDAR OS


APARELHOS DE TELEFONIA DE CELULAR de todos os integrantes do
grupo, para que os mesmos não fossem RASTREADOS e também para caso os
mesmos fossem detidos pela polícia esta não tivesse acesso aos aparelhos os
quais continham MENSAGENS TROCADAS entre estes integrantes.

Outro indivíduo estava na posse de MÁQUINA


FOTOGRÁFICA e CÂMARA DE VIDEO para captar imagens das ações do
grupo com o propósito de divulga-las nas redes sociais, a fim de se
autopromoverem perante outros grupos de VÂNDALOS “ligados a esta mesma
causa”.

Haviam, também, indivíduos encarregados de PRESTAR


ASSISTÊNCIA AMBULATORIAL aos integrantes que eventualmente fossem
feridos durante as ações do grupo ou simplesmente passassem mal caso
inalassem o GÁS oriundo das bombas de efeito moral eventualmente jogadas

12
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

pelas forças policiais, como é comum nestes eventos quando a Polícia Militar,
principalmente, se depara com ações desta natureza.
DAS OITIVAS DAS TESTEMUNHAS

Foram ouvidos durante a lavratura do Auto de Prisão em


Flagrante Delito, os Policiais Militares CARLOS ALBERTO FERNANDES,
que foi o responsável por dar a VOZ DE PRISÃO EM FLAGRANTE AOS
MANIFESTANTES, bem como os demais Policiais Militares, na qualidade de
testemunhas JOSÉ EDUARDO BERINGUEL, ADALBERTO DOS SANTOS
GOMES, ANDERSON CARVALHO DA SILVA

O Condutor/1ª. Testemunha o Policial Militar CARLOS


ALBERTO FERNANDES SOARES, em seu depoimento, ratificou os fatos
narrados no tópico acima, restando seu depoimento acostado nos autos, às fls. 15
à 17.

O Policial Militar JOSÉ EDUARDO BERINGUEL, 2ª.


Testemunha, em seu depoimento, ratificou os fatos narrados no tópico acima,
restando seu depoimento acostado nos autos, às fls. 19 à 20.

O Policial Militar 3ª. Testemunha, ADALBERTO DOS


SANTOS GOMES, em seu depoimento, ratificou os fatos narrados no tópico
acima, restando seu depoimento acostado nos autos, às fls. 21 à 22.

13
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

O Policial Militar 4ª. Testemunha, ANDERSON


CARVALHO DA SILVA, em seu depoimento, ratificou os fatos narrados no
tópico acima, restando seu depoimento acostado nos autos, às fls. 23 à 24.

DA INDIVIDUALIZAÇÃO DAS CONDUTAS DOS INVESTIGADOS


INDICIADOS NO CURSO PRESENTE INQUÉRITO POLICIAL

Para que não reste nenhuma dúvida, importante repisar as


circunstâncias em que as prisões se deram.

Na data e hora dos fatos, os autuados abaixo relacionados


foram surpreendidos pelos Policiais Militares nas proximidades do CENTRO
CULTURAL DE SÃO PAULO, na Rua Vergueiro, 829, Liberdade, São Paulo-
SP, totalizando 21 (vinte e uma) pessoas, sendo 03 (três) destas pessoas
adolescentes, pouco antes de ter início uma MANIFESTAÇÃO POPULAR que
ocorreria na REGIÃO CENTRAL desta capital.

Este grupo de pessoas estava reunido com evidente


propósito coletivo de PRATICAR ATOS DE VIOLÊNCIA E VANDALISMO,
tais como DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO e DANOS AO
PATRIMÔNIO PRIVADO, em verdadeira conexão teleológica e união de
desígnios de cada um dos integrantes, onde cada qual tinha uma função
específica que pudesse contribuir com estas finalidades (de cometerem tais
crimes).

14
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Estes agentes criminosos estavam portando mochilas ou


bolsas contendo cada qual alguns objetos, tais como BARRA DE FERRO,
ESCUDO DE METAL, EXTINTOR DE INCÊNDIO, MÁSCARAS, CAPUZ,
MEDICAMENTOS, CELULARES e EQUIPAMENTOS PARA FOTOGRAFIA
E FILMAGEM, segundo a função ou atribuição de cada um neste grupo
criminoso.
Resta cabalmente demonstrado nos autos que os autuados
constituem PARTE INTEGRANTE DE UM GRUPO DE PESSOAS que na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADAS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
com base em todos os INDÍCIOS DE AUTORIA E MATERIALIDADE
DELITIVA representado por todo o conjunto probatório carreado aos autos,
especialmente o DEPOIMENTO DOS POLICIAIS MILITARES, OS OBJETOS
ENCONTRADOS EM SEU PODER, RELATÓRIOS DE INVESTIGAÇÃO e
todo o CONTEXTO FÁTICO DA OCASIÃO, inserido como parte de um todo
inserido dentro de um CONTEXTO FÁTICO MAIOR representado pelo
HISTÓRICO DE MANIFESTAÇÕES ANTERIORES desde o ano de 2013 em
que estes ATOS ISOLADOS DE VIOLÈNCIAS E VANDALISMOS passaram
a ser praticados com frequência por esta minoria, isoladamente, que insiste em
distorcer o SAGRADO DIREITO DE MANIFESTAÇÃO PACÍFICA.

A seguir, encontram-se listados todos os 21 (vinte e um)


autuados, identificando-se a conduta criminosa individualizada de cada agente
criminoso, relação dos objetos que foram encontrados em poder de cada um

15
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

destes agentes e demais fatos ou circunstâncias individuais dos mesmos, que


serviram de fundamento para formação da convicção jurídica desta Autoridade
Policial na atribuição da imputação dos crimes pelos quais os agentes criminosos
foram FORMALMENTE INDICIADOS, a saber:

1. FILIPE BARCELOS DE FARIA

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de 01 (uma) MÁSCARA, 01 (um)
CAPUZ e 01 (um) FRASCO DE LÍQUIDO COM ODOR DE VINAGRE.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e este último, em especial, combater
o gás proveniente do uso de bombas de dispersão empregadas pelo Polícia
Militar.

Assim, Resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
16
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,


durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

INDICIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática dos crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 25 usque 27 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 131
usque 139 dos autos.

17
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

2. MATEO AUGUSTO BARCELOS DE FARIA

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ, TRAJANDO
VESTES ESCURAS, nos padrões dos conhecidos BLACK BLOCS, além de 01
(um) FRASCO DE LÍQUIDO AINDA NÃO IDENTIFICADO e, por fim, 01
(um) DISCO DE METAL, semelhante a um escudo.

Estes objetos seria utilizado para encobrir o rosto durante os


atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA, enfrentamento da Polícia Militar e, este
último objeto, em especial, seria usado para o cometimento de DANOS AO
PATRIMÔNIO PÚBLICO, PRIVADO ou PRÁTICA DE LESÃO CORPORAL.

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM

18
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na


ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

INDCIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática dos crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 28 usque 30 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 140
usque 148 dos autos.

19
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

3. GABRIEL CUNHA RISAFFI

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ, TRAJANDO
VESTES ESCURAS, nos padrões dos conhecidos BLACK BLOCS e, por fim,
01 (uma) BARRA DE FERRO.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA, para enfrentamento da Polícia
Militar e, este último, em especial, para o cometimento de DANOS AO
PATRIMÔNIO PÚBLICO, PRIVADO ou PRÁTICA DE LESÃO CORPORAL.

20
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

INDICIAMENTO:
Ante as circunstâncias acima narradas, foi o autuado
FORMALMENTE INDICIADO, pela prática de crimes de
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX
- Paz pública – CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o
fim específico de cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3
(três) anos.) com a respectiva causa de aumento de pena prevista em
parágrafo único, em razão de haver sido praticado na companhia de
ADOLESCENTE, bem como o crime de CORRUPÇÃO DE
MENORES (Art. 244 – B, da Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou
facilitar a corrupção de menor de 18 anos,  com ele praticando infração
penal ou induzindo-o a praticá-la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4
(quatro) anos).

21
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 31 usque 33 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 149
usque 156 dos autos.

4. VITOR HUGO CARIOCA

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ e, por fim,
TRAJANDO VESTES ESCURAS, nos padrões dos conhecidos BLACK
BLOCS.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar.

22
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

INDICIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática dos crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de

23
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-


la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 34 usque 36 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 157
usque 164 dos autos.

5. ANDREA BARTOLOMEI DA SILVEIRA

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ e, por fim,
TRAJANDO VESTES ESCURAS, nos padrões dos conhecidos BLACK
BLOCS.

24
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar.

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

INDICIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática de crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem

25
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da


Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 37 usque 39 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 165
usque 172 dos autos.

6. AMANDA MACIEL BRESLAU

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ e, por fim,

26
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

TRAJANDO VESTES ESCURAS, nos padrões dos conhecidos BLACK


BLOCS.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar.

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

INDICIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática do crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de

27
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a


respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 40 usque 42 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 173
usque 181 dos autos.

7. JANAINA MARTON ROQUE

CONDUTA INDIVIDUALIZADA

28
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Ante às circunstâncias acima narradas, este agente


criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ, TRAJANDO
VESTES ESCURAS, nos padrões dos conhecidos BLACK BLOCS, além de
diversos MATERIAIS DE PRIMEIROS SOCORROS.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar. Este agente criminoso também tinha uma função específica de
PRESTAR SERVIÇOS DE PRIMEIROS SOCORROS para os integrantes do
grupo que se ferissem durante estas práticas de vandalismo e violência.

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

INDICIAMENTO:

29
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE


INDICIADO, pela prática do crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 43 usque 45 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 182
usque 191 dos autos.

30
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

8. TAIS POLICHETTI LUNA

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ e, por fim,
TRAJANDO VESTES ESCURAS, nos padrões dos conhecidos BLACK
BLOCS.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar.

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

31
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

INDICIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática do crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 46 usque 48 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 192
usque 199 dos autos.

32
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

9. SOFIA BECAK EGYDIO MARTINS

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ, TRAJANDO
VESTES ESCURAS, nos padrões dos conhecidos BLACK BLOCS, além de
diversos MATERIAIS DE PRIMEIROS SOCORROS.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar. Este agente criminoso também tinha uma função específica de
PRESTAR SERVIÇOS DE PRIMEIROS SOCORROS para os integrantes do
grupo que se ferissem durante estas práticas de vandalismo e violência.

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

33
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

INDICIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática do crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 49 usque 51 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 204
usque 211 dos autos.

34
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

10.VIVIANE ALVES BOLIVAR

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA e CAPUZ, além de
MATERIAIS DE PRIMEIROS SOCORROS.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar. Este agente criminoso também tinha uma função específica de
PRESTAR SERVIÇOS DE PRIMEIROS SOCORROS para os integrantes do
grupo que se ferissem durante estas práticas de vandalismo e violência.

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

35
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

INDICIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática do crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 52 usque 54 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 212
usque 219 dos autos.

36
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

11.CAUAN BOTELHO NASSER

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ, TRAJANDO
VESTES ESCURAS, nos padrões dos conhecidos BLACK BLOCS, além de
diversos MATERIAIS DE PRIMEIROS SOCORROS.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar. Este agente criminoso também tinha uma função específica de
PRESTAR SERVIÇOS DE PRIMEIROS SOCORROS para os integrantes do
grupo que se ferissem durante estas práticas de vandalismo e violência.

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE

37
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA


CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

INDICIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática do crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 55 usque 57 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 220
usque 227 dos autos.

38
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

12.ERICO SANT ANNA PERRELLA

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ, TRAJANDO
VESTES ESCURAS, nos padrões dos conhecidos BLACK BLOCS.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar.

Este agente criminoso também estava na posse de vários


aparelhos de telefones celulares pertencentes aos integrantes do grupo, tendo a
função específica de evitar que fossem rastreados ou que os integrantes
dispersassem deixando o grupo antes do término do evento e os demais

39
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

integrantes do grupo ou, ainda, que fossem os aparelhos apreendidos pela


Polícia, uma vez que podiam revelar informações da preparação do evento.

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.
INDICIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática do crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 58 usque 60 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 228

40
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

usque 237 dos autos.

13.DIEGO RODRIGUES TELES

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ, nos padrões
dos conhecidos BLACK BLOCS, além de diversos MATERIAIS DE
PRIMEIROS SOCORROS.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar. Este agente criminoso também tinha uma função específica de
PRESTAR SERVIÇOS DE PRIMEIROS SOCORROS para os integrantes do
grupo que se ferissem durante estas práticas de vandalismo e violência.

41
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

INDICIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática do crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

42
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 61 usque 63 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 238
usque 246 dos autos.

14.LUCAS FERREIRA SEIDLE DA SILVA

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ e ROUPAS
ESCURAS, nos padrões dos conhecidos BLACK BLOCS.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar.

43
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

INDICIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática do crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de

44
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-


la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 64 usque 66 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 247
usque 253 dos autos.

15.JOAO PEDRO MATHEY FONTES MUSOLINO

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de CAPUZ, nos padrões dos conhecidos
BLACK BLOCS e um SKATE.

45
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar.

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

INDICIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática do crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em

46
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem


como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 67 usque 69 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 254
usque 261 dos autos.

16.FELIPE PACIULLO RIBEIRO

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi

47
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ e VESTES


ESCURAS, nos padrões dos conhecidos BLACK BLOCS.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar.

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

INDICIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática do crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –

48
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de


cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 70 usque 72 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 262
usque 269 dos autos.

17.FELIPE GONZALEZ ZOLESI

CONDUTA INDIVIDUALIZADA

49
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Ante às circunstâncias acima narradas, este agente


criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ e VESTES
ESCURAS nos padrões dos conhecidos BLACK BLOCS, além de diversos
MATERIAIS DE FOTOGRAFIA E FILMAGEM.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar. Este agente criminoso também tinha uma função específica de
PRESTAR SERVIÇOS DE CINEGRAFISTA AMADOR para os integrantes do
grupo poderem REGISTRAR SEUS ATOS para posteriormente poderem SE
VANGLORIAR E SE AUTOPROMOVER perante seus pares e via redes
sociais.

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

INDICIAMENTO:

50
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE


INDICIADO, pela prática do crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 73 usque 75 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 270
usque 277 dos autos.

51
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

18.CEZAR VASCONCELOS

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, este agente
criminoso, ora autuado e devidamente indiciado nos termos abaixo elencados, foi
detido por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ e VESTES
ESCURAS nos padrões dos conhecidos BLACK BLOCS.

Estes primeiros objetos seriam utilizados para encobrir o


rosto durante os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento
da Polícia Militar.

Assim, resta cabalmente demonstrado que este agente


criminoso, ora autuado e indiciado, constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS, composto inclusive de alguns ADOLESCENTES, na
ocasião dos fatos estavam ASSOCIADOS COM O FIM ESPECIAL DE
COMETER CRIMES, especialmente os crimes decorrentes de VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO,
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião.

52
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

INDICIAMENTO:
Por todo o exposto, foi o autuado FORMALMENTE
INDICIADO, pela prática do crimes de ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA (Art. 288, parágrafo único - Título IX - Paz pública –
CP -  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:     Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.) com a
respectiva causa de aumento de pena prevista em parágrafo único, em
razão de haver sido praticado na companhia de ADOLESCENTE, bem
como o crime de CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 244 – B, da
Lei 8.069/90 – ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 anos,  com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-
la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).

Seu INTERROGATÓRIO segue às fls. 76 usque 78 e seu


FORMAL INDICIAMENTO segue acostados aos autos às fls. 278
usque 286 dos autos.

53
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

19.AMANDA ALCANTARA DE OLIVEIRA


(ADOLESCENTE INFRATORA)

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, esta
ADOLESCENTE INFRATORA, apreendida e autuada nos termos abaixo
elencados, foi detida por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ,
nos padrões dos conhecidos BLACK BLOCS, além de UM EXTINTOR DE
INCÊNDIO.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar.

Assim, resta cabalmente demonstrado, que esta


ADOLESCENTE INFRATORA constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS com o fim especial de praticar ATO INFRACIONAL
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião, nos termos do
que assim o define no Artigo 103 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do
Adolescente) por CONDUTA EQUIPARADA A CRIMES DE VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO.

Ouvida em declarações às fls. 79 usque 81

54
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

20.TAISIELY SAYURE KIKUCHI


(ADOLESCENTE INFRATORA)

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, esta
ADOLESCENTE INFRATORA, apreendida e autuada nos termos abaixo
elencados, foi detida por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ,
nos padrões dos conhecidos BLACK BLOCS, além de diversos MATERIAIS
DE PRIMEIROS SOCORROS.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar. Esta ADOLESCENTE INFRATORA também tinha uma função
específica de PRESTAR SERVIÇOS DE PRIMEIROS SOCORROS para os
integrantes do grupo que se ferissem durante estas práticas de vandalismo e
violência.

Assim, resta cabalmente demonstrado, que esta


ADOLESCENTE INFRATORA constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS com o fim especial de praticar ATO INFRACIONAL
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião, nos termos do
que assim o define no Artigo 103 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do

55
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Adolescente) por CONDUTA EQUIPARADA A CRIMES DE VIOLÊNCIA


CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO.

Ouvida em declarações às fls. 82 usque 84.


21.GESSYKA MOREIRA SOUZA
(ADOLESCENTE INFRATORA)

CONDUTA INDIVIDUALIZADA
Ante às circunstâncias acima narradas, esta
ADOLESCENTE INFRATORA, apreendida e autuada nos termos abaixo
elencados, foi detida por Policiais Militares, na posse de MÁSCARA, CAPUZ,
nos padrões dos conhecidos BLACK BLOCS.

Estes objetos seriam utilizados para encobrir o rosto durante


os atos de VANDALISMO e VIOLÊNCIA e para enfrentamento da Polícia
Militar.

Assim, resta cabalmente demonstrado, que esta


ADOLESCENTE INFRATORA constitui PARTE INTEGRANTE DE UM
GRUPO DE PESSOAS com o fim especial de praticar ATO INFRACIONAL
durante manifestação popular que estava ocorrendo na ocasião, nos termos do
que assim o define no Artigo 103 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do
Adolescente) por CONDUTA EQUIPARADA A CRIMES DE VIOLÊNCIA
CONTRA PESSOA e DANOS AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO.

56
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Ouvida em declarações às fls. 85 usque 87.

DOS DEMAIS AUTOS DO PRESENTE INQUÉRITO POLICIAL E


DEMAIS MEDIDAS DE POLÍCIA JUDICIÁRIA RELEVANTES

Para que possamos melhor ilustrar a disposição dos autos do


flagrante anteriormente mencionado, seguem na ordem de juntada.

O Boletim de Ocorrência, foi juntado nos autos às fls. 89


usque 108, que traz o histórico dos fatos e a relação de pessoas e objetos
relacionados na ocorrência, bem como a descrição das primeiras medidas de
Polícia Judiciária.

Auto de Exibição e Apreensão que tratou de relacionar os


objetos apreendidos em poder dos agentes criminosos ora autuados, foram
juntados às fls. 109 usque 120.

Tomamos também o cuidado de juntar algumas fotografias


que foram tiradas dos agentes criminosos ora autuados bem como todos os
objetos que estavam em poder dos mesmos, a fim de ilustrar todas as afirmativas
acima mencionadas. Fls. 121 usque 130

57
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

As requisições de IML foram juntadas aos autos a fim de


que os agentes criminosos (MAIORES) fossem submetidos a EXAME DE
CORPO DE DELITO CAUTELAR, deixando bem claro que nenhum dos
autuados apresentou ou queixou-se de qualquer lesão em virtude de agressão ou
mal trato. Fls. 288 usque 305.

Os LAUDOS PERICIAIS DE IML nrs. 326318/16,


326312/16, 326299/16, 326207/16, 326364/16, 326277/16, 326346/16,
326349/16, 326398/16, 326193/16, 3264912/16, 326413/16, 326392/16,
326370/16, 326333/16, 326334/16, 326424/16 e 326377/16, referente ao IML
dos AGENTES CRIMINOSOS MAIORES. Seguem juntados às fls. 366 usque
384.

As requisições de IML foram juntadas aos autos a fim de


que os agentes criminosos (ADOLESCENTES INFRATORAS) fossem
submetidos a EXAME DE CORPO DE DELITO CAUTELAR, deixando bem
claro que nenhum dos autuados apresentou ou queixou-se de qualquer lesão em
virtude de agressão ou mal trato. As requisições expedidas ao Instituto de
Criminalística foram juntadas com os laudos conforme abaixo segue.

Os laudos priciais nrs. 326373/16, 326365/16 e 326354/16


referente ao IML realizados nas adolescentes AMANDA ALCANTARA DE
OLIVEIRA, GESSYKA MOREIRA SOUZA, TAISIELY SAYURE KIKUCHI,
seguem juntados às fls. 350 usque 363

58
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Os oficios de encaminhamento das adolescentes AMANDA


ALCANTARA DE OLIVEIRA, GESSYKA MOREIRA SOUZA e TAISIELY
SAYURE KIKUCHI foram juntados às fls. 306 usque 316.

Os oficios expedidos ao Exmo. Juiz Corregedor, DD.


Promotor de Justiça e ACRIMESP foram juntados às fls. 317 usque 319.

DA NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO DO DIREITO DE


REUNIÃO E DO DIREITO DE MANIFESTAÇÃO NO BRASIL

“Mostra-se premente a necessidade de regulamentação do


direito de reunião pública e do direito de manifestação
para, ao mesmo tempo, garantir o exercício destes sagrados
direitos constitucionais e dos demais direitos de TODOS.”

Data máxima vênia, Excelência, esta Autoridade Policial


signatária não poderia encerrar o presente, sem antes tecer alguns singelos
comentários sobre este tema tão ardente, à luz de nosso Ordenamento Jurídico,
tomando a liberdade de discorrer acerca do cenário atual do país, considerando a
grande escalada dos movimentos populares a partir de junho de 2013,
principalmente, com a intenção de provocar uma reflexão sobre o FENÔMENO
DA VIOLÊNCIA E DO VANDALISMO que passaram a fazer parte integrante
destes movimentos populares,

59
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Dada a gravidade destes episódios, bem como sua reiterada


incidência, de caráter público e notório, precisamos nos conscientizar que a
aplicação dos poucos dispositivos legais vigentes é a única coisa que nos resta
como forma de combater esta minoria de criminosos que acabam maculando a
imagem de todos os demais que lá estão legitimamente para o livre exercício de
seus Direitos e Garantias.
Como dizia Aristóteles, a sociedade pode ser entendida
como um todo orgânico, no qual a ordem entre as partes coordena o convívio,
prima pela harmonia e busca alcançar o bem comum.

Ora, é função precípua do Estado alcançar o bem comum, ao


que chamamos de GARANTIA DO INTERESSE PÚBLICO e neste contexto
ainda entram as garantias e direitos individuais de cada cidadão, mas não
podemos nos olvidar que a convivência entre estes dois lados deve ser harmônica
pois também é função do Estado a garantia da ORDEM PÚBLICA e da PAZ
SOCIAL.

O interesse público é o fator que viabiliza a conservação da


vida em comunidade e, como tal, deve ser considerado o fim geral do Estado,
mas considerando o processo dinâmico que envolve a formação e a organização
da sociedade e tendo em vista a existência de interesses sociais distintos em cada
conjuntura social vigente, compete ao Estado adequar sua atuação de forma a
não perder o foco em seu papel principal, caso contrário testemunharíamos as
ruínas da vida em sociedade, tal como a conhecemos.

60
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

As manifestações populares repousam no manto do exercício


da democracia, alicerçada no art. 5º da Constituição Federal de 1988, que trata
dos direitos e deveres individuais e coletivos, com destaque para os incisos II,
IV, XVI e XVII, in verbis:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: [...] II - ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei; [...] IV - é livre a manifestação do
pensamento, sendo vedado o anonimato; [...] XVI - todos
podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais
abertos ao público, independentemente de autorização,
desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido
prévio aviso à autoridade competente; [...] XVII - é plena a
liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de
caráter paramilitar; (CF, 1988)”

Nessa esteira, é livre o exercício de manifestação


independentemente de autorização, sendo apenas exigido prévio aviso à

61
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

autoridade competente sobre a reunião pública. O mesmo artigo condiciona a


liberdade de manifestação de pensamento à identificação do autor a ocorrência
reunião pública a fins pacíficos, vedando o caráter paramilitar.

Pela análise destes dispositivos constatamos, de fato, que os


direitos fundamentais não são amplos e irrestritos, sendo que sua efetividade está
diretamente vinculada à observação de condições, visando o equilíbrio com os
demais direitos existentes no ordenamento jurídico.

Os movimentos de 2013 trouxeram à tona a premente


necessidade de regulamentação e estabelecimento de limites acerca do direito de
livre manifestação, com o intuito de garantir e proteger este e os demais direitos
constitucionalmente garantidos.

Na atualidade, não há legislação vigente no Brasil que


regulamente o direito à livre manifestação e, dada a essa ausência, desde 2013,
quando os atos de violência e vandalismo passaram a fazer parte destes
movimentos sociais, os agentes criminosos identificados desde então vem sendo
enquadrados na Lei de Segurança Nacional nº 7.170/1983, na Lei de
Organização Criminosa nº 12.850/2013, ou mesmo através do Código Penal,
como se mostra no presente caso, onde os ora autuados foram FORMALMENTE
INDICIADOS pela prática dos crimes de ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA,
CORRUPÇÃO DE MENORES e ATO INFRACIONAL,

62
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Data máxima vênia, neste caso em concreto, as tipificações


atribuídas às condutas dos agentes criminosos autuados foram as mais brandas
dentro deste universo de possibilidade acima mencionado e mesmo assim
trouxeram a indignação dos partidários dos movimentos sociais e de alguns
outros setores da sociedade que não conseguem apreciar tais posturas de forma
objetiva, pautada em critérios democráticos verdadeiros, SEM ÓDIO OU
PAIXÃO!
O que acontece, Excelência, é que até que se regule esta
questão e se criem os mecanismos legais para a exata tipificação destas condutas
que estão cada vez mais recorrentes em meio a estes eventos, temos que
ponderá-las em face dos dispositivos penais atualmente vigentes em nosso
Ordenamento Jurídico.

Em levantamento recente, identificamos 14 (quatorze)


projetos de lei propondo a REGULAMENTAÇÃO DO DIREITO DE
MANIFESTAÇÃO, os quais foram apresentados no Congresso Nacional, a
maioria enviada após as manifestações de junho de 2013, sendo que 10 (dez)
desses projetos estão tramitando na Câmara de Deputados e 04 (quatro) no
Senado Federal.

Os assuntos tratados nos projetos são diversos e envolvem o


mesmo tema: regulação geral dos protestos, proibição do uso de máscaras,
proibição do uso de armas de baixa letalidade e alteração ou criação de novos
crimes.

63
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

No que tange aos projetos que tramitam na Câmara dos


Deputados, pode-se destacar, por exemplo, o projeto de lei nº 6198/2013, que
apresenta a seguinte ementa:

Inclui o art. 40-A ao Decreto-lei 3.688, de 3 de outubro de


1941, que trata das Contravenções Penais para proibir o uso de máscaras e outros
materiais usados para esconder o rosto durante manifestações populares
definidas como a união de três ou mais pessoas que têm o intuito de perturbar a
paz pública.
Na justificação do mencionado projeto de lei foi citado o
fato de que diversos países como Canadá, EUA, França e Chile, possuem
legislação que veda o uso de máscaras em manifestações públicas, frisando que a
lei canadense o fez com o intuito de inibir manifestações violentas. Destaca-se
que o referido projeto de lei não visa restringir a liberdade de expressão e sim
garanti-la ao identificar os indivíduos que atentarem contra a ordem social.
Nesse ínterim, cabe ressaltar que o texto constitucional relaciona o direito de
manifestação de pensamento com a identificação do autor, uma vez que veda o
anonimato. A legislação pátria ainda não proíbe o uso de máscaras, o que se
busca atualmente é uma regulamentação no sentido da identificação daqueles
indivíduos que estejam cobrindo o rosto em manifestações e, em caso de
negativa da identificação, essas pessoas serão conduzidas à delegacia para serem
identificados, sendo a atuação policial registrada.

Por consequência, em caso de atos de violência durante as


manifestações populares, será possível a identificação dos autores dos atos e a

64
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

respectiva punição, evitando assim que o movimento social legítimo e pacífico


seja corrompido, assegurando o exercício desse direito constitucional.

O Projeto de Lei não fere direito à liberdade de expressão, e


tem o propósito único de evitar que vândalos se insiram nos movimentos para
praticar atos de VIOLÊNCIA e DEPREDAÇÃO, bem como outros crimes, como
no caso em tela tentamos evitar.

Em outro exemplo, o Projeto de Lei do Senado nº 508 de


2013, de autoria do senador Armando Monteiro (PTB-PE), que “tipifica como
crime de vandalismo a promoção de atos coletivos de destruição, dano ou
incêndio em imóveis públicos ou particulares, equipamentos urbanos,
instalações de meios de transporte de passageiros, veículos e monumentos”
apresenta em sua justificação o argumento de que a maioria da população
brasileira condena os atos de vandalismo e que a proposição “tem por objetivo
justamente suprir a grave omissão da legislação em relação aos freqüentes atos
coletivos de vandalismo, mediante a sua tipificação como uma nova modalidade
de crime, com o qual não convivíamos até os dias de hoje”

Estes são alguns exemplos que das tentativas de


regulamentação desse direito constitucional, tanto no sentido de proteção dos
manifestantes como no sentido de punição daqueles que praticarem atos
criminosos, mas até agora nada de concreto se firmou!

65
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

AS MANIFESTAÇÕES POPULARES NO BRASIL DESENCADEADAS A


PARTIR DE 2013

As manifestações populares ocorridas no Brasil em junho de


2013 marcaram o cenário histórico do país, devido a sua originalidade quanto à
diversidade ideológica e a multiplicidade de interesses antagônicos dos diversos
grupos sociais participantes, mas também quanto a prática de ATOS DE
VANDALISMO e VIOLÊNCIA.

(vide ANEXO II)

Em São Paulo, testemunhamos o nascimento de um


movimento contra o aumento das tarifas de transporte público. O referido
movimento foi se alastrando pelo Brasil trazendo mais manifestantes para as ruas
que passaram a protestar contra as mais diversas causas.

66
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Desse modo, resta evidente que as manifestações populares


instauradas a partir de 2013 reuniram diversos grupos sociais com interesses
sociais heterogêneos. Esta “febre”, por assim dizer, trouxe algumas
consequências, tais como a falta de liderança centralizada, a ausência de controle
da ação pelos próprios manifestantes e, por fim, os incidentes de violência e
vandalismos evidenciados nestes movimentos, marcados, via de regra, por atos
desta natureza e conflitos entre policiais e participantes.

Esses acontecimentos demonstraram a presença, nas


manifestações populares, de pessoas com a intenção de promover o vandalismo e
a desordem social, como, por exemplo, o grupo radical conhecido como Black
Blocs.

Como não poderíamos abrir mão da objetividade do presente


Relatório Final, cuja finalidade precípua é a individualização das condutas
criminosas dos indiciados, não nos cabe aqui ficar remoendo o passado e
mostrando os efeitos de todas estas ações de VANDALISMO e VIOLÊNCIA
ocorridas nas manifestações sociais das quais até agora falamos, mas para que
Vossa Excelência possa melhor visualizar o que estamos tentando mostrar, rogo
para que este Í. Magistrado atenha-se ao ANEXO II do presente.

67
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Neste anexo tratamos de elencar todos os movimentos


sociais de que tomamos conhecimento desde o ano de 2013, com riqueza de
detalhes, tais como motivação, número de participantes, principais ações de
violência e vandalismo, inclusive, tomando o cuidado de juntar fotografias para
melhor ilustrar.

BLACK BLOCS (NO BRASIL)

Este tópico se faz necessário para que possamos situar Vossa


Excelência acerca da extensão e da gravidade destas práticas coletivas que vem
tomando vulto sob o manto deste movimento perverso.

Abaixo segue uma síntese do quanto apuramos, para que não


desviemos o foco acerca do presente Relatório Final que deve primar pela
DESCRIÇÃO DOS FATOS e da INDIVIDUALIZAÇÃO DA CONDUTA,
seguindo pois, neste tópico, apenas a síntese do necessário.

68
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Porém, para melhor ilustrar este tópico, tomamos o cuidado


de trazer em apartado um maior conteúdo de informações.

(vide ANEXO III)

Assim, segue no presente tópico um apanhado geral daquilo


que, modestamente, julgamos mais essencial para levar ao conhecimento de
Vossa Excelência:

Em síntese, este grupo surgiu na Alemanha nos anos 80 e


nos Estados Unidos nos anos 90 e é formado por indivíduos com propósitos
semelhantes de luta contra o sistema político e econômico vigente (anarquismo,
anticapitalismo e antiglobalização).

Segundo seus conceitos originários, referido grupo busca


protestar contra o sistema por meio da desobediência civil e ação direta
(violência contra a ação policial e vandalismo contra o patrimônio de grandes
organizações), sendo seus participantes identificados por sua vestimenta preta,
capuzes, rostos cobertos e pelas armas que carregam como paus e pedras. Ou
seja, não é um grupo centralizado e permanente, o bloco surge conforme o
contexto e não tem participantes fixos que identifiquem uns aos outros, e são
“por isso, incontroláveis”.

O movimento Black Bloc acabou aportando no Brasil e,


como no resto do mundo, passou a figurar na maioria dos atos públicos que

69
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

afastou das manifestações o cidadão comum, verdadeira força de um movimento


popular. Atraiu uma antipatia que prejudica, hoje, as causas merecedoras da
indignação dos cidadãos – entre elas, obviamente, a má qualidade dos
transportes, da saúde, da polícia e da política. Do "milhão", as passeatas
recuaram para os milhares e, finalmente, as centenas, como em algumas
ocasiões.

O roteiro dos protestos passou a ser o mesmo, sempre: um


movimento chamado de “pacífico” que, em um determinado momento, abria
fileiras para um bando de mascarados armados com bombas, coquetéis molotov,
pedras e paus, inevitavelmente causando a REação das forças policiais com
bombas de efeito moral dentre outros aparatos para contenção destas desordens
públicas.

Diante de diversos incidentes verificados, sendo a morte do


cinegrafista Santiago Andrade um dos casos emblemáticos, a mídia e a opinião
pública passou a rever seu posicionamento, quanto ao apoio que prestava às
manifestações populares e atribuição da violência apenas aos policiais.

Nesse momento os meios de comunicação passaram a


diferenciar os manifestantes dos vândalos e alguns participantes de movimentos
sociais se organizaram e começaram a anunciar o repúdio aos manifestantes
violentos infiltrados no movimento.

70
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Cabe destacar, ainda, que a violência presente nas


manifestações populares agravou a conjuntura de instabilidade no país, criando
uma atmosfera de medo, insegurança e desordem pública. Essa atmosfera de
medo impactou diretamente todos os cidadãos, impondo a presença das forças
públicas policiais no sentido de assegurar o direito de ir e vir do restante da
população que não participava do movimento, manter a ordem e viabilizar o
convívio social, direitos esses também assegurados na Constituição de 1988.

Nesse diapasão, grande parcela da população se tornou


contrária às manifestações populares e aos movimentos sociais na forma como
estavam sendo conduzidos, devido à mencionada violência.

A título de ilustrar o acima exposto, temos abaixo uma


reflexão do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, que acredita que
os grupos radicais como o “Black Bloc” afastam a população dos protestos,
conforme posicionamento dado em entrevista à folha de São Paulo:
“Quando o capital financeiro será cada vez mais influentes,
quando as Monsantos conseguem pôr no Congresso a
[semente] Terminator, quando os evangélicos dominam a
agenda política, quando os ruralistas dominam a agenda
política, os governos, mesmo que tenham uma orientação de
esquerda, precisam ser pressionados de baixo. A partir de
baixo. E essa pressão tem de ser pacífica. E tem de ser
inclusiva. E para ser inclusiva tem de trazer para a rua as

71
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

pessoas que nunca foram para a rua, os chamados


despolitizados, as avós, os netos.”

Ora bem, se é esse o objetivo, o “black bloc” é uma força


contraproducente. As pessoas querem ir para a manifestação, mas com medo que
haja violência, com medo da brutalidade e violência policial, dizem ao final “não
vamos”. Ora, devemos analisar esta questão com menos pudor.

Ademais, as manifestações obstam o direito de locomoção


dos cidadãos na medida em que provocam o bloqueio de ruas, fechamento do
comércio e a paralisação de diversas atividades econômicas, impactando o
funcionamento da Cidade, conforme explicita o texto abaixo:

Em meio às queixas, durante horas de interdição de ruas e


rodovias, percebemos facilmente os reflexos negativos na rotina do dia-a-dia.

Cabe destacar que a violência presente nas manifestações


populares de 2013 desencadeou a atuação policial no sentido de abordar os
indivíduos mascarados e armados que se encontravam no movimento, conforme
orientações emanadas pelo Poder Executivo e até mesmo decorrente de ordens
judiciais. Como exemplo podemos citar ocorrido no Rio de Janeiro, em que a
Justiça autorizou a identificação criminal de pessoas com máscaras durante
manifestações públicas e a condução dessas à delegacia, em deferimento ao
requerimento formulado pela CEIV (Comissão Especial de Investigação de Atos

72
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

de Vandalismo em Manifestações Públicas), criada via decreto pelo governador


Sérgio Cabral (PMDB) no fim de julho de 2013. A mesma medida determinou,
ainda, que a ação policial deverá ser filmada, com o objetivo de evitar excessos
por parte dos policiais.

É importante frisar que o cenário de embate causa apreensão


e instabilidade no país, uma vez que a eventual necessidade de manutenção da
ordem por meio da imposição pelas forças públicas de segurança, ou a possível
restrição de direitos, pode até relembrar o período de regime militar vivido de
1964-1985, o que parece colocar em risco conquistas democráticas históricas,
mas NEM DE LONGE DISSO SE APROXIMA!!! O que acontece é que nessa
conjuntura de violência e vandalismo, a manifestação popular deixa de ser o foco
do Estado que passa agir sobre uma minoria responsável por estas condutas, para
assegurar todos os DIREITOS E GARANTIAS dos demais, que buscam este
caminho para protestar dentro dos limites estabelecidos.

A colaboração legítima dos manifestantes com as


autoridades públicas, no que se refere às informações acerca dos locais,
itinerários e horários das manifestações populares, possibilitaria o
estabelecimento de uma interlocução entre a sociedade e as instituições,
garantindo o exercício controlado desse direito constitucional, evitando a
ocorrência de atos de vandalismo e condutas criminosas e, por fim, a proibição
expressa do USO DE MÁSCAS e, nem se fale, DO PORTE DE PAUS, BARRA
DE FERRO, ESCUDOS e demais apetrechos, assim os vândalos, que se

73
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

encontram infiltrados e deslegitimam estes movimentos, poderão ser


devidamente identificados e punidos. Tais posturas permitiria as forças policiais
garantir o livre exercício das manifestações, os direitos de ir e vir, liberdade,
segurança, vida, etc. do restante da população, com o devido RESPALDO tanto
no sentivo PREVENTIVO quanto no sentido da RESPONSABILIZAÇÃO
CRIMINAL. Sem hipocrisias!!!!

OBSERVAÇÕES E CONCLUSÕES FINAIS

Esta cultura de violência e vandalismo em meio a atos e


manifestações populares, infelizmente, tomou proporções inimagináveis, fugindo
ao controle do Estado, tanto em número de integrantes quanto em relação às
dimensões e abrangências das ações criminosas de seus membros.

74
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Obviamente não teríamos a menor pretensão de esgotar o


assunto e conseguir colocar um “Ponto Final” nesta questão através desta
singela, modesta e limitada investigação,

As manifestações populares evidenciadas no Brasil em 2013


iniciaram um debate acerca da participação política efetiva da sociedade e
promoveram a aproximação e conhecimento pelas instituições públicas dos
anseios e demandas da população, constituindo um marco na história brasileira,
em meio a um período de muitas controversas.

Permitiram o envolvimento e a infiltração de grupos


violentos não legítimos, que passaram a praticar tais atos de violência e
vandalismo, cobrindo seus rostos com máscaras para não serem identificados e
punidos, grupos tais como os Black Blocs, anteriormente mencionados, dentre
outros, organizados ou não.

Tais ocorrências agravam a sensação de medo e insegurança


da sociedade, exigindo o uso de força policial para manutenção da ordem e
garantia do convívio social harmônico, uma das funções precípuas do ESTADO.
Ademais, as referidas manifestações, realizadas sem
qualquer regulamentação, inviabilizaram o exercício de outros direitos
constitucionais, como o direito de ir e vir do restante da população. As cidades,
tomadas pelos manifestantes, ficavam totalmente paralisadas e o comércio
fechava as portas com receio da violência e depredação.

75
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Cabe destacar que a Constituição garante os direitos


fundamentais, mas sua forma de interpretação, o seu balanceamento e sua
aplicação ainda não foram sistematizados.

Nessa linha de raciocínio, é fundamental balizar o direito de


manifestação com outros direitos fundamentais assegurados, como a vida e a
liberdade. Logo, embora represente uma carga legítima de indignação e se
constitua em uma caixa de ressonância das mais variadas demandas, a
manifestação popular é um fenômeno social que carece de regulamentação.

Resta claro o fato de que a sociedade brasileira está


amadurecendo e acordando quanto à importância de sua participação política,
afinal o governo no Estado Democrático de Direito é do povo.  

Desse modo, mostra-se premente a necessidade de


regulamentação do direito de reunião pública e do direito de manifestação para,
ao mesmo tempo, garantir o exercício desse direito constitucional e dos demais
direitos do restante da população, tais como: direito de ir e vir, o direito à vida, o
direito à liberdade, direito à segurança e etc.
Por todo o exposto, ante todos os relatos fáticos e seus
jurídicos fundamentos, sendo o que me cumpria relatar até o momento,
submeto o presente RELATÓRIO FINAL ao douto conhecimento deste
Ínclito Juízo, nos termos do Art. 10º, § 1º do Código de Processo Penal.

76
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INVESTIGAÇÕES GERAIS - DEIC
2ª INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS - DISCCPAT

Ao final, aproveito o ensejo para renovar a Vossa


Excelência protestos de elevada estima e distinta consideração.

São Paulo, 28 de Setembro de 2016

FABIANO FONSECA BARBEIRO


Delegado de Polícia

77

Você também pode gostar